Magude
Moamba
Manhiça
Marracuene
Boane
Namaacha
Matola
O.Índico
Matutuíne
Edição 2014
A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma natureza
informativa.
Publicado por
ÍÍnnddiiccee
PPrreeffáácciioo vi
SSiiggllaass ee A
Abbrreevviiaattuurraass viii
11
B
Brreevvee C
Caarraacctteerriizzaaççããoo ddoo D
Diissttrriittoo 2
11..11
LLooccaalliizzaaççããoo,, SSuuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo 2
11..22
CClliimmaa ee H Hiiddrrooggrraaffiiaa 3
11..33
RReelleevvoo ee SSoollooss 3
11..44
IInnffrraaeessttrruuttuurraass ee SSeerrvviiççooss 3
11..55
EEccoonnoom miiaa 4
11..66
HHistóriaa ee C
is t ó r i Cuullttuurraa 5
11..77
SSoocciieeddaaddee cciivviill 7
22
D
Deem
mooggrraaffiiaa 8
22..11
EEssttrruuttuurraa eettáárriiaa ee ppoorr sseexxoo 8
22..22
TTrraaççoo ssoocciioollóóggiiccoo 9
22..33
LLíínngguuaass ffaallaaddaass 9
22..44
AAnnaallffaabbeettiissm moo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo 10
33
H
Haabbiittaaççããoo ee C
Coonnddiiççõõeess ddee V
Viiddaa 12
44
O
Orrggaanniizzaaççããoo A
Addm
miinniissttrraattiivvaa ee G
Goovveerrnnaaççããoo 16
44..11
GGoovveerrnnoo D Diissttrriittaall 16
44..22
SSíínntteessee ddaass aattrriibbuuiiççõõeess ee ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss 19
4.2.1
Secretaria Distrital 19
4.2.2
Serviço Distrital de Actividades Económicas 19
4.2.2.1
Apoio à Produção Agrícola 19
4.2.2.2
Extensão Agrária 21
4.2.2.3
Sector da Pecuária 22
4.2.2.4
Florestas e Fauna Bravia 23
4.2.2.5
Pescas 24
4.2.2.6
Licenciamento e Fiscalização da Actividades Económica 24
4.2.2.7
Promoção e Desenvolvimento do Empresariado Local 25
4.2.3
Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 26
4.2.3.1
Educação 26
4.2.3.2
Tecnologia 29
4.2.3.3
Cultura 30
4.2.4
Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 31
4.2.4.1
Saúde 31
4.2.4.2
Acção Social 33
4.2.4.3
Género 34
4.2.5
Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 37
4.2.5.1
Ordenamento Territorial 37
PÁGINA i i
Marracuene
Índice
___________________________________________________________________________________________
55
A
Accttiivviiddaaddee EEccoonnóóm
miiccaa ee PPootteenncciiaall ddee D
Deesseennvvoollvviim
meennttoo 46
55..11
PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom miiccaam meennttee aaccttiivvaa 46
55..22
PPoobbrreezzaa ee SSeegguurraannççaa A Alliim
meennttaarr 48
55..33
IInnffrraaeessttrruuttuurraass ddee bbaassee 49
5.3.1
Estradas e transportes 49
5.3.2
Comunicações 50
5.3.3
Abastecimento de água e energia 50
55..44
UUssoo ee C Coobbeerrttuurraa ddaa TTeerrrraa 51
55..55
SSeeccttoorr A Aggrráárriioo 54
5.5.1
Infraestruturas e equipamento 54
5.5.2
Zonas agro-ecológicas e produção agrícola 54
5.5.3
Pecuária 55
5.5.4
Recursos florestais e faunísticos 56
55..66
PPeessccaa ee rreeccuurrssooss ppeessqquueeiirrooss 57
55..77
IInnddúússttrriiaa,, CCoom méérrcciioo ee TTuurriissm
moo 57
66
V
Viissããoo ee EEssttrraattééggiiaa ddee D
Deesseennvvoollvviim
meennttoo LLooccaall 59
66..11
VViissããoo 59
66..22
MMiissssããoo 59
66..33
ZZoonnaass ddee ddeesseennvvoollvviim meennttoo 59
66..44
PPrriioorriiddaaddeess ee O
Obbjjeeccttiivvooss EEssttrraattééggiiccooss 62
66..55
AAnnáálliissee FFO OFFA A 63
Referências documentais 65
PÁGINA i i i
Marracuene
Índice
___________________________________________________________________________________________
L
Liissttaa ddee Q
Quuaaddrrooss
Quadro 1.
População por posto administrativo, 1/7/2012 8
Quadro 2.
Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 9
Quadro 3.
Agregados, segundo a dimensão e tipo sociológico 9
Quadro 4.
População, segundo o estado civil e crença religiosa 9
Quadro 5.
População com 5 anos ou mais, por língua materna 10
Quadro 6.
População com 5 anos ou mais, e conhecimento de Português 10
Quadro 7.
População com 15 anos ou mais, e alfabetização, 2007 11
Quadro 8.
Habitações segundo o regime de propriedade 12
Quadro 9.
Tipo de habitações 12
Quadro 10.
Habitações segundo o material de construção 13
Quadro 11.
Habitações, água, saneamento e energia 15
Quadro 12.
Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 15
Quadro 13.
Vacinações Realizadas Durante a Campanha Agrícola 2012/2013 22
Quadro 14.
Produção de Plantas em 2012 e 2013. 23
Quadro 15.
Multas por Transgressão em 2012 e 2013 23
Quadro 16.
Licenças Simplificadas Emitidas em 2012 e 2013 24
Quadro 17.
Processos Normais Tramitados em 2012 e 2013 24
Quadro 18.
Volume de Investimento por Sector de Actividade - 2012 e 2013 25
Quadro 19.
População com 5 anos ou mais, por frequência escolar 26
Quadro 20.
População que frequenta a escola, por nível de ensino 26
Quadro 21.
Taxas de escolarização por sexo 27
Quadro 22.
Escolas, Alunos, Professores - 2011 28
Quadro 23.
População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído 29
Quadro 24.
Unidades de saúde, Camas e Pessoal - 2012 32
Quadro 25.
Prestação de cuidados de saúde, 2010-2012 32
Quadro 26.
Casos de doenças e óbitos notificados, 2010-2011 33
Quadro 27.
População de 5 anos ou mais, por orfandade, 2007 34
Quadro 28.
População deficiente, 2007 34
Quadro 29.
Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 35
Quadro 30.
Execução orçamental (em ‘000 MT) 42
Quadro 31.
Projectos de iniciativa local financiados, 2011 42
Quadro 32.
Investimento local em infraestruturas escolares 43
Quadro 33.
População com 15 anos ou mais, segundo a actividade 46
Quadro 34.
População activa, ocupação e ramo de actividade 47
Quadro 35.
População activa, ocupação e ramo de actividade 48
Quadro 36.
Fontes de água e sua operacionalidade, 2011 50
Quadro 37.
Uso e Cobertura da Terra 51
Quadro 40.
Produção Pecuária em 2012 e 2013. 56
PÁGINA i v
Marracuene
Índice
___________________________________________________________________________________________
L
Liissttaa ddee ffiigguurraass
Figura 1.
Localização do distrito 2
Figura 2.
Postos Administrativos e Densidade Populacional, 1/7/2012 8
Figura 3.
População com 5 anos ou mais, por língua materna 10
Figura 4.
Tipo de habitações 13
Figura 5.
Habitações segundo o material de construção 14
Figura 6.
Habitações e condições básicas existentes 14
Figura 7.
Evolução Comparativa Anual da Precipitação (mm). 20
Figura 8.
População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado 27
Figura 9.
População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído 28
Figura 10.
Quadro epidemiológico, 2011 33
Figura 11.
Indicadores de escolarização por sexos 35
Figura 12.
População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo 36
Figura 13.
População segundo a posição no trabalho e sexo 36
Figura 14.
População com 15 anos ou mais, segundo a actividade 46
Figura 15.
População activa, segundo a ocupação principal 47
Figura 16.
População activa, segundo o ramo de actividade 48
Figura 17.
Explorações segundo a sua utilização 53
Figura 18.
Explorações por classes de área cultivada 53
PÁGINA v
Marracuene
___________________________________________________________________________________________
SSiiggllaass ee A
Abbrreevviiaattuurraass
EN Estrada Nacional
PÁGINA v i i i
Marracuene
___________________________________________________________________________________________
ET Ensino Técnico
GD Governo Distrital
PA Posto Administrativo
PÁGINA i x
Marracuene
___________________________________________________________________________________________
SD Secretaria Distrital
PÁGINA x
Marracuene
Página 1 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
11 B
Brreevvee C
Caarraacctteerriizzaaççããoo ddoo D
Diissttrriittoo
11..11 L
Looccaalliizzaaççããoo,, SSuuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo
É limitado a Norte pelo distrito da Manhiça, a Sul pela Cidade de Maputo, a Oeste pelo distrito da
Moamba e cidade da Matola, e a Este é banhado pelo Oceano Índico.
Magude
Manhiça
Moamba
Moamba
Namaacha
Boane
Matola O.Índico
Matutuíne
A superfície1 do distrito é de 699 km2 e a sua população está estimada em 119 mil habitantes à data
de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 170 hab/km2, prevê-se que o distrito
venha a atingir, em 2020, os 184 mil habitantes.
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica aproximada de 1:1,11 -
isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa.
