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1.

INTRODUÇÃO
Há muitos anos existe na sociedade brasileira uma discussão sobre o que deve ou não ser assistido na
IMPLEMENTAÇÃO DE UM BLOQUEADOR DE CONTEÚDO PARA TV televisão por crianças e adolescentes. Aos poucos, essas discussões foram evidenciando a importância de se
DIGITAL regulamentar a classificação dos programas de televisão para favorecer uma melhor educação aos indivíduos
dessas faixas etárias. Assim, a classificação daquilo que é transmitido nos veículos de comunicação começou
Gabriel de Souza LEITÃO (1); Vicente Ferreira LUCENA Jr (2) a ser exigida por documentos como a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),
(1) Universidade Federal do Amazonas, Av. Gen. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Campus Universitário, baseado nesses documentos o governo passou a determinar portarias que regulam a programação da TV
CETELI. Bairro Coroado I. CEP 69077-000, 3305-4495, e-mail: gabriel.leitao@gmail.com, (2) Universidade Federal aberta (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007a).
do Amazonas, e-mail: vicente@ufam.edu.br A tecnologia da televisão analógica, atualmente difundida no Brasil, não possibilita a criação de
recursos de interatividade ou de controle apropriado do conteúdo que é recebido através do sinal de TV. Por
esse motivo, a exibição dos programas televisivos acabou sendo vinculada às diferentes faixas de horários de
RESUMO
acordo com a classificação etária destes programas. Essa foi a maneira que as autoridades civis encontraram
Este artigo apresenta um software de bloqueio de conteúdo para TV Digital desenvolvido com base na norma de auxiliar os pais no controle do que pode ou não ser visto pelos filhos na televisão (MATTEDI, 2009).
NBR15604:2007 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que define tanto as características Com o advento da Televisão Digital surgiu a possibilidade de uma maior interação entre os telespectadores e
obrigatórias e optativas desses sistemas, assim como os dados mais relevantes a serem utilizados na o que é transmitido pelas emissoras. Essa nova realidade abriu caminho para o envio de dados mais
classificação de conteúdo. O bloqueador codificado utiliza algumas das informações provenientes do TS específicos acerca da grade de programação e dentre as informações adicionais a serem enviadas, existem as
(Transport Stream) que foram previamente armazenadas em um arquivo no formato XML e se encontram relativas à classificação indicativa dos programas.
disponíveis para serem acessadas pela aplicação. As informações guardadas são relativas à origem (código
Neste artigo são apresentados um referencial teórico, a norma brasileira utilizada e o modo como foi
do país) e à classificação indicativa (idade e descrição objetiva do conteúdo) do programa a ser exibido e
implementado um bloqueador automático e personalizado de conteúdo para TV Digital que pretende auxiliar
estão presentes em algumas das tabelas do SI (Service Information) que possuem informações detalhadas
na classificação e no controle do que é assistido na televisão, a fim de proteger as crianças e adolescentes de
sobre os serviços disponíveis aos usuários e são fornecidas pelas emissoras do sinal de televisão no carrossel
conteúdos inadequados para a sua formação humana, psicológica e social.
de dados. O software apresentado neste artigo possui um sistema de autenticação (nome, senha) que utiliza
um teclado virtual e ainda biometria através de leitura da impressão digital, que permite personalizar e
automatizar o bloqueio do conteúdo a ser exibido pela televisão. A utilização de um ou outro método de 2. TV DIGITAL E INTERATIVA
acesso ao sistema fica a critério do telespectador. O desenvolvimento desta aplicação pretende, através do
controle de conteúdo, auxiliar de forma mais eficiente os pais ou responsáveis por crianças e adolescentes na
formação psicológica e social desses indivíduos.
2.1. Início da TV Digital
No fim da década de 80, nos Estados Unidos, foram iniciadas pesquisas com a finalidade de definir novos
Palavras-chave: algoritmo, bloqueio de conteúdo, televisão digital. conceitos para os serviços de televisão. Decidiu-se pelo desenvolvimento de um padrão de televisão
americano totalmente digital e como fruto dessa iniciativa surgiu o ATSC (Advanced Television Systems
Committee) que deu foco à transmissão em alta definição em detrimento ao suporte de serviços de
interatividade e mobilidade. Os europeus iniciaram o desenvolvimento de um sistema digital de televisão
apenas no ano de 1993, esse sistema ficou conhecido como padrão DVB (Digital Vídeo Broadcasting) e
enfatizou principalmente a interatividade. Apenas em 1997, os japoneses começaram a implementar um
padrão próprio - que mais tarde seria adotado pelo Brasil - o ISDB (Integrated Services Digital
Broadcasting), mas que possui o melhor dos dois padrões anteriores agregando outras funcionalidades como
a recepção móvel e portátil (Fernandes, 2004).

