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JEAN PIAGET (1896- 1967)

A construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que,
provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou, acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em
construção de esquemas ou conhecimento. Em outras palavras, uma vez que a criança não consegue assimilar o
estímulo, ela tenta fazer uma acomodação e após, uma assimilação e o equilíbrio é, então, alcançado. Quando o
equilíbrio se rompe, o indivíduo age sobre o que o afetou buscando se reequilibrar. E para Piaget, isso é feito por
adaptação e por organização.
Para Piaget que o homem é possuidor de uma estrutura biológica que o possibilita desenvolver o mental,
no entanto, esse fato per se não assegura o desencadeamento de fatores que propiciarão o seu desenvolvimento,
haja vista que este só acontecerá a partir da interação do sujeito com o objeto a conhecer. Por sua vez, a relação
com o objeto, embora essencial, da mesma forma também não é uma condição suficiente ao desenvolvimento
cognitivo humano, uma vez que para tanto é preciso, ainda, o exercício do raciocínio. Por assim dizer, a
elaboração do pensamento lógico demanda um processo interno de reflexão. Tais aspectos deixam à mostra que,
ao tentar descrever a origem da constituição do pensamento lógico, Piaget focaliza o processo interno dessa
construção.
Simplificando ao máximo, o desenvolvimento humano, no modelo piagetiano, é explicado segundo o
pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a
conhecer. Esses fatores que são complementares envolvem mecanismos bastante complexos e intrincados que
englobam o entrelaçamento de fatores que são complementares, tais como: o processo de maturação do
organismo, a experiência com objetos, a vivência social e, sobretudo, a equilibração do organismo ao meio.
O conceito de equilibração torna-se especialmente marcante na teoria de Piaget pois ele representa o
fundamento que explica todo o processo do desenvolvimento humano. Trata-se de um fenômeno que tem, em sua
essência, um caráter universal, já que é de igual ocorrência para todos os indivíduos da espécie humana mas que
pode sofrer variações em função de conteúdos culturais do meio em que o indivíduo está inserido. Nessa linha de
raciocínio, o trabalho de Piaget leva em conta a atuação de 2 elementos básicos ao desenvolvimento humano: os
fatores invariantes e os fatores variantes.
Os fatores invariantes: Piaget postula que, ao nascer, o indivíduo recebe como herança uma série de
estruturas biológicas - sensoriais e neurológicas - que permanecem constantes ao longo da sua vida. São essas
estruturas biológicas que irão predispor o surgimento de certas estruturas mentais. Em vista disso, na linha
piagetiana, considera-se que o indivíduo carrega consigo duas marcas inatas que são a tendência natural à
organização e à adaptação, significando entender, portanto, que, em última instância, o 'motor' do comportamento
do homem é inerente ao ser.
Os fatores variantes: são representados pelo conceito de esquema que constitui a unidade básica de
pensamento e ação estrutural do modelo piagetiano, sendo um elemento que se tranforma no processo de
interação com o meio, visando à adaptação do indivíduo ao real que o circunda. Com isso, a teoria psicogenética
deixa à mostra que a inteligência não é herdada, mas sim que ela é construída no processo interativo entre o
homem e o meio ambiente (físico e social) em que ele estiver inserido.
Em síntese, pode-se dizer que, para Piaget, o equilíbrio é o norte que o organismo almeja mas que
paradoxalmente nunca alcança haja vista que no processo de interação podem ocorrer desajustes do meio
ambiente que rompem com o estado de equilíbrio do organismo, eliciando esforços para que a adaptação se
restabeleça. Essa busca do organismo por novas formas de adaptação envolvem dois mecanismos que apesar de
distintos são indissociáveis e que se complementam: a assimilação e a acomodação.
Esquemas - São padrões de comportamento e de pensamento que organizam a interação entre sujeito e
meio. São padrões de ação e estruturas mentais que, organizando a nossa experiência estão envolvidas na
aquisição de conhecimentos. A criação dos esquemas é possível pela interação entre sujeito e meio e devido a
duas atividades complementares: assimilação e acomodação.
Assimilação - É o processo mental que consiste em integrar novas informações nos esquemas já existentes.
Permite a compreensão de novos objetos, situações e ideias mediante esquemas que já possuímos sem que
seja necessário modificá-los significativamente. Sujeito  Meio
Acomodação - É o processo mental pelo qual se dá um ajustamento dos esquemas existentes (ou criação de
novos) quando as novas informações não podem ser assimiladas. Sujeito  Meio
Equilibração - É o processo de auto-regulação entre os processos de assimilação e acomodação que
permite a adaptação do indivíduo ao meio, permitindo uma progressão no sentido de um pensamento mais
complexo. Consiste numa compensação ativa entre as novas aquisições e as anteriores Contudo, todo o equilíbrio
induz a um novo desequilíbrio. É precisamente este movimento de equilíbrio-desequilíbrio que permite o
desenvolvimento individual, a adaptação.
Adaptação - É o processo interno de equilíbrio entre o organismo e o meio através de dois mecanismos.
Assimilação e acomodação.
Este autor divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas
qualidades do pensamento, o que, por sua vez, interfere no desenvolvimento global.
• 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
• 2° período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
• 3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
• 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)
Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessas
faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas essas fases ou períodos, nessa seqüência, porém o início e o
término de cada uma delas dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais,
sociais. Portanto, a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida.
Período sensório-motor - (o recém-nascido e o lactente — 0 a 2 anos)
Neste período, a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o universo que a cerca. No
recém-nascido, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexos, de fundo hereditário, como a sucção.
Esses reflexos melhoram com o treino. Por exemplo, o bebê mama melhor no 10º dia de vida do que no 29 dia.
Por volta dos cinco meses, a criança consegue coordenar os movimentos das mãos e olhos e pegar objetos,
aumentando sua capacidade de adquirir hábitos novos.
No final do período, a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto. Por
exemplo, descobre que, se puxar a toalha, a lata de bolacha ficará mais perto dela. Neste caso, ela utiliza a
inteligência prática ou sensório-motora, que envolve as percepções e os movimentos. A criança conhece o mundo
pela manipulação.
Neste período, fica evidente que o desenvolvimento físico acelerado é o suporte para o aparecimento de
novas habilidades. Isto é, o desenvolvimento ósseo, muscular e neurológico permite a emergência de novos
comportamentos, como sentar-se, andar, o que propiciará um domínio maior do ambiente. Ao longo deste
período, irá ocorrer na criança uma diferenciação progressiva entre o seu eu e o mundo exterior. Se no início o
mundo era uma continuação do próprio corpo, os progressos da inteligência levam-na a situar-se como um
elemento entre outros no mundo. Isso permite que a criança, por volta de 1 ano, admita que um objeto continue a
existir mesmo quando ela não o percebe, isto é, o objeto não está presente no seu campo visual, mas ela continua
a procurar ou a pedir o brinquedo que perdeu, porque sabe que ele continua a existir.
Esta diferenciação também ocorre no aspecto afetivo, pois o bebê passa das emoções primárias (os primeiros
medos, quando, por exemplo, ele se enrijece ao ouvir um barulho muito forte) para uma escolha afetiva de objetos
(no final do período), quando já manifesta preferências por brinquedos, objetos, pessoas etc. No curto espaço de
tempo deste período, por volta de 2 anos, a criança evolui de uma atitude passiva em relação ao ambiente e
pessoas de seu mundo para uma atitude ativa e participativa. Sua integração no ambiente dá-se, também, pela
imitação das regras. E, embora compreenda algumas palavras, mesmo no final do período só é capaz de fala
imitativa.
Período pré-operatório - (a 1ª infância — 2 a 7 anos)
Neste período, o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar
modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social da criança. A interação e a comunicação entre os
indivíduos são, sem dúvida, as conseqüências mais evidentes da linguagem. Com a palavra, há possibilidade de
exteriorização da vida interior e, portanto, a possibilidade de corrigir ações futuras. A criança já antecipa o que
vai fazer.
Como decorrência do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se acelera. No início
do período, ele exclui toda a objetividade, a criança transforma o real em função dos seus desejos e fantasias (jogo
simbólico); posteriormente, utiliza-o como referencial para explicar o mundo real, a sua própria atividade, seu eu
e suas leis morais; e, no final do período, passa a procurar a razão causal e finalista de tudo (é a fase dos famosos
“porquês”). E um pensamento mais adaptado ao outro e ao real.
Como várias novas capacidades surgem, muitas vezes ocorre a superestimação da capacidade da criança
neste período. E importante ter claro que grande parte do seu repertório verbal é usada de forma imitativa, sem
que ela domine o significado das palavras; ela tem dificuldades de reconhecer a ordem em que mais de dois ou
três eventos ocorrem e não possui o conceito de número. Por ainda estar centrada em si mesma, ocorre uma
primazia do próprio ponto de vista, o que torna impossível o trabalho em grupo. Esta dificuldade mantém-se ao
longo do período, na medida em que a criança não consegue colocar-se do ponto de vista do outro.
No aspecto afetivo, surgem os sentimentos interindividuais, sendo que um dos mais relevantes é o respeito
que a criança nutre pelos indivíduos que julga superiores a ela. Por exemplo, em relação aos pais, aos professores.
E um misto de amor e temor. Seus sentimentos morais refletem esta relação com os adultos significativos — a
moral da obediência —, em que o critério de bem e mal é a vontade dos adultos. Com relação às regras, mesmo
nas brincadeiras, concebe-as como imutáveis e determinadas externamente. Mais tarde, adquire uma noção
Apesar de estarem juntas as crianças realizam produções individuais mais elaborada da regra, concebendo-a
como necessária para organizar o brinquedo, porém não a discute. Com o domínio ampliado do mundo, seu
interesse pelas diferentes atividades e objetos se multiplica, diferencia e regulariza, isto é, torna-se estável, sendo
que, a partir desse interesse, surge uma escala de valores própria da criança. E a criança passa a avaliar suas
próprias ações a partir dessa escala.
É importante, ainda, considerar que, neste período, a maturação neurofisiológica completa-se, permitindo o
desenvolvimento de novas habilidades, como a coordenação motora fina — pegar pequenos objetos com as
pontas dos dedos, segurar o lápis corretamente e conseguir fazer os delicados movimentos exigidos pela escrita.
Período das operações concretas - (a infância propriamente dita — 7a 11 ou 12 anos)
O desenvolvimento mental, caracterizado no período anterior pelo egocentrismo intelectual e social, é
superado neste período pelo início da construção lógica, isto é, a capacidade da criança de estabelecer relações
que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. Estes pontos de vista podem referir-se a pessoas
diferentes ou à própria criança, que “vê” um objeto ou situação com aspectos diferentes e, mesmo, conflitantes.
Ela consegue coordenar estes pontos de vista e integrá-los de modo lógico e coerente.
No plano afetivo, isto significa que ela será capaz de cooperar cora os outros, de trabalhar em grupo e, ao
mesmo tempo, de ter autonomia pessoal. A capacidade de reflexão é exercida a partir de situações concretas. O
que possibilitará isto, no plano intelectual, é o surgimento de uma nova capacidade mental da criança: as
operações, isto é, ela consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um fim (objetivo) e revertê-la para
o seu início. Num jogo de quebra-cabeça, próprio para a idade, ela consegue, na metade do jogo, descobrir um
erro, desmanchar uma parte e recomeçar de onde corrigiu, terminando-o.
As operações sempre se referem a objetos concretos presentes ou já experienciados. Outra característica
deste período é que a criança consegue exercer suas habilidades e capacidades a partir de objetos reais, concretos.
Portanto, mesmo a capacidade de reflexão que se inicia, isto é, pensar antes de agir, considerar os vários pontos
de vista simultaneamente, recuperar o passado e antecipar o futuro, se exerce a partir de situações presentes ou
passadas, vivenciadas pela criança.
Em nível de pensamento, a criança consegue: estabelecer corretamente as relações de causa e efeito e de
meio e fim; seqüenciar idéias ou eventos; trabalhar com idéias sob dois pontos de vista, simultaneamente; formar
o conceito de número (no início do período, sua noção de número está vinculada a uma correspondência com o
objeto concreto). A noção de conservação da substância do objeto (comprimento e quantidade) surge no início do
período; por volta dos 9 anos, surge a noção de conservação de peso; e, ao final do período, a noção de
conservação do volume.
No aspecto afetivo, ocorre o aparecimento da vontade como qualidade superior e que atua quando há
conflitos de tendências ou intenções (entre o dever e o prazer, por exemplo). A criança adquire uma autonomia
crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores morais. Os novos sentimentos morais,
característicos deste período, são: o respeito mútuo, a honestidade, o companheirismo e a justiça, que considera a
intenção na ação. Por exemplo, se a criança quebra o vaso da mãe, ela acha que não deve ser punida se isto
ocorreu acidentalmente. O grupo de colegas satisfaz, progressivamente, as necessidades de segurança e afeto.
Nesse sentido, o sentimento de pertencer ao grupo de colegas torna-se cada vez mais forte. As crianças
escolhem seus amigos, indistintamente, entre meninos e meninas, sendo que, no final do período, a grupalização
com o sexo oposto diminui. Este fortalecimento do grupo traz a seguinte implicação: a criança, que no início do
período ainda considerava bastante as opiniões e idéias dos adultos, no final passa a “enfrentá-los”.
A cooperação é uma capacidade que vai-se desenvolvendo ao longo deste período e será um facilitador do
trabalho em grupo, que se torna cada vez mais absorvente para a criança. Elas passam a elaborar formas próprias
de organização grupal, em que as regras e normas são concebidas como válidas e verdadeiras, desde que todos as
adotem e sejam a expressão de uma vontade de todos. Portanto, novas regraspodem surgir, a partir da necessidade
e de um “contrato” entre as crianças.
Período das operações formais - (a adolescência — 11 ou 12 anos em diante)
Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato, isto é, o
adolescente realiza as operações no plano das idéias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas,
como no período anterior. É capaz de lidar cora conceitos como liberdade, justiça etc. O adolescente domina,
progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar, cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre
aspectos que gostaria de reformular. Isso é possível graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez
mais descolada do real, é capaz de tirar conclusões de puras hipóteses. A contestação é a marca desse período.
O livre exercício da reflexão permite ao adolescente, inicialmente, “submeter” o mundo real aos sistemas e
teorias que o seu pensamento é capaz de criar. Isto vai-se atenuando de forma crescente, através da reconciliação
do pensamento cora a realidade, até ficar claro que a função da reflexão não é contradizer, mas se adiantar e
interpretar a experiência. Do ponto de vista de suas relações sociais, também ocorre o processo de caracterizar-se,
inicialmente, por uma fase de interiorização, em que, aparentemente, é anti-social. Ele se afasta da família, não
aceita conselhos dos adultos; mas, na realidade, o alvo de sua reflexão é a sociedade, sempre analisada como
passível de ser reformada e transformada. Posteriormente, atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade,
quando compreende a importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real. Por exemplo, no início do
período, o adolescente que tem dificuldades na disciplina de Matemática pode propor sua retirada do currículo e,
posteriormente, pode propor soluções mais viáveis e adequadas, que considerem as exigências sociais.
No aspecto afetivo, o adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda depende dele.
Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é um importante referencial para o jovem,
determinando o vocabulário, as vestimentas e outros aspectos de seu comportamento. Começa a estabelecer sua
moral individual, que é referenciada à moral do grupo. Os interesses do adolescente são diversos e mutáveis,
sendo que a estabilidade chega com a proximidade da idade adulta.
Conforme Piaget, a personalidade começa a se formar no final da infância, entre 8 e 12 anos, com a
organização autônoma das regras, dos valores, a afirmação da vontade. Esses aspectos subordinam-se num
sistema único e pessoal e vão-se exteriorizar na construção de um projeto de vida. Esse projeto é que vai nortear o
indivíduo em sua adaptação ativa à realidade, que ocorre através de sua inserção no mundo do trabalho ou na
preparação para ele, quando ocorre um equilíbrio entre o real e os ideais do indivíduo, isto é, de revolucionário no
plano das idéias, ele se torna transformador, no plano da ação.
É importante lembrar que na nossa cultura, em determinadas classes sociais que “protegem” a infância e a
juventude, a prorrogação do período da adolescência é cada vez maior, caracterizando-se por uma dependência
em relação aos pais e uma postergação do período em que o indivíduo vai se tornar socialmente produtivo e,
portanto, entrará na idade adulta. Na idade adulta não surge nenhuma nova estrutura mental, e o indivíduo
caminha então para um aumento gradual do desenvolvimento cognitivo, em profundidade, e uma maior
compreensão dos problemas e das realidades significativas que o atingem. Isto influencia os conteúdos afetivo-
emocionais e sua forma de estar no mundo.