Com uma população jovem (43,7%, abaixo dos 15 anos), o distrito de Marracuene tem um índice de
masculinidade de 92,9% (por cada 100 mulheres existem 93 homens) e uma taxa de urbanização de
14,4%, concentrada na Vila de Marracuene e zonas periféricas de matriz semiurbana.
1
Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
Página 2 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
11..22 C
Clliim
maa ee H
Hiiddrrooggrraaffiiaa
O clima do distrito é “tropical chuvoso de savana”, influenciado pela proximidade do mar.
Caracteriza-se por temperaturas quentes com um valor médio anual superior a 20 ºC e uma
amplitude de variação anual inferior a 10 ºC.
A humidade relativa varia entre 55 a 75 % e a precipitação é moderada, com um valor médio anual
entre 500 mm no interior e 1.000 mm no litoral. A estação chuvosa vai de Outubro a Abril, com 60%
a 80% da pluviosidade concentrada nos meses de Dezembro a Fevereiro
O distrito é atravessado no sentido Norte-Sul ao longo de uma extensa planície pelo rio Incomati,
que vai desaguar no Oceano Índico, no delta da Macaneta.
11..33 R
Reelleevvoo ee SSoollooss
A zona alta do distrito é constituída principalmente por sedimentos arenosos eólicos (a ocidente e ao
longo da costa) com ocorrência de areias siliciosas. A planície aluvionar, ao longo do rio Incomáti é
de solos argilosos, estratificados e tufosos.
A faixa litoral de dunas de arreia na separação entre o mar e o rio Incomáti na zona da Maçaneta
corre o risco de desaparecimento, o que a acontecer, teria consequências ecológicas graves para os
Distritos de Marracuene, Manhiça e Magude. Com propensão a períodos de seca, a sua vegetação é
constituída por savana de gramíneas e arbustos, sendo o solo recomendado para a criação do gado
bovino e pequenos ruminantes.
O vale do Incomati, ao longo de uma faixa de 40 km de comprimento, tem solos de bom potencial
agrícola e pecuário, que são explorados por um vasto tecido de agricultura privada e familiar.
As estradas interiores que estabelecem a comunicação entre a sede do distrito e as localidades estão
a necessitar de manutenção, sendo de difícil trânsito na época das chuvas.
Carreiras regulares e alguns “chapas” estabelecem a ligação rodoviária a sul com a cidade de
Maputo e a norte com Gaza e Inhambane.
Página 3 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
O distrito é servido pela rede de telecomunicações fixa do país e por duas redes móveis que cobrem
a vila sede e a faixa ao longo da EN1. O acesso à Internet pode ser efectuado nas zonas servidas por
rede fixa e móvel de telecomunicações, existindo também uma delegação dos Correios de
Moçambique.
A vila e algumas localidades estão cobertas pela rede da EDM de distribuição de energia ligada à
cidade de Maputo, e por subsistemas de abastecimento de água com 8 PSAA, 162 furos operacionais
e 144 poços operacionais.
O distrito de Marracuene possui 49 escolas (das quais, 19 do ensino primário nível 1), e está servido
por 8 unidades sanitárias que possibilitam o acesso progressivo da população aos serviços do
Sistema Nacional de Saúde.
11..55 E
Eccoonnoom
miiaa
A agricultura é a base da economia distrital, tendo como principais culturas as hortícolas, arroz,
milho, mandioca, batata-doce e bananas. As espécies de gado predominantes são os bovinos,
caprinos, suínos e aves, destinadas para o consumo familiar e comercialização.
Afectado pela excessiva procura de terrenos proveniente da cidade de Maputo, Marracuene tem sido
palco de vários conflitos ligados à posse da terra.
No início do 2011, como tem acontecido nos últimos anos, o Distrito foi assolado por inundações em
toda a zona baixa, com maior incidência na margem esquerda do rio Incomati onde quase todas as
culturas em campo foram perdidas.
No concernente as inundações, referir que o Distrito perdeu cerca de 2.650ha, o que afectou
directamente a mais de 586 famílias, principalmente no posto Administrativo de Machubo.
Esta situação pode ser atenuada pelo facto de a zona beneficiar de uma razoável integração regional
de mercados, bem como poder ter acesso a actividades geradoras de rendimento.
A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa imediata à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
Página 4 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
O sector económico no distrito mostra no cômputo geral sinais evidentes de crescimento, com o
surgimento de novos estabelecimentos comerciais, industriais, turísticos, pecuários e de prestação de
serviços diversos com cada vez maiores capacidades. Cresce igualmente a consciência dos agentes
económicos da necessidade de legalizar as suas actividades. Este crescimento vem acompanhado de
desafios na área do licenciamento das actividades, vistoria e inspecção de forma a garantir qualidade
no serviço prestado ao cidadão.
Os desafios passam pela criação e condições de trabalho, capacitação dos técnicos e aumento da
capacidade interventiva.
O turismo, virado essencialmente para as praias da Macaneta, constitui um potencial de receita local
e um pólo de desenvolvimento importante. Sendo a fauna bravia pouco desenvolvida, os
hipopótamos e crocodilos do rio são a principal atracção.
11..66 H
Hiissttóórriiaa ee C
Cuullttuurraa
A população originária de Marracuene é considerada Varhonga, sendo os Honwana e os
Mahlangwana tidos como primeiros clãs da região.
Os Mabjaia (também conhecidos por Magaia), apesar de não serem originários da região, são o
grupo de habitantes dominante. Com um papel preponderante nas guerras de resistência à ocupação
colonial e sendo detentores de armas (azagaias, escudos e facas) e estratégia de guerra superiores às
dos nativos, não tiveram dificuldade em dominar os nativos da região.
Reza a história que, para subjugar os Mahlangwana, eliminaram traiçoeiramente o seu Rei. Sabendo
da atracção deste por raparigas virgens e bonitas, o Chefe Muvetxa Mabjaia, com o pretexto de lhe
oferecer duas belas jovens, convidou-o para a aldeia, onde havia montado uma armadilha de paus
aguçados no fundo duma cova disfarçada com uma esteira. À passagem para escolher as donzelas,
Mahlangwana terá caído na cova, sendo trespassado mortalmente.
Comparado com outros distritos da Província de Maputo, Marracuene apresenta uma homogeneidade
linguística significativa. O dialecto Varhonga é falado pela maioria da população, com pequenas
variações nas zonas limítrofes com a Manhiça, onde se fala Xikalanga, um dialecto Ronga.
A origem da designação Marracuene tem várias versões, tendo como consenso que deriva do nome
original de um indivíduo com bastante prestígio na região.
A primeira sustenta que a palavra original Muzrakwene aludia a um indivíduo famoso devido aos
seus barcos de transporte que eram bastante úteis na travessia do Rio Incomati
para a zona da Macaneta. De fontes locais e orais, este indivíduo seria chefe da
Página 5 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
segurança do rei Maphunga e, devido à sua profissão, era conhecido para além das fronteiras da
região, tendo passado a constituir nome de referência da região.
A segunda defende que o nome Marracuene teria a sua origem a partir do Chefe Murraco, cujas
terras se localizavam na margem esquerda do Rio Incomati, e que teria sido expulso pelos
portugueses durante as guerras de penetração colonial. Estes teriam instalado no local a primeira
administração, passando a designar a região por Marracuene.
A realização da Conferência de Berlim, que estipulou que o direito de posse sobre os territórios
coloniais implicava a sua ocupação efectiva, ocorre numa altura em que Lourenço Marques vivia um
clima de rebelião local que atentava contra a imagem de prestígio que Portugal pretendia mostrar ao
mundo e que era ameaçada por outras potências.
Ocorre, então, a primeira tentativa de atingir esta zona pelo Rio Incomati. Porém, Mahazule e
Mulungo, que haviam sido informados do plano pelos seus agentes, organizaram os guerreiros e
emboscaram os portugueses, com cordas atravessadas no fundo do rio e que ao serem esticadas
imobilizaram os barcos, levando à morte de quase todos os soldados portugueses.
É assim que, em 28 de Janeiro de 1895, partem para Marracuene, 812 homens comandados por
Caldas Xavier, marchando em quadrado, técnica que deu origem ao Quadrado de Marracuene.
Cinco dias depois, ocorre a mais sangrenta batalha, envolvendo os guerreiros de Nwamatibyana,
Mahazule e Mabjaia e o exército invasor.
Página 6 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
Gwaza Muthini é uma expressão zulo que significa “matar em casa”, e que designava uma dança
guerreira de alento para combate, festa da vitória ou distensão em momentos de tensão e derrota.
Dada a associação que os portugueses fizeram entre esta dança e a ocupação colonial, as suas
cerimónias foram interrompidas com a Independência Nacional. Foram retomadas em 1995,
simbolizando a resistência dos guerreiros e, actualmente, são dirigidas pela família Mabjaia, na
pessoa da Rainha Julieta Massinguitana, reconhecida como o Régulo de Marracuene.
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por diversos membros e presidido pelo
Administrador Distrital. No Distrito funcionam dois Conselhos Consultivos dos Postos
Administrativos e presididos pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento
participativo estes envolvem os membros dos 5 Conselhos Consultivos de Localidade.
No que respeita ao desenvolvimento da sociedade civil, importa referir que existem cerca de 33
associações e cooperativas de camponeses, bem como a Associação de Amigos de Marracuene.
