NOTAS DE AULA
Engenheiro Civil
Especialista em Estruturas
AGOSTO DE 2016
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Metais ferrosos
O Ferro Laminado: é quase um aço com baixo teor de carbono (inferior a 0,12%),
distinguindo-se deste apenas por possuir cerca de 3% de escória (pequenas partículas
misturadas à massa do metal), que fazem com que o material apresente fibras, devido a
operação de laminação.
Possui resistência à tração que atinge o máximo de 350MPa na direção das fibras e 320MPa na
direção perpendicular as fibras e uma resistência a compressão que como o ferro fundido de
duas a quatro vezes a resistência a tração.
Atualmente, na engenharia estrutural, o único metal ferroso utilizado é o AÇO, mas com
teor de carbono limitado a 0,29%.
Os ferro fundido e laminado deixaram de ser empregados já a muitos anos devido a baixa
capacidade de resistência a tração e, no caso do ferro fundido, também por possuir baixa
ductilidade e soldabilidade. Em razão do alto teor de carbono.
Vantagens do aço
O aço é o material estrutural que possui maior relação entre resistência e peso específico, isso
torna o as estruturas de aço menores que as outras com a mesma capacidade de carga, como por
exemplo, o concreto.
Os aços estruturais são materiais que possuem elevada ductilidade (a deformação antes da
ruptura situa-se entre 15% a 25%) o que faz com que sejam resistentes a choques bruscos e, em
pontos de alta concentração de tensões, que estas se redistribuam pelo corpo.
Como o aço é um material homogêneo e praticamente isotrópico, suas características são bem
definidas. Assim consegue-se uma aproximação muito boa entre seu comportamento estrutural
definido teoricamente e o que efetivamente ocorre na prática
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Estruturas Metálicas
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Uma obra executada com estrutura de aço, caso necessário pode ser facilmente reforçada ou
ampliada.
Rapidez de execução
Como a estrutura metálica é composta de peças pré-fabricadas, a montagem pode ser executada
com maior rapidez.
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Corrosão
A corrosão é um processo espontâneo que reduz gradualmente as espessuras das chapas que
formam as seções transversais dos componentes estruturais, que pode levar a invalidez da
estrutura. Os procedimentos mais utilizados para a proteção da estrutura são a pintura e a
galvanização (recobrimento da superfície do aço por uma camada de zinco, obtido pela imersão
das peças em grandes cubas com zinco fundido a aproximadamente 450ºC). A velocidade de
corrosão, medida pela redução da espessura com o tempo, depende da agressividade do
ambiente. O processo é mais acelerado em locais com umidade relativa do ar alta, em
ambientes poluídos, como os das grandes cidades industriais, especialmente quando sujeitos a
vapores ácidos, na orla marítima, devido à presença de cloreto de sódio, e junto a piscinas, por
causa do cloro. Uma opção consiste em se usar os chamados aços resistentes a corrosão
atmosférica. Aços que, em virtude de sua composição química, apresentam velocidade de
corrosão pelo menos quatro vezes inferior à dos demais, e podem, em atmosferas menos
agressivas, ser utilizados sem proteção anti-corrosiva.
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2 - AÇOS ESTRUTURAIS
Definição
Propriedades mecânicas
Para obtenção das propriedades mecânicas dos aços estruturais, realizam-se ensaios de tração, à
temperatura ambiente, de corpos de prova cilíndricos, isentos de tensões residuais.
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Fase Elástica: Corresponde ao trecho reto que se inicia na origem e encerra-se quando o
material atinge a tensão fy, chamada de resistência ao escoamento. Nesta fase a deformação
atinge valores da ordem de 0,12% a 0,20%. O material obedece a lei de Hooke, o que significa
que as tensões () são proporcionais às deformações (). Em caso de descarregamento a
deformação desapareça totalmente.
Fase Plástica: Corresponde ao trecho do diagrama em que o material fica com tensão
constante, igual a fy, enquanto a deformação aumenta consideravelmente, atingindo valores
entre 1,4% a 2,1%( este trecho é conhecido como patamar de escoamento). Após o
descarregamento sempre haverá uma deformação residual (r).
Estricção: depois de alcançar fu, a área da seção transversal na região central do corpo de
prova começa a se reduzir rapidamente, em um fenômeno chamado de estricção, e ocorre uma
queda no valor da força de tração aplicada, até o rompimento do material (ruptura), sob
deformação da ordem de 15% a 20%, o que indica uma boa ductilidade.
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Cisalhamento
E
G
2(1 )
A resistência ao escoamento por cisalhamento, representado por fvy, obtida no diagrama, varia
entre a metade e cinco oitavos da resistência ao escoamento à tensão normal (fy). É possível, no
entanto, chegar teoricamente, usando um critério chamado de “Escoamento da Energia de
Distorção”.
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fy
f vy 0,60 fy
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No caso da tensão de ruptura fvu, o valor situa-se entorno de dois terços a três quartos da
resistência à ruptura à tensão normal (fu), porém, por simplicidade e a favor da segurança pode
ser tomado por 0,60 de fu
f vu 0,60 fu
= 7850 kg/m3
= 77kN/m3
= 12x10-6 ºC
Composição química
Os aços estruturais são materiais que possuem na composição química uma porcentagem de
ferro superior a 95%, carbono numa porcentagem máxima de 0,29%, além de elementos como
manganês, silício, fósforo, cobre, cromo, nióbio, níquel e outros em pequenas quantidades.
Classificação
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Os perfis laminados são aqueles obtidos por meio de um processo de transformação mecânica
de metais, chamado laminação. Sucintamente, a laminação consiste em modificar
continuamente, a frio ou a quente, a seção transversal de um lingote metálico, produzindo
chapas, perfis de seção aberta e barras.
Placa Chapa
Perfis de
Lingote seção aberta
Bloco
Barras
Aços Normatizados
A ABNT normatizou o aço para utilização em perfis e chapas de uso estrutural. Segue abaixo
as tabelas extraídas da NBR 8800/2008
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Tensões Residuais
Nos perfis laminados as tensões residuais normais (r) surgem por que:
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A distribuição e a intensidade das tensões residuais dependem de vários fatores, entre os quais
as dimensões da seção transversal e a velocidade do resfriamento. A figura abaixo mostra a
distribuição típica em um perfil I laminado, verifica-se que as regiões das extremidades das
mesas e do centro da alma, nas quais existe menor quantidade de material concentrado, ficam
comprimidas, e as regiões das junções entre a alma e a mesas, nas quais existe maior
quantidade de material, ficam tracionadas.
Tração(+)
compressão(-) (-)
Em uma barra com tensões normais residuais, o escoamento se inicia a uma tensão p inferior à
resistência ao escoamento fy obtida no ensaio de um corpo de prova sem tensões residuais.
Esta tensão p é a tensão normal causada pela força externa que, somada ao máximo valor da
tensão normal residual (r), fornece uma tensão igual à resistência ao escoamento do aço (fy), o
seja:
σ p f y σr
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A máxima tensão normal residual (r) na maioria dos perfis é de compressão, se situa entre
70MPa e 140MPa e é pouco influenciada pelo valor da resistência ao escoamento do aço(fy)
A máxima tensão residual de cisalhamento (r), na maioria dos perfis usuais, apresenta valores
reduzidos, situados entre 20MPa e 40MPa, e dificilmente superiores a 20% da resistência ao
escoamento por cisalhamento do aço (fvy), de maneira similar o escoamento por cisalhamento
se inicia a uma tensão p igual a diferença entre a resistência ao escoamento por cisalhamento
fvy e a máxima tensão residual de cisalhamento:
p f vy r
A NBR 8800/2008 define de forma aproximada a tensão residual como sendo 30% da tensão de
escoamento fy, logo:
r 0,3 f y
Ações
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PERMANENTES (g)
VARIÁVEIS (q)
Ações Permanentes
São ações praticamente invariáveis ao longo da vida útil da estrutura, podendo ser diretas ou
indiretas.
Diretas:
Peso próprio da estrutura e de todos os componentes que compõem a construção. Ex: Piso,
paredes permanentes, instalações, empuxo de terra ou água etc.
Indiretas:
Ações Variáveis
São ações que variam com o tempo, assumindo valores significativos durante uma fração
importante da vida útil da estrutura. São ações variáveis aquelas decorrentes do uso e ocupação
da edificação.
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Estruturas Metálicas
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Os valores das ações fornecidos por norma são os chamados valores característicos. Para ações
permanentes o valor característico é o valor médio. Para ações variáveis o valor característico é
aquele que tem de 25% a 35% de probabilidade de ser ultrapassado durante um período de 50
anos.
máxima
máximo sobrecarga
vento
Para se chegar ao valor do efeito máximo da combinação aplica-se a regra de Turkstra, que
estabelece que o máximo efeito de uma combinação de ações se dará no instante em que uma
das ações variáveis atingir seu valor máximo.
“Na prática o colapso frequentemente se dará no instante em que uma das ações variáveis
estiver em seu valor máximo.”
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Estruturas Metálicas
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ELU Estados limites últimos são aqueles relacionados com a segurança. A ocorrência deste
estado-limite significa sempre o colapso estrutural.
gi
i 1 j 2
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Rk
Rd
a
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2 j FQj ,k
m n
F
i 1
Gi , k
j 2
1 FQj ,k 2 j FQj ,k
m n
F
i 1
Gi , k
j 2
FQj ,k 1 j FQj ,k
m n
F
i 1
Gi , k
j 2
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Condições Especiais
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Estruturas Metálicas
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= +
Condição Especial
Vibrações em Pisos
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Estruturas Metálicas
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Outro estado limite que deve ser verificado, em situação de serviço, é o estado limite de
vibrações excessivas. Edifícios comerciais e residenciais devem ser projetados para que a
vibração produzida pelas atividades humanas em um andar não perturbe as pessoas nos andares
inferiores. A simples batida do calcanhar das pessoas no memento que estão caminhando pode
produzir vibrações indesejáveis. As vibrações podem ser causadas por máquinas ou por
atividades humanas (academias de dança, ginástica, etc). Toda estrutura ou sistemas estruturais
possuem uma frequência natural, chamada de frequência natural fundamental. A frequência
natural de uma estrutura está intimamente ligada a sua massa e sua rigidez. Calcular a
frequência natural de um sistema com apenas um grau de liberdade teoricamente é fácil, porém,
as estruturas de edificações, galpões, pontes e etc, são extremamente complexas e possuem
inúmeros graus de liberdade. No caso específico de pisos apoiados em vigas de aço, podemos
utilizar um método proposto por Murray, que consiste em determinar de forma aproximada a
frequência natural de um sistema de vigas através da rigidez da viga mista que compõem o
sistema.
