Anda di halaman 1dari 5

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

RESENHA CRÍTICA: MEDO DE ERRAR.

MATEUS KRATZ

ITAJAÍ
2018
Introdução

O medo de errar está fortemente relacionado ao perfeccionismo, irei fazer a


resenha baseando meus comentários em dois artigos e um livro, o qual fiz a
leitura de alguns capítulos, para entender um pouco deste fenômeno e tentar
traze-lo para um ponto específico que é o “medo de errar” em estudantes
universitários.

Descrição do Assunto

Antony, M. M., & Swinson, R. P. (2009). afirma que o perfeccionismo é


um fenômeno multidimensional, citando que envolve fatores desenvolvimentais
do sujeito, tanto quanto à realidade social que o ronda. Antes de definir os tipos
de perfeccionismos que o teórico identifica, ele discorre sobre questões ligadas
ao âmbito social desse fenômeno, destacando que na nossa sociedade
moderna, somos o tempo todo bombardeados com demandas, estamos
sempre sendo avaliados e julgados por terceiros; fatos que acontecem desde
sempre na humanidade, segundo o autor, mas que com a crescente
urbanização, aumento populacional e padrões cada vez mais universais do que
seria o “sucesso”, acabam gerando demandas as quais o sujeito de alguma
forma irá se defrontar e terá que utilizar de seus recursos disponíveis para lidar.

Segundo Oliveira, D. F. et al. (2012), o fato de que o perfeccionismo por


si só não deve ser considerado como algo bom ou ruim, mas diferencia entre
um perfeccionismo patológico, mal adaptativo, e o perfeccionismo normal, a
diferença entre um e outro, segundo o autor, é que o primeiro impede o sujeito
de operar normalmente no mundo, o que poderíamos chamar de “trava”, a
pessoa projeto um nível de performance altíssimo, que se não alcançado faz
esse sujeito não voltar a tentar vivenciar aquela situação ou nem tentar pela
primeira vez. Já no perfeccionismo normal, a ideia seria de que o individuo
coloca para si padrões e metas altas, mas que quando não atingidas se tornam
objeto de reflexão para a melhoria em futuras situações semelhantes, desta
forma não extinguindo a possibilidade de uma nova vivencia de dada situação,
mas sim servindo de experiência para uma possível melhora de performance.
O autor ainda discorre sobre que algum nível de perfeccionismo é algo
saudável para o sujeito e está associado a um bom desempenho, pois as
pessoas que carecem de um desejo de terem uma performance melhor dentro
de contextos particulares da sua vida, acabam fazendo as atividades de
qualquer forma, dessa forma apenas querendo terminar dada atividade para se
verem livres delas.

Oliveira, D. F. et al. (2012) reflete em seu artigo sobre as possíveis


origens do perfeccionismo, segundo o seu estudo, esse fenômeno tem forte
correlação com estilos parentais disfuncionais, nos quais os pais já são
perfeccionistas e extremamente exigentes com seus filhos. A autora ainda
demonstra que geralmente filhos com pais acolhedores, atenciosos e
carinhosos tem a tendência à serem mais seguro nas suas relações
interpessoais e acabam por manterem padrões de perfeccionismo mais
realistas, lidando melhor com situações na quais irão ser julgados por terceiros.
Diana (2015) ainda demonstra que o perfeccionismo patológico está associado
com psicopatologias como a depressão e ideação suicida, sendo ainda
correlacionada com diversas outras psicopatologias.

Apreciação Crítica

Como esse tema foi votado pelos próprios acadêmicos de psicologia da


Univali, eu partilho acabo partilhando da mesma posição, de acadêmico da
Univali, e tenho algumas percepções para serem faladas, tentando linkar com o
que os autores acima dizem sobre a questão do perfeccionismo e medo de
errar. Primeiramente, o ambiente acadêmico é extremamente exigente, em
específico na Univali temos uma forma de avaliação que por si só já é geradora
de ansiedade, essa é uma percepção minha, pois temos que no mínimo fazer
seis avalição ao decorrer do semestre, entretanto, as contingências geradoras
de um ambiente ansiogênico são das mais variadas, passando não apenas do
acadêmico na universidade, mas também se relacionando com as experiências
de vida particulares de cada, como as os outros contextos e história de vida de
cada um.

O medo de errar dentro da universidade acaba sendo mais explicito pelo


nível de ansiedade antes das avaliações, sejam elas provas escritas ou
apresentações, creio que ambas estariam correlacionadas com o fenômeno do
perfeccionismo, pois particularmente em apresentações, os acadêmicos se
veem nervosos por poderem acabar “falhando” ou “dando um brando” na frente
de todos. No decorrer dos semestres também é quase que diário vermos um
elevado grau de ansiedade dos acadêmicos, e uma educação no sentido de
refletirmos criticamente sobre o que é o processo de estar em uma faculdade, é
quase que inexistente durante a graduação, digo isso não colocando a
responsabilidade na instituição, pois creio que deva ser um problema levantado
também pela parte dos acadêmicos, que infelizmente muitas vezes acabando
alienados de uma reflexão maior sobre o sentido de ser um acadêmico.

Considerações Finais

Para um maior conhecimento e posterior benefício dos acadêmicos do


curso de psicologia, seria interessante uma pesquisa mais aprofundada sobre
qual a visão que estes tem da sua trajetória acadêmica, seria um mero
processo pelo qual passamos até nos tornarmos profissionais especializados?
Ou seria um local no qual vivenciaríamos debates de ideias e trocas de
conhecimento, gerando assim uma consciência crítica do nosso lugar enquanto
cidadãos buscando uma formação que se relaciona com vários aspectos da
nossa vida? Pode ser uma pretensão minha dizer que estes fatores se
relacionam com a ansiedade e o perfeccionismo na academia, mas fica o meu
desejo de aprofundar o tema em momentos posteriores.

Referencias Bibliográficas

Antony, M. M., & Swinson, R. P. (2009). When perfect isn't good enough:
Strategies for coping with perfectionism. New Harbinger Publications.

Oliveira, D. F., Carmo, C., Cruz, J. P., & Brás, M. (2012). Perfeccionismo e
representação vinculativa em jovens adultos. Psicologia: Reflexão e Crítica,
25(3), 514-522.

Anda mungkin juga menyukai