Em relação à religião existem várias crenças no distrito e representes das respectivas hierarquias e
que se têm envolvido, em coordenação com as autoridades distritais em várias actividades de índole
social. A população deste distrito tem forte crença religiosa, dominada pela religião Sião ou Zione
(44,5%), seguida pela Evangélica (20,5%) e Católica (15,6%).
Página 7 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
2
22 D mooggrraaffiiaa2
Deem
A superfície do distrito3 é de 699 km2 e a sua população está estimada em 119 mil habitantes à data
de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 170,2 hab/km2, prevê-se que o distrito
venha a atingir, em 2020, os 184 mil habitantes.
22..11 E
Essttrruuttuurraa eettáárriiaa ee ppoorr sseexxoo
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica aproximada de 1:1,11 -
isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (43,7%, abaixo dos 15 anos), o distrito de Marracuene tem um índice de masculinidade de
92,9% (por cada 100 mulheres existem 93 homens) e uma taxa de urbanização de 14,4%,
concentrada na Vila de Marracuene e zonas periféricas de matriz semiurbana.
Na zona do Posto Administrativo de Marracuene, que ocupa 67% da superfície do distrito, residem
94% dos seus habitantes.
Figura 2. Postos Administrativos e Densidade Populacional, 1/7/2012
Densidade Populacional, por Posto Administrativo -
Marracuene
Machubo
29 hab/km2
Marracuene
239 hab/km2
2
Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária.
3
Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
Página 8 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
Das pessoas residentes no distrito, somente 49% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos de
migração internos significativos. Curiosamente este fluxo é maior entre as mulheres entre distritos da
mesma província e menor quando considerado em relação a outras províncias do país.
22..22 T
Trraaççoo ssoocciioollóóggiiccoo
Das 29 mil famílias4 do distrito, a maioria é do tipo sociológico alargado (37.8%), isto é, com um ou
mais parentes para além de filhos e têm, em média, 4 membros.
22..33 L
Líínngguuaass ffaallaaddaass
Tendo por língua materna dominante o Xirhonga (48.2%), da população do distrito com 5 ou mais
anos de idade, 84% têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais acentuado nos
4
Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.
Página 9 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
22..44 A
Annaallffaabbeettiissm
moo ee E
Essccoollaarriizzaaççããoo
Com mais de ¾ da população alfabetizada, predominantemente homens, este distrito tem uma taxa
de escolarização elevada, constatando-se que 83.7% dos seus habitantes, principalmente residentes
Página 1 0 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
Página 1 1 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
5
33 H
Haabbiittaaççããoo ee C Viiddaa 5
Coonnddiiççõõeess ddee V
As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e o acesso
a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do nível de vida dos
agregados familiares. As características do parque habitacional duma sociedade constituem um
indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento socioeconómico.
As cerca de 29 mil habitações6 existentes no distrito são na sua maioria de propriedade própria
(86%). A maioria das habitações do distrito são casas formais (casas convencionais, básicas,
flat/apartamentos), sendo que 46.9% são casas básicas. Entretanto, 43% das habitações são casas
mistas, que é um tipo de habitação que utiliza materiais de construção duráveis e materiais de origem
vegetal. Actualmente apenas 6.8% das habitações são palhotas, forma tradicional de casa rural.
Em %
TOTAL 100.0
7
Casa convencional ou Apartamento 3.0
Casa mista8 43.0
Casa básica9 46.9
Palhota10 6.8
Casa improvisada11 0.3
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
5
Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária.
6
Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.
7
Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha dentro de casa, e
construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão). Pode ser de rés do chão,
mais de 1 ou 2 pisos. Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma
unidade habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos.
8
Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão),
materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc) e adobe.
9
Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com
materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de
quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água).
10
Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu,
caniço, adobe, paus maticados, etc).
11
Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, cascas de
árvores, etc.
Página 1 2 Marracuene
________________________________________________________________________________________________
Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do distrito,
verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:
• A quase totalidade das casas tem paredes de blocos de cimento ou tijolo (49,7%) ou de
caniço/paus (48,3%);
• A quase totalidade das casas tem cobertura de chapas ou telhas (89,3%); e
• A maioria das casas tem pavimento de cimento (74,1%), seguido de adobe (11%).
Em
%
Total
Urbano
Rural
Paredes
100.0%
100.0%
100.0%
-‐
Blocos
de
cimento
ou
tijolo
49.7%
56.2%
48.8%
-‐
Caniço
/
Paus
48.3%
42.7%
49.0%
-‐
Madeira
/
Zinco
1.6%
0.9%
1.7%
-‐
Outro
material
0.5%
0.3%
0.5%
Cobertura
100.0%
100.0%
100.0%
-‐
Chapas
ou
telhas
89.3%
93.5%
88.7%
-‐
Laje
de
betão
1.3%
3.7%
1.0%
-‐
Capim
ou
outro
material
9.4%
2.7%
10.3%
Pavimento
100.0%
100.0%
100.0%
-‐
Cimento,
parquet
ou
mosaico
74.1%
85.0%
72.7%
-‐
Adobe
11.0%
3.3%
12.0%
-‐
Outro
material
0.3%
0.2%
0.3%
-‐
Sem
nada
14.6%
11.5%
15.0%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
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O quadro seguinte mostra a distribuição percentual das habitações por acesso aos serviços básicos.
Ainda que maior nas áreas urbanas do distrito, o acesso a serviços básicos é também limitado nestas
áreas. Em geral a situação de acesso pode ser assim caracterizada:
• Só 17% das casas tem energia eléctrica;
• A maioria das famílias (74,2%) usa o petróleo como fonte de energia;
• A maioria das famílias (63%) tem acesso a fontes de água potável12; e
• Somente 39,4% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados13.
Figura 6. Habitações e condições básicas existentes
12
Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba.
13
Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.
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________________________________________________________________________________________________
No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias residentes
no distrito é apresentada na tabela seguinte.
Constata-se que, exceptuando a casa própria, 39 por cento das famílias não possuem nenhum dos
bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.
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________________________________________________________________________________________________
44 O
Orrggaanniizzaaççããoo A
Addm
miinniissttrraattiivvaa ee G
Goovveerrnnaaççããoo
A sede do actual distrito de Marracuene, elevado a Conselho e mais tarde Circunscrição (Portarias nº
59 de 1895 e nº 6352 de 1946), foi, na altura, baptizada de Vila Luísa.
Actualmente, o Distrito com sede na Vila de Marracuene está dividido em dois Postos
administrativos: Marracuene-Sede, onde reside a maior parte da população, e que inclui a Vila de
Marracuene e as Localidades Sede, Michafutene e Nhongonhane; e o posto administrativo de
Machubo, com duas Localidades: Taula e Macandza.
44..11 G
Goovveerrnnoo D
Diissttrriittaall
O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao abrigo da Lei nº 8/2003 de 19 de
Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais:
• Actividades Económicas;
• Saúde, Mulher e Acção Social;
• Educação, Juventude e Tecnologia; e
• Planeamento e Infraestruturas.
De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº 6/2006 de 12 de
Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é a que é apresentada em seguida.
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________________________________________________________________________________________________
Com um total de 1.255 funcionários em 2011 (dos quais, 605 são mulheres), o pessoal da
Administração Distrital apresenta a seguinte distribuição por serviços:
• 115 Gabinete do Administrador/ Secretaria Distrital;
• 908 do Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia;
• 162 do Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social;
• 52 Serviço Distrital de Actividades Económicas; e
• 18 de Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas.
Do total de funcionários, 2,6% tem formação superior, 46,67% formação média, 28,87% formação
básica, 19,31% formação elementar e 8,66% tem outra formação. Ocupam cargos de chefia 120
funcionários (dos quais 45 são mulheres).
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por diversos membros e presidido pelo
Administrador Distrital. Em 2011 o CCD aprovou vários projectos de iniciativa local. No Distrito
funcionam dois Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos e presididos pelo respectivo
Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes envolvem os membros dos
5 Conselhos Consultivos de Localidade.
No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital, foram
institucionalizados os Conselhos Locais (Localidade, Posto Administrativo e Distrito), Balcão de
Atendimento Único Distrital (BAUD), descentralizados os investimentos no distrito, tramitados os
expedientes para a nomeação de directores dos serviços bem como dos chefes de Localidade.
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________________________________________________________________________________________________
A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo Distrital
que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar assistência técnica e
administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos humanos, materiais e
financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo das actividades do Governo
distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de actividades do Governo Distrital; e (d)
garantir a assistência técnica e administrativa necessária ao funcionamento dos postos
administrativos, localidades e povoações.
Secretário
Permanente
Distrital
Repartição
de
Planificação Repartição
de Repartição
de
Administração
Local Secretaria
e
Desenvolvimento
Local Finanças e
Função
Pública Geral
Fonte: MAE/DNAL.
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) a
promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção alimentar e de
culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária de tanques carracicidas;
(d) a emissão de emitir licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem como o combate a caça
furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a divulgação do potencial económico,
industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da pequena indústria e mineração artesanal;
(h) a emissão de pareceres sobre pedidos de licenciamento de actividades económicas, licenciar
actividades comerciais e emitir licenças turísticas; (i) efectuar o recenseamento das actividades de
artesanato; e (j) promover mecanismos de financiamento das actividades produtivas.
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preparação da terra e à sementeira na zona alta. Assim, as primeiras chuvas foram registadas na primeira
década do mês de Outubro de 2012.
A distribuição das chuvas foi regular, embora as quantidades registadas por mês tenham sido diferentes e
oscilatórias. O gráfico a seguir apresenta a evolução da precipitação durante as campanhas agrícolas de
2011/2012 e 2012/2013.