Se considerarmos um piso de concreto apoiado em um sistema de vigas de aço as vibrações
produzidas pelas atividades humanas podem ocorrer dentro de dois limites:
As vibrações chamadas transientes são as mais comuns em edificações. Estas vibrações são
produzidas normalmente pelo caminhar das pessoas. Possuem um pico de amplitude no
momento que o calcanhar atinge o piso e são amortecidas pelo fator de amortecimento da
estrutura (Damping) ao longo do tempo. O Damping é o parâmetro mais importante para
prevenir vibrações em pisos. Neste curso utilizaremos um critério utilizado no manual do
AISC, para calcular o fator de amortecimento da estrutura, que deve ser maior que o previsto
para as atividades do edifício.
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Estruturas Metálicas
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I ef I a 1 I tr I a
Onde:
Ia é o momento de inércia do perfil
1 é um coeficiente que depende da interação entre o concreto e o aço, que varia de 0,4 a 1
neste curso trabalharemos com o limite mínimo 0,4;
Itr é o momento de inércia da seção transformada ( homogeneizada), deve ser calculada, porém
neste curso, por simplificação, trabalharemos com Itr = 2Ia
Sedo assim:
I ef I a 0,4 2I a I a 1,63I a
g E Ief
f k , Hz
Ptot L3
Onde:
f é a frequência natural fundamental do piso em Hz
Ief é o momento de inércia da seção mista (aço + laje colaborante de concreto) em cm4
Ptot carga total suportada pela viga + 20% da sobrecarga em kN
L é o vão da viga em cm
E é o módulo de elasticidade do aço em kN/cm2
g é a aceleração da gravidade igual a 980,665cm/s2
K constante que vale 1,57 para vigas bi-apoiadas e 0,56 para vigas em balanço.
1 1 1
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Estruturas Metálicas fs 2 fb2 fg 2
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Onde:
fs é a frequência do sistema de vigas;
fb é a frequência da viga secundária;
fg é a frequência da viga principal;
2,72 L3
Aot 0,17 f 0 ,85
48 E Ief
6º Estimar o número de vigas secundárias efetivas (Nef), para viga principal considerar Nef = 1
Para lajes suportadas por 5 ou mais vigas paralelas igualmente espaçadas, o número de vigas
consideradas efetivas é:
S 8 L4
Nef 2 ,967 0 ,058 2 ,556 10 1
tc I ef
Onde:
S é a distancia entre vigas em cm
tc é a espessura da laje de concreto em cm
Para todos os demais casos Nef é igual a 1
***
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4 - ANÁLISE ESTRUTURAL
Efeito P (P-delta)
Neste caso a reação nos pilares é a somatória das cargas aplicadas e o momento fletor é igual a
força F multiplicada pela distância h.
Neste caso a reação nos pilares é a somatória das cargas aplicadas, porém, o momento fletor
não mais é igual a força F multiplicada pela distância h, há um novo componente que amplifica
o valor do momento fletor, este componente é o P.
Efeito P(P-deltinha)
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Estruturas Metálicas
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Os efeitos das imperfeições geométricas devem ser considerados para prever possíveis
desaprumos de montagem da estrutura. Deve ser levado em conta na análise estrutural, supondo
que, em cada andar há um deslocamento horizontal relativo entre os níveis inferiores e
superiores de h/333, onde h é a altura do andar.
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Estruturas Metálicas
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Em cada andar da estrutura analisada, o momento fletor e a força axial solicitante de cálculo
são dados por:
Momento
M sd B1M nt B2 M lt
Força Normal
N sd Nnt B2 Nlt
Coeficiente B1
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Estruturas Metálicas
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Cm
B1 1,0
N sd1
1
Onde: Ne
M1
Cm 0,60 0,40
M2
M1/M2 é a relação entre o menor e o maior dos momentos fletores solicitantes de cálculo na
estrutura NT no plano de flexão, nas extremidades apoiadas da barra, tomada como positiva
quando os momentos provocarem curvatura reversa e negativa quando provocarem curvatura
simples.
M1
0 M1
0
M2 M2
Ne é a força axial que provoca a flambagem elástica por flexão da barra no plano de atuação do
momento fletor, calculada com o comprimento real L da barra:
2 EI
Ne
L2
Nsd1 é a força axial de compressão solicitante de cálculo na barra considerada, em análise de 1º
ordem
Coeficiente B2
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Estruturas Metálicas
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1
B2
1 h N sd
1
Rs h H sd
Onde:
Nsd é a carga gravitacional total que atua no andar considerado, englobando as cargas
atuantes nas subestruturas de contraventamento e nos elementos que não pertençam a essas
subestruturas.
h é o deslocamento horizontal relativo entre os níveis superior e inferior (deslocamento
interpavimento) do andar considerado, obtido da análise de 1º ordem, na estrutura LT. Se o
valor de h for diferente em um mesmo andar, deve-se tomar um valor ponderado entre eles,
ou assumir o maior valor de forma conservadora).
Hsd é a força cortante no andar, produzidas pelas forças horizontais de cálculo atuantes,
usadas na determinação de h.
Rs é um coeficiente de ajuste, igual a 0,85 nas estruturas onde todas as subestruturas de
contraventamento são pórticos rígidos, e igual a 1,0 para demais estruturas.
h é a altura do andar.
Nota: A força cortante solicitante de cálculo praticamente não sofre influencia dos efeitos
de segunda ordem, razão pela qual seu valor pode ser tomado igual à da análise elástica
de 1º ordem, ou seja, os mesmos valores da estrutura original.
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Estruturas Metálicas
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A classificação da estrutura deve ser feita considerando o maior valor de carregamento vertical
(gravitacional).
A NBR-8800/2008 recomenda que para levar em conta as imperfeições de material que existem
nos perfis metálicos o módulo de elasticidade do aço deve ser reduzido em 20% nas análises
elásticas de segunda ordem, ou seja, utilizar E = 160GPa ( 16.000kN/cm2).
***
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Estruturas Metálicas
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5 - BARRAS TRACIONADAS
Barras tracionadas são aquelas solicitadas exclusivamente por força axial de tração. As barras
tracionadas são comumente encontradas em:
Tirantes;
Tesouras;
Penduraia;
Contraventamentos;
Pilares treliçados;
Torres de Transmissão de Energia;
Etc.
Para que o estado limite não ocorra, deve ser atendida a condição:
Ag fy
N t , Sd N t , Rd
a1
Onde:
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Estruturas Metálicas
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Para que o estado limite não ocorra, deve ser atendida a condição:
Ae fu
N t , Sd N t , Rd
a2
Onde:
Linhas de ruptura é o percurso que passa por um conjunto de furos em uma ligação parafusada,
segundo o qual se romperá uma peça tracionada.
Na Chapa 1 mostrada na figura (a) abaixo, em que a furação obedece um “padrão uniforme”, é
evidente que a linha ruptura será A-B-C-D
Na chapa abaixo linha de ruptura não necessariamente passará pelos pontos A-B-C-D, neste
caso deverá ser feita uma análise mais detalhada das linhas de ruptura.
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Estruturas Metálicas
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Processo empírico para determinação das linhas de ruptura de uma chapa com furação não
uniforme:
n
si2
bn bg d h
i l 4 g i
Onde:
Si = Espaçamento entre dois furos do segmento diagonal, na direção paralela à linha de atuação
da força de tração.
“A linha de ruptura que apresentar a menor largura líquida deve ser adotada”
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Estruturas Metálicas
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Na prática, para ligações usuais, somente precisam ser levadas em consideração as linhas de
ruptura submetidas ao valor máximo da força axial atuante (N), e somente as linhas de ruptura
que passam pelos dois furos negritados na figura abaixo atendem a esta condição.
No exemplo acima, uma linha de ruptura E-F-G-H estaria submetida à uma força de (N-2N/7),
uma vez que os parafusos em B e C, situados a sua frente , já transferiram a força 2N/7 para
chapa 2. Este procedimento baseia-se na hipótese simplificada de que todos os parafusos
submetidos a cisalhamento de uma ligação trabalham igualmente (no caso acima, cada parafuso
transmite da Chapa 1 para Chapa 2 uma força de N/7)
Na maioria das vezes são utilizados os chamados furos padrão, que possuem diâmetro nominal
(dh) 1,5mm maior que o diâmetro do parafuso (db) empregado.
É comum ocorrer danos no metal nas bordas dos furos, quando estes são feitos por punção, tal
fato deve ser considerado no cálculo da largura líquida, adicionando-se mais 2mm no diâmetro
nominal dos furos
Em síntese, se um furo for feito por punção, deve-se tomar o diâmetro do furo igual ao
diâmetro do parafuso mais 3,5mm (caso se garanta que o furo seja feito por broca, o diâmetro
do furo poderá ser tomado igual ao diâmetro do parafuso mais 1,5mm)
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Estruturas Metálicas
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A área da seção transversal reduzida pela presença de furos é denominada área líquida e
representada por An .
Nas chapas, a área líquida é obtida efetuando-se o produto da largura líquida bn pela espessura
t:
An bn t
As cantoneiras podem ser rebatidas segundo o eixo médio, e tratadas como chapas para
obtenção da largura líquida e da área líquida, conforme ilustra a figura abaixo:
Notar que na passagem do eixo médio de uma aba para outra, perde-se uma espessura.
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Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Caso Geral
Em um perfil qualquer, quando a linha de ruptura tem todos os seus segmentos na seção
transversal, a área líquida pode ser obtida subtraindo-se da área bruta Ag a área dos furos.
