Anda di halaman 1dari 4

Cremos na Teologia do Pacto

bereianos.blogspot.com.br/2016/04/cremos-na-teologia-do-pacto.html

A Teologia Pacto é desconhecida por muitos dos atuais presbiterianos. Aplica-se a


advertência de Hugh Martin de que “acontece, assim tememos, que a teologia federal está
no presente sofrendo uma grande medida de negligência a ponto de ninguém considerá-la
entre nós num futuro imediato da Igreja”.[1] De fato, esta antiga declaração também se
aplica aos presbiterianos brasileiros. Percebemos uma negligência no ensino desta
doutrina que é essencial para a nossa identidade reformada. A nossa hermenêutica, a
organização sistemática, bem como a nossa prática eclesiástica e a nossa ética dependem
do nosso entendimento da teologia do pacto.

O modo como entendemos toda a história da salvação estrutura-se no pacto de Deus


conosco. Segue abaixo um resumo da Teologia do Pacto:[2]

1. A teologia do pacto estrutura a totalidade da revelação bíblica. De Gênesis a Apocalipse


há uma unidade pactual. Por isso, cremos que há uma unidade contínua em toda a
Escritura e que a Igreja é a soma dos eleitos do Antigo e Novo Testamento, tendo apenas
uma aliança, reino e um modo de salvação.

2. A teologia reformada clássica ensina três pactos: o pacto de redenção, o pacto da graça
e pacto das obras. Eles são desdobramentos da mesma obra de Deus no decreto, criação,
providência, redenção e consumação.

3. O pacto da redenção é o eterno decreto da Trindade em que tudo foi decidido antes da
criação do mundo. Louis Berkhof observa que “Essa aliança eterna [da redenção] é o
fundamento firme da aliança da graça. Se não houvesse conselho eterno de paz entre o
1/4
Pai e o Filho, não poderia ter havido acordo entre Deus e o pecador. A aliança da
redenção torna possível a aliança da graça”.[3]

4. O pacto das obras é a perfeita lei de Deus imposta ao homem para uma obediente
resposta aos mandatos espiritual, cultural e social. Esta lei que originalmente foi declarada
antes da Queda e escrita no coração do homem, ela é posteriormente registrada em
tábuas de pedra.

5. Na história da salvação o pacto da redenção significa obras para Cristo e graça para
nós. O Filho deveria obedecer satisfatoriamente todas exigências da lei de Deus.

6. Cristo cumpriu as obrigações legais do pacto da redenção em sua obediência ativa e


passiva como o representante dos eleitos. Ele pode conceder redenção ao seu povo
escolhido.

7. O pacto da graça é a administração progressiva da lei/evangelho na história da


redenção do Antigo e Novo Testamento. Deus redime revelando graça aos eleitos, que
pela fé, recebem do Mediador as promessas do pacto da graça. Assim, toda a comunidade
do pacto será, em Cristo, redimida para a sua glória. O pacto é um vínculo de amor do Pai,
merecido pelo Filho e concedido pelo Espírito Santo aos seus eleitos.

8. Jesus Cristo é o mediador do pacto. Nele recebemos aceitação e perdão do Pai, a nossa
condenação é satisfeita, e a sua justiça é imputada em nosso favor nos adotando como
filhos de Deus. A salvação é um vínculo pactual entre os eleitos, pela mediação de Cristo,
com o Pai.

9. Deus tem apenas um povo. Israel e a Igreja formam uma única comunidade pactual,
universal e local, no decorrer da antiga e nova aliança confessando o senhorio de Jesus
Cristo.

10. Todos os cristãos são ordenados a unirem-se, a fim de formar parte de uma verdadeira
comunidade pactual governada pela Escritura Sagrada. Deus instituiu oficiais
extraordinários e ordinários para o governo de sua Igreja. Os oficiais extraordinários como
os reis, profetas e sacerdotes no Antigo Testamento, bem como os apóstolos e profetas do
Novo Testamento foram transitórios. No novo pacto os oficiais permanentes são os
presbíteros e diáconos.

11. Na antiga aliança os sinais sacramentais eram a circuncisão e páscoa que na nova
aliança foram substituídos pelo batismo e ceia do Senhor. Os sinais de uma verdadeira
comunidade pactual que confessa a Cristo são a fiel pregação do Evangelho (o pacto da
graça), a correta administração dos sinais e selos pactuais (os sacramentos: batismo e a
ceia do Senhor) e a zelosa aplicação da disciplina. O batismo infantil somente é
compreendido estruturalmente a partir da doutrina do pacto.

12. A revelação é progressiva no decorrer de toda a história da salvação alcançando a sua


plenitude ao completar o fundamento apostólico. Ao completar o registro da revelação com
2/4
o fechamento do cânon, os antigos modos cessaram, e não há mais comunicação de
novas revelações, o retorno das antigas modalidades, nem o ressurgimento dos agentes
revelacionais. Somente a Escritura Sagrada é a Palavra de Deus na plena transição da
nova aliança.

13. Uma vida cristã integral não pode ser vivida saudavelmente fora de uma verdadeira
comunidade pactual que confesse o senhorio de Cristo.

A teologia do pacto é tão essencial à teologia reformada que modificar a teologia do pacto
é distorcer a substância da teologia reformada.

J.I. Packer resume bem a relação pactual de Deus conosco, ao escrever que

a estrutura da aliança compreende a inteira administração da graça soberana de Deus. O


ministério celestial de Cristo continua a ser o de Mediador de uma nova aliança (Hb 12:24). A
Salvação é a salvação da aliança; a justificação, a adoção, a regeneração e a santificação são as
misericórdias da aliança; a eleição foi a escolha que Deus fez dos futuros membros da
comunidade de sua aliança, a Igreja; o batismo e a Ceia do Senhor, correspondendo à
circuncisão e à Páscoa, são ordenanças da aliança; a lei de Deus é a lei da aliança, e sua
observância é a expressão mais verdadeira de gratidão pela aliança da graça e de lealdade ao
nosso Deus da aliança. Pactuar com Deus em resposta à sua aliança conosco deve constituir
um exercício devocional regular para todos os crentes, seja na privacidade ou na Mesa do
Senhor. Uma compreensão da aliança da graça guia-nos do começo ao fim e ajuda-nos a
apreciar as maravilhas do amor salvífico de Deus.[3]

Todo o nosso relacionamento com Deus somente é possível porque Cristo perfeitamente
cumpriu satisfatoriamente todo o pacto. Este pacto que foi estabelecido entre o Pai e o
Filho, na eternidade e, realizado na história. Consumada a sua obra o Senhor Jesus nos
recebe como seus pelo pacto da graça, e por ter cumprido o pacto das obras Ele nos torna
misericordiosamente aceitáveis diante do Pai, concedendo-nos todos os benefícios de
seus méritos.

______________
NOTAS:
[1] Citado em John L. Giardeau, The Federal Theology: its import and its regulative
influence (Greenville, Reformed Academic Press, 1994), p. 5.
[2] Alguns teólogos e tradutores preferem o termo “pacto” enquanto outros usam “aliança”,
mas isto em nada afeta o seu significado bíblico. Os termos Teologia Federal, Teologia do
Pacto ou da Aliança são sinônimos.
[3] Louis Berkhof, Manual de doutrina cristã (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2012), p.
115.
[] J.I. Packer, Teologia Concisa (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2004), pp. 82-83.

***
Autor: Rev. Ewerton B. Tokashiki
Fonte: Estudantes de Teologia
3/4
.

4/4

Anda mungkin juga menyukai