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Direito Interno Relevante

- Detenção Pré-Julgamento

Motivos para a detenção preventiva

Até 1 de Julho de 2002 as matérias relativas á lei criminal eram governadas pelo Código de Processo Penal da
República Federativa Soviética Socialista Russa.
Antes de 14 de Março de 2001, a detenção preventiva é autorizada se o acusado foi acusado de uma ofensa criminal
com uma sentença de pelo menos 1 ano de prisão ou se existem circunstancias excepcionais no caso em questão.(Art.
96º do Código de Processo Penal da República Federativa Soviética Socialista Russa)
A 14 de Março de 2001, o Código em questão foi alterado, permitindo assim que os réus sejam mantidos sob custodia
se a acusação em causa tiver uma sentença de pelo menos 2 anos de prisão ou se os réus tiverem anteriormente
cumprido uma pena ou não tenha residência na Russia ou se a sua identidade não possa ser verificada.(52)
As alterações realizadas nesta data, revogaram também a disposição que autoriza a detenção provisória que permitia
que os réus fossem mantidos sob custodia, com o único fundamento da natureza perigosa da ofensa cometida.

- Tempo limite para a detenção preventiva

O CPP da Republica Federativa Soviética Socialista Russa, prevê dois tipos de detenção preventiva:
1ª - Durante a investigação
enquanto um agente competente, a policia ou o gabinete do procurador, que no nosso ordenamento jurídico equivale ao
Ministério Publico?53), estão a investigar o caso
2ª - Antes do julgamento ou durante os procedimentos judiciais, na fase judicial do processo.

Não existe uma diferença na pratica destes dois tipos de detenção, visto que a detenção é feita no mesmo centro de
detenção, o que difere é o calculo do tempo limite para essas detenções.

A partir da data que o procurador remeteu o processo para o tribunal de julgamento, a detenção do Sr. B foi classificada
como o 2º tipo de detenção, antes do julgamento ou durante os procedimentos judiciais.
Antes de 14 de Março de 2001, não existia tempo limite para a detenção durante os procedimentos judiciais, mas a
partir desse mesmo dia (14 março), existe uma nova lei, o artigo 239º nº1, que estatui que o período máximo de
detenção durante os procedimentos judiciais não pode exceder os 6 meses desde a data que o tribunal recebeu o
processo.

Mas existe uma excepção, caso existisse provas que demostrassem que a libertação do suspeito colocaria em risco a
investigação completa, abrangente e objetiva do caso, o tribunal pode, oficiosamente ou a pedido de um
procurador,alargar o tempo da detenção para mais três meses.
Estas disposições não se aplicam aos réus suspeitos de infracções particularmente graves, o que é o caso do Sr.B,
visto que pela gravidade das acusações o Sr.B esteve detido até ao momento da condenação.

Operações Experimentais

A Operational-search Activities Act, a 12 de agosto de 1995, dispõem na medida do que considera pertinente para o
caso em questão as seguintes disposições:
Estas operações experimentais, tal como se compreende pela secção 6, não mencionam as escutas radiofónicas, e por
essa razão, segundo o Governo Russo, não existe qualquer legislação que regule a obtenção de escutas radiofônicas
sem que haja uma prévia autorização judicial.

Section 6: Operational-search activities Artigo 6: "Durante as investigações podem ser tomadas


as seguintes medidas:
“In carrying out investigations the following measures
may be taken: 9. Monitoramento postais, telegráficas e outros;
9. supervision of postal, telegraphic and other
communications; 10. interceptação de comunicações telefônicas;

10. telephone interception; 11. A coleta de dados a partir de canais de comunicação


técnicas;
11. collection of data from technical channels of
communication; 14. operações de teste.
14. operative experiments.
As medidas de investigação operacionais que envolvam
Operational-search activities involving supervision of supervisão de postais, telegráficas e outros, interceptação de
postal, telegraphic and other communications, comunicações telefônicas através de [empresas de
telephone interception through [telecommunication telecomunicações] e a coleta de dados de canais técnicos de
companies], and the collection of data from technical comunicação devem ser implementadas os meios técnicos
channels of communication are to be carried out by por parte do Serviço de Segurança Federal e os serviços do
technical means by the Federal Security Service and Ministério do Interior, em conformidade com as decisões e
the agencies of the Interior Ministry in accordance with acordos firmados entre os serviços envolvidos.
decisions and agreements signed between the
agencies involved.