Resumo:
Princípios que fundamentam sua teoria:
Construtivismo: conhecimento resulta da ação do sujeito sobre objetos do conhecimento.
Interacionismo: conhecimento resulta de trocas realizadas pelo sujeito com o meio ou com os objetos de
conhecimento (idéias, sentimentos, valores, crenças)
Estruturalismo: construção vai além dos conteúdos da interação, constrói-se a capacidade de pensar, de
organizar, de conhecer. Ou seja, as próprias estruturas mentais, vão, durante o processo de construção de
conhecimentos, tornando-se cada vez mais complexas.
Genético: associado à idéia de gênese, de evolução. Entre uma estrutura (ponto de partida) e uma estrutura
mais complexa (ponto de chegada) temos um processo de construção. A construção de uma nova estrutura se dá,
necessariamente, pela conservação e superação da estrutura anterior.
Piaget: etapas do desenvolvimento
Desenvolvimento humano segue etapas sucessivas e universais.
Sensório-motor: nascimento até 18/24 meses. Presença da inteligência, mas não do pensamento.
Inteligência – solução de um problema novo (coordenação de um meio para atingir um fim),
Pensamento – inteligência interiorizada, apoiada sobre o simbolismo.
Pré-Operatório: 2 anos até 7/8 anos.
Função Simbólica – representar uma coisa por meio de outra.
Realiza no plano da representação o que foi construído anteriormente.
Operações Concretas: 7/8 anos até 12/15 anos
Lógica dirigida a objetos manipuláveis. Capacidade de conservar um objeto no decurso das transformações
que são reversíveis.
Operações Formais: 12 anos
Lógica do discurso. Raciocínio sobre enunciados verbais, raciocinar sob o ponto de vista do outro.
Raciocínio hipotético-dedutivo.
A construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que
provocam o desequilíbrio.
Piaget: desenvolvimento
Desenvolvimento – relaciona-se a formas, às estruturas.
Aprendizagem – refere-se a conteúdos. Processo endógeno.
Conteúdo – Forma – Conteúdo
Desenvolvimento Humano: adaptativo ao meio, através da interação entre sujeito e mundo.
Adaptação: assimilação e acomodação
Desequilíbrio – interação com o meio ou objetos de conhecimento.
Ação movida pelo interesse em recuperar o equilíbrio.
Realidade Psicológica - nossa percepção da realidade relaciona-se com aspectos internos.
Aprendizagem e desenvolvimento - processos de desenvolvimento são condição prévia para a realização de
um aprendizado; assim, a aprendizagem deriva do desenvolvimento.
Processos de ensino: subordinados aos processos de desenvolvimento.
VIGOTSKY

