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22972 Diário da República, 2.ª série — N.

º 170 — 4 de setembro de 2014

Despacho n.º 11186/2014 Responsáveis (ZER), bem como o processo de acreditação de entidades
no âmbito deste sistema;
Lista n.º 57/14 Considerando que o SIR consagra que as entidades públicas que
intervêm nos procedimentos nele previstos nas áreas do ambiente,
Por despacho do Secretário de Estado da Administração Interna da segurança e saúde no trabalho e da segurança alimentar devem,
de 22 de agosto de 2014, foi concedido o Estatuto de Igualdade de de forma progressiva e incremental, adotar condições técnicas pa-
Direitos e Deveres previsto no Tratado de Amizade, Cooperação e dronizadas por tipos de atividade e ou operação que constitua objeto
Consulta entre a República Portuguesa e a República Federativa do de autorização, licença ou parecer nas respetivas áreas de atuação,
Brasil, e nos termos do artigo 15 da Resolução da Assembleia da salvo se a especificidade da atividade ou operação em causa não
República n.º 83/2000 de 14 de dezembro, conjugado com o n.º 1 do for compatível com a padronização das condições de instalação ou
artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 154/2003, de 15 de julho, aos cidadãos exploração;
brasileiros: Considerando que nos termos do Despacho n.º 14 209/2012, 24
de outubro, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 212,
de 2 de novembro de 2012, foi criado o “Grupo de Trabalho para a
Data Padronização”, cujo mandato cessou em 31 de dezembro de 2013,
Nome
de nascimento
do qual resultou a elaboração de diversos Títulos Padronizados In-
tegrados por sectores de atividade industrial e outros Referenciais
Valdelice Silva de Souza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12-09-1969 Padronizados;
Delso de Cassio Batista Junior. . . . . . . . . . . . . . . . . . 29-03-1986 Considerando que nos termos do n.º 2 do artigo 8.º do SIR, as
Iara Silva dos Santos Pessoa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10-07-1963 condições técnicas padronizadas são aprovadas por despacho do
Alice da Paz Araújo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01-08-1970 ministro responsável pela área da economia ou da tutela da área
Jonny Petterson Carneiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29-11-1976 técnica em causa e são obrigatoriamente disponibilizadas no «Balcão
Daniel Pereira do Nascimento Júnior . . . . . . . . . . . . 23-05-1992 do empreendedor»;
David Marinho Virginio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02-11-1985
Considerando a visão integrada consagrada no SIR, no que respeita
Rosângela Pereira Costa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02-01-1969
Juscelio Marques de Matos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02-06-1985 à prevenção e controlo de riscos industriais em matéria de ambiente,
segurança alimentar e segurança e saúde do trabalho;
Considerando que as condições técnicas padronizadas resultam do
28 de agosto de 2014. — Pelo Diretor Nacional, a Coordenadora do trabalho conjunto e consensual do Grupo de Trabalho para a Padroni-
Gabinete de Apoio às Direções Regionais, Paula Alexandra Galvão de zação, no qual estiveram envolvidas diferentes entidades públicas com
Oliveira da Velha, inspetora. atribuições nas áreas técnicas objeto de padronização;
208057721 Considerando que se entende, por razões de eficiência e celeridade
nos procedimentos de aprovação e publicitação das condições técnicas
padronizadas, a adoção de um único despacho envolvendo todos os
ministérios que tutelam os setores ou áreas técnicas contempladas
MINISTÉRIO DA ECONOMIA naquelas;
Assim, ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 8.º do SIR, apro-
vado pelo Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, determina-se o
Instituto do Turismo de Portugal, I. P. seguinte:
1 — São aprovadas as seguintes condições técnicas padronizadas,
Aviso n.º 9925/2014 com os termos constantes do Anexo ao presente Despacho, do qual faz
parte integrante:
Em cumprimento do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º da
Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, e do n.º 3 do artigo 99.º da Lei Geral a) Oito (8) Títulos Padronizados Integrados (TPI) aplicáveis
do Trabalho em Funções Públicas, aprovada pelo referido diploma, aos seguintes sectores industriais: Assadura de Leitão e Outros
torna-se público que, com efeitos em 01 de agosto de 2014, foi auto- Ungulados, Agroindústria, Padaria, Pastelaria e Fabricação de Bo-
rizada a consolidação definitiva da mobilidade interna na categoria, lachas, Biscoitos, Tostas e Pastelaria de Conservação, Preparação
do técnico superior Jorge Miguel do Rosário Santos Cruz, passando de Carnes (corte e desossa) e Fabrico de Carne Picada e Preparados
a ocupar um posto de trabalho na carreira e categoria de Técnico de Carne, Fabrico de Produtos à Base de Carne, Queijaria, Centro
Superior no mapa de pessoal do Turismo de Portugal, I. P., mantendo de Classificação de Ovos, Fabrico de Alimentos Compostos para
a mesma posição remuneratória e nível remuneratório da situação Animais;
jurídico-funcional de origem. b) Quatro (4) Títulos de utilização de recursos hídricos aplicáveis,
respetivamente, à captação de águas subterrâneas, à rejeição de águas
28 de agosto de 2014. — A Diretora-Coordenadora da Direção de residuais do tipo doméstico, à rejeição de águas pluviais contaminadas
Recursos Humanos, por delegação de competências, Elsa Cristina Pinto e à rejeição de águas de refrigeração;
Barbosa Gomes da Cruz Deus Vieira. c) Um (1) Referencial técnico padronizado aplicável às operações de
208056174 armazenagem (para valorização e ou eliminação);
d) Um (1) Título de emissão de gases com efeito de estufa (referencial
técnico padronizado), aplicável ao sector da cerâmica;
e) Um (1) Documento de referência da segurança e saúde do trabalho
(SST) — Atuação dos Industriais no âmbito do SIR.
MINISTÉRIOS DA ECONOMIA, DO AMBIENTE, ORDENA- 2 — As condições técnicas padronizadas mencionadas no número
MENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA, DA AGRICUL- anterior são disponibilizadas no «Balcão do empreendedor» e são
TURA E DO MAR, DA SAÚDE E DA SOLIDARIEDADE, divulgadas junto da indústria por parte das entidades coordena-
doras e consultadas previstas, respetivamente, nos artigos 13.º e
EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL. 14.º do SIR.
3 — O presente despacho produz efeitos no dia seguinte ao da sua
Gabinetes dos Secretários de Estado da Inovação, In- publicação.
vestimento e Competitividade, do Ambiente, da Ali-
11 de agosto de 2014. — O Secretário de Estado da Inovação,
mentação e da Investigação Agroalimentar, Adjunto Investimento e Competitividade, Pedro Pereira Gonçalves. — O
do Ministro da Saúde e do Emprego. Secretário de Estado do Ambiente, Paulo Guilherme da Silva
Lemos. — O Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação
Despacho n.º 11187/2014 Agroalimentar, Alexandre Nuno Vaz Baptista de Vieira e Brito. — O
Considerando o Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, que aprovou Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Serra
o Sistema da Indústria Responsável (SIR), o qual regula o exercício da Leal da Costa. — O Secretário de Estado do Emprego, Octávio
atividade industrial, a instalação e exploração de Zonas Empresariais Félix de Oliveira.
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SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL (SIR) 2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho


a) Organização dos serviços de saúde e segurança no trabalho
TÍTULO PADRONIZADO INTEGRADO (TPI) b) Verificações periódicas e extraordinárias dos equipamentos
de trabalho
c) Prevenção de riscos profissionais
ASSADURA DE LEITÃO E DE OUTROS UNGULADOS
2.4.3 — Ambiente
NOTA PRÉVIA 2.4.3.1 — Recursos hídricos
2.4.3.2 — Resíduos
• O Título Padronizado Integrado (TPI) de instalação e exploração de 2.4.3.3 — Emissão para o ar
estabelecimento industrial de assadura de leitão e de outros ungulados 2.4.3.4 — Ruído ambiente
(adiante designado por título), contém as condições padrão de instalação 2.5 — FLEXIBILIDADE
e exploração de estabelecimento industrial nos domínios da segurança ANEXOS
alimentar, segurança e saúde no trabalho e ambiente para efeitos de I — LEGISLAÇÃO (vide 2.1)
exercício desta atividade.
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
industrial de assadura de leitão e de outros ungulados constitui uma ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
opção do industrial, a qual, uma vez exercida, o habilita ao exercício ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
desta atividade mediante o cumprimento das condições padrão definidas ܿ AMBIENTE
no presente título.
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento II — FLUXOGRAMA
industrial de assadura de leitão e de outros ungulados não dispensa, em Texto de apoio ao Fluxograma
qualquer caso, a aprovação do estabelecimento em causa pela autori-
dade responsável pela segurança alimentar, mediante vistoria a realizar 1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO
previamente ao início de exploração, em cumprimento do disposto no 1.1 — O presente título é aplicável à atividade de assadura de leitão,
artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu cabrito, borrego e outras carnes de ungulados domésticos, enquadrável
e do Conselho, de 29 de abril. na CAE 10130, exercida em estabelecimento industrial de tipo 3, na
• Pode solicitar a aplicação deste título, qualquer operador que sub- aceção do artigo 11.º do SIR.
meta um processo de licenciamento enquadrável no regime de mera 1.2 — A atividade de assadura compreende o processo que se inicia
comunicação prévia. com a receção de carcaças de leitão, cabrito, borrego ou outras peças de
carne de ungulados, que prossegue com a preparação, condimentação e
Índice processamento térmico das carcaças e que se conclui com a expedição
de carne assada quente, refrigerada ou congelada.
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO 2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO-
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- RAÇÃO
RAÇÃO 2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES A listagem da legislação de enquadramento das condições padrão
2.2.1 — Princípios gerais abaixo definidas consta em anexo ao presente título.
2.2.2 — Localização
2.2.3 — Conceção 2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES
2.2.4 — Requisitos Dimensionais 2.2.1 — Princípios gerais
2.2.5 — Pavimento O estabelecimento industrial deve ser concebido de forma a assegurar
2.2.6 — Paredes a higiene e segurança dos géneros alimentícios, bem como a segurança e
2.2.7 — Tetos a saúde dos trabalhadores e a proteção do ambiente, devendo o respetivo
2.2.8 — Portas projeto de construção ser elaborado na perspetiva de:
2.2.9 — Janelas • Permitir a manutenção, limpeza e desinfeção adequadas;
2.2.10 — Instalações sociais • Facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica
2.2.11 — Iluminação das operações;
2.2.12 — Ventilação • Evitar a contaminação por via atmosférica, a acumulação de su-
2.2.13 — Instalação elétrica jidade, o contacto com materiais tóxicos, a queda de partículas nos
2.2.14 — Sinalização de segurança géneros alimentícios bem como a formação de condensações e bolores
2.2.15 — Águas de abastecimento nas superfícies;
2.2.16 — Águas residuais • Possibilitar a aplicação de boas práticas de higiene e a existência
2.2.17 — Águas pluviais de condições adequadas de manuseamento e de armazenagem a tem-
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS peratura controlada;
2.3.1 — Características dos materiais • Possibilitar o controlo de pragas e de animais indesejáveis;
2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos • Garantir as condições de trabalho adequadas à prevenção dos riscos
2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali- profissionais;
mentícios • Garantir a proteção e a promoção da saúde dos trabalhadores.
2.3.4 — Dispensador de água potável
2.3.5 — Equipamento para lavagem e desinfeção do calçado 2.2.2 — Localização
2.3.6 — Fornos
O estabelecimento deve localizar-se em zona livre de fontes de con-
2.3.7 — Equipamentos frigoríficos
taminação. A área circundante das instalações deve estar limpa.
2.3.8 — Embalagens
2.3.9 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa- 2.2.3 — Conceção
mentos O estabelecimento deve dispor de:
a) Equipamentos a gás/termoacumulador a) Uma zona de receção de matérias-primas, concebida de modo a
b) Máquinas minimizar a contaminação por via atmosférica, pela entrada de gases
c) Elementos móveis dos equipamentos de trabalho do escape, de poeiras e de insetos e a evitar a entrada de pessoas inde-
d) Equipamentos de proteção individual vidamente fardadas e higienizadas;
e) Material de primeiros socorros b) Câmara(s) frigorífica(s) para a armazenagem de matérias-primas,
f) Equipamentos de combate a incêndios adjacente(s) à zona de receção;
c) Um local para a armazenagem de condimentos, munido de armário
2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS ou prateleiras. Se os condimentos forem preparados neste local, deve
2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar existir uma mesa de trabalho;
a) Procedimentos baseados no sistema HACCP d) Um local para a armazenagem de lenha, no caso de os fornos serem
b) Pré-requisitos do sistema HACCP aquecidos a lenha. A localização deste local e o circuito da lenha no
c) Rastreabilidade estabelecimento devem evitar a contaminação dos alimentos;
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e) Um local para armazenagem de materiais de acondicionamento 2.2.7 — Tetos


e de embalagem. A sua localização deve permitir a ligação às zonas a) Os tetos devem apresentar-se lisos, de fácil limpeza, pintados ou
de acondicionamento e embalamento sem passagem pelas zonas de revestidos de cor clara e de material incombustível.
receção de carcaças e de preparação. As características do local de b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, os tetos e os
armazenagem devem permitir assegurar que os materiais de embalagem equipamentos neles montados devem ser construídos de modo a facilitar
não são contaminados; a sua higienização, a evitar o desenvolvimento de fungos, a acumulação
f ) Um local, segregado da armazenagem dos géneros alimentícios, de poeiras e o desprendimento de partículas que de qualquer forma
para armazenagem de detergentes, desinfetantes e outros produtos possam vir a contaminar os alimentos.
químicos, em condições de segurança; c) A junção entre o teto e as paredes não deve exibir aberturas
g) Uma sala para a preparação e condimentação das carnes, cuja desprotegidas, de modo a minimizar a contaminação por via at-
localização deve permitir o acesso direto às câmaras de conservação e mosférica, pela entrada de fumos, gases, poeiras, insetos e outros
à sala de assadura sem passar por áreas suscetíveis de contaminar os animais.
géneros alimentícios;
h) Uma sala de assadura, adjacente à sala de preparação e condi- 2.2.8 — Portas
mentação e com acesso direto à sala de lavagem de equipamentos e
utensílios (referida no ponto abaixo); a) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as portas
i) Uma sala destinada à limpeza, desinfeção e armazenagem dos devem apresentar as seguintes características:
utensílios e equipamentos, que deve dispor de um abastecimento ade- • Devem ser lisas, constituídas de materiais não absorventes, facil-
quado de água quente e fria; mente laváveis e desinfetáveis;
j) Um local destinado ao acondicionamento e embalagem dos pro- • Devem possuir sistemas de fecho adequado e eficiente de forma
dutos finais, munido de mesa(s) de trabalho; a permitir o seu ajuste ao pavimento e às paredes, sempre que abram
k) Uma zona de expedição dos produtos finais, concebida de modo diretamente para o exterior, designadamente as das zonas de receção
a minimizar a contaminação por via atmosférica, pela entrada de gases de matérias primas e de expedição;
do escape, de poeiras e de insetos; • Devem ser isotérmicas nas ligações entre as zonas que carecem de
l) Se os produtos finais forem expedidos refrigerados, congelados temperatura controlada e as áreas quentes ou exteriores.
ou ultracongelados, câmara(s) frigorífica(s) para armazenagem dos
produtos finais, distinta(s) da(s) câmara(s) referida(s) no ponto 2; b) As portas e os portões que sejam de funcionamento mecânico
m) Uma sala especificamente destinada à venda ao público, caso este devem possuir dispositivos de paragem de emergência facilmente iden-
tipo de venda seja efetuada no estabelecimento, concebida de modo a tificáveis e acessíveis devendo, em caso de falha de energia, poder abrir-
impedir a entrada de pessoas indevidamente fardadas e higienizadas -se automaticamente ou por comando manual. As portas e os portões
nas zonas de laboração; basculantes devem ser transparentes ou possuir painéis transparentes
n) Zona de vestiário e instalações sanitárias que, pela sua localização e com uma marca opaca a um nível facilmente identificável pelo olhar.
conceção, asseguram o circuito adequado dos trabalhadores e permitem As portas e portões automáticos devem estar dotados de sistemas de
o seu fardamento e a sua higienização, antes da entrada das zonas de deteção de movimento (ex. células fotoelétricas) por forma a poderem
laboração (vide 2.2.10). parar automaticamente.
c) As portas das vias de emergência deverão ser corta-fogo, estar
2.2.4 — Requisitos Dimensionais munidas de barras antipânico, abrir para o exterior e estarem devida-
a) A dimensão do estabelecimento e dos seus compartimentos deve mente sinalizadas.
facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica das
operações e permitir a aplicação de boas práticas de higiene, não po- 2.2.9 — Janelas
dendo, em qualquer caso, a área mínima útil de trabalho ser inferior a a) As características das janelas e das claraboias devem permitir o
1,80 m2 por trabalhador. seu funcionamento em segurança, com isolamento térmico e possibi-
b) O pé direito mínimo do estabelecimento deve ser de 3 metros sendo lidade de ajuste de abertura, dispondo de dispositivos de controlo da
que, na zona dos fornos, deve dispor-se de uma distância mínima de incidência dos raios solares.
2 metros até ao teto ou às partes inferiores das coberturas. b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as janelas
c) As vias de circulação interiores, incluindo as de emergência, devem e outras aberturas, pela sua conceção e construção, devem evitar a
ter uma largura mínima de 0,90 m de modo a permitir a circulação fácil acumulação de sujidade e dispor, quando abram para o exterior, de
e segura das pessoas. Se estas vias de circulação apresentarem riscos redes mosquiteiras, removíveis para permitir a sua limpeza, ou de outro
de queda em altura, devem existir resguardos laterais com uma altura sistema que previna a entrada de pragas.
mínima de 0,90 m e, se necessário, rodapé com uma altura mínima
de 0,14 m. 2.2.10 — Instalações sociais
d) As escadas fixas devem ter uma largura mínima de 0,90 m e possuir a) As instalações sanitárias:
corrimão não interrompido nos patamares, sendo os degraus em piso
antiderrapante, ou contendo tiras abrasivas junto ao bordo, e proteções • Devem ser separadas ou de utilização separada por sexo, não de-
com uma altura mínima de 0,90 m. vendo comunicar diretamente com os locais de manipulação de géneros
e) Os intervalos entre máquinas, instalações ou materiais devem ter alimentícios;
uma largura de, pelo menos, 0,60 m. • Devem conter um lavatório fixo por cada grupo de 10 trabalhadores
f) Os compartimentos onde estão instaladas as retretes devem ter as di- que cessem simultaneamente o trabalho;
mensões mínimas de 0,80 m de largura por 1,30 m de profundidade. • Destinadas ao sexo masculino, devem conter uma retrete e um
urinol;
2.2.5 — Pavimento • Destinadas ao sexo feminino, devem conter uma retrete por cada
grupo de 15 trabalhadoras que cessem simultaneamente o trabalho.
a) O pavimento do estabelecimento deve ser fixo, estável, antiderra-
pante e sem inclinações perigosas, saliências e cavidades. b) Os compartimentos, onde estão instaladas as retretes, devem
b) Nos locais de manipulação dos géneros alimentícios (1) o pavi- possuir tiragem de ar direta para o exterior, com porta independente a
mento deve ser constituído por materiais impermeáveis, não absorven- abrir para fora e provida de fecho.
tes, laváveis, desinfetáveis e não tóxicos e dispor de drenagem adequada, c) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e
devendo apresentar uma inclinação ligeira e uniforme de 1 a 2 %. de toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos.
c) Nas áreas adjacentes aos fornos e estufas, os pavimentos devem d) A zona destinada aos vestiários deve comunicar diretamente com
ainda ser construídos de materiais incombustíveis e resistentes ao fogo. as cabinas de chuveiro e os lavatórios, ser separada por sexos e dispor
de armários individuais munidos de fechadura ou cadeado.
2.2.6 — Paredes e) Os chuveiros devem existir na proporção de 1/10 trabalhadores
a) As paredes interiores do estabelecimento devem ser lisas, de fácil que possam vir a utilizá-los simultaneamente, com água quente e fria,
limpeza e pintadas de cores claras não brilhantes. separados ou de utilização separada por sexo.
b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as paredes
devem ainda ser revestidas de materiais impermeáveis, laváveis, não 2.2.11 — Iluminação
absorventes e não tóxicos. a) Deve ser assegurada uma correta intensidade de luz (natural e ou
c) As paredes e partes exteriores dos fornos e estufas devem estar artificial) nas diferentes áreas do estabelecimento, incluindo nas zonas
isoladas termicamente ou protegidas de contacto acidental. de armazenagem e nas vias de circulação interiores.
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b) As lâmpadas existentes nas áreas de manipulação e armazenagem b) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização das
de géneros alimentícios devem possuir proteção antiqueda de partículas águas residuais resultantes de processos de extração física (p. e., na
em caso de quebra. indústria dos óleos vegetais), de lavagem de produtos alimentares
em bruto e operações de lavagem de embalagens e vasilhame, para
2.2.12 — Ventilação outros fins como sendo nas lavagens das instalações fabris, para o
a) Todas as áreas do estabelecimento devem estar equipadas com uso agrícola na rega e para o transporte das matérias alimentares a
sistemas de ventilação natural e ou forçada (mecânica) que garanta a processar.
exaustão de cheiros, fumos ou vapores e evite condensações e desen- c) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização de água
volvimento de bolores, devendo o caudal médio de ar puro (ventilação) com origem noutros processos existentes na unidade industrial ou no
ser de pelo menos 30 a 50 m3 por hora e por trabalhador. uso de água de qualidade inferior, para fins de lavagens de instalações
b) O sistema de ventilação deve ser: e de equipamentos.
• Concebido de forma a evitar a circulação do ar das zonas sujas para 2.2.17 — Águas pluviais
as zonas limpas, designadamente da zona de preparação e condimen-
tação para a zona de assadura e embalagem; Sempre que possível deve ser promovida a recolha e a utilização
• Construído de forma a proporcionar um acesso fácil aos filtros e a de águas pluviais, para fins de lavagens de instalações e de equipa-
outras partes que necessitem de limpeza ou de substituição. mentos.

c) Na zona de fornos devem instalar-se cúpulas ou bocas de aspiração 2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS
ligadas a condutas de evacuação. 2.3.1 — Caraterísticas dos materiais
Todos os utensílios, aparelhos, equipamentos e superfícies que entrem
2.2.13 — Instalação elétrica em contacto com os alimentos devem ser em material inoxidável, impu-
A instalação elétrica deve cumprir as regras técnicas das instala- trescível, não poroso, não absorvente e não tóxico e devem apresentar
ções elétricas previstas na legislação específica aplicável, incluindo uma superfície lisa, lavável e desinfetável.
as seguintes:
2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos
a) Todas as instalações deverão estar dotadas de terra de proteção;
b) Os quadros elétricos deverão: a) Os equipamentos devem estar instalados de forma a permitir a
limpeza da área circundante.
• Ser de fácil acesso e estar permanentemente desobstruídos; b) Sempre que sejam utilizadas estantes, designadamente nas áreas
• Ter portas fechadas à chave e dotadas de sinalização de aviso de de armazenagem, estas devem estar estruturadas em função das cargas
perigo de eletrocussão; previstas e estar afixadas às paredes e pavimento de forma a garantir
• Ser acedidos por pessoa competente; sua estabilidade.
• Estar instalados em local que não permita a entrada de água e
afastados de substâncias combustíveis e ou inflamáveis; 2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali-
• Estar equipados com um disjuntor diferencial para proteção das mentícios
pessoas, bem como com disjuntores magnetotérmicos para proteção da
instalação contra curto-circuitos e sobreaquecimentos; a) Devem existir lavatórios de mãos localizados pelo menos nos
• Estar equipados com disjuntores que permitam identificar o circuito seguintes locais: sala de preparação de carcaças, sala de assadura e
por eles alimentado. zona de embalagem e venda ao público.
b) Os lavatórios devem ser dotados de água potável quente e fria, de
c) As tomadas e as fichas devem ser concebidas de forma a que não sistema de acionamento não manual e devem drenar diretamente para
seja possível o contacto direto com as partes ativas antes, durante e a rede de esgotos, mediante ligação dotada de sifão.
depois da inserção da tomada. Nos locais onde se verifique a possibi- c) Junto dos lavatórios devem existir dispositivos dispensadores de
lidade de contacto com a água, as infraestruturas elétricas deverão ser detergente e desinfetante das mãos, toalhetes individuais de papel ou
estanques e assegurar a proteção adequada. dispositivo de secagem de mãos. No caso de serem usados toalhetes
d) A instalação elétrica deve encontrar-se em bom estado de conser- individuais, deve existir um contentor para colocação dos mesmos
vação, nomeadamente sem fios descarnados, sem ruturas nos cabos e após utilização.
sem fichas ou tomadas partidas.
e) Os equipamentos de trabalho (máquinas e ferramentas elétricas 2.3.4 — Dispensador de água potável
portáteis) devem garantir a proteção dos trabalhadores contra os riscos O estabelecimento deve dispor de dispensador de água potável, sendo
de contacto direto ou indireto com a eletricidade. proibido o uso de copos coletivos.
2.2.14 — Sinalização de segurança 2.3.5 — Equipamento para lavagem e desinfeção do calçado
O estabelecimento deve dispor de sinalização de segurança em todos No circuito entre os vestiários e a entrada na zona de laboração deve
os pontos convenientes, (sinais de saída e de emergência, sinais res- existir um equipamento para lavagem e desinfeção do calçado, dotado
peitantes a incêndios, sinais de obrigação, de proibição, de advertência de água potável corrente, munido de sistema de escoamento adequado.
de perigo, sinais para obstáculos, marcação de vias de circulação e
iluminação de segurança). 2.3.6 — Fornos
2.2.15 — Águas de abastecimento a) As portas dos fornos devem ser concebidas por forma que as
manobras de abertura e fecho sejam fáceis e seguras, devendo permitir
a) O estabelecimento deve dispor de uma rede de água potável a sua imobilização na posição de abertura.
quente e fria que garanta o correto abastecimento a todos os lavatórios b) No caso da potência térmica dos fornos ser superior a 100 KWth,
e dispositivos de lavagem. as suas chaminés devem cumprir as normas técnicas constantes na
b) A água não potável, se for usada (no combate a incêndios, produção Portaria n.º 263/2005, de 17 de março e valores limite constantes na
de vapor ou refrigeração de equipamentos) deve circular em sistemas
Portaria n.º 675/2009, de 23 de junho.
separados, devidamente identificados, sem que haja ligação ou refluxo
para o sistema de água potável. 2.3.7 — Equipamentos frigoríficos
c) A utilização da água no estabelecimento deve ser otimizada de
forma a reduzir os consumos de água e os volumes de águas residuais As câmaras frigoríficas de conservação das carnes, dos produtos
industriais produzidas. acabados e de outros géneros alimentícios, devem dispor de:
d) As atividades agroindustriais devem promover o uso eficiente da a) Equipamentos frigoríficos capazes de manter as carnes (matéria-
água, particularmente tendo em consideração as linhas de orientação do -prima) a uma temperatura inferior ou igual a 3°C, 7°C, -12°C ou -18°C,
Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), aprovado consoante se trate, respetivamente, de vísceras refrigeradas, carnes
pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de 30 de junho. refrigeradas, carnes congeladas ou carnes ultracongeladas;
b) Equipamentos frigoríficos capazes de manter produtos finais a
2.2.16 — Águas residuais
uma temperatura refrigerada de conservação. Caso se trate de produto
a) O sistema de drenagem de águas residuais deve assegurar a correta congelado ou ultracongelado, os equipamentos frigoríficos devem ser
drenagem dos pavimentos e estar munido de mecanismos que impeçam capazes de manter os géneros alimentícios a uma temperatura de -12°C
os refluxos. ou -18°C, respetivamente;
22976 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

c) Equipamento frigorífico capaz de provocar um abaixamento rá- ○ Um por cada 200 m2 de pavimento do piso ou fração, com um
pido da temperatura, caso se proceda à distribuição de produto final mínimo de dois por piso.
refrigerado;
d) Equipamento frigorífico adequado à congelação ou ultracongela- • Os extintores devem ser convenientemente distribuídos, sinali-
ção de géneros alimentícios, caso se proceda a estas operações; zados sempre que necessário e instalados em locais bem visíveis,
e) Dispositivos que permitam o controlo/leitura da temperatura a que colocados em suporte próprio de modo a que o seu manípulo fique
os alimentos são conservados; a uma altura não superior a 1,2 m do pavimento e localizados pre-
f) Dispositivo de registo da temperatura de armazenagem, no caso ferencialmente:
específico de alimentos ultracongelados; ○ Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das
g) Iluminação e espaço suficiente para a inspeção e a manutenção câmaras corta-fogo, quando existam;
dos condensadores; ○ No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas.
h) Portas com fechos que permitam a sua abertura tanto do exterior
como do interior, e no caso de disporem de fechadura, devem existir • As cozinhas devem ser dotadas de mantas ignífugas em comple-
dispositivos de alarme, acionáveis no interior da câmara, que comu- mento dos extintores.
niquem com o exterior.
2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS
2.3.8 — Embalagens 2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar
Os materiais de acondicionamento e embalagem, quando reutili- a) Procedimentos baseados no sistema HACCP (2)
záveis, devem ser constituídos por materiais fáceis de limpar e de-
sinfetar. O industrial deve estabelecer um procedimento ou procedimentos
baseados nos princípios HACCP.
Deve existir uma abordagem fundamentada aos perigos envolvidos
2.3.9 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa- nas operações, nomeadamente a sua identificação, avaliação e formas de
mentos controlo e registo (3). O tratamento térmico deve assegurar a eliminação
a) Equipamentos a gás/termoacumulador dos perigos biológicos relevantes.

• Os esquentadores devem ser instalados em locais ventilados, com b) Pré-requisitos do sistema HACCP
exaustão de gases e fumos para o exterior e não devem ser instalados Para efeitos de execução do disposto do ponto anterior, o industrial
em locais fechados, nomeadamente em casas de banho, dispensas e deve:
garagens.
• A eventual armazenagem de garrafas de GPL deverá satisfazer as • Definir um fluxograma, que inclua a descrição das operações (4);
seguintes condições: • Dispor de planta com marcação dos circuitos funcionais de pessoal,
○ É apenas permitida a existência de garrafas de GPL amovíveis, géneros alimentícios (matérias-primas, produtos intermédios, produto
cheias ou vazias, desde que a sua capacidade global não exceda final), matérias subsidiárias (lenha e material de acondicionamento e
1,500 dm3, por metro quadrado de área útil da oficina ou nave industrial; embalagem) e da rede de águas e esgotos;
○ No caso de utilização de garrafas amovíveis com capacidade • Definir procedimentos de controlo de matérias-primas, que assegu-
unitária inferior a 30 dm3, estas não devem ser agrupadas em mais de rem que provêm de estabelecimentos aprovados, que estão devidamente
quatro unidades por grupo. identificadas e ou rotuladas, que se apresentem a uma temperatura que
cumpra os valores definidos na legislação em vigor e que não apre-
• Caso a quantidade de GPL armazenada esteja sujeita a controlo sentem contaminações. No caso dos materiais de acondicionamento e
prévio/licenciamento, o mesmo deve ser obtido nos termos da legis- embalagem, o controlo deve assegurar que os materiais são próprios
lação aplicável. para entrar em contacto com os géneros alimentícios,
• Caso seja instalado termoacumulador, o industrial deverá estar na • Definir procedimentos de higienização e desinfeção das instalações,
posse de termo de responsabilidade técnica de montagem, garantindo-se equipamentos e utensílios;
a utilização da proteção diferencial de alta sensibilidade. • Definir procedimentos de controlo do acesso às instalações por
parte de animais domésticos e pragas;
• Definir um plano de controlo analítico, de acordo com a análise de
b) Máquinas risco, de superfícies, utensílios e equipamentos, produtos finais e água;
As máquinas instaladas devem satisfazer as exigências essenciais de • Definir procedimentos de supervisão e instrução e ou formação do
segurança e saúde aplicáveis, incluindo declaração CE de conformidade, pessoal que manuseia os alimentos, em matéria de higiene dos géneros
marcação CE e manual de instruções em português. alimentícios;
• Implementar boas práticas de fabrico.
c) Elementos móveis dos equipamentos de trabalho
c) Rastreabilidade
Os elementos móveis dos equipamentos de trabalho que possam
causar acidentes por contacto mecânico devem ter protetores que im- O industrial deve definir procedimentos que permitam identificar o
peçam o acesso às zonas perigosas ou dispositivos que interrompam o fornecedor de um género alimentício, ou de qualquer outra substância
movimento dos elementos móveis antes do acesso a essas zonas. destinada a ser incorporada num género alimentício ou com probabi-
lidades de o ser e identificar outros operadores a quem tenham sido
d) Equipamentos de proteção individual fornecidos os seus produtos, de forma a assegurar a rastreabilidade.
Os equipamentos de proteção individual contra os riscos resultantes
das operações efetuadas devem encontrar-se disponíveis para os traba- 2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho
lhadores. Estes equipamentos devem ser distribuídos individualmente a) Organização dos serviços de saúde e segurança no trabalho
e, mantidos em adequadas condições de conservação e higiene.
O industrial deve organizar os serviços de segurança e saúde no tra-
e) Material de primeiros socorros balho de acordo com as seguintes modalidades, previstas no artigo 74.º
O estabelecimento deve dispor de material de primeiros socorros de da referida Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro:
fácil acesso e devidamente sinalizado. i. Serviço externo (5), ou, quando legalmente admitido,
ii. Regime simplificado (atividade de segurança exercida pelo em-
f) Equipamentos de combate a incêndios pregador ou por trabalhador designado) (6).
• Os meios de combate a incêndios devem estar disponíveis, ser
os adequados, encontrarem-se sinalizados e em condições opera- Qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa ou o estabe-
cionais. lecimento, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades
de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de
• Na ausência de outro critério de dimensionamento devidamente
instalações, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos
justificado, os extintores devem ser calculados à razão de:
trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar
○ 18 L de agente extintor padrão por 500 m2 ou fração de área de os contactos necessários com as entidades externas competentes para
pavimento do piso em que se situem; realizar aquelas operações e as de emergência médica.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22977

b) Verificações periódicas e extraordinárias dos equipamentos c) Prevenção de riscos profissionais


de trabalho O estabelecimento deve dispor de um plano escrito de prevenção de
Devem ser asseguradas verificações periódicas e extraordinárias riscos profissionais, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das
dos equipamentos de trabalho, devendo estar disponíveis registos que atividades da empresa, a avaliação dos riscos e as respetivas medidas
evidenciem o cumprimento deste requisito, bem como os respetivos de prevenção.
relatórios. Na tabela seguinte, identificam-se as seguintes medidas preventivas:

ATIVIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS

RECEÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS . . . . • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA A MOVIMENTAÇÃO MANUAL


DE CARGAS, QUANDO ESTA FOR SUPERIOR A 20 KG;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE).

CONGELAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;


• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

ARMAZENAGEM (INCLUI CÂMARAS • ESTANTES E PRATELEIRAS ESTRUTURADAS E ESTABILIZADAS EM FUNÇÃO DAS


FRIGORÍFICAS). CARGAS PREVISÍVEIS;
• O EMPILHAMENTO DE MATERIAIS, NOMEADAMENTE A LENHA, DEVE SER FEITO DE
FORMA SEGURA, TENDO EM ATENÇÃO QUE OS MATERIAIS DEVEM SER EMPILHA-
DOS SOBRE BASES RESISTENTES, NÃO DEVENDO A SUA ALTURA COMPROMETER
A ESTABILIDADE DA PILHA, A DISTRIBUIÇÃO DA LUZ NATURAL OU ARTIFICIAL, A
CIRCULAÇÃO NAS VIAS DE PASSAGEM, O FUNCIONAMENTO EFICAZ DE EQUIPA-
MENTOS OU DE MATERIAL DE LUTA CONTRA INCÊNDIOS, E NÃO DEVENDO EXISTIR
ELEMENTOS SALIENTES QUE POSSAM CAUSAR EMBATES OU TROPEÇÕES;
• UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES).

PREPARAÇÃO DE CONDIMENTO . . . . . • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES.

SALA DE PREPARAÇÃO DA CARCAÇA • COLOCAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE TRABALHO CORTANTE E PERFURANTE EM


E DA CONDIMENTAÇÃO. LOCAL RESERVADO E ADEQUADO.

CONFEÇÃO E TRATAMENTO TÉRMICO • VENTILAÇÃO DAS INSTALAÇÕES;


• DISPONIBILIZAÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (PAUSAS CURTAS E FREQUENTES EM LOCAL MAIS
FRESCO);
• COLOCAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE TRABALHO CORTANTE E PERFURANTE EM
LOCAL RESERVADO;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE LUVAS E VESTUÁRIO ADEQUADOS AOS TRABALHADORES.

ARREFECIMENTO RÁPIDO . . . . . . . . . . • DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

CORTE EM PEDAÇOS . . . . . . . . . . . . . . . • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES;
• COLOCAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE TRABALHO CORTANTE EM LOCAL RESER-
VADO;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE LUVAS DE MALHA DE AÇO.

ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES.

ARMAZENAGEM E EXPEDIÇÃO A FRIO • DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E INSTA- • DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS PRODUTOS;


LAÇÕES (UTILIZAÇÃO DE DESINFE- • ADEQUADA ARMAZENAGEM E ROTULAGEM;
TANTES E DETERGENTES). • DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUADOS.

2.4.3 — Ambiente b) O disposto na alínea anterior deve ter em consideração o artigo 2.º
2.4.3.1 — Recursos hídricos do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, uma vez que a quali-
dade da água utilizada para fabrico, transformação, conservação ou
a) Caso o estabelecimento utilize água proveniente de captação comercialização de produtos ou substâncias, assim como a utilizada na
própria de águas superficiais ou subterrâneas (7) deve dispor de título de limpeza de superfícies, objetos e materiais que podem estar em contacto
utilização de recursos hídricos, ou do correspondente título padronizado, com os alimentos deve ser igual à exigida para o consumo humano,
se aplicável, ou parecer positivo à comunicação prévia, emitido pela exceto quando a utilização dessa água não afeta a salubridade do género
Agência Portuguesa do Ambiente. alimentício na sua forma acabada. A utilização de captações próprias
22978 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

para os processos que interfiram com a salubridade dos alimentos só 2.4.3.4 — Ruído ambiente
é permitida se não houver a possibilidade de ligação à rede pública de O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei
abastecimento, devendo ser implementado neste caso um sistema de n.º 9/2007, de 17 de janeiro, será aplicável às instalações agroindustriais
tratamento necessário, ou nos casos das indústrias já existentes desde caso estas consubstanciem, no caso de alterações de uma instalação
que possuam um sistema de tratamento que comprovadamente produz existente, ou venham a consubstanciar, no caso de novas instalações,
uma água equiparada à definida no Decreto-Lei n.º 306/2007. o conceito de “atividade ruidosa permanente” conforme definição
c) Se o estabelecimento estiver ligado ao sistema público de drenagem constante da alínea a) do art.º 3.º do RGR. Ou seja, o ruído produzido
de águas residuais, deve dispor de autorização expressa da respetiva pela instalação existente, terá de ser, pelo menos, audível (avaliação
entidade gestora, conforme disposto no artigo 54.º do Decreto-Lei qualitativa) junto de um ou mais recetores sensíveis (edifício habita-
n.º 226-A/2007, de 31 de maio. cional, escolar, hospitalar ou similar ou espaço de lazer, com utilização
d) No caso de rejeição de águas residuais no meio hídrico ou no humana). Caso a condição anterior se verifique, deve evidenciar o
solo (sistema autónomo doméstico seguido de órgão de infiltração no cumprimento dos requisitos acústicos estabelecidos no n.º 1 do art.º 13.º
terreno), o estabelecimento deve dispor de título de utilização de recur- do RGR, apresentando à entidade coordenadora do licenciamento uma
sos hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente ou, no caso avaliação acústica (n.º 9 do art.º 13.º do RGR) que reveste a forma de
de rejeição águas residuais domésticas no solo, e se tal for a opção do ensaio acústico a realizar junto do ou no recetor e, caso aplicável, a
industrial, do correspondente título padronizado, nos casos aplicáveis. apresentação de medidas de prevenção e controlo do ruído.
e) No caso do estabelecimento se localizar em terrenos do domínio Para novas instalações, terá que ser realizado um estudo previsional
hídrico deve dispor de título de utilização de recursos hídricos emitido que demonstre a viabilidade do cumprimento dos requisitos acústicos
pela Agência Portuguesa do Ambiente. estabelecidos no n.º 1 do art.º 13.º do RGR sob condições normais de
f) Os pedidos de emissão de título de utilização de recursos hídricos funcionamento da instalação agroindustrial.
devem ser submetidos no Sistema Integrado de Licenciamento do
Ambiente (SILiAmb) em https://siliamb.apambiente.pt. 2.5 — FLEXIBILIDADE
2.4.3.2 — Resíduos Eventuais desvios às condições de instalação e exploração constantes
do presente título poderão ser admitidos, uma vez demonstrada pelo
a) Sempre que o estabelecimento produza resíduos que não possam industrial a sua compatibilidade com os objetivos relativos à segurança
ser equiparados a resíduos urbanos (resíduos que pela sua natureza e alimentar, segurança e saúde no trabalho e ambiente prosseguidos pela
composição são semelhantes aos resíduos provenientes de habitações legislação aplicável.
e cuja produção diária não ultrapassa 1100 litros), deve ser assegurada,
na gestão dos mesmos o cumprimento do disposto no Decreto-Lei (1) Os locais de manipulação de géneros alimentícios compreendem
n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei os locais onde os alimentos são manuseados, preparados e armazenados.
n.º 73/2011, de 17 de junho, nomeadamente: (2) HACCP — Hazard Analysis and Critical Control Points (em por-
tuguês “APPCC — Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo”)
i. Adoção de medidas de gestão de substâncias, materiais ou produtos, é um método sistemático e documentado de controlo de segurança
quando aplicável, destinadas a reduzir a quantidade, a perigosidade e os im- alimentar, concebido para prevenir, eliminar e ou detetar perigos.
pactes adversos no ambiente e na saúde humana dos resíduos produzidos; (3) Devem ser consideradas as recomendações constantes no docu-
ii. Separação dos resíduos na origem, por fluxos e fileiras, de forma mento de orientação sobre a aplicação de procedimentos baseados nos
a promover a sua valorização; princípios HACCP e sobre a simplificação da aplicação dos princípios
iii. Armazenamento dos resíduos produzidos de modo a não provocar HACCP, disponível em http://ec.europa.eu/food/food/biosafety/hygie-
danos para o ambiente, nem para a saúde humana, instalando-se, sempre nelegislation/guidance_doc_haccp_pt.pdf.
que necessário, sistemas de contenção/retenção secundária de eventuais (4) O fluxograma constante no anexo II é meramente indicativo e
escorrências e ou derrames; inclui, complementarmente, um conjunto de boas práticas de higiene
iv. Encaminhamento dos resíduos produzidos para operadores auto- que devem ser observadas durante a laboração.
rizados para a sua valorização ou eliminação, assegurando que o seu (5) O serviço externo é desenvolvido por entidade autorizada pela
transporte é acompanhado, até à entrada em vigor das e-GAR (Guia de ACT (no âmbito da segurança no trabalho) e pela DGS (no âmbito
Acompanhamento de Resíduos Electrónica), por guia preenchida em tri- da saúde no trabalho) que, mediante contrato com o empregador, por
plicado, em Modelo n.º 1428 da Imprensa Nacional — Casa da Moeda; escrito, realiza as atividades principais (descritas no artigo n.º 98.º
v. Registo no sistema integrado de registo electrónico de resíduos da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro), que visam prevenir os ris-
(SIRER) a efetuar no prazo de um mês após o inicio da atividade ou do cos profissionais e promover a segurança e saúde dos trabalhadores.
funcionamento do estabelecimento, bem como registo anual da infor- (6) No estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distanciados
mação relativa à produção de resíduos, por código da Lista Europeia de até 50 km do de maior dimensão, que empregue no máximo 9 traba-
Resíduos, até 31 de março do ano seguinte ao do ano civil a reportar caso lhadores, as atividades de segurança no trabalho podem ser exercidas
o estabelecimento produza qualquer quantidade de resíduos perigosos diretamente pelo próprio empregador, ou por um ou mais trabalhadores
ou produza resíduos não urbanos e empregue mais de 10 trabalhadores; designados, se possuírem formação adequada, dispuserem de tempo e de
meios e permanecerem habitualmente no estabelecimento. O exercício
b) Aderir a um sistema de gestão que assegure o cumprimento do desta atividade depende de autorização expressa da ACT a requerer em
princípio da responsabilidade alargada do produtor. modelo próprio disponível no sítio eletrónico desta entidade.
(7) No caso de abastecimento de água para consumo humano, só é
2.4.3.3 — Emissão para o ar admissível o recurso a este tipo de captação se a rede pública não se
O estabelecimento encontra-se abrangido pelo Decreto-Lei encontrar disponível, ou seja, se a mesma se encontrar a uma distância
n.º 78/2004, de 3 de abril, relativo à prevenção de poluentes para a superior a 20 metros do estabelecimento a servir.
atmosfera, e portarias regulamentares conexas, sempre que tenha fontes
pontuais ou fontes difusas de emissão de poluentes para o ar devendo ANEXOS
observar o constante nesses diplomas quanto: I — LEGISLAÇÃO (vide 2.1)
I. Ao dimensionamento da chaminé cuja altura deve respeitar a ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
resultante da metodologia de cálculo fixada na Portaria n.º 263/2005,
de 17 de março; • Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
II. Ao cumprimento dos valores limite de emissão (VLE) aplicáveis, Aprova o Sistema da Indústria Responsável (SIR)
estipulados nas Portarias n.º 675/2009, de 23 de junho, n.º 677/2009,
de 23 de junho e ou n.º 286/93, de 12 de março; ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
III. Ao autocontrolo das emissões de poluentes atmosféricos cujo • Regulamento (CE) n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do
regime de monitorização de cada poluente é determinado em função Conselho, de 28 de janeiro
dos caudais mássicos, fixados na Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro
alterado pela Portaria n.º 676/2009, de 23 de junho; Estabelece os princípios e normas gerais da legislação alimentar, cria
IV. Ao envio dos resultados da monitorização pontual para a Comis- a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabelece
são de Coordenação e Desenvolvimento Regional competente e dos procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios
resultados da monitorização em contínuo (juntamente com os resultados
pontuais dessa mesma empresa) para a Agência Portuguesa do Ambiente; • Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do
V. Às medidas especiais para a minimização das emissões difusas, Conselho, de 29 de abril
previstas no Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril. Relativo à higiene dos géneros alimentícios
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22979

• Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do • Portaria n.º 460/2001, de 8 de maio
Conselho, de 29 de abril
Aprova o Regulamento de Segurança das Instalações de Armazena-
Estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros ali- gem de GPL com capacidade até 200 m3
mentícios de origem animal
• Despacho n.º 22 333/2001, de 30 de outubro
• Regulamento (CE) n.º 2073/2005, da Comissão, de 15 de no-
Aprova a instrução técnica complementar para reservatórios de GPL
vembro
Relativo a critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimentícios • Decreto-Lei n.º 236/2003, de 30 de setembro

• Regulamento (CE) n.º 1069/2009, do Parlamento Europeu e do Estabelece as prescrições mínimas destinadas a promover a melhoria
Conselho, de 21 de outubro da proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores suscetíveis de ex-
posição a riscos derivados de atmosferas explosivas no local de trabalho.
Define regras sanitárias relativas a subprodutos animais e produtos
derivados não destinados ao consumo humano • Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro
• Regulamento (CE) n.º 37/2005, da Comissão, de 12 de janeiro Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde para a
utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho,
Relativo ao controlo das temperaturas nos meios de transporte e nas
instalações de depósito e armazenagem de alimentos ultracongelados • Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de dezembro
destinados à alimentação humana
Estabelece os procedimentos de aprovação das regras técnicas das
• Portaria n.º 1129/2009, de 1 de outubro instalações elétricas de baixa tensão
Relativa ao controlo metrológico dos instrumentos de medição e • Portaria n.º 949-A/2006, de 29 de dezembro
registo da temperatura a utilizar nos meios de transporte nas instalações
de depósito e armazenagem dos alimentos a temperatura controlada Aprova as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão

• Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio • Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro


Regime jurídico da utilização dos recursos hídricos Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edi-
fícios, abreviadamente designado por SCIE
• Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto
Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo • Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro
humano Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em
Edifícios (SCIE)
• Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto
Estabelece o regime jurídico dos serviços municipais de abasteci- • Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro
mento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segu-
de gestão de resíduos sólidos rança e saúde no trabalho
ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO • Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho
• Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro Aprova o novo regulamento de instalação, de funcionamento, de
Aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho reparação e de alteração de equipamentos sob pressão
nos Estabelecimentos Industriais
• Informação Técnica n.º 1/2010 da Direção-Geral de Saúde
• Portaria n.º 702/80, de 22 de setembro
Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros (disponível
Altera a Portaria n.º 53/71 de 03 de fevereiro, que aprova o Regulamento em www.dgs.pt, micro site de saúde ocupacional)
Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais
• Documento de Referência da Segurança e Saúde do Trabalho
• Portaria n.º 1081/91, de 24 de outubro (SST): ACT/DGS, dezembro, 2013
Estabelece regras uniformes de fabrico e de montagem de termoa- Atuação dos Industriais no âmbito do SIR
cumuladores elétricos
ܿ AMBIENTE
• Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro
■ Recursos hídricos
Transpõe a Diretiva n.º 89/654/CEE, do Conselho, de 30.10, relativa
às prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais de trabalho • Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo
Decreto-Lei n.º 130/2012 de 22 de junho
• Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro Aprova a Lei da Água, estabelecendo as bases e o quadro institucional
Estabelece a regulamentação das prescrições mínimas de segurança para a gestão sustentável das águas
e saúde nos locais de trabalho
• Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio
• Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de setembro
Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde na mo-
vimentação manual de cargas. ■ Resíduos
• Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de outubro • Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republi-
cado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde dos
trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual Estabelece o regime geral da gestão de resíduos

• Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho • Portaria n.º 335/97, de 16 de maio.


Estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de segurança Fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do
e de saúde no trabalho território nacional

• Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de dezembro • Portaria n.º 1408/2006, de 18 de dezembro


Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e utilização da Aprova o Regulamento de Funcionamento do Sistema Integrado de
sinalização de segurança e de saúde no trabalho Registo Eletrónico de Resíduos
22980 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

■ Emissões para o ar Texto de apoio ao Fluxograma


• Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril Receção de matérias-primas
Estabelece o regime da prevenção e controlo das emissões de poluen- √ A descarga de matérias-primas deve possibilitar a sua transferência
tes para a atmosfera, fixando os princípios, objetivos e instrumentos rápida para o local de armazenagem frigorífica, assegurando a manu-
apropriados à garantia da proteção do recurso natural ar, bem como as tenção da cadeia de frio.
medidas, procedimentos e obrigações dos operadores das instalações
abrangidas, com vista a evitar ou reduzir a níveis aceitáveis a poluição Armazenagem
atmosférica originada nessas mesmas instalações √ Após a receção, as carnes devem ser armazenadas em câmara
frigorífica que permita uma conservação a temperatura adequada e a
• Portaria 263/2005, de 17 de março sua correta estiva, para que o ar circule entre as peças e sem estarem
Fixa novas regras para o cálculo da altura de chaminés e define as encostadas às paredes. A temperatura de conservação deve ser moni-
situações em que devem para esse efeito ser realizados estudos de torizada e mantida sob controlo.
poluentes √ Nos locais onde são armazenados géneros alimentícios, não devem
ser armazenados materiais ou produtos que os possam contaminar.
• Portaria 675/2009, de 23 de junho √ No local onde são armazenados os produtos de limpeza e desinfe-
ção não devem ser armazenados ou manipulados géneros alimentícios,
Fixa os valores limite de emissão de aplicação geral (VLE gerais) aplicá- materiais de embalagem ou outros materiais que possam vir a entrar
veis às instalações abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril em contacto com os géneros alimentícios.

• Portaria 676/2009, de 23 de junho Congelação e descongelação


Estabelece os limiares mássicos mínimos e máximos de poluentes √ A carne destinada à congelação deve ser congelada sem demoras
atmosféricos injustificadas.
√ A descongelação das carnes deve ocorrer numa câmara de refrige-
• Diretrizes relativas à descarga de poluentes na atmosfera, IA, ração. Os líquidos de escorrimento resultantes da descongelação devem
Lisboa 2006 ser adequadamente drenados.
(disponível em http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subr Preparação
ef=82&sub2ref=314)
√ Após a preparação do condimento, este deve ser acondicionado
• Diretrizes relativas ao regime de monitorização (Decreto-Lei em material destinado a entrar em contacto com géneros alimentícios
n.º 78/2004, de 3 de abril), APA, Amadora, 2008 e armazenado em condições de refrigeração, caso não seja usado ime-
diatamente.
(disponível em http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subr √ A preparação e condimentação das carnes devem ser realizados de
ef=82&sub2ref=314) modo higiénico e todos os procedimentos devem evitar a contaminação
do produto.
■ Ruído ambiente
• Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro Assadura
Regulamento Geral do Ruído √ A temperatura e a duração da assadura devem ser mantidas sob
controlo, através de monitorização.
√ A introdução de lenha para o abastecimento dos fornos deve fazer-se
II — FLUXOGRAMA num momento em que não esteja a ocorrer manipulação dos alimentos.
Receção de carcaças
No fim desta operação, os trabalhadores devem proceder à mudança
Receção de condimentos (refrigeradas, congeladas
Receção de matérias de roupa de trabalho e à higienização das mãos, antes de executarem
ou ultracongeladas)
subsidiárias
outras tarefas de manipulação de alimentos.
√ Depois de lavados e desinfetados, os utensílios devem ser arma-
zenados higienicamente, num local adequado.
Congelação
Arrefecimento
√ Quando são expedidos frios, os produtos devem sofrer um prévio
Armazenagem Armazenagem Frigorífica Armazenagem
processo de arrefecimento rápido, em equipamento frigorífico adequado,
de uso exclusivo, de modo a reduzir rapidamente a temperatura do
Descongelação
género alimentício no seu interior térmico após a saída do forno.
√ Posteriormente, os produtos devem ser pré-embalados e arma-
zenados em equipamento frigorífico a uma temperatura adequada,
Preparação de condimento
Preparação da carcaça e dimensionado e equipado de forma a permitir a correta conservação
Condimentação dos produtos e a monitorizar as respetivas temperaturas.

Acondicionamento e embalagem
Confeção/Assadura
(Tratamento térmico) √ A montagem das caixas de embalagem deve ser executada numa
zona ou numa altura em que não estejam presentes géneros alimentícios,
de forma a não promover a sua contaminação.
√ As caixas de acondicionamento do produto devem ser introduzidas
Arrefecimento rápido
na zona de confeção/venda já montadas.

SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL (SIR)


Corte em pedaços

TÍTULO PADRONIZADO INTEGRADO (TPI)


Acondicionamento/ Acondicionamento/
Embalagem Embalagem
AGROINDÚSTRIA

Tempo entre confeção e expedição


Armazenagem frigorífica NOTA PRÉVIA
• O Título Padronizado Integrado (TPI) de instalação e exploração
de estabelecimento de agroindústria (adiante designado por título)
Expedição a quente Expedição a frio contém as condições padrão de instalação e exploração de estabe-
lecimento industrial no domínio da segurança alimentar, segurança
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22981

e saúde no trabalho e ambiente para efeitos de exercício destas 2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade
atividades. 2.4.2.3 — Condições ergonómicas
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento 2.4.2.4 — Atmosferas explosivas
de agroindústria constitui uma opção do industrial, a qual, uma vez 2.4.2.5 — Espaços confinados
exercida, o habilita ao exercício desta atividade mediante o cumpri- 2.4.2.6 — Radiações ionizantes e não ionizantes
mento das condições definidas no mesmo, sem prejuízo da respetiva 2.4.2.7 — Prevenção de riscos profissionais
eficácia estar condicionada: 2.4.3 — Ambiente
▪ À obtenção prévia, do alvará de utilização emitido pela câmara 2.4.3.1 — Recursos hídricos
territorialmente competente ou verificado o respetivo deferimento tácito. 2.4.3.2 — Resíduos
O título de utilização em referência deverá reportar expressamente o 2.4.3.3 — Emissão para o ar
uso industrial da instalação, salvo os estabelecimentos industriais en- 2.4.3.4 — Ruído ambiente
quadráveis na parte 2-A e ou 2-B do Anexo I ao SIR, em que se aplicam 2.5 — FLEXIBILIDADE
os critérios fixados no n.º 6 e 7 do artigo 8.º do SIR; ANEXOS
▪ À apreciação positiva de cópia da apólice de seguro de responsa- I — ATIVIDADES CAE CONSIDERADAS (vide 1.1.)
bilidade civil aplicável aos estabelecimentos tipo 2, como previsto no II — LEGISLAÇÃO (vide 2.1)
artigo 4.º do SIR.
ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento de ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
agroindústria não dispensa, nos casos em que sejam utilizadas matérias- ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
-primas de origem animal não transformadas, a aprovação do estabele- ܿ AMBIENTE
cimento em causa pela DGAV, autoridade responsável pela segurança ܿ LICENCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS
alimentar, mediante vistoria a realizar previamente ao início de explo-
ração, em cumprimento do disposto no artigo 4.º do Regulamento (CE) 1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO
n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril. 1.1 — O presente título é aplicável às atividades enquadráveis nas
• Pode solicitar a aplicação deste título, qualquer operador que sub- CAE descritas no anexo I do presente documento, exercidas em estabe-
meta um processo de licenciamento enquadrável nos regimes de co- lecimentos industriais de tipo 2 ou 3, na aceção do artigo 11.º do SIR.
municação prévia com prazo e mera comunicação prévia. 1.2 — Quando o estabelecimento industrial se enquadrar no tipo 2
e se encontrar abrangido pelo regime de jurídico de emissão de gases
Índice com efeito de estufa, ou pelo regime jurídico das operações de gestão
de resíduos, em caso de adesão ao presente título, deverá ainda obter,
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO respetivamente, o título de emissão de gases com efeito de estufa
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- (TEGEE) ou o alvará ou parecer para as operações de gestão de resíduos,
RAÇÃO nos termos das respetivas legislações aplicáveis.
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL 1.3 — Compreende o processo que se inicia com a receção das
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES diferentes matérias-primas, inclui toda as fases de armazenagem, ma-
2.2.1 — Princípios gerais nipulação e ou transformação dos géneros alimentícios, o seu acondi-
2.2.2 — Localização cionamento e embalagem e conclui-se com a expedição/distribuição.
2.2.3 — Conceção 2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO-
2.2.4 — Requisitos dimensionais RAÇÃO
2.2.5 — Pavimentos
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL
2.2.6 — Paredes
2.2.7 — Tetos A listagem da legislação de enquadramento das condições padrão
2.2.8 — Portas abaixo definidas consta em anexo ao presente título.
2.2.9 — Janelas
2.2.10 — Vias normais e de emergência 2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES
2.2.11 — Cais e rampas de carga 2.2.1 — Princípios gerais
2.2.12 — Instalações sociais O estabelecimento industrial deve ser concebido de forma a assegurar
2.2.13 — Iluminação a higiene e segurança dos géneros alimentícios, bem como a segurança e
2.2.14 — Ventilação saúde dos trabalhadores e a proteção do ambiente, devendo o respetivo
2.2.15 — Instalação elétrica projeto de construção ser elaborado na perspetiva de:
2.2.16 — Sinalização de segurança
2.2.17 — Águas de abastecimento • Permitir a manutenção, limpeza e desinfeção adequadas;
2.2.18 — Águas residuais • Facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica
2.2.19 — Águas pluviais das operações;
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS/MATERIAIS • Evitar a contaminação por via atmosférica, a acumulação de su-
2.3.1 — Requisitos de instalação dos equipamentos jidade, o contacto com materiais tóxicos, a queda de partículas nos
2.3.2 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali- géneros alimentícios bem como a formação de condensações e bolores
mentícios nas superfícies;
2.3.3 — Dispensador de água potável • Possibilitar a aplicação de boas práticas de higiene e a existência
2.3.4 — Contentores para colocação de resíduos e subprodutos de condições adequadas de manuseamento e de armazenagem a tem-
alimentares peratura controlada;
2.3.5 — Equipamentos frigoríficos • Manutenção da cadeia de frio;
2.3.6 — Embalagens • Requisitos de higiene dos géneros alimentícios, em todas as fases
2.3.7 — Caraterísticas dos materiais do processo produtivo, desde a receção das matérias-primas à expedição
2.3.8 — Termoacumulador dos produtos acabados;
2.3.9 — Equipamentos sob pressão • Higiene dos materiais e das operações de acondicionamento e
2.3.10 — Armazenagem de combustíveis embalagem;
2.3.11 — Equipamentos de trabalho (Máquinas, aparelhos, fer- • Higiene, supervisão e formação do pessoal que manuseia os ali-
ramentas ou instalações utilizadas no trabalho) mentos;
2.3.12 — Equipamentos de proteção individual • Abastecimento da água (qualidade da água);
2.3.13 — Material de primeiros socorros • Separação e encaminhamento de resíduos e subprodutos alimentares;
2.3.14 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios • Possibilitar o controlo de pragas e de animais indesejáveis;
2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS • Garantir as condições de trabalho adequadas à prevenção dos riscos
2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar profissionais;
2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP • Garantir a proteção e a promoção da saúde dos trabalhadores.
2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP
2.4.1.3 — Rastreabilidade 2.2.2 — Localização
2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho
2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no O estabelecimento está localizado em zona livre de fontes de conta-
trabalho minação. A área circundante das instalações deve estar limpa.
22982 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

2.2.3 — Conceção h) No caso de estabelecimentos que empreguem mais de 25 traba-


O estabelecimento deve dispor de: lhadores, as instalações de vestiário, cabinas de chuveiro e lavatórios
anexos, no seu conjunto, devem dispor de uma área não inferior à
a) Uma zona(s) de receção de matérias-primas, ingredientes e ma- correspondente a 1 m2 por utilizador.
teriais subsidiários que permita(m) a descarga dos mesmos de forma
higiénica e a aplicação de boas práticas que evitem contaminações; 2.2.5 — Pavimentos
b) Câmara(s) frigorífica(s) para a armazenagem de matérias-primas,
se forem rececionadas matérias-primas que sejam armazenadas em a) O pavimento do estabelecimento deve ser fixo, estável, antiderra-
refrigeração ou congelação; pante e sem inclinações perigosas, saliências e cavidades.
c) Uma zona(s) de armazenagem de produtos secos e de outros b) As aberturas nos pavimentos devem estar protegidas com resguar-
ingredientes que não carecem de temperatura controlada para a sua dos fixos e resistentes.
conservação, construídas e equipadas de forma a permitir a sua higie- c) Nas áreas adjacentes aos fornos e estufas, os pavimentos devem
nização e a prevenir a contaminação dos produtos alimentares; ainda ser construídos de materiais incombustíveis e resistentes ao fogo.
d) Local para armazenagem de materiais de acondicionamento e de d) Os pavimentos, nomeadamente os dos locais onde se encontram
embalagem, cujas características permitam assegurar que os materiais gases, vapores ou poeiras suscetíveis de provocar explosões, são imper-
de embalagem não são contaminados; meáveis, incombustíveis e constituídos por materiais antichispas.
e) Um local, segregado da armazenagem dos géneros alimentícios, e) Nos locais de manipulação dos géneros alimentícios (1) o pavi-
para armazenagem de detergentes, desinfetantes e outros produtos mento deve ser constituído por materiais impermeáveis, não absorven-
químicos, em condições de segurança; tes, laváveis, desinfetáveis e não tóxicos e dispor de drenagem adequada,
f) Zonas de preparação/transformação que permitem um acesso às devendo apresentar uma inclinação ligeira e uniforme de 1 a 2 %.
zonas de armazenagem das matérias-primas sem passagem por áreas
suscetíveis de contaminar os produtos; 2.2.6 — Paredes
g) Zonas de preparação/transformação, munidas de equipamentos de a) As paredes interiores do estabelecimento devem ser lisas, de fácil
frigorificação e de controlo da temperatura, se os géneros alimentícios e limpeza e pintadas de cores claras não brilhantes.
as atividades exercidas tornarem necessária a laboração a temperaturas b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as paredes
controladas; devem ainda ser revestidas de materiais impermeáveis, laváveis, não
h) Uma sala de lavagem dos utensílios e equipamentos, com um absorventes e não tóxicos.
abastecimento de água quente e fria; c) As paredes e partes exteriores dos fornos e estufas devem estar
i) Uma zona destinada à armazenagem dos utensílios depois de de- isoladas termicamente ou protegidas de contacto acidental.
vidamente lavados e desinfetados, que deve ser limpa, seca e protegida d) As paredes dos locais onde se fabricam, manipulam ou empregam
de contaminações; substâncias explosivas ou inflamáveis são incombustíveis.
j) Um local destinado ao acondicionamento e embalagem dos pro- e) As divisórias, transparentes ou translúcidas existentes, devem estar
dutos finais; assinaladas por forma a serem visíveis.
k) Se os produtos finais forem expedidos refrigerados, congelados
ou ultracongelados, câmara(s) frigorífica(s) para armazenagem dos 2.2.7 — Tetos
produtos finais;
l) Uma zona de expedição dos produtos finais, concebida de modo a) Os tetos devem apresentar-se lisos, de fácil limpeza, pintados ou
a minimizar a contaminação por via atmosférica, pela entrada de gases revestidos de cor clara e de material incombustível.
do escape, de poeiras e de insetos; b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, os tetos e os
m) Uma sala especificamente destinada à venda ao público, caso este equipamentos neles montados devem ser construídos de modo a facilitar
tipo de venda seja efetuada no estabelecimento, concebida de modo a a sua higienização, a evitar o desenvolvimento de fungos, a acumulação
impedir a entrada de pessoas indevidamente fardadas e higienizadas de poeiras e o desprendimento de partículas que de qualquer forma
nas zonas de laboração; possam vir a contaminar os alimentos.
n) Uma zona de vestiário e instalações sanitárias que, pela sua loca- c) A junção entre o teto e as paredes não deve exibir aberturas des-
lização e conceção, asseguram o circuito adequado dos trabalhadores protegidas, de modo a minimizar a contaminação por via atmosférica,
e permitem o seu fardamento e a sua higienização, antes da entrada das pela entrada de fumos, gases, poeiras, insetos e outros animais.
zonas de laboração (vide 2.2.10). d) O acesso a coberturas constituídas por materiais sem resistência
suficiente só é permitido desde que sejam fornecidos equipamentos
2.2.4 — Requisitos dimensionais ou dispositivos que garantam a execução do trabalho em condições
a) A dimensão do estabelecimento e dos seus compartimentos deve de segurança.
facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica das
operações e permitir a aplicação de boas práticas de higiene, não po- 2.2.8 — Portas
dendo, em qualquer caso, a área mínima útil de trabalho ser inferior a a) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as portas
1,80 m2 por trabalhador. devem apresentar as seguintes características:
b) O pé direito mínimo do estabelecimento deve ser de 3 metros. Na
zona dos fornos (torra de café???), caso haja necessidade de se efetuar • Devem ser lisas, constituídas de materiais não absorventes, facil-
correntemente trabalhos de reparação ou afinação na parte superior, mente laváveis e desinfetáveis;
deve dispor-se de uma distância mínima de 2 metros até ao teto ou às • Devem possuir sistemas de fecho adequado e eficiente de forma
partes inferiores das coberturas. a permitir o seu ajuste ao pavimento e às paredes, sempre que abram
c) A cubagem mínima de ar por trabalhador é de 11,50 m3 podendo diretamente para o exterior, designadamente as das zonas de receção
ser reduzida para 10,50 m3 caso se verifique uma boa renovação. Para de matérias-primas e de expedição;
determinação da cubagem mínima não são considerados os volumes • Devem ser isotérmicas nas ligações entre as zonas que carecem de
de móveis, máquinas ou quaisquer outros materiais existentes no local. temperatura controlada e as áreas quentes ou exteriores.
d) As vias de circulação interiores, incluindo as de emergência, devem
ter uma largura mínima de 0,90 m de modo a permitir a circulação fácil b) As portas e os portões que sejam de funcionamento mecânico
e segura das pessoas, sendo esta largura ajustada em função do número devem possuir dispositivos de paragem de emergência facilmente iden-
de trabalhadores de acordo com o Regulamento Técnico de Segurança tificáveis e acessíveis devendo, em caso de falha de energia, poder abrir-
Contra Incêndios em Edifícios. Se estas vias de circulação apresenta- -se automaticamente ou por comando manual. As portas e os portões
rem riscos de queda em altura, devem existir resguardos laterais com basculantes devem ser transparentes ou possuir painéis transparentes
uma altura mínima de 0,90 m e, se necessário, rodapé com uma altura com uma marca opaca a um nível facilmente identificável pelo olhar.
mínima de 0,14 m. As portas e portões automáticos devem estar dotados de sistemas de
e) As escadas fixas devem ter uma largura mínima de 0,90 m e possuir deteção de movimento (ex. células fotoelétricas) por forma a poderem
corrimão não interrompido nos patamares, sendo os degraus em piso parar automaticamente.
antiderrapante, ou contendo tiras abrasivas junto ao bordo, e proteções c) As portas e portões de correr devem possuir dispositivos de segu-
com uma altura mínima de 0,90 m. rança que os impeça de saltar das calhas ou cair.
f) Os intervalos entre máquinas, instalações ou materiais devem ter d) Junto aos portões destinados à circulação de veículos devem
uma largura de, pelo menos, 0,60 m. existir portas para peões, sinalizadas e permanentemente desobstruídas.
g) Os compartimentos onde estão instaladas as retretes devem ter e) As portas das vias de emergência deverão ser resistentes ao fogo
as dimensões mínimas de 0,80 m de largura por 1,30 m de profundi- e estar munidas de barras antipânico, abrir para o exterior e estarem
dade. devidamente sinalizadas e disporem de iluminação de segurança.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22983

2.2.9 — Janelas dispor de uma sala destinada exclusivamente a refeitório, com meios
a) As características das janelas e das claraboias devem permitir o próprios para aquecer a comida, não comunicando diretamente com
seu funcionamento em segurança, com isolamento térmico e possibi- locais de trabalho, instalações sanitárias ou locais insalubres;
lidade de ajuste de abertura, dispondo de dispositivos de controlo da • A superfície dos refeitórios deve ser calculada em função do número
incidência dos raios solares. máximo de pessoas que os possam utilizar simultaneamente, tendo em
b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as janelas conta o seguinte:
e outras aberturas, pela sua conceção e construção, devem evitar a ▪ 18,5 m2 até 25 trabalhadores;
acumulação de sujidade e dispor, quando abram para o exterior, de ▪ 18,5 m2+ 0,65 m2 por pessoa a mais, entre 26 e 74 trabalhadores;
redes mosquiteiras, removíveis para permitir a sua limpeza, ou de outro ▪ 50 m2 + 0,55m2 por pessoa a mais, entre 75 e 149 trabalhadores;
sistema que previna a entrada de pragas. ▪ 92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre 150 e 499 trabalhadores;
▪ 225 m2 + 0,40 m2 por pessoa a mais, para 500 ou mais trabalhadores.
2.2.10 — Vias normais e de emergência
Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no • Devem ter mesas e cadeiras ou bancos, em número correspondente
Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios: ao máximo de trabalhadores que podem utilizá-los ao mesmo tempo.

a) As vias normais e de emergência têm de estar permanentemente h) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante e de
desobstruídas e em condições de utilização, devendo o respetivo traçado toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos.
conduzir, o mais diretamente possível, a áreas ao ar livre ou a zonas
de segurança. 2.2.13 — Iluminação
b) A instalação de cada posto de trabalho deve permitir a evacuação a) Deve ser assegurada uma correta intensidade de luz (natural e ou
rápida e em máxima segurança dos trabalhadores. artificial) nas diferentes áreas do estabelecimento, incluindo nas zonas
c) O número, a localização e as dimensões das vias e das saídas de de armazenagem e nas vias de circulação interiores.
emergência devem atender ao tipo de utilização, às características do b) As lâmpadas existentes nas áreas de manipulação e armazenagem
local de trabalho, ao tipo de equipamento e ao número previsível de de géneros alimentícios devem possuir proteção antiqueda de partículas
utilizadores em simultâneo. em caso de quebra.
d) As vias e as saídas de emergência que necessitem de iluminação
artificial durante os períodos de trabalho devem dispor de ilumina- 2.2.14 — Ventilação
ção de segurança alternativa para os casos de avaria da iluminação
principal. a) Todas as áreas do estabelecimento devem estar equipadas com
sistemas de ventilação natural e ou forçada (mecânica) que garanta a
2.2.11 — Cais e rampas de carga exaustão de cheiros, fumos ou vapores e evite condensações e desen-
volvimento de bolores, devendo o caudal médio de ar puro (ventilação)
a) Os cais e as rampas de carga devem ser adequados à dimensão
ser de pelo menos 30 a 50 m3 por hora e por trabalhador.
das cargas neles movimentados e devem permitir a circulação fácil e
b) O sistema de ventilação deve ser construído de forma a propor-
segura das pessoas.
cionar um acesso fácil aos filtros e a outras partes que necessitem de
b) Os cais de carga devem ter pelo menos, uma saída ou, quando o seu
limpeza ou de substituição.
comprimento for superior a 25 m, uma saída em cada extremidade.
c) Todos os gases, vapores, fumos, névoas ou poeiras que se produzam
c) As vias de circulação destinadas a veículos devem estar distan-
ou desenvolvam no decorrer das operações, devem ser captados, tanto
ciadas das portas, dos portões, das passagens para peões, dos corre-
quanto possível no seu ponto de formação ou eliminados pela utilização
dores e das escadas de modo a não constituírem risco parar os seus
de outros meios, de modo a evitar a poluição da atmosfera dos locais
utilizadores;
de trabalho e sem causar prejuízo ou incómodos a terceiros.
d) As vias de circulação destinadas a pessoas devem ter iluminação
adequada e piso não escorregadio e antiderrapante. 2.2.15 — Instalação elétrica
2.2.12 — Instalações sociais A instalação elétrica deve cumprir as regras técnicas das instala-
ções elétricas previstas na legislação específica aplicável, incluindo
a) As instalações sanitárias:
as seguintes:
• Devem ser separadas ou de utilização separada por sexo, não de-
a) Todas as instalações deverão estar dotadas de terra de proteção;
vendo comunicar diretamente com os locais de manipulação de géneros
b) Os quadros elétricos deverão:
alimentícios;
• Devem conter um lavatório fixo por cada grupo de 10 trabalhadores • Ser de fácil acesso e estar permanentemente desobstruídos;
que cessem simultaneamente o trabalho; • Ter portas fechadas à chave e dotadas de sinalização de aviso de
• Destinadas ao sexo masculino, devem conter uma retrete e um urinol perigo de eletrocussão;
por cada grupo de 25 homens ou fração trabalhando simultaneamente; • Ser acedidos por pessoa competente;
os urinóis devem dispor de dispositivos de descarga de água e estar • Estar instalados em local que não permita a entrada de água e
separados por baias laterais distantes entre si de pelo menos 0,60 m; afastados de substâncias combustíveis e ou inflamáveis;
• Destinadas ao sexo feminino, devem conter uma retrete por cada • Estar equipados com um disjuntor diferencial para proteção das
grupo de 15 trabalhadoras que cessem simultaneamente o trabalho. pessoas, bem como com disjuntores magnetotérmicos para proteção
da instalação contra curto-circuitos e sobreaquecimentos;
b) Os compartimentos, onde estão instaladas as retretes, devem • Estar equipados com disjuntores que permitam identificar o circuito
possuir tiragem de ar direta para o exterior, com porta independente a por eles alimentado.
abrir para fora e provida de fecho.
c) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e c) As tomadas e as fichas devem ser concebidas de forma a que não
de toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos. seja possível o contacto direto com as partes ativas antes, durante e
d) A zona destinada aos vestiários deve comunicar diretamente com depois da inserção da tomada. Nos locais onde se verifique a possibi-
as cabinas de chuveiro e os lavatórios, ser separada por sexos e dispor lidade de contacto com a água, as infraestruturas elétricas deverão ser
de armários individuais munidos de fechadura ou cadeado. estanques e assegurar a proteção adequada.
e) Os chuveiros devem existir na proporção de 1/10 trabalhadores d) A instalação elétrica deve encontrar-se em bom estado de conser-
que possam vir a utilizá-los simultaneamente, com água quente e fria, vação, nomeadamente sem fios descarnados, sem ruturas nos cabos e
separados ou de utilização separada por sexo. sem fichas ou tomadas partidas.
f) Os trabalhadores devem ter à sua disposição, na zona de vestiário, e) Os equipamentos de trabalho (máquinas e ferramentas elétricas
cacifos duplos construídos com materiais laváveis, resistentes à cor- portáteis) devem garantir a proteção dos trabalhadores contra os riscos
rosão, não porosos e impermeáveis, de forma a permitir a separação de contacto direto ou indireto com a eletricidade.
das roupas de uso pessoal e de trabalho, assim como de outros bens
pessoais. As fardas de trabalho limpas são colocadas, à disposição dos 2.2.16 — Sinalização de segurança
trabalhadores, em equipamento adequado e localizado à entrada dos O estabelecimento deve dispor de sinalização de segurança em todos
vestiários. os pontos convenientes, (sinais de saída e de emergência, sinais res-
g) Refeitórios: peitantes a incêndios, sinais de obrigação, de proibição, de advertência
• Os estabelecimentos que empreguem 50 ou mais trabalhadores e de perigo, sinais para obstáculos, marcação de vias de circulação e
aqueles em que lhe seja autorizado tomarem as suas refeições devem iluminação de segurança).
22984 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

2.2.17 — Águas de abastecimento 2.3.5 — Equipamentos frigoríficos


a) O estabelecimento deve dispor de uma rede de água potável As câmaras frigoríficas de conservação das matérias-primas, dos
quente e fria que garanta o correto abastecimento a todos os lavatórios produtos acabados e de outros géneros alimentícios, devem dispor de:
e dispositivos de lavagem. a) Equipamentos frigoríficos capazes de manter as matérias-primas e
b) A água não potável, se for usada (no combate a incêndios, produção os produtos finais refrigerados e congelados a temperaturas adequadas.
de vapor ou refrigeração de equipamentos) deve circular em sistemas Quando se tratar de produtos ultracongelados, esses equipamentos devem
separados, devidamente identificados, sem que haja ligação ou refluxo ser capazes de os manter a uma temperatura inferior ou igual a -18°C;
para o sistema de água potável. b) Equipamento frigorífico capaz de provocar um abaixamento rá-
c) A utilização da água no estabelecimento deve ser otimizada de pido da temperatura, caso se proceda à distribuição de produto final
forma a reduzir os consumos de água e os volumes de águas residuais refrigerado;
industriais produzidas. c) Equipamento frigorífico adequado à congelação ou ultracongelação
d) As atividades agroindustriais devem promover o uso eficiente de géneros alimentícios, caso se proceda a estas operações;
da água, particularmente tendo em consideração as linhas de orienta- d) Dispositivos que permitam o controlo/leitura da temperatura a
ção do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), que os alimentos são conservados;
aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de e) Dispositivo de registo da temperatura de armazenagem, no caso
30 de junho. específico de alimentos ultracongelados;
f) Iluminação e espaço suficiente para a inspeção e a manutenção
2.2.18 — Águas residuais dos condensadores;
a) O sistema de drenagem de águas residuais deve assegurar a correta g) Portas com fechos que permitam a sua abertura tanto do exterior
drenagem dos pavimentos e estar munido de mecanismos que impeçam como do interior. No caso de disporem de fechadura, devem existir
os refluxos. dispositivos de alarme, acionáveis no interior da câmara, que comu-
b) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização das niquem com o exterior.
águas residuais resultantes de processos de extração física (p. e., na
indústria dos óleos vegetais), de lavagem de produtos alimentares 2.3.6 — Embalagens
em bruto e operações de lavagem de embalagens e vasilhame, para Os materiais de acondicionamento e embalagem, quando reutilizá-
outros fins como sendo nas lavagens das instalações fabris, para o veis, devem ser fáceis de limpar e desinfetar.
uso agrícola na rega e para o transporte das matérias alimentares a
processar. 2.3.7 — Caraterísticas dos materiais
c) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização de água
com origem noutros processos existentes na unidade industrial ou no Todos os utensílios, aparelhos e equipamentos que entrem em contacto
uso de água de qualidade inferior, para fins de lavagens de instalações com os alimentos devem ser fabricados com materiais adequados.
e de equipamentos.
2.3.8 — Termoacumulador
2.2.19 — Águas pluviais Caso sejam instalados termoacumuladores, o industrial deverá estar
na posse de termo de responsabilidade técnica de montagem, garantindo-
Sempre que possível deve ser promovida a recolha e a utilização
-se a utilização da proteção diferencial de alta sensibilidade.
de águas pluviais, para fins de lavagens de instalações e de equipa-
mentos. 2.3.9 — Equipamentos sob pressão
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS/MATERIAIS Se no estabelecimento forem instalados equipamentos sob pressão,
2.3.1 — Requisitos de instalação dos equipamentos deverá verificar-se se os mesmos se encontram abrangidos pelo Decreto-
-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho e, se for caso disso, deverá proceder-se
a) Os equipamentos devem estar instalados de forma a permitir a ao respetivo registo e ao respetivo licenciamento.
limpeza da área circundante, devendo os intervalos entre máquinas e
outros materiais ter uma largura mínima de 0,60 m. 2.3.10 — Armazenagem de combustíveis
b) Sempre que sejam utilizadas estantes, designadamente nas áreas
de armazenagem, estas devem estar estruturadas em função das cargas Se no estabelecimento for efetuada armazenagem de GPL, combus-
previstas e estar afixadas às paredes e pavimento de forma a garantir tíveis líquidos, outros derivados do petróleo, ou substituinte de produ-
sua estabilidade. tos de petróleo, deverá verificar-se o enquadramento no Decreto-Lei
c) Os equipamentos e máquinas ruidosas devem dispor de elementos n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-
para redução de ruído na fonte (silenciadores, atenuadores, blocos de -Lei n.º 217/2012, de 9 de outubro e, se for caso disso e em função da
inércia, elementos antivibráticos) e devem estar isolados. capacidade de armazenagem, obter-se o respetivo licenciamento ou
apresentar-se o processo previsto no artigo 21.º da Portaria n.º 151/2007,
2.3.2 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali- de 30 de novembro, junto da câmara municipal competente.
mentícios
2.3.11 — Equipamentos de trabalho (Máquinas, aparelhos, fer-
a) Devem existir lavatórios de mãos localizados pelo menos nos ramentas ou instalações utilizadas no trabalho)
seguintes locais: zonas de preparação, de embalagem e de venda ao
público. Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos fixados no Decreto-Lei
b) Os lavatórios devem ser dotados de água potável quente e fria n.º 50/2005, de 25 de fevereiro, relativo às prescrições mínimas de se-
e devem drenar diretamente para a rede de esgotos, mediante ligação gurança e saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos
dotada de sifão. de trabalho, estes devem:
c) Junto dos lavatórios devem existir dispositivos dispensadores de a) Satisfazer os requisitos mínimos de segurança, nomeadamente
detergente e desinfetante das mãos, toalhetes individuais de papel ou em relação a:
dispositivo de secagem de mãos. No caso de serem usados toalhetes
individuais, deve existir um contentor para colocação dos mesmos • Sistemas de comando;
após utilização. • Arranque e paragem do equipamento;
• Estabilidade e rotura;
2.3.3 — Dispensador de água potável • Projeções e emanações;
• Riscos de contacto mecânico;
O estabelecimento deve dispor de dispensador de água potável, sendo • Iluminação e temperatura;
proibido o uso de copos coletivos. • Dispositivos de alerta;
• Manutenção;
2.3.4 — Contentores para colocação de resíduos e subprodutos • Riscos elétricos, de incêndio e explosão;
alimentares • Fontes de energia;
O estabelecimento deve dispor de contentores para o acondiciona- • Sinalização de segurança;
mento de resíduos e subprodutos alimentares, constituídos por ma-
teriais laváveis e desinfetáveis. Alternativamente, o estabelecimento b) Ter em conta as regras de utilização, em particular quanto a:
pode dispor de sistemas de evacuação de resíduos e ou subprodutos • Utilização de equipamentos móveis;
alimentares. • Equipamentos de elevação de cargas;
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22985

• Elevação de cargas não guiadas; ▪ Definir procedimentos de supervisão e instrução e ou formação do


• Organização do trabalho na elevação de cargas; pessoal que manuseia os alimentos, em matéria de higiene dos géneros
alimentícios;
Devem ser asseguradas verificações periódicas e extraordinárias ▪ Implementar boas práticas de fabrico.
dos equipamentos de trabalho, devendo estar disponíveis registos que
evidenciem o cumprimento deste requisito, bem como os respetivos 2.4.1.3 — Rastreabilidade
relatórios.
As máquinas deverão possuir declaração CE de conformidade, mar- O industrial deve definir procedimentos que permitam identifi-
cação CE e manual de instruções em português. car o fornecedor de um género alimentício, ou de qualquer outra
substância destinada a ser incorporada num género alimentício ou
2.3.12 — Equipamentos de proteção individual com probabilidades de o ser e identificar outros operadores a quem
tenham sido fornecidos os seus produtos, de forma a assegurar a
Os equipamentos de proteção individual contra os riscos resultantes
rastreabilidade.
das operações efetuadas devem encontrar-se disponíveis para os traba-
lhadores. Estes equipamentos devem ser distribuídos individualmente e
mantidos em adequadas condições de conservação e higiene. 2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho
2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no
2.3.13 — Material de primeiros socorros trabalho
O estabelecimento deve dispor de material de primeiros socorros de O industrial deve organizar os serviços de segurança e saúde no tra-
fácil acesso e devidamente sinalizado. balho de acordo com as seguintes modalidades, previstas no artigo 74.º
da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro:
2.3.14 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios a) Serviço externo (4), ou, quando legalmente admitido,
Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no b) Regime simplificado (atividade de segurança exercida pelo em-
Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios e da pregador ou por trabalhador designado). (5)
adoção das medidas de autoproteção exigíveis, em função da categoria c) Serviço comum
de risco por utilização-tipo:
O serviço comum deve ser instituído por acordo, que deve ser cele-
a) Devem existir meios de deteção adequados em zonas de produção
brado por escrito, entre várias empresas ou estabelecimentos (pertencen-
e armazenagem;
tes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo nem sejam
b) Os meios de combate a incêndios devem estar disponíveis, ser os
abrangidas pela obrigatoriedade de serviços internos) e contemplam
adequados, encontrarem-se sinalizados e em condições operacionais.
c) Na ausência de outro critério de dimensionamento devidamente exclusivamente os trabalhadores por cuja segurança e saúde os empre-
justificado, os extintores devem ser calculados à razão de: gadores subscritores do acordo sejam responsáveis.
O acordo referido, carece de autorização da Autoridade para as Con-
• 18 L de agente extintor padrão por 500 m2 ou fração de área de dições do Trabalho, (no âmbito da segurança no trabalho) e da Direção
pavimento do piso em que se situem; Geral da Saúde (no âmbito da saúde no trabalho).
• Um por cada 200 m2 de pavimento do piso ou fração, com um
mínimo de dois por piso. d) Serviço interno
d) Os extintores devem ser convenientemente distribuídos, sinalizados Este serviço deve ser instituído pelo empregador, abrange exclusi-
sempre que necessário e instalados em locais bem visíveis, colocados vamente os trabalhadores por cuja segurança aquele é responsável, faz
em suporte próprio de modo a que o seu manípulo fique a uma altura parte da estrutura da empresa e funciona na sua dependência.
não superior a 1,2 m do pavimento e localizados preferencialmente: Esta modalidade é obrigatória para estabelecimentos com mais de
400 trabalhadores ou (conjunto de estabelecimentos distanciados da-
• Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das quele que ocupa maior número de trabalhadores e que, com este, tenham
câmaras corta-fogo, quando existam; pelo menos 400 trabalhadores) ou para estabelecimentos (ou conjunto
• No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas. de estabelecimentos) que desenvolvam atividades de risco elevado a
que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores.
e) As cozinhas devem ser dotadas de mantas ignífugas em comple- Qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa ou o estabe-
mento dos extintores. lecimento, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades
de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de
2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS instalações, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos
2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar
2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP (2) os contactos necessários com as entidades externas competentes para
O industrial deve estabelecer um procedimento ou procedimentos realizar aquelas operações e as de emergência médica.
baseados nos princípios HACCP.
Deve existir uma abordagem fundamentada aos perigos envolvidos 2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade
nas operações, nomeadamente a sua identificação, avaliação e formas
de controlo e registo (3). Devem ser mantidas dentro dos limites convenientes, as condições
de temperatura e humidade dos locais de trabalho, para evitar danos
2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP na saúde dos trabalhadores.
Para efeitos de execução do disposto do ponto anterior, o industrial deve:
2.4.2.3 — Condições ergonómicas
▪ Definir um fluxograma, que inclua a descrição das operações;
▪ Dispor de planta com marcação dos circuitos funcionais de pessoal, a) A disposição e dimensionamento dos postos de trabalho devem
géneros alimentícios (matérias-primas, produtos intermédios, produto ser adequados às exigências das tarefas a executar;
final), matérias subsidiárias (lenha e material de acondicionamento e b) Devem ser adotados os meios técnicos e organizacionais para
embalagem), subprodutos alimentares e da rede de águas e esgotos; reduzir os esforços nas atividades de manuseamento de cargas, bem
▪ Definir procedimentos de controlo de matérias-primas, que asse- como a repetibilidade de tarefas
gurem que provêm de estabelecimentos aprovados (quando aplicável),
que estão devidamente identificadas e ou rotuladas, que se apresentem 2.4.2.4 — Atmosferas explosivas
a uma temperatura adequada e que não apresentem contaminações. No Na armazenagem e nos processos produtivos onde haja a possibili-
caso dos materiais de acondicionamento e embalagem, o controlo deve dade de formação de atmosferas explosivas (Ex: poeiras combustíveis,
assegurar que os materiais são próprios para entrar em contacto com líquidos e gases inflamáveis), deve ser assegurado:
os géneros alimentícios;
▪ Definir procedimentos de higienização e desinfeção das instalações, a) Classificação de áreas perigosas;
equipamentos e utensílios; b) Avaliação de risco de explosão, com indicação de medidas de
▪ Definir procedimentos de controlo do acesso às instalações por proteção técnica e organizacionais contra eventuais explosões;
parte de animais domésticos e pragas; c) Verificação e ou Seleção de aparelhos, equipamentos e Sistemas
▪ Definir um plano de controlo analítico, de acordo com a análise de adequados a atmosferas explosivas;
risco, de superfícies, utensílios e equipamentos, produtos finais e água; d) Elaboração de um Manual de Proteção contra Explosões;
22986 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

2.4.2.5 — Espaços confinados babilidade de exposições potenciais, são mantidas a níveis tão baixos
quanto possível.
A existência de espaços confinados, obriga a autorizações de en-
b) Radiação não ionizante
trada para a realização de trabalhos nestes espaços. Estas autorizações,
Caso existam atividades suscetíveis de apresentarem risco de ex-
devem incluir:
posição a radiação ótica de fontes artificiais, deverão ser avaliados, e
a) Inspeção prévia do local medidos ou calculados se necessário, os níveis de radiação a que os
b) Avaliação de riscos, com identificação dos trabalhadores autoriza- trabalhadores possam estar expostos
dos a aceder e com permissão para a presença nesse espaço.
c) Verificação e ou Seleção de aparelhos, equipamentos e Sistemas 2.4.2.7 — Prevenção de riscos profissionais
adequados a atmosferas explosivas;
O estabelecimento deve dispor de um plano escrito de prevenção de
riscos profissionais, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das
2.4.2.6 — Radiações ionizantes e não ionizantes
atividades da empresa, a avaliação dos riscos e as respetivas medidas
a) Radiação ionizante de prevenção.
A utilização industrial de radiações ionizantes obriga a uma autori- Deve ser assegurada a formação, informação e sensibilização dos
zação prévia para a sua utilização. Compete à Direção-Geral da Saúde trabalhadores em matéria de segurança e saúde no trabalho, em parti-
conceder a autorização de práticas de licenciamento de instalações e cular no que se refere à exposição ao risco profissional.
equipamentos. Na tabela seguinte, identificam-se as principais medidas pre-
A segurança e a proteção dos trabalhadores devem ser de modo a ventivas, aplicáveis às atividades económicas abrangidas pelo
que as doses individuais, o número de trabalhadores expostos e a pro- presente TPI:

ATIVIDADES FATORES DE RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS

RECEÇÃO DE MATÉRIAS- MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS. . . . . • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA A MOVIMENTA-


-PRIMAS E OUTROS MA- REPETITIVIDADE DE TAREFAS . . . . ÇÃO MANUAL DE CARGAS;
TERIAIS. CIRCULAÇÃO DE PESSOAS, EMPI- • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MECÂNICA
ACONDICIONAMENTO, AR- LHADORES E CAMIÕES. DE CARGAS;
MAZENAGEM E EXPEDI- QUEDA DE OBJETOS . . . . . . . . . . . . . . • ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS
ÇÃO. E ROTATIVIDADE);
• DEFINIR E IMPLEMENTAR REGRAS DE ARMAZENAGEM;
• COLOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA CORRETA ARMAZENAGEM
DOS MATERIAIS;
• ADEQUADAARMAZENAGEM E ROTULAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
ADEQUADOS AO RISCO
(POR EXEMPLO: VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO, LUVAS, MÁSCARA, BOTAS,
PROTETORES AURICULARES, ÓCULOS PROTEÇÃO);
• VERIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO PERIÓDICA DAS CONDIÇÕES DE
SEGURANÇA DOS EMPILHADORES E PROMOÇÃO DA SUA CONDU-
ÇÃO SEGURA;
• SEPARAÇÃO/DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE TRABALHO E DE CIR-
CULAÇÃO.

