Anda di halaman 1dari 12

TRABALHO EM GRUPO – TG

A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Aluno:
Guilherme Rodrigues de Campos RA: 1600375

POLO
Campinas Taquaral

2016
2

FICHA CATALOGRÁFICA
(Não se aplica, apenas proposta)

TRABALHO ACADÊMICO DE GRADUAÇÃO que faz parte do programa da disciplina


Estudos Disciplinares II do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista / UNIP.
Autor: Guilherme Rodrigues de Campos – 2016. 9 p.
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
2. A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO ...................................................... 4
2.1. Um breve histórico ....................................................................................... 4
2.2. Aspectos socioeconômicos do Brasil........................................................ 5
3. FATORES INTANGÍVEIS ..................................................................................... 7
3.1 Políticas discriminatórias: Culturais e Sociais.............................................. 7
3.2 Cultura e Normas da Organização e Discriminação ..................................... 8
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 9
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 10
4

1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho acadêmico é realizar uma análise sobre o histórico,


trajetória e a situação da mulher no mercado de trabalho. Além disso, pretende-se
formular reflexões sobre sua inserção no mercado de trabalho e perspectivas. A
motivação desse assunto está na matéria Estudos Disciplinares II do curso de
Ciências Contábeis da Universidade Paulista (UNIP). Como ponto de partida foram
utilizados os textos da Unidade I e II que fazem parte do programa da citada
disciplina.

2. A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

2.1. Um breve histórico

De acordo com Hobsbawm (2003, p.51): “Mesmo em sociedades industriais,


uma tão grande mobilização de mão de obra impõe enormes tensões à força de
trabalho, motivo pelo qual as grandes guerras de massa fortaleceram o poder do
trabalhismo organizado e produziram uma revolução no emprego de mulheres fora
do lar: temporariamente na Primeira Guerra Mundial, permanentemente na
Segunda”. Enquanto os homens lutavam nos campos de batalha, as mulheres da
família trabalhavam na indústria, principalmente a bélica, para alimentar as frentes
de batalha com armas e munições.
No Brasil, a participação feminina na atividade econômica se intensificou a
partir da década de 1970 em detrimento da participação masculina. Esse período foi
marcado por uma forte expansão econômica, período marcado pelo “milagre
econômico”. Além disso, esse período foi marcado por um processo intenso de
urbanização e redução da taxa de natalidade. Com a urbanização houve uma
intensificação do setor de serviços, um dos que mais ofereceu postos de trabalho
para as mulheres. De acordo com LENZA (2016a), no Brasil, apenas após a década
de 1970 é que houve um crescimento acelerado da participação da mulher no
mercado de trabalho. No Brasil, no período de 1950 a 2000, a mulher teve uma
participação crescente de 13,6% a 48,9%. A participação da mulher na população
economicamente ativa (PEA) teve uma nova retomada de crescimento de 44,4%
para 46,1%, no período de 2003 a 2011 (IBGE, 2012) (Mulher360).
5

2.2. Aspectos socioeconômicos do Brasil

Conforme Lenza (2016b), na década de 1950 apenas 14% das brasileiras


trabalhava e em 2015 esse número representa 55%.
Com o aumento da participação feminina no mercado de trabalho, uma de
cada quatro famílias no Brasil são chefiadas por mulheres (ItaipúBinacional, apud
Mulher360a). O desemprego do homem, tradicional chefe de família, e a redução do
valor da mão de obra também são determinantes na ampliação da mulher no
mercado de trabalho (LENZA 2016a).
Segundo o IBGE (2012), o número médio de filhos tidos nascidos vivos por
mulher ao final do período fértil, no Brasil, foi de 1,9 filho, o que equivale a uma
diminuição de 69,2% em relação à fecundidade de 1940. A redução da taxa de
fecundidade se torna outro fator que contribuiu para o incremento da participação da
mulher no mercado de trabalho. A redução do número de filhos permitiu uma maior
compatibilidade entre o trabalho doméstico e o trabalho de mercado.
Em 2011 pela primeira vez desde 1985, a maioria dos alunos universitário no
Brasil eram mulheres, 58% (Bain & Company, apud Mulher360, 2016a). Em 2013, de
acordo com o Censo na educação superior a participação feminina é a maioria dos
alunos, tanto para ingressantes (54,7%); matriculados (55,5%) e concluintes (59,2%)
(Ministério da Educação, 2013). A crescente participação feminina no mercado de
trabalho aumenta o grau de qualificação dos profissionais do mercado de trabalho,
uma vez que as mulheres já possuem um nível de ensino mais elevado que o
homem. (LENZA, 2016b). As mulheres são maioria na força de trabalho com 12
anos ou mais de estudo, desde 2000 (IPEA, 2012, p.37). Ademais, conforme Lenza
(2016b), essa parcela de mulheres recebia 58% do salário médio dos homens com
nível de educação equivalente na década de 1990, sendo que em 2015 essa
remuneração aumentou para 71%. Entretanto, apesar desta significativa redução de
diferença salarial, mais de 50% das empresas no Brasil ainda não possuem
mulheres em cargos de liderança.
Com relação ao nível de escolaridade de 9 a 11 anos, o homem é a maioria
da PEA, a qual mais se aproxima da força de trabalho disponível no mercado formal
(IPEA, 2012, p.37).
6