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A razão pela qual não é necessário que haja autorização judicial anterior para a obtenção das escutas radiofónicas, está
também evidenciada pela secção 8

Section 8: Conditions governing the performance of Artigo 8: Condições de execução das medidas de inquérito
operational-search activities operacionais
“Operational-search activities involving interference with "Se a implementação das medidas de inquérito
the constitutional right to privacy of postal, telegraphic and operacionais envolve uma violação do direito constitucional ao
other communications transmitted by means of wire or mail respeito de postal, telegráfico e outras comunicações
services, or with the privacy of the home, may be transmitidas por telecomunicações ou serviços postais, ou ao
conducted, subject to a judicial decision, following the respeito da casa, ele está sujeito à obtenção uma decisão
receipt of information concerning: judicial, depois de receber informações sobre:
(…)
(…)

A secção 11
Traduz-se no uso de informações obtidas por meio das medidas de investigação operacional.

A informação recolhida através de medidas investigativas operacionais podem ser utilizadas para a preparação e
realização de um inquérito e processos judiciais (...) e como prova no âmbito de um processo penal, de acordo com as
disposições legais que regulam a recolha, avaliação e apreciação da prova. (...)

- Evidências obtidas em procedimentos de matéria penal


Em 2001 o Código de Processo Penal da Federação Russa, consagrava no seu artigo 69º:

"(...) As provas obtidas em violação da lei devem ser consideradas sem valor legal e não podem ser invocadas como
motivos para acusações criminais. “

Article 69 of the CCrP provided as follows:


“Evidence obtained in breach of the law shall be considered to have no legal force and cannot be relied on as grounds for criminal
charges.”

Mas a 01 de Julho de 2002, foi substituído, pelo Código de Processo Penal da República Federativa Soviética Socialista
Russa, que providencia no seu artigo 75º:

Artigo 75 - Evidência Inadmissível

"1. As evidências obtidas em violação a este Código são consideradas inadmissíveis. Provas inadmissíveis não têm
valor legal e não pode ser invocada para justificar os motivos para as acusações criminais ou provar a qualquer
circunstância cuja prova deva ser requerida em procedimentos criminais]. (...) "

Article 75: Inadmissible evidence


“1. Evidence obtained in breach of this Code shall be inadmissible. Inadmissible evidence shall have no legal force and cannot
be relied on as grounds for criminal charges or for proving any of the [circumstances for which evidence is required in criminal
proceedings]
- A alegada violação do artigo 5º nº3 da Convenção dos Universal dos Direitos Do Homem
Alegações do Sr. B:
Alega que a sua detenção pré-julgamento foi extremamente longa e que foi sucessivamente alargada sem qualquer
indicação relevante e suficiente de motivos.
B, baseia a sua alegação no artigo 5º nº3 da CUDH:
“Everyone arrested or detained in accordance with the provisions of paragraph 1 (c) of this Article shall be ... entitled to trial
within a reasonable time or to release pending trial. Release may be conditioned by guarantees to appear for trial.”

“ Qualquer pessoa presa ou detida de acordo com a previsão do parágrafo 1 deste artigo devera ter direito a um
julgamento dentro de um prazo de tempo razoável ou que aguarde julgamento em liberdade.A libertação pode ser
condicionada pelas garantias de que irá comparecer no o julgamento.”

Posição do Governo:
Alega que a detenção de B não foi extremamente longa e alega ainda que a investigação deste caso demorou algum
tempo devido à sua complexidade e relevância. Face à personalidade do Sr.B , havia um risco considerável de B
desaparecesse, influencia-se testemunhas e obstrui-se a justiça, e por estes motivos se justifica a sua continua
detenção.

Posição Do TEDH:
A presunção sob que recai o artigo 5º da convenção é a favor da libertação.
A segunda parte do artigo 5º, não dá às autoridades judiciais a escolha de trazer o acusado a julgamento dentro de um
prazo de tempo razoável ou concedendo-lhe uma libertação provisória até ao momento do julgamento.
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Até à condenação, ele deve ser considerado inocente e sendo a finalidade essencial a de requerer a sua libertação
provisória uma vez que a sua detenção deixa de ser razoável.
A continua detenção pode então ser justificada num determinado caso, se, e apenas se, existir indicações especificas
de um requerimento de interesse publico, que sem por de parte a presunção de inocência, sobrepõem-se à regra do
respeito da liberdade individual presente no art. 5º da Convenção.
A responsabilidade recai primeiro sob as autoridades judiciais nacionais, para assegurarem que no caso em questão, a
detenção pre-julgamento do acusado não excede um limite de tempo razoável.
Para isto acontecer, é necessário ter em atenção o principio de presunção de inocência, examinando todos os factos a
favor ou contra a existência do requisito de interesse publico que justifique o afastamento da regra do artigo 5º.

