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Disciplina: Literatura

Professora: Juliana Moreira


Lista de exercícios 02: 15/05/2018

1 - (CEFET) Leia as seguintes afirmações sobre Morte e Vida Severina:

I) O nascimento do filho do compadre José é antagônico em relação aos outros fatos apresentados
na obra, já que esses são marcados pela morte.
II) Podemos dizer que o conteúdo é completamente pessimista, considerando-se que a jornada é
marcada pela tragédia da seca, o que leva Severino à tentativa de suicídio.
III) Mais do que a seca, as desigualdades sociais do Nordeste são o tema da obra.

Assinale a alternativa correta sobre as afirmações:

a) Somente I e II estão corretas.


b) Somente I e III estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
d) As três estão corretas.
e) As três estão incorretas.

2 - (FUVEST-SP)

Decerto a gente daqui


jamais envelhece aos trinta
nem sabe da morte em vida,
vida em morte, severina;
(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)

Neste excerto, a personagem do “retirante” exprime uma concepção da “morte e vida


severina”, ideia central da obra, que aparece em seu próprio título. Tal como foi expressa no
excerto, essa concepção só NÃO encontra correspondência em:

a) “morre gente que nem vivia”.


b) “meu próprio enterro eu seguia”.
c) “o enterro espera na porta: o morto ainda está com vida”.
d) “vêm é seguindo seu próprio enterro”.
e) “essa foi morte morrida ou foi matada?”.

3- (FEI-SP) Leia o texto com atenção e responda à questão.

— O meu nome é Severino


não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muito na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da Serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
(João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)

É possível identificar nesse excerto características:

a) regionalistas, uma vez que há elementos do sertão brasileiro.


b) vanguardistas, pois o tratamento dispensado à linguagem é absolutamente original.
c) existencialistas, pois há a preocupação em revelar a sensação de vazio do homem do sertão.
d) naturalistas, porque identifica-se em Severino as características típicas do herói do século XIX.
e) surrealistas, já que existe uma apelação ao onírico e ao fantástico.
4 - (UEL-PR) Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, identifica-se como:

a) uma obra que, refletindo inovações e experimentações linguísticas do autor, torna tênues as
barreiras entre a prosa e poesia.
b) um auto que explora a temática do nascimento como signo do ressurgir da esperança.
c) um auto de Natal que rememora a visita dos reis Magos e pastores ao Deus Menino.
d) um poema que encerra uma síntese das propostas vanguardistas contidas na obra geral do
autor.
e) um conto cujo interesse se centraliza na preocupação do autor como problema da seca no
Nordeste.

5- Leia o texto com atenção e responda à questão:

Essa vida por aqui


é coisa familiar;
mas diga-me retirante,
sabe benditos rezar?
sabe cantar excelências,
defuntos encomendar?
sabe tirar ladainhas,
sabe mortos enterrar?
(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)

O número de sílabas métricas (ou poéticas) dos versos do excerto é o mesmo do seguinte
provérbio:

a) A bom entendedor/ meia palavra basta.


b) Água mole em pedra dura/ tanto bate até que fura.
c) Quem semeia vento/ colhe tempestades.
d) Quem dorme com cães/ amanhece com pulgas.
e) Cabeça de vadio/ hospedaria do diabo.

6- Com base na leitura e análise do livro Morte e vida severina, classifique as afirmações
seguintes de verdadeiras ou falsas:
( ) O título da obra sugere a trajetória de Severino: sai do sertão (Serra da Costela, limites da
Paraíba), fugindo da morte, em direção à cidade (Recife), à procura da vida.
( ) A busca de vida mais longa (no sertão, a morte acontecia antes dos trinta) resultou em
frustração: Severino suicidou-se nas águas do rio Capibaribe.
( ) A temática central do livro é a seca nordestina. Em conseqüência dela, a vida reduz-se a
quase nada no sertão.
( ) A fuga empreendida por Severino não é uma viagem à-toa. É a busca de vida. Não se trata
de vida melhor ou pior. O sertanejo só quer viver, prolongar um pouco mais sua permanência
sobre a terra.
( ) A caminhada de Severino começa na Serra da Costela, no limite com a Paraíba, e vai até
Recife. O retirante segue sempre margeando o rio Jaguaribe.
(Fuvest) Texto para as questões de 7 e 8

Só os roçados da morte
compensam aqui cultivar,
e cultivá-los é fácil:
simples questão de plantar;
não se precisa de limpa,
de adubar nem de regar;
as estiagens e as pragas
fazem-nos mais prosperar;
e dão lucro imediato;
nem é preciso esperar
pela colheita: recebe-se
na hora mesma de semear.
(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)

7- Substituindo-se os dois-pontos por uma conjunção, em “(…) pela colheita: recebe-se


(…)”, mantém-se o sentido do texto APENAS em “(…) pela colheita,
a) embora se receba (…)”.
b) ou se recebe (…)”.
c) ainda que se receba (…)”.
d) já que se recebe (…)”.
e) portanto se recebe (…)”.