O mês de Janeiro registou a maior precipitação, o que resultou em inundações na maior parte da zona baixa,
localizada ao longo da baixa do rio Incomati. Esta inundação afectou directamente uma área de 1.012 ha de
culturas diversas, sendo 308.50 ha de mandioca, 624.50 ha de batata-doce, 16.00ha de milho, 52.00 de arroz,
5.00 ha de banana e 0.50 ha de legumes.
Por outra parte, o excesso das chuvas registadas durante o período em referência contribuiu favoravelmente
para o desenvolvimento e produtividade da cultura do arroz, principalmente nas localidades de Macaneta e
Taula.
Sanidade Vegetal
Em 2013 as principais pragas registadas durante este período são: gafanhoto elegante, a traça-da-couve,
lagartas, rato-do-campo, broca-do-colmo, gorgulho, minador da folha, pássaros e cochonilha. Em relação às
doenças destacou-se a ferrugem, o oídio, o mildium, o damping off e a podridão radicular.
Estas pragas e doenças afectaram uma área de 782,50 ha, tendo sido tratados 145,00 ha, sendo 5.0 ha através
de campanha pública fitossanitária, beneficiando 501 famílias. Outros 4.0 ha na cultura de batata-doce foram
tratados por um privado. A tabela 3 abaixo apresenta os dados gerais das pragas e doenças registadas durante a
Campanha.
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Na Campanha Agrícola de 2011/ 2012, o sector de Extensão Agrária funcionou em todas localidades do
Distrito, com um total de 6 extensionistas e um Supervisor. Neste período foram assistidos no total 5.192
agricultores, sendo 1.755 homens e 3.437 mulheres. Durante a Campanha de 2012/2013 o sector continuou a
funcionar em todas localidades do Distrito, com o mesmo número de extensionistas e Supervisor. Nesta
campanha foram assistidos no total 5.993 agricultores, sendo 1.755 homens e 4.238 mulheres. A seguir
apresentamos as demais actividades desenvolvidas pela Extensão Agrária.
No âmbito do Programa de batata reno foram distribuídas 36 ton provenientes da DPA e da FDA, beneficiando
73 produtores.
Em ralação ao Programa de Batata-doce de Polpa Alaranjada referir que foram distribuídas 20.3 toneladas de
rama das variedades Irene, Namanga, Sumaia, Bela, Amélia e Érica, nas localidades Sede, Macaneta,
Michafutene, Matalane e Posto Administrativo de Machubo, concretamente em Mantimane e Mucize No total
foram beneficiadas 3.000 famílias.
Quanto ao programa de arroz foram cultivados 101 ha de variedade ITA-312, Chupa Zambeze e Macassane,
beneficiando 182 famílias nos bairros de Matsinane, Hobjana, Mbuva e Macaneta 1, isto na localidade de
Macaneta. Por outro lado foram processados 13.9 toneladas de arroz em Macaneta, provenientes dos povoados
de Matsinane, Mbuva, Hobjana e Posto Administrativo de Machubo, beneficiando 648 famílias.
No tocante ao aprovisionamento de insumos agrícolas em 2013 foram vendidos 23.8 ton de semente de batata
reno da variedade BP1 proveniente da DPA, beneficiando 36 produtores do Distrito. Outras 12,2 ton
provenientes da FDA- Maputo beneficiaram 37 camponeses. No total foram comercializadas 36 ton e
beneficiados 73 camponeses. Em paralelo o Distrito beneficiou de 35kg de sementes de emergência. Estas
sementes (de couve, abóbora, cebola e quiabo) foram distribuídas nas Associações Eduardo Mondlane, Bobole
1B, Telmina Perreira, no Posto Administrativo de Machubo e nas baixas de Hobjana e Mbuva.
Quanto à assistência aos beneficiários do FDD Neste período foi realizado um inquérito de gestão do FDD, no
qual foram abrangidos 16 famílias das Localidades Sede e Matalane, com o objectivo avaliar o nível de
execução dos projectos até ao presente, bem como fazer um levantamento das dificuldades enfrentadas pelos
mutuários. Algumas das constatações feitas são: desvio de aplicação de fundos, atraso na implementação de
alguns projectos e não reembolso de valores de acordo com o plano.
Foi realizado um dia de campo na ACIPOL onde participaram 80 convidados incluindo camponeses,
professores, técnicos do Distrito e da CIP. O dia de campo consistia na demonstração prática do Agro-
processamento da batata-doce de polpa alaranjada. Por outro lado realizou-se em Macaneta um dia de campo
de Agro- processamento da Batata-doce de Polpa Alaranjada. Aqui foi demonstrado o fabrico de bolos e sumos
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e participaram 80 convidados, dos quais a Directora Provincial para os Antigos Combatentes e membros da
Organização da Mulher Moçambicana a nível Distrital e Central.
Em Janeiro de 2013 foi detectado um surto de Peste Suína Africana na Localidade de Ngalunde, no povoado
de Sibacusse. A doença foi confirmada pelo Laboratório Central de Veterinária, após realização do exame
virológico das vísceras enviadas. No total foram afectados 27 suínos.
Devido a ocorrência de chuvas as áreas de pastagens localizadas na zona baixa em Taúla, Machubo e
Macandza ficaram inundadas e o gado foi transferido para zonas altas onde a disponibilidade de gado é
bastante reduzida. Em finais de Maio o gado regressou ao local de origem, depois de normalizada a situação.
Devido a estiagem o porte do gado baixou significativamente nas zonas onde o encabeçamento é maior,
nomeadamente nas Localidades de Macaneta, Taúla e Macandza.
Profilaxia
Banhos Parasiticidas
No tanque carracicida público de imersão de Macandza foram dados 9.040 banhos por pulverização, no sector
familiar. Este facto deveu-se à avaria do tanque, de forma que não há condições para a realização de banhos
por imersão no local.
Em mangas de tratamento localizadas em diversos pontos do Distrito foram dados 62.956 banhos por
pulverização, também no sector familiar. Em mangas de tratamento do sector privado foram dados 8.040
banhos por pulverização e 2.754 pour on. Ao todo foram dados em 2013 um total de 82.790 banhos, contra
40.842 em 2012, o equivalente a um crescimento de 103%.
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Importa referir que todos os tanques carracicidas públicos encontram-se paralisados. Os de imersão por falta de
água e carecerem de reabilitação e o de aspersão de Bobole porque o gerador e a motobomba se encontram
avariados.
Fomento
O fomento pecuário tem evoluído nos últimos anos. O Distrito adquiriu e distribuiu 24 bovinos, dos quais 16
para tracção animal e os restantes 8 para a reprodução no âmbito do programa de fomento pecuário do projecto
de Reforço da Segurança Alimentar da ONG CESVI. Este gado beneficiou 4 associações de produtores do
Distrito, nas localidades de Macaneta e Macandza.
Na tabela a seguir apresenta-se o rol das multas passadas aos operadores durante as campanhas 2012 e 2013.
No âmbito da gestão do conflito homem/fauna bravia foram abatidos em 2012 2 hipopótamos na área de
Xilhale, os quais para além de perigar a vida da população destruíam as culturas dos camponeses, dentre as
quais o arroz, o milho, a batata-doce e feijões. Todavia, não houve registo de danos humanos. Por outro lado
registou-se a presença de porcos do mato na Povoação de Gimo Ocossa, Localidade de Ngalunde.
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Em 2013 registou-se a movimentação de elefantes em Xilhale e Pazimane, tendo sido abatidos 2 que haviam
causado a morte de uma cidadã que se encontrava a pescar no rio. Para além de causar a morte desta cidadã,
estes animais destruíram as culturas dos camponeses, dentre as quais o arroz, o milho, a batata-doce e feijão.
Também continuou a registar-se a presença de porcos do mato em Gimo-Ocossa e em Ngalunde. Face a este
cenário está sendo feito um trabalho de afugentação e caça destes animais com recurso a meios não letais
existentes na comunidade.
4.2.2.5 Pescas
Durante o ano 2013 foram licenciadas 141 embarcações e suas respectivas artes de pesca, em Macaneta e
Muntanhana.
Licenças Emitidas
No período em análise o sector emitiu um total de 168 licenças simplificadas, o correspondente a uma
realização do plano anual em 89.3%. A tabela a seguir apresenta o número de licenças simplificadas emitidas
em 2012 e 2013..
Total 79 168
Fonte: RLFAE, 2013.
No concernente a divulgação da Lei do Trabalho foram realizadas 2 palestras com o empresariado local, na
Localidade de Macaneta e na Vila Sede. Aqui foram abordadas matérias como “Contratos de trabalho,
pagamento de segurança social e contratação de mão-de-obra estrangeira”.
No âmbito da preparação do Guaza Muthine foram distribuídos tanto em 2012 como em 2013 61 convites que
beneficiaram aos associados e as instituições privadas locais. No evento participaram em cada ano 24
expositores dentre os quais artesãos, agricultores, escultores, serralheiros, agentes de saúde convencional e
tradicional e da construção civil.
Estas feiras foram também uma oportunidade para os participantes trocarem experiencias no âmbito dos seus
negócios e criarem parcerias para novas oportunidades que o mercado oferece.
