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2. A teologia reformada clássica ensina três pactos: o pacto de redenção, o pacto da graça
e pacto das obras. Eles são desdobramentos da mesma obra de Deus no decreto, criação,
providência, redenção e consumação.
3. O pacto da redenção é o eterno decreto da Trindade em que tudo foi decidido antes da
criação do mundo. Louis Berkhof observa que “Essa aliança eterna [da redenção] é o
fundamento firme da aliança da graça. Se não houvesse conselho eterno de paz entre o
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Pai e o Filho, não poderia ter havido acordo entre Deus e o pecador. A aliança da
redenção torna possível a aliança da graça”.[3]
4. O pacto das obras é a perfeita lei de Deus imposta ao homem para uma obediente
resposta aos mandatos espiritual, cultural e social. Esta lei que originalmente foi declarada
antes da Queda e escrita no coração do homem, ela é posteriormente registrada em
tábuas de pedra.
5. Na história da salvação o pacto da redenção significa obras para Cristo e graça para
nós. O Filho deveria obedecer satisfatoriamente todas exigências da lei de Deus.
8. Jesus Cristo é o mediador do pacto. Nele recebemos aceitação e perdão do Pai, a nossa
condenação é satisfeita, e a sua justiça é imputada em nosso favor nos adotando como
filhos de Deus. A salvação é um vínculo pactual entre os eleitos, pela mediação de Cristo,
com o Pai.
9. Deus tem apenas um povo. Israel e a Igreja formam uma única comunidade pactual,
universal e local, no decorrer da antiga e nova aliança confessando o senhorio de Jesus
Cristo.
10. Todos os cristãos são ordenados a unirem-se, a fim de formar parte de uma verdadeira
comunidade pactual governada pela Escritura Sagrada. Deus instituiu oficiais
extraordinários e ordinários para o governo de sua Igreja. Os oficiais extraordinários como
os reis, profetas e sacerdotes no Antigo Testamento, bem como os apóstolos e profetas do
Novo Testamento foram transitórios. No novo pacto os oficiais permanentes são os
presbíteros e diáconos.
11. Na antiga aliança os sinais sacramentais eram a circuncisão e páscoa que na nova
aliança foram substituídos pelo batismo e ceia do Senhor. Os sinais de uma verdadeira
comunidade pactual que confessa a Cristo são a fiel pregação do Evangelho (o pacto da
graça), a correta administração dos sinais e selos pactuais (os sacramentos: batismo e a
ceia do Senhor) e a zelosa aplicação da disciplina. O batismo infantil somente é
compreendido estruturalmente a partir da doutrina do pacto.
13. Uma vida cristã integral não pode ser vivida saudavelmente fora de uma verdadeira
comunidade pactual que confesse o senhorio de Cristo.
A teologia do pacto é tão essencial à teologia reformada que modificar a teologia do pacto
é distorcer a substância da teologia reformada.
J.I. Packer resume bem a relação pactual de Deus conosco, ao escrever que
Todo o nosso relacionamento com Deus somente é possível porque Cristo perfeitamente
cumpriu satisfatoriamente todo o pacto. Este pacto que foi estabelecido entre o Pai e o
Filho, na eternidade e, realizado na história. Consumada a sua obra o Senhor Jesus nos
recebe como seus pelo pacto da graça, e por ter cumprido o pacto das obras Ele nos torna
misericordiosamente aceitáveis diante do Pai, concedendo-nos todos os benefícios de
seus méritos.
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NOTAS:
[1] Citado em John L. Giardeau, The Federal Theology: its import and its regulative
influence (Greenville, Reformed Academic Press, 1994), p. 5.
[2] Alguns teólogos e tradutores preferem o termo “pacto” enquanto outros usam “aliança”,
mas isto em nada afeta o seu significado bíblico. Os termos Teologia Federal, Teologia do
Pacto ou da Aliança são sinônimos.
[3] Louis Berkhof, Manual de doutrina cristã (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2012), p.
115.
[] J.I. Packer, Teologia Concisa (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2004), pp. 82-83.
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Autor: Rev. Ewerton B. Tokashiki
Fonte: Estudantes de Teologia
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