ATIVIDADES NAS LINHAS DE MÁQUINAS COM ELEMENTOS MÓ- • INSTALAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO ADEQUADOS (FIXOS,
PRODUÇÃO. VEIS MÓVEIS OU AMOVÍVEIS) COM ENCRAVAMENTOS ELÉTRICOS (SEM-
RUÍDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PRE QUE APLICÁVEL), COM OU SEM BLOQUEIO;
VIBRAÇÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • VERIFICAÇÃO PERIÓDICA DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DOS
RADIAÇÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . EQUIPAMENTOS DE TRABALHO;
AMBIENTE TÉRMICO INADEQUADO • ENCAPSULAMENTO DE EQUIPAMENTOS RUIDOSOS;
CONDIÇÕES ERGONÓMICAS INADE- • COLOCAÇÃO DE MATERIAIS AMORTECEDORES;
QUADAS. • LIMITAÇÃO DE ACESSO ÀS ZONAS RUIDOSAS;
AGENTES BIOLÓGICOS, QUÍMICOS • DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE TRABALHO COM FONTES DE RADIAÇÃO;
• INSTALAÇÃO DE SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO EM AMBIENTES TÉR-
MICOS INADEQUADOS;
• ASSEGURAR BOA VENTILAÇÃO NATURAL E OU FORÇADA;
• IMPLEMENTAÇÃO DE CONDIÇÕES ERGONÓMICAS NOS POSTOS DE
TRABALHO;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (PAUSAS CURTAS E FREQUENTES);
• PROMOÇÃO DA ROTATIVIDADE DE POSTOS DE TRABALHO PARA
DIMINUIÇÃO DOS TEMPOS DE EXPOSIÇÃO;
• DESTRUIÇÃO DE AGENTES BIOLÓGICOS POR PROCESSOS DE ESTE-
RILIZAÇÃO OU PELO USO DE BIOCIDAS;
• UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE EXAUSTÃO LOCALIZADA, QUANDO
JUSTIFICÁVEL (CAPTAÇÃO POEIRAS, FUMOS, VAPORES, GASES);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS
PRODUTOS QUÍMICOS PARA SEU CORRETO MANUSEAMENTO;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
ADEQUADOS AO RISCO
(POR EXEMPLO: VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO, LUVAS, MÁSCARA, BOTAS,
PROTETORES AURICULARES, ÓCULOS PROTEÇÃO);
• VIGILÂNCIA MÉDICA DOS TRABALHADORES.

EMBALAGEM . . . . . . . . . . . . . MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS. . . . . • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO MECÂNICA


CIRCULAÇÃO DE EMPILHADORES DE CARGAS;
NAS ÁREAS DE TRABALHO E CIR- • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA MOVIMENTAÇÃO
CULAÇÃO DE PESSOAS. MANUAL DE CARGAS;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
ADEQUADOS AO RISCO
(POR EXEMPLO: VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO, LUVAS, MÁSCARA, BOTAS,
PROTETORES AURICULARES, ÓCULOS PROTEÇÃO);
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22987

ATIVIDADES FATORES DE RISCO MEDIDAS PREVENTIVAS

• VERIFICAÇÃO PERIÓDICA DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DOS


EMPILHADORES;
• VERIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO PERIÓDICA DAS CONDIÇÕES DE
SEGURANÇA DOS EMPILHADORES E PROMOÇÃO DA SUA CONDU-
ÇÃO SEGURA;
• SEPARAÇÃO/DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE TRABALHO E DE CIR-
CULAÇÃO.

LIMPEZA DE INSTALAÇÕES PISOS ESCORREGADIOS MOVIMEN- • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA A MOVIMENTA-
(UTILIZAÇÃO DE DESINFE- TAÇÃO DE CARGAS. ÇÃO MANUAL DE CARGAS;
TANTES E DETERGENTES). UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMI- • DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS
COS PERIGOSOS. PRODUTOS QUÍMICOS;
• ADEQUADAROTULAGEM E MANUSEAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS;
• UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE ASPIRAÇÃO COM FILTRAÇÃO ADE-
QUADA;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
ADEQUADOS.

MANUTENÇÃO . . . . . . . . . . . . UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS • INSTRUÇÕES DE TRABALHO;


MANUAIS • MANUTENÇÃO E VERIFICAÇÃO ADEQUADAS DOS EQUIPAMENTOS
MOVIMENTAÇÃO MANUAL E MECÂ- DE TRABALHO E DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS;
NICA DE CARGAS. • PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS EM ALTURA;
TRABALHOSDECORTEESOLDADURA • UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE EXAUSTÃO LOCALIZADA;
UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMI- • DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS
COS PERIGOSOS. PRODUTOS QUÍMICOS;
UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS • ADEQUADAROTULAGEM E MANUSEAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS;
RUIDOSOS. • DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
ADEQUADOS AO RISCO
(POR EXEMPLO: VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO, LUVAS, MÁSCARA, BOTAS,
PROTETORES AURICULARES, ÓCULOS PROTEÇÃO).

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS • CONCEÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO DE MODO A SEREM RESPEI-
DOTADOS DE VISOR. TADOS OS PRINCÍPIOS ERGONÓMICOS, DE CONFORTO TÉRMICO,
ILUMINAÇÃO, VENTILAÇÃO E QUALIDADE DO AR.

2.4.3 — Ambiente composição são semelhantes aos resíduos provenientes de habitações


2.4.3.1 — Recursos hídricos e cuja produção diária não ultrapassa 1100 litros), deve ser assegurada,
a) Caso o estabelecimento utilize água proveniente de captação na gestão dos mesmos o cumprimento do disposto no Decreto-Lei
própria de águas superficiais ou subterrâneas (6) deve dispor de título de n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei
utilização de recursos hídricos, ou do correspondente título padronizado, n.º 73/2011, de 17 de junho, nomeadamente:
se aplicável, ou parecer positivo à comunicação prévia, emitido pela i. Adoção de medidas de gestão de substâncias, materiais ou produtos,
Agência Portuguesa do Ambiente. quando aplicável, destinadas a reduzir a quantidade, a perigosidade e os im-
b) O disposto na alínea anterior deve ter em consideração o artigo 2.º pactes adversos no ambiente e na saúde humana dos resíduos produzidos;
do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, uma vez que a quali- ii. Separação dos resíduos na origem, por fluxos e fileiras, de forma
dade da água utilizada para fabrico, transformação, conservação ou a promover a sua valorização;
comercialização de produtos ou substâncias, assim como a utilizada na iii. Armazenamento dos resíduos produzidos de modo a não provocar
limpeza de superfícies, objetos e materiais que podem estar em contacto danos para o ambiente, nem para a saúde humana, instalando-se, sempre
com os alimentos deve ser igual à exigida para o consumo humano, que necessário, sistemas de contenção/retenção secundária de eventuais
exceto quando a utilização dessa água não afeta a salubridade do género escorrências e ou derrames;
alimentício na sua forma acabada. A utilização de captações próprias iv. Encaminhamento dos resíduos produzidos para operadores auto-
para os processos que interfiram com a salubridade dos alimentos só rizados para a sua valorização ou eliminação, assegurando que o seu
é permitida se não houver a possibilidade de ligação à rede pública de transporte é acompanhado, até à entrada em vigor das e-GAR (Guia de
abastecimento, devendo ser implementado neste caso um sistema de Acompanhamento de Resíduos Eletrónica), por guia preenchida em tri-
tratamento necessário, ou nos casos das indústrias já existentes desde plicado, em Modelo n.º 1428 da Imprensa Nacional — Casa da Moeda;
que possuam um sistema de tratamento que comprovadamente produz v) Registo no sistema integrado de registo eletrónico de resíduos
uma água equiparada à definida no Decreto-Lei n.º 306/2007. (SIRER) a efetuar no prazo de um mês após o inicio da atividade ou do
c) Se o estabelecimento estiver ligado ao sistema público de drenagem funcionamento do estabelecimento, bem como registo anual da infor-
de águas residuais, deve dispor de autorização expressa da respetiva mação relativa à produção de resíduos, por código da Lista Europeia de
entidade gestora, conforme disposto no artigo 54.º do Decreto-Lei Resíduos, até 31 de março do ano seguinte ao do ano civil a reportar caso
n.º 226-A/2007, de 31 de maio. o estabelecimento produza qualquer quantidade de resíduos perigosos
d) No caso de rejeição de águas residuais no meio hídrico ou no ou produza resíduos não urbanos e empregue mais de 10 trabalhadores;
solo (sistema autónomo doméstico seguido de órgão de infiltração no
terreno), o estabelecimento deve dispor de título de utilização de recur- b) Aderir a um sistema de gestão que assegure o cumprimento do
sos hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente ou, no caso princípio da responsabilidade alargada do produtor.
de rejeição águas residuais domésticas no solo, e se tal for a opção do
industrial, do correspondente título padronizado, nos casos aplicáveis. 2.4.3.3 — Emissão para o ar
e) No caso do estabelecimento se localizar em terrenos do domínio a) O estabelecimento encontra-se abrangido pelo Decreto-Lei
hídrico deve dispor de título de utilização de recursos hídricos emitido n.º 78/2004, de 3 de abril, relativo à prevenção de poluentes para a
pela Agência Portuguesa do Ambiente. atmosfera, e portarias regulamentares conexas, sempre que tenha fontes
f) Os pedidos de emissão de título de utilização de recursos hídricos pontuais ou fontes difusas de emissão de poluentes para o ar devendo
devem ser submetidos no Sistema Integrado de Licenciamento do observar o constante nesses diplomas quanto:
Ambiente (SILiAmb) em https://siliamb.apambiente.pt. I. Ao dimensionamento da chaminé cuja altura deve respeitar a resultante
da metodologia de cálculo fixada na Portaria n.º 263/2005, de 17 de março;
2.4.3.2 — Resíduos II. Ao cumprimento dos valores limite de emissão (VLE) aplicáveis,
a) Sempre que o estabelecimento produza resíduos que não possam estipulados nas Portarias n.º 675/2009, de 23 de junho, n.º 677/2009,
ser equiparados a resíduos urbanos (resíduos que pela sua natureza e de 23 de junho e ou n.º 286/93, de 12 de março;
22988 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

III. Ao autocontrolo das emissões de poluentes atmosféricos cujo


regime de monitorização de cada poluente é determinado em função CAE Atividade
dos caudais mássicos, fixados na Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro
alterado pela Portaria n.º 676/2009, de 23 de junho;
IV. Ao envio dos resultados da monitorização pontual para a Comis- 10391 Congelação de frutos e de produtos hortícolas.
são de Coordenação e Desenvolvimento Regional competente e dos 10392 Secagem e desidratação de frutos e de produtos hortícolas.
resultados da monitorização em contínuo (juntamente com os resultados 10393 Fabricação de doces, compotas, geleias e marmelada.
pontuais dessa mesma empresa) para a Agência Portuguesa do Ambiente; 10394 Descasque e transformação de frutos de casca rija comestíveis.
V. Às medidas especiais para a minimização das emissões difusas, 10395 Preparação e conservação de frutos e hortícolas por outros
previstas no Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril. processos.
b) Especificamente para as atividades de extração de óleos vegetais 10412 Produção de azeite.
e gorduras animais e refinação de óleos vegetais que utilizam solventes 10413 Produção de óleos vegetais brutos (exceto azeite).
orgânicos com um consumo superior a 10 toneladas/ano, a atividade 10414 Refinação de azeite, óleos e gorduras.
encontra-se abrangida pelo Decreto-Lei n.º 242/2001, de 31 de agosto. 10520 Fabricação de gelados e sorvetes.
10611 Moagem de cereais.
2.4.3.4 — Ruído ambiente 10612 Descasque, branqueamento e outros tratamentos do arroz.
O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei 10613 Transformação de cereais e leguminosas.
n.º 9/2007, de 17 de janeiro, será aplicável às instalações agroindustriais caso 10620 Fabricação de amidos, féculas e produtos afins.
estas consubstanciem, no caso de alterações de uma instalação existente, 10730 Fabricação de massas alimentícias, cuscuz e similares.
ou venham a consubstanciar, no caso de novas instalações, o conceito de 10810 Indústria do açúcar.
"atividade ruidosa permanente" conforme definição constante da alínea a) 10821 Fabricação de cacau e de chocolate.
do artigo 3.º do RGR. Ou seja, o ruído produzido pela instalação existente, 10822 Fabricação de produtos de confeitaria.
terá de ser, pelo menos, audível (avaliação qualitativa) junto de um ou mais 10830 Indústria do café e do chá.
recetores sensíveis (edifício habitacional, escolar, hospitalar ou similar ou 10840 Fabricação de condimentos e temperos.
espaço de lazer, com utilização humana). Caso a condição anterior se verifi- 10891 Fabricação de fermentos, leveduras e adjuvantes para pa-
que, deve evidenciar o cumprimento dos requisitos acústicos estabelecidos nificação.
no n.º 1 do artigo 13.º do RGR, apresentando à entidade coordenadora do 11011 Fabricação de aguardentes preparadas.
licenciamento uma avaliação acústica (n.º 9 do artigo 13.º do RGR) que 11012 Fabricação de aguardentes não preparadas.
reveste a forma de ensaio acústico a realizar junto do ou no recetor e, caso 11013 Produção de licores e de outras bebidas destiladas.
aplicável, a apresentação de medidas de prevenção e controlo do ruído. 11021 Produção de vinhos comuns e licorosos.
Para novas instalações, terá que ser realizado um estudo previsional 11022 Produção de vinhos espumantes e espumosos.
que demonstre a viabilidade do cumprimento dos requisitos acústicos 11030 Fabricação de cidra e outras bebidas fermentadas de frutos
estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º do RGR sob condições normais 11040 Fabricação de vermutes e de outras bebidas fermentadas
de funcionamento da instalação agroindustrial. não destiladas.
11050 Fabricação de cerveja.
2.5 — FLEXIBILIDADE 11060 Fabricação de malte.
Eventuais desvios às condições de instalação e exploração constantes 11071 Engarrafamento de águas minerais naturais e de nascente.
do presente título poderão ser admitidos, uma vez demonstrada pelo 11072 Fabricação de refrigerantes e de outras bebidas não alcoó-
industrial a sua compatibilidade com os objetivos relativos à segurança licas.
alimentar, segurança e saúde do trabalho e ambiente prosseguidos pela
legislação aplicável.
(1) Os locais de manipulação de géneros alimentícios compreendem II — LEGISLAÇÃO (vide 2.1)
os locais onde os alimentos são manuseados, preparados e armazenados. ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
(2) HACCP — Hazard Analysis and Critical Control Points (em
português "APPCC — Análise de Perigos e Pontos Críticos de Con- • Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
trolo") é um método sistemático e documentado de controlo de segu- Aprova o Sistema da Indústria Responsável (SIR)
rança alimentar, concebido para prevenir, eliminar e/ou detetar perigos.
(3) Devem ser consideradas as recomendações constantes no docu- ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
mento de orientação sobre a aplicação de procedimentos baseados nos • Regulamento (CE) n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do
princípios HACCP e sobre a simplificação da aplicação dos princípios Conselho, de 28 de janeiro
HACCP, disponível em http://ec.europa.eu/food/food/biosafety/hygie-
nelegislation/guidance_doc_haccp_pt.pdf. Estabelece os princípios e normas gerais da legislação alimentar,
(4) O serviço externo é desenvolvido por entidade autorizada pela cria a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabe-
ACT (no âmbito da segurança no trabalho) e pela DGS (no âmbito lece procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios
da saúde no trabalho) que, mediante contrato com o empregador, por • Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do
escrito, realiza as atividades principais (descritas no artigo n.º 98.º Conselho, de 29 de abril,
da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro), que visam prevenir os ris-
cos profissionais e promover a segurança e saúde dos trabalhadores. Relativo à higiene dos géneros alimentícios
(5) No estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distanciados
até 50 km do de maior dimensão, que empregue no máximo 9 traba- • Regulamento (CE) n.º 2073/2005, da Comissão, de 15 de novembro
lhadores, as atividades de segurança no trabalho podem ser exercidas Relativo a critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimentícios
diretamente pelo próprio empregador, ou por um ou mais trabalhadores
designados, se possuírem formação adequada, dispuserem de tempo e de • Regulamento (CE) n.º 37/2005, da Comissão, de 12 de janeiro
meios e permanecerem habitualmente no estabelecimento. O exercício
desta atividade depende de autorização expressa da ACT a requerer em Relativo ao controlo das temperaturas nos meios de transporte e nas
modelo próprio disponível no sítio eletrónico desta entidade. instalações de depósito e armazenagem de alimentos ultracongelados
(6) No caso de abastecimento de água para consumo humano, só é destinados à alimentação humana
admissível o recurso a este tipo de captação se a rede pública não se
encontrar disponível, ou seja, se a mesma se encontrar a uma distância • Portaria n.º 1129/2009, de 1 de outubro
superior a 20 metros do estabelecimento a servir. Relativa ao controlo metrológico dos instrumentos de medição e
registo da temperatura a utilizar nos meios de transporte nas instalações
ANEXOS de depósito e armazenagem dos alimentos a temperatura controlada
I — ATIVIDADES CAE CONSIDERADAS (vide 1.1.) • Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio

CAE Atividade
Regime jurídico da utilização dos recursos hídricos

• Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto


10310 Preparação e conservação de batatas. Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo
10320 Fabricação de sumos de frutos e de produtos hortícolas. humano
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22989

• Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto • Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro


Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em
Estabelece o regime jurídico dos serviços municipais de abasteci- Edifícios (SCIE)
mento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e
de gestão de resíduos sólidos • Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro
ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segu-
rança e saúde no trabalho
• Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro
Aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho • Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho
nos Estabelecimentos Industriais Aprova o novo regulamento de instalação, de funcionamento, de
reparação e de alteração de equipamentos sob pressão
• Portaria n.º 702/80, de 22 de setembro
Altera a Portaria n.º 53/71 de 03 de fevereiro, que aprova o Regula- • Informação Técnica n.º 1/2010 da Direção-Geral de Saúde
mento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros (disponível
Industriais em www.dgs.pt, micro site de saúde ocupacional)

• Portaria n.º 1081/91, de 24 de outubro • Documento de Referência da Segurança e Saúde do Trabalho


(SST): ACT/DGS, dezembro, 2013
Estabelece regras uniformes de fabrico e de montagem de termoa-
cumuladores elétricos Atuação dos Industriais no âmbito do SIR

• Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro ܿ AMBIENTE


Transpõe a Diretiva n.º 89/654/CEE, do Conselho, de 30.10, relativa ▪ Recursos Hídricos
às prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais de trabalho • Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo
Decreto-Lei n.º 130/2012 de 22 de junho
• Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro
Aprova a Lei da Água, estabelecendo as bases e o quadro institucional
Estabelece a regulamentação das prescrições mínimas de segurança para a gestão sustentável das águas.
e saúde nos locais de trabalho
• Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio
• Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de setembro
Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde na mo-
vimentação manual de cargas. • Portaria n.º 1450/2007 de 12 de novembro
Fixa as regras do regime de utilização dos recursos hídricos
• Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de outubro
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde dos • Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de junho
trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual Estabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos
• Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho • Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de agosto
Estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de segurança Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo
e de saúde no trabalho humano
• Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de dezembro ▪ Resíduos
Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e utilização da • Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republi-
sinalização de segurança e de saúde no trabalho cado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
• Portaria n.º 460/2001, de 8 de maio
Aprova o Regulamento de Segurança das Instalações de Armazena- • Portaria n.º 335/97, de 16 de maio
gem de GPL com capacidade até 200 m3 Fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do
território nacional
• Despacho n.º 22 333/2001, de 30 de outubro
Aprova a instrução técnica complementar para reservatórios de GPL ▪ Emissões para o ar
• Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril
• Decreto-Lei n.º 236/2003, de 30 de setembro
Estabelece o regime jurídico sobre a prevenção e controlo das emis-
Estabelece as prescrições mínimas destinadas a promover a melhoria sões de poluentes para a atmosfera
da proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores suscetíveis de
exposição a riscos derivados de atmosferas explosivas no local de • Portaria n.º 263/2005, de 17 de março
trabalho.
Fixa a metodologia de cálculo da altura das chaminés
• Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro • Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde para a Fixa os limiares mássicos máximos e mínimos que definem as con-
utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho, dições de monitorização de poluentes para a atmosfera
• Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de dezembro • Portaria n.º 675/2009, de 23 de junho
Estabelece os procedimentos de aprovação das regras técnicas das Estabelece os valores limite de emissão de aplicação geral aplicáveis
instalações elétricas de baixa tensão às instalações abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril
• Portaria n.º 949-A/2006, de 29 de dezembro • Portaria n.º 676/2009, de 23 de junho
Aprova as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão Substitui a tabela n.º 3 da Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro
• Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro • Portaria n.º 677/2009, de 23 de junho
Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edi- Estabelece os valores limite de emissão aplicáveis às instalações de
fícios, abreviadamente designado por SCIE combustão abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril
22990 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

• Portaria n.º 286/93, de 12 de março 2.2.7 — Tetos


Estabelece os valores limite de emissão de aplicação sectorial 2.2.8 — Portas
2.2.9 — Janelas
▪ Ruído Ambiente 2.2.10 — Cais e rampas de carga
• Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro 2.2.11 — Instalações sociais
2.2.12 — Iluminação
Regulamento Geral do Ruído 2.2.13 — Ventilação
2.2.14 — Instalação elétrica
ܿ LICENCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS 2.2.15 — Sinalização de segurança
• Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado e repu- 2.2.16 — Águas de abastecimento
blicado pelo Decreto-Lei n.º 217/2012, de 9 de outubro e Portaria 2.2.17 — Águas residuais
n.º 151/2007, de 30 de novembro 2.2.18 — Águas pluviais
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS
Estabelece o regime de licenciamento de armazenagem de com- 2.3.1 — Caraterísticas dos materiais
bustíveis 2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos
2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali-
• Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho mentícios
Estabelece o regime de licenciamento de equipamentos sob pressão 2.3.4 — Dispensador de água potável
2.3.5 — Contentores para colocação de subprodutos
2.3.6 — Fornos
SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL (SIR) 2.3.7 — Equipamentos frigoríficos
2.3.8 — Embalagens
TÍTULO PADRONIZADO INTEGRADO (TPI) 2.3.9 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa-
mentos
PADARIA, PASTELARIA E FABRICAÇÃO DE BOLACHAS, 2.3.9.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador
BISCOITOS, TOSTAS E PASTELARIA DE CONSERVAÇÃO 2.3.9.2 — Máquinas
2.3.9.3 — Elevação e transporte de materiais
2.3.9.4 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho
NOTA PRÉVIA 2.3.9.5 — Equipamentos de proteção individual
• O Título Padronizado Integrado (TPI) de instalação e exploração 2.3.9.6 — Material de primeiros socorros
de estabelecimento industrial de padaria, pastelaria e fabricação de 2.3.9.7 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios
bolachas, biscoitos, tostas e pastelaria de conservação (adiante desig- 2.3.9.8 — Armazenagem de combustíveis
nado por título), contém as condições padrão de instalação e exploração 2.3.9.9 — Equipamentos sob pressão
de estabelecimento industrial nos domínios da segurança alimentar, 2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS
segurança e saúde no trabalho e ambiente para efeitos de exercício 2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar
destas atividades. 2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento 2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP
industrial de padaria, pastelaria e fabricação de bolachas, biscoitos, 2.4.1.3 — Rastreabilidade
tostas e pastelaria de conservação constitui uma opção do industrial, a 2.4.1.4 — Subprodutos de origem animal
qual, uma vez exercida, o habilita ao exercício desta atividade mediante 2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho
o cumprimento das condições padrão definidas no presente título, sem 2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no
prejuízo da respetiva eficácia estar condicionada: trabalho
2.4.2.2 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa-
■ À obtenção prévia, do alvará de utilização emitido pela câmara mentos de trabalho
territorialmente competente ou verificado o respetivo deferimento tácito. 2.4.2.3 — Condições de temperatura e humidade
O título de utilização em referência deverá reportar expressamente o 2.4.2.4 — Prevenção de riscos profissionais
uso industrial da instalação, salvo os estabelecimentos industriais en- 2.4.2.5 — Controlo da qualidade da água para consumo hu-
quadráveis na parte 2-A e ou 2-B do Anexo I ao SIR, em que se aplicam mano
os critérios fixados no n.º 6 e 7 do artigo 8.º do SIR; 2.4.3 — Ambiente
■ À apreciação positiva de cópia da apólice de seguro de respon- 2.4.3.1 — Recursos hídricos
sabilidade civil aplicável aos estabelecimentos tipo 2, como previsto 2.4.3.2 — Resíduos
no artigo 4.º do SIR. 2.4.3.3 — Emissões para o ar
2.4.3.4 — Ruído ambiente
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento 2.5 — FLEXIBILIDADE
industrial de padaria, pastelaria e fabricação de bolachas, biscoitos, ANEXOS
tostas e pastelaria de conservação não dispensa, nos casos em que I — LEGISLAÇÃO (vide 2.1)
sejam utilizadas matérias-primas de origem animal não transforma-
das (como ovos em natureza ou ovos líquidos não pasteurizados), a ܿSISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
aprovação do estabelecimento em causa pela autoridade responsável ܿSEGURANÇA ALIMENTAR
pela segurança alimentar, mediante vistoria a realizar previamente ao ܿSEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
início de exploração, em cumprimento do disposto no artigo 4.º do ܿAMBIENTE
Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do Con- ܿLICENCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS
selho, de 29 de abril.
• Pode solicitar a aplicação deste título, qualquer operador que sub- II — FLUXOGRAMA DA ATIVIDADE (indicativo)
meta um processo de licenciamento enquadrável nos regimes de co-
municação prévia com prazo e mera comunicação prévia. 1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO
1.1 — O presente título é aplicável à atividade de panificação,
enquadrável na CAE 10711, de pastelaria, enquadrável na CAE
Índice 10712 e à atividade de fabricação de bolachas, biscoitos, tostas e
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO pastelaria de conservação, enquadrável na CAE 10720, exercidas
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- em estabelecimento industrial de tipo 2 ou tipo 3, na aceção do
RAÇÃO artigo 11.º do SIR.
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL. 1.2 — Quando o estabelecimento industrial se enquadrar no
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES tipo 2 e se encontrar abrangido pelo regime de jurídico de emis-
2.2.1 — Princípios gerais são de gases com efeito de estufa, ou pelo regime jurídico das
2.2.2 — Localização. operações de gestão de resíduos, em caso de adesão ao presente
2.2.3 — Conceção título, deverá ainda obter, respetivamente, o título de emissão de
2.2.4 — Requisitos Dimensionais gases com efeito de estufa (TEGEE) ou o alvará ou parecer para
2.2.5 — Pavimento as operações de gestão de resíduos, nos termos das respetivas
2.2.6 — Paredes legislações aplicáveis.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22991

1.3 — Compreende o processo que se inicia com a receção das local de armazenagem devem permitir assegurar que os materiais de
diferentes matérias-primas, incluindo as que carecem de temperatura embalagem não são contaminados;
controlada para a sua conservação, inclui a pesagem e mistura dos in- g) Um local, segregado da armazenagem dos géneros alimentícios,
gredientes, a preparação das massas, a pesagem de empelos (quantidade para armazenagem de detergentes, desinfetantes e outros produtos
de massa para a divisora), o processamento térmico, o acabamento/de- químicos, em condições de segurança;
coração, o acondicionamento e ou embalamento e conclui-se com a h) Um local para armazenagem de materiais secos que exigem am-
expedição/distribuição. biente controlado (temperatura, humidade e ventilação adequadas);
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- i) Silos ou estruturas com superfícies resistentes para armazenagem
RAÇÃO de materiais a granel, se aplicável;
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL j) Zonas de preparação e de confeção que permitem um acesso às
zonas de armazenagem das matérias-primas sem passagem por áreas
A listagem da legislação de enquadramento das condições padrão
suscetíveis de contaminar os produtos;
abaixo definidas consta em anexo ao presente título.
k) Uma zona de preparação destinada a acabamentos/decoração,
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES munida de equipamentos de refrigeração e controlo da temperatura,
2.2.1 — Princípios gerais se estas atividades forem exercidas no estabelecimento;
l) Uma sala de lavagem dos utensílios e equipamentos, com um
O estabelecimento industrial deve ser concebido de forma a assegurar abastecimento de água quente e fria, localizada de forma a permitir
a higiene e segurança dos géneros alimentícios, bem como a segurança e a ligação entre as zonas de preparação/fabrico e a zona de expedição
a saúde dos trabalhadores e a proteção do ambiente, devendo o respetivo sem que os equipamentos sujos passem e permaneçam nas zonas de
projeto de construção ser elaborado na perspetiva de: preparação e fabrico e de modo a permitir a entrada e higienização dos
• Permitir a manutenção, limpeza e desinfeção adequadas; tabuleiros e outras embalagens reutilizáveis, antes da sua entrada nas
• Facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica zonas de produção;
das operações; m) Uma zona destinada à armazenagem dos utensílios depois de
• Evitar a contaminação por via atmosférica, a acumulação de su- devidamente lavados e desinfetados, que deve ser limpa, seca e prote-
jidade, o contacto com materiais tóxicos, a queda de partículas nos gida de contaminações;
géneros alimentícios bem como a formação de condensações e bolores n) Um local destinado ao acondicionamento e embalagem dos pro-
nas superfícies; dutos finais, munido de mesa(s) de trabalho;
• Possibilitar a aplicação de boas práticas de higiene e a existência o) Se os produtos finais forem expedidos refrigerados, congelados
de condições adequadas de manuseamento e de armazenagem a tem- ou ultracongelados, câmara(s) frigorífica(s) para armazenagem dos
peratura controlada; produtos finais;
• Manutenção da cadeia de frio; p) Uma zona de expedição dos produtos finais, concebida de modo
• Requisitos de higiene dos géneros alimentícios, em todas as fases a minimizar a contaminação por via atmosférica, pela entrada de gases
do processo produtivo, desde a receção das matérias-primas à expedição do escape, de poeiras e de insetos;
dos produtos acabados; q) Uma sala especificamente destinada à venda ao público, caso este
• Higiene dos materiais e das operações de acondicionamento e tipo de venda seja efetuada no estabelecimento, concebida de modo a
embalagem; impedir a entrada de pessoas indevidamente fardadas e higienizadas
• Higiene, supervisão e formação do pessoal que manuseia os ali- nas zonas de laboração;
mentos; r) Uma zona de vestiário e instalações sanitárias que, pela sua loca-
• Abastecimento da água (qualidade da água); lização e conceção, asseguram o circuito adequado dos trabalhadores
• Separação e encaminhamento de resíduos e subprodutos; e permitem o seu fardamento e a sua higienização, antes da entrada das
• Possibilitar o controlo de pragas e de animais indesejáveis; zonas de laboração (vide 2.2.11).
• Garantir as condições de trabalho adequadas à prevenção dos riscos
2.2.4 — Requisitos Dimensionais
profissionais;
• Garantir a proteção e a promoção da saúde dos trabalhadores. a) A dimensão do estabelecimento e dos seus compartimentos deve
facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica das
2.2.2 — Localização operações e permitir a aplicação de boas práticas de higiene, não po-
O estabelecimento está localizado em zona livre de fontes de conta- dendo, em qualquer caso, a área mínima útil de trabalho ser inferior a
minação. A área circundante das instalações deve estar limpa. 1,80 m2 por trabalhador.
b) O pé direito mínimo do estabelecimento deve ser de 3 metros.
2.2.3 — Conceção Na zona dos fornos, caso haja necessidade de se efetuar correntemente
trabalhos de reparação ou afinação na parte superior, deve dispor-se de
O estabelecimento deve dispor de: uma distância mínima de 2 metros até ao teto ou às partes inferiores
a) Uma zona de receção de matérias-primas, ingredientes e materiais das coberturas.
subsidiários que permita a descarga dos mesmos de forma higiénica e a c) As vias de circulação interiores, incluindo as de emergência, devem
aplicação de boas práticas que evitem contaminações, nomeadamente ter uma largura mínima de 0,90 m de modo a permitir a circulação fácil
através da entrada de gases do escape, de poeiras e de outros veículos e segura das pessoas, sendo esta largura ajustada em função do número
de contaminação dos alimentos e a entrada de pessoas indevidamente de trabalhadores de acordo com o Regulamento Técnico de Segurança
fardadas e higienizadas; Contra Incêndios em Edifícios. Se estas vias de circulação apresenta-
b) Câmara(s) frigorífica(s) para a armazenagem de matérias-primas, rem riscos de queda em altura, devem existir resguardos laterais com
se forem rececionadas matérias-primas que sejam armazenadas em uma altura mínima de 0,90 m e, se necessário, rodapé com uma altura
refrigeração ou congelação; mínima de 0,14 m.
c) Uma zona de armazenagem de produtos secos e de outros in- d) As escadas fixas devem ter uma largura mínima de 0,90 m e possuir
gredientes que não carecem de temperatura controlada para a sua corrimão não interrompido nos patamares, sendo os degraus em piso
conservação, localizada de modo a permitir a ligação às zonas de antiderrapante, ou contendo tiras abrasivas junto ao bordo, e proteções
preparação das massas e de fabrico sem passagem ou permanência com uma altura mínima de 0,90 m.
em zonas onde possa haver risco de contaminação dos géneros ali- e) Os intervalos entre máquinas, instalações ou materiais devem ter
mentícios. Estas áreas de armazenagem estão construídas e equipadas uma largura de, pelo menos, 0,60 m.
de forma a permitir a sua higienização e a prevenir a contaminação f) Os compartimentos onde estão instaladas as retretes devem ter as
dos produtos alimentares; dimensões mínimas de 0,80 m de largura por 1,30 m de profundidade.
d) Um local onde os subprodutos de origem animal (ver ponto 2.4.1.4) g) No caso de estabelecimentos que empreguem mais de 25 traba-
sejam armazenados, que salvaguarde a contaminação dos géneros lhadores, as instalações de vestiário, cabinas de chuveiro e lavatórios
alimentícios por aquelas matérias; anexos, no seu conjunto, devem dispor de uma área não inferior à
e) Um local para a armazenagem de lenha, no caso de os fornos serem correspondente a 1 m2 por utilizador.
aquecidos a lenha. A localização deste local e o circuito da lenha no
estabelecimento devem evitar a contaminação dos alimentos; 2.2.5 — Pavimento
f) Um local para armazenagem de materiais de acondicionamento a) O pavimento do estabelecimento deve ser fixo, estável, antiderra-
e de embalagem. A sua localização deve permitir a ligação às zonas pante e sem inclinações perigosas, saliências e cavidades.
de acondicionamento e embalamento sem passagem pelas zonas de b) As aberturas nos pavimentos devem estar protegidas com resguar-
receção de matérias-primas e de preparação. As características do dos fixos e resistentes.
22992 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

c) Nos locais de manipulação dos géneros alimentícios (1) o pavi- c) As vias de circulação destinadas a veículos devem estar distan-
mento deve ser constituído por materiais impermeáveis, não absorven- ciadas das portas, dos portões, das passagens para peões, dos corre-
tes, laváveis, desinfetáveis e não tóxicos e dispor de drenagem adequada, dores e das escadas de modo a não constituírem risco parar os seus
devendo apresentar uma inclinação ligeira e uniforme de 1 a 2 %. utilizadores;
d) Nas áreas adjacentes aos fornos e estufas, os pavimentos devem d) As vias de circulação destinadas a pessoas devem ter iluminação
ainda ser construídos de materiais incombustíveis e resistentes ao adequada e piso não escorregadio e antiderrapante.
fogo.
2.2.11 — Instalações sociais
2.2.6 — Paredes a) As instalações sanitárias:
a) As paredes interiores do estabelecimento devem ser lisas, de fácil • Devem ser separadas ou de utilização separada por sexo, não de-
limpeza e pintadas de cores claras não brilhantes. vendo comunicar diretamente com os locais de manipulação de géneros
b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as paredes alimentícios;
devem ainda ser revestidas de materiais impermeáveis, laváveis, não • Devem conter um lavatório fixo por cada grupo de 10 trabalhadores
absorventes e não tóxicos. que cessem simultaneamente o trabalho;
c) As paredes e partes exteriores dos fornos e estufas devem estar • Destinadas ao sexo masculino, devem conter uma retrete e um urinol
isoladas termicamente ou protegidas de contacto acidental. por cada grupo de 25 homens ou fração trabalhando simultaneamente;
d) As divisórias, transparentes ou translúcidas existentes, devem os urinóis devem dispor de dispositivos de descarga de água e estar
estar assinaladas por forma a serem visíveis. separados por baias laterais distantes entre si de pelo menos 0,60 m;
• Destinadas ao sexo feminino, devem conter uma retrete por cada
2.2.7 — Tetos
grupo de 15 trabalhadoras que cessem simultaneamente o trabalho.
a) Os tetos devem apresentar-se lisos, de fácil limpeza, pintados ou
revestidos de cor clara e de material incombustível. b) Os compartimentos, onde estão instaladas as retretes, devem
b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, os tetos e os possuir tiragem de ar direta para o exterior, com porta independente a
equipamentos neles montados devem ser construídos de modo a facilitar abrir para fora e provida de fecho.
a sua higienização, a evitar o desenvolvimento de fungos, a acumulação c) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e
de poeiras e o desprendimento de partículas que de qualquer forma de toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos.
possam vir a contaminar os alimentos. d) A zona destinada aos vestiários deve comunicar diretamente com
c) A junção entre o teto e as paredes não deve exibir aberturas des- as cabinas de chuveiro e os lavatórios, ser separada por sexos e dispor
protegidas, de modo a minimizar a contaminação por via atmosférica, de armários individuais munidos de fechadura ou cadeado.
pela entrada de fumos, gases, poeiras, insetos e outros animais. e) Os chuveiros devem existir na proporção de 1/10 trabalhadores
que possam vir a utilizá-los simultaneamente, com água quente e fria,
2.2.8 — Portas separados ou de utilização separada por sexo.
a) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as portas f) Os trabalhadores devem ter à sua disposição, na zona de vestiário,
devem apresentar as seguintes características: cacifos duplos construídos com materiais laváveis, resistentes à corro-
são, não porosos e impermeáveis, de forma a permitir a separação das
• Devem ser lisas, constituídas de materiais não absorventes, facil- roupas de uso pessoal e de trabalho, assim como de outros bens pessoais.
mente laváveis e desinfetáveis; As fardas de trabalho limpas são colocadas, à disposição dos trabalha-
• Devem possuir sistemas de fecho adequado e eficiente de forma dores, em equipamento adequado e localizado à entrada dos vestiários.
a permitir o seu ajuste ao pavimento e às paredes, sempre que abram g) Refeitórios:
diretamente para o exterior, designadamente as das zonas de receção
de matérias-primas e de expedição; • Os estabelecimentos que empreguem 50 ou mais trabalhadores e
• Devem ser isotérmicas nas ligações entre as zonas que carecem de aqueles em que lhe seja autorizado tomarem as suas refeições devem dis-
temperatura controlada e as áreas quentes ou exteriores. por de uma sala destinada exclusivamente a refeitório, não comunicando
diretamente com locais de trabalho, instalações sanitárias ou locais
b) As portas e os portões que sejam de funcionamento mecânico insalubres, dotada equipamento mínimo necessário para conservação
devem possuir dispositivos de paragem de emergência facilmente iden- no frio e aquecimento de alimentos. Na eventualidade desta instalação
tificáveis e acessíveis devendo, em caso de falha de energia, poder abrir- possuir fogão, este deve estar localizado debaixo de uma cúpula, cuja
-se automaticamente ou por comando manual. As portas e os portões conduta de exaustão tenha saída para o exterior na cumeeira do edifício
basculantes devem ser transparentes ou possuir painéis transparentes (conforme Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo
com uma marca opaca a um nível facilmente identificável pelo olhar. Decreto-Lei n.º 38382 de 07-08-1951).
As portas e portões automáticos devem estar dotados de sistemas de • A superfície dos refeitórios deve ser calculada em função do número
deteção de movimento (ex. células fotoelétricas) por forma a poderem máximo de pessoas que os possam utilizar simultaneamente, tendo em
parar automaticamente. conta o seguinte:
c) As portas e portões de correr devem possuir dispositivos de segu- ■ 18,5 m2 até 25 trabalhadores;
rança que os impeça de saltar das calhas ou cair. ■ 18,5 m2+ 0,65 m2 por pessoa a mais, entre 26 e 74 trabalhadores;
d) Junto aos portões destinados à circulação de veículos devem existir ■ 50 m2 + 0,55 m2 por pessoa a mais, entre 75 e 149 trabalhadores;
portas para peões, sinalizadas e permanentemente desobstruídas. ■ 92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre 150 e 499 trabalhadores;
e) As portas das vias de emergência deverão ser resistentes ao fogo ■ 225 m2 + 0,40 m2 por pessoa a mais, para 500 ou mais trabalha-
e estar munidas de barras antipânico, abrir para o exterior e estarem dores.
devidamente sinalizadas e disporem de iluminação de segurança.
• Devem ter mesas e cadeiras ou bancos, em número correspondente
2.2.9 — Janelas ao máximo de trabalhadores que podem utilizá-los ao mesmo tempo.
a) As características das janelas e das claraboias devem permitir o • Deve ser um espaço iluminado e ventilado, os materiais a usar
seu funcionamento em segurança, com isolamento térmico e possibi- devem ser resistentes, impermeáveis e permitir a sua fácil higienização
lidade de ajuste de abertura, dispondo de dispositivos de controlo da e as janelas devem ser dotadas de redes mosquiteiras de malha fina,
incidência dos raios solares. facilmente removíveis para limpeza.
b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as janelas
e outras aberturas, pela sua conceção e construção, devem evitar a 2.2.12 — Iluminação
acumulação de sujidade e dispor, quando abram para o exterior, de a) Deve ser assegurada uma correta intensidade de luz (natural e ou
redes mosquiteiras, removíveis para permitir a sua limpeza, ou de outro artificial) nas diferentes áreas do estabelecimento, incluindo nas zonas
sistema que previna a entrada de pragas. de armazenagem e nas vias de circulação interiores.
b) As lâmpadas existentes nas áreas de manipulação, armazenagem
2.2.10 — Cais e rampas de carga de géneros alimentícios e refeitório devem possuir proteção antiqueda
a) Os cais e as rampas de carga devem ser adequados à dimensão de partículas em caso de quebra.
das cargas neles movimentados e devem permitir a circulação fácil e
segura das pessoas. 2.2.13 — Ventilação
b) Os cais de carga devem ter pelo menos, uma saída ou, quando o a) Todas as áreas do estabelecimento devem estar equipadas com
seu comprimento for superior a 25 m, uma saída em cada extremidade. sistemas de ventilação natural e ou forçada (mecânica) que garanta a
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exaustão de cheiros, fumos ou vapores e evite condensações e desen- sendo nas lavagens das instalações fabris, para o uso agrícola na rega
volvimento de bolores, devendo o caudal médio de ar puro (ventilação) e para o transporte das matérias alimentares a processar.
ser de pelo menos 30 a 50 m3 por hora e por trabalhador. c) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização de água
b) O sistema de ventilação deve ser construído de forma a propor- com origem noutros processos existentes na unidade industrial ou no
cionar um acesso fácil aos filtros e a outras partes que necessitem de uso de água de qualidade inferior, para fins de lavagens de instalações
limpeza ou de substituição. e de equipamentos.
c) Na zona de fornos devem instalar-se cúpulas ou bocas de aspiração
ligadas a condutas de evacuação. 2.2.18 — Águas pluviais
d) Todos os gases, vapores, fumos, névoas ou poeiras que se produ- Sempre que possível deve ser promovida a recolha e a utilização de
zam ou desenvolvam no decorrer das operações, devem ser captados, águas pluviais, para fins de lavagens de instalações e de equipamentos.
tanto quanto possível no seu ponto de formação ou eliminados pela
utilização de outros meios, de modo a evitar a poluição da atmos- 2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS
fera dos locais de trabalho e sem causar prejuízo ou incómodos a 2.3.1 — Caraterísticas dos materiais
terceiros.
Todos os utensílios, aparelhos e equipamentos que entrem em con-
2.2.14 — Instalação elétrica tacto com os alimentos devem ser fabricados com materiais adequados.
A instalação elétrica deve cumprir as regras técnicas das instala- 2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos
ções elétricas previstas na legislação específica aplicável, incluindo
as seguintes: a) Os equipamentos devem estar instalados de forma a permitir a
limpeza da área circundante, devendo os intervalos entre máquinas e
a) Todas as instalações deverão estar dotadas de terra de proteção; outros materiais ter uma largura mínima de 0,60 m.
b) Os quadros elétricos deverão: b) Sempre que sejam utilizadas estantes, designadamente nas áreas
• Ser de fácil acesso e estar permanentemente desobstruídos; de armazenagem, estas devem estar estruturadas em função das cargas
• Ter portas fechadas à chave e dotadas de sinalização de aviso de previstas e estar afixadas às paredes e pavimento de forma a garantir
perigo de eletrocussão; sua estabilidade.
• Ser acedidos por pessoa competente; c) Os equipamentos e máquinas ruidosas devem dispor de elementos
• Estar instalados em local que não permita a entrada de água e para redução de ruído na fonte (silenciadores, atenuadores, blocos de
afastados de substâncias combustíveis e ou inflamáveis; inércia, elementos antivibráticos) e devem estar isolados.
• Estar equipados com um disjuntor diferencial para proteção das
pessoas, bem como com disjuntores magnetotérmicos para proteção da 2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali-
instalação contra curto-circuitos e sobreaquecimentos; mentícios
• Estar equipados com disjuntores que permitam identificar o circuito a) Devem existir lavatórios de mãos localizados pelo menos nos se-
por eles alimentado. guintes locais: zonas de preparação, de embalagem e de venda ao público.
b) Os lavatórios devem ser dotados de água potável quente e fria, de
c) As tomadas e as fichas devem ser concebidas de forma a que não sistema de acionamento não manual e devem drenar diretamente para
seja possível o contacto direto com as partes ativas antes, durante e a rede de esgotos, mediante ligação dotada de sifão.
depois da inserção da tomada. Nos locais onde se verifique a possibi- c) Junto dos lavatórios devem existir dispositivos dispensadores de
lidade de contacto com a água, as infraestruturas elétricas deverão ser detergente e desinfetante das mãos, toalhetes individuais de papel ou
estanques e assegurar a proteção adequada. dispositivo de secagem de mãos. No caso de serem usados toalhetes
d) A instalação elétrica deve encontrar-se em bom estado de conser- individuais, deve existir um contentor para colocação dos mesmos
vação, nomeadamente sem fios descarnados, sem ruturas nos cabos e após utilização.
sem fichas ou tomadas partidas.
e) Os equipamentos de trabalho (máquinas e ferramentas elétricas 2.3.4 — Dispensador de água potável
portáteis) devem garantir a proteção dos trabalhadores contra os riscos
de contacto direto ou indireto com a eletricidade. O estabelecimento deve dispor de dispensador de água potável, sendo
proibido o uso de copos coletivos.
2.2.15 — Sinalização de segurança
2.3.5 — Contentores para colocação de subprodutos
O estabelecimento deve dispor de sinalização de segurança em todos
os pontos convenientes, (sinais de saída e de emergência, sinais res- O estabelecimento deve dispor de contentores para o acondiciona-
peitantes a incêndios, sinais de obrigação, de proibição, de advertência mento de subprodutos, constituídos por materiais laváveis e desinfe-
de perigo, sinais para obstáculos, marcação de vias de circulação e táveis que devem ser limpos e desinfetados após cada utilização. Os
iluminação de segurança). contentores devem ser estanques, munidos de tampa e devem ostentar
a menção “Subprodutos de Categoria 3 — Não destinado ao consumo
2.2.16 — Águas de abastecimento humano”.
a) O estabelecimento deve dispor de uma rede de água potável 2.3.6 — Fornos
quente e fria que garanta o correto abastecimento a todos os lavatórios
e dispositivos de lavagem. As portas dos fornos devem ser concebidas por forma a que as ma-
b) A água não potável, se for usada (no combate a incêndios, produção nobras de abertura e fecho sejam fáceis e seguras, devendo permitir a
de vapor ou refrigeração de equipamentos) deve circular em sistemas sua imobilização na posição de abertura.
separados, devidamente identificados, sem que haja ligação ou refluxo
para o sistema de água potável. 2.3.7 — Equipamentos frigoríficos
c) A utilização da água no estabelecimento deve ser otimizada de As câmaras frigoríficas de conservação das matérias-primas, dos
forma a reduzir os consumos de água e os volumes de águas residuais produtos acabados e de outros géneros alimentícios, devem dispor de:
industriais produzidas.
a) Equipamentos frigoríficos capazes de manter as matérias-primas e
d) As atividades agroindustriais devem promover o uso eficiente
os produtos finais refrigerados e congelados a temperaturas adequadas.
da água, particularmente tendo em consideração as linhas de orienta- Quando se tratar de produtos ultracongelados, esses equipamentos devem
ção do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), ser capazes de os manter a uma temperatura inferior ou igual a -18○C;
aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de b) Equipamento frigorífico capaz de provocar um abaixamento rá-
30 de junho. pido da temperatura, caso se proceda à distribuição de produto final
refrigerado;
2.2.17 — Águas residuais
c) Equipamento frigorífico adequado à congelação ou ultracongelação
a) O sistema de drenagem de águas residuais deve assegurar a correta de géneros alimentícios, caso se proceda a estas operações;
drenagem dos pavimentos e estar munido de mecanismos que impeçam d) Dispositivos que permitam o controlo/leitura da temperatura a
os refluxos. que os alimentos são conservados;
b) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização das águas e) Dispositivo de registo da temperatura de armazenagem, no caso
residuais resultantes de processos de extração física (p. e., na indústria específico de alimentos ultracongelados;
dos óleos vegetais), de lavagem de produtos alimentares em bruto e f) Iluminação e espaço suficiente para a inspeção e a manutenção
operações de lavagem de embalagens e vasilhame, para outros fins como dos condensadores;
22994 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