2.2. Componentes de um Sistema de TV Digital


Segundo (Becker, 2004), um sistema de TV digital pode ser dividido em três partes:
1. Difusor: provê o conteúdo que será transmitido e suporta o serviço de interação com os
telespectadores;
2. Receptor: responsável pela recepção do conteúdo enviado pelo difusor possibilitando que o
telespectador interaja com o sistema;
3. Meio de difusão: é o canal através do qual o difusor e o receptor interagem (canal de difusão ou
canal de retorno).
Identifier) a cada fluxo elementar MPEG-2 que identifica cada pacote. Como o PID é apenas uma numeração
e não possui qualquer informação adicional quanto à natureza do pacote (áudio, vídeo ou dados), é
necessário que o multiplexador agregue um fluxo de dados ao já existente inserindo informações
complementares. Essas informações são organizadas em tabelas que descrevem cada serviço (PSI – Program
Specific Information) (MONTEZ, 2005).

Figura 1: Componentes de um Sistema de TV Digital (MONTEZ, 2005)

Na Figura 1 é possível observar a ordem de cada componente do sistema de TV digital interativa.


Desse modo, percebe-se que a difusão é o envio de áudio, vídeo ou dados da parte de um provedor do
serviço de difusão para os receptores (utilizados pelos telespectadores). A Figura apresenta, ainda, os meios
de difusão mais comuns: cabo, radiodifusão e satélite. Se o meio de difusão utilizado for “radiodifusão” não
será possível o canal de retorno por esse mesmo meio, visto que é um processo unidirecional. Neste caso,
usa-se outro meio para implementar a interatividade como a linha telefônica. O receptor digital (também
chamado de STB – Set-Top Box) descompacta e mostra o conteúdo ao telespectador na televisão (MONTEZ, Figura 3: Tabelas de Descrição de Serviços (MONTEZ, 2005)
2005).

2.3. Difusão de Dados, Serviços, Informações de Serviço e Identificadores de Pacote A Figura 3 mostra as tabelas PAT (Program Association Table) e PMT (Program Map Table)
vinculadas a um PID proveniente de um fluxo elementar (MONTEZ, 2005). A PAT indica os valores de PID
A TV Digital possibilitou o envio e processamento de qualquer tipo de informação. Dá-se o nome de dos TS (Transport Streams) para cada serviço do multiplexador. Enquanto a PMT identifica e indica a
datacasting quando uma transmissão de dados está acoplada a um fluxo de vídeo e áudio (Becker, 2004). localização das transmissões que compõe cada serviço e da referência de hora do programa (PCR) para cada
Um datacasting pode ser classificado de três modos distintos de acordo com o seu grau de acoplamento serviço (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007b).
(Becker, 2004), (MONTEZ, 2005):
1. Fortemente acoplado: ocorre quando os dados são temporalmente acoplados ao áudio e ao vídeo. Existem ainda alguns descritores do SI (Service Information) que são vinculados a essas tabelas e
Uma informação é disponibilizada somente durante a transmissão de um fluxo de vídeo ou áudio detalham as informações dos serviços das mesmas. O descritor utilizado nesse trabalho é o Parental Rating
específicos. Descriptor (Descritor de Classificação Indicativa) que se encontra na PMT e será detalhado na Seção 3
(Normatização sobre Classificação Indicativa).
2. Fracamente acoplado: os dados relacionam-se ao conteúdo de áudio e vídeo, mas sem estar
completamente sincronizados. Desse modo o acesso aos dados se torna mais flexível e pode ocorrer
no momento em que o telespectador achar mais apropriado.
3. Desacoplado: nessa classificação o fluxo de dados é completamente independente do fluxo de áudio
e vídeo.

Figura 2: Carrossel de Dados.

