Premissas >>>
Escola do
DESIGN ESTRATÉGICO
I. A formulação da estratégia não é um processo natural
nem intuitivo. É um processo a ser formalmente aprendido.
II. O estrategista da organização é o presidente,
que deve ter controle de todo o processo de formulação.
III. O processo de formulação da estratégia deve ser
simples para garantir o controle.
IV. Cada estratégia deve ser tratada individualmente.
V. Depois de formuladas as estratégias, há pouco espaço
para mudanças.
VI. A estratégia determina a estrutura da organização.
VII. A estratégia deve ser compreendida por todas as
Premissas >>>
Escola do
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
I. As estratégias resultam de um processo controlado
de planejamento formal, decomposto em várias fases.
II. A responsabilidade quanto ao controle do processo
e às decisões cabe ao presidente; a execução das etapas do
planejamento cabe aos executivos de planejamento.
III. As estratégias aprovadas devem ser explicitadas
para que possam ser implementadas através da atenção
detalhada a objetivos, orçamentos, programas
e planos operacionais.
Escola do
POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO
Esta escola tem suas origens no clássico “A Arte da
Guerra”, de Sun Tzu. Foi bastante disseminada na década
de 80 (BCG) e teve um impulso renovado a partir da
publicação do livro “Estratégia Competitiva”, de Michael
Porter. É uma escola prescritiva que utiliza instrumentos
de análise sofisticados: matriz de crescimento e
participação no mercado, curva de experiência, forças
competitivas (novos entrantes, fornecedores, clientes,
substitutos, intensidadeda rivalidade entre concorrentes).
A partir dessas análises recomenda a escolha de um
posicionamento: liderança de custos ou diferenciação.
As análises são conduzidas por especialistas e as
decisões são tomadas pelos principais executivos.
Os gestores operacionais devem entender as decisões
e implementá-las.
Premissas >>>
Escola do
POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO
I. Existem ramos de negócios claramente definidos e
estruturados dentro dos quais cada empresa deve buscar
seu posicionamento.
II. O processo de criação da estratégia é a seleção de uma
posição genérica, baseada em cálculos analíticos.
III. Os cálculos (análises quantitativas) são essenciais
para se atingir o fim: a superioridade em relação à
concorrência.
Escola
COGNITIVA
Esta escola nos diz que precisamos compreender
como a mente humana funciona para que
possamos entender como as estratégias são formuladas.
Uma das linhas deste pensamento diz
que a mente processa dados da realidade objetiva
e procura entender o mundo como ele é.
De certa forma, a mente formula mapas da realidade
para que a organização possa situar-se nela.
A formulação de estratégias, portanto, é um exercício
de ajustamento da organização ao ambiente, a partir
das percepções dos estrategistas. Outra linha diz que
não existe uma realidade objetiva, mas interpretações
subjetivas dos fenômenos. A mente humana cria o mundo
a partir de suas crenças. Como decorrência, as estratégias
são declarações de “como o mundo deve ser” e qual
o papel que a organização tem nele.
Premissas >>>
Escola
COGNITIVA
I. A concepção da estratégia é um processo cognitivo
que acontece na mente do estrategista.
II. Estratégias são perspectivas que emergem a partir
de conceitos, mapas, molduras e esquemas que definem como
as pessoas lidam com as informações vindas do ambiente.
III. As informações fluem através de diversos filtros
que podem deturpar a percepção.
IV. O mundo percebido pode ser modelado, emoldurado
ou construído na mente dos estrategistas.
Escola do
EMPREENDEDORISMO
A estratégia da organização depende exclusivamente
da visão de futuro do empreendedor: o proprietário do
negócio (como ocorre na grande maioria dos casos), mas
também pode ser um executivo que, apaixonadamente,
busca a realização de sua visão. Esta visão se baseia
fortemente nas intuições do líder visionário, deixando
de lado as análises formais e os instrumentos estruturados.
Para comunicar sua visão para os demais integrantes da
organização, o líder visionário faz uso intensivo de
metáforas fortes, que tocam as emoções das pessoas.
Neste sentido, ele precisa ter grande competência de
comunicação. A visão, em geral, é clara o suficiente para
mobilizar as pessoas e difusa o necessário para permitir
ajustes rápidos a mudanças no ambiente.
A implementação eficaz das estratégias requer
obsessão e presença constante do líder visionário.
Premissas >>>
Escola do
EMPREENDEDORISMO
I. Na mente do líder, a estratégia existe como uma
orientação voltada para o longo prazo.
II. O processo de concepção da estratégia é baseado na
experiência e na intuição.
III. O líder promove a visão de forma decidida, controlando
todos os detalhes da implementação.
IV. A organização deve ser flexível e sua estrutura o mais
simples possível para responder instantaneamente aos
novos direcionamentos do líder.
Escola do
PODER
Caracteriza-se pela formação da estratégia como um
processo aberto de influências, enfatizando o uso de
poder e política para negociar posições favoráveis
a determinados interesses. Isto inclui movimentos
clandestinos para subverter a concorrência (cartéis)
e também arranjos cooperativos, como a formação de
parcerias, alianças estratégicas, terceirização, joint
ventures, fusões e aquisições. Há dois ramos nesta escola.
O ramo do poder micro lida com o jogo da política interna
(agentes internos em conflito com seus colegas, em geral
por interesses próprios). O ramo do poder macro vê a
organização agindo em seu próprio interesse,
em cooperação ou conflito com outras organizações
(organização à beira da falência pressionando o
governo por garantias para empréstimos).
Premissas >>>
Escola do
PODER
I. As organizações são compostas por indivíduos
com sonhos, esperanças, ciúmes, interesses e temores.