A participação do Distrito na 48ª e 49ª edição da FACIM consistiu na produção de material promocional,
sendo de destacar a captação de fotos das diversas actividades económicas desenvolvidas no Distrito assim
como a produção de embalagens para os produtos produzidos localmente (arroz, feijão preto e cenoura). Foram
igualmente capacitados os agricultores em técnicas melhoradas de produção de embalagens.
Ao longo do ano 2012 foram investidos no Distrito cerca de 7.751.817.000,00Mtn (Sete mil e Setecentos e
Cinquenta e um Milhões, Oitocentos e dezassete Mil Meticais). Em 2013 foi realizado um investimento
agregado de 75.529.750,00 Mt (Setenta e Cinco Milhões, Quinhentos e Vinte e Nove Mil e Setecentos e
Cinquenta Meticais). A tabela a seguir apresenta estes valores distribuídos pelos sectores de actividade.
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4.2.3.1 Educação
Com mais de ¾ da população alfabetizada, predominantemente homens, este distrito tem uma taxa
de escolarização elevada, constatando-se que 83.7% dos seus habitantes, principalmente residentes
no posto administrativo sede, frequentam ou já frequentaram a escola. A análise por sexos revela um
padrão melhor entre os homens do que nas mulheres.
A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola, revela
uma concentração significativa no nível primário de ensino (EP1 – 60,3%; EP2 – 19,6%).
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Um aspecto importante da análise sobre educação é a observação das taxas de escolarização bruta e
líquida. A primeira taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino
(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade oficial para o
referido nível14. Para calcular a segunda taxa, divide-se o total de alunos cuja idade coincide com a
idade oficial para o nível pela população do grupo etário correspondente a esse nível. Estas são as
medidas mais comuns para estimar o desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.
Como se pode observar, a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do 1º Grau é de 131.1%, o
que indica um elevado nível de cobertura escolar neste nível. Atendendo a que a idade ideal para
frequentar o EP1 é de 6 a 10 anos (para terminar este nível sem nenhuma reprovação), este indicador
acima dos 100% reflecte a entrada tardia na escola, a reprovação e desistência escolar, levando a que
exista um elevado número de alunos no EP1, com idades superiores a 10 anos.
Efectivamente, a taxa líquida de escolarização no EP1 confirma aquele facto ao indicar que somente
87,8% das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua idade, neste
caso o EP1.
14
EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.
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Em geral, os rapazes apresentam melhores indicadores educacionais brutos e líquidos para o nível
EP1. Nos restantes níveis as raparigas apresentam taxas mais elevadas de escolarização, denotando
um aumento de mulheres matriculadas nos níveis de ensino correspondente as suas idades.
A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede escolar
existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo significativo, serem
insuficientes, o que é agravado por taxas de aproveitamento baixas em algumas localidades.
Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos ou mais
de idade, pouco mais de metade da população (53%) concluiu algum nível de ensino, na sua maioria
o nível primário.
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Quadro 23. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído
NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO
TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior Nenhum
TOTAL 52.8% 0.2% 40.7% 10.4% 0.9% 0.4% 0.3% 47.2%
10 - 14 anos 36.6% 0.0% 36.1% 0.5% 0.0% 0.0% 0.0% 63.4%
15 - 19 anos 77.9% 0.0% 67.5% 10.2% 0.2% 0.0% 0.0% 22.1%
20 - 24 anos 70.2% 0.0% 51.7% 17.1% 1.0% 0.4% 0.0% 29.8%
25 - 29 anos 64.6% 0.1% 44.7% 17.4% 1.4% 0.8% 0.2% 35.4%
30 e + anos 41.7% 0.4% 29.3% 9.8% 1.2% 0.4% 0.6% 58.3%
HOMENS 60.2% 0.1% 44.6% 13.2% 1.3% 0.5% 0.5% 39.8%
MULHERES 46.2% 0.2% 37.3% 7.9% 0.4% 0.3% 0.1% 53.8%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
4.2.3.2 Tecnologia
Investigação Científica
• Inovação Tecnológica;
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• Levantamento do ponto de situação das TIC´s nas Escolas Secundária Guaza Muthini,
Comunitária Sagrada Família, Santa Montanha, Primárias Completa 16 de Junho, Filipe
Samuel Magaia e de Guava;
• Capacitação dos funcionários da EPC Filipe Samuel Magaia em matéria de TIC´s com
duração de 3 dias;
4.2.3.3 Cultura
Em 2011 foram comemoradas todas datas comemorativas e festivas. Para além dessas
comemorações, o Distrito participou em outras actividades como:
• Elaboração do plano de divisão de tarefas da comissão de Cultura e Desporto;
• Supervisão dos grupos culturais envolvidos na visita da Sua Excelência Presidente da
República; Inscrições dos grupos culturais a participarem no festival de danças tradicionais
no âmbito das comemorações do ano Samora Machel;
• Acompanhamento das actividades realizadas nas Escolas no âmbito da visita Provincial às
bibliotecas a nível do Distrito e na entre de livros nas escolas abrangidas;
• Participação na recepção da visita Presidencial;
• Participação na visita de sua Excia Presidente da República e Senhora Governadora da
Província de Maputo às Obras da Facim;
• Levantamento dos grupos culturais do Distrito;
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Desporto
4.2.4.1 Saúde
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Cuidados de saúde
A tabela seguinte apresenta a evolução de alguns indicadores do grau de acesso aos serviços do
Sistema Nacional de Saúde, que comprovam a evolução positiva do sector nos últimos anos.
De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários níveis que
denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:
• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias, bem como
em brigadas móveis e nos locais de interesse público
• Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos trabalhadores,
bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios
• Saúde reprodutiva
• Saúde Mental
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Quadro epidemiológico
O quadro epidemiológico do distrito é dominado pela malária, diarreia, disenteria, DTS e SIDA que,
no seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.
Fonte: SDSMAS
No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 8 mil órfãos (dos quais 10% de
pai e mãe) e cerca de 2 mil deficientes (90% com debilidade física e 10% com doenças mentais).
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4.2.4.3 Género
O distrito tem uma população estimada de 119 mil habitantes - 62 mil do sexo feminino - sendo 10%
dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações não
governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades
e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a integração da mulher no
mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar.
Referir ainda, a título de curiosidade cultural, que as cerimónias do Gwaza Muthini, festa tradicional
e dança guerreira do distrito, são actualmente dirigidas pela filha do régulo Gounwine, reconhecida
como o Régulo de Marracuene, a Rainha Julieta Massinguitana.
Tendo por língua materna dominante o Xirhonga, 79% das mulheres do distrito com 5 ou mais anos
de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais acentuado nos homens
(89%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de trabalho. A taxa
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Das mulheres do distrito, 21% nunca frequentaram a escola (no caso dos homens só 11% nunca
estudaram) e 30% concluíram o ensino primário (no caso dos homens, 35% terminaram o primário).
No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio entre sexos,
como se pode deduzir da tabela seguinte.
No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 62 mil mulheres, 35 mil estão em idade
de trabalho (mais de 15 anos), das quais 21 mil são economicamente activas15. A população não
economicamente activa de mulheres (42%) é constituída principalmente por domésticas e estudantes
a tempo inteiro.
O nível da participação no trabalho é superior no caso dos homens em relação as mulheres: 70.8%
contra 58.0%.
15
Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que tenha
15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram
activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.
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A distribuição das mulheres activas residentes no distrito de acordo com a posição no processo de
trabalho e o sector de actividade é a seguinte:
Cerca de 66% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;
18% são comerciantes, artesãs, ou empregadas do sector comercial formal e informal; e
As restantes 16% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo empregadas
domésticas (4%).
16
Com 15 anos ou mais.
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Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) elaborar
propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a construção de fontes
de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos sistemas de abastecimento;
(c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a disponibilidade do sistema de fornecimento
de energia eléctrica e a promoção do aproveitamento energético dos recursos hídricos e uso de
energias renováveis; (d) assegurar a reabilitação, manutenção das estradas não classificadas, pontes e
outros equipamentos de travessia; (e) promover a construção, manutenção e reabilitação de
infraestruturas e edifícios públicos, bem como de valas de irrigação, jardins públicos, infraestruturas
desportivas e parques de estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tracção animal; (g)
elaborar propostas de gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços públicos tais como
cemitérios, matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade, iluminação pública, jardins
campos de jogos e parques de diversão.
Com vista a responder a demanda de pedidos de terrenos submetidos ao Serviço, foram concedidos
lotes de talhões aos nativos e aos seguintes funcionários: ONP-21, IC-, TVM-70, UEM-50 em
Simbeza e em Singuiza (CSMMP, Fundo de estrada-56, antigos combatentes-16, Estado Maior
General-17, Millennium Bim-9, OJM-39 sendo 17 para o sexo feminino e 22 para o masculino,
EDM- Marracuene, nativos-80 e aos residentes na diáspora. Por outro lado, procedeu-se à
visualização da área para implementação de uma fábrica de medicamentos em Nditche.
Monitoria de Planos
Como forma de garantir o cumprimento integral dos planos foi feita a Monitoria do Plano de
Pormenor de Micanhine. Foram revogados 11 talhões por falta de cumprimento de plano de
exploração. Actualmente o índice de ocupação encontra-se na cifra dos 40%.
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Marracuene
________________________________________________________________________________________________
Procedeu-se à confirmação da área de 250 ha pretendida pela ACIPOL, que abrange os Bairros de
Simbeza, Mumemo 1 e Mumemo 4 de Outubro e consulta duma área de 600 m2 para a instalação
duma antena do estudo do FUNAE em Mumemo 4 de Outubro.
