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Trabalho de Saúde e sociedade - Ponto extra - Continuação

1-

No período colonial, com a vinda da família real ao Brasil, o centro das ações sanitárias
era a cidade de Rio de Janeiro. Evidenciou-se a necessidade de se criar centros de formação de
médicos, visto como os primeiros praticamente não existiam. Ademais, tinha-se a necessidade de
se estabelecer um controle Sanitário Mínimo na capital do Império (Rio de Janeiro).

É válido frisar que o que demandava ações de saúde naquela época era o conjunto de
problemas que estavam relacionados de forma direta com interesses econômicos. Foi a partir
daquele período que se teve a criação do modelo assistencial sanitarista/campanhista que,
segundo Souza e Coletto (online), é "considerado o primeiro modelo de atenção no Brasil".

No tocante à saúde no período da República Velha (1889 - 1930), as condições sanitárias


eram caóticas. Era predominante a incidência de doenças transmissíveis, assim como a ocorrência
de epidemias, cujas causas eram atribuídas, principalmente, à imigração, formação de aglomerados
e de saneamento básico precário.

Oswaldo Cruz foi nomeado como diretor do Departamento Federal de Saúde Pública. Ele
criou um modelo de intervenção o qual é conhecido como sendo campanhista, por meio do qual
um "exército" de 1500 pessoas que eram basicamente "guardas sanitários" recorreram ao uso da
força para realizar atividades de desinfecção a fim de combater o mosquito vetor da febre amarela.
É importante salientar que a Lei Federal 1.261/1904 tornou obrigatória a vacinação contra a varíola.
Esse fato contribuiu para a ocorrência da Revolta da Vacina.

Embora o modelo campanhista tenha sido explorado de forma abusiva, é importante


reconhecer que foi através dele que se teve o controle de doenças epidêmicas. Acerca disso, foi
possível haver a erradicação da febre amarela na cidade do Rio de Janeiro.

No contexto do início do processo de industrialização do Brasil, tendo em vista as precárias


condições trabalhistas a que os operários estavam sujeitos, houve a organização, por parte do
movimento operário, de greves gerais, uma em 1917 e outra em 1919.

Foi a partir daqueles movimentos que os operários conseguiram conquistar alguns direitos
sociais. Acerca disso, em 1923 foi aprovada a Lei Elói Chaves em 1923, que representou o Marco
da Previdência social no Brasil, por meio da qual o Estado passou a assumir responsabilidades
com os trabalhadores, embora não tenha se envolvido diretamente com o financiamento das CAPS
(Caixas de Aposentadoria e Pensão). Sendo assim, os empregados de carteira assinada passaram a
ter acesso à assistência médica, a medicamentos por preço especial, dentre outros benefícios.

No período da Era Vargas, que representa um marco da configuração de políticas sociais


no Brasil. A respeito disso, houve a unificação das CAPS em 1933, que resultou na criação dos
Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPS), que surgiu diante de necessidade de se estender a
política de Estado a todas as outras classes do operariado. Foi a partir desse período que o governo
passa a assumir a responsabilidade de gerir financeiramente a Previdência do país. Desse modo, o
financiamento dos IAPS era tripartite. Não obstante, o caráter contributivo e excludente do acesso
aos serviços de saúde persistia, assim como o modelo sanitarista/campanhista.

No período militar (1964 a 1984), sucedeu-se a unificação de IAPS no INPS em


1966. Acerca disso, o INPS passou a administrar as aposentadorias, assistência médica e pensões
de todos os trabalhadores formais, ao passo que eram excluídos os benefícios aos trabalhadores
rurais e muitos dos informais. Ademais, o INPS se tornou mais complexo em relações a questões
administrativas, o que resultou, em 1978, no surgimento do INAMPS (Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social).

Houve o surgimento do modelo privativo/curativo, o qual se tornou predominante. No


tocante àquele modelo, o foco estava na doença e no doente. Consequentemente, não se atendia às
necessidades reais da população, isto é, os principais problemas apresentados pela saúde coletiva.
Acresce que os atendimentos de saúde continuavam excludentes e contributivos. A respeito da
elitização da prática médica, em 1978, houve a Conferência Internacional sobre Atenção Primária
a saúde cujo tema de discussão foi justamente aquele (elitização da prática médica). Ademais, a
conferência também permitiu promover a discussão sobre a atenção primária.

As Ações Integradas de Saúde (AIS) foram criadas em 1983 a fim de se formar um modelo
assistencial que envolvia o setor público por meio do ato de promover concomitantemente ações
curativas-preventivas e educativas.

A partir do movimento das Diretas Já, em 1985, no período de fim da Ditadura e da Nova
República, sucederam-se muitos movimentos sociais que resultaram na criação das Associações
dos Secretários de Saúde Estaduais (CONASS) ou municipais (CONASS). Saliente-se que foi por
meio da realização da VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986 que foram estabelecidas os
fundamentos da reforma sanitária e o do SUDS, o qual era o Sistema Único Descentralizado de
Saúde. Naquela VIII Conferência, foram discutidos os ideais do SUS. O último (SUS) só foi
institucionalizado em 1988.

2-Antes da existência do SUS, a saúde que se tinha era caracterizada como sendo excludente e
contributiva, visto como só possuíam auxílios de saúde os que tinham condições de arcar com os
custos da medicina privada, assim como os que contribuíam com a previdência social. Enquanto
isso, restava a outra parte da população, menos favorecida economicamente, ser atendida nas
santas casas de misericórdia, ou seja, dependia de caridades de ações filantrópicas.