Figura 4: Arquitetura da TV Digital (Becker, 2004)


De acordo com (GAWLINSKI, 2003) apud (MONTEZ, 2005), no momento em que o difusor envia
qualquer conteúdo (dados, áudio e vídeo) para o receptor, ele o faz de forma cíclica e periódica (Figura 2), a
esse método chamamos de carrossel que pode ser de dados ou de objetos. O conteúdo codificado e enviado é
quem caracteriza um serviço de TV Digital que é enviado através do carrossel de dados e deve estar 2.4. Camadas da TV Digital
codificado em MPEG-2. De modo análogo às outras redes de comunicações de dados como o Modelo OSI (Open Systems
Quando o provedor difunde esses serviços, o faz de modo multiplexado e atribui um PID (Packet Interconnection), a arquitetura dos sistemas de TV digital é estruturada em camadas. A Figura 4 representa as
camadas e os padrões de televisão digital existentes. As camadas inferiores oferecem suporte às superiores. 2007a). De acordo com (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007c), a tabela PMT
deve ter um ou mais ciclos de transmissão por 100ms. Considerando que seja enviado apenas um ciclo, o
A arquitetura da TV Digital é dividida em cinco camadas, a saber: Modulação, Transporte, descritor que necessitamos estará disponível no mínimo a cada 100ms no TS (desde a primeira transmissão
Compressão, Middleware e Aplicações. Os padrões já desenvolvidos preenchem com seus componentes da PMT) e, se forem enviados dois ciclos, o descritor estará disponível em um intervalo próximo a 50ms.
típicos essas camadas (Seção 2.1), é importante salientar que alguns possuem os mesmos componentes para
as mesmas camadas (Fernandes, 2004). O bloqueador de conteúdo apresentado neste artigo situa-se na A semântica para o descritor de classificação indicativa possui obrigatoriamente dois campos
camada de Aplicações. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007a):
− country_code: é um campo de 24 bits que identifica o país através do código de três caracteres
2.5. JavaTV de acordo com a ISO 3166-1 e cada caractere é codificado em oito bits de acordo com a ISO/IEC
A linguagem de programação Java permite o desenvolvimento de aplicações com as mais diversas 8859-15.
finalidades, entretanto, a criação dessas aplicações é condicionada a um conjunto de rotinas que − rating: é um campo de oito bits que indica a classificação de idade (quatro bits menos
normalmente dão suporte a alguns recursos específicos, essas rotinas são as APIs. Como exemplo pode-se significativos) e a descrição objetiva do conteúdo (quatro bits mais significativos).
citar a API JavaMail utilizada para o envio de e-mails ou a JMF (Java Media Framework) para trabalhar
Uma das restrições que se tem é de que não é permitido bloquear conteúdos cujo campo
com mídias em Java, entre muitas outras. Assim, para viabilizar a produção de conteúdo para televisão
“country_code” não corresponda a “BRA”, ou seja, “0100 0010 0101 0010 0100 0001”. Para obtenção do
digital interativa existe a API JavaTV, que provê um meio para seleção de serviços, acesso a informações de
nome do país, inicialmente é feita uma conversão dos valores em binário para hexadecimal. Então, utiliza-se
serviço, controle remoto, acesso aos dados de áudio e de vídeo que são transmitidos (SUN, 2000).
a ISO/IEC 8859-15:1999 para conversão da sigla dos países em três caracteres, esse sigla obedece a ISO
Os pacotes da especificação da API Java TV são (OGLIARI, 2009): 3166-1 alpha3 que possui informações do nome completo de cada país. As Figuras 5a e 5b apresentam os
valores esperados nos oito bits do campo rating (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
− javax.tv.graphics: possibilita a criação e utilização de componentes AWT no Xlet. 2007a).
− javax.tv.locator: permite acessar dados e recursos endereçados ao receptor de TV digital.
− javax.tv.media: define uma extensão para controle e eventos de mídia.
− javax.tv.net: proporciona acesso aos datagramas IP transmitidos em um stream de broadcast.
− javax.tv.service: fornece mecanismos para acesso da base de dados do service information (SI) e
API para seus sub-pacotes.
− javax.tv.util: suporta o gerenciamento e a criação de eventos de tempo.
− javax.tv.xlet: fornece métodos para o controle do ciclo de vida da Xlet administrados pelo
gerenciador de programas.