Ocorreu a participação nas negociações da exumação das campas de todas as famílias que se
encontram no recinto do Cemitério do Conselho Municipal de Maputo/Bairro Agostinho Neto.
Conflitos de Terra
No âmbito de vários pedidos submetidos para intervenção em vários conflitos de posse de terra, o
SDPI resolveu-se 14 conflitos de terra durante o período em referência.
Delimitação
Com vista à realização do parcelamento no Bairro Mbuva, efectuou-se a delimitação da área a ser
parcelada equivalente a aproximadamente 40 ha e em Matalane, área de 12 ha com um total de 84
talhões, 30 para os militares e 30 para os funcionários do MAE.
Foi feita a delimitação do terreno para a construção de Centro de Saúde em Abel-Jafar, delimitação
da área do SISE e da Associação dos Ervanários de Moçambique no Nditche e o acompanhamento
da definição dos limites entre os Povoados de Pazimane e Simbeza.
Levantamento
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________________________________________________________________________________________________
Em conformidade com o artigo numero 5 e 6 do artigo 17, conjugado com o artigo 22 do decreto
45/2004 de 29 de Setembro, regulamento de avaliação do impacto ambiental. Em parceria com a
equipe da Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiente fez se a pré avaliação de 9
projectos para a emissão de licenças ambientais.
Decorreu de 05 a 09 de Abril a campanha boas Vindas a Maputo alusivo a Páscoa como tem sido
habitual com objectivo principal de incutir aos turistas e ao cidadão no geral as boas práticas
ambientais sobre tudo no que concerne a protecção costeira, tendo-se desenvolvido as seguintes
Acções:
No que concerne a mitigação do efeito erosivo ao longo do rio Incomati, em parceria com o Centro
de Investigação Florestal (CIF) foram introduzidas cerca de 160 mudas de Bambu, “Tuida” na
localidade de Macaneta.
Por outro lado, foi feito o repovoamento de espécies nativas (Micaia) na floresta comunitária de
Muntanhana num número de 225 mudas e contou com a participação de 23 residentes locais que na
ocasião foi disseminada a técnica gota a gota visando garantir a sobrevivência das plantas.
4.2.5.4 Infraestruturas
• Estradas e pontes;
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Projectos de construção
Vistorias
Reparação
Manutenção
Procedeu-se à manutenção de 3 furos nos Bairros Guava e Massinga, que consistiu na mudança de
casquilhos, sola U, cabeça da bomba e mudança de casquilhos, soca e anel respectivamente.
Foi realizado a manutenção da bomba Afridev, no Bairro de Cumbeza, que consistiu no seguinte:
• Retirada de todas as varetas e válvula de pé;
• Montagem da sola;
• Montagem da nova sola “O”;
• Montagem de jogo de casquilho.
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Estradas
No âmbito do melhoramento das estradas sob tutela da Província, foi concluído o plano previsto para
o ano de 2012 da estrada Marracuene-Macaneta (10.5 km) a cargo da Empresa Manadra
Construções.
Manutenção de Emergência
Melhoramento localizado
E No âmbito dos fundos descentralizados para este ano, principiou o melhoramento localizado da
estrada não classificada Cruz. EN1- Possulane (3,9 km) a cargo da empresa Bis Construção que se
caracteriza pelo empilhamento de saibro para a formação da base de solos.
17
Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do património
público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c) pedidos de uso e
aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e) realização de infraestruturas
simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de negociante e comércio a título precário;
(h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante nas vias e recintos públicos; (j) aferição e
conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a propaganda comercial; (l)
licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos de legislação específica; (n) licenças para a realização de
espetáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou
outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros,
concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.
Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua administração
directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de matadouros; (d) recolha,
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________________________________________________________________________________________________
No âmbito do investimento de iniciativa local (vulgo 7 milhões) o Governo Distrital tem aprovado
e/ou implementado projectos locais de desenvolvimento, cuja evolução é apresentada na tabela
seguinte, consoante a principal finalidade.
Macaneta 1.000.000,00MT
Matalana 1.100.000,00MT
Sede Michafutene 1.500.000,00MT
Ngalunde 1.000.000,00MT
Sede 1.250.000,00MT
Total 5.850.000,00MT
Macandza 1.200.000,00MT
Machubo
Taula 992.400,00MT
Total 2.192.400,00MT
depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos esgotos; (f) utilização de infra
estruturas de lazer e gimnodesportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e manutenção de ruas privadas; (j)
limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.
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Estradas
No âmbito do melhoramento localizado e manutenção das vias de acesso a nível foram efectuados os
seguintes trabalhos relativos a drenagem viária, conforme ilustra a tabela abaixo:
Actividades preconizadas
Estradas Abertura e Abertura e Limpeza de Construção de Construção de Limpeza de
regularização de regularização de aquedutos (m) aquedutos (m) drift simples valetas
sanjas (m) valetas (m) (m²) (m)
Cruz, EN1 Malí – 6km 100 - - - - -
Marracuene- Muntanhane 7,2 km - - 25 - 125 -
Batelão - 1500 15 - - -
Eduardo Mondlane- 9,8 km - - - - - -
44..44 JJuussttiiççaa,, O
Orrddeem
m ee SSeegguurraannççaa ppúúbblliiccaa
A nível do Distrito existem o Registo e Notariado, a Polícia, o Tribunal e a Procuradoria Distrital,
funcionando com dificuldades materiais e orçamentais significativas. A Delegação do Registo e
Notariado, que funciona em instalações próprias na sede do Distrito, tem dois postos de registo (nas
localidades de Machubo e Nhngonhane) e compete-lhe também representar o Departamento de
Assuntos Religiosos do Ministério da Justiça.
Ao nível da ordem pública a acção da PRM, apesar das dificuldades materiais existentes, tem
melhorado significativamente no combate ao crime, que é dominado por roubos, ofensas corporais,
consumo de estupefacientes e abuso de confiança. As minas constituem ou constituíram, em algumas
zonas identificadas, uma ameaça à segurança da população e ao desenvolvimento económico. A
acção de desminagem em curso no país desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a
situação existente no país e neste distrito controlada e conhecida.
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44..55 C
Coonnssttrraannggiim
meennttooss ee PPeerrssppeeccttiivvaass
No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os principais constrangimentos
observados durante a governação dos últimos anos:
• Défice de recursos humanos;
• Falta de meios circulantes;
• Défice de equipamento informático e mobiliário de escritório;
• Mau estado da maioria das vias de acesso;
• Incidência de erosão costeira;
• Cobertura Insuficiente da Rede Sanitária;
• Insuficiência de fundo para a realização de actividades de base, com vista a identificação de
inovadores;
• Avaria dos meios circulantes, o que impossibilita a realização das actividades programadas pelos
técnicos, assim como a monitoria dos trabalhos em curso.
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55 A
Accttiivviiddaaddee E
Eccoonnóóm
miiccaa ee PPootteenncciiaall ddee D
Deesseennvvoollvviim
meennttoo
55..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom
miiccaam
meennttee aaccttiivvaa
De um total em 2012 estimado de 119 mil habitantes, 67 mil estão em idade de trabalho (mais de 15
anos).
Assim, verifica-se que 64% da população de 15 anos ou mais (43 mil pessoas) constituem a
população economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina é superior à
feminina: 70.8% contra 58.0%. A população não activa (36%) é constituída principalmente por
mulheres domésticas e estudantes a tempo inteiro.
18
Esta tabela está referida a condição de actividade da pessoa na semana anterior a realização do Censo de 2007.
19
Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e mais.
A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas),
incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta recomendação.
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A distribuição da população activa indica que 44,3% são camponeses por conta própria, na sua
maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de 31,5% da população activa e é
dominada por homens (as mulheres assalariadas representam apenas 14,2% da população activa
feminina).
OCUPAÇÃO PRINCIPAL
RAMOS DE
TOTAL Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras
ACTIVIDADE
Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão
Total 100.0% 31.5% 4.8% 9.9% 16.8% 12.3% 44.3% 0.8% 11.1%
- Homens 100.0% 47.8% 6.5% 12.2% 29.1% 7.2% 24.1% 1.1% 19.7%
- Mulheres 100.0% 14.2% 3.0% 7.4% 3.8% 17.6% 65.6% 0.4% 2.1%
Agricultura,
silvicultura, pesca 100.0% 8.5% 0.1% 0.2% 8.3% 0.2% 85.0% 0.1% 6.2%
Indústria, energia
e construção 100.0% 84.2% 2.1% 2.3% 79.8% 0.2% 0.1% 0.8% 14.7%
Comércio, Transp.
e Serviços 100.0% 46.4% 12.8% 26.9% 6.7% 34.5% 0.2% 1.8% 17.1%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
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OCUPAÇÃO PRINCIPAL
RAMOS DE
TOTAL Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras
ACTIVIDADE
Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão
Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
- Homens 51.3% 78.0% 69.1% 63.6% 88.9% 30.2% 27.9% 74.9% 90.7%
- Mulheres 48.7% 22.0% 30.9% 36.4% 11.1% 69.8% 72.1% 25.1% 9.3%
Agricultura,
silvicultura, pesca 52.1% 14.1% 0.7% 0.8% 25.7% 0.8% 99.8% 5.8% 29.1%
Indústria, energia
e construção 12.6% 33.8% 5.5% 3.0% 60.1% 0.2% 0.0% 12.8% 16.7%
Comércio, Transp.
e Serviços 35.3% 52.1% 93.9% 96.2% 14.2% 99.0% 0.2% 81.5% 54.2%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
De referir, ainda, que 4% da população infantil (entre 7 e 15 anos de idade) foi declarada como
trabalhando ou ajudando a família no trabalho.