A permanente suspeita que a pessoa detida cometeu uma ofensa é uma condição sine qua non, o que significa, é
condição indispensável à validade da existência da continua detenção , mas, com o decorrer do tempo, deixa de ser
suficiente e o tribunal tem de estabelecer se os outros motivos invocados pelas autoridades judiciais continuam a
justificar a continua privação de liberdade.
Esses motivos têm de ser relevantes e suficientes e o tribunal tem de verificar se as autoridades nacionais
desempenharam especiais diligencias na condução dos procedimentos.
O tribunal reitera que não deve ser invertido o ónus da prova, portanto, o meio de prova não deve ser invertido, não
sendo o detido, B, a quem recai o ónus de demonstrar a existência de razoes que justificam a sua libertação.

Período de tempo da detenção


B, permaneceu 1 ano 8 meses e 15 dias detido, este período de tempo verificou-se no período de tempo anterior e
durante o julgamento.

Indeferimento dos pedidos de libertação e suas razões


B fez no mínimo 10 pedidos para a sua libertação, os quais foram indeferidos.
O indeferimento dos seus pedidos têm como justificações o grau elevado da gravidade das acusações, assim como a
sua possibilidade de fuga, a obstrução ao caminho da descoberta da verdade e por fim a pressão efectuada ás
testemunhas.
A partir do dia 7 de Setembro de 2001, não se estabeleceu mais nenhum limite de tempo para o alargamento do período
de detenção de B, o que implica que B continuaria preso ate ao fim do seu julgamento.

Posição do Governo:
De acordo com as circunstancias do caso e a personalidade de B, são suficientes as evidências que incubem para a
finalidade que justifica a sua detenção pré-julgamento.

Posição do TEDH
Considera que não são razões suficientes para se chegar a tal conclusão, e particularmente das decisões tomadas em
fases posteriores.
Compreende também que as autoridades falharam na apresentação de razões suficientes e relevantes que justificasses
a extensão do tempo da detenção de B durante o julgamento até a 1 ano 8 meses e 15 dias, face a isto verifica-se
realmente uma violação do artigo 5º da Convenção Universal dos Direitos Do Homem.

- Alegada violação do artigo 8º da Convenção Universal Dos direitos Do Homem

Posiçao do B:
B, alega que a operação secreta realizada envolveu uma intromissão na sua casa e que a intercepção e a gravação da
sua conversa com V, interferiu na sua vida privada, e portanto, alega que houve violação do artigo 8º da Convenção.
Alega que a operação secreta foi ilegal e injustificada em relação aos seus direitos como o da vida privada e familiar
assim como diz que o consentimento dado a V para entrar em sua casa não se estendia a qualquer consentimento de
ter um policia na sua propriedade, e que a gravação da sua conversação com o Sr.V é uma violação da sua privacidade
e portanto seria necessário uma autorização judicial prévia.

Artig 8º da CUDH:
“1. Everyone has the right to respect for his private and "1. Toda pessoa tem direito ao respeito da sua vida privada e
family life, his home and his correspondence. familiar, do seu domicílio e da sua correspondência.
2. There shall be no interference by a public authority 2. Não pode haver ingerência da autoridade pública no exercício
with the exercise of this right except such as is in deste direito senão como esta interferência é prevista por lei e
accordance with the law and is necessary in a democratic constitui uma medida que, numa sociedade democrática, seja
society in the interests of national security, public safety or necessária para a segurança nacional, segurança pública ou o
the economic well-being of the country, for the prevention bem-estar económico do país, a defesa da ordem ea prevenção
of disorder or crime, for the protection of health or morals, do crime, a protecção da saúde ou da moral, ou a protecção dos
or for the protection of the rights and freedoms of others.” direitos e liberdades outros. "

Posição do Governo:
As autoridades internas expõem dois argumentos acerca da legalidade da operação secreta:
1º - não houve violação da privacidade de B porque não houve qualquer objecção à entrada de V na propriedade por
parte de B;
2º - a finalidade não privativa de que é alvo a sua propriedade;
Mantém a posição que a operação secreta e em particular a intercepção e gravação da conversa do Sr.B com o Sr.V
estão de acordo com a Operacional-Search Activities Act.