2.6. Xlet
O Xlet é uma aplicação que necessita de controle através de um gerador de interfaces, portanto, existem
ferramentas que possibilitam controlar os estados e ações do mesmo. Possui um ciclo de vida com quatro Figura 5a:Classificação por Idade Figura 5b: Descrição Objetiva do Conteúdo
estados: loaded, paused, started e destroyed. Um Xlet deve implementar a interface javax.tv.xlet.xlet, cujos
métodos são ativados para sinalizar mudanças de estado na aplicação (Fernandes, 2004).
− Loaded: este estado é disparado uma única vez, indica que a classe foi carregada. 4. IMPLEMENTAÇÃO DO BLOQUEADOR
− Paused: neste estado ele está pronto para ser iniciado imediatamente.
− Started: indica que a aplicação pode ser iniciada. O software apresentado neste artigo utiliza um sistema de contas de usuário. Nesse sistema, as informações
− Destroyed: neste estado a aplicação é destruída, aqui termina o ciclo de vida do Xlet. sobre as restrições de classificação indicativa de cada usuário são comparadas ao conteúdo do descritor de
processos do serviço solicitado para ser exibido na televisão.
Através do Java TV é possível controlar o Xlet, alterando seus estados, iniciando aplicações,
interrompendo (pause), destruindo ou dando continuidade à execução. 4.1. Sobre os Perfis de Usuários

3. NORMATIZAÇÃO SOBRE CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA As contas de todos os usuários estão armazenadas em um arquivo no formato XML (Figura 6). Esse arquivo
possui informações pessoais do usuário tais como: nome, idade, tipo, senha, tipo_bloqueio, conteudo e id
A norma brasileira (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007a), aborda os pontos (número de identificação). Os campos nome, senha e id são utilizados para possibilitar o acesso à televisão,
essenciais a respeito do controle de acesso ao conteúdo que poderá ser exibido na televisão, definindo desde este último é um dos responsáveis pela integração com a interface de login por impressão digital (será
um conceito de classificação indicativa até os parâmetros e o modo como deve ser implementado o bloqueio. exposta na Seção 4.2). Os campos idade, tipo_bloqueio e conteudo auxiliam na classificação do conteúdo a
Através desta mesma norma, toma-se conhecimento da obrigatoriedade da implementação de dispositivos de ser exibido (Seção 4.4), onde o tipo_bloqueio informa se o usuário é restrito com relação apenas à idade ou à
bloqueio de programação classificados por idade ou conteúdo. O documento também determina a semântica dos idade e conteúdo. Caso a restrição seja por idade e conteúdo o campo conteudo informará o tipo de conteúdo
descritores, modo de classificação por idade, descrição de conteúdos e configuração do receptor. que não poderá ser exibido.
Conforme dito na Seção 2.3, as informações utilizadas na aplicação de bloqueio deverão ser obtidas Existem dois tipos de perfil: usuário Administrador e usuário Restrito. O perfil de Administrador
a partir do descritor de classificação indicativa (parental rating descriptor) e este deve estar presente desde o tem acesso total aos recursos de gerenciamento do sistema de bloqueio de conteúdo, isso significa que pode
primeiro ciclo da PMT no carrossel de dados (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, criar novos perfis, editar, excluir ou exibir perfis existentes (Figura 7a). O perfil de usuário Restrito permite
assistir à televisão conforme as restrições de bloqueio existentes no próprio perfil (caso o usuário tente
acessar o Menu irá visualizar a Tela de Logoff). Inicialmente, o receptor vem configurado com um usuário O leitor utilizado na implementação deste projeto foi o “Leitor de Impressão Digital
Administrador padrão e a partir dele os outros perfis podem ser criados ou modificados, entretanto, se o Fingerprint Reader” (Figura 8b) da Microsoft que possui interfaces de desenvolvimento para
usuário não deseja utilizar o sistema de “Bloqueio de conteúdo” deve manter inalterada a configuração do auxiliar na criação de aplicações para o mesmo. Foi codificado um programa em Visual Basic (a
usuário padrão. partir de exemplos disponibilizados pelo fabricante) para fazer o cadastro e o reconhecimento da
impressão digital dos usuários do sistema. O aplicativo funciona em dois modos:
1. Inserção da digital;
2. Identificação da digital.