II. Não é possível formular ou implementar estratégias
ótimas: as metas concorrentes de indivíduos e coalizões
perturbam e distorcem qualquer estratégia pretendida.
III. As estratégias são definidas muito mais por
negociação política do que por forças do mercado.
IV. As estratégias definidas por este processo tendem a
ser emergentes e assumem mais a forma de posições
Premissas >>>
Escola
AMBIENTAL
Posiciona o ambiente como uma das três forças centrais,
ao lado de liderança e organização. Estratégia é um
processo reativo às exigências do ambiente. O ponto de
partida é a “teoria da contingência”, que analisa as
respostas esperadas de organizações confrontadas com
as condições ambientais em que operam. Outra referência
é a “ecologia da população”: cada ambiente tem um
volume finito de recursos, disputados por todas as
organizaçõesque nele atuam, o que leva à sobrevivência
das mais fortes (darwinismo social). Um terceiro referencial
é a “teoria institucional”, que vê o ambiente como
repositório de recursos econômicos e recursos simbólicos.
A estratégia, assim, é o processo de adquirir recursos
econômicos e transformá-los em simbólicos e vice-versa,
para proteger a organização das incertezas do ambiente.
Premissas >>>
Escola
AMBIENTAL
I. O ambiente, um conjunto de forças gerais, é o agente centra
no processo de geração de estratégia.
II. A organização deve responder eficazmente às forças
externas ou será eliminada.
III. A liderança deve garantir uma adaptação apropriada
da estratégia ao ambiente.
IV. As organizações acabam se agrupando em “nichos ecológicos”
e permanecem neles até que os recursos se tornem escassos
ou as condições demasiado hostis. Então elas morrem.
Premissas >>>
Escola
CULTURAL
A cultura é, essencialmente, composta de interpretações
do mundo e das atividades e artefatos que refletem
essas interpretações. A cultura organizacional é a mente
da organização, as crenças comuns que se refletem nas
tradições, nos hábitos e em manifestações mais tangíveis
como histórias, símbolos, edifícios, produtos, estilo de
vestimenta, linguagem usada, formas de tratamento entre
as pessoas. Uma cultura organizacional rica pode se
transformar em ideologia. É este conjunto de crenças
que determina as escolhas e a formulação das Estratégias.
A cultura pode ser o maior diferencial estratégico de
uma organização, pois jamais pode ser imitada. Mas,
também pode impedir os executivos de perceberem
as mudanças que ocorrem no ambiente.
Premissas >>>
Escola
CULTURAL
I. A concepção da estratégia é um processo de interação social
baseado nas crenças compartilhadas na organização.
II. Os executivos incorporam estas crenças através de um processo
de aculturação ou socialização, que é tácito e não-verbal.
III. A estratégia está enraizada em intenções coletivas
(não necessariamente explicadas) e refletida nos padrões pelos
quais os recursos ou capacidades da organização são protegidos
e usados para sua vantagem competitiva.
IV. A cultura não encoraja as mudanças estratégicas,
mas a perpetuação da estratégia existente.
Premissas >>>
Escola da
CONFIGURAÇÃO
A partir da descrição do estado atual,
a concepção da estratégia é o processo
de transição de um estado para outro.
Embora o processo de geração de estratégia
possa se dispor a mudar a direção na qual a
organização está indo, as estratégias resultantes
estabilizam essa direção. Dependendo do estado da
organização e do contexto em que atua, as prescrições
podem variar. Uma organização mecanicista que atue
em ambiente estável pode se valer de estratégias
planejadas; mas um negócio que se inicia ou uma
organização que necessite de uma “virada” pode
se valer de estratégias empreendedoras/visionárias.
Premissas >>>
Escola da
CONFIGURAÇÃO
I. Uma organização pode ser descrita como uma configuração
estável de características. Em determinado período de tempo,
ela adota uma determinada estrutura adequada a um
determinado contexto.
II. Períodos de estabilidade são ocasionalmente interrompidos
por um processo de transformação – um salto quântico para
outra configuração.
III. A chave para a administração estratégica é sustentar a
estabilidade, prover mudanças estratégicas adaptáveis a
maior parte do tempo e, periodicamente, reconhecer
a necessidade de transformação.
Premissas >>>
Escola da
APRENDIZAGEM
A organização aprende com os sucessos e os fracassos.
Quanto mais iniciativas houver dentro da organização,
mais aprendizagem ocorrerá e as estratégias irão
se refinando. Iniciativas estratégicas ocorrem e devem
ser estimuladas em toda a organização. As iniciativas
podem ser de pessoas ou de grupos. A formulação de
estratégias não é atribuição exclusiva de determinada
área ou posição hierárquica. Ela é como “erva daninha,
nasce em qualquer lugar e lança raízes em qualquer
terreno”. Quando se tornam coletivas, viram estratégias
organizacionais. O papel dos executivos principais é
reconhecer sua emergência e intervir para direcionar
os esforços. A escola da aprendizagem reconhece o valor
do conhecimento tácito (aquele “conhecimento visceral”
que as pessoas têm e muitas vezes não sabem que têm)
na formulação de estratégias.
Premissas >>>
Escola da
APRENDIZAGEM
I. A natureza complexa do mercado exige que a formulação
de estratégias se fundamente na criação constante de
conhecimento e na aprendizagem organizacional.
II. O papel do líder é gerir o processo de aprendizagem,
de onde poderão emergir novas estratégias.
III. As estratégias emergem a partir do pensamento retrospectivo
(que busca compreender o passado e aprender com ele),
depois evoluem para definir planos para o futuro.
Fim