Em recente estudo elaborado pela OIT (VALOR, 2016), as mulheres recebem


em média 22% a menos que os homens. Para determinadas categorias de
profissões intelectuais e científicas, a diferença de pode chegar a 40%.
A ampliação de mulheres no mercado de trabalho e a melhora da
remuneração resultou em um maior número de mulheres com maior poder de
compra. Mais mulheres com maior poder de compra resulta em uma ampliação do
mercado consumidor, que por sua vez, resulta em um maior dinamismo na economia
(LENZA, 2016b).
Esse avanço das mulheres no mercado de trabalho as tornou público-alvo de
diversas empresas (ALVARENGA, 2014). De acordo com Zuboff (2002, p.88, apud
ALVARENGA, 2014): “No século XX, o aumento da participação feminina na força
de trabalho e a posterior inserção da mulher em ambientes acadêmicos tornaram
necessários novos produtos e contribuíram pra elevar as vendas de produtos de
consumo antes inexistentes ou pouco vendidos. Entre esses produtos, alem
daqueles de utilidade domestica, ganham destaque os cosméticos. As mulheres
foram obrigadas a cuidar de si próprias à medida que vão explorando uma gama de
experiências humanas, tentando conciliar os compromissos familiares com os
profissionais, em um mundo ocupacional construído por homens e para homens.”
No Brasil, as mulheres são responsáveis por 42% da renda familiar
(ItaipúBinacional, apud Mulher360, 2016a). Das mulheres com carteira assinada,
66% têm ambições de liderança (Bain & Company, apud Mulher360, 2016a);
7

3. FATORES INTANGÍVEIS

3.1 Políticas discriminatórias: Culturais e Sociais


De acordo com Hobsbawm (2003, p. 310), os esforços de emancipação
feminina não foram em vão. Para conferir igualdade jurídica e política; dar acesso à
educação, ao mercado de trabalho, responsabilidades tradicionais masculinas; dar-
lhe visibilidade; permitir-lhes ir e vir livremente em público não são mudanças
pequenas. Tal revolução ainda não atingiu os países fundamentalistas religiosos.
Em Lenza (2016a), encontramos que para capacitar as mulheres a ocupar papeis
maias ativos na sociedade é necessário dar oportunidades iguais aos meninos e às
meninas ao acesso ao ensino. A ONU (2015) alerta que em 70 países meninas
sofreram agressões por querer estudar. Lenza (2016b) destaca a frase da Malala,
jovem paquistanesa que ganhou o Prêmio Nobel da paz com 17 anos: “O caderno e
o lápis são as melhores e maiores armas para diminuir ou acabar com a
descriminação contra as mulheres”.
O círculo vicioso da feminização da pobreza tem como origem a privação do
acesso ao ensino. Segundo a Secretaria Geral das Nações Unidas (apud LENZA,
2016a): Existem em todo o planeta, pessoas vivendo abaixo da linha de extrema
pobreza, sendo que dois terços é composto por mulheres, assim como viverão seus
filhos, retroalimentando e perpetuando o quadro de miséria. Esse agravante da
pobreza é constatado pela identificação de que dois terços dos analfabetos no
mundo são mulheres.
Entretanto, pela OCDE (2014, apud Mulher360, 2016a), as mulheres gastam
4 (quatro) vezes mais tempo nas atividades domésticas que os homens. Apesar do
aumento da jornada do trabalho economicamente ativo, as mulheres têm que
exercer a segunda jornada do trabalho no lar, que envolve organização,
planejamento, tarefas domésticas, além de cuidar do companheiro e dos filhos
(LENZA, 2016b). A repartição desigual das tarefas domésticas limita a capacidade
das mulheres de aumentar a duração do trabalho pago e formal.
Segundo Pastore (2016), se os homens dedicassem mais tempo aos
trabalhos domésticos e se a sociedade oferecesse mais creches, as mulheres
poderiam entrar em profissões mais demandantes de tempo e que, por sua
natureza, geram mais renda. As mulheres que “não trabalham fora” fazem parte da
chamada população economicamente não ativa, embora suas atividades sejam
8