Figura 6: Exemplo dos Campos no Arquivo XML com Informações dos Usuários

Conforme apresentado na Seção 3, a norma brasileira propõe dois tipos de bloqueio: “por idade” ou
“por idade e conteúdo”, mas obriga o fabricante a implementar apenas um deles (ficando a escolha a critério
do mesmo). No bloqueador apresentado neste artigo foram codificados os dois tipos, e caso o modo de
bloqueio escolhido seja “por idade e conteúdo” uma nova opção surgirá requisitando o tipo de conteúdo a ser
bloqueado (Figura 7b).
Figura 8a: Tela de Login Figura 8b: Leitor de Impressão Digital

Se for escolhido o modo de inserção então a digital lida é armazenada em um banco de


dados Access (mdb) e organizada numericamente através do campo ID que, conforme visto na
Seção 4.1, está relacionado ao campo id do arquivo XML que contém as informações de perfil dos
usuários. Caso o modo seja de identificação, o aplicativo verifica se a digital já está cadastrada no
Banco de digitais e grava um novo arquivo XML com informações de data, acesso, nome e senha.
O campo data armazena o dia e o horário (levando em consideração os segundos) em que a digital
foi lida. O campo acesso pode conter o valor “CONCEDIDO” se a digital estiver presente no Banco
de digitais ou “NEGADO”, caso contrário. O software faz uma varredura no arquivo de perfil de
usuários da TV e quando o campo ID do Banco de digitais coincidir com o campo id desse arquivo
obtém as informações de nome e senha. Caso a Tela de Login esteja sendo visualizada na televisão,
essas informações preencherão de forma automática os campos <Nome> e <Senha> e a televisão
será iniciada automaticamente para o modo de seleção de canal. As configurações de bloqueio do
Figura 7a: Menu do Administrador Figura 7b: Tipo de Conteúdo usuário já estarão carregadas.

4.3. Sobre as Informações de Classificação Indicativa Obtidas do SI


4.2. Acesso Diferenciado à Televisão
O ideal seria que os dados sobre classificação etária fossem extraídos diretamente do TS, entretanto, a
Para realizar o bloqueio de modo personalizado é necessário que a televisão reconheça quem está assistindo, difusora de sinal que esteve disponível apresentou problemas e seu uso teve que ser descartado. Por esse
por esse motivo, foram implementados dois tipos de acesso ao sistema: motivo, a solução proposta foi simular as informações provenientes no TS, foi então necessário buscar nas
normas técnicas como seriam disponibilizadas as informações do SI de um sistema de TV Digital. Após a
1. Através do nome de perfil e senha;
identificação nas normas internacionais dos campos e tabelas necessários, foi utilizado (ASSOCIAÇÃO
2. Através de impressão digital.
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007a) e (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
Caso o modo de login escolhido seja o primeiro, o usuário entrará com informações de nome TÉCNICAS, 2007c) para solucionar o problema, pois, pensou-se que seria mais adequado seguir o padrão do
e senha através de um teclado virtual (Figura 8a). Caso seja utilizada a segunda forma, será Sistema Brasileiro de Televisão. Após quase dois meses de pesquisa obteve-se como resultado um arquivo
necessário manusear o leitor de impressão digital. O código foi implementado de modo a XML (Figura 9) com os principais campos utilizados na classificação etária (cod_pais e rating) e que
possibilitar que um tipo de acesso não exclua o outro, assim o usuário pode escolher o que achar deveriam ser acessados através da API do Java TV (javax.tv.service) caso houvesse um sinal real.
mais adequado ao momento. Foi também adicionada à Tela de Login (Figura 8a) a saída de uma câmera
O campo cod_pais corresponde ao campo contry_code (Seção 3) que informa o país do programa e,
que representa a proposta inicial do sistema de identificação de usuários (detecção de faces).
conforme mencionado na Seção 3, caso o valor desse campo seja diferente de “BRA” (Brasil) o programa
não pode sofrer bloqueio. O campo rating possui as informações de classificação indicativa de idade e
conteúdo do programa. significativos do campo rating (b0 a b3) forem maior que a idade configurada, o conteúdo será bloqueado,
caso seja menor ou igual, mas o conteúdo estiver presente em uma das combinações da Figura 5b, então o
evento será bloqueado (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007a).
Em todos os casos em que essas restrições não se encaixem o conteúdo será liberado para exibição e,
para todos os casos de bloqueio será mostrada uma mesma mensagem informando que o evento foi
bloqueado por ser inadequado para o perfil do usuário. Segundo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2007a), a redação desse aviso é facultada ao fabricante do receptor.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Algumas dificuldades iniciais, como os problemas com o difusor de sinal de televisão, impossibilitaram o
uso da API JavaTV de forma plena e não permitiram que fosse possível acessar as informações dos
descritores diretamente no Transport Stream, mas a simulação do TS através dos arquivos XML possibilitou
Figura 9: Exemplo de Arquivo XML com Informações do TS que o trabalho fosse concluído. Dessa forma, pode-se considerar que o projeto teve seu objetivo principal
concluído - a implementação de um bloqueio de conteúdo alcançado.