Um pressuposto básico da obra de Vygotsky é que as origens das formas superiores de comportamento
consciente — pensamento, memória, atenção voluntária etc. —, formas essas que diferenciam o homem dos
outros animais, devem ser achadas nas relações sociais que o homem mantém. Mas Vygotsky não via o homem
como um ser passivo, conseqüência dessas relações. Entendia o homem como ser ativo, que age sobre o mundo,
sempre em relações sociais, e transforma essas ações para que constituam o funcionamento de um plano interno.
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira, o desenvolvimento infantil pode ser visto a partir de três aspectos:
Instrumental, cultural e histórico. Ao tratar do aspecto instrumental, pode-se dizer que se refere à natureza
basicamente mediadora das funções psicológicas complexas. Neste aspecto, o ser humano não apenas responde
aos estímulos apresentados no ambiente, mas os altera, utilizando as modificações como um instrumento de seu
comportamento.
Em um aspecto cultural, é possível dizer que estão envolvidos os meios socialmente estruturados pelos quais a
sociedade organiza os tipos de tarefa que a criança em crescimento enfrenta, e os instrumentos mentais e físicos
de que a criança necessita para aprender a tarefa. Um dos principais instrumentos utilizados é a linguagem, e
baseado nisso, Vygotsky baseou toda sua obra na linguagem e sua relação com o pensamento. Na obra de
Oliveira, vê-se que “A linguagem humana tem para Vygotsky duas funções básicas: a de intercâmbio social e a de
pensamento generalizante. Isto é, além de servir ao propósito de comunicação entre indivíduos, a linguagem
simplifica e generaliza a experiência, ordenando as instâncias do mundo real em categorias conceituais cujo
significado é compartilhado pelos usuários dessa linguagem”. E o aspecto histórico se junta com o cultural, pois
os instrumentos que o homem usa, para dominar seu ambiente e seu próprio comportamento, foram criados e
modificados ao longo da história social da civilização.
Para Vygotsky, a história da sociedade e o desenvolvimento do homem estão totalmente ligados, de forma que
não seria possível separá-los. Desde que nascem, as crianças, têm constante interação com os adultos, pois estes,
naturalmente procuram passar para as crianças sua maneira de se relacionar e sua cultura. E é através deste
contato com os adultos que os processos psicológicos mais complexos vão tomando forma. Esse processo, no
inicio é interpsíquicos, ou seja, partilhado entre pessoas, quando a criança vai crescendo os processos acabam por
ser intrapsíquicos, realizado pela própria criança.
Segundo os estudos realizados por Vygotsky, em um primeiro momento os aspectos motores e verbais do
comportamento estão misturados. “a fala envolve os elementos referenciais, a conversação orientada pelo objeto,
as expressões emocionais e outros tipos de fala social. Como a criança está cercada por adultos na família, a fala
começa a adquirir traços demonstrativos, e ela começa a indicar o que está fazendo e de que está precisando. Após
algum tempo, a criança, fazendo distinções para os outros com o auxilio da fala, começa a fazer distinções para si
mesma. E a fala vai deixando de ser um meio para dirigir o comportamento dos outros e vai adquirindo a função
de auto-direção”. (Bock, Furtado e Teixeira. 2005, p.109). Pode-se dizer então que, o desenvolvimento é
sustentado pelas interações de um sujeito com o outro, ou melhor, da criança com o adulto.
Segundo Bock, Furtado e Teixeira, “todos os movimentos e expressões verbais da criança, no inicio de sua
vida, são importantes, pois afetam o adulto...”, “A fala inicial da criança tem, portanto, um papel fundamental no
desenvolvimento de suas funções psicológicas”.
Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a idéia de que não há um
desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando conforme o tempo passa. O
desenvolvimento é pensado como um processo, onde estão presentes a maturação do organismo, o contato com a
cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem. Ou seja, o
desenvolvimento é um processo que se da de dentro para fora. A partir daí, é possível dizer que entre o
desenvolvimento e as possibilidades de aprendizagem há uma estreita relação, a qual é analisada segundo dois
eixos. Por um lado, existe um desenvolvimento atual da criança, tal como pode ser avaliado por meio de provas
padronizadas ou não, observações, entrevistas etc. por outro lado, existe um desenvolvimento potencial, que pode
ser calculado a partir daquilo que a criança é capaz de realizar com a ajuda de um adulto num certo momento, e
que realizará sozinha mais tarde. Esta capacidade potencial, mais ou menos atualizável durante uma interação.
Dessa maneira, a aprendizagem se torna um fator de desenvolvimento.
Tendo em vista que é a aprendizagem quem determina o desenvolvimento, Vygotsky formula o conceito de
zona do desenvolvimento proximal para explicar como há essa influência entre aprendizagem de
desenvolvimento. Para clarear esse conceito Vygotsky afirma que devemos considerar dois níveis de
desenvolvimento: 1º - o desenvolvimento efetivo, que é o já realizado (zona de desenvolvimento real, e que
podemos medir, por exemplo, através de testes psicológicos; 2º - a zona de desenvolvimento potencial, que é o
desenvolvimento que está em via de se efetivar, ou seja, que ainda não é parte do repertório próprio da criança,
mas está voltado para seu futuro. A ampliação da zona de desenvolvimento potencial ocorre à medida que
acontece uma intencionalidade para realizá-la, ou seja, através da aprendizagem. O desenvolvimento só se efetiva
no meio social e é nele que a criança realiza a apropriação dos comportamentos humanos. Assim, a aprendizagem
na escola ou vida cotidiana, atua no sentido de favorecer o desenvolvimento da zona do desenvolvimento
potencial.
O processo de apropriação do conhecimento se dá nas relações reais do sujeito com o mundo. Vygotsky
distingue dois tipos de conceitos: o primeiro é o cotidiano e prático, desenvolvidos nas práticas das crianças no
cotidiano, nas interações sociais; o segundo é o cientifico, adquiridos por meio de ensino, pelos processos
deliberados de instrução escolar.
Segundo Oliveira, Vygotsky propõe três estágios do desenvolvimento genético do pensamento conceitual: O
primeiro estágio é denominado formação de conjuntos sincréticos, os objetos são, pelas crianças, agrupados em
conjuntos sincréticos baseados em ligações vagas e subjetivas, como a proximidade espacial quando não tem
relação com os atributos relevantes para formarem categorias de objetos; O segundo estágio, denominado estágio
de pensamento por complexos, no qual as ligações entre os componentes dos objetos não são abstratas e lógicas,
mas apenas concretos e factuais, de modo que qualquer conexão factualmente presente pode incluir um elemento
em um “complexo”, sem a lógica devida; O terceiro estágio, denominado formação dos conceitos propriamente
ditos, porque a criança agrupa os objetos conforme um único atributo, sendo capaz de abstrair características
isoladas, da totalidade da experiência concreta. É importante destacar, que o percurso genético para o
desenvolvimento conceitual não é linear, pois o terceiro estágio, por exemplo, não aparece necessariamente, após
o segundo estágio.
De acordo com Oliveira, “Vygotsky afirma que a questão principal quanto ao processo de formação de
conceitos é a questão dos meios pelos quais essa operação é realizada...”, “... a linguagem do grupo cultural onde
a criança se desenvolve dirige o processo de formação de conceitos: a trajetória de desenvolvimento de um
conceito já está predeterminada pelo significado que a palavra que o designa tem na linguagem dos adultos”.
O processo de formação de conceitos discutidos até então se refere aos conceitos cotidianos ou espontâneos,
ou seja, desenvolvidos no decorrer da atividade prática da criança, de suas interações sociais imediatas. Segundo
“Oliveira, “Vygotsky distingue esse tipo de conceitos dos chamados” conceitos científicos”, como parte de um
sistema organizado de conhecimentos, particularmente relevantes nas sociedades letradas, onde as crianças são
submetidas a processos deliberados de instrução escolar”. Porém, apesar disso, os conceitos científicos também
passam por um processo de desenvolvimento, ou seja, não são aprendidos em sua forma final. Os conceitos
científicos e espontâneos da criança se desenvolvem em direções contrárias: inicialmente afastados, mas, a sua
evolução faz com que terminem por se encontrar.
De acordo com a obra de Oliveira, “Essa longa citação de Vygotsky, selecionada por sintetizar claramente sua
concepção acerca do desenvolvimento dos conceitos científicos, apresenta as idéias que fundamentam sua posição
de que os conceitos científicos, diferentemente dos cotidianos, estão organizados em sistemas consistentes de
inter-relações. Por sua inclusão num sistema e por envolver uma atitude mediada desde o inicio de sua
construção, os conceitos científicos implicam uma atitude metacognitiva, isto é, de consciência e controle
deliberado por parte do individuo, que domina seu conteúdo no nível de sua definição e de sua relação com outros
conceitos”.
A partir das considerações de Vygotsky, pode se considerar outra idéia geral sobre o desenvolvimento é a de
que diferentes culturas produzem modos diversos de funcionamento psicológico. Segundo Oliveira, “Grupos
culturais que não dispõem de ciência como forma de construção de conhecimento não têm, por definição, acesso
aos chamados conceitos científicos...”, portanto, as pessoas que fazem parte desses grupos culturais teriam base
com conceitos espontâneos, gerados nas situações concretas e suas experiências pessoais. Assim, o processo de
formação dessas pessoas estaria ligado apenas ao modo de organização da sua cultura e as atividades do grupo.
Por fim, é necessário ter em mente que, a proposta de Vigotsky é que se intervenha de forma decidida e
significativa nos processos de desenvolvimento da criança no sentido de ajudá-la a superar eventuais dificuldades,
recuperar possíveis defasagens cognitivas e auxiliá-la a ativar áreas potenciais imediatas de crescimento e
desenvolvimento.

RESUMO
Desenvolvimento do indivíduo:
 É resultado de um processo sócio-histórico;
 A linguagem é central neste processo e a aprendizagem enfatizada
 Cerne da teoria - aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
 Análise genética na compreensão do desenvolvimento dos processos mentais.
Origem e desenvolvimento psicológico
 Filogenético: desenvolvimento da espécie humana.
 Ontogenético: desenvolvimento do indivíduo dentro da sua espécie.
 Sociogenético: história dos grupos sociais.
 Microgenético: história de processos psicológicos específicos da história singular de cada sujeito.
 Capacidades Mentais: desenvolvem-se a partir da comunicação e interação com o meio, através da
aquisição de experiências dos outros.
 Ser Social: o ser humano é essencialmente um ser social.
 Desenvolvimento - pressupõe a inserção do homem em um ambiente histórico-cultural
 Linguagem: instrumento central no desenvolvimento humano. Através dela transmite-se o legado cultural
das gerações anteriores.

Aprendizagem e desenvolvimento
 Aprendizagem é essencial ao ser social
 Desenvolvimento: maturação biológica (depende do sistema nervoso); e aprendizagem (necessária para o
desenvolvimento das funções psicológicas superiores – consciência, intenção, planejamento, ações
voluntárias). A aprendizagem produz desenvolvimento de um esquema intelectual.

PIAGET X VIGOTSKY

Se compararmos os dois maiores teóricos do desenvolvimento humano, podemos dizer, correndo algum risco
de sermos simplistas, que Piaget apresenta uma tendência hiperconstrutivista em sua teoria, com ênfase no papel
estruturante do sujeito. Maturação, experiências físicas, transmissões sociais e culturais e equilibração são fatores
desenvolvidos na teoria de Piaget. Vigotski, por outro lado, enfatiza o aspecto interacionista, pois considera que é
no plano intersubjetivo, isto é, na troca entre as pessoas, que têm origem as funções mentais superiores.
A teoria de Piaget apresenta também a dimensão interacionista, mas sua ênfase é colocada na interação do
sujeito com o objeto físico; e, além disso, não está clara em sua teoria a função da interação social no processo de
conhecimento.
A teoria de Vigotski, por outro lado, também apresenta um aspecto construtivista, na medida em que busca
explicar o aparecimento de inovações e mudanças no desenvolvimento a partir do mecanismo de internalização.
No entanto, temos na teoria sócio-interacionista apenas um quadro esboçado, que apresenta sugestões e caminhos,
mas necessita de estudos e pesquisas que explicitem os mecanismos característicos dos processos de
desenvolvimento.

Questões
1. Qual o objeto de estudo da Psicologia do Desenvolvimento?
2. O que é desenvolvimento humano?
3. Por que é importante estudar o desenvolvimento humano? Cite dois motivos.
4. Quais são os fatores que influenciam o desenvolvimento? Caracterize cada um deles.
5. Quais são os aspectos do desenvolvimento humano? Caracterize cada um deles. Qual a relação entre eles?
6. Quais são os períodos do desenvolvimento, segundo Jean Piaget?
7. Quais são as principais características dos períodos: a. sensório-motor? b. pré-operatório? c. das operações
concretas? d. das operações formais?
8. Onde estão as origens das formas superiores de comportamento consciente do homem, na visão de
Vigotski?
9. Quais os três aspectos básicos da visão de desenvolvimento infantil de Vigotski?
10. Como você compreendeu o processo de internalização e qual a sua importância no desenvolvimento
humano?
11. O que são os planos interpsíquico e intrapsíquico e como estão pensados na teoria de Vigotski?
ERIK ERIKISON

A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson prediz que o crescimento psicológico ocorre
através de estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interacção da pessoa com o meio que a rodeia. Cada
estágio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma vertente negativa. As duas
vertentes são necessárias mas é essencial que se sobreponha a positiva. A forma como cada crise é ultrapassada ao
longo de todos os estágios irá influenciar a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida. Esta teoria
concebe o desenvolvimento em 8 estágios, um dos quais se situa no período da adolescência:

O primeiro estágio – confiança/desconfiança – ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida (0


- 18 mêses). A criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação ao mundo
que a rodeia, através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não lhe der amor e não responde às suas
necessidades, a criança pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a reflectir-
se nas relações futuras. Se a relação é de segurança, a criança recebe amor e as suas necessidades são satisfeitas, a
criança vai ter melhor capacidade de adaptação às situações futuras, às pessoas e aos papéis socialmente
requeridos, ganhando assim confiança.

O segundo estágio – autonomia/dúvida e vergonha – (aproximadamente entre os 18 meses e os 3 anos). É


caracterizado por uma contradição entre a vontade própria (os impulsos) e as normas e regras sociais que a
criança tem que começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o meio deve estimular a criança
a fazer as coisas de forma autónoma, não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará a criança com sentimentos
de vergonha. A atitude dos pais aqui é importante, eles devem dosear de forma equilibrada a assistência às
crianças, o que vai contribuir para elas terem força de vontade de fazer melhor. De facto, afirmar uma vontade é
um passo importante na construção de uma identidade. -Manifesta-se nas "birras"; nos porquês; querer fazer as
coisas sozinho.

O terceiro estágio – iniciativa/culpa – (aproximadamente entre os 3 e 6 anos) é o prolongamento da fase


anterior mas de forma mais amadurecida: a criança já deve ter capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o
que não pode fazer. Este estágio marca a possibilidade de tomar iniciativas sem que se adquire o sentimento de
culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser
“outro” que não “os outros”, de individualidade. Deve-se estimular a criança no sentido de que pode ser aquilo
que imagina ser, sem sentir culpa. Neste estádio a criança tem uma preocupação com a aceitabilidade dos seus
comportamentos, desenvolve capacidades motoras, de linguagem, pensamento, imaginação e curiosidade.
Questão chave: serei bom ou mau?

O quarto estágio – indústria/inferioridade – decorre na idade escolar antes da adolescência (6 - 12 anos).


A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente. Neste estágio, a
resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a criança não
poderá afirmar-se nem sentir-se capaz. O sentimento de inferioridade pode levar a bloqueios cognitivos,
descrença quanto às suas capacidades e a atitudes regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se integrada na
escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes. Questão chave:
Serei competente ou incompetente?