An Ag 4(d h t f ) 2(d h t w )
An Ag 2(d h t )
Perfis com Ligação Soldada: Qualquer peça estrutural ligada apenas por meio de solda, não
sofre redução de área em função da presença de furos, e, portanto terá área líquida igual à área
bruta.
Um perfil tracionado, conectado por meio de parafusos ou solda, por apenas alguns dos
elementos componentes da seção transversal, fica submetido a uma distribuição de tensões não
uniforme na região da ligação. Isso ocorre porque o esforço tem que passar pelos elementos
conectados, que ficam submetidos a uma tensão maior que a de parte dos elementos não
conectados (elementos soltos).
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Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
A figura abaixo mostra o comportamento de uma cantoneira ligada a uma chapa por meio de
parafusos por apenas uma das abas; o fluxo de forças apresenta um afunilamento junto à
ligação, se concentrando mais no elemento conectado e nas partes próximas ao mesmo.
< fy
Nt,Sd
= fy
Seção AA
A seção AA fica submetida a uma tensão não uniforme, e em razão disto, apenas parte da
mesma, cuja área é chamada de área líquida efetiva e representada por Ae, alcança em um
mesmo instante a resistência a ruptura. Tudo se passa como se apenas uma parte da seção
transversal (de área igual a Ae) trabalhasse de fato á tração, com a parte restante sendo
desprezada
Ae = Ct x An
Diversos ensaios foram feitos para determinação da área líquida efetiva, que permitiram que se
chegasse aos valores do coeficiente Ct . A norma não permite ligações com Ct ≤0,60
ec
Ct 1 0,90
lc
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Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Onde:
ec = excentricidade da ligação;
lc = Comprimento da ligação.
Excentricidade da ligação: é a distância do centro geométrico, G, ao plano de cisalhamento da
ligação (em perfis com um plano de simetria, a ligação deve ser simétrica em relação a este
plano e consideram-se duas barras separadas e simétricas, cada uma correspondente a um plano
de cisalhamento da ligação, duas seções T no caso de perfis I ou H ligados pelas mesas.
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Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Casos Especiais de Ct
Quando a força de tração for transmitida somente por soldas transversais em alguns, mas não
todos, os elementos da seção transversal.
Ac
Ct
Onde: Ag
O Ct será igual 1 Quando a força de tração for transmitida diretamente por cada um dos
elementos da seção transversal da barra, por solda ou parafusos (situação em que não existe
elementos não conectados)
Quando a força de tração for transmitida por meio de uma chapa de ligação concêntrica ou por
chapas de ligação em dois lados opostos da seção, desde que o comprimento da ligação não
seja inferior a dimensão da seção na direção paralela à(s) chapa(s) de ligação.
d 2 2db d2
ec ec
4d b 4d b
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Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
ec
Ct 1 0,90
lc
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Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Quando a força de tração for transmitida por meio de uma chapa de ligação concêntrica.
A) Se o comprimento da ligação for superior ou igual ao diâmetro externo do tubo e menor que
1,30 vezes esse diâmetro:
ec
Ct 1 0,90 D
lc ec
B) Se o comprimento da ligação for superior ou igual a 1,30 vezes esse diâmetro externo do
tubo
Ct =1,0:
Índice de esbeltez
Recomenda-se que a esbeltez das barras tracionadas, tomada como a maior relação entre o
comprimento destravado e o raio de giração correspondente (L/r), não supere 300, isso evitará
que::
Vibração de grande intensidade nas barras quando atuarem ações variáveis (vento,
equipamentos).
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Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Barras compostas
É usual se projetar barras compostas constituídas principalmente por duas cantoneiras ou dois
perfis U, em que a ligação entre os perfis é feita por meio de chapas espaçadoras, soldadas ou
parafusadas a esses perfis. Nesse caso, para se assegurar um comportamento conjunto dos
perfis que constituem a barra composta, a distância máxima (L) entre duas chapas espaçadoras
adjacentes deve ser tal que:
L/rmin ≤ 300
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Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
É comum o emprego de barras redondas com extremidades rosqueadas, com ligação feita por
porca e arruela, principalmente como tirantes de terças travessas de tapamento e como peças de
contraventamento.
O dimensionamento das barras redondas é similar ao das demais barras tracionadas, devendo
ser verificados os mesmos estados limites últimos.
d b 2 d b 2
fy fy
4 4
N t ,Sd N t , Rd N t ,Sd N t , Rd 0,75
a1 a2
As barras redondas rosqueadas não precisam atender limitações relacionadas à esbeltez, pelo
fato de possuírem rigidez muito reduzida, insuficiente para fazer vibrar as estruturas as quais
pertencem. As barras devem ser montadas sempre com pré-tensão de tração, proporcionada por
aperto forçado da porca, fazendo com que fiquem com eixo praticamente reto e que sejam
pouco suscetíveis a vibrações.
Como exigência adicional, nas barras rosqueadas redondas as porcas devem ser do mesmo
material das barras.
Efeitos Adicionais
Muitas vezes, a força de tração introduzida por uma ligação não é centrada, resultando numa
flexão adicional, atribuindo a barra uma solicitação chamada de flexo-tração. No entanto em
barras de baixa rigidez à flexão, como é o caso de cantoneiras e de perfis U laminados e de
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Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
seção transversal reduzida, e em ligações de pequena excentricidade (Ct > 0,60), esta flexão
pode ser desprezada.
Outro caso de flexão de barras tracionadas é o fato de peso próprio de barras fora da posição
vertical, proporcionarem momento nas peças, porém, na maioria dos casos usuais,
especialmente quando a projeção horizontal do comprimento da barra é pequena, este fator
***
47
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
6 - BARRAS COMPRIMIDAS
Barras comprimidas são aquelas solicitadas exclusivamente por força axial de compressão.
Encontramos tais barras fazendo parte de treliças ou como pilares, nos quais as vigas se ligam
por meio de rótulas, ou ainda como pilares internos de pórticos, onde os momentos
provenientes das vigas se anulam, e também em barras de alguns tipos de contraventamentos.
48
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Quando a força axial de compressão em uma barra de eixo perfeitamente reto atinge um
determinado valor, a barra se torna subitamente encurvada, em um fenômeno conhecido como
instabilidade (ou flambagem) por flexão, a partir do qual a barra praticamente não consegue
mais suportar acréscimos da força. se a barra for birrotulada, de comprimento L, a força de
compressão de valor constante e de direção invariável que causa a instabilidade em regime
elástico é igual a:
2 EI
Ne
L2
A equação anterior foi deduzida para uma barra comprimida birrotulada, que pode ser
classificada como um Elemento Isolado, porém, para outros tipos de condições de contorno a
expressão sofre pequenas alterações e são dados na tabela abaixo:
49
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Se a força axial varia ao longo do comprimento da barra, tem-se uma carga de flambagem
elástica maior que quando essa força é constante, e o coeficiente de flambagem, como
consequência, torna-se menor.
1 0,93 o
N
1 0,88 o
N
1 2,18 o No
N
N1 K 0,75 0,25 N K N1
K N1 K 1
1,88 4,568
0,721
50
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Em regime elástico a tensão de flambagem, representada por fl, pode ser obtida pelo quociente
entre a carga de flambagem elástica Ne, e a área bruta da barra, Ag.
Ne 2 EI
fl fl
Ag KL
2
Ag
2E
Como I/Ag = r2, onde r é o raio de giração da seção transversal da barra, vem: fl r2
KL
2
2E
Como KL/r, é o índice de esbeltez da barra, que pode ser representado por , escreve-se: fl 2
Esta equação é conhecida como hipérbole de Euler, só é válida em regime elástico, ou seja, se:
2E
fl 2 p
Considera-se p igual à diferença entre a tensão de escoamento do aço e a máxima tensão
residual de compressão o que dá aproximadamente 0,44fy
2E 2E 2,27 2 E
0,44 fy 2 ou
0,44 fy fy
Isso significa que se o índice de esbeltez da barra comprimida for menor ou igual a 2,27 2 E fy
51
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Multiplicando-se a tensão de flambagem fl nos regimes elástico e inelástico pela área da seção
transversal Ag, pode-se obter a curva da força axial de flambagem (Nfl) em função do índice de
esbeltez. A curva da tensão de flambagem por flexão em função do índice de esbeltez é:
52
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Coeficiente adimensional
N fl
Ag fy
Q Ag fy
0
Ne
Sendo Ne a menor carga axial suportada pelo perfil entre os três eixos da seção Nex e Ney e Nez
A força Axial de Compressão Resistente Nominal para instabilidade global é dada por:
N c, RK , global Ag fy
53
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
A força axial de flambagem elástica, Ne, de uma barra com seção transversal duplamente
simétrica ou simétrica em relação a um ponto é dada por:
A) Para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia x da seção transversal
2 EI x
N ex
K x Lx 2
B) Para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia y da seção transversal:
2 EI y
N ey
K L
y y
2
1 2 ECw
N ez 2 GJ
r0 k z Lz 2
Onde:
54
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
N eyz
N ey N ez
4 N ey N ez 1 y0 / r0
2
1
2 1 y0 / r0
2
N ey N ez 2
55
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
kL
200
r
Flambagem Local
56
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Os elementos que fazem parte das seções transversais usuais, exceto as seções tubulares
circulares, para efeito de flambagem local, são classificados em AA (duas bordas longitudinais
vinculadas) e AL (apenas uma borda longitudinal vinculada).
A verificação da instabilidade dos elementos do perfil é feita pela esbeltez destes elementos. A
relação b/t, onde b é o comprimento do elemento e t a espessura da chapa que forma o
elemento, fornece um índice, chamado de que é o índice de esbeltez da placa. A tabela F1 da
NBR 8800 fornece os valores de (b/t)limite para esbeltez do elemento, valor que se for
ultrapassado confere a placa uma possibilidade de flambagem local.
57
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Deve ser adotado como limite inferior e superior de kc, 0,35 e 0,75 respectivamente ( ver tabela
F2 – PG 70).
58
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Caso b/t ultrapasse o valor de (b/t)limite, deverá ser calculado o fator de redução total em função
da flambagem local (Q)
Q Qa Qs
Sendo Qa o fator de redução devido à flambagem local aplicado aos elementos AA e Qs aos
elementos AL.
