Anda di halaman 1dari 7

1 Introdução

A aplicação de fluidos sob pressão dentro dos ambientes industriais se iniciou a partir da
Segunda Guerra Mundial, sendo que no Brasil esta prática se consolidou na década de 60,
com a chegada da indústria automobilística, numa era denominada de “Automação
Industrial” (FIALHO,2007).

Segundo o autor, o termo automação pode ser definido como “a dinâmica organizada dos
automatismos, ou seja suas associações de uma forma otimizada e direcionada à
consecução dos objetivos do progresso humano”, sendo então um meio de garantir alta
produtividade, padrões elevados de qualidade e consequentemente reduções no custo
final do produto.

Para monitorar e administrar uma planta industrial faz-se necessário a utilização de um


sistema de controle, sendo este dividido em três partes, de acordo com o esquema da
figura 1:

 Entradas: são responsáveis pela coleta de informações, alimentando o controle


com informações externas, através da aplicação de sensores.
 Dispositivo Controlador: são responsáveis pela manipulação das informações
através de um software embutido e pela atualização das saídas.
 Saídas: são responsáveis por provocar uma ação no processo, através da utilização
de atuadores.

Figura 1: Esquema do sistema de controle em processos.


No sistema de controle em processos, o operador visualiza as informações pelos
elementos de saída da informação, toma decisões e comanda os elementos de entrada de
ordem que por sua vez são processados pelo sistema de controle. O controle aciona os
pré-atuadores e atuadores que interferem no processo e os sensores e transdutores dão a
informação para o controle se tudo está ocorrendo conforme o planejado (SILVEIRA,
2013).
O procedimento de automatizar um processo requer um estudo aprofundado quanto a sua
viabilidade técnica e custo benefício, de acordo com a realidade cada indústria.

2 Desenvolvimento
Diante do contexto exposto na seção anterior observa-se que os atuadores são essenciais
em qualquer sistema, agindo diretamente no processo, de acordo com os sinais recebidos
do controlador.
Logo os atuadores podem ser definidos, de forma geral, como dispositivos destinados a
executar uma ação, através de sistemas de transmissão, convertendo energia elétrica,
hidráulica ou pneumática em energia mecânica sendo que essa energia é normalmente
utilizada para a movimentação de cargas e mecanismos (CUNHA, 2001).
Os atuadores podem ser classificados segundo alguns critérios, sendo estes:
 Quanto ao tipo de fluido empregado, podendo ser:
- pneumáticos: quando utilizam fluido em estado gasoso (geralmente ar
comprimido);
- hidráulicos: quando utilizam fluido em estado líquido (geralmente óleo sob
pressão).
 Quanto ao movimento que realizam, podendo ser:
- lineares: quando o movimento realizado é linear (ou de translação);
- rotativos: quando o movimento realizado é giratório (ou de rotação), sendo
angulares quando giram apenas num ângulo limitado, ou contínuos quando têm
possibilidade de realizar um número indeterminado de rotações.

2.1 Atuadores Pneumáticos


Segundo Fialho (2007, p.77), os atuadores pneumáticos são elementos mecânicos que
transformam a energia cinética em energia mecânica através de movimentos lineares ou
rotativos, sendo acionados por fluidos em movimento, geralmente ar comprimido. O
acionamento é realizado por válvulas que regulam o fluxo de ar ou até a vazão do fluido
que passa pela tubulação, sendo que para um correto funcionamento pode ser preciso
instalar unidades de preparação, como filtros, reguladores de pressão, e logo após válvulas
direcionais para fornecer o ar comprimido ao atuador pneumático.
Sua utilização se dá normalmente em sistemas que requerem força e altas velocidades nos
movimentos, obtendo assim operações suaves e com baixa precisão no controle de
posicionamento das posições-limites, sendo um exemplo de aplicação a utilização de
atuadores pneumáticos em robôs industriais, que operam com movimentação de cargas
entre posições bem definidas, limitadas por batentes mecânicos.