g) Portas com fechos que permitam a sua abertura tanto do exterior ▪ Um por cada 200 m2 de pavimento do piso ou fração, com um
como do interior. No caso de disporem de fechadura, devem existir mínimo de dois por piso.
dispositivos de alarme, acionáveis no interior da câmara, que comu-
niquem com o exterior. d) Os extintores devem ser convenientemente distribuídos, sinalizados
sempre que necessário e instalados em locais bem visíveis, colocados
2.3.8 — Embalagens em suporte próprio de modo a que o seu manípulo fique a uma altura
Os materiais de acondicionamento e embalagem devem ser próprios não superior a 1,2 m do pavimento e localizados preferencialmente:
para uso alimentar e, quando reutilizáveis, devem ser constituídos por ▪ Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das
materiais fáceis de limpar e desinfetar. câmaras corta-fogo, quando existam;
▪ No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas;
2.3.9 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa-
mentos e) As cozinhas devem ser dotadas de mantas ignífugas em comple-
2.3.9.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador mento dos extintores.
• Os esquentadores devem ser instalados em locais ventilados, com
exaustão de gases e fumos para o exterior e não devem ser instalados 2.3.9.8 — Armazenagem de combustíveis
em locais fechados, nomeadamente em casas de banho, dispensas e Se no estabelecimento for efetuada armazenagem de GPL, combus-
garagens. tíveis líquidos, outros derivados do petróleo, ou substituinte de produ-
• A eventual armazenagem de garrafas de GPL deverá satisfazer as tos de petróleo, deverá verificar-se o enquadramento no Decreto-Lei
seguintes condições: n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-
○ É apenas permitida a existência de garrafas de GPL amovíveis, -Lei n.º 217/2012, de 9 de outubro e, se for caso disso e em função da
cheias ou vazias, desde que a sua capacidade global não exceda capacidade de armazenagem, obter-se o respetivo licenciamento ou
1,500 dm3, por metro quadrado de área útil da oficina ou nave industrial; apresentar-se o processo previsto no artigo 21.º da Portaria n.º 151/2007,
○ No caso de utilização de garrafas amovíveis com capacidade de 30 de novembro, junto da câmara municipal competente.
unitária inferior a 30 dm3, estas não devem ser agrupadas em mais de
quatro unidades por grupo. 2.3.9.9 — Equipamentos sob pressão
Se no estabelecimento forem instalados equipamentos sob pressão,
• Está impedida a instalação de aparelhos de GPL, tal como de gar- deverá verificar-se se os mesmos se encontram abrangidos pelo Decreto-
rafas de GPL nas caves, salvo em compartimentos semienterrados. -Lei n.º 90/2010, de 22 de julho e, se for caso disso, deverá proceder-se
• Caso a quantidade de GPL armazenada esteja sujeita a controlo ao respetivo registo e ao respetivo licenciamento.
prévio/licenciamento, o mesmo deve ser obtido nos termos da legis-
lação aplicável. 2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS
• Caso seja instalado termoacumulador, o industrial deverá estar na 2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar
posse de termo de responsabilidade técnica de montagem, garantindo-se 2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP (2)
a utilização da proteção diferencial de alta sensibilidade.
O industrial deve estabelecer um procedimento ou procedimentos
2.3.9.2 — Máquinas baseados nos princípios HACCP.
Deve existir uma abordagem fundamentada aos perigos envolvidos
As máquinas instaladas devem satisfazer as exigências essenciais de nas operações, nomeadamente a sua identificação, avaliação e formas de
segurança e saúde aplicáveis, incluindo declaração CE de conformidade, controlo e registo (3). O tratamento térmico deve assegurar a eliminação
marcação CE e manual de instruções em português. dos perigos biológicos relevantes.
2.3.9.3 — Elevação e transporte de materiais 2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP
Devem ser utilizados meios técnicos apropriados na carga, descarga, Para efeitos de execução do disposto do ponto anterior, o industrial
circulação, transporte e armazenagem de materiais de modo a evitar, deve:
tanto quanto possível os esforços físicos.
■ Definir um fluxograma, que inclua a descrição das operações (4);
2.3.9.4 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho ■ Dispor de planta com marcação dos circuitos funcionais de pessoal,
géneros alimentícios (matérias-primas, produtos intermédios, produto
Os elementos móveis dos equipamentos de trabalho que possam final), matérias subsidiárias (lenha e material de acondicionamento e
causar acidentes por contacto mecânico devem ter protetores que im- embalagem), subprodutos e da rede de águas e esgotos;
peçam o acesso às zonas perigosas ou dispositivos que interrompam o ■ Definir procedimentos de controlo de matérias-primas, que asse-
movimento dos elementos móveis antes do acesso a essas zonas. gurem que provêm de estabelecimentos aprovados (quando aplicável),
que estão devidamente identificadas e ou rotuladas, que se apresentem
2.3.9.5 — Equipamentos de proteção individual a uma temperatura adequada e que não apresentem contaminações. No
Os equipamentos de proteção individual contra os riscos resultantes caso dos materiais de acondicionamento e embalagem, o controlo deve
das operações efetuadas devem encontrar-se disponíveis para os traba- assegurar que os materiais são próprios para entrar em contacto com
lhadores. Estes equipamentos devem ser distribuídos individualmente os géneros alimentícios;
e, mantidos em adequadas condições de conservação e higiene. ■ Definir procedimentos de higienização e desinfeção das instalações,
equipamentos e utensílios;
2.3.9.6 — Material de primeiros socorros ■ Definir procedimentos de controlo do acesso às instalações por
O estabelecimento deve dispor de material de primeiros socorros de parte de animais domésticos e pragas;
fácil acesso e devidamente sinalizado. ■ Definir um plano de controlo analítico, de acordo com a análise de
risco, de superfícies, utensílios e equipamentos, produtos finais e água;
2.3.9.7 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios ■ Definir procedimentos de supervisão e instrução e ou formação
do pessoal que manuseia os alimentos, em matéria de higiene dos
Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no géneros alimentícios;
Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios e ■ Implementar boas práticas de fabrico.
da adoção das medidas de autoproteção mínimas exigíveis, em função
da categoria de risco por utilização-tipo: 2.4.1.3 — Rastreabilidade
a) Devem existir meios de deteção adequados em zonas de produção O industrial deve definir procedimentos que permitam identificar o
e armazenagem; fornecedor de um género alimentício, ou de qualquer outra substância
b) Os meios de combate a incêndios devem estar disponíveis, destinada a ser incorporada num género alimentício ou com probabi-
ser os adequados, encontrarem-se sinalizados e em condições ope- lidades de o ser e identificar outros operadores a quem tenham sido
racionais. fornecidos os seus produtos, de forma a assegurar a rastreabilidade.
c) Na ausência de outro critério de dimensionamento devidamente
justificado, os extintores devem ser calculados à razão de: 2.4.1.4 — Subprodutos de origem animal
▪ 18 L de agente extintor padrão por 500 m2 ou fração de área de Constituem subprodutos de origem animal as seguintes matérias:
pavimento do piso em que se situem;
a) Subprodutos resultantes do processo de fabrico (ex: cascas de ovo);
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22995

b) Produtos de origem animal ou géneros alimentícios que conte- tes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo nem sejam
nham produtos de origem animal (ex: leite, queijo, mel, produtos de abrangidas pela obrigatoriedade de serviços internos) e contemplam
charcutaria) que já não se destinem ao consumo humano por razões exclusivamente os trabalhadores por cuja segurança e saúde os empre-
comerciais ou devido a problemas de fabrico, defeitos de empacota- gadores subscritores do acordo sejam responsáveis.
mento ou outros defeitos; O acordo referido, carece de autorização da Autoridade para as Con-
c) Restos dos alimentos não consumidos (bolos, bolachas, pães dições do Trabalho, (no âmbito da segurança no trabalho) e da Direção
de leite, pães com chouriço, pizzas, etc.), nos estabelecimentos que Geral da Saúde (no âmbito da saúde no trabalho).
disponham de um local de venda ao público.
d) Serviço interno
Os subprodutos referidos nas alíneas a) e b) devem ser recolhidos
e colocados em contentores (ponto 2.3.5). Os contentores devem ser Este serviço deve ser instituído pelo empregador, abrange exclusi-
retirados das zonas de laboração para local apropriado (alínea d) do vamente os trabalhadores por cuja segurança aquele é responsável, faz
ponto 2.2.3), pelo menos no final de cada dia de trabalho, de modo parte da estrutura da empresa e funciona na sua dependência.
a evitar a contaminação das instalações e dos géneros alimentícios. Esta modalidade é obrigatória para estabelecimentos com mais de
Esses subprodutos devem ser encaminhados para estabelecimentos 400 trabalhadores ou (conjunto de estabelecimentos distanciados da-
aprovados ou registados, que constam das listas divulgadas no sítio da quele que ocupa maior número de trabalhadores e que, com este, tenham
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária em: pelo menos 400 trabalhadores) ou para estabelecimentos (ou conjunto
http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/generic de estabelecimentos) que desenvolvam atividades de risco elevado a
os?generico=157838&cboui=157838 que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores.
Durante o transporte, os subprodutos animais referidos no parágrafo
anterior devem ser acompanhados da guia de acompanhamento de Qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa ou o estabe-
subprodutos de origem animal modelo 376/DGV, que deve ser emitida lecimento, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades
pelo estabelecimento de origem dos mesmos. de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de
Até ao dia 31 de dezembro de 2014, os estabelecimentos que produ- instalações, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos
zem até 20 kg por semana de subprodutos referidos na alínea b), podem trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar
eliminar os mesmos como resíduos sólidos urbanos, por deposição os contactos necessários com as entidades externas competentes para
no contentor de recolha municipal. Esta disposição não se aplica à realizar aquelas operações e as de emergência médica.
eliminação de produtos crus de origem animal ou géneros alimentícios
contendo produtos crus de origem animal. 2.4.2.2 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa-
Os subprodutos referidos na alínea c) são considerados restos de mentos de trabalho
cozinha e de mesa e podem ser depositados no contentor de recolha Devem ser asseguradas verificações periódicas e extraordinárias dos
municipal e eliminados como resíduos sólidos urbanos. equipamentos de trabalho, devendo estar disponíveis registos que eviden-
2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho ciem o cumprimento deste requisito, bem como os respetivos relatórios.
2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no
trabalho 2.4.2.3 — Condições de temperatura e humidade
O industrial deve organizar os serviços de segurança e saúde no tra- As condições de temperatura e humidade dos locais de trabalho
balho de acordo com as seguintes modalidades, previstas no artigo 74.º devem ser mantidas dentro dos limites convenientes para evitar danos
da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro: na saúde dos trabalhadores.
a) Serviço externo (5), ou, quando legalmente admitido, 2.4.2.4 — Prevenção de riscos profissionais
b) Regime simplificado (atividade de segurança exercida pelo em-
pregador ou por trabalhador designado) (6). O estabelecimento deve dispor de um plano escrito de prevenção de
c) Serviço comum riscos profissionais, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das
atividades da empresa, a avaliação dos riscos e as respetivas medidas
O serviço comum deve ser instituído por acordo, que deve ser cele- de prevenção.
brado por escrito, entre várias empresas ou estabelecimentos (pertencen- Na tabela seguinte, identificam-se as seguintes medidas preventivas:

ATIVIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS

RECEÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS E • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA A MOVIMENTAÇÃO MANUAL


OUTROS MATERIAIS. DE CARGAS, QUANDO ESTA FOR SUPERIOR A 20 KG;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE);
• DEFINIR E IMPLEMENTAR REGRAS DE ARMAZENAGEM;
• COLOCAR EQUIPAMENTOS PARA CORRETA ARMAZENAGEM DOS MATERIAIS.

CONGELAÇÃO OU CONSERVAÇÃO NO • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;


FRIO. • ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

ARMAZENAGEM (INCLUI CÂMARAS • ESTANTES E PRATELEIRAS ESTRUTURADAS E ESTABILIZADAS EM FUNÇÃO DAS


FRIGORÍFICAS). CARGAS PREVISÍVEIS;
• O EMPILHAMENTO DE MATERIAIS, DEVE SER FEITO DE FORMA SEGURA, TENDO EM
ATENÇÃO QUE OS MATERIAIS DEVEM SER EMPILHADOS SOBRE BASES RESISTEN-
TES, NÃO DEVENDO A SUA ALTURA COMPROMETER A ESTABILIDADE DA PILHA,
A DISTRIBUIÇÃO DA LUZ NATURAL OU ARTIFICIAL, A CIRCULAÇÃO NAS VIAS DE
PASSAGEM, O FUNCIONAMENTO EFICAZ DE EQUIPAMENTOS OU DE MATERIAL
DE LUTA CONTRA INCÊNDIOS, E NÃO DEVENDO EXISTIR ELEMENTOS SALIENTES
QUE POSSAM CAUSAR EMBATES OU TROPEÇÕES;
• UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.
22996 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

ATIVIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS

CONFEÇÃO E TRATAMENTO TÉRMICO • VENTILAÇÃO DAS INSTALAÇÕES;


• DISPONIBILIZAÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (PAUSAS CURTAS E FREQUENTES EM LOCAL MAIS
FRESCO);
• COLOCAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE TRABALHO CORTANTE E PERFURANTE EM
LOCAL RESERVADO;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE LUVAS E VESTUÁRIO ADEQUADOS AOS TRABALHADORES;
• UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE EXAUSTÃO LOCALIZADA (CAPTAÇÃO POEIRAS);
• INSTALAÇÃO DE MÁQUINAS COM DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO ADEQUADOS
COM ENCRAVAMENTOS ELÉTRICOS (SEMPRE QUE POSSÍVEL), COM OU SEM BLO-
QUEIO.

ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM • DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES;


• ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES.

ARMAZENAGEM E EXPEDIÇÃO A FRIO • DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E INSTA- • DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS PRODUTOS;


LAÇÕES (UTILIZAÇÃO DE DESINFE- • ADEQUADA ARMAZENAGEM E ROTULAGEM;
TANTES E DETERGENTES). • UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE ASPIRAÇÃO COM FILTRAÇÃO ADEQUADA;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUADOS.

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS . . . . . . . • CONCEÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO DE MODO A SEREM RESPEITADOS OS


PRINCÍPIOS ERGONÓMICOS, DE CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E QUALIDADE
DO AR.

2.4.2.5 — Controlo da qualidade da água para consumo humano d) No caso de rejeição de águas residuais no meio hídrico ou no
solo (sistema autónomo doméstico seguido de órgão de infiltração
Quando ocorra a captação de água, atenta a segurança alimentar, a
no terreno), o estabelecimento deve dispor de título de utilização de
saúde pública e dos trabalhadores, o industrial deve:
recursos hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente ou,
• Preparar e submeter à apreciação do Delegado de Saúde respetivo, no caso de rejeição águas residuais domésticas no solo, e se tal for a
um plano anual de controlo da qualidade da água, de acordo com o opção do industrial, do correspondente título padronizado, nos casos
Capítulo III do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto; aplicáveis.
• Manter atualizado e disponível para consulta das entidades oficiais e) No caso do estabelecimento se localizar em terrenos do domínio
o plano de controlo de qualidade da água, considerando os controlos hídrico deve dispor de título de utilização de recursos hídricos emitido
de rotinas fixados no Anexo II do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de pela Agência Portuguesa do Ambiente.
agosto; f) Os pedidos de emissão de título de utilização de recursos hídricos
• Comunicar qualquer situação de incumprimento ao Delegado de devem ser submetidos no Sistema Integrado de Licenciamento do
Saúde respetivo, de acordo com o artigo 18.º do diploma acima men- Ambiente (SILiAmb) em https://siliamb.apambiente.pt.
cionado;
• Manter a desinfeção da água distribuída, de modo a que em qualquer 2.4.3.2 — Resíduos
ponto da rede exista um residual de cloro entre 0.2 e 0.6 mg/l, o qual a) Sempre que o estabelecimento produza resíduos cuja gestão não
funcionará como barreira sanitária a qualquer contaminação. seja da responsabilidade dos sistemas de gestão de resíduos urbanos
(resíduos que pela sua natureza e composição são semelhantes aos re-
2.4.3 — Ambiente síduos provenientes de habitações e cuja produção diária ultrapassa os
2.4.3.1 — Recursos hídricos 1100 litros), deve ser assegurada na gestão dos mesmos o cumprimento
a) Caso o estabeleci mento utilize água proveniente de captação dos seguintes procedimentos:
própria de águas superficiais ou subterrâneas (7) deve dispor de título de i. Adoção de medidas de gestão de substâncias, materiais ou produtos,
utilização de recursos hídricos, ou do correspondente título padronizado, quando aplicável, destinadas a reduzir a quantidade, a perigosidade e
se aplicável, ou parecer positivo à comunicação prévia, emitido pela os impactes adversos no ambiente e na saúde humana dos resíduos
Agência Portuguesa do Ambiente. produzidos;
b) O disposto na alínea anterior deve ter em consideração o ar- ii. Separação dos resíduos na origem, por fluxos e fileiras, de forma
tigo 2.º do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, uma vez que a promover a sua valorização;
a qualidade da água utilizada para fabrico, transformação, conser- iii. Armazenamento dos resíduos produzidos de modo a não provocar
vação ou comercialização de produtos ou substâncias, assim como danos para o ambiente, nem para a saúde humana, instalando-se, sempre
a utilizada na limpeza de superfícies, objetos e materiais que podem que necessário, sistemas de contenção/retenção secundária de eventuais
estar em contacto com os alimentos deve ser igual à exigida para o escorrências e ou derrames;
consumo humano, exceto quando a utilização dessa água não afeta a iv. Encaminhamento dos resíduos produzidos para operadores auto-
salubridade do género alimentício na sua forma acabada. A utilização rizados para a sua valorização ou eliminação, assegurando que o seu
de captações próprias para os processos que interfiram com a salubri- transporte é acompanhado, até à entrada em vigor das e-GAR (Guia de
dade dos alimentos só é permitida se não houver a possibilidade de Acompanhamento de Resíduos Electrónica), por guia preenchida em
ligação à rede pública de abastecimento, devendo ser implementado triplicado, em Modelo n.º 1428 da Imprensa Nacional-Casa da Moeda;
neste caso um sistema de tratamento necessário, ou nos casos das v. Registo no sistema integrado de registo eletrónico de resíduos
indústrias já existentes desde que possuam um sistema de tratamento (SIRER) a efetuar no prazo de um mês após o inicio da atividade ou
que comprovadamente produz uma água equiparada à definida no do funcionamento do estabelecimento, bem como registo anual da
Decreto-Lei n.º 306/2007. informação relativa à produção de resíduos, por código da Lista Eu-
c) Se o estabelecimento estiver ligado ao sistema público de drenagem ropeia de Resíduos, até 31 de março do ano seguinte ao do ano civil
de águas residuais, deve dispor de autorização expressa da respetiva a reportar caso o estabelecimento produza qualquer quantidade de
entidade gestora, conforme disposto no artigo 54.º do Decreto-Lei resíduos perigosos ou produza resíduos não urbanos e empregue mais
n.º 226-A/2007, de 31 de maio. de 10 trabalhadores;
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22997

b) Aderir a um sistema de gestão que assegure o cumprimento do desta atividade depende de autorização expressa da ACT a requerer em
princípio da responsabilidade alargada do produtor. modelo próprio disponível no sítio eletrónico desta entidade.
(7) No caso de abastecimento de água para consumo humano, só é
2.4.3.3 — Emissões para o ar admissível o recurso a este tipo de captação se a rede pública não se
O estabelecimento encontra-se abrangido pelo Decreto-Lei encontrar disponível, ou seja, se a mesma se encontrar a uma distância
n.º 78/2004, de 3 de abril, relativo à prevenção de poluentes para a superior a 20 metros do estabelecimento a servir.
atmosfera, e portarias regulamentares conexas, sempre que tenha fontes
pontuais ou fontes difusas de emissão de poluentes para o ar devendo
observar o constante nesses diplomas quanto: ANEXOS
I. Ao dimensionamento da chaminé cuja altura deve respeitar a
I — LEGISLAÇÃO (vide 2.1)
resultante da metodologia de cálculo fixada na Portaria n.º 263/2005,
de 17 de março; ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
II. Ao cumprimento dos valores limite de emissão (VLE) aplicáveis,
• Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
estipulados nas Portarias n.º 675/2009, de 23 de junho, n.º 677/2009,
de 23 de junho e ou n.º 286/93, de 12 de março; Aprova o Sistema da Indústria Responsável (SIR)
III. Ao autocontrolo das emissões de poluentes atmosféricos cujo
regime de monitorização de cada poluente é determinado em função ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
dos caudais mássicos, fixados na Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro • Regulamento (CE) n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do
alterado pela Portaria n.º 676/2009, de 23 de junho; Conselho, de 28 de janeiro
IV. Ao envio dos resultados da monitorização pontual para a Comissão
de Coordenação e Desenvolvimento Regional competente e dos resulta- Estabelece os princípios e normas gerais da legislação alimentar,
dos da monitorização em contínuo (juntamente com os resultados pon- cria a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabe-
tuais dessa mesma empresa) para a Agência Portuguesa do Ambiente; lece procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios
V. Às medidas especiais para a minimização das emissões difusas,
previstas no Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril. • Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 29 de abril
2.4.3.4 — Ruído ambiente
Relativo à higiene dos géneros alimentícios
O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 9/2007, de 17 de janeiro, será aplicável às instalações agroindustriais • Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do
caso estas consubstanciem, no caso de alterações de uma instalação Conselho, de 29 de abril
existente, ou venham a consubstanciar, no caso de novas instalações,
Estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros ali-
o conceito de “atividade ruidosa permanente” conforme definição
constante da alínea a) do artigo 3.º do RGR. Ou seja, o ruído produzido mentícios de origem animal
pela instalação existente, terá de ser, pelo menos, audível (avaliação
• Regulamento (CE) n.º 2073/2005, da Comissão, de 15 de no-
qualitativa) junto de um ou mais recetores sensíveis (edifício habita-
vembro
cional, escolar, hospitalar ou similar ou espaço de lazer, com utilização
humana). Caso a condição anterior se verifique, deve evidenciar o cum- Relativo a critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimen-
primento dos requisitos acústicos estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º tícios
do RGR, apresentando à entidade coordenadora do licenciamento uma
avaliação acústica (n.º 9 do artigo 13.º do RGR) que reveste a forma • Regulamento (CE) n.º 1069/2009, do Parlamento Europeu e do
de ensaio acústico a realizar junto do ou no recetor e, caso aplicável, a Conselho, de 21 de outubro
apresentação de medidas de prevenção e controlo do ruído.
Define regras sanitárias relativas a subprodutos animais e produtos
Para novas instalações, terá que ser realizado um estudo previsional
derivados não destinados ao consumo humano
que demonstre a viabilidade do cumprimento dos requisitos acústicos
estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º do RGR sob condições normais
• Regulamento (UE) n.º 142/2011, da Comissão, de 25 de fevereiro
de funcionamento da instalação agroindustrial.
Aplica o Regulamento (CE) n.º 1069/2009
2.5 — FLEXIBILIDADE
• Regulamento (CE) n.º 37/2005, da Comissão, de 12 de janeiro
Eventuais desvios às condições de instalação e exploração constantes
do presente título poderão ser admitidos, uma vez demonstrada pelo Relativo ao controlo das temperaturas nos meios de transporte e nas
industrial a sua compatibilidade com os objetivos relativos à segurança instalações de depósito e armazenagem de alimentos ultracongelados
alimentar, segurança e saúde no trabalho e ambiente prosseguidos pela destinados à alimentação humana
legislação aplicável.
• Portaria n.º 1129/2009, de 1 de outubro
(1) Os locais de manipulação de géneros alimentícios compreendem
os locais onde os alimentos são manuseados, preparados e armazenados. Relativa ao controlo metrológico dos instrumentos de medição
(2) HACCP — Hazard Analysis and Critical Control Points (em e registo da temperatura a utilizar nos meios de transporte nas ins-
português “APPCC — Análise de Perigos e Pontos Críticos de Con- talações de depósito e armazenagem dos alimentos a temperatura
trolo”) é um método sistemático e documentado de controlo de segu- controlada
rança alimentar, concebido para prevenir, eliminar e ou detetar perigos.
(3) Devem ser consideradas as recomendações constantes no docu- • Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio
mento de orientação sobre a aplicação de procedimentos baseados nos Regime jurídico da utilização dos recursos hídricos
princípios HACCP e sobre a simplificação da aplicação dos princípios
HACCP, disponível em http://ec.europa.eu/food/food/biosafety/hygie- • Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto
nelegislation/guidance_doc_haccp_pt.pdf.
Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo
(4) O fluxograma constante no anexo II é meramente indicativo.
(5) O serviço externo é desenvolvido por entidade autorizada pela humano
ACT (no âmbito da segurança no trabalho) e pela DGS (no âmbito
• Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto
da saúde no trabalho) que, mediante contrato com o empregador, por
escrito, realiza as atividades principais (descritas no artigo n.º 98.º da Estabelece o regime jurídico dos serviços municipais de abasteci-
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro), que visam prevenir os riscos mento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e
profissionais e promover a segurança e saúde dos trabalhadores. de gestão de resíduos sólidos
(6) No estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distanciados
até 50 km do de maior dimensão, que empregue no máximo 9 traba- ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
lhadores, as atividades de segurança no trabalho podem ser exercidas
• Portaria n.º 53/71, de 3 de fevereiro
diretamente pelo próprio empregador, ou por um ou mais trabalhadores
designados, se possuírem formação adequada, dispuserem de tempo e de Aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho
meios e permanecerem habitualmente no estabelecimento. O exercício nos Estabelecimentos Industriais
22998 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

• Portaria n.º 702/80, de 22 de setembro • Informação Técnica n.º 1/2010, da Direção-Geral de Saúde
Altera a Portaria n.º 53/71 de 03 de fevereiro, que aprova o Regula- Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros (disponível
mento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos em www.dgs.pt, micro site de saúde ocupacional)
Industriais
• Documento de Referência da Segurança e Saúde do Trabalho
• Portaria n.º 1081/91, de 24 de outubro (SST): ACT/DGS, dezembro, 2013
Estabelece regras uniformes de fabrico e de montagem de termoa- Atuação dos Industriais no âmbito do SIR
cumuladores elétricos
ܿ AMBIENTE
• Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro • Recursos hídricos
Transpõe a Diretiva n.º 89/654/CEE, do Conselho, de 30.10, re- • Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo
lativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais de Decreto-Lei n.º 130/2012 de 22 de junho
trabalho
Aprova a Lei da Água, estabelecendo as bases e o quadro institucional
• Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro para a gestão sustentável das águas
Estabelece a regulamentação das prescrições mínimas de segurança • Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio
e saúde nos locais de trabalho
Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos
• Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de setembro
■ Resíduos
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde na mo-
vimentação manual de cargas. • Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado
pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho
• Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de outubro Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde dos
trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual • Portaria n.º 335/97, de 16 de maio
Fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do
• Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho território nacional
Estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de segurança
e de saúde no trabalho • Portaria n.º 1408/2006, de 18 de dezembro
Aprova o Regulamento de Funcionamento do Sistema Integrado de
• Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de dezembro Registo Eletrónico de Resíduos
Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e utilização da
sinalização de segurança e de saúde no trabalho ■ Emissões para o ar
• Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril
• Portaria n.º 460/2001, de 8 de maio
Estabelece o regime da prevenção e controlo das emissões de poluen-
Aprova o Regulamento de Segurança das Instalações de Armazena- tes para a atmosfera, fixando os princípios, objetivos e instrumentos
gem de GPL com capacidade até 200 m3 apropriados à garantia da proteção do recurso natural ar, bem como as
medidas, procedimentos e obrigações dos operadores das instalações
• Despacho n.º 22 333/2001, de 30 de outubro abrangidas, com vista a evitar ou reduzir a níveis aceitáveis a poluição
Aprova a instrução técnica complementar para reservatórios de GPL atmosférica originada nessas mesmas instalações

• Decreto-Lei n.º 236/2003, de 30 de setembro • Portaria 263/2005, de 17 de março


Estabelece as prescrições mínimas destinadas a promover a melhoria Fixa novas regras para o cálculo da altura de chaminés e define as
da proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores suscetíveis de ex- situações em que devem para esse efeito ser realizados estudos de
posição a riscos derivados de atmosferas explosivas no local de trabalho. poluentes

• Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro • Portaria 675/2009, de 23 de junho


Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde para a Fixa os valores limite de emissão de aplicação geral (VLE gerais)
utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho, aplicáveis às instalações abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de
3 de abril
• Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de dezembro
• Portaria 676/2009, de 23 de junho
Estabelece os procedimentos de aprovação das regras técnicas das
instalações elétricas de baixa tensão Estabelece os limiares mássicos mínimos e máximos de poluentes
atmosféricos
• Portaria n.º 949-A/2006, de 29 de dezembro
• Diretrizes relativas à descarga de poluentes na atmosfera, IA,
Aprova as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
Lisboa 2006
• Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro (disponível em http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subr
Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edi- ef=82&sub2ref=314)
fícios, abreviadamente designado por SCIE
• Diretrizes relativas ao regime de monitorização (Decreto-Lei
• Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro n.º 78/2004, de 3 de abril), APA, Amadora, 2008

Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em (disponível em http://www.apambiente.pt/index.php?ref=16&subr


Edifícios (SCIE) ef=82&sub2ref=314)

• Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro ■ Ruído ambiente

Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segu- • Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro
rança e saúde no trabalho Aprova o Regulamento Geral sobre Ruído

• Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho • Decreto-Lei n.º 129/2002, de 11 de maio, alterado pelo Decreto-
Aprova o novo regulamento de instalação, de funcionamento, de -Lei n.º 96/2008, de 9 de junho
reparação e de alteração de equipamentos sob pressão Projeto acústico dos recintos
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 22999

ܿ LICENCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS • A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento


• Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado e repu- industrial de preparação de carnes (corte e desossa), fabrico de carne
blicado pelo Decreto-Lei n.º 217/2012, de 9 de outubro e Portaria picada e de preparados de carne não dispensa, em qualquer caso, a
n.º 151/2007, de 30 de novembro aprovação do estabelecimento em causa pela autoridade responsável
pela segurança alimentar, mediante vistoria a realizar previamente ao
Estabelece o regime de licenciamento de armazenagem de com- início de exploração, em cumprimento do disposto no artigo 4.º do
bustíveis Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do Con-
selho, de 29 de abril.
• Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho • Pode solicitar a aplicação deste título, qualquer operador que sub-
Estabelece o regime de licenciamento de equipamentos sob pressão meta um processo de licenciamento enquadrável nos regimes de co-
municação prévia com prazo e mera comunicação prévia.

II — FLUXOGRAMA DA ATIVIDADE (indicativo)


Índice
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO-
RAÇÃO
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES
2.2.1 — Princípios gerais
2.2.2 — Localização
2.2.3 — Conceção
2.2.4 — Requisitos dimensionais
2.2.5 — Pavimento
2.2.6 — Paredes
2.2.7 — Tetos
2.2.8 — Portas
2.2.9 — Janelas
2.2.10 — Cais e rampas de carga
2.2.11 — Instalações sociais
2.2.12 — Iluminação
2.2.13 — Ventilação
2.2.14 — Instalação elétrica
2.2.15 — Equipamentos de trabalho
2.2.16 — Sinalização de segurança
2.2.17 — Águas de abastecimento
2.2.18 — Águas residuais
2.2.19 — Águas pluviais
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS
2.3.1 — Caraterísticas dos materiais
2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos
2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali-
mentícios
2.3.4 — Dispensador de água potável
2.3.5 — Contentores para colocação de subprodutos
2.3.6 — Equipamento para lavagem e desinfeção do calçado
2.3.7 — Utensílios
SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL (SIR) 2.3.8 — Equipamentos frigoríficos
2.3.9 — Embalagens
TÍTULO PADRONIZADO INTEGRADO (TPI) 2.3.10 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa-
mentos
2.3.10.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador
PREPARAÇÃO DE CARNES (CORTE E DESOSSA)
E FABRICO DE CARNE PICADA E PREPARADOS DE CARNE 2.3.10.2 — Máquinas
2.3.10.3 — Elevação e transporte de materiais
2.3.10.4 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho
NOTA PRÉVIA 2.3.10.5 — Equipamentos de proteção individual
• O Título Padronizado Integrado (TPI) de instalação e exploração 2.3.10.6 — Material de primeiros socorros
de estabelecimento industrial de preparação de carnes (corte e desossa), 2.3.10.7 — Equipamentos de combate a incêndios
fabrico de carne picada e de preparados de carne (adiante designado 2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS
por título), contém as condições padrão de instalação e exploração 2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar
de estabelecimento industrial nos domínios da segurança alimentar, 2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP
segurança e saúde no trabalho e ambiente para efeitos de exercício 2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP
desta atividade. 2.4.1.3 — Rastreabilidade
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento 2.4.1.4 — Subprodutos de origem animal
industrial de preparação de carnes (corte e desossa) constitui uma opção 2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho
do industrial, a qual, uma vez exercida, o habilita ao exercício desta 2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no
atividade mediante o cumprimento das condições padrão definidas no trabalho
presente título, sem prejuízo da respetiva eficácia estar condicionada: 2.4.2.2 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa-
▪ À obtenção prévia, do alvará de utilização emitido pela câmara mentos de trabalho
territorialmente competente ou verificado o respetivo deferimento tácito. 2.4.2.3 — Condições de temperatura e humidade
O título de utilização em referência deverá reportar expressamente o 2.4.2.4 — Condições ergonómicas
uso industrial da instalação, salvo os estabelecimentos industriais en- 2.4.2.5 — Prevenção de riscos profissionais
quadráveis na parte 2-A e ou 2-B do Anexo I ao SIR, em que se aplicam 2.4.3 — Ambiente
os critérios fixados no n.º 6 e 7 do artigo 8.º do SIR; 2.4.3.1 — Recursos hídricos
▪ À apreciação positiva de cópia da apólice de seguro de responsa- 2.4.3.2 — Resíduos
bilidade civil aplicável aos estabelecimentos tipo 2, como previsto no 2.4.3.3 — Ruído ambiente
artigo 4.º do SIR. 2.5 — FLEXIBILIDADE
23000 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

ANEXOS b) Câmara(s) frigorífica(s) para a armazenagem separada da carne


I — LEGISLAÇÃO embalada e da carne exposta, exceto quando estas forem armazenadas
em momentos diferentes ou de forma a que o material de embalagem
ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
e o modo de armazenagem não possam ser fonte de contaminação para
ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR a carne, dotada(s) de via(s) aérea(s) se forem armazenadas carcaças,
ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO meias carcaças ou quartos de carcaças, munidas de equipamentos de
ܿ AMBIENTE frigorificação que permitam a manutenção das carnes às temperaturas
referidas no ponto 2.3.8.
II — FLUXOGRAMA c) Um local para armazenagem de materiais de acondicionamento
Texto de apoio ao Fluxograma e de embalagem. A sua localização deve permitir a ligação às zonas
de acondicionamento e embalamento sem passagem pelas zonas de
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO receção de carcaças e de preparação. As características do local de
1.1 — O presente título é aplicável à atividade de preparação de armazenagem devem permitir assegurar que os materiais de embalagem
carnes (corte e desossa) de aves e ungulados domésticos, enquadrável não são contaminados;
nas CAE 10120 e 10110, bem como à atividade de fabrico de prepara- d) Um local para armazenagem de detergentes, desinfetantes e outros
dos de carne refrigerados ou congelados, enquadrável na CAE 10130, produtos químicos, em condições de segurança, segregado do armaze-
exercidas em estabelecimentos industriais de tipo 2 e 3, na aceção do namento dos géneros alimentícios;
artigo 11.º do SIR. e) Uma sala de preparação (corte e desossa) das carnes, com mesas de
1.2 — Quando o estabelecimento industrial se enquadrar no trabalho e utensílios adequados, adjacente à(s) câmara(s) frigorífica(s)
tipo 2 e se encontrar abrangido pelo regime de jurídico de emis- e zona de receção de matérias-primas. A conceção da sala deve permitir
são de gases com efeito de estufa, ou pelo regime jurídico das minimizar o risco de contaminação cruzada no caso de preparação de
operações de gestão de resíduos, em caso de adesão ao presente carnes de diferentes espécies animais;
título, deverá ainda obter, respetivamente, o título de emissão de f ) Uma sala destinada à limpeza, desinfeção e armazenagem dos
gases com efeito de estufa (TEGEE) ou o alvará ou parecer para utensílios e equipamentos, que deve dispor de um abastecimento ade-
as operações de gestão de resíduos, nos termos das respetivas quado de água potável quente e fria;
legislações aplicáveis. g) Um local destinado ao acondicionamento e embalagem dos pro-
1.3 — A atividade de preparação de carnes (corte e desossa) com- dutos finais, munido de mesa(s) de trabalho. A conceção do local deve
preende o processo que se inicia com a receção de carcaças de aves e ser de forma a minimizar o risco de contaminação cruzada no caso
de ungulados domésticos, que prossegue com a desmancha das carnes, de acondicionamento/embalagem de carnes de diferentes espécies
acondicionamento e ou embalagem da carne obtida e que se conclui animais;
com a expedição de carne refrigerada ou congelada. O fabrico de carne h) Uma zona de expedição dos produtos finais, concebida de modo
picada e preparados de carne compreende o processo que se inicia com a a minimizar a contaminação por via atmosférica, pela entrada de gases
receção da carne e dos restantes ingredientes, prossegue com a picagem do escape, de poeiras e de insetos;
ou o fabrico dos preparados de carne (ex: salsicha fresca, hambúrgue- i) Um local para armazenagem de subprodutos de origem animal
res, almôndegas, espetadas e rolo de carne), o acondicionamento e ou que permita assegurar que os mesmos não constituem uma fonte de
embalagem e conclui-se com a expedição/distribuição dos produtos contaminação. Se os subprodutos se destinarem ao fabrico de alimentos
refrigerados ou congelados. para animais e se não forem transportados e transformados no prazo de
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- 24 horas após a sua recolha, devem dispor de câmara(s) frigorífica(s)
RAÇÃO destinadas à sua armazenagem, de forma a evitar a sua decomposição
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL ou deterioração;
j) Zona de vestiário e instalações sanitárias que, pela sua localização e
A listagem da legislação de enquadramento das condições padrão conceção, asseguram o circuito adequado dos trabalhadores e permitem
abaixo definidas consta em anexo ao presente título. o seu fardamento e a sua higienização, antes da entrada das zonas de
laboração (vide 2.2.10).
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES Se se proceder à remoção da coluna vertebral de bovinos com mais
2.2.1 — Princípios gerais de 30 meses (1) o estabelecimento deve dispor ainda de:
O estabelecimento industrial deve ser concebido de forma a assegurar k) Uma sala para a remoção da coluna vertebral, exceto se forem
a higiene e segurança dos géneros alimentícios, bem como a segurança e tomadas precauções para evitar a contaminação cruzada, nomeada-
a saúde dos trabalhadores e a proteção do ambiente, devendo o respetivo mente por separação, no tempo, das operações relativas à remoção
projeto de construção ser elaborado na perspetiva de: da coluna vertebral e à desmancha de carnes, intercalada com uma
higienização.
a) Permitir o andamento contínuo das operações; l) Um local ou uma zona delimitada e marcada na(s) câmara(s)
b) Garantir a separação entre diferentes lotes de produção; referida(s) na alínea i), destinados exclusivamente à armazenagem das
c) Permitir a manutenção, limpeza e desinfeção adequadas; matérias de risco especificadas (MRE).
d) Facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica Se se proceder ao aproveitamento da carne da cabeça de bovinos com
das operações; mais de 12 meses (2) os estabelecimentos devem dispor ainda de:
e) Evitar a contaminação por via atmosférica, a acumulação de su- m) Uma sala onde esta operação seja efetuada, a não ser que sejam
jidade, o contacto com materiais tóxicos, a queda de partículas nos tomadas precauções para evitar a contaminação cruzada, nomeadamente
géneros alimentícios bem como a formação de condensações e bolores por separação, no tempo, das operações relativas à remoção da carne
nas superfícies; da cabeça e à desmancha de carnes, intercalada com uma higienização.
f ) Possibilitar a aplicação de boas práticas de higiene e a existência n) Um local ou uma zona delimitada e marcada na(s) câmara(s)
de condições adequadas de manuseamento e de armazenagem a tem- referida(s) na alínea i), destinados exclusivamente à armazenagem das
peratura controlada; matérias de risco especificadas (MRE). Se se proceder ao fabrico de
g) Possibilitar o controlo de pragas e de animais indesejáveis; preparados de carne e carne picada, o estabelecimento deve também
dispor de:
h) Garantir as condições de trabalho adequadas à prevenção dos
o) Nos casos aplicáveis, um local para a armazenagem de aditivos
riscos profissionais;
e condimentos, munido de armário ou prateleiras. Se os condimentos
i) Garantir a proteção e a promoção da saúde dos trabalhadores forem preparados neste local, deve existir uma mesa de trabalho;
p) No caso de serem utilizados vegetais no fabrico de preparados
2.2.2 — Localização de carne;
O estabelecimento deve localizar-se em zona livre de fontes de con- • Um local para a sua armazenagem (distinto dos locais de armaze-
taminação. A área circundante das instalações deve estar limpa. nagem das carnes);
• Um local para o seu tratamento prévio (lavagem e corte), a não ser
2.2.3 — Conceção que os mesmos sejam rececionados já lavados, cortados e embalados;
O estabelecimento deve dispor de:
q) Uma sala destinada ao fabrico dos preparados de carne e de carne
a) Uma zona de receção de matérias-primas, concebida de modo a picada com as características referidas na alínea e), ou uma zona na
minimizar a contaminação por via atmosférica, pela entrada de gases sala referida na alínea e), desde que sejam tomadas medidas de forma
do escape, de poeiras e de insetos e a evitar a entrada de pessoas inde- a evitar a contaminação cruzada e a assegurar o cumprimentos dos
vidamente fardadas e higienizadas; requisitos de temperatura referidos no ponto 2.3.8.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23001