Eementos AA
59
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Este método baseia-se na substituição do valor de b por um valor bef submetido a uma tensão
que representa a média da tensão não uniforme. Para possibilitar o cálculo preciso da largura
efetiva utiliza-se a fórmula empírica:
E Ca E
bef 1,92 t 1 b
fy b t fy
Onde Ca é um coeficiente que vale 0,38 para mesas ou almas de seções tubulares retangulares e
0,34 para os demais perfis.
Aef
Qa
Ag
60
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Elementos AL
Esta deformação redistribui as tensões de forma não mais uniforme fazendo com que as tensões
sejam maiores junto à parte engastata da placa e menores junto às bordas livres (figura D).
med
Qs
fy
61
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
O colapso irá ocorrer quando a tensão média fl(média) região próxima aos apoios atingir fy, ou
por flambagem do elemento conforme gráfico abaixo:
Tabela F2 – Valores de Qs
Qs
Grupo 3 0,52 E
E E 1 b fy
tabela F1 0,45 0,91 1,34 0,76 b
2
fy fy t E fy
t
E 0,69 E
Grupo 4 E 1,03 b fy
0,56 fy 1 1,415 0,74 b
2
tabela F1 fy t E fy
t
62
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Q Ag fy
N c , Rd
a1
Sendo: Q Qa Qs
Se uma seção transversal possuir dois ou mais elementos não enrijecidos com fatores Qs
diferentes, deve-se adotar o menor deles.
Nestas seções também, podem ocorrem a flambagem das paredes. Nestes casos o fator de
redução Q é dado pelas seguintes formulas:
D E
para 0,11 Q 1,00
t fy
E D E 0,0379 E 2
para 0,11 0,45 Q
fy t fy D fy 3
t
Onde D é o diâmetro externo da seção e t é a espessura da parede.
63
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
7 - BARRAS FLETIDAS
São consideradas barras fletidas aquelas submetidas a um carregamento que produza na barra
esforços de flexão, um exemplo clássico de barras fletidas são as vigas, terças, cumeeiras de
telhados e etc. No dimensionamento destes elementos deve ser verificado o ELU relacionado
ao momento fletor e a força cortante.
A Flexão Pura ocorre quando um elemento prismático está sujeito a dois momentos fletores
iguais e opostos atuando no mesmo plano longitudinal.
Se fizermos um corte e observarmos a seção veremos que para garantir o equilíbrio da seção a
somatória de momentos na seção deve ser iguala a zero. Então se integrarmos todas as forças
aplicadas em cada elementos infinitesimal de área dA multiplicada pela distância em relação ao
eixo Z, encontramos o momento fletor resistente da seção:
64
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
O valor de x pode ser encontrado pela teoria da elasticidade, considerando que a seção está
sendo solicitada dentro do regime elástico temos:
x y E x y y
Como c se multiplicarmos os dois termos da equação por E temos: c E E x c E m
m m
y
Sabemos que em regime elástico:
E m
então: x c
y x dA M
2
y dA É o momento de inércia ( I ) da seção transversal em relação a um eixo que
passa pelo centro geométrico da seção, daí temos que:
m I
I M M m
c c
Como a relação I/c depende apenas da geometria da seção transversal, essa relação é chamada
de Módulo de Resistência Elástico da Seção e é representada pela letra W.
65
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
I M
W M W m m
c W
Para uma viga de seção retangular, ou uma chapa fletida em torno do eixo de maior inércia:
bh 2
W Sendo h a altura da viga ou espessura da chapa e b a largura.
6
Desde que a tensão normal x não exceda a tensão de escoamento fy, aplica-se a lei de Hooke, e
a distribuição de tensões através da seção é linear. O valor do momento em função da tensão
máxima é: I
M m
c
À medida que se aumenta o momento fletor m eventualmente atinge o valor de fy,
substituindo o valor na equação, obtém-se Mr :
I
Mr fy
c
Mr é chamado de momento fletor correspondente ao início do escoamento, ou momento
elástico máximo ( maior momento para o qual a seção permanece em seu regime elástico)
À medida que o momento fletor aumenta ainda mais, desenvolve-se zonas plásticas na barra,
com as tensões uniformemente iguais a –fy na zona superior e +fy na zona inferior . Entre as
zonas plásticas e elásticas mantém o núcleo, no qual a tensão x varia linearmente com y.
fy
x y 66
yE
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
A medida em que M aumenta, as zonas plásticas expandem-se até que, no limite quando
M=Mpl, a deformação é totalmente plástica.
O valor de momento fletor que corresponde à deformação plástica total da seção transversal é
chamado Momento Plástico.
Para uma viga de seção retangular, Mpl será sempre igual 1,5Mr , para demais seções deve-se
considerar a relação Mpl/Mr.
A relação MPl/fy obtida dividindo –se o momento plástico de uma barra pela tensão de
escoamento de seu material é chamada de Módulo de Resistência Plástica da Seção Z , logo :
M Pl Zfy
Para uma viga de seção retangular, ou uma chapa fletida em torno do eixo de maior inércia:
bh 2
Z Sendo h a altura da viga ou espessura da chapa e b a largura.
4
Perfil I duplamente simétrico fletidos em relação aos eixos principais (X, Y).
Perfil U fletidos em relação aos eixos principais (X, Y).
Perfil caixão ou tubulares retangulares duplamente simétricos fletidos em relação aos eixos
principais (X, Y).
Perfil Tubular fletidos em relação ao eixo central de inércia.
67
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
O momento fletor resistente nominal para o estado-limite de flambagem local das barras
submetidas à flexão dependem do parâmetro de esbeltas ( = b/t) dos elementos componentes
da seção transversal:
Segue abaixo a tabela G1 da NBR 8800 que define os valores limites que devem ser
considerados para o dimensionamento de uma seção submetida a um momento fletor.
68
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
69
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
3) Nas seções U o estado-limite FLA aplica-se só à alma, quando comprimida pelo momento
fletor. Para seção U, o estado-limite FLM aplica-se somente quando a extremidade livre das
mesas for comprimida pelo momento fletor.
70
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
4) Wef é o módulo de resistência mínimo elástico, relativo ao eixo de flexão, para uma seção
que tem uma mesa comprimida (ou alma comprimida no caso de perfil U fletido em relação ao
eixo de menor inércia) de largura igual a bef, dada por F.3.2, com σ igual a fy. Em alma
comprimida de seção U fletida em relação ao eixo de menor momento de inércia, b = h, t = t w
e bef = hef .
5) A tensão residual de compressão nas mesas, σr, deve ser tomada igual a 30 % da resistência
ao escoamento o aço utilizado.
0,69 E E
6) Para perfis laminados: M rc Wc , r 0,83
2 fy r
0,90 Ekc E
Para perfis Soldados: M rc Wc , r 0,95
2
fy r / kc
Com kc conforme tabela F2
8) b/t é a relação entre largura e espessura aplicável à mesa do perfil; no caso de seções I e H
com um eixo de simetria, b/t refere-se à mesa comprimida (para mesas de seções I e H, b é a
metade da largura total, para mesas de seções U, a largura total, para seções tubulares
retangulares, a largura da parte plana e para perfis caixão, a distância livre entre almas).
9) Para essas seções citadas acima, devem ser obedecidas as seguintes limitações:
a) 19 y 9
I yc
Com y
I yt
b) a soma das áreas da menor mesa e da alma deve ser superior à área da maior mesa.
E
p 3,76
fy
10) Para seções caixão:
E
p 2,42 71
Estruturas Metálicas fy
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Considerando uma barra fletida em relação ao eixo de maior inércia, conforme figura acima.
Observa-se que toda parte mais escura situada acima da linha neutra (na região onde o
momento é máximo) está sendo comprimida, em particular a mesa. Deve-se então verificar
parâmetro de esbeltez da mesa comprimida e compará-lo com o parâmetro de esbeltez
p
correspondente ao início da plastificação
b
Sendo:
t
E
p 0,38
fy
Se esta premissa for atendida, a plastificação da mesa irá ocorrer antes da flambagem, podendo,
então definir o momento resistente MRk igual ao momento de plastificação MPl.
M Rk M pl
72
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Caso o valor de for maior que p deverá ser calculado o parâmetro de esbeltez
correspondente ao início do escoamento (r) que para o caso de perfis I laminados, duplamente
simétricos e fletidos em relação ao eixo de maior inércia é dado por:
E
r 0,83
fy r
Assim o valor do momento resistente nominal deverá ser igual a:
p
M Rk M pl M pl M r
r p
Sendo Mr dado pela fórmula:
M r fy r W
Caso o parâmetro seja maior que r o momento resistente nominal MRk deve ser igual ao
momento critico Mcr.
M Rk M cr
0,69 E
Sendo Mcr para o perfil em questão: M cr Wc
2
Sendo Wc o módulo de resistência a flexão relacionado a fibra mais comprimida do perfil.
Considerando a mesma barra fletida em relação ao eixo de maior inércia, da figura do exemplo
anterior. Observa-se que toda parte da alma situada acima da linha neutra da seção está sendo
comprimida. Deve-se então verificar parâmetro de esbeltez da alma comprimida e compará-lo
com o parâmetro de esbeltez correspondente ao início da plastificação
p
h
Sendo:
tw
E
p 3,76
fy
73
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Se esta premissa for atendida, a plastificação da alma irá ocorrer antes da flambagem, podendo,
então definir o momento resistente MRk igual ao momento de plastificação MPl.
M Rk M pl
Caso o valor de for maior que p deverá ser calculado o parâmetro de esbeltez
correspondente ao início do escoamento (r) que para o caso de perfis I laminados duplamente
simétricos fletidos em relação ao eixo de maior inércia é dado por:
E
r 5,70
fy
p
Momento Fletor Resistente nominal é dado por: M Rk M pl M pl M r
r p
Caso o parâmetro seja maior que r o momento resistente nominal deverá ser calculado para
uma viga de alma esbelta, porém, neste curso não trataremos deste tipo de viga.