fundamentais para que outros membros da família possam exercer atividades


remuneradas (LENZA, 2016a).

3.2 Cultura e Normas da Organização e Discriminação


Os tabus servem de orientadores do comportamento e de tomadas de
decisão, marcando áreas de risco. Eles reforçam a disciplina, com ênfase no não
permitido. Exemplo de tabu pode ser a não aceitação do sexo feminino em cargos
mais altos de hierarquia (PÉRSICO e BAGATINI, 2012, p. 67).
Segundo Lenza (2016a), algumas organizações ainda carregam o preconceito
de que as mulheres não tem conhecimentos suficientes para ocupar cargos de maior
prestígio.
Entretanto, estudos mais detalhados demonstram que a discriminação é bem
menos intensa, principalmente quando se considera a natureza das profissões, a
experiência profissional e as horas trabalhadas por homens e mulheres.
De acordo com José Pastore (2016): “A diferença de remuneração das
médicas é quase 30% inferior à dos médicos. Ocorre que nessa categoria
profissional estão incluídos médicos clínicos e cirurgiões. Quando se analisam os
rendimentos separadamente, a diferença entre mulheres e homens cai para menos
de 5%. O mesmo ocorre entre os advogados. A diferença de 15% entre advogadas e
advogados se reduz a apenas 4% quando se separam os profissionais que
trabalham em empresas e organizações não lucrativas (maioria de mulheres) e os
que trabalham em escritórios próprios e na defesa de pessoas físicas e jurídicas que
pagam altos honorários (Claudia Goldin e Lawrence Katz, Women in the workplace,
citado pela revista The Economist, 5/11/2015)”. Pastore esclarece que as diferenças
de salário entre o homem e a mulher tende a ser reduzida quando se consideram a
experiência profissional, o tempo dedicado à profissão e os afastamentos em razão
da gravidez. O especialista destaca que essa diferença de remuneração detectada
nos EUA é similar à brasileira. Inclusive ele compara essa análise para o mercado
americano com outra realizada no Brasil utilizando a mesma metodologia. Nesse
estudo, os pesquisadores Guilherme Stein, Vanessa Sulzbach e Mariana Bartels
(2015) concluem que a diferença de 20% encontrada entre a remuneração de
homens e mulheres nas profissões, experiência, horas de trabalho e outros fatores
de controle cai para 7%.
9

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inserção da mulher no mercado de trabalho é um processo irreversível e as
conquistas podem ser verificadas no mercado de trabalho no Brasil e no mundo. É
irrefutável o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho já
superando os homens.
A remuneração da mulher tem importância não só para compor renda com o
cônjuge, mas no caso de desemprego deste, ser o arrimo da família. E ainda nas
famílias onde a mulher cuida sozinha dos filhos.
Embora a renda geral das mulheres tenha crescido, principalmente em função
do aumento de sua participação do mercado de trabalho, ainda persiste a
defasagem de aproximadamente 22% a menos da remuneração dos homens.
Entretanto, existe uma corrente de analistas e pesquisadores que destacam que a
defasagem de remuneração entre gêneros é decorrente de fatores objetivos
relacionados às profissões e ao exercício delas. Se o nexo causal da diferença fosse
exclusivamente em relação a gênero, as empresas numa economia de mercado
capitalista em busca da maximização dos lucros formariam a sua força de trabalho
exclusivamente de mulheres. Mas como isso não ocorre, os fatores que explicariam
essas diferenças seriam diferenças nas profissões, experiência, horas de trabalho e
outros fatores concretos.
10

BIBLIOGRAFIA

ALVARENGA, S. P. P. de. A evolução do comportamento do consumidor e seu


impacto nas estratégias de comunicação e marketing das empresas
Orientadora: Dra. Maria Carolina de Azevedo Ferreira de Souza, Relatório Final de
Iniciação Científica, PBIC/UNICAMP – CNPq Quota 2013/2014. Disponível em:
<http://www.iar.unicamp.br/jaba/wp-content/uploads/2014/10/RELAT%C3% 93RIO-
FINAL.pdf> Acesso em 03/06/2016.