20
O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da
linha da pobreza.
21
Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministério da Planificação e Desenvolvimento,
Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas, Outubro de 2010 (District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007
Based on consumption adjusted for calorie underreporting).
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O Posto Administrativo de Machubo, inversamente, sofre inundações cíclicas na época das chuvas,
já que as principais valas de drenagem estão assoreadas. A densidade populacional destas zonas é
relativamente elevada e as culturas têm, em geral, duas colheitas anuais.
Para fazer face a esta situação, as autoridades distritais lançaram um plano de acção para redução do
impacto da estiagem incluindo sementes e culturas resistentes e introdução de tecnologias adequadas
ao sector familiar.
Este problema é atenuado pelo facto de a zona beneficiar de uma razoável integração de mercados e
ter acesso a actividades geradoras de rendimento. Para fazer face à adversidade, as famílias com
homens activos recorrem ao trabalho remunerado na Manhiça e Cidade de Maputo.
O distrito é atravessado pela Estrada Nacional nº 1 que faculta a comunicação com a cidade de
Maputo a Sul e distrito de Manhiça a Norte. Para além do troço de 40 km da EN1, o distrito é
servido por:
Outras estradas primárias e secundárias e pequenas pontes que estabelecem a ligação entre a
Sede e as Localidades e Povoações, em terra batida.
No total a rede viária do distrito é de 243 km, sendo 60 km de estradas classificadas e 183 km não
classificadas. Da extensão de estradas classificadas, 32 km encontram-se em boas condições de
transitabilidade e 18 km em condições razoáveis. No âmbito dos fundos descentralizados e de apoio
ao desenvolvimento do sector agrário, foram planificadas intervenções em 24,8 km de extensão, dos
quais 14,8 km para o melhoramento localizado e os restantes para a manutenção de rotina.
Marracuene possui uma estação de caminho-de-ferro que é servida por comboios de carga e de
passageiros em trânsito na linha férrea de Maputo-Marracuene-Manhiça.
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5.3.2 Comunicações
O distrito é servido por uma rede de telecomunicações fixa e três móveis na vila sede e ao longo da
EN1, existindo também uma delegação dos Correios de Moçambique. O acesso à Internet pode ser
efectuado nas zonas servidas por rede fixa e móvel de telecomunicações.
A vila e algumas localidades estão cobertas pela rede da EDM de distribuição de energia ligada à
cidade de Maputo, e por subsistemas de abastecimento de água com 8 PSAA, 162 furos operacionais
e 144 poços operacionais.
De notar que o estado geral de conservação e manutenção das infraestruturas é fraco, sendo de
realçar o caso do PA de Machubo, que tem uma rede de abastecimento de água absolutamente
insuficiente.
No âmbito dos fundos descentralizados do ano 2010, foram reparados 21 furos de água que
transitaram para o ano de 2011, beneficiando cerca de 7.585 habitantes. Por outro lado procedeu-se a
manutenção de 14 furos em coordenação com as comunidades locais.
Por outro lado, como forma de privilegiar o uso de fontes alternativas de captação e abastecimento
de água, procedeu-se a montagem de 2 caleiras/cisternas na EPC de Mantimana e na residência do
Chefe da Localidade de Nhongonhana.
De referir que a montagem das duas caleiras foi possível graça a um fundo descentralizado e as
mesmas foram abjudicadas a um artesão local.
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Como forma de proceder a expansão da energia eléctrica no Distrito, foram executados os seguintes
projectos:
v Por outro lado, está em curso a mobilização de material para a electrificação de Macaneta.
55..44 U
Ussoo ee C
Coobbeerrttuurraa ddaa T
Teerrrraa
Estima-se em 35 mil hectares o potencial de terra arável do distrito de Marracuene (cerca de metade
da área total) estando ocupados pela exploração agrícola menos de metade da área (11.500 ha de
sequeiro e 7.800 ha irrigados).
O distrito tem uma densidade populacional e uma procura de terrenos proveniente da cidade de
Maputo elevadas, que estão na origem de vários conflitos ligados à posse da terra, para cuja solução
e moderação, tem contribuído a Administração e a DADR (Serviços de Geografia e Cadastro) em
coordenação com anciãos influentes localmente.
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Marracuene
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A restante informação desta secção22 foi extraída dos resultados do Censo Agropecuário realizado
pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que caracterizam a base agrícola
do distrito.
O distrito possui cerca de 18 mil explorações agrícolas com uma área média é de 0,5 hectares, sendo
cerca de 70% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.
Com um grau de exploração familiar dominante, 71% das explorações do distrito têm menos de 1
hectare, apesar de ocuparem somente cerca de 30% da área cultivada.
22
Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar
tendências e os principais aspectos estruturais.
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Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar, têm como
responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada por mulheres a
trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da terra é explorada em
regime de consociação de culturas alimentares.
55..55 SSeeccttoorr A
Aggrráárriioo
No distrito existem 55ha de médios regadios operacionais usados na produção de hortícolas e banana
com e que são servidos por várias infraestruturas e equipamentos, nomeadamente 3 diques de
protecção, 3 valas de drenagem, 2 tanques carracicidas, 4 motobombas, 4 tractores e armazenagem e
oficinas que, contudo, necessitam de reparações e manutenção urgentes.
Existem, ainda, 5 pequenos regadios com um total de 201ha de valas, estando operativos apenas
40ha. Todos praticam rega por ascensão capilar devido ao alto nível do lençol freático. Apenas um
complementa com rega por gravidade quando o lençol está em baixo.
Quanto ao sector familiar, uma parte da população incluindo o sector comercial usa a tracção animal,
regadio por gravidade e moto-bombas, a outra parte usa fundamentalmente a enxada.
Este sector utiliza, ainda, o regadio no Vale do Incomáti do Fundo de Fomento de Hidráulica
Agrícola, onde cultivam hortícolas, banana, feijão manteiga, milho e cana sacarina. Não existe rede
pública de extensão agrária no distrito.
Esta zona tem um grande potencial para a cultura do arroz, estando em curso o seu relançamento
entre os camponeses, através dum programa de produção de grão de consumo. O escoamento dos
23
Extraído do Plano de Desenvolvimento do Sector Agrário da Província, elaborado pela DPADR. Segundo informações recebidas
está na sua fase final um inventário detalhado dos regadios do País (FFHA) , que permitirá actualizar esta informação.
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seus excedentes e o acesso a sementes, em caso de adversidades climáticas são dificultados, nesta
região, pelas dificuldades de acesso aos mercados das vilas de Marracuene e Manhiça.
Durante a Campanha Agrícola 2010/11, a queda das chuvas atrasou ligeiramente (as primeiras
chuvas caíram em Novembro) o que influenciou o início tardio das sementeiras na zona alta (1ª
época agrícola). Isto não afectou negativamente os resultados da Campanha Agrícola.
Contrariamente às expectativas, embora o início de 2011 tenha sido caracterizado por ocorrência de
precipitações normais, o Distrito foi assolado por inundações em toda a zona baixa (nas duas
margens) provocadas pelo aumento do caudal do Rio Incomáti. Como consequência perdeu-se
2.178ha de culturas, 6 bovinos, bem como vários viveiros de hortícolas, tendo afectado 1.601
famílias camponesas e contribuído para o arranque tardio da 2ª época agrícola, Campanha 2010/11.
No cômputo geral a produção agrícola tem registado avanços significativos. Na presente Campanha
Agrícola 2011/12 o Distrito produziu cerca de 137 mil toneladas de produtos diversos contra 99 mil
na Campanha anterior, o que representa uma realização do Plano em 97 % e um crescimento na
ordem dos 38%. Em paralelo ao aumento da produção agrícola global verificou-se um crescimento
das áreas cultivadas no Distrito, isto devido principalmente a entrada de novos produtores.
5.5.3 Pecuária
Em termos de evolução de efectivos, o Distrito conta actualmente com 9.129 bovinos, o que
representa um crescimento na ordem dos 4% em relação ao ano de 2010. Os suínos e pequenos
ruminantes decresceram em 13 e 5 %, respectivamente. As galinhas aumentaram em 32%
comparativamente ao ano anterior, embora a campanha de vacinação contra
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Newcastle para este ano tenha sido marcada numa primeira fase por um relativo atraso.
Em 2012 foram produzidos em todo o Distrito 49.300Kg de carne bovina, 8.000Kg de carne suína, 500.380Kg
de carne de frango e 320.559 dúzias de frangos.
No período em análise o Distrito processou 660 m3 de madeira serrada nas serrações locais, contra
101 m3 de igual período do ano anterior.
Quanto aos produtos florestais em trânsito no posto de fiscalização da EN1, o Distrito fiscalizou no
período em referência 3.765 m3 de madeira serrada, 3.807 m3 de madeira em toros, 160 mst de
estacas para construção, 1.250 fx de caniço e 1.955 mst de lenha.
Durante a campanha 2010/2011, foram registados 4 casos de conflitos Homem - Fauna Bravia
envolvendo um macaco cão e hipopótamos na destruição de culturas agrícolas, sem contudo registar
perda de vidas humanas.