Esta flambagem está relacionada à estabilidade da barra como um todo. Perfis fletidos em torno
do eixo de maior inércia tendem a sofrer uma translação lateral (torção) em função da
instabilidade da parte comprimida ligada a outra estável (tracionada). Este fenômeno é
conhecido como FLT. Seções tubulares, ou quadradas ou mesmo as demais seções fletidas em
torno do eixo de menor inércia não sofrem este fenômeno.
74
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
A ocorrência da FLT reduz muito o momento resistente nominal da seção, portanto, deve-se
cuidar para que o comprimento destravado da viga, denominado Lb, seja tal que o parâmetro de
esbeltez () seja menor que p:
E
p 1,76
fy
Lb Lb E E
Sendo: então, 1,76 Lb ry 1,76
ry ry fy fy
A simples intercepção de uma viga por outra não significa necessariamente que, a seção está
contida lateralmente. Se apenas as seções de apoio são contidas lateralmente, o comprimento
destravado é igual ao vão teórico da viga (L). Se a contenção lateral é contínua, nos casos em
que há uma laje de concreto ligada à viga por meio de conectores de cisalhamento, “stub bolt”,
o comprimento destravado é nulo e a FLT deve ser desconsiderada. Nestes casos diz-se que a
laje cria um diafragma rígido sobre as vigas.
Nos casos em que não é possível manter o comprimento destravado para evitar a FLT deverá
ser calculado o momento resistente à FLT Mcr.
Para vigas em perfis duplamente simétrico a FLT ocorre em regime elástico e o momento que
causa a perda da estabilidade lateral é dado pela equação:
Cb 2 EI y Cw JL2
M cr 1 0,039 b
L2b Iy Cw
75
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
O coeficiente Cb varia em função do diagrama de momento fletor na viga, podendo ser igual a 1
para vigas bi-apoiadas com carregamento distribuído e chegando ao máximo de 3 para vigas
hiperestáticas com distribuição de momentos nos apoios.
12,5M max
Cb 3,0
2,5M max 3M A 4M B 3M C
1
fy r W
EJ
Momento Resistente de Cálculo Msd
O valor do Momento Fletor Resistente Nominal MRk é o menor momento resistente encontrado
nos três casos FLA, FLM e FLT. Para o dimensionamento aos estados limites últimos, ELU,
deve ser atendida a seguinte condição:
M Sd M Rd
M Rk
Sendo: M Rd
a1
76
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Para as seções tubulares circulares pode ocorrer em ELU a flambagem das paredes, e para este
estado o momento fletor resistente nominal é dado por:
para p : M Rk M pl
0,021E
para p r : M Rk fy W
D
t
para r : M Rk M cr
Limitação Adicional
Para garantir a validade da análise estrutural elástica o momento fletor resistente nominal MRk,
não pode ser superior a 1,5Wfy.
77
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
78
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Para subdividir adequadamente a alma em painéis, os enrijecedores devem possuir uma rigidez
mínima para não perderem a estabilidade junto com a alma. Assim a relação bs/ts, esbeltez da
placa do enrijecedor deve atender à seguinte condição:
bs E
0,56
ts fy
t 2b t 2,5
3
I st s s w j 2
2 0,5
Onde:
12 a h
Para uma viga em perfil I, fletida em relação ao eixo de maior inércia, a força cortante
resistente nominal, chamada força cortante de flambagem elástica é dada por:
0,90kv EAw
Vcr Vr
2
Onde:
79
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
2
5,0 para almas sem enrijecedo res, para a 3 , ou para a 260
h h h
kv tw
5,0
5,0 , para os outros casos
a h 2
kv E
r 1,37
fy
Caso o valor de não supere r o colapso pode ocorrer por flambagem em regime
elastoplástico, neste caso a o valor do parâmetro de esbeltez para que não ocorra flambagem
por cisalhamento é o p, logo:
kv E
p 1,10
fy
Portanto se for inferior ou igual a p, o colapso ocorre por escoamento (cisalhamento da
alma) sob uma força cortante resistente nominal igual a Vpl.
V pl Aw f vy V pl 0,6 Aw fy
80
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
p
para p r : VRk V pl
p
2
VSd VRd
VRk
Sendo: VRd
a1
Seções Tubulares Circulares
Para as seções tubulares circulares fletidas em relação a um eixo central de inércia, a força
cortante resistente nominal, VRk, é igual a:
VRk 0,5 cr Ag
Onde:
1,6 E
cr 1, 25
0,6 fy cr
0,78 E
0,6 fy
Lv D
1, 5
D
D td td
Onde:
td é a espessura de cálculo da seção ( 0,93t para tubos com costura e t para tubos sem costura)
81
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Sempre que houver forças localizadas na alma, por simplicidade, e a favor da segurança,
devemos utilizar enrijecedores localizados abaixo do ponto carregado.
t f
1 1
bs t w b f ts 3
2 3 bs
15
82
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
t s bs 3 bs t w t w t w
2 3
I s 2 t s bs
12 2 2 12
Admite-se a execução de aberturas circulares e sem reforço nas almas de vigas de aço
biapoiadas, prismáticas, com seção em forma de I simétrica em relação ao eixo de menor
inércia, fletidas em relação ao eixo de maior momento de inércia, cujas almas possuam relação
entre altura e espessura, h/tw, de no máximo:
E
3,76
fy
E
0,38
fy
Ainda:
83
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
***
84
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
N Sd N 8 M M
para 0,2 : Sd x ,Sd y,Sd 1,0
N Rd N Rd 9 M x, Rd M y, Rd
N N M M
para Sd 0,2 : Sd x ,Sd y,Sd 1,0
N Rd 2 N Rd M x, Rd M y, Rd
85
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Onde:
Vx , Sd b f d t f V y ,Sd b 2f
x , f , Sd y , f ,Sd
4I x 8I y
Vx ,Sd
x ,w,Sd
d tw
Vx , Sd b f d t f Vy , Sd b 2f
f , Sd x , f , Sd y , f , Sd
4I x 8I y
86
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
para p : Rk 0,60 fy
p
para p r : Rk 0,60 fy
p
2
Perfis Caixão
No caso de perfis Caixão deve, também, ser verificado a resistência ao cisalhamento nas duas
direções, x e y, com isso devemos obter forças cortantes solicitantes Vx,Sd e Vy,Sd sendo
aplicadas simultaneamente no perfil. A resultante de tensão Sd é que deve ser comparada a
tensão resultante resistente de cálculo Rd. Vy , Sd
y , 2, Sd
2h2t2
V h h t
x , 2, Sd x , Sd 2 1 2
4I x
Vx , Sd
x ,1, Sd
2h1t1
Vy , Sd h1 h2 t1
y ,1, Sd
4I y
87
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Vx , Sd V y , Sd h1 h2 t1
1, Sd x1, Sd y1, Sd
2h1t1 4I y
Vy , Sd Vx , Sd h2 h1 t2
2, Sd x 2, Sd y 2, Sd
2h2t2 4I x
para p : Rk 0,60 fy
p
para p r : Rk 0,60 fy
p
2
Onde:
h
p 2,46
E
r 3,06
E
t fy fy
88
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
9 - LIGAÇÃO
Existem dois pontos que são considerados críticos em uma estrutura de aço, um deles já
estudado é a estabilidade global e local dos elementos de uma barra e o outro, não menos
importante, será estudado neste capítulo, são as chamadas ligações metálicas. A grande maioria
dos colapsos ou mesmo patologias que levam a inviabilizar a estrutura ocorrem nas ligações.
Existem basicamente três tipos de ligações: Ligações flexíveis, que trabalham apenas os
esforços cortantes, as ligações rígidas que transmitem os esforços cortantes e o momento fletor
e as ligações semi-rígidas, que possuem um comportamento intermediário entre a flexível e a
rígida. Na prática esta ligação é muito difícil de ser calculada em função da dificuldade de
estabelecer a relação de dependência entre a rotação e o momento fletor.
Ligações Rígidas
89
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Ligações Flexíveis
Viga em balanço apoiada e pilar com Deformação por flexão grande na viga e
ligação flexível carga aplicada na pequena no pilar
extremidade
90
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
São cinco os tipos de ligações básicas, comumente utilizados na maioria das estruturas de perfil
laminado e soldado:
1. Nós de treliças;
91
Estruturas Metálicas
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92
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
93
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Ligações Parafusadas
Nas ligações parafusadas, deve ser verificar basicamente a resistente à ruptura e escoamento do
parafuso e a resistência à ruptura do furo, principalmente de cantoneiras utilizadas como
elementos de ligação.
Parafusos
Na montagem os parafusos podem ser apertados com ou sem proteção inicial, no segundo caso
aplica-se ao parafuso uma proteção inicial de cerca de 70% de sua força de tração resistente
nominal. Este tipo de aperto somente pode ser realizado em parafuso de alta resistência. É
obrigatória a utilização de parafuso de alta resistência com proteção inicial nos seguintes caos:
Emendas de pilares, ligações de vigas com pilares e Vigas com Vigas em estruturas de mais de
40m de altura;
Furos
94
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Onde:
db = diâmetro do parafuso;
Elementos pintados ou não sujeitos a Elementos não pintados, porém, executados com
corrosão aço resistente à corrosão.
95
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Verificação de Parafusos
Os parafusos de uma ligação podem estar submetidos à tração, a cisalhamento, ou, a ambos os
esforços simultaneamente.
Para o caso de tração cada parafuso da ligação deve atender a seguinte condição:
Ft , Sd Ft , Rd
Onde: Ft,Sd é a força de tração solicitante de cálculo que atua no parafuso e Ft,Rd é a força de
tração resistente de cálculo desse parafuso
Para o caso de cisalhamento cada parafuso da ligação deve atender a seguinte condição:
Fv , Sd Fv , Rd
Onde: Fv,Sd é a força de cisalhamento solicitante de cálculo que atua no parafuso e Fv,Rd é a
força de cisalhamento resistente de cálculo desse parafuso
A força solicitante de cálculo é determinada pela divisão da força solicitante (Nsd) pelo número
de parafusos da ligação (nt)
96
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
. N sd
Ft , Sd
nt Corte C-C
A ruptura a tração de um parafuso ocorre na região da rosca, na chamada área efetiva de tração
(Abe). A área efetiva da rosca na prática pode ser tomada como 0,75Ab, sendo Ab a área bruta
baseada no diâmetro do parafuso.
