Anda di halaman 1dari 8

Planejamento Urbano e Estatuto da Cidade

Planejamento Urbano

Conceito

O Planejamento Urbano, lida basicamente com os processos de produção,


estruturação e apropriação do espaço urbano. Sob este ponto de vista, os
planejadores podem antever os possíveis impactos, positivos e negativos, causados
por um plano de desenvolvimento urbano, sendo um conjunto de ações
consideradas mais adequadas para conduzir a situação atual na direção dos
objetivos desejados. Além disso, pode ser entendido como o processo de criação e
desenvolvimento de programas que buscam melhorar ou revitalizar certos aspectos
(como qualidade de vida da população) dentro de uma dada área urbana ou de uma
nova área urbana em uma dada região, tendo como objetivo propiciar aos habitantes
a melhor qualidade de vida possível. Não se pode esquecer que toda a decisão de
planejamento possui um impacto, positivo ou negativo, no crescimento da cidade e
na qualidade de vida de seus habitantes.

O planejamento surgiu como uma resposta aos problemas enfrentados pelas


cidades, tanto aqueles não resolvidos pelo urbanismo moderno quanto aqueles
causados por ele, marcando uma mudança na forma de encarar a cidade e seus
problemas. Uma modificação importante refere-se ao reconhecimento do fenômeno
urbano como algo dinâmico, o que leva a encarar a cidade como resultado de sua
própria história e como algo que está de alguma maneira, evoluindo no tempo.

“Portanto, a cidade passa a ser vista como o produto de um determinado


contexto histórico, e não mais como um modelo ideal a ser concebido pelos
urbanistas.” (KOHLSDORF, 1985)

A outra mudança introduzida pelo planejamento foi a passagem da ênfase


dada à busca pelo modelo de cidade ideal e universal para a solução de problemas
práticos, concretos, buscando estabelecer mecanismos de controle dos processos
urbanos ao longo do tempo, desenvolvido por meio de ações da administração
pública por meio de alguns dispositivos legais como, no âmbito Federal, diretrizes
gerais de desenvolvimento regional e urbano, grande financiador de obras e serviços
públicos; no Estadual, Diretrizes de desenvolvimento regional e urbano,
investimentos em infraestrutura, educação, saúde, segurança pública, habitação, no
Municipal, diretrizes de desenvolvimento urbano local, investimentos em sistema
viário, transportes, educação, saúde, equipamentos e mobiliário urbano, habitação
popular; da iniciativa privada, loteamentos, construções civis, estabelecimentos
industriais, comerciais, de serviços, residências.

EXEMPLOS CIDADES BRASILEIRAS PLANEJADAS

Figura 1 – Cidade brasileira planejada, Brasília (DF).

Fonte: Disponível em: http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/plano-piloto/

BRASILIA

GOIANIA

PALMAS

Planejamento Sistêmico

Essas cidades acabaram sendo tomadas pelas edificações, gerando um ambiente


urbano insalubre, sem condições mínimas de infraestrutura, que pudesse dar conta
da densidade instalada. Assim, as ruas eram estreitas e mal cheirosas, e o esgoto
ficava a céu aberto. Esse período é chamado por alguns autores de “liberal”, uma
vez que, na época, não existiam regulações que orientassem a ocupação urbana,
deixando para o mercado essa tarefa. Entretanto, o mercado não era capaz de
prover qualidade urbana, uma vez que seu objetivo principal é a obtenção de lucro.
Sendo assim, espaços abertos, por exemplo, que não traziam lucros imediatos,
foram negligenciados (BENEVOLO, 2008)

Dessa forma, não há como analisar problemas estanques nas cidades, já que toda
decisão gera um impacto.

A cidade deve ser analisada como um todo que possui inúmeras complexidades e variáveis, as quais
expõem diversos problemas e métodos de resolução interdisciplinar envolvendo as diversas esferas
sociais e toda a comunidade em busca de um bem maior para a coletividade.

Vários setores interferem no planejamento urbano e na sustentabilidade, evidenciando, assim, a


interdisciplinaridade para as proposta serem eficazes e eficientes.

O processo de descentralização da administração pública vem ocorrendo desde a década de 1970,


em nível mundial, no Brasil, especificamente, esse processo tem seu ponto central na década de
1980, com a formalização do mesmo na constituição de 1988

Essa descentralização foi formalizada por meio do Plano Diretor da Reforma do Estado, na década de
1990, onde se dá a operacionalização desse processo.

Para que seja possível uma reflexão sobre planejamento e sustentabilidade, é necessário
compreender o conceito e as variáveis relacionadas com o meio urbano, já que estes são pano de
fundo para a reflexão proposta nesta disciplina.