Para mitigação destes conflitos foram realizadas 5 deslocações de uma brigada de defesa de pessoas
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e bens a Taula, Macandza, Macaneta e Sede. Também foi alocada uma arma de caça nas localidades
de Taula e Matalane (Xilhale).
Em 2012 foram capturadas 458,1 toneladas de peixe e 137,6 de camarão. No referente a 2013 as capturas são
apresentadas na tabela a seguir.
Aquacultura
Em termos do desenvolvimento da aquacultura o Distrito conta com 20 tanques que funcionaram durante todo
o ano de 2013. Contudo, em todos estes tanques não foram realizadas capturas.
55..77 IInnddúússttrriiaa,, C
Coom
méérrcciioo ee T
Tuurriissm
moo
A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) tem-se desenvolvido e surge como
alternativa imediata à actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade. A agro-indústria
possui 5 pequenas unidades transformadoras.
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num total de quatro. Destes estabelecimentos, apenas dezoito encontram-se legalizados e doze em
processo de legalização.
Em 2011 o Distrito de Marracuene registou um crescimento na actividade turística, facto que foi
confirmando com o surgimento de 13 novos estabelecimentos de maior capacidade e qualidade no
fornecimento de serviços. Aliado a este, destacou-se o número crescente de turistas que visitam o
distrito, principalmente em duas épocas altas de turismo que são o período da Páscoa e da passagem
do ano.
Na área de energia, a manutenção da rede existente tem sido satisfatória e está em curso o projecto
Electricidade II que beneficiou já a maioria dos bairros da localidade sede e da vila, bem como se
introduziu o Quadrilec para as populações rurais de baixo rendimento.
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________________________________________________________________________________________________
66 V
Viissããoo ee E
Essttrraattééggiiaa ddee D
Deesseennvvoollvviim
meennttoo L
Looccaall
Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de Desenvolvimento
Distrital.
66..11 V
Viissããoo
66..22 Miissssããoo
M
66..33 Z
Zoonnaass ddee ddeesseennvvoollvviim
meennttoo
Do ponto de vista territorial a estratégia definida assenta na definição de três zonas geográficas no
distrito com problemas e potencial diversos.
O zoneamento do distrito visa essencialmente a sua divisão em pequenas regiões que apresentam
características similares em termos de condições infraestruturais, produtivas, ecológicas e
actividades económicas desenvolvidas, e que possam servir de base para uma planificação
operacional integrada e para um desenvolvimento abrangente dessas micro-regiões. Esta divisão em
zonas também facilita a distribuição do investimento segundo as actividades prioritárias aí
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Esta zona abrange toda a costa (zona este) do distrito e a foz do rio Incomati. Desde Mabiwe a norte
na fronteira com o distrito de Manhiça, até a zona da Ilha de Benguele, passando por Machubo,
Matsinana, Muntanhana e Macaneta, e é definida como zona com potencial turístico e pesqueiro.
Potencialidades
v Uma costa extensa do Oceano Índico, com uma biodiversidade propícia para a prática do
turismo e da pesca;
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Dificuldades
Visão
ZONA II
Abrange as regiões de Guava, Michafutene, Mumemo, Matalana, Bobole, entre outros, e fica a oeste
do distrito, e é atravessado pela Estrada Nacional no. 1 em toda a sua extensão, abrangendo a
própria Vila-Sede; é definida como zona com potencial básico para habitação, indústria, comércio e
serviços.
Potencialidades
Dificuldades
Visão
Transformar estas zonas num centro urbano de referência, com uma forte rede comercial e uma
indústria promissora, através de concessão de facilidades e encorajamento para a implantação de
novas e modernas infra-estruturas.
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ZONA III
Abrange a maioria da zona norte, desde Chimovana na entrada do rio Incomati ao distrito, passando
pela produtiva povoação Eduardo Mondlane, e contempla ainda todo o curso do rio Incomati e seus
principais afluentes no distrito, até a margem esquerda da sua foz. Esta zona é definida como zona
de potencial agrícola.
Potencialidades
Dificuldades
v Inundações cíclicas;
Visão
66..44 PPrriioorriiddaaddeess ee O
Obbjjeeccttiivvooss E
Essttrraattééggiiccooss
As prioridades estratégicas do Governo Distrital são as seguintes:
v Desenvolver uma interacção saudável com toda a sociedade de modo a se atingir, duma
forma integrada, uma produção auto-suficiente de bens alimentares e uma gestão racional dos
excedentes;
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v Promoção do uso e exploração racional dos recursos naturais, garantindo assim a sua
sustentabilidade.
2244
66..55 A
Annáálliissee FFO A2 4
OFFA
A estratégia de implementação definida deriva da análise dos pontos fortes e fracos, oportunidades e
ameaças existentes em cada área de cada um dos pilares estratégicos de intervenção e cujas
conclusões são a seguir sistematizadas.
FRAQUEZA FORÇA
• Insuficiência de pessoal de saúde • Extensas terras aráveis para agricultura;
qualificado nos Postos de Saúde; • Existência de instituições de formação de nível elementar, básico e
• Fragilidades na segurança de pessoas e bens; superior;
• Inexistência de sistemas de regadio; • Existência de vias de comunicação para o escoamento da produção para
• Insuficiência de casas agrárias; Cidade de Maputo, Manhiça, Gaza e outros pontos do país (EN1, linha
• Insuficiência de extensionistas; férrea e rio Incomati);
• Fraca capacidade de enquadramento de • Existência de Associações e Cooperativas agrícolas;
alunos que concluem a 7ª e 10ª classes; • Existência de rede eléctrica;
• Fraca capacidade de manutenção da Infra- • Existência de nascentes inexploradas;
estruturas de gestão de águas; • Existência de Conselhos Locais em todas as Localidades, Postos
• Insuficiência de Infraestruturas económicas Administrativos e Distrito;
e sociais • Existência de Centros de Alfabetização e Educação de Adultos;
• Alto índice de analfabetismo (adultos): • Uma rede do Ensino Básico abrangente;
• Fraca rede de abastecimento de água; • Existência da Escola Técnica Profissional;
• Fraca expansão de rede eléctrica; • Existência do Centro Ecuménico de Ricatla (Seminário);
• Inexistência de Infraestruturas • Existência de pequena indústria (Fábrica de pregos, remendos de pneu,
Desportivas (Campos e pavilhões); bate-chapa e pintura, fornecedor de postes de energia e para vedação,
• Desemprego. Empresa de montagem e venda de equipamento frigorífico, entre outros);
• Considerável número de quadros qualificados;
• Existência de um Centro de Recuperação Juvenil (Centro de Integração
de Marracuene);
• Existência de uma costa marítima favorável para a promoção e prática do
turismo;
• Existência de potencialidades para a prática de pesca (Oceano Índico e
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FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.
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rio Incomati);
• Existência de um Centro Cultural e de um Centro de Experimentação
Florestal;
• Existência de várias ONG’s que apoiam programas socioeconómicos e
associações agrícolas;
• Existência de espaço reservado para infra-estruturas de todo o tipo;
• Existência de uma infra-estrutura de formação na área de saúde;
• Existência de cursos de água permanentes (Rio Incomati, Rio Bobole e
Nascentes);
• Cerca de 50 km de faixa costeira do Oceano Indico (Pesca e Turismo);
• Existência de diversas infra-estruturas comerciais e industriais
abandonadas por explorar em todo o Distrito;
• Disponibilidade de mão-de-obra abundante;
• Existência do Instituto de Aperfeiçoamento Pedagógico (IAP).
AMEAÇA OPORTUNIDADES
• Focos de roubo de gado; • Abertura do Governo Distrital para cooperar e facilitar a instalação de
• Burocratização de procedimentos para o investidores nas diversas áreas;
licenciamento de actividades económicas; • Fertilidade inexplorada das margens do rio Incomati para agricultura e
• Pragas e doenças sazonais na agricultura e pecuária;
pecuária; • Disponibilidade de espaço ao longo da costa para implantação de hotéis e
• Fraca fiscalização de actividade pesqueira e centros de mergulho turístico;
florestal; • Uma costa extensa inexplorada com condições naturais para o eco
• Impacto do HIV-SIDA; turismo;
• Algumas zonas potencialmente agrícolas • Extensas áreas inabitadas com condições para a urbanização;
propensas a cheias e/ou salinização; • Existência de várias ONG’S viradas a diversas áreas;
• Precariedade das vias de acesso para • Existência de infra-estruturas inexploradas em quase todos os sectores de
escoamento da produção internamente; investimento;
• Queda irregular de chuvas; • Proximidade à Cidade de Maputo;
• Focos de conflito de terra; • Existência de um Centro de Formação Policial (de Matalana);
• Queimadas descontroladas na época da • Academia de Ciências Policiais (ACIPOL);
lavoura; • Facilidade de escoamento de produtos para os mercados da cidade de
• Abate indiscriminado de árvores Maputo, Matola, Manhiça e província de Gaza (EN1 e linha férrea);
(desertificação); • Fraca concorrência nas diversas áreas de investimento;
• Consumo excessivo de álcool e droga na • Existência de técnicos qualificados no Governo Distrital para assessorar
camada juvenil; nas diversas áreas de investimento
• Perca de valores culturais; • Parcelas de terras concessionáveis pelo Governo com base nos planos de
• Fuga ao fisco. investimento nas diversas áreas (agricultura, turismo, indústria, etc.);
• Mão-de-obra abundante.
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Referências documentais
- CENACARTA - http://www.cenacarta.com
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informativa.
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