Abe f ub
Ft , Rd
a2
Onde: fub é a resistência à ruptura do material do parafuso, fornecida pela tabela 10.1 e a2 é o
coeficiente de ponderação da resistência do aço para ruptura, igual a 1,35.
Os parafusos ainda são solicitados por uma força de tração adicional, proveniente da restrição
que impõem à deformação da chapa, conforme desenho abaixo:
97
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
O cálculo desta força é de difícil solução, assim, se forem atendidas as exigências abaixo este
acréscimo de força pode ser desconsiderado no cálculo:
Reduzir a Ft,Rd em 33% e dimensionar as espessuras das placas da ligação pelo momento
resistente plástico (Zfy) com a dimensão b sempre menor que a dimensão a.
p t 2 fy
M Rd ( a )
4 a1
ou, reduzir a Ft,Rd em 25% e dimensionar as espessuras das placas da ligação pelo momento
resistente elástico (Wfy) com a dimensão b sempre menor que a dimensão a.
p t 2 fy
M Rd ( b )
6 a1
E é claro: M sd M Rd
Cisalhamento nos Parafusos
A força solicitante de cálculo em cada parafuso (Fv,Sd) é determinada pela divisão da força
solicitante (Vsd) pelo número de parafusos da ligação (nv).
VSd
Fv ,Sd
nv
98
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
a) Para parafusos de alta resistência, quando o plano de corte passa pela rosca ou para
parafusos comuns em qualquer situação.
0,4ns Ab f ub
Fv ,Rd
a2
b) Para parafusos de alta resistência, quando o plano de corte não passa pela rosca.
0,5ns Ab f ub
Fv ,Rd
a2
Nas ligações parafusadas a pressão de contato do parafuso com as paredes dos furos poderá
causar o rasgamento da parede por esmagamento, sendo assim, este local deverá ser verificado
conforme abaixo: Fc , Sd Fc , Rd
Onde Fc,Sd é a força transmitida pelo parafuso à parede do furo e Fc,Rd é a força resistente de
cálculo da parede do furo, e é dada pela fórmula:
1,2l f t f u 2,4d b t f u
Fc , Rd
a2 a2
99
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Onde:
FR , Rd
1
0,60 fu Av Cts fu At 1
0,60 f Agv Cts fu At
a2 a2
y
Onde:
100
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Há ainda a verificação das ligações por atrito, porém não serão estudadas neste curso. A
NBR 8800/2008 aborda este assunto no item 6.3.4.
LIGAÇÕES SOLDADAS
Tipos de solda
101
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
O eletrodo é revestido com um material que durante a soldagem libera um gás inerte que
protege o metal fundido. Este procedimento é necessário para proteger o metal fundido contra
impurezas que fragilizam a solda.
Arco submerso
Similar ao processo anterior, só que o gás chega até o metal soldado por intermédio de um
eletrodo oco.
As juntas são classificadas de acordo com a posição relativa das peças soldadas em:
102
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
TIPOS DE SOLDA
TIPOS DE SOLDA
Solda de Filete
103
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
O dois triângulos juntos indicam que há solda de filete com uma perna de 5mm em ambos os
lados da alma e a “bandeirinha” indica que a solda será feita no campo.
VERIFICAÇÃO DA SOLDA
Escolha do eletrodo
O eletrodo deve possuir uma resistência final igual ou superior ao metal base. Neste curso
utilizaremos sempre os eletrodos a arco elétrico do tipo AWS A5.1 E60XX, E70XX ou E80XX
104
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
d2 d3
W Ip
6 12
W
d2
Ip
d 3b 2 d 2
3 6
W bd
Ip
b 3d 2 b 2
6
W
4bd d 2
Ip
b d 6b 2 d 2
4
6 12b d
W bd
d2
Ip
2b d b 2 b d
3
2
6 12 2b d
W
2bd d 2
Ip
b 2d 3 d 2 b d 2
3 12 2d b
105
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
W bd
d2
Ip
b d
3
3 6
W r2 I p 2 r 3
aw será:
No caso de sodas de penetração total a área do metal base AMB é sempre igual a área do metal
da solda Aw, então a área efetiva do metal base e do metal de solda e:
AMB = Aw = lw.aw
106
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Fw,Sd M w,Sd
w,Sd
AMB WMB
Onde:
Quando a área efetiva da solda é solicitada por tensões de cisalhamento (situação B da figura
anterior), a tensão solicitante de cálculo w,Sd é dada por:
Fw, Sd
w, Sd
AMB
0,60 fy
MB, Rd
a1
107
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
A área efetiva do metal de solda, Aw, é igual ao produto do comprimento da solda lw, pela
garganta efetiva aw
Já a área do metal base adjacente à solda, AMB, é igual ao produto do comprimento da solda lw
pela perda do filete dw.
Para verificação da resistência a ruptura da solda e do escoamento do metal base adota-se uma
simplificação, favorável à segurança, de que qualquer tensão que atue na área efetiva da solda é
de cisalhamento. Havendo tensões em diferentes direções (normais ou tangenciais), obtém-se a
resultante por soma vetorial. Assim a tensão resultante em um filete de solda é dada por:
R ,Sd
w,Sd
2
w1,Sd
2
w 2,Sd
2
Onde:
Fw,Sd M w,Sd
w,Sd é a tensão normal solicitante de cálculo w,Sd
AMB WMB
w1,Sd e w2,Sd são as tensões de cisalhamento atuando no metal base e na solda;
0,60 fw
w, Rd
w2
108
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
b) A perna de um filete não pode ser maior que a espessura de uma chapa quando o filete
for aplicado à borda da chapa;
c) Um cordão de solda não pode ter comprimento inferior a 40mm;
d) Deve ser contornar com o cordão de solda um comprimento de 2dw após a borda de
uma chapa (ver desenho)
lw h
h 200mm
109
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Emendas de Pilares I ou H
As ligações entre pilares podem ser feitas por contato ou sem contato, no primeiro caso a
ligação deverá ser dimensionada para ma carga de tração mínima igual a carga de compressão
máxima no pilar (ver detalhe abaixo). As placas das talas de ligação, como são chamadas,
deverão possuir no mínimo a espessura da chapa do elemento emendado do pilar (ligação pela
alma tala com espessura da alma, ligação pela mesa tala com a espessura da mesa).
Caso as ligações forem sem cotato, esta ligação deverá ser dimensionada para transmitir as
tensões ( esforços de momento, axiais e de cisalhamentos) de um pilar para o outro. Sendo
assim, devido à dificuldade existente no segundo caso, utilizaremos sempre a solução de
emenda com contato. Para isso devemos assegurar que as faces ligadas sejam serradas e os
desvios de esquadro não podem ser superiores a 2mm.
***
110
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
10 - BASE DE PILARES
Os pilares de aço são conectados aos blocos de coroamento de fundação através de placas de
base chumbadas no concreto do boco. Estas bases podem ser rotuladas, ou seja, não transmitem
momentos fletores para as fundações ou engastadas, que por sua vez transmitem os esforços de
momentos para a fundação. As placas de base devem ser dimensionadas para resistir aos
esforços limites últimos de compressão, momentos nas duas direções e tração, haja vistas que,
em função da leveza de tais estruturas, aparecem em determinadas combinações de ações,
solicitações de tração em pilares de estruturas de aço.
Bases Rotuladas
Bases Engastadas
Para ações de compressão simples, ou seja, nos casos em que o pilar transmite para a placa
simplesmente força axial de compressão, Nc,Sd, considera-se que a tensão é transmitida ao bloco
através de uma tensão c,sd igual a carga do pilar dividida pela área da placa de base “A”:
N c , Sd
c , Sd
A
111
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Para ações combinadas, onde a força axial solicitante atua conjuntamente com o momento
fletor, esta combinação de esforços pode ser tratada como se a força Nc,Sd estivesse aplicada a
placa com uma distância e do eixo do pilar.
M Sd
e
N c , Sd
A tensão de compressão solicitante de cálculo, c,Sd , nas bordas laca em regime elástico é dada
por:
N c , Sd N c , Sd e
c , Sd
A W
Onde : W é o módulo de resistência elástica da placa, igual a B.H2/6
Com isso podemos reescrever a equação, substituindo o módulo W pelo seu valor em função
das dimensões da placa:
N c ,Sd 6e
c ,Sd 1
HB H
Com base na equação acima é possível verificar três possibilidades de resultante de tensão na
placa:
112
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Em condições normais sempre é aconselhável que não ocorra tração em chumbadores, porém,
caso não seja possível evitar o problema podemos utilizar uma solução aproximada para
excentricidade (e) maior H/2.
Para esta solução supõe-se uma pressão uniforme no concreto em um comprimento igual a H/4,
assim, por equilíbrio estático obtêm-se as solicitações de tração no chumbadores e de
compressão no concreto.
N c , Sd e hc
Pt , Sd
ht hc
4Pt , Sd N c , Sd
c , Sd
HB
Quando a força axial de cálculo é somente de tração a força é distribuída igualmente pelos
chumbadores, sendo:
N c , Sd
Ft , Sd
nt
Onde nt é o número de chumbadores tracionados
Outras situações que podem ocorrer são as bases solicitadas a momento fletor e tração ao
mesmo tempo e as bases solicitadas a grandes esforços cortantes, estes dois casos não serão
estudados neste curso.
Onde Ft,Sd é a força de tração solicitante de cálculo e Ft,Rd a força de tração resistente do
chumbador.
N c , Sd Pt , Sd
Ft , Sd ou Ft , Sd
nt nt
Ag fy 0,75 Ag fu
e Ft , Rd Ft , Rd
a1 a2
113
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Lembrando que Ag é a área bruta da seção do chumbador, 0,75Ag é a área efetiva da seção da
rosca e a1 e a2 são os coeficientes de minoração das resistências de escoamento (1,10) e
ruptura (1,35) respectivamente.
Nota: para que os chumbadores tracionados não se desprendam do concreto estes deverão ter
um comprimento de ancoragem (lb) de acordo com as prescrições da NBR 6118/2003.