4.4. Sobre o Bloqueio do Conteúdo Obviamente, alguns aspectos da implementação não esgotam todas as possibilidades, por isso ainda
há melhorias a serem feitas como a inserção de um sistema biométrico que torne o reconhecimento e o
No sistema apresentado neste artigo, foram implementadas as duas opções de bloqueio da norma brasileira acesso dos usuários mais automático do que atualmente. Esse sistema pode ser implementado através de
(Seção 4.1), pois assim o usuário final é quem poderá escolher a alternativa que mais lhe convém. reconhecimento de outros padrões corporais, além da impressão digital utilizada neste trabalho, como:
estatura, face ou olhos. Esses padrões devem estimar a idade das pessoas que estão assistindo televisão sem
Conforme antecipado na Seção 4.2, depois de efetuado o login por parte de um dos usuários necessidade de recursos como login e senha.
cadastrados, o receptor ficará esperando que um canal seja selecionado. Dependendo do conteúdo a ser
exibido no canal selecionado e das configurações de perfil do usuário, ocorrerá ou não o bloqueio do
6. REFERÊNCIAS
conteúdo.

No bloqueio por “idade”, o Set-top Box compara a informação obtida a partir do campo rating (bits ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15604:2007 : Televisão digital terrestre –
b0 a b3) com as informações do perfil do usuário, se a idade do usuário for menor que a da classificação Receptores. Versão corrigida: Abril, 2008. Rio de Janeiro, 2007a.
indicativa, então o conteúdo será bloqueado (Figura 10).
________. NBR 15603-1:2007 : Televisão digital terrestre – Multiplexação e serviços de informação (SI).
Parte 1: SI do sistema de radiodifusão. Rio de Janeiro, 2007b

________. NBR 15603-2:2007 : Televisão digital terrestre – Multiplexação e serviços de informação (SI).
Parte 2: Estrutura de dados e definições da informação básica de SI. Versão corrigida: Abril, 2008. Rio de
Janeiro, 2007c

FERNANDES, J.; LEMOS, G.; SILVEIRA, G. E. Introdução à Televisão Digital Interativa: Arquitetura,
Protocolos, Padrões e Práticas. In: Jornada de Atualização em Informática do Congresso da Sociedade
Brasileira de Computação (JAI-SBC). Salvador/BA. Agosto de 2004.

MATTEDI, J. C. Entenda a nova portaria de classificação indicativa para os programas de TV. Agência
Brasil – Empresa Brasil de Comunicações, 13/02/2007. Disponível em:
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/02/13/materia.2007-02-13.9225391469/view.
Acessado em: Abril, 2009.

MONTEZ, C.; BECKER, V. TV Digital Interativa: conceitos, desafios e perspectivas para o Brasil.
Florianópolis: Ed. da UFSC, 2005. 2a edição.

GAWLINSKI, M., Interactive Television Production, Oxford, Focal Press, 2003.


SUN MICROSYSTEMS. Java TV API Technical Overview: The Java TV API Whitepaper. Version 1.0,
Sun Microsystems. November 2000.
Figura 10: Algoritmo do Bloqueio de Conteúdo
OGLIARI, R. S.; SANTOS, J. R. Java TV: Visão Geral. JavaFree.org, 2009. Disponível em:
No bloqueio por “idade e conteúdo”, será utilizado o valor dos oito bits do campo rating (idade: b0 a www.javafree.org/artigo/871436/
b3 e conteúdo: b4 a b7), estes valores serão comparados às configurações do usuário e, se os quatro bits mais

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