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Alegam que não foi pedida nenhuma autorização judicial, visto que de acordo com a secção 8 do Act, só é necessário
essa autorização em intercepções para comunicações transmitidas através de wire channels ou serviços de correio, e
nenhum destes foi utilizado na operação secreta em causa.
No que concerne às operações experimentais, não existe uma lei em si que defina quais as medidas que essas
operações experimentais possam envolver, assim, não existindo estatuição no sistema legal Russo que regule as
intercepções ou as gravações de comunicações privadas através de um dispositivo radio-transmissor.
Negam também que houve uma intrusão na casa de B, visto que a “guest house”,casa de hospedes, não é considerada
a casa de B, e de que de qualquer forma B deixou V entrar voluntariamente.
Consideram ainda que a operação secreta foi indispensável porque sem ela, as provas obtidas, a conversa de B com V,
não teria sido possível verificar a suspeita de que ele terá cometido um crime grave.
Alegam ainda que as medidas tomadas na investigação do crime foram de igual proporcionalidade de acordo com a
seriedade da ofensa em questão.
Alega que as regulações que existem sobre escutas telefónicas não são as mesmas que se aplicam a um dispositivo
radio transmissor e não se pode aplicar por analogia.
É justamente o contrario, a diferença entre estes dois tipos de dispositivos é que não é necessária autorização previa
judicial para o uso do radio transmissor, pelo facto que este tipo de tecnologia não se encontrar no âmbito dos
regulamentos existentes.
Além disso, o Governo Russo considera ainda que o uso de tecnologias que não estejam taxativamente expressas na
secção 8ª da Operacional-Search Activities Act não são objecto dos requisitos formais impostos pela Act (autorizaçao)

Posiçao do TEDH:
As medidas que foram usadas pela policia na condução da operação secreta em questão ascenderam a uma
interferência nos direitos do Sr.B, nomeadamente o respeito pela sua vida privada de acordo com o artigo 8º da
Declaração Universal dos Direitos do Homem.
O principal problema é se essa interferência foi justificada com o artigo 8º, nomeadamente se foi de acordo com a lei e
necessária para uma sociedade democrática.
Relativamente à intercepção de comunicações para fins de uma investigação policial " a lei deve ser suficientemente
clara, para proporcionar a todos os cidadãos indicações adequadas, das circunstâncias e em que condições as
autoridades públicas têm poderes usufruir destas potenciais e secretas interferências com o direito de respeitar a vida
privada e correspondência”
A lei deve indicar o âmbito de tal discrição conferida ás autoridades competentes e a forma do seu exercício com
clareza suficiente para dar a protecção individual adequada contra a interferência arbitraria.
Segundo o Tribunal estes princípios aplicam-se também à utilização de dispositivos radio transmissores que, em termos
da natureza e grau de intromissão é semelhante ao de escutas telefônicas.
B durante o processo teve muito poucas ou nenhumas salvaguardas no procedimento através do qual a sua
conversação com V foi ordenada e implementada.
O Tribunal não está satisfeito com as possibilidades dadas a B para trazer a julgamento factos que provassem a
ilegalidade da operação experimental assim como o pedido de exclusão dos seus resultados sendo considerados ilegais
os meios de prova obtidos.
O uso de vigilância disfarçada, sendo esta parte da operação experimental, não foi acompanhada de adequadas
salvaguardas contra a possibilidade de vários abusos.A sua utilização foi feita arbitrariamente e é inconsistente com o
requerimento de legalidade.
O direito do respeito à vida privada de B, não foi respeitado pela interferência sofrida, de acordo com a lei, lei essa
estabelecida no artigo 8º nº2 da Convenção Universal Dos Direitos Do Homem.
O tribunal não é obrigado a determinar se a interferência foi necessária para uma sociedade democrática para um dos
objectivos enumerados no nº 2 do artigo 8º, mas é necessário considerar se a operação secreta é constituída como uma
interferência com o direito de respeito à propriedade privada.
Face ao supra evidenciado, houve uma violação do artigo 8º da Convenção Universal Dos Direitos Do Homem.

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