664
Rua Minas Gerais, 297 - 9º Andar-Sala 94 – Ed. Palácio do Comércio Fone/Fax (43)321-3562 / 344-2184/ 9101-6361.
Email-jurisdezainy@tdkom.net
Londrina-Pr.
__________________________________________________________________________________________________________________
_
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL
DA COMARCA DE LONDRINA-PR.
AUTOS: 132/2004
No dano moral, a reposição das coisas a seu estado anterior é impossível. Não há
dinheiro que pague a reparação. Por isso, a indenização, em tais casos, assenta-se no
pagamento de uma soma pecuniária, arbitrada pelo Juiz, segundo os princípios de
Equidade e Justiça, que possibilite ao lesado uma satisfação compensatória da sua dor
íntima, causada pela agressão injusta da Ré, uma vez que não existe um critério legal
estabelecido para essa liquidação.
A extensão do dano é de defícil apuração. Não deve constiruir a indenização meio de locupletamento indevido
do lesado, e assim deve ser arbitrada com moderação e prudência, atentando-se para as suas condições pessoais.
Por outro lado,não deve ser insignificante, considerando-se a situação economica do ofensor, eis que não pode
constituir em estímulo à manutenção de práticas que agridam e violem direitos do consumidor. Deve, na espécie,
cumpruir as suas funções preventiva e pedagógica.
A indenização, de certo, não apagará o constrangimento que o Autor sofreu, mas servirá para mostrar à parte Ré,
a impoortância de oferecer ao consumidor um serviço à altura de um contratante de boa-fé, bem como a
importância de prestar serviços com responsabilidade, à altura da confiança de que é destinatária.
Esclareça-se tão somente que a condição do Autor e de consumidor, ainda que por equiparação, à luz do artigo
17, do Códido de Proteção e defesa do Consumidor.
Por isso e tudo mais que dos autos consta JULGO PROCEDENTE EM PARTE O PEDIDO,
CONDENANDO A RÉ AO PAGAMENTO AO AUTOR DA QUANTIA DE R$ 50.000.00 (CINQUENTA
MIL REAIS) NA INICIAL por danos morais puros. Condeno a Ré, ainda, a se abster de enviar novas cartas-
cobrança ao Autor, sob pena de multa de R$ 500.00 (quinhentos reais) por carta-cobrança enviada após a citaçào
e a se abster de negativar o nome do Autor em quaisquer órgãos de restrição cadastral, sob pena de multa diária
de R$ 50.00 (cinquenta reais) por dia de negativação indevida.
Por derradeiro, condeno a ré ao pagamento das custas processuais e de honorários advocatícios, arbitrados
estes em 10% sobre o total da condenação.