O quinto estágio – identidade/confusão de identidade – marca o período da adolescência. É neste estágio


que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel no mundo e tem
consciência da sua singularidade. Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de identidade já adquiridos –
esta é a chamada crise da adolescência. Factores que contribuem para a confusão da identidade são: perda de
laços familiares e falta de apoio no crescimento; expectativas parentais e sociais divergentes do grupo de pares;
dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços sociais exteriores à família (que permitem o reconhecimento
de outras perspectivas) e o insucesso no processo de separação emocional entre a criança e as figuras de ligação.
Neste estágio a questão chave é: Quem sou eu?

O sexto estágio – intimidade/isolamento – ocorre entre os 20 e os 35 anos, aproximadamente. A tarefa


essencial deste estágio é o estabelecimento de relações íntimas (amorosas, e de amizade) duráveis com outras
pessoas. A vertente negativa é o isolamento, pela parte dos que não conseguem estabelecer compromissos nem
troca de afectos com intimidade. Questão chave deste estágio: Deverei partilhar a minha vida ou viverei sozinho?

O sétimo estágio – generatividade/estagnação – (35 - 60 anos) é caracterizado pela necessidade em orientar


a geração seguinte, em investir na sociedade em que se está inserido. É uma fase de afirmação pessoal no mundo
do trabalho e da família. Há a possibilidade do sujeito ser criativo e produtivo em várias áreas. Existe a
preocupação com as gerações vindouras; produção de ideais; obras de arte; participação política e cultural;
educação e criação dos filhos. A vertente negativa leva o indivíduo à estagnação nos compromissos sociais, à falta
de relações exteriores, à preocupação exclusiva com o seu bem estar, posse de bens materiais e egoismo.

O oitavo estágio – integridade/desespero – ocorre a partir dos 60 anos e é favorável uma integração e
compreensão do passado vivido. É a hora do balanço, da avaliação do que se fez na vida e sobretudo do que se fez
da vida. Quando se renega a vida, se sente fracassado pela falta de poderes físicos, sociais e cognitivos, este
estágio é mal ultrapassado. Integridade - Balanço positivo do seu percurso vital, mesmo que nem todos os sonhos
e desejos se tenham realizado e esta satisfação prepara para aceitar a idade e as suas consequências. Desespero -
Sentimento nutrido por aqueles que considerem a sua vida mal sucedida, pouco produtiva e realizadora, que
lamentem as oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado tarde para se reconciliarem consigo mesmo e
corrigir os erros anteriores. Neste estágio a questão chave é: Valeu apena ter vivido?

Crise da Adolescência

Para que ocorra, são necessárias as seguintes condições: um certo nível de desenvolvimento intelectual, a
ocorrência da puberdade, um certo crescimento físico e pressões culturais que levem o adolescente à efectiva
ressíntese da sua identidade. Para além das mudanças físicas já referidas acima, o adolescente adquire também a
capacidade de operações formais e raciocínio abstracto. O pensamento formal constitui a capacidade de reflectir
acerca do seu próprio pensamento e do pensamento dos outros. O raciocínio abstracto permite colocar hipóteses,
conceber teorias e opera com proposições.Muitas vezes um adolescente que precisa ter mais afetividade e não a
encontra em casa,pensa que achará,ou a procura na escola através dos grupos de amigos,que nem sempre os
aceitam sem que haja uma certa condição,que na maioria das vezes é de mal-caráter e mancha a personalidade da
pessoa,ou até mesmo traz desinteligência com os pais,gerando uma falta de diálogo,coisa qual que ,por sua vez,é
essencial no entendimento sobre a vida,um vez que os pais já vivenciaram mais experiências passadas que os
filhos podem estar vivenciando no futuro á qualquer momento.

É fundamental que ocorra o chamado período de moratória, em que o jovem tem possibilidades de
explorar hipóteses e escolher caminhos. De facto é nesta altura que vários agentes de socialização exercem
pressão para o assumir responsabilidades e para a tomada de decisões, principalmente do foro escolar e
profissional. Erikson considera que a moratória institucionalizada – rituais sociais para a entrada na idade adulta,
como a escola da área profissional no ensino escolar – facilitam a preparação para a aquisição de papéis na
sociedade. Por noutro lado, um contexto social não estruturado pode levar a uma crise de identidade. Como não é
possível separar a crise de identidade individual com o contexto histórico da sociedade em que se insere o
indivíduo, momentos de crise como guerras, epidemias e revoluções influenciam o adolescente em larga escala,
quanto aos seus valores morais, por exemplo.

Os outros têm um importante papel na definição da identidade: o jovem vê reflectido no seu grupo de
amigos parte da sua identidade e preocupa-se muito com a opinião dos mesmos. Por vezes, procura amigos com
“maneiras de estar” divergentes daquela em que cresceu, de forma a poder pôr em causa os valores dos pais,
testando possibilidades para construir a sua própria “maneira”. O grupo permite um jogo de identificações e a
partilha de segredos e experiências essenciais para o desenvolvimento da personalidade.

Segundo Erikson, o adolescente que adquire a sua identidade é aquele que se torna fiel a uma coerente
interacção com a sociedade, a uma ideologia ou profissão, que é também uma tarefa deste estágio. A fidelidade
permite ao indivíduo a devoção a uma causa – compromisso com certos valores. Também permite confiar em si
próprio e nas outras pessoas, como tal, a interacção social é fundamental. A formação de identidade envolve a
criação de um sentido de unicidade: a unidade da personalidade é sentida por si e reconhecida pelos outros, como
tendo uma certa consistência ao longo do tempo.

MELANIE KLEIN

A teoria Kleiniana possui três aspectos principais:


Existe um mundo interno que é construído com as percepções do mundo externo, esse mundo externo é visto
de acordo com as ansiedades do mundo interno, ou seja, eles se inter-relacionam. O seio materno é o primeiro
objeto de relação da criança com o mundo externo, sendo este bom quando amamenta (lhe dá o
alimento/conforto) e é mau quando suspende essa alimentação (proporcionando desconforto), mesmo se a criança
deseja mais.
Assim, a criança adquire noções de um mesmo objeto (seio materno) divergentes (bom e mau). Esse conceito
possui sua relevância no estudo da formação de símbolos e no desenvolvimento intelectual.Assim que nascem os
bebês sentem amor e ódio. Podendo começar com o seio bom (se ntimento de amor) e o seio mau (sentimento de
ódio), não há um meio termo, ou é um sentimento ou é outro.
De acordo com Klein, o enigma está na fantasia da criança que ao odiar o seio mau, acredita que este objeto
interno irá ter uma reação vingativa, criando certo medo da vingança, o qual é denominado de ansiedade
persecutória. A sensação de querer fugir de uma situação perigosa é chamada na psicanálise de defesa. “Posição
esquizoparanóide” é o conjunto de ansiedade persecutória e suas defesas.
Conforme o bebê vai crescendo e se desenvolvendo há a percepção que o mesmo objeto (seio) que é mau e
que é odiado é o mesmo daquele que é bom e é amado, assim, o foco muda, o medo passa a ser de perder o seio
bom, essa situação de temor da perda o objeto bom denomina-se “ansiedade depressiva”. Esse conjunto de
“ansiedade depressiva” e as suas defesas do ego são chamados de “posição depressiva”.
O psiquismo e os demais desenvolvimentos funcionam a partir do conceito das posições, sendo este muito
importante. Os demais desenvolvimentos, de acordo com Freud, em fases (fase oral, fase anal e fase genital) são
substituídos por um conceito mais dinâmico. Melanie Klein não nega a divisão de fases do Freud, mas dá a essas
fases mais dinamismo.
Diferenciais de Melanie Klein
A questão central da sua diferença em relação a Freud está na dinâmica que imprime ao psiquismo. Enquanto
Freud propõe o desenvolvimento psíquico a partir de três fases estanques (oral, anal efálica), a teoria de Melanie
Klein (ou kleiniana) credita ao período uma dinâmica que até então não era considerada pela psicanálise.
Ela nem considera a palavra ‘fase’. Para ela, existem ‘posições’ que se alternam pela vida afora e que,
portanto, não ‘terminam’ e tampouco se sucedem, como preconiza Freud. De acordo com Melanie Klein, no
primeiro ano de vida a criança já alterna as posições esquizoparanóide e depressiva em seu psiquismo, em um
comportamento que se repetirá constantemente. Ou seja, essas ‘posições’ não passam em função de um pretenso
desenvolvimento psíquico.
Na teoria kleiniana, a posição esquizoparanóide engloba as ansiedades de natureza persecutória, enquanto a
posição depressiva dá origem a todas as ansiedades provenientes do estado depressivo. Assim, todos os problemas
emocionais (neuroses, esquizofrenias e depressão) são analisados a partir dessas duas vertentes ou posições.
Somente o equilíbrio entre as duas posições pode equacionar o psiquismo, em sua opinião.
Mundo interno
A geografia da mente é ampliada e Klein descreve o mundo interno da criança tão real quanto o mundo
externo. Ansiedades, fantasias inconscientes e defesas inatas fazem parte desse mundo interno e constituem a
estruturação da subjetividade da criança. O Outro, segundo Klein, não é um objeto externo representado, e sim, a
externalização de um elemento psíquico dinâmico interno da criança. O mundo interno é criado a partir dos
processos das primeiras relações objetais (seio/bebe), iniciando com objetos parciais (posição esquisoparanoide)
e, a partir que houver maior integração do ego infantil, é estabelecida uma relação com objetos totais, entrando na
posição depressiva.
Projeção, introjeção e indentificação projetiva
Devido ao ego do bebe não ser integrado inicialmente, ele se defende da ansiedade através de mecanismos
mentais: projeção e introjeção. Já a identificação projetiva, é uma ferramenta básica na infância que serve para
controlar o objeto persecutório na posição esquisoparanoide e se livrar das angustias expulsando-as da mente.
Fantasia
São as interpretações da criança conforme suas percepções da realidade, influenciadas pelo principio de
prazer e dor. As fantasias garantem a divisão entre o objeto bom e o objeto mau na posição esquiso-paranoide.
Posição esquisoparanoide e posição depressiva
Klein descreveu dois importantes estágios no desenvolvimento psíquico no primeiro ano de vida da
criança: a posição esquizo-paranóide e a posição depressiva.
Inicialmente, existe um predomínio dos impulsos destrutivos na criança, que enxerga o mundo externo
também como destrutivo e persecutório. A posição esquizo-paranóide caracteriza-se por esses impulsos e, nessa
fase, o conflito acontece em função da sobrevivência do ego. Nessa posição, existem mecanismos mentais como a
projeção, introjeção, objeto bom/ idealizado, objeto mau/ persecutório, idealização, negação e identificação
projetiva.
Conforme ocorrem influências de impulsos amorosos dirigidos para o mundo externo, é desenvolvido um
relacionamento mais positivo com a mãe e a criança conscientiza-se de sua própria ambivalência. Nessa fase, a
criança tem ansiedade relacionada ao medo de que seus próprios impulsos destrutivos possam destruir sua mãe
amada e, a percepção de sua própria ambivalência a leva a intensos sentimentos de responsabilidade, desespero,
ansiedade e culpa. Assim, a posição depressiva pode ser caracterizada por um modo mais maduro de
relacionamento com o outro, o qual possibilita uma nova forma de moralidade.
Na posição depressiva, a criança preocupa-se com o bem-estar do outro, diferentemente da posição
esquizo-paranóide, onde a mesma está preocupada apenas com o bem-estar do ego.
Outra característica da posição depressiva é o ego que se torna mais identificado com o outro, e essa
preservação do outro é sentida como garantia da preservação do próprio ego. Aliás, nessa condição, existe a
possibilidade de uma preocupação real com o bem-estar do outro, independentemente do ego.
Na teoria de Klein, a ansiedade depressiva é a fonte da verdadeira capacidade de amar, a qual é inicialmente
expressa através de ansiedade pela destruição do outro, culpa, remorso, desejo de reparar o dano feito,
responsabilidade em preservar o outro e tristeza relacionada com a possibilidade de perdê-lo. A capacidade de
identificação com o outro na posição depressiva tem como conseqüência o amor. Assim, a criança se torna capaz
de encontrar outros objetos de interesse e o seu amor é dirigido também para outras pessoas e coisas.
Klein menciona ser a posição central do desenvolvimento da criança, que acarreta a saúde mental assim
como a sua capacidade de amar, e depende de uma firme internalização do objeto bom. Caso isso não aconteça,
podem acarretar o estado psíquico da criança para a doença depressiva.