No caso da placa acima, deve-se dividir a placa em duas regiões distintas, região 1 entre as
mesas do perfil e uma região 2 externas às mesas.
A Região 1 é considerada engastada sob o apoio da alma e simplesmente apioada sob as mesas.
Com a relação a/b dada pela tabela abaixo e com a ≥ b, obtém-se um momento fletor solicitante
de cálculo em uma faixa de largura unitária da placa igual a:
M c1, Sd c , Sd b 2
6
114
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Sendo igual a:
a/b 1 1,5 2 3 ∞
Região 2 é considerada engastada apenas na mesa do pilar , logo, o momento fletor solicitante
de cálculo em uma faixa de largura unitária da placa igual a:
c2
M c 2, Sd c , Sd
2
Podem ser usadas nervuras para reduzir a espessura da placa, com isso a região mais solicitada
é a extremidade (figura abaixo), suposta engastada nas duas bordas adjacentes e livre nas outras
duas, para este caso o momento fletor solicitante de cálculo máximo ocorre no ponto M ou M’
e é igual a:
1 b1
2
M c , Sd c , Sd
6
115
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Sendo igual a:
De forma simplificada, quando a tensão na base não for uniforme, ou seja, caso haja
carregamento combinado de carga axial e momento fletor, pode-se considerar uma tensão
uniformente distribuída de intensidade igual à máxima tensão de compressão.
t2
1,25 fy
M Rd 6
a1
116
Estruturas Metálicas
ESPESSURA EIXO X-X EIXO y-y
Massa Área
BITOLA d bf tw tf h d' Ix Wx rx Zx Iy Wy ry Zy rt It
Estruturas Metálicas
Linear (A g ) 3 3 4 3 3 Cw
mm x kg/m mm mm mm mm mm mm cm 4 cm cm cm cm cm cm cm cm cm 4
kg/m cm 2
W 150 x 13,0 13 148 100 4,3 4,9 138 118 6,6 635 85,8 6,18 96,4 82 16,4 2,22 25,5 2,6 1,72 4.181
W 150 x 18,0 18 153 102 5,8 7,1 139 119 23,4 939 122,8 6,34 139,4 126 24,7 2,32 38,5 2,69 4,34 6.683
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
W 150 x 22,5 (H) 22,5 152 152 5,8 6,6 139 119 29 1.229 161,7 6,51 179,6 387 50,9 3,65 77,9 4,1 4,75 20.417
W 150 x 24,0 24 160 102 6,6 10,3 139 115 31,5 1.384 173 6,63 197,6 183 35,9 2,41 55,8 2,73 11,08 10.206
W 150 x 29,8 (H) 29,8 157 153 6,6 9,3 138 118 38,5 1.739 221,5 6,72 247,5 556 72,6 3,8 110,8 4,18 10,95 30.277
W 150 x 37,1 (H) 37,1 162 154 8,1 11,6 139 119 47,8 2.244 277 6,85 313,5 707 91,8 3,84 140,4 4,22 20,58 39.930
W 200 x 15,0 15 200 100 4,3 5,2 190 170 19,4 1.305 130,5 8,2 147,9 87 17,4 2,12 27,3 2,55 2,05 8.222
W 200 x 19,3 19,3 203 102 5,8 6,5 190 170 25,1 1.686 166,1 8,19 190,6 116 22,7 2,14 35,9 2,59 4,02 11.098
W 200 x 22,5 22,5 206 102 6,2 8 190 170 29 2.029 197 8,37 225,5 142 27,9 2,22 43,9 2,63 6,18 13.868
Anexo 1 – Tabelas de Perfis laminados - Gerdau
W 200 x 26,6 26,6 207 133 5,8 8,4 190 170 34,2 2.611 252,3 8,73 282,3 330 49,6 3,1 76,3 3,54 7,65 32.477
W 200 x 31,3 31,3 210 134 6,4 10,2 190 170 40,3 3.168 301,7 8,86 338,6 410 61,2 3,19 94 3,6 12,59 40.822
W 200 x 35,9 (H) 35,9 201 165 6,2 10,2 181 161 45,7 3.437 342 8,67 379,2 764 92,6 4,09 141 4,5 14,51 69.502
W 200 x 41,7 (H) 41,7 205 166 7,2 11,8 181 157 53,5 4.114 401,4 8,77 448,6 901 108,5 4,1 165,7 4,53 23,19 83.948
W 200 x 46,1 (H) 46,1 203 203 7,2 11 181 161 58,6 4.543 447,6 8,81 495,3 1.535 151,2 5,12 229,5 5,58 22,01 141.342
W 200 x 52,0 (H) 52 206 204 7,9 12,6 181 157 66,9 5.298 514,4 8,9 572,5 1.784 174,9 5,16 265,8 5,61 33,34 166.710
HP 200 x 53,0 (H) 53 204 207 11,3 11,3 181 161 68,1 4.977 488 8,55 551,3 1.673 161,7 4,96 248,6 5,57 31,93 155.075
W 200 x 59,0 (H) 59 210 205 9,1 14,2 182 158 76 6.140 584,8 8,99 655,9 2.041 199,1 5,18 303 5,64 47,69 195.418
W 200 x 71,0 (H) 71 216 206 10,2 17,4 181 161 91 7.660 709,2 9,17 803,2 2.537 246,3 5,28 374,5 5,7 81,66 249.976
W 200 x 86,0 (H) 86 222 209 13 20,6 181 157 110,9 9.498 855,7 9,26 984,2 3.139 300,4 5,32 458,7 5,77 142,19 317.844
W 250 x 17,9 17,9 251 101 4,8 5,3 240 220 23,1 2.291 182,6 9,96 211 91 18,1 1,99 28,8 2,48 2,54 13.735
W 250 x 22,3 22,3 254 102 5,8 6,9 240 220 28,9 2.939 231,4 10,09 267,7 123 24,1 2,06 38,4 2,54 4,77 18.629
W 250 x 25,3 25,3 257 102 6,1 8,4 240 220 32,6 3.473 270,2 10,31 311,1 149 29,3 2,14 46,4 2,58 7,06 22.955
W 250 x 28,4 28,4 260 102 6,4 10 240 220 36,6 4.046 311,2 10,51 357,3 178 34,8 2,2 54,9 2,62 10,34 27.636
W 250 x 32,7 32,7 258 146 6,1 9,1 240 220 42,1 4.937 382,7 10,83 428,5 473 64,8 3,35 99,7 3,86 10,44 73.104
W 250 x 38,5 38,5 262 147 6,6 11,2 240 220 49,6 6.057 462,4 11,05 517,8 594 80,8 3,46 124,1 3,93 17,63 93.242
W 250 x 44,8 44,8 266 148 7,6 13 240 220 57,6 7.158 538,2 11,15 606,3 704 95,1 3,5 146,4 3,96 27,14 112.398
117
ESPESSURA EIXO X-X EIXO y-y
Massa Área
BITOLA d bf tw tf h d' Ix Wx rx Zx Iy Wy ry Zy rt It
Linear (A g ) 3 3 4 3 3 Cw
Estruturas Metálicas
mm x kg/m mm mm mm mm mm mm cm 4 cm cm cm cm cm cm cm cm cm 4
kg/m cm 2
HP 250 x 62,0 (H) 62 246 256 10,5 10,7 225 201 79,6 8.728 709,6 10,47 790,5 2.995 234 6,13 357,8 6,89 33,46 417.130
W 250 x 73,0 (H) 73 253 254 8,6 14,2 225 201 92,7 11.257 889,9 11,02 983,3 3.880 305,5 6,47 463,1 7,01 56,94 552.900
W 250 x 80,0 (H) 80 256 255 9,4 15,6 225 201 101,9 12.550 980,5 11,1 1.088,70 4.313 338,3 6,51 513,1 7,04 75,02 622.878
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
HP 250 x 85,0 (H) 85 254 260 14,4 14,4 225 201 108,5 12.280 966,9 10,64 1.093,20 4.225 325 6,24 499,6 7 82,07 605.403
W 250 x 89,0 (H) 89 260 256 10,7 17,3 225 201 113,9 14.237 1.095,10 11,18 1.224,40 4.841 378,2 6,52 574,3 7,06 102,81 712.351
W 250 x 101,0 (H) 101 264 257 11,9 19,6 225 201 128,7 16.352 1.238,80 11,27 1.395,00 5.549 431,8 6,57 656,3 7,1 147,7 828.031
W 250 x 115,0 (H) 115 269 259 13,5 22,1 225 201 146,1 18.920 1.406,70 11,38 1.597,40 6.405 494,6 6,62 752,7 7,16 212 975.265
W 310 x 21,0 21 303 101 5,1 5,7 292 272 27,2 3.776 249,2 11,77 291,9 98 19,5 1,9 31,4 2,42 3,27 21.628
W 310 x 23,8 23,8 305 101 5,6 6,7 292 272 30,7 4.346 285 11,89 333,2 116 22,9 1,94 36,9 2,45 4,65 25.594
W 310 x 28,3 28,3 309 102 6 8,9 291 271 36,5 5.500 356 12,28 412 158 31 2,08 49,4 2,55 8,14 35.441
W 310 x 32,7 32,7 313 102 6,6 10,8 291 271 42,1 6.570 419,8 12,49 485,3 192 37,6 2,13 59,8 2,58 12,91 43.612
W 310 x 38,7 38,7 310 165 5,8 9,7 291 271 49,7 8.581 553,6 13,14 615,4 727 88,1 3,82 134,9 4,38 13,2 163.728
W 310 x 44,5 44,5 313 166 6,6 11,2 291 271 57,2 9.997 638,8 13,22 712,8 855 103 3,87 158 4,41 19,9 194.433
W 310 x 52,0 52 317 167 7,6 13,2 291 271 67 11.909 751,4 13,33 842,5 1.026 122,9 3,91 188,8 4,45 31,81 236.422
HP 310 x 79,0 (H) 79 299 306 11 11 277 245 100 16.316 1.091,30 12,77 1.210,10 5.258 343,7 7,25 525,4 8,2 46,72 1.089.258
HP 310 x 93,0 (H) 93 303 308 13,1 13,1 277 245 119,2 19.682 1.299,10 12,85 1.450,30 6.387 414,7 7,32 635,5 8,26 77,33 1.340.320