2.2.4 — Requisitos dimensionais com uma marca opaca a um nível facilmente identificável pelo olhar.
As portas e portões automáticos devem estar dotados de sistemas de
a) A dimensão do estabelecimento e dos seus compartimentos deve
deteção de movimento (ex. células fotoelétricas) por forma a poderem
facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica das
parar automaticamente.
operações e permitir a aplicação de boas práticas de higiene, não po-
c) As portas das vias de emergência deverão ser corta-fogo, estar
dendo, em qualquer caso, a área mínima útil de trabalho ser inferior a
munidas de barras antipânico, abrir para o exterior e estarem devida-
1,80 m2 por trabalhador.
mente sinalizadas.
b) O pé direito mínimo do estabelecimento deve ser de 3 metros sendo
d) As portas e portões de correr devem possuir dispositivos de segu-
que, na zona dos fornos, deve dispor-se de uma distância mínima de
rança que os impeça de saltar das calhas ou cair.
2 metros até ao teto ou às partes inferiores das coberturas.
e) Junto aos portões destinados à circulação de veículos devem existir
c) As vias de circulação interiores, incluindo as de emergência, devem
portas para peões, sinalizadas e permanentemente desobstruídas.
ter uma largura mínima de 0,90 m de modo a permitir a circulação fácil
e segura das pessoas. Se estas vias de circulação apresentarem riscos 2.2.9 — Janelas
de queda em altura, devem existir resguardos laterais com uma altura
mínima de 0,90 m e, se necessário, rodapé com uma altura mínima a) As características das janelas e das claraboias devem permitir o
de 0,14 m. seu funcionamento em segurança, com isolamento térmico e possibi-
d) As escadas fixas devem ter uma largura mínima de 0,90 m e possuir lidade de ajuste de abertura, dispondo de dispositivos de controlo da
corrimão não interrompido nos patamares, sendo os degraus em piso incidência dos raios solares.
antiderrapante, ou contendo tiras abrasivas junto ao bordo, e proteções b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as janelas
com uma altura mínima de 0,90 m. e outras aberturas, pela sua conceção e construção, devem evitar a
e) Os intervalos entre máquinas, instalações ou materiais devem ter acumulação de sujidade e dispor, quando abram para o exterior, de
uma largura de, pelo menos, 0,60 m. redes mosquiteiras, removíveis para permitir a sua limpeza, ou de outro
f) Os compartimentos onde estão instaladas as retretes devem ter as sistema que previna a entrada de pragas.
dimensões mínimas de 0,80 m de largura por 1,30 m de profundidade.
g) No caso de estabelecimentos do tipo 2, que empreguem mais 2.2.10 — Cais e rampas de carga
de 25 trabalhadores, as instalações de vestiário, cabinas de chuveiro a) Os cais e as rampas de carga devem ser adequados à dimensão
e lavatórios anexos, no seu conjunto, devem dispor de uma área não das cargas neles movimentados e devem permitir a circulação fácil e
inferior à correspondente a 1 m2 por utilizador. segura das pessoas.
b) Os cais de carga devem ter pelo menos, uma saída ou, quando o
2.2.5 — Pavimento seu comprimento for superior a 25 m, uma saída em cada extremidade.
a) O pavimento do estabelecimento deve ser fixo, estável, antiderra- c) As vias de circulação destinadas a veículos devem estar distan-
pante e sem inclinações perigosas, saliências e cavidades. ciadas das portas, dos portões, das passagens para peões, dos corre-
b) Nos locais de manipulação dos géneros alimentícios (3), o pavi- dores e das escadas de modo a não constituírem risco parar os seus
mento deve ser constituído por materiais impermeáveis, não absorven- utilizadores;
tes, laváveis, desinfetáveis e não tóxicos e dispor de drenagem adequada, d) As vias de circulação destinadas a pessoas devem ter iluminação
devendo apresentar uma inclinação ligeira e uniforme de 1 a 2 %. adequada e piso não escorregadio e antiderrapante.
c) As aberturas nos pavimentos devem estar protegidas com resguar-
dos fixos e resistentes. 2.2.11 — Instalações sociais
a) As instalações sanitárias:
2.2.6 — Paredes
• Devem ser separadas ou de utilização separada por sexo, não de-
a) As paredes interiores do estabelecimento devem ser lisas, de fácil vendo comunicar diretamente com os locais de manipulação de géneros
limpeza e pintadas de cores claras não brilhantes. alimentícios;
b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as paredes • Devem conter um lavatório fixo por cada grupo de 10 trabalhadores
devem ainda ser revestidas de materiais impermeáveis, laváveis, não que cessem simultaneamente o trabalho;
absorventes e não tóxicos. • Destinadas ao sexo masculino, devem conter uma retrete e um
c) As divisórias, transparentes ou translúcidas existentes, devem estar urinol;
assinaladas por forma a serem visíveis. • Destinadas ao sexo feminino, devem conter uma retrete por cada
grupo de 15 trabalhadoras que cessem simultaneamente o trabalho.
2.2.7 — Tetos
a) Os tetos devem apresentar-se lisos, de fácil limpeza, pintados ou b) Os compartimentos, onde estão instaladas as retretes, devem
revestidos de cor clara e de material incombustível. possuir tiragem de ar direta para o exterior, com porta independente a
b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, os tetos e os abrir para fora e provida de fecho.
equipamentos neles montados devem ser construídos de modo a facilitar c) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e
a sua higienização, a evitar o desenvolvimento de fungos, a acumulação de toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos.
de poeiras e o desprendimento de partículas que de qualquer forma d) A zona destinada aos vestiários deve comunicar diretamente com
possam vir a contaminar os alimentos. as cabinas de chuveiro e os lavatórios, ser separada por sexos e dispor
c) A junção entre o teto e as paredes não deve exibir aberturas des- de armários individuais munidos de fechadura ou cadeado.
protegidas, de modo a minimizar a contaminação por via atmosférica, e) Os chuveiros devem existir na proporção de 1/10 trabalhadores
pela entrada de fumos, gases, poeiras, insetos e outros animais. que possam vir a utilizá-los simultaneamente, com água quente e fria,
separados ou de utilização separada por sexo.
2.2.8 — Portas f ) Os trabalhadores devem ter à sua disposição, na zona de vestiário,
cacifos duplos construídos com materiais laváveis, resistentes à cor-
a) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as portas
rosão, não porosos e impermeáveis, de forma a permitir a separação
devem apresentar as seguintes características:
das roupas de uso pessoal e de trabalho, assim como de outros bens
• Devem ser lisas, constituídas de materiais não absorventes, facil- pessoais. As fardas de trabalho limpas são colocadas, à disposição dos
mente laváveis e desinfetáveis; trabalhadores, em equipamento adequado e localizado à entrada dos
• Devem possuir sistemas de fecho adequado e eficiente de forma vestiários.
a permitir o seu ajuste ao pavimento e às paredes, sempre que abram g) Refeitórios:
diretamente para o exterior, designadamente as das zonas de receção
• Os estabelecimentos que empreguem 50 ou mais trabalhadores e
de matérias-primas e de expedição;
aqueles em que lhe seja autorizado tomarem as suas refeições devem
• Devem ser isotérmicas nas ligações entre as zonas que carecem
dispor de uma sala destinada exclusivamente a refeitório, com meios
de temperatura controlada e as áreas de temperatura não controlada
próprios para aquecer a comida, não comunicando diretamente com
ou exteriores.
locais de trabalho, instalações sanitárias ou locais insalubres;
b) As portas e os portões que sejam de funcionamento mecânico • A superfície dos refeitórios deve ser calculada em função do número
devem possuir dispositivos de paragem de emergência facilmente iden- máximo de pessoas que os possam utilizar simultaneamente, tendo em
tificáveis e acessíveis devendo, em caso de falha de energia, poder abrir- conta o seguinte:
-se automaticamente ou por comando manual. As portas e os portões ○ 18,5 m2 até 25 trabalhadores;
basculantes devem ser transparentes ou possuir painéis transparentes ○ 18,5 m2 + 0,65 m2 por pessoa a mais, entre 26 e 74 trabalhadores;
23002 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

○ 50 m2 + 0,55 m2 por pessoa a mais, entre 75 e 149 trabalhadores; c) A utilização da água no estabelecimento deve ser otimizada de
○ 92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre 150 e 499 trabalhadores; forma a reduzir os consumos de água e os volumes de águas residuais
○ 225 m2 + 0,40 m2 por pessoa a mais, para 500 ou mais trabalha- industriais produzidas.
dores. d) As atividades agroindustriais devem promover o uso eficiente
da água, particularmente tendo em consideração as linhas de orienta-
• Devem ter mesas e cadeiras ou bancos, em número correspondente ção do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA),
ao máximo de trabalhadores que podem utilizá-los ao mesmo tempo, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de
no caso de estabelecimento industrial tipo 2. 30 de junho.
2.2.12 — Iluminação 2.2.18 — Águas residuais
a) Deve ser assegurada uma correta intensidade de luz (natural e ou a) O sistema de drenagem de águas residuais deve assegurar a correta
artificial) nas diferentes áreas do estabelecimento, incluindo nas zonas drenagem dos pavimentos e estar munido de mecanismos que impeçam
de armazenagem e nas vias de circulação interiores. os refluxos.
b) As lâmpadas existentes nas áreas de manipulação e armazenagem b) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização das águas
de géneros alimentícios devem possuir proteção antiqueda de partículas residuais resultantes de processos de extração física (p. e., na indústria
em caso de quebra. dos óleos vegetais), de lavagem de produtos alimentares em bruto e
operações de lavagem de embalagens e vasilhame, para outros fins como
2.2.13 — Ventilação sendo nas lavagens das instalações fabris, para o uso agrícola na rega
a) Todas as áreas do estabelecimento devem estar equipadas com e para o transporte das matérias alimentares a processar.
sistemas de ventilação natural e ou forçada (mecânica) que garanta a c) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização de água
exaustão de cheiros e vapores e evite condensações e desenvolvimento com origem noutros processos existentes na unidade industrial ou no
de bolores, devendo o caudal médio de ar puro (ventilação) ser de pelo uso de água de qualidade inferior, para fins de lavagens de instalações
menos 30 a 50 m3 por hora e por trabalhador. e de equipamentos.
b) O sistema de ventilação deve ser:
2.2.19 — Águas pluviais
• Concebido de forma a evitar a circulação do ar das zonas sujas
para as zonas limpas; Sempre que possível deve ser promovida a recolha e a utilização de
• Construído de forma a proporcionar um acesso fácil aos filtros e a águas pluviais, para fins de lavagens de instalações e de equipamentos.
outras partes que necessitem de limpeza ou de substituição.
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS
2.2.14 — Instalação elétrica 2.3.1 — Caraterísticas dos materiais
A instalação elétrica deve cumprir as regras técnicas das instala- Todos os utensílios, aparelhos, equipamentos e superfícies que entrem
ções elétricas previstas na legislação específica aplicável, incluindo em contacto com os alimentos devem ser em material inoxidável, impu-
as seguintes: trescível, não poroso, não absorvente e não tóxico e devem apresentar
uma superfície lisa, lavável e desinfetável.
a) Todas as instalações deverão estar dotadas de terra de proteção;
b) Os quadros elétricos deverão: 2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos
• Ser de fácil acesso e estar permanentemente desobstruídos; a) Os equipamentos devem estar instalados de forma a permitir a
• Ter portas fechadas à chave e dotadas de sinalização de aviso de
limpeza da área circundante.
perigo de eletrocussão;
b) Sempre que sejam utilizadas estantes, designadamente nas áreas
• Ser acedidos por pessoa competente;
de armazenagem, estas devem estar estruturadas em função das cargas
• Estar instalados em local que não permita a entrada de água e
afastados de substâncias combustíveis e ou inflamáveis; previstas e estar afixadas às paredes e pavimento de forma a garantir
• Estar equipados com um disjuntor diferencial para proteção das sua estabilidade.
pessoas, bem como com disjuntores magnetotérmicos para proteção c) Os equipamentos e máquinas ruidosas devem dispor de elementos
da instalação contra curto-circuitos e sobreaquecimentos; para redução de ruído na fonte (silenciadores, atenuadores, blocos de
• Estar equipados com disjuntores que permitam identificar o circuito inércia, elementos antivibráticos) e devem estar isolados, se possível.
por eles alimentado.
2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali-
c) As tomadas e as fichas devem ser concebidas de forma que não seja mentícios
possível o contacto direto com as partes ativas antes, durante e depois a) Devem existir lavatórios de mãos localizados pelo menos nos
da inserção da tomada. Nos locais onde se verifique a possibilidade de seguintes locais: sala de preparação (corte e desossa), sala fabrico
contacto com a água, as infraestruturas elétricas deverão ser estanques de carne picada e preparados de carne e sala de acondicionamento e
e assegurar a proteção adequada. embalagem.
d) A instalação elétrica deve encontrar-se em bom estado de conser- b) Os lavatórios devem ser dotados de água potável quente e fria, de
vação, nomeadamente sem fios descarnados, sem ruturas nos cabos e sistema de acionamento não manual e devem drenar diretamente para
sem fichas ou tomadas partidas. a rede de esgotos, mediante ligação dotada de sifão.
c) Junto dos lavatórios devem existir dispositivos dispensadores de
2.2.15 — Equipamentos de trabalho detergente e desinfetante das mãos, toalhetes individuais de papel ou
Os equipamentos de trabalho (máquinas e ferramentas elétricas dispositivo de secagem de mãos. No caso de serem usados toalhetes
portáteis) devem garantir a proteção dos trabalhadores contra os riscos individuais, deve existir um contentor para colocação dos mesmos
de contacto direto ou indireto com a eletricidade. após utilização.

2.2.16 — Sinalização de segurança 2.3.4 — Dispensador de água potável


O estabelecimento deve dispor de sinalização de segurança em todos O estabelecimento deve dispor de dispensador de água potável, sendo
os pontos convenientes, (sinais de saída e de emergência, sinais res- proibido o uso de copos coletivos.
peitantes a incêndios, sinais de obrigação, de proibição, de advertência
de perigo, sinais para obstáculos, marcação de vias de circulação e 2.3.5 — Contentores para colocação de subprodutos
iluminação de segurança). O estabelecimento deve dispor de contentores para o acondiciona-
mento de subprodutos, constituídos por materiais laváveis e desin-
2.2.17 — Águas de abastecimento fetáveis. Os contentores devem ser estanques, munidos de tampa e
a) O estabelecimento deve dispor de uma rede de água potável devem ostentar a menção, a azul, "Categoria 3 — Não destinado ao
quente e fria que garanta o correto abastecimento a todos os lavatórios consumo humano".
e dispositivos de lavagem. Caso se proceda à remoção da coluna vertebral e/ao aproveita-
b) A água não potável, se for usada (no combate a incêndios, produção mento da carne da cabeça, o estabelecimento deve também dispor
de vapor ou refrigeração de equipamentos) deve circular em sistemas de contentores, com as mesmas características, identificados com
separados, devidamente identificados, sem que haja ligação ou refluxo a menção, a vermelho, "Categoria 1 — Destinado exclusivamente
para o sistema de água potável. a eliminação".
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23003

2.3.6 — Equipamento para lavagem e desinfeção do calçado c) Caso seja instalado termoacumulador, o industrial deverá estar na
No circuito entre os vestiários e a entrada na zona de laboração deve posse de termo de responsabilidade técnica de montagem, garantindo-se
existir um equipamento para lavagem e desinfeção do calçado, dotado a utilização da proteção diferencial de alta sensibilidade.
de água potável corrente, munido de sistema de escoamento adequado.
2.3.10.2 — Máquinas
2.3.7 — Utensílios As máquinas instaladas devem satisfazer as exigências essenciais de
a) As salas de preparação das carnes devem dispor de sistema de segurança e saúde aplicáveis, incluindo declaração CE de conformidade,
desinfeção dos utensílios (facas e outros) com água quente que atinja, marcação CE e manual de instruções em português.
no mínimo, 82°C ou de um sistema alternativo de efeito equivalente.
b) As salas de preparação das carnes devem dispor de um local 2.3.10.3 — Elevação e transporte de materiais
reservado para colocação dos utensílios (facas e outros) quando não Devem ser utilizados meios técnicos apropriados na carga, descarga,
estão em utilização. circulação, transporte e armazenagem de materiais de modo a evitar,
c) Sempre que sejam desmanchadas carnes de mais do que uma tanto quanto possível os esforços físicos.
espécie animal, devem existir mesas distintas para a desmancha
de cada espécie, exceto se forem tomadas precauções para evitar 2.3.10.4 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho
a contaminação cruzada, nomeadamente por separação, no tempo,
Os elementos móveis dos equipamentos de trabalho que possam
das operações relativas às diferentes espécies, intercalada com uma
causar acidentes por contacto mecânico devem ter protetores que
higienização.
impeçam o acesso às zonas perigosas ou dispositivos que inter-
2.3.8 — Equipamentos frigoríficos rompam o movimento dos elementos móveis antes do acesso a
essas zonas.
a) O estabelecimento deve dispor de equipamentos frigoríficos ca-
pazes de manter: 2.3.10.5 — Equipamentos de proteção individual
• A carne de ungulados domésticos a uma temperatura inferior ou Os equipamentos de proteção individual contra os riscos resultantes
igual a 3°C, 7°C, consoante se trate de miudezas ou outras carnes das operações efetuadas devem encontrar-se disponíveis para os traba-
refrigeradas, respetivamente; lhadores. Estes equipamentos devem ser distribuídos individualmente
• A carne de aves e de coelhos a uma temperatura inferior ou igual e, mantidos em adequadas condições de conservação e higiene.
a 4° C;
• A carne picada a uma temperatura inferior ou igual a 2°C e -18°C, 2.3.10.6 — Material de primeiros socorros
consoante se trate de carne picada refrigerada ou ultracongelada, res-
petivamente; O estabelecimento deve dispor de material de primeiros socorros de
• Os preparados de carne a uma temperatura inferior ou igual a 4°C fácil acesso e devidamente sinalizado.
e -18°C, consoante se trate de preparados de carne refrigerados ou
ultracongelados, respetivamente; 2.3.10.7 — Equipamentos de combate a incêndios
• As salas de preparação e de acondicionamento/embalagem das Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no
carnes, durante as operações, a uma temperatura ambiente máxima Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios e
de 12°C. da adoção das medidas de autoproteção mínimas exigíveis, em função
da categoria de risco por utilização-tipo:
b) O estabelecimento deve dispor de equipamentos adequados à
congelação ou ultracongelação dos géneros alimentícios, caso se pro- a) Devem existir meios de deteção adequados em zonas de produção
ceda a estas operações. e armazenagem;
c) As câmaras frigoríficas devem dispor de: b) Os meios de combate a incêndios devem estar disponíveis,
ser os adequados, encontrarem-se sinalizados e em condições ope-
• Dispositivos que permitam o controlo da temperatura a que os racionais.
alimentos são conservados; c) Na ausência de outro critério de dimensionamento devidamente
• Dispositivo de registo automático da temperatura de armazenagem, justificado, os extintores devem ser calculados à razão de:
no caso específico de alimentos ultracongelados;
• Iluminação e espaço suficiente para a inspeção e a manutenção • 18 L de agente extintor padrão por 500 m2 ou fração de área de
dos condensadores; pavimento do piso em que se situem;
• Portas com fechos que permitam a sua abertura tanto do exterior • Um por cada 200 m2 de pavimento do piso ou fração, com um
como do interior, e no caso de disporem de fechadura, devem existir mínimo de dois por piso.
dispositivos de alarme, acionáveis no interior da câmara, que comu-
niquem com o exterior. d) Os extintores devem ser convenientemente distribuídos, sina-
lizados sempre que necessário e instalados em locais bem visíveis,
2.3.9 — Embalagens colocados em suporte próprio de modo a que o seu manípulo fique
a uma altura não superior a 1,2 m do pavimento e localizados pre-
Os materiais de acondicionamento e embalagem, quando reutilizá- ferencialmente:
veis, devem ser constituídos por materiais fáceis de limpar e desinfetar.
• Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das
2.3.10 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa- câmaras corta-fogo, quando existam;
mentos • No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas.
2.3.10.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador
a) Os esquentadores devem ser instalados em locais ventilados, com 2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS
exaustão de gases e fumos para o exterior e não devem ser instalados 2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar
em locais fechados, nomeadamente em casas de banho, dispensas e 2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP (4)
garagens. O industrial deve estabelecer um procedimento ou procedimentos
b) A eventual armazenagem de garrafas de GPL deverá satisfazer baseados nos princípios HACCP. Deve existir uma abordagem funda-
as seguintes condições: mentada aos perigos envolvidos nas operações, nomeadamente a sua
• É apenas permitida a existência de garrafas de GPL amovíveis, cheias identificação, avaliação e formas de controlo e registo (5).
ou vazias, desde que a sua capacidade global não exceda 1,500 dm3, por
metro quadrado de área útil da oficina ou nave industrial; 2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP
• No caso de utilização de garrafas amovíveis com capacidade unitária Para efeitos de execução do disposto do ponto anterior, o industrial
inferior a 30 dm3, estas não devem ser agrupadas em mais de quatro deve:
unidades por grupo;
• Caso a quantidade de GPL armazenada esteja sujeita a controlo a) Definir um fluxograma, que inclua a descrição das operações (6);
prévio/licenciamento, o mesmo deve ser obtido nos termos da legis- b) Dispor de planta com marcação dos circuitos funcionais de pes-
lação aplicável; soal, géneros alimentícios (matérias-primas, produtos intermédios,
• Está impedida a instalação de aparelhos de GPL, tal como de gar- produto final), matérias subsidiárias (material de acondicionamento e
rafas de GPL nas caves, salvo em compartimentos semienterrados. embalagem) e da rede de águas e esgotos;
23004 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

c) Definir procedimentos de controlo de matérias-primas, que Durante o transporte, os subprodutos animais referidos no parágrafo
assegurem que provêm de estabelecimentos aprovados, que estão anterior devem ser acompanhados da guia de acompanhamento de
devidamente identificadas e ou rotuladas, que se apresentem a uma subprodutos de origem animal modelo 376/DGV, que deve ser emitida
temperatura que cumpra os valores definidos na legislação em vi- pelo estabelecimento de origem dos mesmos.
gor e que não apresentem contaminações. No caso dos materiais
de acondicionamento e embalagem, o controlo deve assegurar que 2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho
os materiais são próprios para entrar em contacto com os géneros 2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no
alimentícios, trabalho
d) Definir procedimentos de higienização e desinfeção das instala-
ções, equipamentos e utensílios; O industrial deve organizar os serviços de segurança e saúde no tra-
e) Definir procedimentos de controlo do acesso às instalações por balho de acordo com as seguintes modalidades, previstas no artigo 74.º
parte de animais domésticos e pragas; da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro:
f) Definir um plano de controlo analítico, de acordo com a análise de a) Serviço externo (7), ou, quando legalmente admitido,
risco, de superfícies, utensílios e equipamentos, produtos finais e água; b) Regime simplificado (atividade de segurança exercida pelo em-
g) Definir um plano de controlo analítico para cumprimento dos pregador ou por trabalhador designado). (8)
critérios de higiene; c) Serviço comum
h) Definir procedimentos de supervisão e instrução e ou formação O serviço comum deve ser instituído por acordo, que deve ser cele-
do pessoal que manuseia os alimentos, em matéria de higiene dos brado por escrito, entre várias empresas ou estabelecimentos (pertencen-
géneros alimentícios; tes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo nem sejam
i) Implementar boas práticas de higiene e fabrico. abrangidas pela obrigatoriedade de serviços internos) e contemplam
exclusivamente os trabalhadores por cuja segurança e saúde os empre-
2.4.1.3 — Rastreabilidade
gadores subscritores do acordo sejam responsáveis.
O industrial deve definir procedimentos que permitam identifi- O acordo referido, carece de autorização da Autoridade para as Con-
car o fornecedor de um género alimentício, ou de qualquer outra dições do Trabalho, (no âmbito da segurança no trabalho) e da Direção
substância destinada a ser incorporada num género alimentício ou Geral da Saúde (no âmbito da saúde no trabalho).
com probabilidades de o ser e identificar outros operadores a quem d) Serviço interno
tenham sido fornecidos os seus produtos, de forma a assegurar a Este serviço deve ser instituído pelo empregador, abrange
rastreabilidade. exclusivamente os trabalhadores por cuja segurança aquele é
responsável, faz parte da estrutura da empresa e funciona na sua
2.4.1.4 — Subprodutos de origem animal dependência.
Constituem subprodutos de origem animal as seguintes matérias: Esta modalidade é obrigatória para estabelecimentos com mais de
400 trabalhadores ou (conjunto de estabelecimentos distanciados da-
a) Aparas de carne, fragmentos, ossos, tendões, nervos e gorduras quele que ocupa maior número de trabalhadores e que, com este, tenham
resultantes do processo de desmancha e que não se destinem ao con- pelo menos 400 trabalhadores) ou para estabelecimentos (ou conjunto
sumo humano; de estabelecimentos) que desenvolvam atividades de risco elevado a
b) Carnes e preparados de carne que não se destinem ao consumo
que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores.
humano, por razões comerciais, problemas de fabrico, defeitos de
Qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa ou o estabe-
empacotamento ou outros defeitos;
c) Carnes e preparados de carne que não sejam próprias para consumo lecimento, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades
humano, mas que não revelem quaisquer sinais de doença transmissível de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de
a seres humanos ou animais. instalações, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos
d) As matérias de risco especificadas (MRE) — colunas vertebral trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar
dos bovinos com mais de 30 meses e cabeças de bovinos com mais os contactos necessários com as entidades externas competentes para
de 12 meses. realizar aquelas operações e as de emergência médica.

Os subprodutos referidos nas alíneas a) a c) são classificados como 2.4.2.2 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa-
matérias de categoria 3. Os subprodutos referidos na alínea d) são mentos de trabalho
classificados como matéria de categoria 1.
Os subprodutos que resultam da laboração do estabelecimento Devem ser asseguradas verificações periódicas e extraordinárias
devem ser recolhidos, colocados em contentores (vide 2.3.5) que dos equipamentos de trabalho, devendo estar disponíveis registos que
devem ser limpos e desinfetados após cada utilização. Os contentores evidenciem o cumprimento deste requisito, bem como os respetivos
devem ser retirados das zonas de laboração para local apropriado relatórios.
(vide ponto 2.2.3 alínea i), pelo menos no final de cada dia de tra-
balho, de modo a evitar contaminação das instalações e dos géneros 2.4.2.3 — Condições de temperatura e humidade
alimentícios. As condições de temperatura e humidade dos locais de trabalho
Se os subprodutos animais se destinarem ao fabrico de alimen-
devem ser mantidas dentro dos limites convenientes para evitar danos
tos para animais e se não forem transportados e transformados
na saúde dos trabalhadores.
no prazo de 24 horas após a sua recolha, devem ser armazenados
refrigerados ou congelados, de forma a evitar a sua decomposição
ou deterioração. 2.4.2.4 — Condições ergonómicas
Os subprodutos devem ser encaminhados para estabelecimentos A Ergonomia visa a conceção e ou correção de sistemas, máquinas e
aprovados ou registados, que constam das listas divulgadas no sítio da postos de trabalho que sejam seguros e eficientes, adaptando o trabalho
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária em: ao Homem e tendo como objetivo fundamental, o aumento da segurança,
http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/generic saúde e conforto do trabalhador, contribuindo assim para o aumento da
os?generico=157838&cboui=157838 eficiência organizacional, pelo que:
Os subprodutos devem ser transportados em contentores ou veícu-
los estanques cobertos, que devem ser limpos e secos antes de serem a) A disposição e dimensionamento dos postos de trabalho devem
utilizados e limpos, lavados e ou desinfetados após cada utilização, ser adequados às exigências das tarefas a executar;
para evitar a contaminação cruzada. Durante o transporte, deve ser b) Devem ser adotados os meios técnicos e organizacionais para
aposto ao contentor ou veículo, um rótulo que indique a categoria dos reduzir os esforços nas atividades de manuseamento de cargas, bem
subprodutos animais e a menção inscrita de forma visível e legível, para como a repetibilidade de tarefas.
as matérias de categoria 3, «Categoria 3 — Não destinado ao consumo
humano», para as matérias de categoria 1, «Categoria 1 — Destinado 2.4.2.5 — Prevenção de riscos profissionais
exclusivamente a eliminação».
O transporte de subprodutos animais destinados à produção de ma- O estabelecimento deve dispor de um plano escrito de prevenção de
térias para alimentação animal ou de alimentos crus para animais de riscos profissionais, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das
companhia deve ser efetuado a uma temperatura adequada, no máximo atividades da empresa, a avaliação dos riscos e as respetivas medidas
a 7°C. Os veículos utilizados no transporte refrigerado devem garantir de prevenção.
a manutenção de uma temperatura adequada durante todo o transporte Deve ser assegurada a formação, informação e sensibilização dos
e permitir que a temperatura seja monitorizada. trabalhadores em matéria de exposição ao risco profissional.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23005

Na tabela seguinte, identificam-se as seguintes medidas preventivas:

ATIVIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS

RECEÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS (CAR- • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA A MOVIMENTAÇÃO MANUAL


CAÇAS DE AVES E DE UNGULADOS DE CARGAS, CUJO PESO
DOMÉSTICOS). POSSA COMPROMETER A SEGURANÇA E SAÚDE DOS TRABALHADORES;
• FRACIONAMENTO DA CARGA OU EM ALTERNATIVA MOVIMENTAÇÃO POR MAIS
DO QUE UMA PESSOA;
• FORMAÇÃO AOS TRABALHADORES DE MODO A ADOTAREM POSTURAS DE TRA-
BALHO ADEQUADAS;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS-PRIMAS E ROTATIVI-
DADE).

DESMANCHA DA CARNE, PICAGEM/FA- • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
BRICO DOS PREPARADOS DE CARNE E AOS TRABALHADORES;
(SALSICHA FRESCA, HAMBÚRGUE- • UTILIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS CORTANTES ADEQUADOS (EX: FACAS, CUTELOS);
RES, ALMÔNDEGAS, ESPETADAS E • UTILIZAÇÃO ADEQUADA DE MÁQUINAS DE CORTE (EX: SERRAS DE FITA, MÁQUINAS
ROLO DE CARNE). DE SERRAS CIRCULAR MÁQUINA DE CORTE COM LÂMINAS
ROTATIVAS);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE LUVAS DE MALHA DE AÇO E OUTROS EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUADOS;
• ADOÇÃO DE MEDIDAS DE PREVENÇÃO COLETIVAS E INDIVIDUAIS QUANDO DA
UTILIZAÇÃO DE
PRODUTOS QUÍMICOS (AMÓNIA.) E EXPOSIÇÃO A RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE (UV).

ACONDICIONAMENTO E/OU EMBALA- • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;


GEM (INCLUI EQUIPAMENTOS FRI- • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADAS ÀS TARE-
GORÍFICOS). FAS E AOS TRABALHADORES;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVIDADE);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUADOS;

EXPEDIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS • DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUADOS.


PRODUTOS REFRIGERADOS/CON-
GELADOS.

LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E INSTA- • DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS PRODUTOS;


LAÇÕES (UTILIZAÇÃO DE DESINFE- • ADEQUADA ARMAZENAGEM E ROTULAGEM;
TANTES E DETERGENTES). • DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUADOS.

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS . . . . . . . • CONCEÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO DE MODO A SEREM RESPEITADOS OS


PRINCÍPIOS ERGONÓMICOS, DE CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E QUALIDADE
DO AR;

2.4.3 — Ambiente opção do industrial, do correspondente título padronizado, nos casos


2.4.3.1 — Recursos hídricos aplicáveis.
a) Caso o estabelecimento utilize água proveniente de captação e) No caso do estabelecimento se localizar em terrenos do domínio
própria de águas superficiais ou subterrâneas (9) deve dispor de título hídrico deve dispor de título de utilização de recursos hídricos emitido
de utilização de recursos hídricos, ou do correspondente título padroni- pela Agência Portuguesa do Ambiente.
zado, se aplicável, ou parecer positivo à comunicação prévia, emitido f) Os pedidos de emissão de título de utilização de recursos hídricos
pela Agência Portuguesa do Ambiente. devem ser submetidos no Sistema Integrado de Licenciamento do
b) O disposto na alínea anterior deve ter em consideração o ar- Ambiente (SILiAmb) em https://siliamb.apambiente.pt.
tigo 2.º do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, uma que a
qualidade da água utilizada para fabrico, transformação, conserva- 2.4.3.2 — Resíduos
ção ou comercialização de produtos ou substâncias, assim como a a) Sempre que o estabelecimento produza resíduos que não possam
utilizada na limpeza de superfícies, objetos e materiais que podem
ser equiparados a resíduos urbanos (resíduos que pela sua natureza e
estar em contacto com os alimentos deve ser igual à exigida para o
consumo humano, exceto quando a utilização dessa água não afeta a composição são semelhantes aos resíduos provenientes de habitações
salubridade do género alimentício na sua forma acabada. A utilização e cuja produção diária não ultrapassa 1100 litros), deve ser assegurada,
de captações próprias para os processos que interfiram com a salubri- na gestão dos mesmos o cumprimento do disposto no Decreto-Lei
dade dos alimentos só é permitida se não houver a possibilidade de n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei
ligação à rede pública de abastecimento, devendo ser implementado n.º 73/2011, de 17 de junho, nomeadamente:
neste caso um sistema de tratamento necessário, ou nos casos das i) Adoção de medidas de gestão de substâncias, materiais ou produtos,
indústrias já existentes desde que possuam um sistema de tratamento quando aplicável, destinadas a reduzir a quantidade, a perigosidade e
que comprovadamente produz uma água equiparada à definida no os impactes adversos no ambiente e na saúde humana dos resíduos
Decreto-Lei n.º 306/2007. produzidos;
c) Se o estabelecimento estiver ligado ao sistema público de drenagem ii) Separação dos resíduos na origem, por fluxos e fileiras, de forma
de águas residuais, deve dispor de autorização expressa da respetiva a promover a sua valorização;
entidade gestora, conforme disposto no artigo 54.º do Decreto-Lei iii) Armazenamento dos resíduos produzidos de modo a não provo-
n.º 226-A/2007, de 31 de maio. car danos para o ambiente, nem para a saúde humana, instalando-se,
d) No caso de rejeição de águas residuais no meio hídrico ou no sempre que necessário, sistemas de contenção/retenção secundária de
solo (sistema autónomo doméstico seguido de órgão de infiltração eventuais escorrências e ou derrames;
no terreno), o estabelecimento deve dispor de título de utilização de iv) Encaminhamento dos resíduos produzidos para operadores au-
recursos hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente ou, torizados para a sua valorização ou eliminação, assegurando que o seu
no caso de rejeição águas residuais domésticas no solo, e se tal for a transporte é acompanhado, até à entrada em vigor das e-GAR (Guia
23006 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

de Acompanhamento de Resíduos Eletrónica), por guia preenchida em ANEXOS


triplicado, em Modelo n.º 1428 da Imprensa Nacional-Casa da Moeda;
v) Registo no sistema integrado de registo eletrónico de resíduos
(SIRER) a efetuar no prazo de um mês após o inicio da atividade ou I — LEGISLAÇÃO
do funcionamento do estabelecimento, bem como registo anual da
informação relativa à produção de resíduos, por código da Lista Eu- ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
ropeia de Resíduos, até 31 de março do ano seguinte ao do ano civil • Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
a reportar caso o estabelecimento produza qualquer quantidade de
resíduos perigosos ou produza resíduos não urbanos e empregue mais Aprova o Sistema da Indústria Responsável (SIR)
de 10 trabalhadores;
ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
b) Aderir a um sistema de gestão que assegure o cumprimento do • Regulamento (CE) n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do
princípio da responsabilidade alargada do produtor. Conselho, de 28 de janeiro
2.4.3.3 — Ruído ambiente Estabelece os princípios e normas gerais da legislação alimentar, cria
a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabelece
O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 9/2007, de 17 de janeiro, será aplicável às instalações agroindustriais procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios
caso estas consubstanciem, no caso de alterações de uma instalação
• Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do
existente, ou venham a consubstanciar, no caso de novas instalações, o
conceito de "atividade ruidosa permanente" conforme definição cons- Conselho, de 29 de abril
tante da alínea a) do artigo 3.º do RGR. Ou seja, o ruído produzido Relativo à higiene dos géneros alimentícios
pela instalação existente, terá de ser, pelo menos, audível (avaliação
qualitativa) junto de um ou mais recetores sensíveis (edifício habita- • Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do
cional, escolar, hospitalar ou similar ou espaço de lazer, com utilização Conselho, de 29 de abril
humana). Caso a condição anterior se verifique, deve evidenciar o cum-
primento dos requisitos acústicos estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º Estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros ali-
do RGR, apresentando à entidade coordenadora do licenciamento uma mentícios de origem animal
avaliação acústica (n.º 9 do artigo 13.º do RGR) que reveste a forma
de ensaio acústico a realizar junto do ou no recetor e, caso aplicável, a • Regulamento (CE) n.º 999/2001 do Parlamento Europeu e do
apresentação de medidas de prevenção e controlo do ruído. Conselho, de 22 de maio
Para novas instalações, terá que ser realizado um estudo previsional Estabelece regras para a prevenção, o controlo e a erradicação de
que demonstre a viabilidade do cumprimento dos requisitos acústicos determinadas encefalopatias espongiformes transmissíveis
estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º do RGR sob condições normais
de funcionamento da instalação agroindustrial. • Regulamento (CE) n.º 2073/2005, da Comissão, de 15 de no-
vembro
2.5 — FLEXIBILIDADE
Relativo a critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimen-
Eventuais desvios às condições de instalação e exploração constantes tícios
do presente título poderão ser admitidos, uma vez demonstrada pelo
industrial a sua compatibilidade com os objetivos relativos à segurança • Regulamento (CE) n.º 1069/2009, do Parlamento Europeu e do
alimentar, segurança e saúde no trabalho e ambiente prosseguidos pela Conselho, de 21 de outubro
legislação aplicável.
Define regras sanitárias relativas a subprodutos animais e produtos
(1) Nos termos do Regulamento (CE) n.º 999/2001 do Parlamento derivados não destinados ao consumo humano
Europeu e do Conselho, de 22 de maio
(2) Nos termos do Regulamento (CE) n.º 999/2001 do Parlamento • Regulamento (CE) n.º 37/2005, da Comissão, de 12 de janeiro
Europeu e do Conselho, de 22 de maio
(3) Os locais de manipulação de géneros alimentícios compreendem Relativo ao controlo das temperaturas nos meios de transporte e nas
os locais onde os alimentos são manuseados, preparados e armazenados. instalações de depósito e armazenagem de alimentos ultracongelados
(4) HACCP — Hazard Analysis and Critical Control Points (em por- destinados à alimentação humana
tuguês "APPCC — Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo")
é um método sistemático e documentado de controlo de segurança • Portaria n.º 1129/2009, de 1 de outubro
alimentar, concebido para prevenir, eliminar e ou detetar perigos. Relativa ao controlo metrológico dos instrumentos de medição e
(5) Devem ser consideradas as recomendações constantes no docu- registo da temperatura a utilizar nos meios de transporte nas instalações
mento de orientação sobre a aplicação de procedimentos baseados nos de depósito e armazenagem dos alimentos a temperatura controlada
princípios HACCP e sobre a simplificação da aplicação dos princípios
HACCP, disponível em http://ec.europa.eu/food/food/biosafety/hygie- ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
nelegislation/guidance_doc_haccp_pt.pdf.
(6) O fluxograma constante no anexo II é meramente indicativo e • Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro
inclui, complementarmente, um conjunto de boas práticas de higiene Aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho
que devem ser observadas durante a laboração. nos Estabelecimentos Industriais
(7) O serviço externo é desenvolvido por entidade autorizada pela
ACT (no âmbito da segurança no trabalho) e pela DGS (no âmbito • Portaria n.º 702/80, de 22 de setembro
da saúde no trabalho) que, mediante contrato com o empregador, por
escrito, realiza as atividades principais (descritas no artigo n.º 98.º da Altera a Portaria n.º 53/71 de 03 de fevereiro, que aprova o Regula-
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro), que visam prevenir os riscos mento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos
profissionais e promover a segurança e saúde dos trabalhadores. Industriais
(8) No estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distan-
ciados até 50 km do de maior dimensão, que empregue no máximo • Portaria n.º 1081/91, de 24 de outubro
9 trabalhadores, as atividades de segurança no trabalho podem ser Estabelece regras uniformes de fabrico e de montagem de termoa-
exercidas diretamente pelo próprio empregador, ou por um ou mais cumuladores elétricos
trabalhadores designados, se possuírem formação adequada, dis-
puserem de tempo e de meios e permanecerem habitualmente no • Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro
estabelecimento. O exercício desta atividade depende de autorização
expressa da ACT a requerer em modelo próprio disponível no sítio Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde nos
eletrónico desta entidade. locais de trabalho
(9) No caso de abastecimento de água para consumo humano, só é
• Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro
admissível o recurso a este tipo de captação se a rede pública não se
encontrar disponível, ou seja, se a mesma se encontrar a uma distância Estabelece a regulamentação das prescrições mínimas de segurança
superior a 20 metros do estabelecimento a servir. e saúde nos locais de trabalho
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23007

• Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de setembro Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde na mo-
• Portaria n.º 1450/2007 de 12 de novembro
vimentação manual de cargas.
Fixa as regras do regime de utilização dos recursos hídricos
• Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de outubro
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde dos • Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de junho
trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual Estabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos
• Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho • Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de agosto
Estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de segurança Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo
e de saúde no trabalho humano
• Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de dezembro ▪ Resíduos
Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e utilização da • Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republi-
sinalização de segurança e de saúde no trabalho cado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho
• Portaria n.º 460/2001, de 8 de maio Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
Aprova o Regulamento de Segurança das Instalações de Armazena- • Portaria n.º 335/97, de 16 de maio
gem de GPL com capacidade até 200 m3
Fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do
• Despacho n.º 22 333/2001, de 30 de outubro território nacional
Aprova a instrução técnica complementar para reservatórios de GPL ▪ Ruído Ambiente
• Decreto-Lei n.º 236/2003, de 30 de setembro • Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro
Estabelece as prescrições mínimas destinadas a promover a melhoria Regulamento Geral do Ruído
da proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores suscetíveis de
exposição a riscos derivados de atmosferas explosivas no local de
trabalho. II — FLUXOGRAMA

• Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro


Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde para a
utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho,

• Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de dezembro


Estabelece os procedimentos de aprovação das regras técnicas das
instalações elétricas de baixa tensão

• Portaria n.º 949-A/2006, de 29 de dezembro


Aprova as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão

• Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro


Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edi-
fícios, abreviadamente designado por SCIE

• Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro


Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em
Edifícios (SCIE)

• Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro


Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segu-
rança e saúde no trabalho

• Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho


Aprova o novo regulamento de instalação, de funcionamento, de
reparação e de alteração de equipamentos sob pressão

• Informação Técnica n.º 1/2010 da Direção-Geral de Saúde


Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros (disponível
em www.dgs.pt, micro site de saúde ocupacional)