WINNICOTT

A teoria de Winnicott nos remete à compreensão dos estágios mais primitivos do desenvolvimento emocional
do ser humano. Em sua prática, como pediatra e psicanalista, constatou que boa parte dos problemas
emocionais parecia encontrar sua origem nas etapas precoces do desenvolvimento. Pode-se dizer que o cerne de
seus estudos concentrou-se na relação mãe-bebê, pois para ele as bases da saúde mental de qualquer
indivíduo são amoldadas na primeira infância pela mãe, através do meio ambiente fornecido por esta
(Winnicott, 1948). O ambiente tem uma influência decisiva na determinação do psiquismo precoce. Em seu
trabalho, dois caminhos são focalizados e freqüentemente se intercruzam. Um deles diz respeito ao
crescimento emocional do bebê e o outro refere-se “às qualidades da mãe, suas mudanças e o cuidado
materno que satisfaz as necessidades específicas do bebê”.
Para Winnicott a criança nasce indefesa. É um ser desintegrado, que percebe de maneira desorganizada os
diferentes estímulos provenientes do exterior. O bebê nasce também com uma tendência para o desenvolvimento.
A tarefa da mãe é oferecer um suporte adequado para que as condições inatas alcancem um desenvolvimento
ótimo.
Para Winnicott, o ser humano tem a tendência a se desenvolver e unificar, e o faz através do processo de
maturação, ou seja através da formação e evolução do ego, superego e inconsciente, além dos mecanismos de
defesa. A saúde psíquica estaria no livre desenrolar deste processo.
Mas, para isso, é fundamental o papel do ambiente, no caso, o ambiente inicial representado pela mãe ou seu
substituto. esta é a interação inicial, só a primeira de muitas outras. Por isso, para Winnicott, a influência do
ambiente é decisiva sobre o desenvolvimento psíquico do ser humano. É em função dessa influência que
Winnicott vai falar de duas fases iniciais do desenvolvimento: do nascimento aos 6 meses (dependência absoluta)
e dos 6 meses aos dois anos (dependência relativa). No estudo destes momentos iniciais reside grande parte da
contribuição de Winnicott.
A fase da “Dependência Absoluta”
A dependência é vista como “absoluta” porque não haveriam chances de sobreviver sem os cuidados do
ambiente (mãe). Há uma total dependência. O bebê depende totalmente, mas o interessante é que ele desconhece
esse estado de dependência, pois entende que ele e o meio são uma coisa só. É nesse momento que a mãe age,
para o atendimento às necessidades do bebê, através de três funções maternas exercidas simultaneamente:
Apresentação do Objeto – É a função de apresentação do seio ou da mamadeira. Em razão de seu estado vital a
criança passa a “esperar” algo, e esse algo surge e ele, naturalmente, aceita o objeto oferecido. É nesse momento
que o bebê tem a ilusão de ter “criado” esse objeto para a sua satisfação. Ele estava quase imaginando-o quando o
objeto surgiu. É com esta “ilusão” que o bebê tem uma experiência de onipotência. Ou seja, é como se o objeto
adquirisse existência real quando desejado e esperado. à medida que a mãe vai sempre estando à sua disposição
esta ilusão vai sendo reforçada e, ao mesmo tempo, protegendo-o de fontes de angústia que seriam insuportáveis.
Holding – Trata-se de uma função de “sustentação”, ou seja, a mãe instaura uma rotina (repetitiva) de
cuidados cotidianos que vão sustentar, não somente corporal, mas psiquicamente, a criança. Desse modo, a
realidade externa, para o bebê é muito simplificada e permite que ele crie pontos de referência simples e estáveis,
facilitando sua integração no tempo e no espaço.
Handling – Trata-se da função de “manipulação” do bebê enquanto ele é cuidado. É uma função que
harmoniza a vida psíquica com o corpo, e que Winnicott chama de “personalização”.
Nesta fase, a mãe que realiza bem estas três funções é chamada de mãe suficientemente boa, ou seja, boa o
suficiente para que o bebê possa conviver com ela sem prejuízos psíquicos. Ela representa o “ambiente bom” e
permite que a criança coloque em prática sua tendência inata ao desenvolvimento e continuidade da vida fazendo
emergir o verdadeiro self.
O termo “self” foi introduzido por Hartmann, um dos fundadores da escola da Psicologia do Ego, em 1950,
para designar a representação da pessoa inteira (corpo e organização mental. mas, para Winnicott, haveriam dois
aspectos no self que estariam presentes em qualquer ser humano em proporções variadas: um verdadeiro e um
falso.
O verdadeiro, para Winnicott, é a pessoa que é eu e apenas eu, a pessoa que se constrói a partir do emprego de
suas tendências inatas. Este self se manifesta nos gestos espontâneos e das ideias pessoais, pois só o verdadeiro
self é criador e pode ser sentido como real. É este self, portanto, que resulta de uma mãe suficientemente boa.
Mas, e quando a mãe é insuficientemente boa? Isto ocorre quando a mãe não se identifica com as necessidades do
filho, não responde aos seus gestos. Surge daí uma “adaptação falha ao bebê” devido à divisão da mãe em
“pedaços”. Nesse caso, trata-se mais de uma mãe ausente e cujo apego à criança é simplesmente comum.
Que distúrbios psíquicos podem resultar da mãe insuficientemente boa? É importante destacar que, neste
momento, as falhas da mãe não são sentidas como “frustração”. O que as falhas provocam são carências na
satisfação de necessidades, dificultando o desenrolar de seu desenvolvimento.
A angústia que daí resulta é impensável e surge como “ameaça de aniquilação do eu” (despedaçamento,
impressão de queda infindável, sentir-se levado para alturas infinitas, ausência de relação com o corpo, ausência
de orientação espaço-temporal) – a essência da angústia psicótica. Claro que o bebê pode encontrar formas de
“arranjar-se”, pois não há determinismo, mas daí podem surgir organizações patológicas da personalidade.
A respeito do “falso self” vemos que ele é a principal reação do bebê às falhas de adaptação da mãe. O bebê
renuncia à esperança de ver suas necessidades satisfeitas e vai adaptando-se aos cuidados que não lhe convêm. É
aí que ele passa a adotar um modo de ser falso e artificial. Com isso, o indivíduo experimento sentimentos de
irrealidade e vacuidade a respeito de si mesmo, dos outros e da vida, e pode se comportar como um ser que se,
não se adapta, mas se funde ao ambiente passando a reagir especularmente (como espelho, reflexo).
A fase da “Dependência Relativa”
Esta fase vai dos 6 meses aos 2 anos e a dependência é relativa porque a criança se conscientiza de sua
sujeição (na primeira fase ela não se vê separada, mas fundida à mãe), e tolera melhor as falhas de adaptação da
mãe, tirando proveito delas para se desenvolver. Isso porque a criança já percebe a existência de uma realidade,
externa, separada dela. Ela também já consegue se antecipar aos acontecimentos e prever as ações de sua mãe.
Por seu lado, a mãe se desliga um pouco do estado intenso de identificação e retoma outras coisas de sua vida
fazendo surgir as “falhas de adaptação moderadas” que a criança vive sem prejuízo para sua evolução psíquica.
Mas, isso não significa que a mãe esteja dispensada. A criança, por exemplo, pensa estar relacionando-se com
duas mães. Uma é a mãe dos momentos calmos, e a outra é a dos momentos de excitação em que a agressividade
está presente, principalmente nas refeições. O bebê pode imaginar que a satisfação de sua fome acarreta a
deterioração do corpo da mãe. Isso agora lhe preocupa pois ele reconhece que depende da mãe.
Por isso, e para evitar este sentimento, é importante que ele perceba que se trata da mesma pessoa. É um
processo de integração das duas figuras maternas. Para isso, é fundamental a presença da mãe suficientemente
boa. Ela deve sobreviver.
É a representação desta mãe, a crença em sua existência, que deve ser interiorizada pela criança. A criança
passa a perceber que, com sua agressividade, é a essa mãe total e única, que ela pode destruir (angústia
depressiva). É daí que advém a culpa, pois a mesma mãe que ataca é a mãe que lhe cuida (culpa depressiva). É
por esta angústia e culpa que a criança desenvolve atividades de reparação e restauração, quando sentida como
danifica ou destruída, sob a forma de presentes e gestos de ternura. Isso, repetindo, só pode ocorrer, se tiver uma
mãe suficientemente boa. Com isso, a criança continua em sua evolução psíquica.
Então, é nesta fase, por volta do segundo semestre de vida, que, depois de ter passado por uma fase de ilusão
de onipotência, onde cria os objetos de suas necessidades, a criança vai descobrindo que ela e sua mãe são
separadas e que ela depende da mãe para suas necessidades.
É uma fase de desilusão onde a criança desenvolve atividades como, levar os dedos ou algum objeto à boca,
como a ponta de um lençol ou fralda; começa a puxar fiapos de lã e fazer bolotas com que se acaricia; sons bucais
diversos, etc. Estas atividades tem algo em comum. Elas surgem em momentos em que poderia surgir a angústia
(separação da mãe, hora de dormir).
São atividades que Winnicott chama de fenômenos transicionais, e quando envolver um objeto este é chamado
de objeto transicional, e são “transicionais” porque ocupam um espaço intermediário entre a realidade interna e a
externa, com a função de amortecer o choque da conscientização de uma realidade externa. É um espaço
transicional, portanto.
Então, trata-se da existência de um espaço transicional onde ocorrem fenômenos transicionais que podem, ou
não, envolver um objeto transicional. Quando se trata de um “objeto”, ele sempre representa a mãe dos momentos
tranquilos. É um momento em que o bebê passa da situação de controle pela onipotência para a de controle pela
manipulação, ainda anterior ao reconhecimento da realidade externa enquanto tal.
Esse espaço transicional persiste ao longo de toda a vida. Será ocupado por atividades lúdicas e criativas
extremamente variadas. terá por função aliviar o ser humano da constante tensão suscitada pelo relacionamento
da realidade de dentro com a realidade de fora (1).
Para Winnicott, o aparecimento deste espaço é sinal de que a mãe da primeira fase foi suficientemente boa.
Mas, mesmo aí, se pode detectar uma psicopatologia. Quando, por exemplo, a mãe se ausenta por um tempo que
ultrapassa a capacidade da criança mantê-la viva em sua lembrança, pode ocorrer um desinvestimento do objeto.
Os diferentes distúrbios psíquicos ligados ao sentimento de falta de sobrevivência da mãe podem ser
agrupados sob o termo “doenças da pulsão agressiva” (tendência anti-social, hipocondria, paranóia, psicose
maníaco-depressiva, algumas formas de depressão). Para o tratamento, Winnicott chama a atenção para o fato de
que a análise vai cuidar de acontecimentos ligados ao embate entre agressividade e a libido, entre o ódio e o amor,
num momento em que a criança se preocupa com as consequências de seu ódio e sente culpa por ele.
Foi assim que Winnicott passou dos conflitos “intrapsíquicos” para o estudo dos conflitos “interpsíquicos”, ou
seja, para o estudo das distorções psíquicas provocadas por um ambiente patogênico. Daí a necessidade de uma
nova terapêutica para estes casos em que o ambiente fracassara na adaptação às suas necessidades.