Desse modo, a temática deste material tem como objetivo fundamental destacar pontos importantes
do cenário urbano que devem ser considerados no momento do planejamento urbano sustentável.

Assim, neste tema, estaremos balizando o entendimento do meio urbano e identificando variáveis e
abordagens necessárias para o planejamento deste.
O urbano

O planejamento urbano deve ser realizado levando em conta uma


série de variáveis que, juntas, conseguem proporcionar uma melhor
visualização do ambiente urbano. Essa contextualização se faz
necessária para que se crie uma abordagem diferenciada quando se
analisa o ambiente citadino.
O meio urbano caracterizado originalmente, de maneira
simplificada, pelo agrupamento de pessoas em função de
conveniência econômica e de segurança, por muito tempo foi
analisado e administrado com base em pressupostos lineares que o
entendiam como algo relativamente estático e passível de uma
previsão e planejamento com um recorte físico e racional.
Atualmente, a tendência é abordar o meio urbano como algo em
constante mutação. As cidades perdem o seu caráter estático e
controlável, inserindo-se num contexto onde o tempo e espaço têm
sua significância diminuída (CASTELLS, 1999). Dessa forma, ela
perde sua característica “urbanística” baseada em questões
espaciais, para abranger, agora, questões como desenvolvimento
econômico institucional e ambiental.
A cidade globalizada é hoje um ambiente dissociado da localidade,
mas extremamente dependente de seus aspectos significativos,
culturais, sociais e econômicos, que procura se adaptar e sobreviver
num contexto onde as influências externas são constantes e
determinantes (DOWBOR, 1999; BARREIRA, 2003).

Frente a esse cenário, percebe-se uma mudança na postura dos


órgãos que abordam o planejamento urbano. Hoje, parte-se do
princípio que o meio urbano é um cenário múltiplo onde as mais
diversas influências atuam, de forma distinta e atemporal, tendo,
pois, como necessidade, um estudo multidisciplinar.
De acordo com Quadri:
A cidade se constitui na forma mais complexa e acabada da
organização humana. Nela, podem conviver milhões de seres vivos,
realizar simultaneamente um sem-número de atividades cotidianas,
interagir, comunicar, produzir e consumir bens e serviços. [...] É
algo real, complexo e multidimensional. Um fenômeno altamente
heterogêneo. É o local onde permanentemente estão ocorrendo
trocas, internas e externas, das mais diversas naturezas: como as
físicas, econômicas, políticas, culturais, sociais e energéticas.
(QUADRI, 1997, p. 5)
A grande mudança nessa nova postura é que agora, mais do que
nunca, a cidade é um processo social em permanente
transformação (SANTOS, 1985) e é o resultado do conjunto de
relações socioculturais e econômicas que se estabelecem com o
tempo.
Pressupostos Básicos para o Entendimento do Cenário Urbano

O sucesso das ações no cenário urbano depende de alguns


pressupostos básicos, os quais estão descritos a seguir.
Administração Sistêmica
A abordagem sistêmica pressupõe uma visão de todo o cenário
urbano, mas sem esquecer de suas relações internas. Essa visão
sistêmica é fundamental para que o gestor consiga elaborar ações
mais objetivas e que explorem as interdependências.
No contexto citadino, não há como desconsiderar as
interdependências das partes, é como no corpo humano que,
muitas vezes, para se resolver uma determinada doença, deve-se
agir em um ponto totalmente diverso da dor. Nas cidades acontece
a mesma coisa, muitas das ocorrências detectadas nos indicadores
têm como causa a falta ou insuficiência de ações em outras áreas,
ou até mesmo são oriundas de ações realizadas.
Por exemplo, muitas cidades concedem incentivos fiscais como
forma de atrair indústrias e, consequentemente, gerar mais
empregos e desenvolvimento econômico, entretanto, é possível
dizer que mais desenvolvimento econômico, se não planejado, pode
gerar mais problemas sociais, ambientais, mais urbanização,
necessitando de mais infraestrutura.
A abordagem sistêmica permite que se visualizem as interfaces,
encontrando soluções mais efetivas. Ela facilita também a
correlação entre causa e efeito, tão importante para o encontro de
soluções complexas. O cenário urbano é um ambiente no qual
existe uma enormidade de variáveis que interferem umas nas
outras. Dessa forma, não há como analisar problemas estanques
nas cidades, já que toda decisão gera um impacto.
You TubeDe maneira simples e lúdica, a fábula “Os 7 sábios cegos e o

elefante” nos mostra como a visão sistêmica pode nos ajudar no


processo de gestão. Clique no botão a seguir e confira essa fábula.
Complexidade
Outro pressuposto importante para se entender e agir no meio urbano é entendê-lo enquanto um
todo complexo, onde as várias interfaces se misturam como em uma teia onde uma série de itens
heterogêneos se junta de forma coesa.