• Documento de Referência da Segurança e Saúde do Trabalho


(SST): ACT/DGS, dezembro, 2013 Texto de apoio ao Fluxograma
Atuação dos Industriais no âmbito do SIR
Receção de matérias-primas
ܿ AMBIENTE
√ A receção das carnes deve possibilitar a sua transferência rápida
▪ Recursos Hídricos para o local de armazenagem frigorífica, assegurando a manutenção
• Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo da cadeia de frio.
Decreto-Lei n.º 130/2012 de 22 de junho √ No momento de receção, deve proceder-se ao controlo das matérias-
Aprova a Lei da Água, estabelecendo as bases e o quadro institucional -primas, relativamente aos seguintes aspetos:
para a gestão sustentável das águas. i. Inspeção sensorial, de forma a verificar se os alimentos se apre-
sentam em bom estado, sem apresentarem contaminações ou outras
• Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio alterações que possam comprometer a sua utilização;
23008 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

ii. A temperatura das carnes deve apresentar-se a uma temperatura Ultracongelação e congelação de carne picada
inferior ou igual aos seguintes valores: e dos preparados de carne
• Carne refrigerada de ungulados: 7°C √ Imediatamente após a sua produção, a carne picada e os preparados
• Miudezas refrigeradas de ungulados: 3°C de carne devem ser acondicionados e embalados e:
• Carne refrigerada de aves e coelhos: 4°C
• Miudezas refrigeradas de aves e coelhos: 4°C i. Refrigerados até uma temperatura interna não superior a 2°C para
a carne picada e a 4°C para os preparados de carne ou
iii. Verificada da documentação de acompanhamento; ii. Congelados a uma temperatura interna não superior a – 18°C.
iv. Verificação dos prazos de validade e da indicação do lote;
v. Verificação da marca de salubridade ou da marca de identificação Aposição da marca de identificação
das carnes e a rotulagem obrigatória da carne de bovino.
√ A marca de identificação, que contém o Número de Controlo
√ Os procedimentos de rastreabilidade começam na receção das Veterinário do estabelecimento, deve ser aposta antes de os produtos
matérias-primas, sendo importante proceder à verificação e registo deixarem o estabelecimento;
do lote de origem. √ A marca pode ser aposta diretamente nos produtos, no invólucro
ou na embalagem, ou ser impressa num rótulo aposto no produto, no
invólucro ou na embalagem. A marca pode também ser constituída por
Armazenagem uma etiqueta não amovível feita de um material resistente.
√ Após a receção, as carnes devem ser armazenadas numa câmara √ No caso das embalagens que contenham carne cortada ou miu-
frigorífica que permita a sua conservação a temperatura adequada. dezas, a marca deve ser aposta num rótulo fixado ou impresso na
A forma de colocação das carnes nas câmaras deve permitir que o ar embalagem de forma a que seja destruído aquando da sua abertura.
circule entre as peças e sem que as mesmas sejam encostadas às pare- Todavia, este requisito não é necessário se o processo de abertura
des. A temperatura de conservação deve ser monitorizada e mantida destruir a embalagem.
sob controlo. √ Para os produtos colocados em contentores de transporte ou em
√ Nos locais onde são armazenados géneros alimentícios (incluindo grandes embalagens e destinados a subsequente manuseamento, trans-
condimentos, aditivos e vegetais), não devem ser armazenados materiais formação, acondicionamento ou embalagem noutro estabelecimento,
ou produtos que os possam contaminar. a marca pode ser aposta na superfície externa do contentor ou da em-
√ A carne exposta deve ser armazenada separadamente da carne balagem.
embalada, a menos que seja armazenada de forma a que o material de √ Quando a marca for diretamente aposta nos produtos de origem
embalagem e o modo de armazenagem não possam ser uma fonte de animal, as cores utilizadas devem ser autorizadas em conformidade
contaminação para a carne. com as regras comunitárias sobre a utilização de substâncias corantes
√ No local onde são armazenados os produtos de limpeza e desinfe- nos géneros alimentícios.
ção não devem ser armazenados ou manipulados géneros alimentícios,
materiais de embalagem ou outros materiais que possam vir a entrar Acondicionamento e embalagem
em contacto com os géneros alimentícios.
√ A montagem das caixas de embalagem deve ser executada numa
zona em que não estejam presentes géneros alimentícios, de forma a
Congelação e descongelação não promover a sua contaminação.
√ A carne destinada à congelação deve ser congelada sem demoras √ As caixas de acondicionamento do produto devem ser introduzidas
injustificadas. na zona de embalagem já montadas.
√ A descongelação das carnes deve ocorrer numa câmara de refrige-
ração. Os líquidos de escorrimento resultantes da descongelação devem Expedição e transporte
ser adequadamente drenados.
√ A expedição e o transporte das carnes preparadas, da carne picada
e dos preparados de carne devem ser efetuados de forma a não permitir
Preparação e fabrico de carne picada a contaminação dos produtos.
e preparados de carne √ As condições de temperatura das carnes preparadas, da carne
√ Os procedimentos devem ser concebidos e executados de modo a picada e dos preparados de carne devem ser mantidas durante o seu
evitar a evitar ou minimizar a contaminação, nomeadamente: transporte.
√ Até à fase em que os produtos são embalados e rotulados para
i. A carne deve ser introduzida nas salas de trabalho à medida que o consumidor final ou utilizados para transformação ulterior, as in-
for sendo necessário; formações seguintes são postas à disposição do operador ao qual são
ii. Durante a preparação, o acondicionamento e a embalagem, a fornecidos os produtos:
carne de ungulados, as miudezas de ungulados e a carne de aves e de
coelhos devem manter-se a uma temperatura igual ou inferior a 7°C, a) A data de produção;
3°C e 4°C, respetivamente; b) A data de congelação, se for diferente da data de produção.
iii. Se se proceder à preparação de carne de diferentes espécies,
devem ser tomadas precauções para evitar a contaminação cruzada, SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL (SIR)
se necessário por separação, no espaço ou no tempo, das operações
relativas à diferentes espécies;
TÍTULO PADRONIZADO INTEGRADO (TPI)
√ A preparação dos vegetais deve ser realizada de modo higi-
énico e todos os procedimentos devem evitar a contaminação do FABRICO DE PRODUTOS À BASE DE CARNE
produto.
√ Após a preparação do aditivo, este deve ser acondicionado em
NOTA PRÉVIA
material destinado a entrar em contacto com géneros alimentícios e
armazenado em condições que não permitam a sua contaminação, caso • O Título Padronizado Integrado (TPI) de instalação e exploração
não seja usado imediatamente. de estabelecimento industrial de fabrico de produtos à base de carne
√ Após a preparação do condimento, este deve ser acondicionado (adiante designado por título), contém as condições padrão de instalação
em material destinado a entrar em contacto com géneros alimentícios e exploração de estabelecimento industrial nos domínios da segurança
e armazenado em condições de refrigeração, caso não seja usado ime- alimentar, segurança e saúde no trabalho e ambiente para efeitos de
diatamente. exercício desta atividade.
√ Quando tiver sido preparada a partir de carne refrigerada, a carne • A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento
picada deve ser preparada: industrial de fabrico de produtos à base de carne constitui uma opção
do industrial, a qual, uma vez exercida, o habilita ao exercício desta
i. No caso das aves de capoeira, num prazo que não exceda três dias
atividade mediante o cumprimento das condições padrão definidas no
após o abate;
presente título, sem prejuízo da respetiva eficácia estar condicionada:
ii. No caso de outros animais, num prazo que não exceda seis dias
após o abate; ▪ À obtenção prévia, do alvará de utilização emitido pela câmara
iii. Que não exceda 15 dias após o abate dos animais, no caso da territorialmente competente ou verificado o respetivo deferimento tácito.
carne de bovino desossada e embalada no vácuo. O título de utilização em referência deverá reportar expressamente o
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23009

uso industrial da instalação, salvo os estabelecimentos industriais en- 2.4.3.3 — Emissão para o ar
quadráveis na parte 2-A e ou 2-B do Anexo I ao SIR, em que se aplicam 2.4.3.4 — Ruído ambiente
os critérios fixados no n.º 6 e 7 do artigo 8.º do SIR; 2.5 — FLEXIBILIDADE
▪ À apreciação positiva de cópia da apólice de seguro de responsa- ANEXOS
bilidade civil aplicável aos estabelecimentos tipo 2, como previsto no I — LEGISLAÇÃO
artigo 4.º do SIR.
ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
industrial de fabrico de produtos à base de carne não dispensa, em ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
qualquer caso, a aprovação do estabelecimento em causa pela autori- ܿ AMBIENTE
dade responsável pela segurança alimentar, mediante vistoria a realizar ܿ LICENCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS
previamente ao início de exploração, em cumprimento do disposto no
artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu 1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO
e do Conselho, de 29 de abril. 1.1 — O presente título é aplicável à atividade de fabrico de
• Pode solicitar a aplicação deste título, qualquer operador que sub- produtos à base de carne, enquadrável na CAE 10130, exercida em
meta um processo de licenciamento enquadrável nos regimes de co- estabelecimento industrial de tipo 2 e 3, na aceção do artigo 11.º
municação prévia com prazo e mera comunicação prévia. do SIR, com exceção do fabrico de produtos à base de carne em
conserva.
1.2 — Quando o estabelecimento industrial se enquadrar no
Índice tipo 2 e se encontrar abrangido pelo regime jurídico de emis-
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO são de gases com efeito de estufa, ou pelo regime jurídico das
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- operações de gestão de resíduos, em caso de adesão ao presente
RAÇÃO título, deverá ainda obter, respetivamente, o título de emissão de
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL gases com efeito de estufa (TEGEE) ou o alvará ou parecer para
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES as operações de gestão de resíduos, nos termos das respetivas
2.2.1 — Princípios gerais legislações aplicáveis.
2.2.2 — Localização 1.3 — A atividade de fabrico de produtos à base de carne compreende
2.2.3 — Conceção a receção de carnes e das outras matérias-primas, a sua preparação e
2.2.4 — Requisitos Dimensionais transformação, seguida do acondicionamento e embalagem, armaze-
2.2.5 — Pavimento nagem e expedição dos produtos.
2.2.6 — Paredes 2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO-
2.2.7 — Tetos RAÇÃO
2.2.8 — Portas 2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL
2.2.9 — Janelas A listagem da legislação de enquadramento das condições padrão
2.2.10 — Instalações sociais abaixo definidas consta em anexo ao presente título.
2.2.11 — Iluminação
2.2.12 — Ventilação 2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES
2.2.13 — Instalação elétrica 2.2.1 — Princípios gerais
2.2.14 — Sinalização de segurança
2.2.15 — Águas de abastecimento O estabelecimento industrial deve ser concebido de forma a assegurar
2.2.16 — Águas residuais a higiene e segurança dos géneros alimentícios, bem como a segurança e
2.2.17 — Águas pluviais a saúde dos trabalhadores e a proteção do ambiente, devendo o respetivo
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS projeto de construção ser elaborado na perspetiva de:
2.3.1 — Caraterísticas dos materiais a) Permitir a manutenção, limpeza e desinfeção adequadas;
2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos b) Facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica
2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali- das operações;
mentícios c) Evitar a contaminação por via atmosférica, a acumulação de su-
2.3.4 — Dispensador de água potável jidade, o contacto com materiais tóxicos, a queda de partículas nos
2.3.5 — Contentores para colocação de subprodutos géneros alimentícios bem como a formação de condensações e bolores
2.3.6 — Equipamento para lavagem e desinfeção do calçado nas superfícies;
2.3.7 — Equipamentos frigoríficos d) Possibilitar a aplicação de boas práticas de higiene e a existência
2.3.8 — Embalagens de condições adequadas de manuseamento e de armazenagem a tem-
2.3.9 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa- peratura controlada;
mentos e) Possibilitar o controlo de pragas e de animais indesejáveis;
2.3.9.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador f ) Garantir as condições de trabalho adequadas à prevenção dos
2.3.9.2 — Máquinas riscos profissionais;
2.3.9.3 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa-
g) Garantir a proteção e a promoção da saúde dos trabalhadores.
mentos de trabalho
2.3.9.4 — Elevação e transporte de materiais 2.2.2 — Localização
2.3.9.5 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho
2.3.9.6 — Equipamentos de proteção individual O estabelecimento deve localizar-se em zona livre de fontes de con-
2.3.9.7 — Material de primeiros socorros taminação. A área circundante das instalações deve estar limpa.
2.3.9.8 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios
2.3.9.9 — Armazenagem de combustíveis 2.2.3 — Conceção
2.3.9.10 — Equipamentos sob pressão O estabelecimento deve ser concebido de modo a permitir a marcha
2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS para diante das operações e impedir retrocessos ou cruzamentos.
2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar O estabelecimento deve dispor de:
2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP
2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP a) Uma zona de receção de matérias-primas, concebida de modo a
2.4.1.3 — Rastreabilidade minimizar a contaminação por via atmosférica, pela entrada de gases
2.4.1.4 — Subprodutos de origem animal do escape, de poeiras e de insetos e a evitar a entrada de pessoas inde-
2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho vidamente fardadas e higienizadas;
2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no b) Câmara(s) frigorífica(s) para a armazenagem separada da carne
trabalho embalada e da carne exposta, exceto quando estas forem armazenadas
2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade em momentos diferentes ou de forma a que o material de embalagem
2.4.2.3 — Condições ergonómicas e o modo de armazenagem não possam ser fonte de contaminação para
2.4.2.4 — Prevenção de riscos profissionais a carne, dotada(s) de via(s) aérea(s) se forem armazenadas carcaças,
2.4.3 — Ambiente meias carcaças ou quartos de carcaças, munidas de equipamentos de
2.4.3.1 — Recursos hídricos frigorificação que permitam a manutenção das carnes às temperaturas
2.4.3.2 — Resíduos referidas no ponto 2.3.7.;
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c) Um local para a armazenagem de condimentos, aditivos e outras ii) Um local climatizado, para a desenformagem e acondicionamento
matérias-primas, munido de armário ou prateleiras. Se os condimentos dos fiambres que não sejam cozidos em saco;
ou os aditivos forem preparados neste local, deve existir uma mesa jj) Câmara de refrigeração para armazenagem de produto final.
de trabalho; Para o fabrico de presunto, o estabelecimento deve dispor de:
d) Um local para a armazenagem de lenha, no caso de os fumeiros
serem aquecidos a lenha. A localização deste local e o circuito da lenha kk) Um local para a armazenagem de sal;
no estabelecimento devem evitar a contaminação dos alimentos; ll) Uma câmara frigorífica de refrigeração destinada à salga;
e) Um local para armazenagem de materiais de acondicionamento mm) Um local para escovagem e lavagem pós salga;
e de embalagem. A sua localização deve permitir a ligação às zonas nn) Um local para o arredondamento e aparagem;
de acondicionamento e embalamento sem passagem pelas zonas de oo) Câmaras de cura e ou câmaras de clima;
receção de carcaças e de preparação. As características do local de pp) Uma sala de limpeza dos presuntos e desossa;
armazenagem devem permitir assegurar que os materiais de embalagem qq) Um local para armazenagem de produto acabado.
não são contaminados;
f) Um local para armazenagem de detergentes, desinfetantes e outros 2.2.4 — Requisitos Dimensionais
produtos químicos, em condições de segurança, segregado do armaze- a) A dimensão do estabelecimento e dos seus compartimentos deve
namento dos alimentos produzidos; facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica das
g) Uma sala para a desmancha, preparação, picagem das carnes e operações e permitir a aplicação de boas práticas de higiene, não po-
tempero, munida de meios de frigorificação que permitam que a carne dendo, em qualquer caso, a área mínima útil de trabalho ser inferior a
se mantenha às temperaturas referidas no ponto 2.3.7.; 1,80 m2 por trabalhador.
h) Uma sala destinada à fatiagem dos produtos finais, se esta operação b) O pé direito mínimo do estabelecimento deve ser de 3 metros sendo
for efetuada no estabelecimento; que, na zona dos fornos, deve dispor-se de uma distância mínima de
i) Um local destinado ao acondicionamento e embalagem dos pro- 2 metros até ao teto ou às partes inferiores das coberturas.
dutos finais, munido de mesa(s) de trabalho; c) A cubagem mínima de ar por trabalhador é de 11,50 m3 podendo
j) Uma zona de expedição dos produtos finais, concebida de modo ser reduzida para 10,50 m3 caso se verifique uma boa renovação.
a minimizar a contaminação por via atmosférica, pela entrada de ga- Para determinação da cubagem mínima não são considerados os
ses do escape, de poeiras e de insetos e a evitar a entrada de pessoas volumes de móveis, máquinas ou quaisquer outros materiais exis-
indevidamente fardadas e higienizadas; tentes no local.
k) Câmara(s) frigorífica(s) para armazenagem dos produtos finais, d) As vias de circulação interiores, incluindo as de emergência, devem
se os produtos finais forem expedidos refrigerados; ter uma largura mínima de 0,90 m de modo a permitir a circulação fácil
l) Uma sala destinada à limpeza e desinfeção dos utensílios e equipa- e segura das pessoas. Se estas vias de circulação apresentarem riscos
mentos, que deve dispor de um abastecimento adequado de água quente de queda em altura, devem existir resguardos laterais com uma altura
e fria e de um sistema de desinfeção dos utensílios (facas e outros) com mínima de 0,90 m e, se necessário, rodapé com uma altura mínima
água quente que atinja, no mínimo, 82°C ou de um sistema alternativo de 0,14 m.
de efeito equivalente; e) As escadas fixas devem ter uma largura mínima de 0,90 m e possuir
m) Um local para armazenagem dos utensílios depois de lavados; corrimão não interrompido nos patamares, sendo os degraus em piso
n) Uma sala para a venda ao público, caso esta atividade seja efetuada antiderrapante, ou contendo tiras abrasivas junto ao bordo, e proteções
no estabelecimento, concebida de modo a impedir a entrada de pessoas
com uma altura mínima de 0,90 m.
indevidamente fardadas e higienizadas nas zonas de laboração;
f) Os intervalos entre máquinas, instalações ou materiais devem ter
o) Uma zona de vestiário e instalações sanitárias que, pela sua loca-
uma largura de, pelo menos, 0,60 m.
lização e conceção, asseguram o circuito adequado dos trabalhadores
e permitem o seu fardamento e a sua higienização, antes da entrada das g) Os compartimentos onde estão instaladas as retretes devem ter
zonas de laboração (vide 2.2.10). as dimensões mínimas de 0,80 m de largura por 1,30 m de profun-
Para o fabrico de enchidos curados, fumados ou escaldados, o esta- didade.
belecimento deve dispor de: h) No caso de estabelecimentos que empreguem mais de 25 traba-
lhadores, as instalações de vestiário, cabinas de chuveiro e lavatórios
p) Uma câmara de refrigeração para a maturação das massas; anexos, no seu conjunto, devem dispor de uma área não inferior à
q) Um local para dessalga da tripa salgada, se se proceder a esta correspondente a 1 m2 por utilizador.
operação;
r) Uma sala de enchimento, que poderá ser a mesma referida na 2.2.5 — Pavimento
alínea g) desde que o espaço e a implantação dos equipamentos per-
mitam a separação das operações e a marcha para diante; a) O pavimento do estabelecimento deve ser fixo, estável, antiderra-
s) Câmaras de secagem, câmaras de cura e ou fumeiros, consoante pante e sem inclinações perigosas, saliências e cavidades.
as operações realizadas no estabelecimento; b) Nos locais de manipulação dos géneros alimentícios (1) o pavi-
t) Uma zona destinada ao escaldão, munida de meios de extração de mento deve ser constituído por materiais impermeáveis, não absor-
vapor, se se proceder a esta operação no estabelecimento; ventes, laváveis, desinfetáveis e não tóxicos e dispor de drenagem
u) Sala(s) de estabilização do produto acabado; adequada, devendo apresentar uma inclinação ligeira e uniforme
v) Um ou mais locais de armazenagem dos produtos acabados, que de 1 a 2 %.
assegure a sua conservação à temperatura adequada. c) Nas áreas adjacentes aos fornos e estufas, os pavimentos devem
Para o fabrico de alheiras, o estabelecimento deve dispor de: ainda ser construídos de materiais incombustíveis e resistentes ao fogo.
w) Um local para a armazenagem do pão; 2.2.6 — Paredes
x) Um local destinado à preparação (onde a carne é desfiada e cozida
e o pão é escaldado), munida de meios de extração de vapor; a) As paredes interiores do estabelecimento devem ser lisas, de fácil
y) Uma sala de enchimento que poderá ser a mesma referida na limpeza e pintadas de cores claras não brilhantes.
alínea anterior desde que o espaço e a implantação dos equipamentos b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as paredes
permitam a separação das operações e a marcha para diante; devem ainda ser revestidas de materiais impermeáveis, laváveis, não
z) Uma sala destinada à fumagem/secagem; absorventes e não tóxicos.
aa) Câmara frigorífica de refrigeração, destinada à armazenagem c) As paredes e partes exteriores dos fornos e estufas devem estar
do produto acabado. isoladas termicamente ou protegidas de contacto acidental.
Para o fabrico de produtos cozidos, o estabelecimento deve dispor de:
2.2.7 — Tetos
bb) Um local destinado à preparação da salmoura;
cc) Um local climatizado destinado à injeção e tenderização; a) Os tetos devem apresentar-se lisos, de fácil limpeza, pintados ou
dd) Uma câmara frigorífica de refrigeração com bombos de massa- revestidos de cor clara e de material incombustível.
gem ou um local climatizado, no caso de os bombos terem circuito de b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, os tetos e os
refrigeração incorporado; equipamentos neles montados devem ser construídos de modo a facilitar
ee) Um local climatizado, para o enchimento dos sacos ou das formas, a sua higienização, a evitar o desenvolvimento de fungos, a acumulação
consoante a tecnologia utilizada; de poeiras e o desprendimento de partículas que de qualquer forma
ff) Um local para a prensagem; possam vir a contaminar os alimentos.
gg) Uma sala para as estufas de cozedura; c) A junção entre o teto e as paredes não deve exibir aberturas des-
hh) Câmara frigorífica para o arrefecimento das formas após co- protegidas, de modo a minimizar a contaminação por via atmosférica,
zedura; pela entrada de fumos, gases, poeiras, insetos e outros animais.
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2.2.8 — Portas ▪ 50 m2 + 0,55 m2 por pessoa a mais, entre 75 e 149 trabalhadores;


a) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as portas ▪ 92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre 150 e 499 trabalhadores;
devem apresentar as seguintes características: ▪ 225 m2 + 0,40 m2 por pessoa a mais, para 500 ou mais trabalhadores.

• Devem ser lisas, constituídas de materiais não absorventes, facil- • Devem ter mesas e cadeiras ou bancos, em número correspondente
mente laváveis e desinfetáveis; ao máximo de trabalhadores que podem utilizá-los ao mesmo tempo.
• Devem possuir sistemas de fecho adequado e eficiente de forma
a permitir o seu ajuste ao pavimento e às paredes, sempre que abram 2.2.11 — Iluminação
diretamente para o exterior, designadamente as das zonas de receção
a) Deve ser assegurada uma correta intensidade de luz (natural e ou
de matérias-primas e de expedição;
artificial) nas diferentes áreas do estabelecimento, incluindo nas zonas
• Devem ser isotérmicas nas ligações entre as zonas que carecem de
de armazenagem e nas vias de circulação interiores.
temperatura controlada e as áreas quentes ou exteriores.
b) As lâmpadas existentes nas áreas de manipulação e armazenagem
b) As portas e os portões que sejam de funcionamento mecânico de géneros alimentícios devem possuir proteção antiqueda de partículas
devem possuir dispositivos de paragem de emergência facilmente iden- em caso de quebra.
tificáveis e acessíveis devendo, em caso de falha de energia, poder abrir-
-se automaticamente ou por comando manual. As portas e os portões 2.2.12 — Ventilação
basculantes devem ser transparentes ou possuir painéis transparentes a) Todas as áreas do estabelecimento devem estar equipadas com
com uma marca opaca a um nível facilmente identificável pelo olhar. sistemas de ventilação natural e ou forçada (mecânica) que garanta a
As portas e portões automáticos devem estar dotados de sistemas de exaustão de cheiros, fumos ou vapores e evite condensações e desen-
deteção de movimento (ex. células fotoelétricas) por forma a poderem volvimento de bolores, devendo o caudal médio de ar puro (ventilação)
parar automaticamente. ser de pelo menos 30 a 50 m3 por hora e por trabalhador.
c) As portas das vias de emergência deverão ser corta-fogo, estar b) O sistema de ventilação deve ser:
munidas de barras antipânico, abrir para o exterior e estarem devida-
mente sinalizadas. • Concebido de forma a evitar a circulação do ar das zonas sujas para
d) As portas e portões de correr devem possuir dispositivos de segu- as zonas limpas, designadamente da zona de preparação e condimen-
rança que os impeça de saltar das calhas ou cair. tação para a zona de transformação e embalagem;
e) Junto aos portões destinados à circulação de veículos devem existir • Construído de forma a proporcionar um acesso fácil aos filtros e a
portas para peões, sinalizadas e permanentemente desobstruídas. outras partes que necessitem de limpeza ou de substituição.
f) As portas das vias de emergência deverão ser resistentes ao fogo
e estar munidas de barras antipânico, abrir para o exterior e estarem c) Nas zonas onde se procede à fumagem e cozedura devem instalar-
devidamente sinalizadas e disporem de iluminação de segurança. -se cúpulas ou bocas de aspiração ligadas a condutas de evacuação.

2.2.9 — Janelas 2.2.13 — Instalação elétrica


a) As características das janelas e das claraboias devem permitir o A instalação elétrica deve cumprir as regras técnicas das instala-
seu funcionamento em segurança, com isolamento térmico e possibi- ções elétricas previstas na legislação específica aplicável, incluindo
lidade de ajuste de abertura, dispondo de dispositivos de controlo da as seguintes:
incidência dos raios solares. a) Todas as instalações deverão estar dotadas de terra de proteção;
b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as janelas b) Os quadros elétricos deverão:
e outras aberturas, pela sua conceção e construção, devem evitar a
acumulação de sujidade e dispor, quando abram para o exterior, de • Ser de fácil acesso e estar permanentemente desobstruídos;
redes mosquiteiras, removíveis para permitir a sua limpeza, ou de outro • Ter portas fechadas à chave e dotadas de sinalização de aviso de
sistema que previna a entrada de pragas. perigo de eletrocussão;
• Ser acedidos por pessoa competente;
2.2.10 — Instalações sociais • Estar instalados em local que não permita a entrada de água e
afastados de substâncias combustíveis e ou inflamáveis;
a) As instalações sanitárias: • Estar equipados com um disjuntor diferencial para proteção das
• Devem ser separadas ou de utilização separada por sexo, não de- pessoas, bem como com disjuntores magnetotérmicos para proteção
vendo comunicar diretamente com os locais de manipulação de géneros da instalação contra curto-circuitos e sobreaquecimentos;
alimentícios; • Estar equipados com disjuntores que permitam identificar o circuito
• Devem conter um lavatório fixo por cada grupo de 10 trabalhadores por eles alimentado.
que cessem simultaneamente o trabalho;
• Destinadas ao sexo masculino, devem conter uma retrete e um c) As tomadas e as fichas devem ser concebidas de forma a que não
urinol; seja possível o contacto direto com as partes ativas antes, durante e
• Destinadas ao sexo feminino, devem conter uma retrete por cada depois da inserção da tomada. Nos locais onde se verifique a possibi-
grupo de 15 trabalhadoras que cessem simultaneamente o trabalho. lidade de contacto com a água, as infraestruturas elétricas deverão ser
estanques e assegurar a proteção adequada.
b) Os compartimentos, onde estão instaladas as retretes, devem d) A instalação elétrica deve encontrar-se em bom estado de conser-
possuir tiragem de ar direta para o exterior, com porta independente a vação, nomeadamente sem fios descarnados, sem ruturas nos cabos e
abrir para fora e provida de fecho. sem fichas ou tomadas partidas.
c) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e e) Os equipamentos de trabalho (máquinas e ferramentas elétricas
de toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos. portáteis) devem garantir a proteção dos trabalhadores contra os riscos
d) A zona destinada aos vestiários deve comunicar diretamente com de contacto direto ou indireto com a eletricidade.
as cabinas de chuveiro e os lavatórios, ser separada por sexos e dispor
de armários individuais munidos de fechadura ou cadeado. 2.2.14 — Sinalização de segurança
e) Os chuveiros devem existir na proporção de 1/10 trabalhadores O estabelecimento deve dispor de sinalização de segurança em todos
que possam vir a utilizá-los simultaneamente, com água quente e fria, os pontos convenientes, (sinais de saída e de emergência, sinais res-
separados ou de utilização separada por sexo. peitantes a incêndios, sinais de obrigação, de proibição, de advertência
f) Refeitórios: de perigo, sinais para obstáculos, marcação de vias de circulação e
• Os estabelecimentos que empreguem 50 ou mais trabalhadores e iluminação de segurança).
aqueles em que lhe seja autorizado tomarem as suas refeições devem
dispor de uma sala destinada exclusivamente a refeitório, com meios 2.2.15 — Águas de abastecimento
próprios para aquecer a comida, não comunicando diretamente com a) O estabelecimento deve dispor de uma rede de água potável
locais de trabalho, instalações sanitárias ou locais insalubres; quente e fria que garanta o correto abastecimento a todos os lavatórios
• A superfície dos refeitórios deve ser calculada em função do número e dispositivos de lavagem.
máximo de pessoas que os possam utilizar simultaneamente, tendo em b) A água não potável, se for usada (no combate a incêndios, produção
conta o seguinte: de vapor ou refrigeração de equipamentos) deve circular em sistemas
▪ 18,5 m2 até 25 trabalhadores; separados, devidamente identificados, sem que haja ligação ou refluxo
▪ 18,5 m2+ 0,65 m2 por pessoa a mais, entre 26 e 74 trabalhadores; para o sistema de água potável.
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c) A utilização da água no estabelecimento deve ser otimizada de 2.3.7 — Equipamentos frigoríficos


forma a reduzir os consumos de água e os volumes de águas residuais
As câmaras frigoríficas devem dispor de:
industriais produzidas.
d) As atividades agroindustriais devem promover o uso eficiente a) Equipamentos frigoríficos capazes de manter a uma temperatura
da água, particularmente tendo em consideração as linhas de orienta- inferior ou igual a 4°C, 3°C ou 7°C a carne de aves, as miudezas de
ção do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), ungulados e as carnes de ungulados, respetivamente;
aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de b) Equipamentos frigoríficos capazes de manter os produtos finais
30 de junho. a temperaturas adequadas;
c) Equipamento frigorífico adequado à congelação de matéria-prima,
2.2.16 — Águas residuais caso se proceda a esta operação;
a) O sistema de drenagem de águas residuais deve assegurar a correta d) Dispositivos que permitam o controlo da temperatura a que os
drenagem dos pavimentos e estar munido de mecanismos que impeçam alimentos são conservados;
os refluxos. e) Iluminação e espaço suficiente para a inspeção e a manutenção
b) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização das águas dos condensadores;
residuais resultantes de processos de extração física (p. e., na indústria f) Portas com fechos que permitam a sua abertura tanto do exterior
dos óleos vegetais), de lavagem de produtos alimentares em bruto e como do interior, e no caso de disporem de fechadura, devem existir
operações de lavagem de embalagens e vasilhame, para outros fins como dispositivos de alarme, acionáveis no interior da câmara, que comu-
sendo nas lavagens das instalações fabris, para o uso agrícola na rega niquem com o exterior.
e para o transporte das matérias alimentares a processar.
2.3.8 — Embalagens
c) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização de água
com origem noutros processos existentes na unidade industrial ou no a) Os materiais de acondicionamento e embalagem, quando reu-
uso de água de qualidade inferior, para fins de lavagens de instalações tilizáveis, devem ser constituídos por materiais fáceis de limpar e
e de equipamentos. desinfetar.
b) Os materiais de acondicionamento e embalagem devem estar
2.2.17 — Águas pluviais armazenados de forma a prevenir contaminações cruzadas.
Sempre que possível deve ser promovida a recolha e a utilização
2.3.9 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa-
de águas pluviais, para fins de lavagens de instalações e de equipa-
mentos
mentos.
2.3.9.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS a) Os esquentadores devem ser instalados em locais ventilados, com
2.3.1 — Caraterísticas dos materiais exaustão de gases e fumos para o exterior e não devem ser instalados
Todos os utensílios, aparelhos, equipamentos e superfícies que entrem em locais fechados, nomeadamente em casas de banho, dispensas e
em contacto com os alimentos devem ser em material inoxidável, impu- garagens.
trescível, não poroso, não absorvente e não tóxico e devem apresentar b) A eventual armazenagem de garrafas de GPL deverá satisfazer
uma superfície lisa, lavável e desinfetável. as seguintes condições:
• É apenas permitida a existência de garrafas de GPL amovíveis, cheias
2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos ou vazias, desde que a sua capacidade global não exceda 1,500 dm3, por
a) Os equipamentos devem estar instalados de forma a permitir a metro quadrado de área útil da oficina ou nave industrial;
limpeza da área circundante. • No caso de utilização de garrafas amovíveis com capacidade unitária
b) Sempre que sejam utilizadas estantes, designadamente nas áreas inferior a 30 dm3, estas não devem ser agrupadas em mais de quatro
de armazenagem, estas devem estar estruturadas em função das cargas unidades por grupo.
previstas e estar afixadas às paredes e pavimento de forma a garantir
a sua estabilidade. c) Está impedida a instalação de aparelhos de GPL, tal como de
c) Os equipamentos e máquinas ruidosas devem dispor de elementos garrafas de GPL em espaços situados abaixo do nível do solo.
para redução de ruído na fonte (silenciadores, atenuadores, blocos de d) Caso a quantidade de GPL armazenada esteja sujeita a controlo
inércia, elementos antivibráticos) e devem estar isolados, sempre que prévio/licenciamento, o mesmo deve ser obtido nos termos da legis-
possível. lação aplicável.
e) Caso seja instalado termoacumulador, o industrial deverá estar na
2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali- posse de termo de responsabilidade técnica de montagem, garantindo-se
mentícios a utilização da proteção diferencial de alta sensibilidade.
a) Devem existir lavatórios de mãos localizados pelo menos nos 2.3.9.2 — Máquinas
seguintes locais: zona de receção de carnes, salas de preparação e sala
destinada à venda ao público; As máquinas instaladas devem satisfazer as exigências essenciais de
b) Os lavatórios devem ser dotados de água potável quente e fria, de segurança e saúde aplicáveis, incluindo declaração CE de conformidade,
sistema de acionamento não manual e devem drenar diretamente para marcação CE e manual de instruções em português.
a rede de esgotos, mediante ligação dotada de sifão.
2.3.9.3 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa-
c) Junto dos lavatórios devem existir dispositivos dispensadores de
mentos de trabalho
detergente e desinfetante das mãos, toalhetes individuais de papel ou
dispositivo de secagem de mãos. No caso de serem usados toalhetes Devem ser asseguradas verificações periódicas e extraordinárias dos
individuais, deve existir um contentor para colocação dos mesmos equipamentos de trabalho, incluindo o bom estado das fichas e o isola-
após utilização. mento dos condutores, devendo estar disponíveis registos que eviden-
ciem o cumprimento deste requisito, bem como os respetivos relatórios.
2.3.4 — Dispensador de água potável
2.3.9.4 — Elevação e transporte de materiais
O estabelecimento deve dispor de dispensador de água potável, sendo
proibido o uso de copos coletivos. Devem ser utilizados meios técnicos apropriados na carga, descarga,
circulação, transporte e armazenagem de materiais de modo a evitar,
2.3.5 — Contentores para colocação de subprodutos tanto quanto possível os esforços físicos.
O estabelecimento deve dispor de contentores para o acondiciona-
2.3.9.5 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho
mento de subprodutos, constituídos por materiais laváveis e desin-
fetáveis. Os contentores devem ser estanques, munidos de tampa e Os elementos móveis dos equipamentos de trabalho que possam
devem ostentar a menção, a azul, "Categoria 3 — Não destinado ao causar acidentes por contacto mecânico devem ter protetores que im-
consumo humano". peçam o acesso às zonas perigosas ou dispositivos que interrompam
o movimento dos elementos móveis antes do acesso a essas zonas.
2.3.6 — Equipamento para lavagem e desinfeção do calçado
2.3.9.6 — Equipamentos de proteção individual
No circuito entre os vestiários e a entrada na zona de laboração deve
existir um equipamento para lavagem e desinfeção do calçado, dotado Os equipamentos de proteção individual contra os riscos resultantes
de água potável corrente, munido de sistema de escoamento adequado. das operações efetuadas devem encontrar-se disponíveis para os traba-
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23013

lhadores. Estes equipamentos devem ser distribuídos individualmente d) Definir procedimentos de higienização e desinfeção das instala-
e, mantidos em adequadas condições de conservação e higiene. ções, equipamentos e utensílios;
e) Definir procedimentos de controlo do acesso às instalações por
2.3.9.7 — Material de primeiros socorros parte de animais domésticos e pragas;
O estabelecimento deve dispor de material de primeiros socorros de f) Definir um plano de controlo analítico, de acordo com a análise de
fácil acesso e devidamente sinalizado. risco, de superfícies, utensílios e equipamentos, produtos finais e água;
g) Definir procedimentos de supervisão e instrução e ou formação
2.3.9.8 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios do pessoal que manuseia os alimentos, em matéria de higiene dos
géneros alimentícios;
Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no h) Implementar boas práticas de fabrico.
Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios e
da adoção das medidas de autoproteção mínimas exigíveis, em função 2.4.1.3 — Rastreabilidade
da categoria de risco por utilização-tipo:
O industrial deve definir procedimentos que permitam identificar o
a) Devem existir meios de deteção adequados em zonas de produção fornecedor de um género alimentício, ou de qualquer outra substância
e armazenagem; destinada a ser incorporada num género alimentício ou com probabi-
b) Os meios de combate a incêndios devem estar disponíveis, ser os lidades de o ser e identificar outros operadores a quem tenham sido
adequados, encontrarem-se sinalizados e em condições operacionais. fornecidos os seus produtos, de forma a assegurar a rastreabilidade.
c) Na ausência de outro critério de dimensionamento devidamente
justificado, os extintores devem ser calculados à razão de: 2.4.1.4 — Subprodutos de origem animal
2
• 18 L de agente extintor padrão por 500 m ou fração de área de Constituem subprodutos de origem animal as seguintes matérias:
pavimento do piso em que se situem;
• Um por cada 200 m2 de pavimento do piso ou fração, com um a) Carnes e outros produtos de origem animal impróprios para con-
mínimo de dois por piso. sumo humano;
b) Produtos de origem animal resultantes do processo de fabrico, que
d) Os extintores devem ser convenientemente distribuídos, sinalizados não se destinem ao consumo humano (ossos, aparas, gorduras);
sempre que necessário e instalados em locais bem visíveis, colocados c) Produtos à base de carne que não se destinem ao consumo humano
em suporte próprio de modo a que o seu manípulo fique a uma altura por razões comerciais ou por problemas de fabrico.
não superior a 1,2 m do pavimento e localizados preferencialmente:
Os subprodutos devem ser recolhidos e colocados em equipamen-
• Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das tos que devem ser limpos e desinfetados após cada utilização (vide
câmaras corta-fogo, quando existam; ponto 2.3.5).
• No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas. Os subprodutos devem ser encaminhados para estabelecimentos
aprovados ou registados, que constam das listas divulgadas no sítio da
e) As cozinhas devem ser dotadas de mantas ignífugas em comple- Direção Geral de Alimentação e Veterinária em:
mento dos extintores.
http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/generic
2.3.9.9 — Armazenagem de combustíveis os?generico=157838&cboui=157838
Se no estabelecimento for efetuada armazenagem de GPL, combus- Até ao dia 31 de dezembro de 2014, os estabelecimentos que produ-
tíveis líquidos, outros derivados do petróleo, ou substituinte de produ- zem até 20 kg por semana de subprodutos referidos na alínea c) podem
tos de petróleo, deverá verificar-se o enquadramento no Decreto-Lei eliminar os mesmos como resíduos sólidos urbanos, por deposição no
n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto- contentor de recolha municipal. Esta disposição não se aplica à elimi-
-Lei n.º 217/2012, de 9 de outubro e, se for caso disso e em função da nação de carne fresca e de outros produtos crus de origem animal ou de
capacidade de armazenagem, obter-se o respetivo licenciamento ou géneros alimentícios contendo produtos crus de origem animal.
apresentar-se o processo previsto no artigo 21.º da Portaria n.º 151/2007, Durante o transporte, os subprodutos animais referidos no parágrafo
de 30 de novembro, junto da câmara municipal competente. anterior devem ser acompanhados da guia de acompanhamento de
subprodutos de origem animal modelo 376/DGV, que deve ser emitida
2.3.9.10 — Equipamentos sob pressão pelo estabelecimento de origem dos mesmos.
Se no estabelecimento forem instalados equipamentos sob pressão,
deverá verificar-se se os mesmos se encontram abrangidos pelo Decreto- 2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho
-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho e, se for caso disso, deverá proceder-se 2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no
ao respetivo registo e ao respetivo licenciamento. trabalho
O industrial deve organizar os serviços de segurança e saúde no tra-
2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS balho de acordo com as seguintes modalidades, previstas no artigo 74.º
2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro:
2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP (2)
a) Serviço externo (4), ou, quando legalmente admitido,
O industrial deve estabelecer um procedimento ou procedimentos b) Regime simplificado (atividade de segurança exercida pelo em-
baseados nos princípios HACCP. Deve existir uma abordagem funda- pregador ou por trabalhador designado). (5)
mentada aos perigos envolvidos nas operações, nomeadamente a sua c) Serviço comum
identificação, avaliação e formas de controlo e registo (3). Os processos
de transformação e de arrefecimento devem assegurar o controlo dos O serviço comum deve ser instituído por acordo, que deve ser cele-
perigos biológicos relevantes. brado por escrito, entre várias empresas ou estabelecimentos (pertencen-
tes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo nem sejam
2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP abrangidas pela obrigatoriedade de serviços internos) e contemplam
exclusivamente os trabalhadores por cuja segurança e saúde os empre-
Para efeitos de execução do disposto do ponto anterior, o industrial gadores subscritores do acordo sejam responsáveis.
deve: O acordo referido, carece de autorização da Autoridade para as Con-
a) Definir um fluxograma, que inclua todas as etapas do processo dições do Trabalho, (no âmbito da segurança no trabalho) e da Direção
de fabrico e a descrição pormenorizada das operações; Geral da Saúde (no âmbito da saúde no trabalho).
b) Dispor de planta com marcação dos circuitos funcionais de pessoal,
géneros alimentícios (matérias-primas, produtos intermédios, produto d) Serviço interno
final), matérias subsidiárias (lenha e material de acondicionamento e Este serviço deve ser instituído pelo empregador, abrange exclusi-
embalagem) e da rede de águas e esgotos; vamente os trabalhadores por cuja segurança aquele é responsável, faz
c) Definir procedimentos de controlo de matérias-primas, que assegu- parte da estrutura da empresa e funciona na sua dependência.
rem que provêm de estabelecimentos aprovados, que estão devidamente Esta modalidade é obrigatória para estabelecimentos com mais de
identificadas e ou rotuladas, que se apresentem a uma temperatura que 400 trabalhadores ou (conjunto de estabelecimentos distanciados da-
cumpra os valores definidos na legislação em vigor e que não apre- quele que ocupa maior número de trabalhadores e que, com este, tenham
sentem contaminações. No caso dos materiais de acondicionamento e pelo menos 400 trabalhadores) ou para estabelecimentos (ou conjunto
embalagem, o controlo deve assegurar que os materiais são próprios de estabelecimentos) que desenvolvam atividades de risco elevado a
para entrar em contacto com os géneros alimentícios; que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores.
23014 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa ou o estabe- saúde e conforto do trabalhador, contribuindo assim para o aumento da
lecimento, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades eficiência organizacional, pelo que:
de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de a) A disposição e dimensionamento dos postos de trabalho devem
instalações, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos ser adequados às exigências das tarefas a executar;
trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar b) Devem ser adotados os meios técnicos e organizacionais para
os contactos necessários com as entidades externas competentes para reduzir os esforços nas atividades de manuseamento de cargas, bem
realizar aquelas operações e as de emergência médica. como a repetibilidade de tarefas.
2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade 2.4.2.4 — Prevenção de riscos profissionais
As condições de temperatura e humidade dos locais de trabalho O estabelecimento deve dispor de um plano escrito de prevenção de
devem ser mantidas dentro dos limites convenientes para evitar danos riscos profissionais, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das
na saúde dos trabalhadores. atividades da empresa, a avaliação dos riscos e as respetivas medidas
de prevenção.
2.4.2.3 — Condições ergonómicas
Deve ser assegurada a formação, informação e sensibilização dos
A Ergonomia visa a conceção e ou correção de sistemas, máquinas e trabalhadores em matéria de exposição ao risco profissional.
postos de trabalho que sejam seguros e eficientes, adaptando o trabalho Na tabela seguinte, identificam-se as seguintes medidas pre-
ao Homem e tendo como objetivo fundamental, o aumento da segurança, ventivas:

ATIVIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS

RECEÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS . . . . • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA A MOVIMENTAÇÃO MANUAL


DE CARGAS, QUANDO ESTA FOR SUPERIOR A 20 KG;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE).

CONGELAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;


• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

ARMAZENAGEM (INCLUI CÂMARAS • ESTANTES E PRATELEIRAS ESTRUTURADAS E ESTABILIZADAS EM FUNÇÃO DAS


FRIGORIFICAS) CARGAS PREVISÍVEIS;
• O EMPILHAMENTO DE MATERIAIS, NOMEADAMENTE A LENHA, DEVE SER FEITO DE
FORMA SEGURA, TENDO EM ATENÇÃO QUE OS MATERIAIS DEVEM SER EMPILHA-
DOS SOBRE BASES RESISTENTES, NÃO DEVENDO A SUA ALTURA COMPROMETER
A ESTABILIDADE DA PILHA, A DISTRIBUIÇÃO DA LUZ NATURAL OU ARTIFICIAL,
A CIRCULAÇÃO NAS VIAS DE PASSAGEM, O FUNCIONAMENTO EFICAZ DE EQUI-
PAMENTOS OU DE MATERIAL DE LUTA CONTRA INCÊNDIOS, E NÃO DEVENDO
EXISTIR ELEMENTOS SALIENTES QUE POSSAM CAUSAR EMBATES OU TROPEÇÕES;
• UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES).

PREPARAÇÃO DE CONDIMENTO . . . . . • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES.

SALA DE PREPARAÇÃO DAS CARNES • COLOCAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE TRABALHO CORTANTE E PERFURANTE EM


E DA CONDIMENTAÇÃO. LOCAL RESERVADO E ADEQUADO.

TRATAMENTO TÉRMICO/FUMEIROS • VENTILAÇÃO DAS INSTALAÇÕES.

ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES.

ARMAZENAGEM E EXPEDIÇÃO A FRIO • DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E INSTA- • DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS PRODUTOS;


LAÇÕES (UTILIZAÇÃO DE DESINFE- • ADEQUADA ARMAZENAGEM E ROTULAGEM;
TANTES E DETERGENTES). • DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUADOS.