Holding
Para Winnicott a sustentação ou holding protege contra a afronta fisiológica. O holding deve levar em
consideração a sensibilidade epidérmica da criança – tato, temperatura, sensibilidade auditiva, sensibilidade
visual, sensibilidade às quedas – assim como o fato de que a criança desconhece a existência de tudo o que não
seja ela própria. Inclui toda a rotina de cuidados ao longo do dia e da noite. A sustentação compreende, em
especial, o fato físico de sustentar a criança nos braços, e que constitui uma forma de amar. A mãe funciona como
um ego auxiliar.
Winnicott propõe que, durante os últimos meses de gestação e primeiras semanas posteriores ao parto, produz-
se na mãe um estado psicológico especial, ao qual chamou de “preocupação materna primaria”. A mãe adquire
graças a esta sensibilização, uma capacidade particular para se identificar com as necessidades do bebê.
O holding feito pela mãe é o fator que decide a passagem do estado de não-integração, que caracteriza o
recém-nascido, para a integração posterior. O vínculo entre a mãe e o bebê assentará as bases para o
desenvolvimento saudável das capacidades inatas do indivíduo.
Self Verdadeiro e Falso Self
O ser humano, para Winnicott, nasce como um conjunto desorganizado de pulsões, instintos, capacidades
perceptivas e motoras que conforme progride o desenvolvimento vão se integrando, até alcançar uma imagem
unificada de si e do mundo externo. (Bleicmar e Bleicmar, 1992).
O papel da mãe é prover o bebê de um ego auxiliar que lhe permita integrar suas sensações corporais, os
estímulos ambientais e suas capacidades motoras nascentes.
Quando a mãe não fornece a proteção necessária ao frágil ego do recém-nascido; a criança perceberá esta falha
ambiental como uma ameaça à sua continuidade existencial, a qual, por sua vez, provocará nela a vivência
subjetiva de que todas as suas percepções e atividades motoras são apenas uma resposta diante do perigo a que se
vê exposta. Pouco a pouco, procura substituir a proteção que lhe falta por um “fabricada” por ela. O sujeito vai se
envolvendo em uma casca, às custas da qual cresce e se desenvolve o self. O individuo vai se desenvolvendo
como uma extensão da casca, como uma extensão do meio atacante.
Objeto transicional
O objeto transicional representa a primeira posse “não-ego” da criança, têm um caráter de intermediação entre
o seu mundo interno e externo.
Em Winnicott o conceito de objeto ou fenômeno transicional recebe três usos diferentes: um processo
evolutivo, como etapa do desenvolvimento; vinculada às angústias de separação e às defesas contra elas;
representando um espaço dentro da mente do indivíduo. Ele propõe ainda que em determinadas condições, o
fenômeno ou objeto transicional pode ter uma evolução patológica, ou mesmo se associar a certas condições
anormais.
Desenvolvimento psíquico
Winnicott propõe que a maturação emocional se dê em três etapas sucessivas: a da integração e
personalização, a da adaptação à realidade e a de pré-inquietude ou crueldade primitiva.
Integração e personalização
Para Winnicott as experiências iniciais ou diádicas são estruturantes do psiquismo, participam da organização
da personalidade e dos sintomas. O bebê nasce em um estado de não integração. Onde os núcleos do ego estão
dispersos e, para o bebê, estes núcleos estão incluídos em uma unidade que ele forma com o meio ambiente. A
meta desta etapa é a integração dos núcleos do ego e a personalização – adquirir a sensação de que o corpo aloja o
verdadeiro self. O objeto unificador do ego inicial não integrado da criança é a mãe e sua atenção (holding).
A integração é obtida a partir de duas séries de experiências: por um lado tem especial importância a
sustentação exercida pela mãe, que “recolhe os pedacinhos do ego”, permitindo a criança que se sinta integrada
dentro dela; por outro lado há um tipo de experiência que tende a reunir a personalidade em um todo, a partir de
dentro (a atividade mental do bebê). Chega um período em que a criança, graças às experiências citadas, consegue
reunir os núcleos do seu ego, adquirindo a noção de que ela é diferente do mundo que a rodeia.
A personalização – definida por Winnicott como “o sentimento de que a de que a pessoa de alguém encontra-
se no próprio corpo”.
Crueldade primitiva (fase de pré-inquietude)
Depois de a criança ter alcançado a diferenciação entre ela e o meio circundante e se adaptar em certa medida
à realidade, pela absorção de pautas objetivas dela, que modificam suas fantasia, o último passo que deve dar é
integrar em um todo as diferentes imagens que tem de sua mãe e do mundo.
Winnicott pensa que a criança pequena tem uma cota inata de agressividade, que se exprime em determinadas
condutas auto-destrutivas. O bebê volta seu ódio sobre si mesmo para proteger o objeto externo; mas esta
manobra não é suficiente e em sua fantasia a mãe pode ficar intensamente danificada. (Bleichmar e Bleichmar,
1992).
A mãe é, além do objeto que recebe, em certos momentos, a agressão da criança, é também aquela que cuida
dela e a protege. Quando a criança exprime raiva e recebe amor, a criança confirma que a mãe sobreviveu e é um
ser separado dela. O bebê adquire a noção de que suas próprias pulsões não são tão danosas e pode, pouco a
pouco, aceitar a responsabilidade que possui sobre elas.

JOHN BOWLBY - TEORIA DO APEGO

Dentro da teoria, apego significa um vínculo afetivo ou ligação entre um indivíduo e uma figura de apego
(comumente um cuidador). Estes laços podem ser recíprocos entre dois adultos, mas entre uma criança e um
cuidador são baseados nas necessidades de segurança e proteção da criança, fundamentais na infância. A teoria
propõe que crianças se apegam instintivamente a quem cuide delas, com a finalidade de sobreviver, incluindo o
desenvolvimento físico, social e emocional.
O “sistema de apego é um constructo organizacional que descreve a complexa gama de emoções,
comportamentos, cognições e modelos de funcionamento interno envolvidos no esforço infantil de manter em um
nível confortável o sentimento de segurança”. Essas experiências são integradas na estrutura de personalidade da
criança “na forma de modelos internos e gerais de funcionamento que determinarão as características de nosso
self frente às situações de vida”. Nenhuma forma de comportamento é acompanhada por sentimento mais forte do
que o comportamento de apego. Para Bowlby, “No curso de um desenvolvimento sadio, o comportamento de
apego leva ao desenvolvimento de laços afetivos ou apegos, inicialmente entre a criança e o progenitor e, mais
tarde, entre adulto e adulto.
Recém-nascidos estabelecem ligações afetivas com qualquer cuidador compatível que seja sensível e receptivo
em interações sociais com eles. A qualidade do compromisso social é mais influente que a quantidade de tempo
despendido. A mãe biológica é, normalmente, a principal figura de apego, mas o papel pode ser tomado por
qualquer um que se comporte compativelmente de uma maneira "maternal" durante um período. Na teoria do
apego, isto significa um conjunto de comportamentos que envolve uma ativa interação social com o recém-
nascido e reações imediatas a sinais e abordagens.[13] Nada na teoria sugere que o pai, ou outras pessoas, não
estão igualmente suscetíveis a tornarem-se as principais figuras de apego, basta que eles provejam a maior parte
do cuidado e da interação social à criança em questão.[14] Alguns recém-nascidos direcionam o comportamento
de apego (busca por proximidade) para mais de uma figura tão logo eles comecem a fazer discriminação entre os
cuidadores; a maioria vindo a fazê-lo durante seu segundo ano. Estas figuras são organizadas hierarquicamente,
com a principal figura de apego no topo.[15]
O conjunto de metas do sistema comportamental de apego é manter um vínculo com uma figura de apego
acessível e disponível.[16] "Alarme" é o termo usado para ativação do sistema comportamental de apego causado
por medo ou perigo. "Ansiedade" é a antecipação ou o medo de ser descartado pela figura de apego. Se a figura
não está disponível ou não responde, ocorre a angústia da separação.[17] Em recém-nascidos, a separação física
pode causar ansiedade e raiva, seguidas de tristeza e desespero. Aos três ou quatro anos de idade, a separação
física não é mais uma ameaça aos vínculos da criança com a figura de apego. Ameaças à segurança em crianças
mais velhas e em adultos surgem a partir de uma ausência prolongada, interrupção na comunicação,
indisponibilidade emocional ou sinais de rejeição ou abandono
O comportamento de apego é dirigido para um ou alguns indivíduos específicos considerados (pela pessoa
apegada) como mais aptos a viver, se adaptar e a lidar com o mundo, buscando proximidade com esses
indivíduos; geralmente há uma ordem clara de preferência.
O apego persiste, durante todo o ciclo vital, de variadas intensidades e formas. As formas podem ser
ativas, necessitando da presença do cuidador; formas aversivas, como o comportamento de chorar; ou
formas ou sinais de comportamentos que sinalizam para o cuidador que há interesse na interação como um
sorriso.
Muitas das emoções mais intensas surgem durante a formação, manutenção, rompimento erenovação de
relações de apego. O envolvimento emocional (afetivo) e o desenvolvimento cognitivo definem a maneira que a
criança irá realizar a representação mental das figuras de apego (tanto de si como do ambiente), sendo assim, são
baseadas nas experiências de vida (e a interação de suas condições físicas, psicológicas e as condições do
ambiente).
O comportamento de apego, segundo Bowlby, possivelmente se inicia já na vida uterina e desenvolve-se
durante os primeiros oito meses de idade através de comportamentos e busca pela proximidade com o
outro indivíduo (em buscar de segurança e conforto). No oitavo mês de idade é quando o bebê já está se
locomovendo com maior facilidade, coincidindo com o início do desenvolvimento da independência
motora.
A proximidade com os outros indivíduos permite que a criança adquira (aprenda) a desenvolver
melhor capacidade de se adaptar ao meio através da convivência e observação, garantindo a evolução e
preservação da espécie. Há também possibilidade das crianças se apegarem a pessoas que não suprem as suas
necessidades fisiológicas (necessidades básicas; sensação de conforto e segurança), sendo assim, percebe-se
que algumas associações de apego não são realizadas apenas pelo prazer.
O comportamento de apego é organizado com o desenvolvimento da criança. O primeiro contato que o
indivíduo possui com outra pessoa (cuidador), são suas experiência precoces e, depois inicia o processo de
“expectativas sobre si mesmo, dos outros e do mundo em geral, com implicações importantes na
personalidade em desenvolvimento”.
A “Teoria do Apego” identificou duas classes de estilo de apego: os seguros e os inseguros.Nos inseguros
temos o resistente, evitante e desorganizado. As crianças seguras são àquelas mais confiantes ao explorar
o mundo que está à seu redor com certeza que seus cuidadores estarão por perto e as inseguras,exploram
pouco o ambiente e possuem em excesso ou precária a interação com sua mãe.
Padrão Seguro
Corresponde ao relacionamento cuidador-criança, provido de uma base segura, na qual a criança pode
explorar seu ambiente de forma entusiasmada e motivada e, quando estressadas, mostra confiança em obter
cuidado e proteção das figuras de apego, que agem com responsabilidade. As crianças seguras
incomodam-se quando separadas de seus cuidadores, mas não se abatem de forma exagerada.
Padrão Ambivalente ou Resistente
É caracterizado pela criança que, antes de ser separada dos cuidadores, apresenta comportamento imaturo
para sua idade e pouco interesse em explorar o ambiente, voltando sua atenção aos cuidadores de maneira
preocupada. Após a separação, fica bastante incomodada, sem se aproximar de pessoas estranhas. Quando os
cuidadores retornam, ela não se aproxima facilmente e alterna seu comportamento entre a procura por contato e a
brabeza.
Padrão Evitativo
“O grupo de crianças pertencentes ao padrão evitativo brinca de forma tranqüila, interage pouco com os
cuidadores, mostra-se pouco inibido com estranhos e chega a se engajar em brincadeiras com pessoas
desconhecidas durante a separação dos cuidadores. Quando são reunidas aos cuidadores, essas crianças
mantêm distância e não os procuram para obter conforto.
Padrão Desorganizado ou Desorientado
Composto por crianças que tiveram experiências negativas para o desenvolvimento infantil
adaptado (...) apresentavam comportamento contraditório para lidarem com a situação de separação. Na
presença dos cuidadores, antes da separação, essas crianças exibem um comportamento constante de
impulsividade, que envolve apreensão durante a interação, expressa por brabeza ou confusão facial, ou
expressões de transe e perturbações.”