2.2 Atuadores Hidráulicos


Os atuadores hidráulicos são dispositivos mecânicos capazes de converter a energia
hidráulica em energia mecânica, sendo o fluido hidráulico (óleo) a fonte principal de
energia para gerar uma movimentação linear. Seu acionamento, assim como nos
atuadores pneumáticos, é comandado por eletroválvulas que controlam o fluxo e bombas
que fornecem o óleo para o atuador através das válvulas direcionais (FIALHO, 2007).
Segundo Cunha (2001), como o óleo hidráulico pressurizado é um fluido que não pode
ser ainda mais comprimido, quando sua extremidade recebe pressão, essa se multiplica e
é convertida para um movimento mecânico, gerando grandes forças. Além disso, a
incompressibilidade do fluido aplicado, ou seja do óleo hidráulico, permite que um
controle contínuo e preciso de posicionamento e velocidade, com alto desempenho e
baixa manutenção.
Devido sua excelente relação força/dimensão, os atuadores hidráulicos são comumente
utilizados em máquinas de grande porte, como tratores.

2.3 Atuadores Lineares


Os atuadores lineares são geralmente conhecidos como cilindros ou pistões, podendo ser
de simples ou dupla ação se exercerem, respectivamente, força em um ou dois sentidos.
Os cilindros são constituídos normalmente de um tubo cuja superfície interna é polida,
um pistão fixado a uma haste e duas tampas nas extremidades contendo um orifício por
onde o fluido sob pressão entra no cilindro, fazendo com que o pistão se movimente
(ESSEL,2016).
a) Simples-ação: realizam trabalho em apenas um sentido do seu movimento,
recebendo fluido em apenas um de seus lados, logo são adequados em
mecanismos que requerem força em apenas um sentido, sendo o movimento de
avanço o mais utilizado e o retorno à posição inicial realizado por molas.
b) Dupla-ação: realizam trabalho nos dois sentidos, tanto no avanço quanto no
retorno, recebendo fluido de ambos os lados, logo são adequados onde o trabalho
de empurrar é tão importante quanto o de puxar.

Figura 2: Atuador Simples-ação.

Figura 3: Atuador Dupla-ação.

2.4 Atuadores Rotativos:


Os atuadores rotativos, conforme demonstrado anteriormente, podem ser angulares ou
contínuos e são utilizados quando o movimento a ser feito pela máquina acionada requer
do atuador um movimento de rotação.
Os atuadores rotativos angulares realizam a rotação num ângulo mais limitado e são mais
conhecidos como cilindros rotativos, podem ser de dois tipos:
 Cremalheira: constitui-se da união de um cilindro pneumático com um sistema
mecânico e na haste do pistão de um atuador linear é usinada uma cremalheira
que aciona uma engrenagem, fazendo girar o eixo acoplado a ela.
 Aleta rotativa: uma pá ou aleta pode girar de um determinado ângulo ao redor do
centro da câmara do cilindro. A aleta, impulsionada pelo fluido sob pressão, faz
girar o eixo preso a ela num ângulo que raramente ultrapassa 300°.
Os atuadores rotativos contínuos podem realizar um número indeterminado de rotações e
são mais conhecidos como motores pneumáticos ou hidráulicos, conforme o fluido que
os acione seja ar comprimido ou óleo. Entre as diversas características destes motores
destacam-se a alta rotação que os motores pneumáticos pode atingir e o alto torque que
os motores pneumáticos podem alcançar. Os motores rotativos podem ser:
 Motor de palhetas: são geralmente simples, pequenos e leves, no qual por meio de
uma pequena quantidade de ar, as palhetas são movimentadas girando um rotor.
São empregados particularmente em guinchos pneumáticos, misturadores
industriais, ventiladores, utilizados em usinas, minerações, além de outros
equipamentos.
 Motor de pistão: por intermédio de pistões o êmbolo, através de uma biela, aciona
o eixo do motor, sendo que para que seja garantido um movimento sem choques
e oscilações são necessários vários pistões. Esses motores podem executar
movimentos em ambos os sentidos, com rotação horária e anti-horária.