ARROIO, A.; RÉGNIER, K. O novo mundo do trabalho: Oportunidades e


desafios para o presente 2002 Disponível em: <http://www.senac.br/BTS/272
/boltec272d.htm> Acesso em 03/06/2016.

HOBSBAWM, E. ERA DOS EXTREMOS – O breve século XX 1914 – 1991


Tradução: Marcos Santarrita, Companhia das Letras, São Paulo – SP, 2003

IBGE Censo Demográfico 2010 – Resultados gerais da amostra Disponível em


< http://ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/000000084731041220
12315727483985.pdf> Rio de Janeiro, 27/04/2012. Acesso em em 02/06/2016.

IBGE Pesquisa Mensal de Emprego – PME 08/03/2012<http://ibge.gov.br/home/e


statistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Pe
rg_Resp_2012.pdf> Acesso em 02/06/2016, 23:00h> Acesso em 03/06/2016.

LENZA, B. A Evolução da mulher no mercado de trabalho. Texto da disciplina:


Estudos Disciplinares II, Unidade I do Curso de Ciências Contábeis da UNIP –
Universidade Paulista, 2016a.

LENZA, B. A Evolução da mulher no mercado de trabalho. Texto da disciplina:


Estudos Disciplinares II, Unidade I do Curso de Ciências Contábeis da UNIP –
Universidade Paulista, 2016b.
11

IPEA MERCADO DE TRABALHO Nota Técnica, Vol. 51, maio 2012 NONATO, F.
J. A. P.; PEREIRA, R. H. M.; NASCIMENTO, P. A. M. M.; ARAÚJO, T. C. O Perfil
da força de trabalho brasileira: trajetórias e perspectivas

IPEA – RETRATO DAS DESIGUALDADES de Gênero e Raça 4ª Edição, Brasília,


2011 Disponível em: <http://ipea.gov.br/retrato/pdf/revista.pdf> Acesso em 30/05/
2016

Ministério da Educação Censo da Educação Superior – Censup, 2013 Disponível


em: < http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/apresentacao/
2014/coletiva_censo_superior_2013.pdf > Acesso em 02/06/2016.

Mulher360 Disponível em: < http://movimentomulher360.com.br/institucional/numeros/>


Acesso em 01/06/2016.

ONU Em 70 países meninas sofreram agressões por querer estudar


09/02/2015 Disponível em: < https://nacoesunidas.org/em-70-paises-meninas-
sofreram-agressoes-por-querer-estudar-alerta-onu/> Acesso em 06/06/2016.

PASTORE, J. Pastore: diferença no salário das mulheres se deve à profissão


08/03/2016 Disponível em: <https://www.fecomercio.com.br/noticia/a-situacao-da-
mulher-no-mercado-de-trabalho> Acesso em 06/06/2016.

PÉRSICO, N e BAGATINI, S. B. Comportamento humano das organizações 1ª.


Edição, Editora intersaberes, Curitiba – PR, 2012.

VALOR ECONÔMICO Diferença salarial entre homens e mulheres persiste no


País, aponta OIT Por: Assis Moreira, 08/03/2016. Disponível em:
<http://www.valor.com.br/brasil/4470148/diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres
-persiste-no-pais-aponta-oit> Acesso em 03/06/2016.
12

VALOR ECONÔMICO Diferença salarial entre homens e mulheres persiste no


País, aponta OIT Por: Assis Moreira, 08/03/2016. Disponível em:
<http://www.valor.com.br/brasil/4470148/diferenca-salarial-entre-homens-e-mulheres
-persiste-no-pais-aponta-oit> Acesso em 03/06/2016.

STEIN, G.; SULZBACH, V. N.; BARTELS, M. Relatório sobre o mercado de


trabalho do Rio Grande do Sul - 2001 - 2013 Porto Alegre, FEE - Fundação de
Economia e Estatística, 2015. Disponível em: < http://www.fee.rs.gov.br/wp-
content/uploads/2015/04/20150504relatorio-sobre-o-mercado-de-trabalho-do-riogran
de-do-sul-2001-13.pdf > Acesso em 03/06/2016.

Anda mungkin juga menyukai