QUESTÕES

Piaget:
1 - Quando uma criança de quatro anos diz "eu odio comer verdura", ela está conjugando um verbo irregular
(odiar) como se fosse um regular. De acordo com Piaget, essa criança:
a) cometeu um erro construtivo.
b) acabou de entrar na fase anal.
c) construiu a noção de qualidade.
d) entrou no período operatório formal.
e) elaborou a noção simbólica.

Resposta: A

2 - Com relação às teorias de desenvolvimento e aprendizagem, julgue os itens seguintes. Segundo Jean Piaget, o
desenvolvimento psíquico, que se inicia no nascimento e se encerra na idade adulta, orienta-se essencialmente
para o equilíbrio.
A - Certo B – Errado

Resposta: A

3 - Quando a professora percebe que uma criança está na fase heterônoma do desenvolvimento moral,
expressando crenças e comportamentos tipicamente estudados e descritos por Piaget, sabe que não pode ensinar
ao aluno como adquirir autonomia no pensamento e na ação. De fato, se ela se propusesse a fazer isso, estaria,
segundo o construtivismo, levando esse aluno a:
a) pular um estágio importante do desenvolvimento cognitivo.
b) parar de atuar cognitivamente, por confiar na professora.
c) realizar uma aprendizagem exógena, para a qual não há maturação biológica.
d) distinguir entre o aparato jurídico e as regras éticas da sociedade em que vive.
e) confundir as fronteiras entre os conceitos de assimilação, acomodação e adaptação.

Resposta: B

4 - Para Piaget, o juízo moral, assim como o desenvolvimento, é permeado por fases distintas e diretamente ligado
ao modo pelo qual o sujeito relaciona-se com as outras pessoas. Na heteronomia, que vai dos 6 até 10/11 anos de
idade, a criança internaliza as regras, toma consciência delas, pois já pode separar físico de psíquico. A isso,
Piaget denomina realismo moral. Assinale a alternativa que apresenta exemplo de realismo moral.
a) A reciprocidade, pois a noção de justiça supera a fase do estrito igualitarismo para basear-se na equidade.
Os castigos convertem-se, assim, em algo motivado, não necessário e recíproco.
b) A criança não segue regras coletivas. Quando se depara com crianças dessa idade, percebe-se o que se
chama de monólogo coletivo, pois estas estão na fase de egocentrismo.
c) A criança passa a tomar decisões por si mesma, analisando e compreendendo as regras de cunho
universal.
d) A criança prefere brincadeiras individuais, analisa as regras de cunho universal e passa a segui-las,
tomando decisões por si mesma, sem o referendo dos pais.
e) A consideração da responsabilidade centrando-se unicamente nas consequências materiais da ação, sem
levar em conta a intenção que move a ação nem as circunstâncias que a rodeiam.

Resposta: E

6 - Sobre as fases do desenvolvimento humano e os fatores psicológicos do desenvolvimento, assinale a


alternativa CORRETA.
a) Freud abordou a construção das estruturas mentais do pensamento pautadas na epistemologia genética.
b) A interação e a socialização, segundo Piaget, são mecanismos importantes que favorecem a
autorregulação do ser humano.
c) No Construtivismo, o período da criança entre 02 a 07 anos caracteriza-se como estágio pré-operacional.
d) Vygotsky associou o desenvolvimento da inteligência da criança aos processos de assimilação e
acomodação.

Resposta: C

7 - A teoria das fases de desenvolvimento da criança, de Piaget, serve de base e pode auxiliar os psicólogos
organizacionais. Assinale a alternativa que apresenta situações em que essa teoria pode ser utilizada.
a) Na tomada de decisão de criação de creches para atender aos filhos dos funcionários.
b) Na identificação de problemas de aprendizagem que possam estar comprometendo o desempenho dos
indivíduos na realização de suas tarefas, principalmente em momentos de mudanças tecnológicas.
c) Na definição de planos de benefícios que contemplem ajudas e bolsas escolares para filhos de
funcionários.
d) No reconhecimento de problemas de saúde que possam estar comprometendo o desenvolvimento físico
dos filhos de funcionários.

Resposta: B

8 - Com relação aos estágios do desenvolvimento cognitivo descritos por Jean Piaget, é correto afirmar:
a) No estágio operatório formal, as crianças operam e agem no mundo concreto, real e percebido dos objetos
e eventos. O pensamento egocêntrico é substituído pelo pensamento operatório, que envolve lidar com
uma ampla variedade de informações externas à criança.
b) O estágio sensório-motor ocorre do nascimento aos 3 anos de idade e é caracterizado pelo aprendizado
por meio da observação sensorial e pela aquisição do controle de suas funções motoras a partir de
atividades, exploração e manipulação do ambiente.
c) No estágio do pensamento pré-operatório, as crianças usam símbolos e a linguagem de forma mais ampla
do que no estágio sensório-motor. O pensamento e o raciocínio são intuitivos. As crianças não conseguem
pensar de forma lógica ou dedutiva, e seus conceitos são primitivos.
d) O pensamento hipotético-dedutivo é a organização mais elevada da cognição e possibilita que as pessoas
elaborem uma hipótese ou proposição e a testem em relação à realidade. O raciocínio dedutivo parte do
particular para o geral e é um processo mais complicado do que o raciocínio indutivo, que avança do
geral para o particular.
e) No estágio operatório concreto, emerge a função semiótica, na qual as crianças conseguem representar
algo por meio de um significante, que tem uma função representativa, ou seja, usam um símbolo ou sinal
para representar outra coisa.

Resposta: C

9 - Julgue os itens que se seguem, acerca das bases psicológicas da aprendizagem. A epistemologia genética de
Piaget afirma que as estruturas cognitivas mudam por meio dos processos de adaptação, assimilação e
acomodação.
A - Certo B – Errado

Resposta: B

6. Considerando a afirmação “A emergência da psicologia genética de Piaget possibilitou a configuração do


papel ativo do sujeito cognoscente”,é correto afirmar que
a) a complexidade do fenômeno educativo se desfaz ao se considerar os aspectos cognitivos inerentes ao ato
de aprender.
b) os limites da relação entre a psicologia e a educação são definidos pela aplicação direta dos
a) princípios e explicações da psicologia piagetiana.
b) o interacionismo se opõe às perspectivas inatista e empirista na psicologia da educação da época.
c) o construtivismo integra o inatismo e o empirismo tanto na psicologia como na pedagogia.

Resposta: C
19. As relações estabelecidas entre o desenvolvimento da linguagem e o desenvolvimento dos processos de
pensamento são discutidas a partir de diversas abordagens teóricas. Das afirmações abaixo, assinale aquela em
que há inadequações conceituais, considerando a abordagem indicada:
a) Na perspectiva piagetiana, o desenvolvimento da linguagem é manifestação do desenvolvimento da
função simbólica e é determinado pelo desenvolvimento da cognição, isto é, a linguagem reflete o
pensamento.
b) Chomsky, o principal defensor da abordagem inatista, afirma que o desenvolvimento da linguagem não se
relaciona com os esquemas sensório-motores e sim com um dispositivo de aquisição da linguagem
especificamente humano.
c) Vygotky, o mais destacado dentre os teóricos culturalistas, afirma que a linguagem tem função
comunicativa desde seus primórdios e que as relações entre linguagem e pensamento sofrem alterações ao
longo do processo de desenvolvimento da criança.
d) Na perspectiva ambiental, os acontecimentos externos de caráter simbólico e as possibilidades de
manipulação desses símbolos resultam em inter-relação e inter-influência entre a linguagem e o
pensamento, de forma que há uma relação causal de dupla via entre esses processos.

Resposta: D

Resposta: C
Resposta: E

Resposta: A
Resposta: B

Resposta: C
Resposta: C

Resposta: D
Resposta: D

Resposta: C

34. Segundo Piaget, o pensamento intuitivo, próprio ao período pré-operatório, apresenta características
animistas. O pesquisador refere-se à:
a) impossibilidade de distinguir fins e causas
b) tendência a conceber as coisas como vivas e dotadas de intenção
c) crença de que as coisas foram construídas pelo homem
d) capacidade de raciocinar sem referência à experiência
e) inclinação a considerar propriedades particulares a partir de premissas gerais

Resposta: B

35. Segundo Piaget, as operações mentais constituem ações interiorizadas, reversíveis e coordenadas a outras
ações, de acordo com uma estrutura de conjunto. As operações mentais permitem o emprego de princípios
e propriedades como o de:
a) imitação
b) finalismo
c) artificialismo
d) identidade
e) transdução

Resposta: D

49. Piaget dá grande importância ao papel do sujeito na construção do conhecimento. Para o autor, quando a
escola da Gestalt formula sua teoria, está criando uma forma mais sofisticada do empirismo clássico. Isso porque,
nos dois casos, o enfoque é em um sujeito exclusivamente:
a) transformador
b) comunicativo
c) interativo
d) ativo
e) receptivo

Resposta: E

59. “Para discutir a contribuição de J. Piaget ao estudo do pensamento, é preciso antes apresentar uma cronologia
das principais etapas da sua obra. (...) Para muitos, a etapa considerada mais fecunda é a quinta, entre 1935 e
1955.” Nessa etapa, Piaget utiliza um procedimento misto em suas investigações – perguntas, argumentações,
contra- argumentações e observações das ações da criança. Produz muitas obras nesse período, dentre elas, “O
Desenvolvimento das Quantidades na Criança”, “A Gênese do Número na Criança”, “A Noção de Tempo
na Criança” e “Ensaio sobre as Transformações das Operações Lógicas”. Nessa etapa, o principal enfoque dos
estudos de Piaget é:
a) a gênese das estruturas cognitivas, especialmente a análise das características do pensamento
concretoformal.
b) a epistemoplogia genética
c) a análise detalhada do processo de equilibração da estruturas ou o funcionamento da inteligência
d) o desenvolvimento infantil – dentre outras, as idéias sobre egocentrismo, reversibilidade e
irreversibilidade do pensamento.
e) a Biologia como ciência capaz de responder a todas as questões básicas, em lugar da religião

Resposta: A
41 - Pesquisas feitas por Piaget acerca da gênese das ideias infantis e sobre a gênese da alfabetização mostram
que as crianças, longe de permanecerem alheias ao mundo em que vivem ou se contentarem em aceitar os
discursos adultos sobre ele, criam suas próprias concepções, cujas características dependem:
a) das regras estabelecidas em seu entorno.
b) da maturação neurológica.
c) de seu estágio de desenvolvimento.
d) da aprendizagem social.
e) dos recursos criativos do meio.

Resposta: C

43. A preocupação central de Piaget foi


a) a adaptação interativa.
b) o sujeito heterônomo.
c) o desequilíbrio funcional.
d) o sujeito epistêmico.
e) a visão interacionista.

Resposta: D - O sujeito epistêmico é o sujeito do conhecimento. O sujeito epistêmico (o sujeito que conhece) é o
resultado de uma construção a partir da ação do próprio sujeito.
O termo “sujeito epistêmico” surgiu da epistemologia genética de Piaget (gênese do conhecimento) que enfoca os
processos cognitivos da espécie diferenciando-os dos processos cognitivos do indivíduo (sujeito psicológico).