2.4.3 — Ambiente lização de produtos ou substâncias, assim como a utilizada na limpeza


2.4.3.1 — Recursos hídricos de superfícies, objetos e materiais que podem estar em contacto com
os alimentos deve ser igual à exigida para o consumo humano, exceto
a) Caso o estabelecimento utilize água proveniente de captação pró- quando a utilização dessa água não afeta a salubridade do género ali-
pria de águas superficiais ou subterrâneas (6) deve dispor de título de mentício na sua forma acabada. A utilização de captações próprias
utilização de recursos hídricos, ou do correspondente título padronizado, para os processos que interfiram com a salubridade dos alimentos só
se aplicável, ou parecer positivo à comunicação prévia, emitido pela é permitida se não houver a possibilidade de ligação à rede pública de
Agência Portuguesa do Ambiente. abastecimento, devendo ser implementado neste caso um sistema de
b) O disposto na alínea anterior deve ter em consideração o artigo 2.º tratamento necessário, ou nos casos das indústrias já existentes desde
do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, uma que a qualidade da que possuam um sistema de tratamento que comprovadamente produz
água utilizada para fabrico, transformação, conservação ou comercia- uma água equiparada à definida no Decreto-Lei n.º 306/2007.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23015

c) Se o estabelecimento estiver ligado ao sistema público de drenagem caso estas consubstanciem, no caso de alterações de uma instalação
de águas residuais, deve dispor de autorização expressa da respetiva existente, ou venham a consubstanciar, no caso de novas instalações, o
entidade gestora, conforme disposto no artigo 54.º do Decreto-Lei conceito de "atividade ruidosa permanente" conforme definição cons-
n.º 226-A/2007, de 31 de maio. tante da alínea a) do artigo 3.º do RGR. Ou seja, o ruído produzido
d) No caso de rejeição de águas residuais no meio hídrico ou no pela instalação existente, terá de ser, pelo menos, audível (avaliação
solo (sistema autónomo doméstico seguido de órgão de infiltração no qualitativa) junto de um ou mais recetores sensíveis (edifício habita-
terreno), o estabelecimento deve dispor de título de utilização de recur- cional, escolar, hospitalar ou similar ou espaço de lazer, com utilização
sos hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente ou, no caso humana). Caso a condição anterior se verifique, deve evidenciar o cum-
de rejeição águas residuais domésticas no solo, e se tal for a opção do primento dos requisitos acústicos estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º
industrial, do correspondente título padronizado, nos casos aplicáveis. do RGR, apresentando à entidade coordenadora do licenciamento uma
e) No caso do estabelecimento se localizar em terrenos do domínio avaliação acústica (n.º 9 do artigo 13.º do RGR) que reveste a forma
hídrico deve dispor de título de utilização de recursos hídricos emitido de ensaio acústico a realizar junto do ou no recetor e, caso aplicável, a
pela Agência Portuguesa do Ambiente. apresentação de medidas de prevenção e controlo do ruído.
f) Os pedidos de emissão de título de utilização de recursos hídricos Para novas instalações, terá que ser realizado um estudo previsional
devem ser submetidos no Sistema Integrado de Licenciamento do que demonstre a viabilidade do cumprimento dos requisitos acústicos
Ambiente (SILiAmb) em https://siliamb.apambiente.pt. estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º do RGR sob condições normais
de funcionamento da instalação agroindustrial.
2.4.3.2 — Resíduos
2.5 — FLEXIBILIDADE
a) Sempre que o estabelecimento produza resíduos que não possam
ser equiparados a resíduos urbanos (resíduos que pela sua natureza e Eventuais desvios às condições de instalação e exploração constantes
composição são semelhantes aos resíduos provenientes de habitações do presente título poderão ser admitidos, uma vez demonstrada pelo
e cuja produção diária não ultrapassa 1100 litros), deve ser assegurada, industrial a sua compatibilidade com os objetivos relativos à segurança
na gestão dos mesmos o cumprimento do disposto no Decreto-Lei alimentar, segurança e saúde no trabalho e ambiente prosseguidos pela
n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei legislação aplicável.
n.º 73/2011, de 17 de junho, nomeadamente: (1) Os locais de manipulação de géneros alimentícios compreendem
i. Adoção de medidas de gestão de substâncias, materiais ou produtos, os locais onde os alimentos são manuseados, preparados e armazenados.
quando aplicável, destinadas a reduzir a quantidade, a perigosidade e (2) HACCP — Hazard Analysis and Critical Control Points (em
os impactes adversos no ambiente e na saúde humana dos resíduos português " APPCC — Análise de Perigos e Pontos Críticos de Con-
produzidos; trolo") é um método sistemático e documentado de controlo de segu-
ii. Separação dos resíduos na origem, por fluxos e fileiras, de forma rança alimentar, concebido para prevenir, eliminar e ou detetar perigos.
a promover a sua valorização; (3) Devem ser consideradas as recomendações constantes no docu-
iii. armazenamento dos resíduos produzidos de modo a não provocar mento de orientação sobre a aplicação de procedimentos baseados nos
danos para o ambiente, nem para a saúde humana, instalando-se, sempre princípios HACCP e sobre a simplificação da aplicação dos princípios
que necessário, sistemas de contenção/retenção secundária de eventuais HACCP, disponível em http://ec.europa.eu/food/food/biosafety/hygie-
escorrências e ou derrames; nelegislation/guidance_doc_haccp_pt.pdf.
iv. Encaminhamento dos resíduos produzidos para operadores auto- (4) O serviço externo é desenvolvido por entidade autorizada pela
rizados para a sua valorização ou eliminação, assegurando que o seu ACT (no âmbito da segurança no trabalho) e pela DGS (no âmbito
transporte é acompanhado, até à entrada em vigor das e-GAR (Guia de da saúde no trabalho) que, mediante contrato com o empregador, por
Acompanhamento de Resíduos Eletrónica), por guia preenchida em tri- escrito, realiza as atividades principais (descritas no artigo n.º 98.º da
plicado, em Modelo n.º 1428 da Imprensa Nacional — Casa da Moeda; Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro), que visam prevenir os riscos
v. Registo no sistema integrado de registo eletrónico de resíduos profissionais e promover a segurança e saúde dos trabalhadores.
(SIRER) a efetuar no prazo de um mês após o inicio da atividade ou (5) No estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distanciados
do funcionamento do estabelecimento, bem como registo anual da até 50 km do de maior dimensão, que empregue no máximo 9 traba-
informação relativa à produção de resíduos, por código da Lista Eu- lhadores, as atividades de segurança no trabalho podem ser exercidas
ropeia de Resíduos, até 31 de março do ano seguinte ao do ano civil diretamente pelo próprio empregador, ou por um ou mais trabalhadores
a reportar caso o estabelecimento produza qualquer quantidade de designados, se possuírem formação adequada, dispuserem de tempo e de
resíduos perigosos ou produza resíduos não urbanos e empregue mais meios e permanecerem habitualmente no estabelecimento. O exercício
de 10 trabalhadores; desta atividade depende de autorização expressa da ACT a requerer em
modelo próprio disponível no sítio eletrónico desta entidade.
b) Aderir a um sistema de gestão que assegure o cumprimento do (6) No caso de abastecimento de água para consumo humano, só é
princípio da responsabilidade alargada do produtor. admissível o recurso a este tipo de captação se a rede pública não se
encontrar disponível, ou seja, se a mesma se encontrar a uma distância
2.4.3.3 — Emissão para o ar superior a 20 metros do estabelecimento a servir.
O estabelecimento encontra-se abrangido pelo Decreto-Lei
n.º 78/2004, de 3 de abril, relativo à prevenção de poluentes para a ANEXOS
atmosfera, e portarias regulamentares conexas, sempre que tenha fontes
pontuais ou fontes difusas de emissão de poluentes para o ar devendo I — LEGISLAÇÃO
observar o constante nesses diplomas quanto: ܿSISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
a) ao dimensionamento da chaminé cuja altura deve respeitar a • Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
resultante da metodologia de cálculo fixada na Portaria n.º 263/2005,
de 17 de março; Aprova o Sistema da Indústria Responsável (SIR)
b) ao cumprimento dos valores limite de emissão (VLE) aplicáveis,
estipulados nas Portarias n.º 675/2009, de 23 de junho, n.º 677/2009, ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
de 23 de junho e ou n.º 286/93, de 12 de março; • Regulamento (CE) n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do
c) ao autocontrolo das emissões de poluentes atmosféricos cujo Conselho, de 28 de janeiro
regime de monitorização de cada poluente é determinado em função
dos caudais mássicos, fixados na Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro Estabelece os princípios e normas gerais da legislação alimentar,
alterado pela Portaria n.º 676/2009, de 23 de junho; cria a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabe-
d) ao envio dos resultados da monitorização pontual para a Comissão lece procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios
de Coordenação e Desenvolvimento Regional competente e dos resulta-
dos da monitorização em contínuo (juntamente com os resultados pon- • Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do
tuais dessa mesma empresa) para a Agência Portuguesa do Ambiente; Conselho, de 29 de abril,
e) às medidas especiais para a minimização das emissões difusas, Relativo à higiene dos géneros alimentícios
previstas no Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril.
• Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do
2.4.3.4 — Ruído ambiente Conselho, de 29 de abril
O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei Estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros ali-
n.º 9/2007, de 17 de janeiro, será aplicável às instalações agroindustriais mentícios de origem animal
23016 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

• Regulamento (CE) n.º 2073/2005, da Comissão, de 15 de no- • Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de dezembro
vembro Estabelece os procedimentos de aprovação das regras técnicas das
Relativo a critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimen- instalações elétricas de baixa tensão
tícios
• Portaria n.º 949-A/2006, de 29 de dezembro
• Regulamento (CE) n.º 1069/2009, do Parlamento Europeu e do Aprova as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
Conselho, de 21 de outubro
Define regras sanitárias relativas a subprodutos animais e produtos • Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro
derivados não destinados ao consumo humano Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edi-
fícios, abreviadamente designado por SCIE
• Regulamento (UE) n.º 142/2011, da Comissão, de 25 de fevereiro
Aplica o Regulamento (CE) n.º 1069/2009 • Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro
Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em
• Regulamento (CE) n.º 37/2005, da Comissão, de 12 de janeiro Edifícios (SCIE)
Relativo ao controlo das temperaturas nos meios de transporte e nas
instalações de depósito e armazenagem de alimentos ultracongelados • Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro
destinados à alimentação humana Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segu-
rança e saúde no trabalho
• Portaria n.º 1129/2009, de 1 de outubro
Relativa ao controlo metrológico dos instrumentos de medição • Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho
e registo da temperatura a utilizar nos meios de transporte nas ins- Aprova o novo regulamento de instalação, de funcionamento, de
talações de depósito e armazenagem dos alimentos a temperatura reparação e de alteração de equipamentos sob pressão
controlada
• Informação Técnica n.º 1/2010 da Direção-Geral de Saúde
ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros (disponível
• Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro em www.dgs.pt, micro site de saúde ocupacional)
Aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho
nos Estabelecimentos Industriais • Documento de Referência da Segurança e Saúde do Trabalho
(SST): ACT/DGS, dezembro, 2013
• Portaria n.º 702/80, de 22 de setembro Atuação dos Industriais no âmbito do SIR
Altera a Portaria n.º 53/71 de 03 de fevereiro, que aprova o Regula- ܿ AMBIENTE
mento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos
Industriais ▪ Recursos Hídricos
• Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo
• Portaria n.º 1081/91, de 24 de outubro Decreto-Lei n.º 130/2012 de 22 de junho
Estabelece regras uniformes de fabrico e de montagem de termoa- Aprova a Lei da Água, estabelecendo as bases e o quadro institucional
cumuladores elétricos para a gestão sustentável das águas.
• Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro • Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde nos Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos
locais de trabalho
• Portaria n.º 1450/2007 de 12 de novembro
• Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro
Fixa as regras do regime de utilização dos recursos hídricos
Estabelece a regulamentação das prescrições mínimas de segurança
e saúde nos locais de trabalho • Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de junho
• Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de setembro Estabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde na mo- • Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de agosto
vimentação manual de cargas.
Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo
• Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de outubro humano
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde dos ▪ Resíduos
trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual
• Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republi-
• Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho cado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho
Estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de segurança Estabelece o regime geral da gestão de resíduos
e de saúde no trabalho
• Portaria n.º 335/97, de 16 de maio
• Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de dezembro Fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do
Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e utilização da território nacional
sinalização de segurança e de saúde no trabalho
▪ Emissões para o ar
• Portaria n.º 460/2001, de 8 de maio • Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril
Aprova o Regulamento de Segurança das Instalações de Armazena- Estabelece o regime jurídico sobre a prevenção e controlo das emis-
gem de GPL com capacidade até 200 m3 sões de poluentes para a atmosfera
• Despacho n.º 22 333/2001, de 30 de outubro • Portaria n.º 263/2005, de 17 de março
Aprova a instrução técnica complementar para reservatórios de GPL Fixa a metodologia de cálculo da altura das chaminés

• Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro • Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro


Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde para a Fixa os limiares mássicos máximos e mínimos que definem as con-
utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho, dições de monitorização de poluentes para a atmosfera
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• Portaria n.º 675/2009, de 23 de junho 2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES


2.2.1 — Princípios gerais
Estabelece os valores limite de emissão de aplicação geral aplicáveis
2.2.2 — Localização
às instalações abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril 2.2.3 — Conceção
2.2.4 — Requisitos Dimensionais
• Portaria n.º 676/2009, de 23 de junho
2.2.5 — Pavimentos
Substitui a tabela n.º 3 da Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro 2.2.6 — Paredes
2.2.7 — Tetos
• Portaria n.º 677/2009, de 23 de junho 2.2.8 — Portas
2.2.9 — Janelas
Estabelece os valores limite de emissão aplicáveis às instalações de
2.2.10 — Vias normais e de emergência
combustão abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril 2.2.11 — Cais e rampas de carga
2.2.12 — Instalações sociais
• Portaria n.º 286/93, de 12 de março
2.2.13 — Iluminação
Estabelece os valores limite de emissão de aplicação sectorial 2.2.14 — Ventilação
2.2.15 — Instalação elétrica
▪ Ruído Ambiente 2.2.16 — Sinalização de segurança
2.2.17 — Águas de abastecimento
• Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro
2.2.18 — Águas residuais
Regulamento Geral do Ruído 2.2.19 — Águas pluviais
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS
ܿ LICENCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS 2.3.1 — Caraterísticas dos materiais
2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos
• Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado e repu-
2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali-
blicado pelo Decreto-Lei n.º 217/2012, de 9 de outubro e Portaria mentícios
n.º 151/2007, de 30 de novembro 2.3.4 — Dispensador de água potável
Estabelece o regime de licenciamento de armazenagem de com- 2.3.5 — Pasteurizador ou outro equipamento de tratamento
bustíveis térmico
2.3.6 — Equipamentos frigoríficos
• Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho 2.3.7 — Extrator de vapor
2.3.8 — Embalagens
Estabelece o regime de licenciamento de equipamentos sob pressão 2.3.9 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa-
mentos
2.3.9.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador
SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL (SIR) 2.3.9.2 — Máquinas
2.3.9.3 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa-
TÍTULO PADRONIZADO INTEGRADO (TPI) mentos de trabalho
2.3.9.4 — Elevação e transporte de materiais
2.3.9.5 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho
QUEIJARIAS 2.3.9.6 — Equipamentos de proteção individual
2.3.9.7 — Material de primeiros socorros
NOTA PRÉVIA 2.3.9.8 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios
• O Título Padronizado Integrado (TPI) de instalação e exploração de 2.3.9.9 — Armazenagem de combustíveis
estabelecimento de fabrico de queijo e requeijão (adiante designado por 2.3.9.10 — Equipamentos sob pressão
título), contém as condições padrão de instalação e exploração de esta- 2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS
belecimento industrial no domínio da segurança alimentar, segurança e 2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar
saúde no trabalho e ambiente para efeitos de exercício destas atividades. 2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP (2)
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento de 2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP
fabrico de queijo e requeijão constitui uma opção do industrial, a qual, 2.4.1.3 — Rastreabilidade
uma vez exercida, o habilita ao exercício desta atividade mediante o 2.4.1.4 — Subprodutos de origem animal
cumprimento das condições definidas no presente título, sem prejuízo 2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho
da respetiva eficácia estar condicionada: 2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no
trabalho
▪ À obtenção prévia, do alvará de utilização emitido pela câmara 2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade
territorialmente competente ou verificado o respetivo deferimento tácito. 2.4.2.3 — Condições ergonómicas
O título de utilização em referência deverá reportar expressamente o 2.4.2.4 — Prevenção de riscos profissionais
uso industrial da instalação, salvo os estabelecimentos industriais en- 2.4.3 — Ambiente
quadráveis na parte 2-A e ou 2-B do Anexo I ao SIR, em que se aplicam 2.4.3.1 — Recursos hídricos
os critérios fixados no n.º 6 e 7 do artigo 8.º do SIR; 2.4.3.2 — Resíduos
▪ À apreciação positiva de cópia da apólice de seguro de responsa- 2.4.3.3 — Emissões para o ar
bilidade civil aplicável aos estabelecimentos tipo 2, como previsto no 2.4.3.4 — Ruído ambiente
artigo 4.º do SIR. 2.5 — FLEXIBILIDADE
ANEXOS
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento I — LEGISLAÇÃO
industrial de fabrico de queijo e requeijão não dispensa, em qualquer ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
caso, a aprovação do estabelecimento em causa pela autoridade respon- ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
sável pela segurança alimentar, mediante vistoria a realizar previamente ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
ao início de exploração, em cumprimento do disposto no artigo 4.º do ܿ AMBIENTE
Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do Conse-
lho, de 29 de abril.
• Pode solicitar a aplicação deste título qualquer operador que sub- II — FLUXOGRAMA
meta um processo de licenciamento enquadrável nos regimes de co- 1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO
municação prévia com prazo e mera comunicação prévia. 1.1 — O presente título padronizado é aplicável à atividade de fa-
brico de queijo curado, semicurado, fresco e requeijão, enquadrável
Índice na CAE 10510, exercida em estabelecimento industrial de 2 ou 3, na
aceção do artigo 11.º do SIR, não sendo aplicável ao fabrico de queijo
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO fundido.
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- 1.2 — Quando o estabelecimento industrial se enquadrar no
RAÇÃO tipo 2 e se encontrar abrangido pelo regime de jurídico de emis-
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL são de gases com efeito de estufa, ou pelo regime jurídico das
23018 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

operações de gestão de resíduos, em caso de adesão ao presente ses do escape, de poeiras e de insetos e a evitar a entrada de pessoas
título, deverá ainda obter, respetivamente, o título de emissão de indevidamente fardadas e higienizadas;
gases com efeito de estufa (TEGEE) ou o alvará ou parecer para n) Uma sala especificamente destinada à venda ao público, caso este
as operações de gestão de resíduos, nos termos das respetivas tipo de venda seja efetuada no estabelecimento, concebida de modo a
legislações aplicáveis. impedir a entrada de pessoas indevidamente fardadas e higienizadas
1.3 — A atividade de fabrico de queijo e requeijão compreende o nas zonas de laboração;
processo que se inicia com a receção do leite e outras matérias-primas, o) Uma zona de vestiário e instalações sanitárias que, pela sua loca-
inclui toda as fases de armazenagem, manipulação e ou transformação lização e conceção, asseguram o circuito adequado dos trabalhadores
dos géneros alimentícios, o seu acondicionamento e embalagem e se e permitem o seu fardamento e a sua higienização, antes da entrada das
conclui com a expedição/distribuição. zonas de laboração (vide 2.2.12).
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- 2.2.4 — Requisitos Dimensionais
RAÇÃO
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL a) A dimensão do estabelecimento e dos seus compartimentos deve
facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica das
A listagem da legislação de enquadramento das condições padrão operações e permitir a aplicação de boas práticas de higiene, não po-
abaixo definidas consta em anexo ao presente título. dendo, em qualquer caso, a área mínima útil de trabalho ser inferior a
1,80 m2 por trabalhador.
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES b) O pé direito mínimo do estabelecimento deve ser de 3 metros.
2.2.1 — Princípios gerais c) A cubagem mínima de ar por trabalhador é de 11,50 m3 podendo
O estabelecimento industrial deve ser concebido de forma a assegurar ser reduzida para 10,50 m3 caso se verifique uma boa renovação. Para
a higiene e segurança dos géneros alimentícios, bem como a segurança e determinação da cubagem mínima não são considerados os volumes
saúde dos trabalhadores e a proteção do ambiente, devendo o respetivo de móveis, máquinas ou quaisquer outros materiais existentes no local.
projeto de construção ser elaborado na perspetiva de: d) As vias de circulação interiores, incluindo as de emergência, devem
ter uma largura mínima de 0,90 m de modo a permitir a circulação fácil
a) Permitir a manutenção, limpeza e desinfeção adequadas; e segura das pessoas, sendo esta largura ajustada em função do número
b) Facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica de trabalhadores de acordo com o Regulamento Técnico de Segurança
das operações; Contra Incêndios em Edifícios. Se estas vias de circulação apresenta-
c) Evitar a contaminação por via atmosférica, a acumulação de sujidade, rem riscos de queda em altura, devem existir resguardos laterais com
o contacto com materiais tóxicos, a queda de partículas nos géneros alimen- uma altura mínima de 0,90 m e, se necessário, rodapé com uma altura
tícios bem como a formação de condensações e bolores nas superfícies; mínima de 0,14 m.
d) Possibilitar a aplicação de boas práticas de higiene e a existência e) As escadas fixas devem ter uma largura mínima de 0,90 m e possuir
de condições adequadas de manuseamento e de armazenagem a tem- corrimão não interrompido nos patamares, sendo os degraus em piso
peratura controlada; antiderrapante, ou contendo tiras abrasivas junto ao bordo, e proteções
e) Possibilitar o controlo de pragas e de animais indesejáveis; com uma altura mínima de 0,90 m.
f) Garantir as condições de trabalho adequadas à prevenção dos f) Os intervalos entre máquinas, instalações ou materiais devem ter
riscos profissionais; uma largura de, pelo menos, 0,60 m.
g) Garantir a proteção e a promoção da saúde dos trabalhadores. g) Os compartimentos onde estão instaladas as retretes devem ter as
dimensões mínimas de 0,80 m de largura por 1,30 m de profundidade.
2.2.2 — Localização h) No caso de estabelecimentos que empreguem mais de 25 traba-
lhadores, as instalações de vestiário, cabinas de chuveiro e lavatórios
O estabelecimento está localizado em zona livre de fontes de conta- anexos, no seu conjunto, devem dispor de uma área não inferior à
minação. A área circundante das instalações deve estar limpa. correspondente a 1 m2 por utilizador.
2.2.3 — Conceção 2.2.5 — Pavimentos
O estabelecimento deve dispor de: a) O pavimento do estabelecimento deve ser fixo, estável, antiderra-
pante e sem inclinações perigosas, saliências e cavidades.
a) Uma zona para a receção do leite e de outras matérias-primas e b) As aberturas nos pavimentos devem estar protegidas com resguar-
materiais subsidiários, concebida de modo a minimizar a contamina- dos fixos e resistentes.
ção por via atmosférica, pela entrada de gases do escape, de poeiras c) Nos locais de manipulação dos géneros alimentícios (1) o pavi-
e de insetos e a evitar a entrada de pessoas indevidamente fardadas e mento deve ser constituído por materiais impermeáveis, não absor-
higienizadas; ventes, laváveis, desinfetáveis e não tóxicos e dispor de drenagem
b) Local de armazenagem de ingredientes que não carecem de tem- adequada, devendo apresentar uma inclinação ligeira e uniforme de 1
peratura controlada para a sua conservação, construídas e equipadas a 2 % e dotadas de grelha de escoamento com ralo sifonado.
de forma a permitir a sua higienização e a prevenir a contaminação
dos produtos alimentares; 2.2.6 — Paredes
c) Local para armazenagem de materiais de acondicionamento e de a) As paredes interiores do estabelecimento devem ser lisas, de fácil
embalagem, cujas características permitam assegurar que os materiais limpeza e pintadas de cores claras não brilhantes.
de embalagem não são contaminados; b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as paredes
d) Um local para armazenagem de detergentes, desinfetantes e outros devem ainda ser revestidas de materiais impermeáveis, laváveis, não
produtos químicos, em condições de segurança, segregado do armaze- absorventes e não tóxicos.
namento dos alimentos produzidos; c) As divisórias, transparentes ou translúcidas existentes, devem estar
e) Zona(s) de fabrico que permite(m) um acesso às zonas de arma- assinaladas por forma a serem visíveis.
zenagem das matérias-primas e às salas de cura ou armazenagem, sem
2.2.7 — Tetos
passagem por áreas suscetíveis de contaminar os produtos;
f) Local para o fabrico de requeijão, munido de meios de extração a) Os tetos devem apresentar-se lisos, de fácil limpeza, pintados ou
de vapor; revestidos de cor clara e de material incombustível.
g) Local para lavagem dos queijos, se esta operação for realizada, b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, os tetos e os
que permita que a mesma seja efetuada de modo higiénico; equipamentos neles montados devem ser construídos de modo a facilitar
h) Sala(s) de maturação/cura dos queijos (curados ou semicurados); a sua higienização, a evitar o desenvolvimento de fungos, a acumulação
i) Uma sala de lavagem dos utensílios e equipamentos com um de poeiras e o desprendimento de partículas que de qualquer forma
abastecimento de água quente e fria; possam vir a contaminar os alimentos.
j) Uma zona destinada à armazenagem dos utensílios depois de de- c) A junção entre o teto e as paredes não deve exibir aberturas des-
vidamente lavados e desinfetados, que deve ser limpa, seca e protegida protegidas, de modo a minimizar a contaminação por via atmosférica,
de contaminações; pela entrada de fumos, gases, poeiras, insetos e outros animais.
k) Um local destinado ao acondicionamento e embalagem dos pro- 2.2.8 — Portas
dutos finais;
l) Uma sala de armazenagem dos produtos finais, concebida de modo a) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as portas
a assegurar a sua conservação à temperatura adequada; devem apresentar as seguintes características:
m) Uma zona de expedição dos produtos finais, concebida de modo • Devem ser lisas, constituídas de materiais não absorventes, facil-
a minimizar a contaminação por via atmosférica, pela entrada de ga- mente laváveis e desinfetáveis;
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• Devem possuir sistemas de fecho adequado e eficiente de forma • Destinadas ao sexo feminino, devem conter uma retrete por cada
a permitir o seu ajuste ao pavimento e às paredes, sempre que abram grupo de 15 trabalhadoras que cessem simultaneamente o trabalho.
diretamente para o exterior, designadamente as das zonas de receção
de matérias-primas e de expedição; b) Os compartimentos, onde estão instaladas as retretes, devem
• Devem ser isotérmicas nas ligações entre as zonas que carecem de possuir tiragem de ar direta para o exterior, com porta independente a
temperatura controlada e as áreas quentes ou exteriores. abrir para fora e provida de fecho.
c) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e de
b) As portas e os portões que sejam de funcionamento mecânico toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos.
devem possuir dispositivos de paragem de emergência facilmente iden- d) A zona destinada aos vestiários deve comunicar diretamente com
tificáveis e acessíveis devendo, em caso de falha de energia, poder abrir- as cabinas de chuveiro e os lavatórios, ser separada por sexos e dispor
-se automaticamente ou por comando manual. As portas e os portões de armários individuais munidos de fechadura ou cadeado.
basculantes devem ser transparentes ou possuir painéis transparentes e) Os chuveiros devem existir na proporção de 1/10 trabalhadores
com uma marca opaca a um nível facilmente identificável pelo olhar. que possam vir a utilizá-los simultaneamente, com água quente e fria,
As portas e portões automáticos devem estar dotados de sistemas de separados ou de utilização separada por sexo.
deteção de movimento (ex. células fotoelétricas) por forma a poderem f) Os trabalhadores devem ter à sua disposição, na zona de vestiário,
parar automaticamente. cacifos duplos construídos com materiais laváveis, resistentes à corro-
c) As portas e portões de correr devem possuir dispositivos de segu- são, não porosos e impermeáveis, de forma a permitir a separação das
rança que os impeça de saltar das calhas ou cair. roupas de uso pessoal e de trabalho, assim como de outros bens pessoais.
d) Junto aos portões destinados à circulação de veículos devem existir As fardas de trabalho limpas são colocadas, à disposição dos trabalha-
portas para peões, sinalizadas e permanentemente desobstruídas. dores, em equipamento adequado e localizado à entrada dos vestiários.
e) As portas das vias de emergência deverão ser resistentes ao fogo g) Refeitórios:
e estar munidas de barras antipânico, abrir para o exterior e estarem
• Os estabelecimentos que empreguem 50 ou mais trabalhadores e
devidamente sinalizadas e disporem de iluminação de segurança.
aqueles em que lhe seja autorizado tomarem as suas refeições devem
2.2.9 — Janelas dispor de uma sala destinada exclusivamente a refeitório, com meios
próprios para aquecer a comida, não comunicando diretamente com
a) As características das janelas e das claraboias devem permitir o locais de trabalho, instalações sanitárias ou locais insalubres;
seu funcionamento em segurança, com isolamento térmico e possibi- • A superfície dos refeitórios deve ser calculada em função do número
lidade de ajuste de abertura, dispondo de dispositivos de controlo da máximo de pessoas que os possam utilizar simultaneamente, tendo em
incidência dos raios solares. conta o seguinte:
b) Nos locais de manipulação de géneros alimentícios, as janelas
e outras aberturas, pela sua conceção e construção, devem evitar a ○ 18,5 m2 até 25 trabalhadores;
acumulação de sujidade e dispor, quando abram para o exterior, de ○ 18,5 m2 + 0,65 m2 por pessoa a mais, entre 26 e 74 trabalhadores;
redes mosquiteiras, removíveis para permitir a sua limpeza, ou de outro ○ 50 m2 + 0,55 m2 por pessoa a mais, entre 75 e 149 trabalhadores;
sistema que previna a entrada de pragas. ○ 92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre 150 e 499 trabalhadores;
○ 225 m2 + 0,40 m2 por pessoa a mais, para 500 ou mais trabalhadores.
2.2.10 — Vias normais e de emergência • Devem ter mesas e cadeiras ou bancos, em número correspondente
Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no ao máximo de trabalhadores que podem utilizá-los ao mesmo tempo.
Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em edifícios:
h) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e de
a) As vias normais e de emergência têm de estar permanentemente toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos.
desobstruídas e em condições de utilização, devendo o respetivo traçado
conduzir, o mais diretamente possível, a áreas ao ar livre ou a zonas 2.2.13 — Iluminação
de segurança. a) Deve ser assegurada uma correta intensidade de luz (natural e ou
b) A instalação de cada posto de trabalho deve permitir a evacuação artificial) nas diferentes áreas do estabelecimento, incluindo nas zonas
rápida e em máxima segurança dos trabalhadores. de armazenagem e nas vias de circulação interiores.
c) O número, a localização e as dimensões das vias e das saídas de b) As lâmpadas existentes nas áreas de manipulação e armazenagem
emergência devem atender ao tipo de utilização, às características do de géneros alimentícios devem possuir proteção antiqueda de partículas
local de trabalho, ao tipo de equipamento e ao número previsível de em caso de quebra.
utilizadores em simultâneo.
d) As vias e as saídas de emergência que necessitem de iluminação 2.2.14 — Ventilação
artificial durante os períodos de trabalho devem dispor de ilumina-
ção de segurança alternativa para os casos de avaria da iluminação a) Todas as áreas do estabelecimento devem estar equipadas com
principal. sistemas de ventilação natural e ou forçada (mecânica) que garanta a
exaustão de cheiros, fumos ou vapores e evite condensações e desen-
2.2.11 — Cais e rampas de carga volvimento de bolores, devendo o caudal médio de ar puro (ventilação)
ser de pelo menos 30 a 50 m3 por hora e por trabalhador.
a) Os cais e as rampas de carga devem ser adequados à dimensão b) O sistema de ventilação deve ser:
das cargas neles movimentados e devem permitir a circulação fácil e
segura das pessoas. • Concebido de forma a evitar a circulação do ar das zonas sujas
b) Os cais de carga devem ter pelo menos, uma saída ou, quando o para as zonas limpas, e deste modo evitar eventual contaminação dos
seu comprimento for superior a 25 m, uma saída em cada extremidade. alimentos.
c) As vias de circulação destinadas a veículos devem estar distan- • Construído de forma a proporcionar um acesso fácil aos filtros e a
ciadas das portas, dos portões, das passagens para peões, dos corre- outras partes que necessitem de limpeza ou de substituição.
dores e das escadas de modo a não constituírem risco parar os seus 2.2.15 — Instalação elétrica
utilizadores;
d) As vias de circulação destinadas a pessoas devem ter iluminação A instalação elétrica deve cumprir as regras técnicas das instala-
adequada e piso não escorregadio e antiderrapante. ções elétricas previstas na legislação específica aplicável, incluindo
as seguintes:
2.2.12 — Instalações sociais a) Todas as instalações deverão estar dotadas de terra de proteção;
a) As instalações sanitárias: b) Os quadros elétricos deverão:
• Devem ser separadas ou de utilização separada por sexo, não de- • Ser de fácil acesso e estar permanentemente desobstruídos;
vendo comunicar diretamente com os locais de manipulação de géneros • Ter portas fechadas à chave e dotadas de sinalização de aviso de
alimentícios; perigo de eletrocussão;
• Devem conter um lavatório fixo por cada grupo de 10 trabalhadores • Ser acedidos por pessoa competente;
que cessem simultaneamente o trabalho; • Estar instalados em local que não permita a entrada de água e
• Destinadas ao sexo masculino, devem conter uma retrete e um urinol afastados de substâncias combustíveis e ou inflamáveis;
por cada grupo de 25 homens ou fração trabalhando simultaneamente; • Estar equipados com um disjuntor diferencial para proteção das
os urinóis devem dispor de dispositivos de descarga de água e estar pessoas, bem como com disjuntores magnetotérmicos para proteção da
separados por baias laterais distantes entre si de pelo menos 0,60 m; instalação contra curto-circuitos e sobreaquecimentos;
23020 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

• Estar equipados com disjuntores que permitam identificar o circuito 2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali-
por eles alimentado. mentícios

c) As tomadas e as fichas devem ser concebidas de forma a que não a) Devem existir lavatórios de mãos localizados pelo menos nos
seja possível o contacto direto com as partes ativas antes, durante e seguintes locais: zona de receção de leite, de fabrico, de embalagem
depois da inserção da tomada. Nos locais onde se verifique a possibi- e de venda ao público.
lidade de contacto com a água, as infraestruturas elétricas deverão ser b) Os lavatórios devem ser dotados de água potável quente e fria
estanques e assegurar a proteção adequada. e devem drenar diretamente para a rede de esgotos, mediante ligação
d) A instalação elétrica deve encontrar-se em bom estado de conser- dotada de sifão.
vação, nomeadamente sem fios descarnados, sem ruturas nos cabos e c) Junto dos lavatórios devem existir dispositivos dispensadores de
sem fichas ou tomadas partidas. detergente e desinfetante das mãos, toalhetes individuais de papel ou
e) Os equipamentos de trabalho (máquinas e ferramentas elétricas dispositivo de secagem de mãos. No caso de serem usados toalhetes
portáteis) devem garantir a proteção dos trabalhadores contra os riscos individuais, deve existir um contentor para colocação dos mesmos
de contacto direto ou indireto com a eletricidade. após utilização.
f) Verificações regulares com vista a garantir o seu adequado fun-
cionamento. 2.3.4 — Dispensador de água potável
O estabelecimento deve dispor de dispensador de água potável, sendo
2.2.16 — Sinalização de segurança
proibido o uso de copos coletivos.
O estabelecimento deve dispor de sinalização de segurança em todos
os pontos convenientes, (sinais de saída e de emergência, sinais res- 2.3.5 — Pasteurizador ou outro equipamento de tratamento
peitantes a incêndios, sinais de obrigação, de proibição, de advertência térmico
de perigo, sinais para obstáculos, marcação de vias de circulação e
iluminação de segurança). Caso produza queijo fresco, o estabelecimento deve dispor de pas-
teurizador ou de outro equipamento que assegure que o leite cru é
2.2.17 — Águas de abastecimento submetido a um dos seguintes tratamentos térmicos, de modo a que os
produtos mostrem uma reação negativa a um teste à fosfatase alcalina
a) O estabelecimento deve dispor de uma rede de água potável imediatamente após tal tratamento:
quente e fria que garanta o correto abastecimento a todos os lavatórios
e dispositivos de lavagem. a) Pelo menos 72°C durante 15 segundos,
b) A água não potável, se for usada (no combate a incêndios, produção b) Pelo menos 63°C durante 30 minutos,
de vapor ou refrigeração de equipamentos) deve circular em sistemas c) Qualquer outra combinação de condições de tempo e temperatura
separados, devidamente identificados, sem que haja ligação ou refluxo que obtenha um efeito equivalente.
para o sistema de água potável.
c) A utilização da água no estabelecimento deve ser otimizada de 2.3.6 — Equipamentos frigoríficos
forma a reduzir os consumos de água e os volumes de águas residuais O estabelecimento deve dispor de:
industriais produzidas.
d) As atividades agroindustriais devem promover o uso eficiente a) Equipamento frigorífico de armazenagem do leite com sistema de
da água, particularmente tendo em consideração as linhas de orienta- controlo/leitura de temperatura (tanques de refrigeração), instalado na
ção do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), zona de receção, que assegure que o leite seja rapidamente arrefecido
aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de a uma temperatura não superior a 6°C, exceto se a transformação tiver
30 de junho. início nas quatro horas seguintes à admissão no estabelecimento de
transformação.
2.2.18 — Águas residuais b) Câmaras frigoríficas:
a) O sistema de drenagem de águas residuais deve assegurar a correta • Capazes de manter os produtos intermédios e os produtos finais a
drenagem dos pavimentos e estar munido de mecanismos que impeçam temperaturas adequadas;
os refluxos. • Munidas de dispositivos que permitam o controlo/leitura da tem-
b) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização das águas peratura a que os alimentos são conservados;
residuais resultantes de processos de extração física (p. e., na indústria • Com iluminação e espaço suficiente para a inspeção e a manutenção
dos óleos vegetais), de lavagem de produtos alimentares em bruto e dos condensadores;
operações de lavagem de embalagens e vasilhame, para outros fins como • Com portas com fechos que permitam a sua abertura tanto do
sendo nas lavagens das instalações fabris, para o uso agrícola na rega exterior como do interior. No caso de disporem de fechadura, devem
e para o transporte das matérias alimentares a processar. existir dispositivos de alarme, acionáveis no interior da câmara, que
c) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização de água comuniquem com o exterior.
com origem noutros processos existentes na unidade industrial ou no
uso de água de qualidade inferior, para fins de lavagens de instalações 2.3.7 — Extrator de vapor
e de equipamentos.
Caso produza requeijão, o estabelecimento deve dispor de equi-
2.2.19 — Águas pluviais pamento de extração de vapor, instalado no local onde esta operação
decorre.
Sempre que possível deve ser promovida a recolha e a utilização de
águas pluviais, para fins de lavagens de instalações e de equipamentos. 2.3.8 — Embalagens
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS Os materiais de acondicionamento e embalagem, quando reutilizá-
2.3.1 — Caraterísticas dos materiais veis, devem ser constituídos por materiais fáceis de limpar e desinfetar.
Todos os utensílios, aparelhos e equipamentos que entrem em 2.3.9 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa-
contacto com os alimentos devem ser fabricados com materiais mentos
adequados. 2.3.9.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador
2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos a) Os esquentadores devem ser instalados em locais ventilados, com
exaustão de gases e fumos para o exterior e não devem ser instalados
a) Os equipamentos devem estar instalados de forma a permitir a em locais fechados, nomeadamente em casas de banho, dispensas e
limpeza da área circundante, devendo os intervalos entre máquinas e garagens.
outros materiais ter uma largura mínima de 0,60 m. b) A eventual armazenagem de garrafas de GPL deverá satisfazer
b) Sempre que sejam utilizadas estantes, designadamente nas áreas as seguintes condições:
de armazenagem, estas devem estar estruturadas em função das cargas
previstas e estar afixadas às paredes e pavimento de forma a garantir • É apenas permitida a existência de garrafas de GPL amovíveis, cheias
sua estabilidade. ou vazias, desde que a sua capacidade global não exceda 1,500 dm3, por
c) Os equipamentos e máquinas ruidosas devem dispor de elementos metro quadrado de área útil da oficina ou nave industrial;
para redução de ruído na fonte (silenciadores, atenuadores, blocos de • No caso de utilização de garrafas amovíveis com capacidade unitária
inércia, elementos antivibráticos) e devem estar isolados, sempre que inferior a 30 dm3, estas não devem ser agrupadas em mais de quatro
possível. unidades por grupo.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23021

c) Está impedida a instalação de aparelhos de GPL, tal como de 2.3.9.10 — Equipamentos sob pressão
garrafas de GPL em espaços situados abaixo do nível do solo.
Se no estabelecimento forem instalados equipamentos sob pressão,
d) Caso a quantidade de GPL armazenada esteja sujeita a controlo
deverá verificar-se se os mesmos se encontram abrangidos pelo Decreto-
prévio/licenciamento, o mesmo deve ser obtido nos termos da legis-
-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho e, se for caso disso, deverá proceder-se
lação aplicável.
ao respetivo registo e ao respetivo licenciamento.
e) Caso seja instalado termoacumulador, o industrial deverá estar na
posse de termo de responsabilidade técnica de montagem, garantindo-se 2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS
a utilização da proteção diferencial de alta sensibilidade. 2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar
2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP (2)
2.3.9.2 — Máquinas
O industrial deve estabelecer um procedimento ou procedimentos
As máquinas instaladas devem satisfazer as exigências essenciais de
baseados nos princípios HACCP. Deve existir uma abordagem funda-
segurança e saúde aplicáveis, incluindo declaração CE de conformidade,
mentada aos perigos envolvidos nas operações, nomeadamente a sua
marcação CE e manual de instruções em português.
identificação, avaliação e formas de controlo e registo (2).
2.3.9.3 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa-
mentos de trabalho 2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP

Devem ser asseguradas verificações periódicas e extraordinárias dos Para efeitos de execução do disposto do ponto anterior, o industrial
equipamentos de trabalho, incluindo o bom estado das fichas e o isola- deve:
mento dos condutores, devendo estar disponíveis registos que eviden- a) Definir um fluxograma, que inclua a descrição das operações;
ciem o cumprimento deste requisito, bem como os respetivos relatórios. b) Dispor de planta com marcação dos circuitos funcionais de pessoal,
géneros alimentícios (matérias-primas, produtos intermédios, produto
2.3.9.4 — Elevação e transporte de materiais final), matérias subsidiárias (lenha e material de acondicionamento e
Devem ser utilizados meios técnicos apropriados na carga, descarga, embalagem), subprodutos alimentares e da rede de águas e esgotos;
circulação, transporte e armazenagem de materiais de modo a evitar, c) Definir procedimentos de controlo do leite cru, que incluam a
tanto quanto possível os esforços físicos. verificação do estatuto sanitário das explorações de origem;
d) Definir procedimentos de controlo de outras matérias-primas,
2.3.9.5 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho que assegurem que provêm de estabelecimentos aprovados (quando
aplicável), que estão devidamente identificadas e ou rotuladas, que se
Os elementos móveis dos equipamentos de trabalho que possam apresentem a uma temperatura adequada e que não apresentem conta-
causar acidentes por contacto mecânico devem ter protetores que im- minações. No caso dos materiais de acondicionamento e embalagem,
peçam o acesso às zonas perigosas ou dispositivos que interrompam o o controlo deve assegurar que os materiais são próprios para entrar em
movimento dos elementos móveis antes do acesso a essas zonas. contacto com os géneros alimentícios;
e) Definir procedimentos de higienização e desinfeção das instala-
2.3.9.6 — Equipamentos de proteção individual ções, equipamentos e utensílios;
Os equipamentos de proteção individual contra os riscos resultantes f) Definir procedimentos de controlo do acesso às instalações por
das operações efetuadas devem encontrar-se disponíveis para os traba- parte de animais domésticos e pragas;
lhadores. Estes equipamentos devem ser distribuídos individualmente g) Definir um plano de controlo analítico, de acordo com a análise de
e, mantidos em adequadas condições de conservação e higiene. risco, de superfícies, utensílios e equipamentos, produtos finais e água;
h) Definir procedimentos de supervisão e instrução e ou formação
2.3.9.7 — Material de primeiros socorros do pessoal que manuseia os alimentos, em matéria de higiene dos
géneros alimentícios;
O estabelecimento deve dispor de material de primeiros socorros de i) Implementar boas práticas de fabrico.
fácil acesso e devidamente sinalizado.
2.4.1.3 — Rastreabilidade
2.3.9.8 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios
O industrial deve definir procedimentos que permitam identificar o
Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no fornecedor de um género alimentício, ou de qualquer outra substância
Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios e destinada a ser incorporada num género alimentício ou com probabi-
da adoção das medidas de autoproteção mínimas exigíveis, em função lidades de o ser e identificar outros operadores a quem tenham sido
da categoria de risco por utilização-tipo: fornecidos os seus produtos, de forma a assegurar a rastreabilidade.
a) Devem existir meios de deteção adequados em zonas de produção
e armazenagem; 2.4.1.4 — Subprodutos de origem animal
b) Os meios de combate a incêndios devem estar disponíveis, ser os Constituem subprodutos de origem animal as seguintes matérias:
adequados, encontrarem-se sinalizados e em condições operacionais.
c) Na ausência de outro critério de dimensionamento devidamente a) Leite impróprio para consumo humano por apresentar resíduos de
justificado, os extintores devem ser calculados à razão de: substâncias autorizadas (ex: antibióticos) ou contaminantes (ex: afla-
toxinas) que excedam os níveis permitidos;
• 18 L de agente extintor padrão por 500 m2 ou fração de área de b) Leite e soro de leite que não se destinem ao consumo humano,
pavimento do piso em que se situem; por razões comerciais;
• Um por cada 200 m2 de pavimento do piso ou fração, com um c) Queijos impróprios para consumo humano;
mínimo de dois por piso. d) Queijos que não se destinem ao consumo humano, por razões
comerciais ou por problemas de fabrico.
d) Os extintores devem ser convenientemente distribuídos, sinalizados
sempre que necessário e instalados em locais bem visíveis, colocados Os subprodutos devem ser recolhidos e colocados em equipamentos
em suporte próprio de modo a que o seu manípulo fique a uma altura que devem ser limpos e desinfetados após cada utilização.
não superior a 1,2 m do pavimento e localizados preferencialmente: Os subprodutos devem ser encaminhados para estabelecimentos
• Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das aprovados ou registados, que constam das listas divulgadas no sítio da
câmaras corta-fogo, quando existam; Direção Geral de Alimentação e Veterinária em:
• No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas. http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/generic
os?generico=157838&cboui=157838
2.3.9.9 — Armazenagem de combustíveis
Se no estabelecimento for efetuada armazenagem de GPL, combus- Os subprodutos referidos na alínea a) e b) podem ser aplicados na
tíveis líquidos, outros derivados do petróleo, ou substituinte de produ- terra, sem processamento, de acordo com as boas práticas agrícolas,
tos de petróleo, deverá verificar-se o enquadramento no Decreto-Lei desde que não constituam um risco de propagação de doença transmis-
n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto- sível aos seres humanos ou animais.
-Lei n.º 217/2012, de 9 de outubro e, se for caso disso e em função da Os subprodutos referidos na alínea b) podem ser destinados a ali-
capacidade de armazenagem, obter-se o respetivo licenciamento ou mentação animal em explorações autorizadas pela DGAV.
apresentar-se o processo previsto no artigo 21.º da Portaria n.º 151/2007, Até ao dia 31 de dezembro de 2014, os estabelecimentos que produ-
de 30 de novembro, junto da câmara municipal competente. zem até 20 kg por semana de subprodutos referidos na alínea d) podem
23022 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

eliminar os mesmos como resíduos sólidos urbanos, por deposição no Qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa ou o estabe-
contentor de recolha municipal. lecimento, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades
Durante o transporte, os subprodutos animais referidos no parágrafo de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de
anterior devem ser acompanhados da guia de acompanhamento de instalações, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos
subprodutos de origem animal modelo 376/DGV, que deve ser emitida trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar
pelo estabelecimento de origem dos mesmos. os contactos necessários com as entidades externas competentes para
realizar aquelas operações e as de emergência médica.
2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho
2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no 2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade
trabalho
Embora esta atividade produtiva necessite de determinadas condições
O industrial deve organizar os serviços de segurança e saúde no tra- de temperatura e humidade, o ambiente térmico dos locais de trabalho
balho de acordo com as seguintes modalidades, previstas no artigo 74.º deve ser mantido dentro dos limites convenientes para evitar danos na
da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro: saúde dos trabalhadores.
a) Serviço externo (3), ou, quando legalmente admitido,
2.4.2.3 — Condições ergonómicas
b) Regime simplificado (atividade de segurança exercida pelo em-
pregador ou por trabalhador designado) (4). A Ergonomia visa a conceção e ou correção de sistemas, máquinas e
c) Serviço comum postos de trabalho que sejam seguros e eficientes, adaptando o trabalho
ao Homem e tendo como objetivo fundamental, o aumento da segurança,
O serviço comum deve ser instituído por acordo, que deve ser cele-
saúde e conforto do trabalhador, contribuindo assim para o aumento da
brado por escrito, entre várias empresas ou estabelecimentos (pertencen-
eficiência organizacional, pelo que:
tes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo nem sejam
abrangidas pela obrigatoriedade de serviços internos) e contemplam a) A disposição e dimensionamento dos postos de trabalho devem
exclusivamente os trabalhadores por cuja segurança e saúde os empre- ser adequados às exigências das tarefas a executar;
gadores subscritores do acordo sejam responsáveis. b) Devem ser adotados os meios técnicos e organizacionais para
O acordo referido, carece de autorização da Autoridade para as Con- reduzir os esforços nas atividades de manuseamento de cargas, bem
dições do Trabalho, (no âmbito da segurança no trabalho) e da Direção como a repetibilidade de tarefas
Geral da Saúde (no âmbito da saúde no trabalho).
2.4.2.4 — Prevenção de riscos profissionais
d) Serviço interno O estabelecimento deve dispor de um plano escrito de prevenção de
Este serviço deve ser instituído pelo empregador, abrange exclusi- riscos profissionais, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das
vamente os trabalhadores por cuja segurança aquele é responsável, faz atividades da empresa, a avaliação dos riscos e as respetivas medidas
parte da estrutura da empresa e funciona na sua dependência. de prevenção.
Esta modalidade é obrigatória para estabelecimentos com mais de Nesta atividade em particular, para prevenção de riscos biológicos,
400 trabalhadores ou (conjunto de estabelecimentos distanciados da- especialmente a brucelose, deverá utilizar-se leite de animais vacinados
quele que ocupa maior número de trabalhadores e que, com este, tenham e ter precauções na manipulação do leite.
pelo menos 400 trabalhadores) ou para estabelecimentos (ou conjunto Deve ser assegurada a formação, informação e sensibilização dos
de estabelecimentos) que desenvolvam atividades de risco elevado a trabalhadores em matéria de exposição ao risco profissional.
que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores. Na tabela seguinte, identificam-se as seguintes medidas preventivas:

ATIVIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS

RECEÇÃO E ARMAZENAGEM DA MATÉRIA-PRIMA E • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA A MOVIMENTAÇÃO MANUAL


SUBSIDIÁRIAS. DE CARGAS, QUANDO ESTA FOR SUPERIOR A 20 KG.
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVIDADE).
• DEFINIR E IMPLEMENTAR REGRAS DE ARMAZENAGEM.
• COLOCAR EQUIPAMENTOS PARA CORRETA ARMAZENAGEM.