8- Nos versos acima, a personagem da “rezadora” fala das vantagens de sua profissão e de
outras semelhantes. A seqüência de imagens neles presente tem como pressuposto imediato
a ideia de
a) sepultamento dos mortos.
b) dificuldade de plantio na seca.
c) escassez de mão-de-obra no sertão.
d) necessidade de melhores contratos de trabalho.
e) técnicas agrícolas adequadas ao sertão.

9- Leia os seguintes trechos de Terra sonâmbula, de Mia Couto, publicado pela Editora
Caminho em 1992.

I. "Quero pôr os tempos, em sua mansa ordem, conforme esperas e sofrências. Mas as
lembranças desobedecem, entre a vontade de serem nada e o gosto de me roubarem do
presente. Acendo a estória, me apago a mim. No fim destes escritos, serei de novo uma
sombra semvoz"(p.15).

II. "Deixei o caminho antigo da casa, olhei a paisagem, o paciente verde. Meus olhos
derretiam aquelas visões, fosse para guardar o passado em navegáveis águas. Era noite
quando a canoa desatou o caminho. O escuro me fechava, apagando os lugares que foram
meus. Sem que eu soubesse começava uma viagem que iria matar certezas da minha
infância" (p.34).

A propósito desses fragmentos, assinale a alternativa correta.

a) Em I, o narrador em 3ª pessoa inicia o relato realista da guerra civil em Moçambique.


b) Em I, as lembranças de Kindzu submetem-se tranquilamente à mansa ordem da escrita.
c) Em II, Muidinga descreve como começou sua viagem ao lado de Tuahir.
d) Em II, Kindzu observa a paisagem de sua infância a fim de poder voltar a ela mais tarde, em
lembrança.
e) Em I e II, Muidinga relata seu amadurecimento durante a leitura dos cadernos de Kindzu.

10 - (UFBA) Leia o trecho extraído do romance Terra sonâmbula, de Mia Couto, e responda
à questão.

De imediato, centenas de pessoas se lançaram em todo tipo de embarcações, as pequenas às mais


mínimas, para assaltarem o navio malfragado, a fim de se servirem das ditas xicalamidades. [...]
Desde então, a situação só piorou pois, consoante o secretário do administrador, a população não
se comporta civilmente na presença da fome. Muita gente insistia agora em voltar ao tal navio pois
lá sobrava comida que daria para salvar filhos, mães e uma africanidade de parentes. [...] Assane
foi preso, sujado por mil bocas. Na prisão lhe bateram, chambocado nas costas até que as pernas
se exilaram daquele sofrimento que lhe era infligido. Perdeu o sentimento da cintura para baixo.
Assane passou as palmas das mãos pelas desempregadas coxas. Tinha sido apenas há dias que lhe
abriram a porta da prisão. Ainda nem sabia bem se arrastar de mão pelo chão. Por isso as sacudia,
limpando essas mãos que ele sempre aplicara nos documentos.

Com base no trecho e em seu contexto, leia as seguintes afirmativas.

I. As obras de Mia Couro exploram, de modo geral, o mundo simbólico moçambicano, a guerra e
as tensas relações entre o africano e o europeu.
II. O trabalho com a linguagem literária torna-se evidente a partir da criação e novos vocábulos e
da utilização de outros com diferentes sentidos.
III. Para narrar a violência sofrida pelo personagem, o autor vale-se de eufemismos como "sujado
por mil bocas", "as pernas se exilaram daquele sofrimento", "perdeu o sentimento da cintura".

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são:

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.

Leia o trecho a seguir para responder as próximas três questões:


11 - Este texto é uma narrativa ficcional que se refere à própria ficção, o que caracteriza
uma espécie de metalinguagem. A metalinguagem está melhor explicitada no seguinte
trecho:

a) As estórias dele faziam o nosso lugarzinho crescer até ficar maior que o mundo. (l.1-2)
b) Meu pai sofria de sonhos, saía pela noite de olhos transabertos. (l.12)
c) E nos juntávamos, todos completos para escutar as verdades que lhe tinham sido reveladas (l.15)
d) Nesses anos ainda tudo tinha sentido. (l.20)

12 - A escrita literária de Mia Couto explora diversas camadas da linguagem: vocabulário,


construções sintáticas, sonoridade. O exemplo em que ocorre claramente exploração da
sonoridade das palavras é:

a) Nesse entretempo, ele nos chamava para escutar seus imprevistos improvisos. (l.1)
b) Não lhe deitávamos dentro de casa: ele sempre recusara cama feita (l.4)
c) Ele nem sentia o corrupio do formigueiro em sua pele. (l.8)
d) Nós lhe sacudíamos os infatigáveis bichos. (l.10).

13 - Um elemento importante na organização do texto é o uso de algumas personificações.


Uma dessas personificações encontra-se em:

a) Éramos nós que recolhíamos seu corpo dorminhoso. (l.3)


b) Seu conceito era que a morte nos apanha deitados sobre a moleza de uma esteira. (l.4-5)
c) Nós lhe sacudíamos os infatigáveis bichos (l.10)
d) Os mais velhos faziam a ponte entre esses dois mundos. (l.21-22)

GABARITO LISTA 02 - 01) B 02) E 03) A 04) B 05) B 06) VFVVV 07) D
08) A 09) D 10) E 11) A 12) A 13) B

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