44. Piaget empregou uma técnica de pesquisa que é por vezes criticada por apresentar falhas no controle
experimental e, ainda, descrições incompletas. Essa técnica é denominada:
a) abordagem experimental.
b) associação livre.
c) método clínico.
d) registro cursivo.
e) triangulação funcional.

Resposta: C

50. As observações de Piaget indicam que, a partir dos sete anos de idade, tem início um estágio de
desenvolvimento moral que ele denominou de “cooperação incipiente”, termo que não deve ser entendido como
ajuda entre parceiros para atingir um mesmo fim. Esse termo, ao contrário, indica que o jogo ganha um caráter:
a) voluntário, no sentido de que os dois parceiros decidem jogar juntos e permanecer no jogo.
b) racional, no sentido de que os dois parceiros buscam desenvolver via jogo uma razão ainda frágil.
c) amistoso, no sentido de que os dois parceiros pretendem mais jogar do que vencer as partidas do jogo.
d) fraternal, no sentido de que os dois parceiros usam o jogo como pretexto para desenvolverem vínculos.
e) social, no sentido de que os dois parceiros concordam em regras básicas e se esforçam por segui-las.

Resposta: E

52. Em uma sociedade em que a TV ganha cada vez mais importância, Piaget diria que ela pode ser danosa ao
desenvolvimento cognitivo se e quando ela:
a) substituir as oportunidades de exploração, de perguntar e de dar respostas.
b) restringir o contato apenas aos membros da família nuclear.
c) limitar a socialização entre pares, ou seja, com os grupos de mesma idade.
d) acalentar idéias pouco democráticas e pautadas no autoritarismo.
e) impuser um relacionamento vertical com os pais e horizontal com os pares.

Resposta: A

53. O raciocínio ‘transdutivo’ é, para Piaget, aquele que não vai nem do geral para o particular (dedução) nem do
particular para o geral (indução). Ao contrário, o raciocínio transdutivo é aquele que procede do:
a) geral para o geral.
b) particular para o particular.
c) inferência para a referência.
d) ilógico para o lógico.
e) inadequado para o adequado.

Resposta: B

54. De acordo com Piaget, é possível dizer que a função simbólica é o que marca o período pré-operatório e
caracteriza-se pelo aparecimento de cinco condutas mais ou menos simultâneas. Entre elas, podemos citar a
imitação diferida, o jogo simbólico, o desenho e a imagem mental. Uma última e não menos importante devido a
sua complexidade é:
a) a assimilação.
b) a acomodação.
c) o desequilíbrio.
d) a contradição.
e) a linguagem.

Resposta: E

55. Com o advento da Linguagem, Piaget considera que a representação nascente torna-se mais forte, uma vez
que pode contar, agora, com o apoio
a) da ação sobre o meio físico.
b) do jogo simbólico.
c) da comunicação.
d) do interesse do outro.
e) da adaptação ao real.
Resposta: C

12. Piaget, ao estudar o desenvolvimento cognitivo, identificou diferentes estágios do desenvolvimento com suas
respectivas características. São características do estágio PRÉ-OPERACIONAL, exceto:
a) O pensamento da criança começa a se organizar, mas não é ainda reversível. A criança não consegue
entender que certos fenômenos são reversíveis.
b) A criança é incapaz de descentração, ou seja, ela não relaciona entre si os diferentes aspectos ou
dimensões de uma situação.
c) A criança pré-operacional raciocina por transdução, ou seja, ela vê uma situação como base para outra
situação.
d) Nesse estágio, a criança já superou o egocentrismo.
e) Segundo Biaggio (1996), Piaget discute ainda outras estruturas típicas do pensamento pré-operacional,
quais sejam: o realismo, o animismo e o antropomorfismo.

Resposta: D

16. Piaget concebe o desenvolvimento cognitivo como uma sucessão de estágios. Considerando a abordagem de
Piaget sobre o processo de desenvolvimento, analise a seguinte descrição das características de um desses
estágios: Nesse estágio, verifica-se uma descentração progressiva em relação à perspectiva egocêntrica que
caracterizava a criança até então. Ela entra, progressivamente, em um mundo de várias perspectivas. O
pensamento da criança, agora mais organizado, possui características de uma lógica de operações reversíveis.
(Moreira,1999) Analisando apenas essa descrição, assinale a alternativa que identifica corretamente o estágio do
desenvolvimento cognitivo descrito.
a) Estágio Sensório-Motor
b) Estágio Operacional Formal
c) Estágio Concreto Formal
d) Estágio Pré-Operacional
e) Estágio Operacional Concreto

Resposta: E

19. Segundo Pozo (1998), apoiando-se em Flavell (1985), a teoria piagetiana do conhecimento, baseada em uma
tendência ao equilíbrio cada vez maior entre os processos de assimilação e de acomodação, tem como objetivo
explicar não somente como conhecemos o mundo em determinado momento, mas também como muda nosso
conhecimento a respeito do mundo. Analise a definição a seguir acerca de um dos conceitos fundamentais na
teoria de Piaget: “Em termos psicológicos, a _______ seria o processo pelo qual o sujeito interpreta a
informação que provém do meio, em função de seus esquemas ou estruturas conceituais disponíveis.” (Pozo,
1998). Assinale a alternativa que complementa corretamente a definição formulada.
a) Acomodação
b) Equilibração Majorante
c) Adaptação
d) Assimilação
e) Aprendizagem

Resposta: D

20. Ainda sobre o desenvolvimento cognitivo na perspectiva de Piaget, analise a definição a seguir:
“Denominam __________ aquilo que em uma ação é transportável, generalizável ou diferenciável de uma outra
ou, dito de outra maneira, o que é comum às diversas repetições ou aplicações da mesma ação.” (Piaget, 1967)
A alternativa que complementa corretamente a definição formulada é:
a) Equilibração Majorante
b) Assimilação
c) Adaptação
d) Acomodação
e) Esquema de ação

Resposta: E

Vygotsky
15. Analise as seguintes proposições acerca da perspectiva sociointeracionista de Vygotsky e assinale a NÃO
Verdadeira:
a) Todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois,
no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica), e, depois, no interior da criança
(intrapsicológica).
b) De acordo com Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo ocorre pela interiorização de instrumentos e
signos, produzidos culturalmente.
c) O desenvolvimento da linguagem no indivíduo se dá da fala interna para a fala social, ou seja,
primeiramente a criança utiliza a fala para si, depois utiliza a fala para se comunicar.
d) As ferramentas psicológicas incluem diversos sistemas de signos, dentre estes, temos: sistemas de
numeração, sistemas de símbolos algébricos, mapas, desenhos e todo tipo de símbolos convencionais, mas é
a linguagem que se torna, ao longo do desenvolvimento humano, o instrumento mediador fundamental da
ação psicológica.
e) Segundo Vygotsky, os processos mentais superiores (pensamento, linguagem) têm origem em processos
sociais; o desenvolvimento cognitivo do ser humano não pode ser entendido sem referência ao meio social.

Resposta: C

58. A linguagem humana, na concepção de Vygotsky, é


a) um pensamento generalizante.
b) a função exclusiva de troca social.
c) um sistema simbólico fundamental.
d) uma operação internalizada.
e) uma categoria explicativa central.

Resposta: C

59. Para Vygotsky, o significado é componente essencial da palavra, sendo, ao mesmo tempo, um ato de
pensamento, na medida em que o significado já é, em si, uma
(A) explicação.
(B) classificação.
(C) abstração.
(D) generalização.
(E) representação.

Resposta: D

60. De acordo com Vygotsky, as funções psicológicas superiores, que estão sob controle voluntário, são mediadas
e, têm, portanto, uma origem
(A) generalizante.
(B) neurológica.
(C) psico-química.
(D) biológica.
(E) social.

Resposta: E

57. Nos seus estudos sobre as diferenças entre as fontes do comportamento do homem e do comportamento
animal, Vygotsky destaca que, no caso desse último, essas fontes são limitadas, e que uma delas, diferentemente
do que ocorre com o homem, é insignificante na formação do comportamento animal. Essa fonte, que diz respeito
à transmissão de experiência, é:
A) a experiência sensorial
B) a experiência imediata e individual
C) a assimilação
D) a experiência da espécie
E) a imitação

Resposta: E

58. Vygotsky afirma que “as origens das atividades psicológicas mais sofisticadas devem ser procuradas nas
relações sociais do indivíduo com o meio externo” e que “o ser humano não só é um produto do seu contexto
social, mas também um agente ativo na criação desse contexto”. Toda a obra de Vygotsky evidencia que ele foi
profundamente influenciado pelos pressupostos:
A) comportamentalistas
B) existencialistas
C) anarquistas
D) marxistas
E) racionalistas

Resposta: D

36. Segundo Vygotsky, as funções psicológicas especificamente humanas:


A) resultam das pressões exercidas pelo meio sobre o indivíduo
B) estão presentes desde o nascimento do indivíduo
C) têm origem nas relações do indivíduo com seu contexto cultural e social
D) repousam na experiência individual e imediata
E) encontram sua fonte na experiência da espécie

Resposta: C

37. De acordo com Vygotsky, a relação do homem com o mundo e com os outros homens é caracterizada pela
mediação. Os dois elementos básicos responsáveis por essa mediação são:
A) o código lingüístico e a informação
B) o instrumento e o signo
C) o instrumento e o código lingüístico
D) a informação e o signo
E) o signo e o código lingüístico

Resposta: B

3. A zona de desenvolvimento proximal é um(a)


a) imagem piagetiana de como as estruturas mentais vão gradativamente aproximando o aprendente do raciocínio
abstrato.
b) conceito de Vygotsky que expressa as limitações de alguns estudantes, cujo desenvolvimento cognitivo é
proximal, mas não é efetivo.
c) conceito de Piaget para enfatizar o papel do desenvolvimento na facilitação da aprendizagem.
d) conceito adotado por Vygotsky para enfatizar o papel da aprendizagem no processo de desenvolvimento
humano.

Resposta: D
Resposta: B

Resposta: E
Erikson

17. Tomando como base a teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson, analise as proposições abaixo.
I. Em cada uma das etapas descritas por Erikson, que vão desde o nascimento até a morte, existe um
conflito psicossocial básico que deve ser resolvido entre dois pólos opostos.
II. A organização da identidade é a etapa central proposta por Erikson na evolução do ciclo vital
humano. É um momento de síntese, de transformação de identificações em identidade e de
interação original com o mundo.
III. Embora compartilhe os pressupostos psicanalíticos básicos da teoria de Freud, a teoria psicossocial
de Erikson dá mais atenção aos aspectos sociais que aos biológicos, ressaltando a importância das
experiências sociais vividas nas diferentes etapas do desenvolvimento.
IV. No segundo e terceiro ano de vida, Erikson diz que a criança está na idade da confiança básica
versus desconfiança básica. Essa idade corresponde à fase anal da teoria freudiana.

Estão corretas, apenas:


a) I, II e III
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) III e IV
e) I e IV

Resposta: A

18. Considerando, ainda, os estágios de desenvolvimento propostos por Erikson, analise a descrição a seguir: “A
terceira etapa do ciclo evolutivo descrita por Erikson está centralizada na evolução da estrutura locomotora e
dos órgãos genitais. Aqui podemos sentir que, em relação a Freud, Erikson privilegia a progressiva organização
do Ego na constituição do sujeito, à medida que vai definindo por suas interações (e aquisições) com o mundo,
ou seja, à medida que as funções do Ego vão-se especializando, a progressiva discriminação efetuada sustentará
as fantasias afetivas (e sexuais) que se vão constituindo.” (Rappaport, 1982). Assinale a alternativa que indica,
corretamente, esse estágio.
a) Identidade versus confusão de papéis
b) Iniciativa versus Culpa
c) Autonomia versus Vergonha
d) Intimidade versus Isolamento
e) Domínio versus Inferioridade

Resposta: B

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