3-Os fatos históricos concernentes à saúde até o período da criação das IAPS foram evidenciados
na resposta da primeira questão, do primeiro até o sétimo parágrafo. Acresce que antes dos IAPS,
a política de saúde do estado não se encontrava estendida a todas as categorias do operariado
urbano, e sim a classes específicas, como a de ferroviários e a de marinheiros. É válido salientar
que o financiamento era realizado por empresas, ao invés de pelo Estado, visto como o último não
participava do financiamento das CAPS, já que o mesmo era bipartite.

4- Em relação ao período colonial, os portugueses visavam à conversão dos indígenas ao


cristianismo. A fim de se atingir aquele propósito, era crucial que eles conseguissem neutralizar a
influência do pajé, visto como os colonizadores não estavam de acordo com o sistema de
atendimento à saúde dos índios. Em função disso, os padres jesuítas forneceram, alimentos,
medicamentos os quais eram manipulados em suas boticas, aos pacientes, além de promover a
catequese dos mesmos. Por causa do desenvolvimento da colonização, que se deu de forma
progressiva, a assistência médica jesuítica foi substituída posteriormente pelos físicos,
denominação esta que era atribuída aos médicos do período e aos cirurgiões barbeiros.

5- A revolta da vacina foi marcada por uma manifestação popular que se sucedeu entre os dias 10
e 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro. Acerca do período da república, em que
se insere a revolta, o início da primeira foi marcado pelo desencadeamento de muitos conflitos e
mobilizações populares. A revolta foi ocasionada pelo fato que que o governo federal havia
tornado obrigatória a vacinação contra a varíola. Em seguida, foi imposta uma campanha de
vacinação no ano de 1904. A forma de implantação daquela campanha se deu de forma violenta e
autoritária, visto como se permitiu que as brigadas sanitárias, juntamente com policiais, entrassem
em casas e aplicassem a vacina à força nos moradores. A aprovação da Lei da Vacina Obrigatória
resultou na criação da Liga contra a Vacina Obrigatória. A população da época agrediu oficiais,
quebrou postes e estabelecimentos comerciais, dentre outras atrocidades.

6- Comentou-se a respeito das políticas sociais de saúde da República Velha, Era Vargas e da
Ditadura Militar na resposta da primeira questão, entre os parágrafos 3 e 11. No tocante à nova
república (1985-1988), fala-se sobre a mesma no último parágrafo da resposta da questão 1. No
tocante à pós-constituinte, no capítulo VIII da ordem social e na seção II da constituição Federal
de 1988, que faz alusão à saúde, determina-se no artigo 196 que: “A saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação.”. Tendo em vista os argumentos anteriores, com a
institucionalização do SUS o sistema único de saúde se tornou passou a ser organizada de forma
descentralizada, de forma que sejam promovidos atendimentos integrais de forma que se priorize
as atividades preventivas, sem prejudicar os serviços assistenciais. Ademais, o sistema de saúde
passou a envolver a participação da comunidade.

7- A lei de Eloy Chaves marca o primeiro momento em que o Estado admitiu que se promovessem
ações específicas para a classe trabalhadora, a qual se encontrava em péssimas condições
trabalhistas. Acerca disso, é importante frisar que, nesse período, a falta de garantia de direitos
trabalhistas resultou em movimentos operários, tais quais as greves gerais de 1917 e de 1919. As
CAPS eram por empresas ou instituições. Conferiam aos médicos benefícios tais quais o de possuir
assistência por acidente de trabalho; assistência médica para o empregado e família, dentre outros.
A primeira CAP surgida era voltada para atender os ferroviários, enquanto que a segunda era para
os marítimos.

8- As CAPS eram organizadas por empresa possuíam um financiamento bipartite. As IAPS, por
sua vez, eram organizadas por categoria profissional e financiadas de forma tripartite, visto como
incluía a participação do governo. Desse movo, a unificação das CAPS em IAPS representa um
fato marcante na história da previdência social do Brasil, já que só foi a partir da criação dos IAPS
que o governo assume a gestão financeira, ampliando os benefícios existente para outras categorias
profissionais do operariado urbano.

9- Nos parágrafos 9, 10 e 11 da resposta da questão 1, explana-se sobre o sistema nacional de


saúde do período militar. Acresce que o modelo de saúde proposto naquele período, o de saúde
privativa/curativa, contribuiu para que a população desfavorecida economicamente, reprimidos
não só pelo autoritarismo apresentado pelo governo militar, mas também pela política econômica
excludente, “afundou” em desemprego e nas consequências sociais do mesmo, tal qual o aumento
da marginalidade, da mortalidade infantil, dentre outras. Evidenciou-se, portanto, as mazelas da
saúde previdenciária. Outrossim, houve constantes aumentos dos custos da medicina curativa;
redução do crescimento econômico; incapacidade de o sistema em vigor conseguir atender a uma
crescente população de marginalizados a qual não tinha carteira assinada, tampouco contribuição
previdenciária; desvio de verbas do sistema previdenciário para arcar com despesas de outros
setores econômicos, dentre outros problemas.

10- A VIII Conferência Nacional de Saúde foi a primeira em que houve participação popular. Ela
foi realizada no Congresso Nacional em 1986. Foi a partir daquele evento que as bases da reforma
sanitária foram determinadas, assim como as do SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde).
É válido frisar que a reforma promovida pela VIII CNS foi mais que setorial, já que o movimento
sanitário surgiu junto com outros, que possuíam em comum com o primeiro, o intento de resgatar
a dívida social causada pela época da Ditadura Militar. Acresce que, na conferência, houve a
alteração das bases de organização das Conferências Nacionais de Saúde. Além disso, o conceito
de saúde foi ampliado, visto que aquele fator (saúde) passou a ser enxergado como um direito de
cidadania, além de como ser um dever do estado.

11-

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