W 310 x 97,0 (H) 97 308 305 9,9 15,4 277 245 123,6 22.284 1.447,00 13,43 1.594,20 7.286 477,8 7,68 725 8,38 92,12 1.558.682
W 310 x 107,0 (H) 107 311 306 10,9 17 277 245 136,4 24.839 1.597,30 13,49 1.768,20 8.123 530,9 7,72 806,1 8,41 122,86 1.754.271
HP 310 x 110,0 (H) 110 308 310 15,4 15,5 277 245 141 23.703 1.539,10 12,97 1.730,60 7.707 497,3 7,39 763,7 8,33 125,66 1.646.104
W 310 x 117,0 (H) 117 314 307 11,9 18,7 277 245 149,9 27.563 1.755,60 13,56 1.952,60 9.024 587,9 7,76 893,1 8,44 161,61 1.965.950
HP 310 x 125,0 (H) 125 312 312 17,4 17,4 277 245 159 27.076 1.735,60 13,05 1.963,30 8.823 565,6 7,45 870,6 8,38 177,98 1.911.029
W 360 x 32,9 32,9 349 127 5,8 8,5 332 308 42,1 8.358 479 14,09 547,6 291 45,9 2,63 72 3,2 9,15 84.111
W 360 x 39,0 39 353 128 6,5 10,7 332 308 50,2 10.331 585,3 14,35 667,7 375 58,6 2,73 91,9 3,27 15,83 109.551
W 360 x 44,6 44,6 352 171 6,9 9,8 332 308 57,7 12.258 696,5 14,58 784,3 818 95,7 3,77 148 4,43 16,7 239.091
W 360 x 51,0 51 355 171 7,2 11,6 332 308 64,8 14.222 801,2 14,81 899,5 968 113,3 3,87 174,7 4,49 24,65 284.994
W 360 x 58,0 58 358 172 7,9 13,1 332 308 72,5 16.143 901,8 14,92 1.014,80 1.113 129,4 3,92 199,8 4,53 34,45 330.394
118
ESPESSURA EIXO X-X EIXO y-y
Massa Área
BITOLA d bf tw tf h d' Ix Wx rx Zx Iy Wy ry Zy rt It
Estruturas Metálicas
Linear (A g ) 3 3 4 3 3 Cw
mm x kg/m mm mm mm mm mm mm cm 4 cm cm cm cm cm cm cm cm cm 4
kg/m cm 2
W 360 x 64,0 64 347 203 7,7 13,5 320 288 81,7 17.890 1.031,10 14,8 1.145,50 1.885 185,7 4,8 284,5 5,44 44,57 523.362
W 360 x 72,0 72 350 204 8,6 15,1 320 288 91,3 20.169 1.152,50 14,86 1,285,9 2.140 209,8 4,84 321,8 5,47 61,18 599.082
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
W 360 x 79,0 79 354 205 9,4 16,8 320 288 101,2 22.713 1.283,20 14,98 1.437,00 2.416 235,7 4,89 361,9 5,51 82,41 685.701
W 360 x 91,0 (H) 91 353 254 9,5 16,4 320 288 115,9 26.755 1.515,90 15,19 1.680,10 4.483 353 6,22 538,1 6,9 92,61 1.268.709
W 360 x 101,0 (H) 101 357 255 10,5 18,3 320 286 129,5 30.279 1.696,30 15,29 1.888,90 5.063 397,1 6,25 606,1 6,93 128,47 1.450.410
W 360 x 110,0 (H) 110 360 256 11,4 19,9 320 288 140,6 33.155 1.841,90 15,36 2.059,30 5.570 435,2 6,29 664,5 6,96 161,93 1.609.070
W 360 x 122,0 (H) 122 363 257 13 21,7 320 288 155,3 36.599 2.016,50 15,35 2.269,80 6.147 478,4 6,29 732,4 6,98 212,7 1.787.806
W 410 x 38,8 38,8 399 140 6,4 8,8 381 357 50,3 12.777 640,5 15,94 736,8 404 57,7 2,83 90,9 3,49 11,69 153.190
W 410 x 46,1 46,1 403 140 7 11,2 381 357 59,2 15.690 778,7 16,27 891,1 514 73,4 2,95 115,2 3,55 20,06 196.571
W 410 x 53,0 53 403 177 7,5 10,9 381 357 68,4 18.734 929,7 16,55 1.052,20 1.009 114 3,84 176,9 4,56 23,38 387.194
W 410 x 60,0 60 407 178 7,7 12,8 381 357 76,2 21.707 1.066,70 16,88 1.201,50 1.205 135,4 3,98 209,2 4,65 33,78 467.404
W 410 x 67,0 67 410 179 8,8 14,4 381 357 86,3 24.678 1.203,80 16,91 1.362,70 1.379 154,1 4 239 4,67 48,11 538.546
W 410 x 75,0 75 413 180 9,7 16 381 357 95,8 27.616 1.337,30 16,98 1.518,60 1.559 173,2 4,03 269,1 4,7 65,21 612.784
W 410 x 85,0 85 417 181 10,9 18,2 381 357 108,6 31.658 1.518,40 17,07 1.731,70 1.804 199,3 4,08 310,4 4,74 94,48 715.165
W 460 x 52,0 52 450 152 7,6 10,8 428 404 66,6 21.370 949,8 17,91 1.095,90 634 83,5 3,09 131,7 3,79 21,79 304.837
W 460 x 60,0 60 455 153 8 13,3 428 404 76,2 25.652 1.127,60 18,35 1.292,10 796 104,1 3,23 163,4 3,89 34,6 387.230
W 460 x 68,0 68 459 154 9,1 15,4 428 404 87,6 29.851 1.300,70 18,46 1.495,40 941 122,2 3,28 192,4 3,93 52,29 461.163
W 460 x 74,0 74 457 190 9 14,5 428 404 94,9 33.415 1.462,40 18,77 1.657,40 1.661 174,8 4,18 271,3 4,93 52,97 811.417
W 460 x 82,0 82 460 191 9,9 16 428 404 104,7 37.157 1.615,50 18,84 1.836,40 1.862 195 4,22 303,3 4,96 70,62 915.745
W 460 x 89,0 89 463 192 10,5 17,7 428 404 114,1 41.105 1.775,60 18,98 2.019,40 2.093 218 4,28 339 5,01 92,49 1.035.073
W 460 x 97,0 97 466 193 11,4 19 428 404 123,4 44.658 1.916,70 19,03 2.187,40 2.283 236,6 4,3 368,8 5,03 115,05 1.137.180
W 460 x 106,0 106 469 194 12,6 20,6 428 404 135,1 48.978 2.088,60 19,04 2.394,60 2.515 259,3 4,32 405,7 5,05 148,19 1.260.063
W 530 x 66,0 66 525 165 8,9 11,4 502 478 83,6 34.971 1.332,20 20,46 1.558,00 857 103,9 3,2 166 4,02 31,52 562.854
W 530 x 72,0 72 524 207 9 10,9 502 478 91,6 39.969 1.525,50 20,89 1.755,90 1.615 156 4,2 244,6 5,16 33,41 1.060.548
W 530 x 74,0 74 529 166 9,7 13,6 502 478 95,1 40.969 1.548,90 20,76 1.804,90 1.041 125,5 3,31 200,1 4,1 47,39 688.558
W 530 x 82,0 82 528 209 9,5 13,3 501 477 104,5 47.569 1.801,80 21,34 2.058,50 2.028 194,1 4,41 302,7 5,31 51,23 1.340.255
119
ESPESSURA EIXO X-X EIXO y-y
Massa Área
BITOLA d bf tw tf h d' Ix Wx rx Zx Iy Wy ry Zy rt It
Linear (A g ) 3 3 4 3 3 Cw
mm x kg/m mm mm mm mm mm mm cm 4 cm cm cm cm cm cm cm cm cm 4
kg/m cm 2
Estruturas Metálicas
W 530 x 85,0 85 535 166 10,3 16,5 502 478 107,7 48.453 1.811,30 21,21 2.099,80 1.263 152,2 3,42 241,6 4,17 72,93 845.463
W 530 x 92,0 92 533 209 10,2 15,6 502 478 117,6 55.157 2.069,70 21,65 2.359,80 2.379 227,6 4,5 354,7 5,36 75,5 1.588.565
W 530 x 101,0 101 537 210 10,9 17,4 502 470 130 62.198 2.316,50 21,87 2.640,40 2.693 256,5 4,55 400,6 5,4 106,04 1.812.734
W 530 x 109,0 109 539 211 11,6 18,8 501 469 139,7 67.226 2.494,50 21,94 2.847,00 2.952 279,8 4,6 437,4 5,44 131,38 1.991.291
W 610 x 101,0 101 603 228 10,5 14,9 573 541 130,3 77.003 2.554,00 24,31 2.922,70 2.951 258,8 4,76 405 5,76 81,68 2.544.966
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
W 610 x 113,0 113 608 228 11,2 17,3 573 541 145,3 88.196 2.901,20 24,64 3.312,90 3.426 300,5 4,86 469,7 5,82 116,5 2.981.078
W 610 x 125,0 125 612 229 11,9 19,6 573 541 160,1 99.184 3.241,30 24,89 3.697,30 3.933 343,5 4,96 536,3 5,89 159,5 3.441.766
W 610 x 140,0 140 617 230 13,1 22,2 573 541 179,3 112.619 3.650,50 25,06 4.173,10 4.515 392,6 5,02 614 5,94 225,01 3.981.687
W 610 x 155,0 155 611 324 12,7 19 573 541 198,1 129.583 4.241,70 25,58 4.749,10 10.783 665,6 7,38 1022,6 8,53 200,77 9.436.714
W 610 x 174,0 174 616 325 14 21,6 573 541 222,8 147.754 4.797,20 25,75 5.383,30 12.374 761,5 7,45 1171,1 8,58 286,88 10.915.665
120
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
121
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
122
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
123
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
124
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
125
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
126
Estruturas Metálicas
NOTAS DE AULA PROF. RONILSON F. SOUZA
Bibliografia
127
Estruturas Metálicas