Entende-se, dessa forma, a necessidade de uma abordagem multidisciplinar em relação aos


fenômenos, bem como um processo de mudança de pensamento e ação. Pretende-se com isso a
migração de uma postura única, normalmente técnica para uma abordagem múltipla.

Busca-se entender as cidades em sua forma original, complexa, sem buscar recortes específicos e, a
partir dessa visão, planejar ações que sejam mais eficazes.

Intersetorialidade
Seguindo a mesma linha de raciocínio, ao abordarmos a cidade
como um todo inter-relacionado, percebemos que existem inúmeras
demandas da cidade que permeiam vários setores e que um
planejamento que contemple essa intersetorialidade pode trazer
uma maior eficiência e eficácia, garantindo, assim, a
sustentabilidade.
De acordo com Junqueira; Inojosa; Komatsu (1997, p. 24):
Intersetorialidade pode ser entendida como uma articulação de
saberes e experiências no planejamento, implementação e avaliação
de ações para alcançar efeito sinérgico em situações complexas
visando o desenvolvimento social. (JUNQUEIRA; INOJOSA;
KOMATSU, 1997, p. 24)
ReflexãoA visão intersetorial possibilita, entre outros pontos, a
otimização de recursos, a coerência de ações e, literalmente, ações
mais efetivas, e trazem consigo a ampliação dos resultados como
um todo.
Agora, mais do que nunca, o município tem autonomia para gerir-
se, o que pode significar ações mais efetivas, já que estas podem
ser direcionadas à realidade local.

Sustentabilidade

Conceito de Sustentabildade

“consiste na capacidade de uma atividade ou sociedade se manter


por tempo indeterminado, sem colocar em risco o esgotamento, a
qualidade e o uso abusivo de seus recursos naturais”. Barreto et
al (2011, p. 09)
Ambiente ecologicamente equilibrado deve ser exercido por todos o que será benéfico para todos
também.

A sustentabilidade pode multidisciplinar, sendo vista de diversas maneiras e ser abordada por óticas
e posicionamentos diferentes: sustentabilidade ecológica, econômica, social, dentre outras. Esse
assunto é muito vasto e pode trazer vários aspectos da vida da população.

É a proposta do uso de estratégias que possibilitem o


desenvolvimento sem comprometer os direitos da sociedade no
futuro.
Sustentabilidade Urbana

O Urban World Forum (2002) define sustentabilidade urbana a


partir do estabelecimento de um conjunto de prioridades, são elas:
superar a pobreza, promover equidade, melhorar a segurança
ambiental e prevenir a degradação, estar atento à vitalidade cultural
e ao capital social para fortalecer a cidadania e promover o
engajamento cívico.
Planejamento e Sustentabilidade Urbanos

Algumas ações que fazem parte desse cenário de planejamento e sustentabilidade: realocação das
famílias em áreas de risco, incentivo ao reaproveitamento de matérias, politicas publicas de incentivo
à moradia digna,

Referencias

BENÉVOLO, L. MAZZA, S. História da Cidade. São Paulo: Editora Perspectiva, 2007.

BRASIL. Congresso Nacional. Constituição Federal. Brasília: 1988.

BRASIL. Lei Nº. 10.257 de 10 de julho de 2001. Estatuto da cidade. Brasília: 2001.

CHOAY, F. O urbanismo. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.

GRAZIA, G. de. Reforma urbana e Estatuto da Cidade. In: RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz; CARDOSO,
Adauto Lúcio (org.) Reforma urbana e gestão democrática: promessas e desafios do Estatuto da
Cidade. Rio de Janeiro: Revan: FASE, 2003.

LEME, M. C. da S. (coord.) urbanismo no Brasil 1865-1965. São Paulo: Studio Nobel; FAU / USP;
FUPAM, 1999.

BARRETO, Estefania Gomes et al. Inovação Tecnológica e


Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na
Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial. XXXI
Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Belo Horizonte, MG,
Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. Disponível
em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_tn_sto_145_
910_18086.pdf. Acesso em: 08 maio 2014.
KOHLSDORF, Maria Elaine. Breve histórico do espaço urbano como campo
disciplinar. In: GONZALES, Sueli et al. O espaço da cidade – contribuição à
análise urbana. São Paulo: Projeto, 1985.

O surgimento do planejamento urbano. Disponível em: http://urbanidades.arq.br/2008/03/o-


surgimento-do-planejamento-urbano/. Acesso em: 24/11/2016.

Anda mungkin juga menyukai