2.5 Válvulas:
Sabe-se que para os atuadores funcionarem é necessário que o fluido (óleo ou ar
comprimido) chegue até eles através de bombas ou compressores. Nesse contexto, o
fluido dentro de um circuito hidráulico ou pneumático pode ser direcionado de forma
mais facilmente, por meio de válvulas.

As válvulas são mecanismos que gerenciam o deslocamento dos fluidos nos atuadores,
controlando a direção do fluxo de fluido, sua pressão e vazão (quantidade de fluido que
passa por um ponto do circuito num certo tempo), permitindo controlar o atuador a ser
acionado e o momento do acionamento. As válvulas hidráulicas e pneumáticas podem ser
acionadas manualmente, eletricamente (solenoides) ou por meio do próprio fluido sob
pressão, e funcionam a partir de sinais gerados por unidades de controle (ESSEL,2016).

2.6 Atuadores Elétricos:


Segundo Silva (2011), os atuadores elétricos são dispositivos que transformam energia
elétrica em energia mecânica e são largamente utilizados em aplicações industriais, como
bombas, válvulas de controle, esteiras, entre outros, sendo o motor elétrico um exemplo
de atuador. Entre os tipos de motor destaca-se:
 Motor de corrente contínua: é utilizado em máquinas que precisam de velocidade
e precisão e necessitam de sensores de posição e de velocidade, para controle de
posicionamento. Apresentam baixa relação peso/potência e baixo nível de ruído.
A máxima eficiência mecânica desses motores normalmente ocorre a velocidade
elevadas, por isso é comum o uso de redutores.
 Motor de passo: é similar ao motor de corrente contínua, mas com um controle
sobre o deslocamento do eixo, sendo esse deslocamento angular denominado de
passo. Como esse motor não pode girar livremente faz-se necessário um circuito
lógico responsável em converter sinais de passo de direção.
 Motor de corrente alternada: é utilizado quando se requer velocidade fixa e latas
potências, esse motor adapta-se facilmente a qualquer máquina e tem baixo custo.

3 Considerações Finais

No cenário atual, as indústrias buscam pela produtividade, excelência operacional e


segurança nas operações, dando destaque a Automação Industrial como uma ferramenta
para análise e controle dos processos que permite a melhoria contínua nos sistemas
produtivos.

Logo os atuadores são componentes indispensáveis ao sistema de controle, agindo


diretamente no processo, e de forma conjunta com outros componentes (sensores e
controladores) agregam para compor máquinas e equipamentos automatizados.

4 Referências Bibliográficas

CUNHA, Mauro Andre Barbosa et al. Controle de cascata de um atuador hidráulico:


contribuições teóricas e experimentais. Florianópolis, 2001. Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/81772. Acesso em: 10 de maio de 2018.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA – UFPR. Atuadores hidráulicos e


pneumáticos. Disponível em:
http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TMEC049/Conte%FAdos/3%20Atuadores/Atuadores%20Hi
dr%E1ulicos%20e%20Pneum%E1ticos%20-%20v1.pdf. Acesso em: 13 de maio de 2018.
ESSEL ENGENHARIA. Atuadores e válvulas. 2016. Disponível em:
http://essel.com.br/cursos/material/01/Automacao/autoa05.pdf. Acesso em: 13 de maio de 2018.

FIALHO, Arivelto Bustamante. Automação Pneumática: Projetos, Dimensionamento e


Análise de Circuitos. 5ª ed. São Paulo, 2007.

FIALHO, Arivelto Bustamante. Automação Hidráulica: Projetos, Dimensionamento e


Análise de Circuitos. 5ª ed. São Paulo, 2007.

SILVA, Clodoaldo. O Controlador Lógico Programável. Clube da Eletrônica, 2011.


Disponível em: http://www.clubedaeletronica.com.br/home_automacao.htm. Acesso em: 10 de
maio de 2018.

SILVEIRA, Cristiano Bertulucci. O que é Automação Industrial. Citisystems, 2013.


Disponível em: https://www.citisystems.com.br/o-que-e-automacao-industrial/. Acesso em: 10
de maio de 2018.

Anda mungkin juga menyukai