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Anotações e análises de propriedade intelectual de Ercole Martelli.

Arquivo pessoal.
Andirá, 13 de agosto de 2016
RASCUNHOS SEM REVISÃO

[OS VITRAIS AUTÊNTICOS DA IGREJA MATRIZ DE ANDIRÁ]

Foi durante o período gótico ( aproximadamente ano 1000 d.C) que deu-
se o desenvolvimento de novas técnicas de manipulação e aplicação do vidro na
arquitetura. Foram duas as novidades arquitetônicas da idade média que
mudaram a maneira de se pensar a iluminação no interior das catedrais.
Estamos falando no desenvolvimento das rosáceas e dos vitrais .

A utilização dessas novas fontes de iluminação apareceram de modo a


unificar duas questões importantíssimas dentro da ideia arquitetônica que ainda
hoje é dilema para inúmeros profissionais, a relação entre funcionalidade e
estética.

Imagem vocês quão fascinado não haveria de ficar o homem medieval ao


adentrar uma catedral e observar a magnificência de cores produzida pelos
efeitos dos vitrais. Além do seu caráter funcional de iluminar, os vitraistambém
são responsáveis por garantir a estética do interior, gerando imponência e
envolvimento ao observador de maneira que seus efeitos só sejam
experimentados por que adentra na construção, ou seja, mais uma vez pensando
no homem medieval, a vida das vidraças só poderia ser experimentada por quem
adentrasse a casa de Deus. Pelo lado de fora o vitral é morto, sem cor e sem
definição.

De maneira geral o vitral é uma vidraça constituída por inúmeros pedaços


de vidro. Existem inúmeras técnicas de composição, porém as 3 mais
conhecidas são: a técnica tradicional (cada vez mais difícil de ser observada
dada a dificuldade técnica de sua confecção/construção), nela os pedaços de
vidro são recortados e presos por pequenos pedaços de metal para compor a
vidraça; técnica de fusão, nela os pedaços de vidro são fundidos uns aos outros,
dispensando a necessidade de uma armação para sua sustentação; a última, e
mais mais utilizada atualmente pelo seu baixo custo, é a técnica do falso vitral.
Nela um pedaço único de vidro é pintado para simular o efeito da técnica
tradicional. Tal técnica ganhou tantos adeptos que hoje já é possível encontrar
no mercado alguns vernizes e pastas para criar o efeito de falso vitral de maneira
bastante fiel, porém mesmo assim nada se compara ao resultado da técnica
tradicional onde o artesão monta cuidadosamente cada pedaço singular e
individual para gerar um todo coeso.

Após o exposto cabe aqui uma grande notícia aos moradores de Andirá.
Osvitrais da Igreja Matriz de Andirá foram concebidos pela técnica tradicional, ou
seja, sua composição foi realizada juntando pequenos pedaços de vidro que são
presos por pequenas estruturas metálicas. Um presente aos olhos andiraenses.
Nas fotos podemos notar o efeito do vitral pelo lado de fora e de dentro da igreja
bem como as colagens dos pedaços de vidro às estruturas metálicas.
AZULEJOS
Um detalhe sútil e quase oculto marca os azulejos que compõe a imagem
de São Sebastião da cidade de Andirá.
No canto inferior direito podemos observar o ano de 1980 e a assinatura
do famoso Ateliê Artístico Moral, seguido do também famoso número de telefone
4477. O ateliê Moral foi um importante fabricante de azulejos que por mais de 50
anos espalhou exuberância por todo o país, especialmente no interior do estado
de São Paulo, e para diversas localidades do mundo. Possuir um pedacinho do
ateliê Moral em Andirá é fazer parte dessa história. Nas fotos À seguir a
assinatura na imagem de São Sebastião em Andirá e outros trabalhos realizados
pelo ateliê.
ANÁLISE DA TORRE DA IGREJA
Toda análise é uma possibilidade de leitura de algum objeto, evento, etc.
Realizamos uma análise do campanário da Igreja Matriz de Andirá e para nossa
surpresa ela foi construída sob as proporções do número PHI.
A sessão áurea é dada pelo número 1,618 (phi) e, segundo o ideal grego,
representava o padrão de beleza pois era a proporção encontrada nos indivíduos
da natureza além explicar coisas interessantes como o crescimento de plantas,
formato de frutas, proporções do corpo humano, etc. Nos dois primeiros minutos
explicamos o método de análise e nos minutos posteriores segue a análise
comentada. Assista com calma.
https://www.facebook.com/acordeandira/videos/1251525051541068/
(DES)CONSTRUÇÃO
TEMPORAL.

Igreja Católica (Matriz); 1960 - 2016.

DA SONORIDADE DO SINO

Assim como existe a 'paisagem visual' (o termo pode até parecer estranho
pois a ideia de paisagem já remete-se à imagem) que é composta por pontos
fixos, móveis e imóveis situados no nosso espaço que nos fazem remeter à um
sentimento de pertencimento, também existe uma chamada 'paisagem sonora'
que é composta pelos sons na qual estamos imersos. Um exemplo de marco
sonoro da cidade de Andirá é o sino da Igreja Católica (Matriz) que toca com
regularidade em determinados momentos de dias específicos da semana.
Podemos situar o som do sino como um som da nossa paisagem sonora
andiraense.

https://www.facebook.com/acordeandira/videos/1249694728390767/

INTERIOR DA IGREJA
O interior da Igreja Matiz de Andirá possui a 'clássica' estrutura denominada de
abóbada de berço. Tal forma arquitetônica foi amplamente utilizada na Roma
antiga e revisitada anos mais tarde pela arquitetura sacra medieval, mais
precisamente no século X, vindo a denominar-se de estilo românico. Quem já
adentrou na Igreja Matriz de Andirá conhece bem o efeito acústico produzido em
seu interior. Um pequeno som pode prolongar-se parecendo que ficou
aprisionado, vindo a descolar-se do tempo.
Segundo a mentalidade do homem medieval, para adentrar no reino de Deus era
necessário desprender-se de tudo que era terreno, mundano e humano. Ora, o
que é mais terreno e mundano para o homem senão a noção de tempo? Não é
atoa que a música sacra de tal período parece não ter começo, nem meio e nem
fim, isso foi uma tentativa de borrar o tempo e fazer com que o homem criasse
uma conexão direta com Deus através de uma sensação de atemporalidade. O
efeito acústico causado no interior da Igreja de Andirá é semelhante, a sensação
é de que os sons do centro da cidade são descolados e ficam
aprisionados/estampados no tempo, gerando assim um ambiente propicio para
a conexão com o sublime e etéreo.
O DIÁLOGO COM O ESTILO OFICIAL

Na primeira foto: em vermelho a planta baixa da antiga basílica de São Pedro no


Vaticano (edificação coberta);
Segunda foto: Vista aérea da nova Igreja Matriz de Andirá (edificação coberta);
A nossa Igreja segue o formato em cruz latina e faz referência aos moldes da
antiga basílica de São Pedro, inclusive os pés da basílica apontam para a praça.
Primeira foto:Praça de São Pedro e a nova basílica no Vaticano.
Segunda foto: Praça da Igreja de São Sebastião em Andirá durante a construção
da nova Igreja - Inicio da década de 1950.
Mais um indicio de que o arquiteto foi muito feliz na composição da nossa igreja
e que o projeto tem referencias claras ao estilo oficial.

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