EDUCACAO BASICA
“Assegurar a todas as crianças um tempo mais longo no convívio escolar, mais oportunidades de
aprender e um ensino de qualidade. Essa é a proposta do MEC com a implantação do ensino
fundamental de nove anos. A intenção é fazer com que aos seis anos de idade a criança esteja no
primeiro ano do ensino fundamental e termine esta etapa de escolarização aos 14
anos”Disponivel em:< http://portal.mec.gov.br/ensino-fundamental-de-nove-anos>.
Acesso em : 17 de abril de 2018.
Em face ao objetivo desta mudança ocorrida na educação brasileira de promover maior tempo da
criança na escola com ampliação das oportunidades de aprendizado, cujo ao meu ponto de
vista será o provedor das mudanças observadas pelo professor de matemática em séries futuras,
pois sabemos que este ano ampliado não atinge a área de atuação do Licenciado em matemática,
o primeiro ano, cujo a atuação prescinde do profissional pedagogo.
O que há de se esperar destes profissionais matemáticos é a receptividade de alunos
provindos de um fundamental menor com uma qualificação ampliada, permitindo a exigência e
aplicação de um conteúdo em processo de crescimento e não de retrocesso ou recuperação, em
ensinar competência educacionais do 1º ao 5º ano, ou seja anos anteriores.
A ampliação do período escolar Fundamental, não desobriga a família, sociedade e
demais entidades de estarem vigilantes e atuantes nos seus papeis.
A implantação de um Ensino Fundamental (EF) com duração de nove anos dependeu
basicamente de duas leis: uma que antecipasse a escolarização das crianças, exigindo
obrigatoriedade do ingresso à escola a partir dos seis anos de idade (Lei nº 11.114/05), e
outra que ampliasse a duração do EF de 8 para 9 anos (Lei nº 11.274/06).
A ampliação do Ensino Fundamental (EF) de 8 para 9 anos, assim como a incorporação
de crianças com seis anos de idade, trouxe algumas implicações pedagógicas e
metodológicas sobre a nova escola de EF. Um novo público, mais novo, demanda
reflexões sobre o papel, objetivos e expectativas da escola nesta modalidade inaugural
de atendimento, o que diz respeito à formação de professores e à gestão escolar.
A falta de ênfase nas orientações e na formação das profissionais responsáveis por
esse novo ano de EF compromete, sem dúvida, a qualidade do trabalho
pedagógico. O espaço para o lúdico e as brincadeiras são ausentes no EF, tanto porque
muitas escolas de EF não possuem infraestrutura para tal, quanto pela cultura de que a
brincadeira não serve à educação. Assim, prefere-se antecipar a alfabetização às
crianças de seis anos, por meio de exercícios mecânicos de cópia, caligrafia e repetição.
Práticas classificadas, por muitos, como inadequadas a didática a qual se daria
prioridade nessa faixa etária (CORREA, 2011).
É um desafio ainda maior aos professores de matemática implementar os cálculos a
essas crianças, porem com um bom trabalho dos pedagogos, essas crianças terão um
desempenho melhor nos anos mais avançados como o fundamental maior.
Ao analisarmos a música Another brick in the Wall (um outro tijolo no muro), não apenas pela
concepção da didática aplicada pelo professor, mas sim o que o seu autor tentou transmitir ao
público. Um olhar mais criterioso nesses protestos verbais contra “a autoridade”, até usando
crianças em processo de formação, pode levar o leitor a pensar que tudo não passa de
sentimentos de revolta, rebeldia, traumas psicológicos, efeitos do uso de drogas e conflitos
familiares não solucionados. Enfim, dramas pessoais do compositor e vocalista Roger Waters
passados para o papel e veiculados através da composição de sua canção.
Desta forma verificamos momentos distintos na canção:
Another Brick in the Wall (parte I) – memórias do narrador, The Happiest Days of our Lives (parte
II) - retratando a figura de um professor ortodoxo e insensível, resultado de uma relação familiar
falida, lacunar e cheia de traumas psicológicos; Another Brick in the Wall (parte III) - A educação
é posta em check. O narrador a define como totalmente alienante e deformada. Em nenhum
momento ele valoriza a moralidade, os bons costumes, a ética na escola e o respeito a qualquer
forma de autoridade, até mesmo aos mais velhos. Na verdade sua música é parricida, uma
motivação à rebeldia fomentando a evasão escolar.
Another brick in the Wall (um outro tijolo no muro) transmite ao público uma concepção
transformadora do sistema educacional que, em sua ótica, ao invés de motivar as crianças em
processo de formação, ele as oprime com suas exigências alienantes e anti-democráticas. Este
modelo negligencia os valores éticos e sua ideologia truculenta, seja de maneira torpe, com
violência escancarada ou de maneira sutil é abrigada pela ação política institucional educacional. É
a velha forma tradicional do poder. Não pensar, apenas cumprir as ordens! Nunca esquecer o
adágio popular: manda quem pode, obedece aquele que for sábio! Um mecanismo castrador da
identidade individual para quem entregamos nossas crianças para serem subjugadas e obrigadas a
perderem seu próprio EU e passar a pensar e agir em consonância à sociedade idealizada e/ou
representada pelo professor.
A letra da música leva o leitor ao ambiente escolar nos anos setenta onde a postura do educador é
desprovida de valores éticos; chegando a ser violento e ameaçador quando suas ideias são contra-
argumentadas ou desprezadas. A canção sugere, ainda, que tais modelos atitudinais são um
reflexo da relação que os professores enfrentam em seus lares na convivência com suas esposas
“gordas, neuróticas, metódicas e psicopatas”.
Surge, dessa forma, o(s) grito(s) de revolta: “Ei, professor! deixe essas crianças em paz!”, “Não
precisamos de nenhuma educação”, “Não precisamos de controle mental”! É a revolta dos jovens
contra a autoridade e as crenças que proferem. E para fazer valer seus ideais, violam o direito
alheio e sancionam a violência como critério de suposta defesa e de auto-preservação. Um tapete
vermelho feito com a arte da arrogância, do desprezo pelo espaço do outro e repleto de discurso
falacioso.