TANATOLOGIA
RESUMO
CURITIBA
2018
Capítulo 1
2
querem, sem pensar nos sentimentos e angustias do verdadeiro paciente, que a
opinião muitas vezes é diferente das decisões tomadas. É importante lembrar
que o paciente tem gosto próprio, desejos e opiniões acima de tudo.
O paciente está sofrendo bem mais, não fisicamente, mas
emocionalmente sim. Suas necessidades não mudaram somente pelo advindo
de uma doença, somente a capacidade de satisfaze-las está prejudicada.
Capítulo 2
3
Em suma, não estamos preparados para morrer, nem para lidar com a
morte ao nosso redor, evitamos no nosso dia a dia estar perto dos que
morreram, não falamos sobre a morte para assim nos protegermos, como se não
ter a morte em nossas reflexões fizesse com que ela não existisse.
Em contrapartida o livro procura descrever atitudes das pessoas em fase
terminal diante da morte, procura relatar experiências pessoais extraindo dados
que nos auxiliam na compreensão desse processo através da experiência pessoal
de cada um que enfrenta tal condição.
Nessas entrevistas foram relatadas diversas dificuldades encontradas pela
autora, uma delas é o fato de informar ao paciente sua real condição, sendo
muitas vezes esquivando desse paciente, como se essa atitude fosse diminuir tal
sofrimento, e foi descrito totalmente o contrário, o paciente deseja relatar seus
medos, angustias e experiências diante da morte.
O trabalho foi executado por uma médica com o auxilio de padres e
estudantes, fazendo entrevistas com os moribundos e analisando e discutindo
os dados coletados. Esse trabalho teve foco deixar o paciente confortável com
sua situação e com possível morte, sempre tratando com respeito e dignidade
todos os pacientes.
Capítulo 3
4
não queira conversar sobre a possível morte, mas tem que se esperar o momento que o
paciente dará abertura para tal. É importante tratar sobre a morte e o morrer com o paciente
já no início, pois é muito mais fácil para um paciente ainda saudável aceitar a condição.
Após a fase de aceitação parcial, não se dura muito tempo essa fase de negação, é um
estado temporário do paciente do qual ele se recupera gradualmente á medida que vai se
acostumando e aceitando sua nova condição. A negação é sempre mais intensa do paciente
para com os membros da família que ele acredita que sofreram mais com sua perda, e com os
membros da equipe hospitalar que não passam confiança e credibilidade ao paciente.
É importante que a equipe hospitalar não evite esses pacientes, pois os mesmos
quando sentem que devem falar abrem a alma e partilham sua solidão para aqueles os quais
consideram interessados em seu estado, que o respeitam. Isso reflete a necessidade de
examinarmos nossas reações em nosso trabalho, pois elas se refletem em nossos pacientes
contribuindo até para o seu bem-estar ou piora.
Capítulo 4
5
O paciente que for bem atendido, respeitado e compreendido, que tem o tempo dos
que o cercam e sua atenção, logo não se queixaram tanto, pois se senti valorizado e como um
ser humano que tem seus cuidados atendidos e é permitido a ele expressar-se. Será ouvido
sem a necessidade de explosões temperamentais, visitado sem precisar tocar a campainha
com insistência.