ARMAZENAGEM DO LEITE EM TANQUES DE REFRI- • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS.


GERAÇÃO. • ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVIDADE).
• MANUTENÇÃO PERIÓDICA DOS TANQUES FRIGORÍFICOS.
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

PASTEURIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • MANUTENÇÃO PERIÓDICA DO EQUIPAMENTO DE PASTEURIZAÇÃO.


• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVIDADE).
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES).

FABRICO DO QUEIJO COAGULAÇÃO-AQUECIMENTO • VENTILAÇÃO DAS INSTALAÇÕES.


E ADIÇÃO DE CARDO E SAL • DISPONIBILIZAÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL.
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (PAUSAS CURTAS E FREQUENTES EM LOCAL MAIS
FRESCO).
• DISPONIBILIZAÇÃO DE LUVAS E VESTUÁRIO ADEQUADOS AOS TRABALHADORES

CORTE DA COALHADA E DES- • MANUTENÇÃO PERIÓDICA DO EQUIPAMENTO.


SORAMENTO. • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES.

MOLDAGEM E PRENSAGEM • MANUTENÇÃO PERIÓDICA DO EQUIPAMENTO.


• ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES.
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVIDADE).
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

MATURAÇÃO E CURA. . . . . . . . • UTILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO PARA AS BAIXAS TEMPERATURAS.


• UTILIZAÇÃO DE CALÇADO ADEQUADO PARA LOCAIS HÚMIDOS.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23023

ATIVIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS

ACONDICIONAMENTO, EMBALAGEM E ROTULAGEM • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES.
• ESTANTES E PRATELEIRAS ESTRUTURADAS E ESTABILIZADAS EM FUNÇÃO DAS
CARGAS PREVISÍVEIS.

ARMAZENAGEM E CONSERVAÇÃO DO PRODUTO FI- • ESTANTES E PRATELEIRAS ESTRUTURADAS E ESTABILIZADAS EM FUNÇÃO DAS
NAL EM AMBIENTE CLIMATIZADO (0°C A 5°C). CARGAS PREVISÍVEIS.
• UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS.
• UTILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO ADEQUADO PARA AS BAIXAS TEMPERATURAS.

LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES • DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS PRODUTOS.


(UTILIZAÇÃO DE DESINFETANTES E DETER- • ADEQUADA ARMAZENAGEM E ROTULAGEM.
GENTES). • DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUA-
DOS

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • CONCEÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO DE MODO A SEREM RESPEITADOS OS


PRINCÍPIOS ERGONÓMICOS, DE CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E QUALI-
DADE DO AR.

2.4.3 — Ambiente os impactes adversos no ambiente e na saúde humana dos resíduos


2.4.3.1 — Recursos hídricos produzidos;
a) Caso o estabelecimento utilize água proveniente de captação pró- II. Separação dos resíduos na origem, por fluxos e fileiras, de forma
pria de águas superficiais ou subterrâneas (5) deve dispor de título de a promover a sua valorização;
utilização de recursos hídricos, ou do correspondente título padronizado, III. Armazenamento dos resíduos produzidos de modo a não provo-
se aplicável, ou parecer positivo à comunicação prévia, emitido pela car danos para o ambiente, nem para a saúde humana, instalando-se,
Agência Portuguesa do Ambiente. sempre que necessário, sistemas de contenção/retenção secundária de
b) O disposto na alínea anterior deve ter em consideração o ar- eventuais escorrências e ou derrames;
tigo 2.º do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, uma que a IV. Encaminhamento dos resíduos produzidos para operadores au-
qualidade da água utilizada para fabrico, transformação, conserva- torizados para a sua valorização ou eliminação, assegurando que o seu
ção ou comercialização de produtos ou substâncias, assim como a transporte é acompanhado, até à entrada em vigor das e-GAR (Guia
utilizada na limpeza de superfícies, objetos e materiais que podem de Acompanhamento de Resíduos Eletrónica), por guia preenchida
estar em contacto com os alimentos deve ser igual à exigida para o em triplicado, em Modelo n.º 1428 da Imprensa Nacional-Casa da
consumo humano, exceto quando a utilização dessa água não afeta a Moeda;
salubridade do género alimentício na sua forma acabada. A utilização V. Registo no sistema integrado de registo eletrónico de resíduos
de captações próprias para os processos que interfiram com a salubri- (SIRER) a efetuar no prazo de um mês após o inicio da atividade ou
dade dos alimentos só é permitida se não houver a possibilidade de do funcionamento do estabelecimento, bem como registo anual da
ligação à rede pública de abastecimento, devendo ser implementado informação relativa à produção de resíduos, por código da Lista Eu-
neste caso um sistema de tratamento necessário, ou nos casos das ropeia de Resíduos, até 31 de março do ano seguinte ao do ano civil
indústrias já existentes desde que possuam um sistema de tratamento a reportar caso o estabelecimento produza qualquer quantidade de
que comprovadamente produz uma água equiparada à definida no resíduos perigosos ou produza resíduos não urbanos e empregue mais
Decreto-Lei n.º 306/2007. de 10 trabalhadores.
c) Se o estabelecimento estiver ligado ao sistema público de drenagem
de águas residuais, deve dispor de autorização expressa da respetiva b) Aderir a um sistema de gestão que assegure o cumprimento do
entidade gestora, conforme disposto no artigo 54.º do Decreto-Lei princípio da responsabilidade alargada do produtor.
n.º 226-A/2007, de 31 de maio.
d) No caso de rejeição de águas residuais no meio hídrico ou no 2.4.3.3 — Emissões para o ar
solo (sistema autónomo doméstico seguido de órgão de infiltração
no terreno), o estabelecimento deve dispor de título de utilização de O estabelecimento encontra-se abrangido pelo Decreto-Lei
recursos hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente ou, n.º 78/2004, de 3 de abril, relativo à prevenção de poluentes para a
no caso de rejeição águas residuais domésticas no solo, e se tal for a atmosfera, e portarias regulamentares conexas, sempre que tenha fontes
opção do industrial, do correspondente título padronizado, nos casos pontuais ou fontes difusas de emissão de poluentes para o ar devendo
aplicáveis. observar o constante nesses diplomas quanto:
e) No caso do estabelecimento se localizar em terrenos do domínio
hídrico deve dispor de título de utilização de recursos hídricos emitido a) Ao dimensionamento da chaminé cuja altura deve respeitar a
pela Agência Portuguesa do Ambiente. resultante da metodologia de cálculo fixada na Portaria n.º 263/2005,
f) Os pedidos de emissão de título de utilização de recursos hídricos de 17 de março;
devem ser submetidos no Sistema Integrado de Licenciamento do b) Ao cumprimento dos valores limite de emissão (VLE) aplicáveis,
Ambiente (SILiAmb) em https://siliamb.apambiente.pt. estipulados nas Portarias n.º 675/2009, de 23 de junho, n.º 677/2009,
de 23 de junho e ou n.º 286/93, de 12 de março;
2.4.3.2 — Resíduos c) Ao autocontrolo das emissões de poluentes atmosféricos cujo
regime de monitorização de cada poluente é determinado em função
a) Sempre que o estabelecimento produza resíduos que não possam dos caudais mássicos, fixados na Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro
ser equiparados a resíduos urbanos (resíduos que pela sua natureza e alterado pela Portaria n.º 676/2009, de 23 de junho;
composição são semelhantes aos resíduos provenientes de habitações d) Ao envio dos resultados da monitorização pontual para a
e cuja produção diária não ultrapassa 1100 litros), deve ser assegurada, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional competente
na gestão dos mesmos o cumprimento do disposto no Decreto-Lei e dos resultados da monitorização em contínuo (juntamente com os
n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei resultados pontuais dessa mesma empresa) para a Agência Portuguesa
n.º 73/2011, de 17 de junho, nomeadamente: do Ambiente;
I. Adoção de medidas de gestão de substâncias, materiais ou produtos, e) Às medidas especiais para a minimização das emissões difusas,
quando aplicável, destinadas a reduzir a quantidade, a perigosidade e previstas no Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril.
23024 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

2.4.3.4 — Ruído ambiente • Regulamento (CE) n.º 2073/2005, da Comissão, de 15 de no-


O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei vembro
n.º 9/2007, de 17 de janeiro, será aplicável às instalações agroindustriais Relativo a critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimen-
caso estas consubstanciem, no caso de alterações de uma instalação tícios
existente, ou venham a consubstanciar, no caso de novas instalações, o
conceito de "atividade ruidosa permanente" conforme definição cons- • Portaria n.º 1129/2009, de 1 de outubro
tante da alínea a) do artigo 3.º do RGR. Ou seja, o ruído produzido
pela instalação existente, terá de ser, pelo menos, audível (avaliação Relativa ao controlo metrológico dos instrumentos de medição
qualitativa) junto de um ou mais recetores sensíveis (edifício habita- e registo da temperatura a utilizar nos meios de transporte nas ins-
cional, escolar, hospitalar ou similar ou espaço de lazer, com utilização talações de depósito e armazenagem dos alimentos a temperatura
humana). Caso a condição anterior se verifique, deve evidenciar o cum- controlada
primento dos requisitos acústicos estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º
do RGR, apresentando à entidade coordenadora do licenciamento uma • Portaria n.º 861/84, de 15 novembro
avaliação acústica (n.º 9 do artigo 13.º do RGR) que reveste a forma Proíbe a venda de queijo fresco feito com leite cru
de ensaio acústico a realizar junto do ou no recetor e, caso aplicável, a
apresentação de medidas de prevenção e controlo do ruído. • Regulamento (CE) n.º 1069/2009, do Parlamento Europeu e do
Para novas instalações, terá que ser realizado um estudo previsional Conselho, de 21 de outubro
que demonstre a viabilidade do cumprimento dos requisitos acústicos
estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º do RGR sob condições normais Define regras sanitárias relativas a subprodutos animais e produtos
de funcionamento da instalação agroindustrial. derivados não destinados ao consumo humano

2.5 — FLEXIBILIDADE • Regulamento (UE) n.º 142/2011, da Comissão, de 25 de fevereiro


Eventuais desvios às condições de instalação e exploração constantes Aplica o Regulamento (CE) n.º 1069/2009
do presente título poderão ser admitidos, uma vez demonstrada pelo
industrial a sua compatibilidade com os objetivos relativos à segurança ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
alimentar, segurança e saúde no trabalho e ambiente prosseguidos pela • Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro
legislação aplicável.
Aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho
(1) Os locais de manipulação de géneros alimentícios compreendem nos Estabelecimentos Industriais
os locais onde os alimentos são manuseados, preparados e armazenados.
(2) Devem ser consideradas as recomendações constantes no docu-
mento de orientação sobre a aplicação de procedimentos baseados nos • Portaria n.º 702/80, de 22 de setembro
princípios HACCP e sobre a simplificação da aplicação dos princípios Altera a Portaria n.º 53/71 de 03 de fevereiro, que aprova o Regula-
HACCP, disponível em http://ec.europa.eu/food/food/biosafety/hygie- mento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos
nelegislation/guidance_doc_haccp_pt.pdf. Industriais
(3) O serviço externo é desenvolvido por entidade autorizada pela
ACT (no âmbito da segurança no trabalho) e pela DGS (no âmbito
da saúde no trabalho) que, mediante contrato com o empregador, por • Portaria n.º 1081/91, de 24 de outubro
escrito, realiza as atividades principais (descritas no artigo n.º 98.º da Estabelece regras uniformes de fabrico e de montagem de termoa-
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro), que visam prevenir os riscos cumuladores elétricos
profissionais e promover a segurança e saúde dos trabalhadores.
(4) No estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distanciados • Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro
até 50 km do de maior dimensão, que empregue no máximo 9 traba-
lhadores, as atividades de segurança no trabalho podem ser exercidas Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde nos
diretamente pelo próprio empregador, ou por um ou mais trabalhadores locais de trabalho
designados, se possuírem formação adequada, dispuserem de tempo e de
meios e permanecerem habitualmente no estabelecimento. O exercício • Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro
desta atividade depende de autorização expressa da ACT a requerer em
modelo próprio disponível no sítio eletrónico desta entidade. Estabelece a regulamentação das prescrições mínimas de segurança
(5) No caso de abastecimento de água para consumo humano, só é e saúde nos locais de trabalho
admissível o recurso a este tipo de captação se a rede pública não se
encontrar disponível, ou seja, se a mesma se encontrar a uma distância • Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de setembro
superior a 20 metros do estabelecimento a servir. Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde na mo-
vimentação manual de cargas.
ANEXOS
• Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de outubro
I — LEGISLAÇÃO Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde dos
trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual
ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
• Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto • Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho
Aprova o Sistema da Indústria Responsável (SIR) Estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de segurança
e de saúde no trabalho
ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
• Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de dezembro
• Regulamento (CE) n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 28 de janeiro Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e utilização da
sinalização de segurança e de saúde no trabalho
Estabelece os princípios e normas gerais da legislação alimentar, cria
a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabelece • Portaria n.º 460/2001, de 8 de maio
procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios
Aprova o Regulamento de Segurança das Instalações de Armazena-
• Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do gem de GPL com capacidade até 200 m3
Conselho, de 29 de abril,
• Despacho n.º 22 333/2001, de 30 de outubro
Relativo à higiene dos géneros alimentícios
Aprova a instrução técnica complementar para reservatórios de GPL
• Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 29 de abril • Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro
Estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros ali- Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde para a
mentícios de origem animal utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23025

• Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de dezembro • Portaria n.º 675/2009, de 23 de junho


Estabelece os procedimentos de aprovação das regras técnicas das Estabelece os valores limite de emissão de aplicação geral aplicáveis
instalações elétricas de baixa tensão às instalações abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril

• Portaria n.º 949-A/2006, de 29 de dezembro • Portaria n.º 676/2009, de 23 de junho


Aprova as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão Substitui a tabela n.º 3 da Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro

• Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro • Portaria n.º 677/2009, de 23 de junho


Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edi- Estabelece os valores limite de emissão aplicáveis às instalações de
fícios, abreviadamente designado por SCIE combustão abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril
• Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro • Portaria n.º 286/93, de 12 de março
Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em Estabelece os valores limite de emissão de aplicação sectorial
Edifícios (SCIE)
■ Ruído ambiente
• Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro
• Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro
Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segu-
rança e saúde no trabalho Regulamento Geral do Ruído

• Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho II — FLUXOGRAMA


Aprova o novo regulamento de instalação, de funcionamento, de
reparação e de alteração de equipamentos sob pressão

• Informação Técnica n.º 1/2010 da Direção-Geral de Saúde


Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros (disponível
em www.dgs.pt, micro site de saúde ocupacional)

• Documento de Referência da Segurança e Saúde do Trabalho


(SST): ACT/DGS, dezembro, 2013
Atuação dos Industriais no âmbito do SIR

ܿ AMBIENTE
■ Recursos hídricos
• Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo
Decreto-Lei n.º 130/2012 de 22 de junho
Aprova a Lei da Água, estabelecendo as bases e o quadro institucional
para a gestão sustentável das águas.

• Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio


Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos

• Portaria n.º 1450/2007 de 12 de novembro


Fixa as regras do regime de utilização dos recursos hídricos

• Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de junho


Estabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos

• Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de agosto


Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo
humano

■ Resíduos
• Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republi-
cado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos

• Portaria n.º 335/97, de 16 de maio SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL (SIR)


Fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do
território nacional TÍTULO PADRONIZADO INTEGRADO (TPI)
■ Emissões para o ar
CENTROS DE CLASSIFICAÇÃO DE OVOS
• Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril
Estabelece o regime jurídico sobre a prevenção e controlo das emis- NOTA PRÉVIA
sões de poluentes para a atmosfera
• O Título Padronizado Integrado (TPI) de instalação e exploração
• Portaria n.º 263/2005, de 17 de março de Centros de Embalagem e Classificação de Ovos (adiante designado
por título), contém as condições padrão de instalação e exploração
Fixa a metodologia de cálculo da altura das chaminés de estabelecimento industrial nos domínios da segurança alimentar,
segurança e saúde no trabalho e ambiente para efeitos de exercício
• Portaria n.º 80/2006, de 23 de janeiro
destas atividades.
Fixa os limiares mássicos máximos e mínimos que definem as con- • A adesão ao título de instalação e exploração de Centros de Em-
dições de monitorização de poluentes para a atmosfera balagem e Classificação de Ovos constitui uma opção do industrial, a
23026 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

qual, uma vez exercida, o habilita ao exercício desta atividade mediante 2.4.2.3 — Condições ergonómicas
o cumprimento das condições padrão definidas no presente título, sem 2.4.2.4 — Prevenção de riscos profissionais
prejuízo da respetiva eficácia estar condicionada: 2.4.3 — Ambiente
▪ À obtenção prévia, do alvará de utilização emitido pela câmara 2.4.3.1 — Recursos hídricos
territorialmente competente ou verificado o respetivo deferimento tácito. 2.4.3.2 — Resíduos
O título de utilização em referência deverá reportar expressamente o 2.4.3.3 — Ruído ambiente
uso industrial da instalação, salvo os estabelecimentos industriais en- 2.5 — FLEXIBILIDADE
quadráveis na parte 2-A e ou 2-B do Anexo I ao SIR, em que se aplicam ANEXOS
os critérios fixados no n.º 6 e 7 do artigo 8.º do SIR; I — LEGISLAÇÃO
▪ À apreciação positiva de cópia da apólice de seguro de responsa- ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
bilidade civil aplicável aos estabelecimentos tipo 2, como previsto no ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR
artigo 4.º do SIR. ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
ܿ AMBIENTE
• A adesão ao título de instalação e exploração de Centros de Em-
balagem e Classificação de Ovos não dispensa a aprovação do esta-
belecimento em causa pela autoridade responsável pela segurança II — FLUXOGRAMA DA ATIVIDADE (indicativo)
alimentar, mediante vistoria a realizar previamente ao início de explo- 1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO
ração, em cumprimento do disposto no artigo 4.º do Regulamento (CE) 1.1 — O presente título é aplicável à atividade de classificação de
n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril. ovos, enquadrável na CAE 46331, exercida em estabelecimento indus-
• Pode solicitar a aplicação deste título qualquer operador que sub- trial de tipo 2 e 3, na aceção do artigo 11.º do SIR.
meta um processo de licenciamento enquadrável nos regimes de co- 1.2 — A atividade de classificação de ovos compreende o processo
municação prévia com prazo e mera comunicação prévia. que se inicia com a receção dos ovos e inclui as fases de seleção, ca-
libração, classificação, marcação, seguida do acondicionamento e ou
Índice embalamento e expedição dos ovos.
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO 2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO-
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- RAÇÃO
RAÇÃO 2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL A listagem da legislação de enquadramento das condições padrão
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES abaixo definidas consta em anexo ao presente título.
2.2.1 — Princípios gerais
2.2.2 — Localização
2.2.3 — Conceção 2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES
2.2.4 — Requisitos Dimensionais 2.2.1 — Princípios gerais
2.2.5 — Pavimento O centro de embalagem e classificação de ovos deve ser concebido de
2.2.6 — Paredes forma a assegurar a higiene e segurança alimentar dos ovos, bem como
2.2.7 — Tetos a segurança e a saúde dos trabalhadores e a proteção do ambiente, de-
2.2.8 — Portas vendo o respetivo projeto de construção ser elaborado na perspetiva de:
2.2.9 — Janelas
2.2.10 — Vias normais e de emergência a) Permitir a manutenção, limpeza e desinfeção adequadas;
2.2.11 — Cais e rampas de carga b) Facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica
2.2.12 — Instalações sociais das operações;
2.2.13 — Iluminação c) Evitar a contaminação por via atmosférica, a acumulação de su-
2.2.14 — Ventilação jidade, o contacto com materiais tóxicos, a queda de partículas nos
2.2.15 — Instalação elétrica géneros alimentícios bem como a formação de condensações e bolores
2.2.16 — Sinalização de segurança nas superfícies;
2.2.17 — Águas de abastecimento d) Possibilitar a aplicação de boas práticas de higiene e a existência
2.2.18 — Águas residuais de condições adequadas de manuseamento e de armazenagem;
2.2.19 — Águas pluviais e) Possibilitar o controlo de pragas e de animais indesejáveis;
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS f) Garantir as condições de trabalho adequadas à prevenção dos
2.3.1 — Caraterísticas dos materiais riscos profissionais;
2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos g) Garantir a proteção e a promoção da saúde dos trabalhadores.
2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali-
mentícios 2.2.2 — Localização
2.3.4 — Dispensador de água potável
2.3.5 — Contentores para colocação de subprodutos O estabelecimento está localizado em zona livre de fontes de conta-
2.3.6 — Equipamento técnico de classificação e manuseamento minação. A área circundante das instalações deve estar limpa.
dos ovos
2.3.7 — Embalagens 2.2.3 — Conceção
2.3.8 — Outros requisitos específicos em matéria de equipamentos O estabelecimento deve dispor de:
2.3.8.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador
2.3.8.2 — Máquinas a) Uma zona de receção de ovos que permita a descarga dos mesmos
2.3.8.3 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa- de forma higiénica e a aplicação de boas práticas que evitem conta-
mentos de trabalho minações, nomeadamente através da entrada de gases do escape, de
2.3.8.4 — Elevação e transporte de materiais poeiras e de outros veículos de contaminação dos alimentos e a entrada
2.3.8.5 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho de pessoas indevidamente fardadas e higienizadas;
2.3.8.6 — Equipamentos de proteção individual b) Uma zona de armazenagem dos ovos depois de rececionados, se
2.3.8.7 — Material de primeiros socorros não forem classificados imediatamente após a receção;
2.3.8.8 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios c) Uma zona para a seleção, calibração, classificação e marcação dos
2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS ovos equipada de forma a assegurar que os ovos estejam ao abrigo de
2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar variações de temperatura;
2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP d) Uma zona de armazenagem dos ovos, depois de classificados e
2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP marcados, localizada de modo a não ter passagem ou permanência em
2.4.1.3 — Rastreabilidade zonas onde possa haver risco de contaminação;
2.4.1.4 — Subprodutos e) Um local onde os subprodutos de origem animal (ovos e cascas de
2.4.1.5 — Disposições relativas ao controlo da Salmonela ovos) sejam armazenados, que salvaguarde a contaminação dos ovos
2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho destinados ao consumo humano por aquelas matérias;
2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no f) Um local para armazenagem de materiais de acondicionamento e de
trabalho embalagem. As características do local de armazenagem devem permitir
2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade assegurar que os materiais de embalagem não são contaminados;
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23027

g) Um local para armazenagem de detergentes, desinfetantes e outros b) Nos locais de laboração, os tetos e os equipamentos neles mon-
produtos químicos, em condições de segurança, segregado do armaze- tados devem ser construídos de modo a facilitar a sua higienização,
namento dos alimentos produzidos; a evitar o desenvolvimento de fungos, a acumulação de poeiras e o
h) Um local para armazenagem de utensílios de lavagem e desinfeção; desprendimento de partículas que de qualquer forma possam vir a
i) Uma zona de lavagem dos utensílios e equipamentos, com um causar contaminação.
abastecimento de água quente e fria; c) A junção entre o teto e as paredes não deve exibir aberturas des-
j) Uma zona destinada à armazenagem dos utensílios depois de de- protegidas, de modo a minimizar a contaminação por via atmosférica,
vidamente lavados e desinfetados, que deve ser limpa, seca e protegida pela entrada de fumos, gases, poeiras, insetos e outros animais.
de contaminações;
k) Um local destinado ao acondicionamento e embalagem dos ovos, 2.2.8 — Portas
munido de mesa(s) de trabalho ou suportes com altura adequada à a) Nos locais de laboração, as portas devem apresentar as seguintes
tarefa dos operadores; características:
l) Uma zona de expedição, concebida de modo a minimizar a con-
taminação por via atmosférica, pela entrada de gases do escape, de • Devem ser lisas, constituídas de materiais não absorventes, facil-
poeiras e de insetos; mente laváveis e desinfetáveis;
m) Uma sala especificamente destinada à venda ao público, caso este • Devem possuir sistemas de fecho adequado e eficiente de forma
tipo de venda seja efetuada no estabelecimento, concebida de modo a a permitir o seu ajuste ao pavimento e às paredes, sempre que abram
impedir a entrada de pessoas indevidamente fardadas e higienizadas diretamente para o exterior, designadamente as das zonas de receção
nas zonas de exploração; de matérias-primas e de expedição;
n) Uma zona de vestiário e instalações sanitárias que, pela sua loca-
lização e conceção, asseguram o circuito adequado dos trabalhadores b) As portas e os portões que sejam de funcionamento mecânico
e permitem o seu fardamento e a sua higienização, antes da entrada das devem possuir dispositivos de paragem de emergência facilmente iden-
zonas de laboração (vide 2.2.11). tificáveis e acessíveis devendo, em caso de falha de energia, poder abrir-
-se automaticamente ou por comando manual. As portas e os portões
2.2.4 — Requisitos Dimensionais basculantes devem ser transparentes ou possuir painéis transparentes
com uma marca opaca a um nível facilmente identificável pelo olhar.
a) A dimensão do estabelecimento e dos seus compartimentos deve As portas e portões automáticos devem estar dotados de sistemas de
facultar espaço de trabalho suficiente para a execução higiénica das deteção de movimento (ex. células fotoelétricas) por forma a poderem
operações e permitir a aplicação de boas práticas de higiene, não po- parar automaticamente.
dendo, em qualquer caso, a área mínima útil de trabalho ser inferior a c) As portas e portões de correr devem possuir dispositivos de segu-
1,80 m2 por trabalhador. rança que os impeça de saltar das calhas ou cair.
b) O pé direito mínimo do estabelecimento deve ser de 3 metros. d) Junto aos portões destinados à circulação de veículos devem
c) A cubagem mínima de ar por trabalhador é de 11,50 m3 podendo existir portas para peões, sinalizadas e permanentemente desobstruídas.
ser reduzida para 10,50 m3 caso se verifique uma boa renovação. Para e) As portas das vias de emergência deverão ser resistentes ao fogo
determinação da cubagem mínima não são considerados os volumes e estar munidas de barras antipânico, abrir para o exterior e estarem
de móveis, máquinas ou quaisquer outros materiais existentes no local. devidamente sinalizadas e disporem de iluminação de segurança.
d) As vias de circulação interiores, incluindo as de emergência, devem
ter uma largura mínima de 0,90 m de modo a permitir a circulação fácil 2.2.9 — Janelas
e segura das pessoas, sendo esta largura ajustada em função do número
de trabalhadores de acordo com o Regulamento Técnico de Segurança a) As características das janelas e das claraboias devem permitir o
Contra Incêndios em Edifícios. Se estas vias de circulação apresenta- seu funcionamento em segurança, com isolamento térmico e possibi-
rem riscos de queda em altura, devem existir resguardos laterais com lidade de ajuste de abertura, dispondo de dispositivos de controlo da
uma altura mínima de 0,90 m e, se necessário, rodapé com uma altura incidência dos raios solares.
mínima de 0,14 m. b) Nos locais de laboração, as janelas e outras aberturas, pela sua
e) As escadas fixas devem ter uma largura mínima de 0,90 m e possuir conceção e construção, devem evitar a acumulação de sujidade e dis-
corrimão não interrompido nos patamares, sendo os degraus em piso por, quando abram para o exterior, de redes mosquiteiras, removíveis
antiderrapante, ou contendo tiras abrasivas junto ao bordo, e proteções para permitir a sua limpeza, ou de outro sistema que previna a entrada
com uma altura mínima de 0,90 m. de pragas.
f) Os intervalos entre máquinas, instalações ou materiais devem ter
uma largura de, pelo menos, 0,60 m. 2.2.10 — Vias normais e de emergência
g) Os compartimentos onde estão instaladas as retretes devem ter as Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no
dimensões mínimas de 0,80 m de largura por 1,30 m de profundidade. Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em edifícios:
h) No caso de estabelecimentos que empreguem mais de 25 traba-
lhadores, as instalações de vestiário, cabinas de chuveiro e lavatórios a) As vias normais e de emergência têm de estar permanentemente
anexos, no seu conjunto, devem dispor de uma área não inferior à desobstruídas e em condições de utilização, devendo o respetivo traçado
correspondente a 1 m2 por utilizador. conduzir, o mais diretamente possível, a áreas ao ar livre ou a zonas
de segurança.
2.2.5 — Pavimento b) A instalação de cada posto de trabalho deve permitir a evacuação
rápida e em máxima segurança dos trabalhadores.
a) O pavimento do estabelecimento deve ser fixo, estável, antiderra- c) O número, a localização e as dimensões das vias e das saídas de
pante e sem inclinações perigosas, saliências e cavidades. emergência devem atender ao tipo de utilização, às características do
b) As aberturas nos pavimentos devem estar protegidas com resguar- local de trabalho, ao tipo de equipamento e ao número previsível de
dos fixos e resistentes. utilizadores em simultâneo.
c) Nos locais de laboração o pavimento deve ser constituído por d) As vias e as saídas de emergência que necessitem de iluminação
materiais impermeáveis, não absorventes, laváveis, desinfetáveis e artificial durante os períodos de trabalho devem dispor de ilumina-
não tóxicos e dispor de drenagem adequada, devendo apresentar uma ção de segurança alternativa para os casos de avaria da iluminação
inclinação ligeira e uniforme de 1 a 2 % e dotadas de grelha de esco- principal.
amento com ralo sifonado.
2.2.11 — Cais e rampas de carga
2.2.6 — Paredes
a) Os cais e as rampas de carga devem ser adequados à dimensão
a) As paredes interiores do estabelecimento devem ser lisas, de fácil das cargas neles movimentados e devem permitir a circulação fácil e
limpeza e pintadas de cores claras não brilhantes. segura das pessoas.
b) Nos locais de laboração, as paredes devem ainda ser revestidas de b) Os cais de carga devem ter pelo menos, uma saída ou, quando o
materiais impermeáveis, laváveis, não absorventes e não tóxicos. seu comprimento for superior a 25 m, uma saída em cada extremidade.
c) As divisórias, transparentes ou translúcidas existentes, devem estar c) As vias de circulação destinadas a veículos devem estar distan-
assinaladas por forma a serem visíveis. ciadas das portas, dos portões, das passagens para peões, dos corre-
dores e das escadas de modo a não constituírem risco parar os seus
2.2.7 — Tetos utilizadores;
a) Os tetos devem apresentar-se lisos, de fácil limpeza, pintados ou d) As vias de circulação destinadas a pessoas devem ter iluminação
revestidos de cor clara e de material incombustível. adequada e piso não escorregadio e antiderrapante.
23028 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

2.2.12 — Instalações sociais • Ser acedidos por pessoa competente;


a) As instalações sanitárias: • Estar instalados em local que não permita a entrada de água e
afastados de substâncias combustíveis e ou inflamáveis;
• Devem ser separadas ou de utilização separada por sexo, não de- • Estar equipados com um disjuntor diferencial para proteção das
vendo comunicar diretamente com os locais de exploração; pessoas, bem como com disjuntores magnetotérmicos para proteção
• Devem conter um lavatório fixo por cada grupo de 10 trabalhadores da instalação contra curto-circuitos e sobreaquecimentos;
que cessem simultaneamente o trabalho; • Estar equipados com disjuntores que permitam identificar o circuito
• Destinadas ao sexo masculino, devem conter uma retrete e um urinol por eles alimentado.
por cada grupo de 25 homens ou fração trabalhando simultaneamente;
os urinóis devem dispor de dispositivos de descarga de água e estar c) As tomadas e as fichas devem ser concebidas de forma a que não
separados por baias laterais distantes entre si de pelo menos 0,60 m; seja possível o contacto direto com as partes ativas antes, durante e
• Destinadas ao sexo feminino, devem conter uma retrete por cada depois da inserção da tomada. Nos locais onde se verifique a possibi-
grupo de 15 trabalhadoras que cessem simultaneamente o trabalho. lidade de contacto com a água, as infraestruturas elétricas deverão ser
estanques e assegurar a proteção adequada.
b) Os compartimentos, onde estão instaladas as retretes, devem d) A instalação elétrica deve encontrar-se em bom estado de conser-
possuir tiragem de ar direta para o exterior, com porta independente a vação, nomeadamente sem fios descarnados, sem ruturas nos cabos e
abrir para fora e provida de fecho.
sem fichas ou tomadas partidas.
c) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e
e) Os equipamentos de trabalho (máquinas e ferramentas elétricas
de toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos.
portáteis) devem garantir a proteção dos trabalhadores contra os riscos
d) A zona destinada aos vestiários deve comunicar diretamente com
de contacto direto ou indireto com a eletricidade.
as cabinas de chuveiro e os lavatórios, ser separada por sexos e dispor
f) Verificações regulares com vista a garantir o seu adequado fun-
de armários individuais munidos de fechadura ou cadeado.
e) Os chuveiros devem existir na proporção de 1/10 trabalhadores cionamento.
que possam vir a utilizá-los simultaneamente, com água quente e fria,
2.2.16 — Sinalização de segurança
separados ou de utilização separada por sexo.
f) Os trabalhadores devem ter à sua disposição, na zona de vestiário, O estabelecimento deve dispor de sinalização de segurança em todos
cacifos duplos construídos com materiais laváveis, resistentes à corro- os pontos convenientes, (sinais de saída e de emergência, sinais res-
são, não porosos e impermeáveis, de forma a permitir a separação das peitantes a incêndios, sinais de obrigação, de proibição, de advertência
roupas de uso pessoal e de trabalho, assim como de outros bens pessoais. de perigo, sinais para obstáculos, marcação de vias de circulação e
As fardas de trabalho limpas são colocadas, à disposição dos trabalha- iluminação de segurança).
dores, em equipamento adequado e localizado à entrada dos vestiários.
g) Refeitórios: 2.2.17 — Águas de abastecimento
• Os estabelecimentos que empreguem 50 ou mais trabalhadores e a) O estabelecimento deve dispor de uma rede de água potável
aqueles em que lhe seja autorizado tomarem as suas refeições devem quente e fria que garanta o correto abastecimento a todos os lavatórios
dispor de uma sala destinada exclusivamente a refeitório, com meios e dispositivos de lavagem.
próprios para aquecer a comida, não comunicando diretamente com b) A água não potável, se for usada (no combate a incêndios, produção
locais de trabalho, instalações sanitárias ou locais insalubres; de vapor ou refrigeração de equipamentos) deve circular em sistemas
• A superfície dos refeitórios deve ser calculada em função do número separados, devidamente identificados, sem que haja ligação ou refluxo
máximo de pessoas que os possam utilizar simultaneamente, tendo em para o sistema de água potável.
conta o seguinte: c) A utilização da água no estabelecimento deve ser otimizada de
○ 18,5 m2 até 25 trabalhadores; forma a reduzir os consumos de água e os volumes de águas residuais
○ 18,5 m2 + 0,65 m2 por pessoa a mais, entre 26 e 74 trabalhadores; industriais produzidas.
○ 50 m2 + 0,55 m2 por pessoa a mais, entre 75 e 149 trabalhadores; d) As atividades agroindustriais devem promover o uso eficiente
○ 92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre 150 e 499 trabalhadores; da água, particularmente tendo em consideração as linhas de orienta-
○ 225 m2+ 0,40 m2 por pessoa a mais, para 500 ou mais trabalhadores. ção do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA),
aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de
• Devem ter mesas e cadeiras ou bancos, em número correspondente 30 de junho.
ao máximo de trabalhadores que podem utilizá-los ao mesmo tempo.
2.2.18 — Águas residuais
h) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e de
toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos. a) O sistema de drenagem de águas residuais deve assegurar a correta
drenagem dos pavimentos e estar munido de mecanismos que impeçam
2.2.13 — Iluminação os refluxos.
b) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização das águas
a) Deve ser assegurada uma correta intensidade de luz (natural e ou residuais resultantes de processos de extração física (p. e., na indústria
artificial) nas diferentes áreas do estabelecimento, incluindo nas zonas dos óleos vegetais), de lavagem de produtos alimentares em bruto e
de armazenagem e nas vias de circulação interiores. operações de lavagem de embalagens e vasilhame, para outros fins como
b) As lâmpadas existentes nas áreas de manipulação e armazenagem sendo nas lavagens das instalações fabris, para o uso agrícola na rega
de géneros alimentícios devem possuir proteção antiqueda de partículas e para o transporte das matérias alimentares a processar.
em caso de quebra. c) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização de água
2.2.14 — Ventilação com origem noutros processos existentes na unidade industrial ou no
uso de água de qualidade inferior, para fins de lavagens de instalações
a) Todas as áreas do estabelecimento devem estar equipadas com e de equipamentos.
sistemas de ventilação natural e ou forçada (mecânica) que garanta a
exaustão de cheiros, fumos ou vapores e evite condensações e desen- 2.2.19 — Águas pluviais
volvimento de bolores, devendo o caudal médio de ar puro (ventilação)
ser de pelo menos 30 a 50 m3 por hora e por trabalhador. Sempre que possível deve ser promovida a recolha e a utilização de
b) O sistema de ventilação deve ser construído de forma a propor- águas pluviais, para fins de lavagens de instalações e de equipamentos.
cionar um acesso fácil aos filtros e a outras partes que necessitem de
limpeza ou de substituição. 2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS
2.3.1 — Caraterísticas dos materiais
2.2.15 — Instalação elétrica
Todos os utensílios, aparelhos e equipamentos que entrem em con-
A instalação elétrica deve cumprir as regras técnicas das instala- tacto com os alimentos devem ser fabricados com materiais adequados.
ções elétricas previstas na legislação específica aplicável, incluindo
as seguintes: 2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos
a) Todas as instalações deverão estar dotadas de terra de proteção; a) Os equipamentos devem estar instalados de forma a permitir a
b) Os quadros elétricos deverão: limpeza da área circundante, devendo os intervalos entre máquinas e
• Ser de fácil acesso e estar permanentemente desobstruídos; outros materiais ter uma largura mínima de 0,60 m.
• Ter portas fechadas à chave e dotadas de sinalização de aviso de b) Sempre que sejam utilizadas estantes, designadamente nas áreas
perigo de eletrocussão; de armazenagem, estas devem estar estruturadas em função das cargas
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23029

previstas e estar afixadas às paredes e pavimento de forma a garantir 2.3.8.3 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa-
sua estabilidade. mentos de trabalho
c) Os equipamentos e máquinas ruidosas devem dispor de elementos Devem ser asseguradas verificações periódicas e extraordinárias dos
para redução de ruído na fonte (silenciadores, atenuadores, blocos de equipamentos de trabalho, incluindo o bom estado das fichas e o isola-
inércia, elementos antivibráticos) e devem estar isolados mento dos condutores, devendo estar disponíveis registos que eviden-
ciem o cumprimento deste requisito, bem como os respetivos relatórios.
2.3.3 — Lavatórios dos locais de manipulação dos géneros ali-
mentícios 2.3.8.4 — Elevação e transporte de materiais
a) Devem existir lavatórios de mãos localizados pelo menos nos Devem ser utilizados meios técnicos apropriados na carga, descarga,
seguintes locais: locais onde são manuseados e embalados os ovos e circulação, transporte e armazenagem de materiais de modo a evitar,
de venda ao público. tanto quanto possível os esforços físicos.
b) Os lavatórios devem ser dotados de água potável quente e fria, de
sistema de acionamento não manual e devem drenar diretamente para 2.3.8.5 — Elementos móveis dos equipamentos de trabalho
a rede de esgotos, mediante ligação dotada de sifão.
c) Junto dos lavatórios devem existir dispositivos dispensadores de Os elementos móveis dos equipamentos de trabalho que possam
detergente e desinfetante das mãos, toalhetes individuais de papel ou causar acidentes por contacto mecânico devem ter protetores que im-
dispositivo de secagem de mãos. No caso de serem usados toalhetes peçam o acesso às zonas perigosas ou dispositivos que interrompam o
individuais, deve existir um contentor para colocação dos mesmos movimento dos elementos móveis antes do acesso a essas zonas.
após utilização.
2.3.8.6 — Equipamentos de proteção individual
2.3.4 — Dispensador de água potável Os equipamentos de proteção individual contra os riscos resultantes
O estabelecimento deve dispor de dispensador de água potável, sendo das operações efetuadas devem encontrar-se disponíveis para os traba-
proibido o uso de copos coletivos. lhadores. Estes equipamentos devem ser distribuídos individualmente
e, mantidos em adequadas condições de conservação e higiene.
2.3.5 — Contentores para colocação de subprodutos
2.3.8.7 — Material de primeiros socorros
O estabelecimento deve dispor de contentores para o acondiciona-
mento de subprodutos, constituídos por materiais laváveis e desinfetá- O estabelecimento deve dispor de material de primeiros socorros de
veis. Os contentores devem ser estanques, munidos de tampa e devem fácil acesso e devidamente sinalizado.
ostentar a menção “Categoria 3” e “Não destinado ao consumo humano”. 2.3.8.8 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios
2.3.6 — Equipamento técnico de classificação e manuseamento Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no
dos ovos Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios e
da adoção das medidas de autoproteção mínimas exigíveis, em função
O estabelecimento deve estar munido dos seguintes equipamentos: da categoria de risco por utilização-tipo:
a) Equipamento de miragem, permanentemente assistido ou auto- a) Devem existir meios de deteção adequados em zonas de produção
mático, que permite examinar separadamente a qualidade do ovo, ou e armazenagem;
outro equipamento adequado. Caso se utilize uma máquina automática b) Os meios de combate a incêndios devem estar disponíveis, ser os
que assegure a verificação luminosa, a triagem e a classificação, o adequados, encontrarem-se sinalizados e em condições operacionais.
equipamento deve incluir um ovoscópio autónomo; c) Na ausência de outro critério de dimensionamento devidamente
b) Dispositivos de medição da altura da câmara-de-ar; justificado, os extintores devem ser calculados à razão de:
c) Equipamento para classificar os ovos em função do peso (exceto
se trabalhar exclusivamente para a indústria alimentar e não alimentar); • 18 L de agente extintor padrão por 500 m2 ou fração de área de
d) Uma ou várias balanças homologadas para a pesagem de ovos; pavimento do piso em que se situem;
e) Equipamento para marcação de ovos. • Um por cada 200 m2 de pavimento do piso ou fração, com um
mínimo de dois por piso.
2.3.7 — Embalagens d) Os extintores devem ser convenientemente distribuídos, sinalizados
Os materiais de acondicionamento e embalagem não são reutili- sempre que necessário e instalados em locais bem visíveis, colocados
záveis. em suporte próprio de modo a que o seu manípulo fique a uma altura
não superior a 1,2 m do pavimento e localizados preferencialmente:
2.3.8 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa- • Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das
mentos câmaras corta-fogo, quando existam;
2.3.8.1 — Equipamentos a gás/termoacumulador • No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas.
a) Os esquentadores devem ser instalados em locais ventilados, com
exaustão de gases e fumos para o exterior e não devem ser instalados em 2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS
locais fechados, nomeadamente em casas de banho, dispensas e garagens. 2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar
b) A eventual armazenagem de garrafas de GPL deverá satisfazer 2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP (1)
as seguintes condições: O industrial deve estabelecer um procedimento ou procedimentos
• É apenas permitida a existência de garrafas de GPL amovíveis, cheias baseados nos princípios HACCP. Deve existir uma abordagem funda-
ou vazias, desde que a sua capacidade global não exceda 1,500 dm3, por mentada aos perigos envolvidos, nomeadamente a sua identificação,
metro quadrado de área útil da oficina ou nave industrial; avaliação e formas de controlo e registo (2).
• No caso de utilização de garrafas amovíveis com capacidade unitária
inferior a 30 dm3, estas não devem ser agrupadas em mais de quatro 2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP
unidades por grupo. Para efeitos de execução do disposto do ponto anterior, o industrial deve:
• É proibido o uso de garrafas de GPL em espaços situados abaixo
da cota do piso 0, (caves ou subcaves) por força da sua densidade ser a) Definir um fluxograma, que inclua a descrição das operações (3);
maior do que a do ar. b) Dispor de planta com marcação dos circuitos funcionais de pessoal,
• Caso a quantidade de GPL armazenada esteja sujeita a controlo géneros alimentícios, matérias subsidiárias (material de acondiciona-
prévio/licenciamento, o mesmo deve ser obtido nos termos da legis- mento e embalagem), subprodutos e da rede de águas e esgotos;
lação aplicável. c) Definir procedimentos de controlo de receção dos ovos. No caso
dos materiais de acondicionamento e embalagem, o controlo deve
c) Caso seja instalado termoacumulador, o industrial deverá estar na assegurar que os materiais são próprios para entrar em contacto com
posse de termo de responsabilidade técnica de montagem, garantindo-se os géneros alimentícios;
a utilização da proteção diferencial de alta sensibilidade. d) Definir procedimentos de higienização e desinfeção das instala-
ções, equipamentos e utensílios;
2.3.8.2 — Máquinas
e) Definir procedimentos de controlo do acesso às instalações por
As máquinas instaladas devem satisfazer as exigências essenciais de parte de animais domésticos e pragas;
segurança e saúde aplicáveis, incluindo declaração CE de conformidade, f) Definir um plano de controlo analítico, de acordo com a análise
marcação CE e manual de instruções em português. de risco;
23030 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

g) Definir procedimentos de supervisão e instrução e ou formação tes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo nem sejam
do pessoal que manuseia os ovos, em matéria de higiene dos géneros abrangidas pela obrigatoriedade de serviços internos) e contemplam
alimentícios; exclusivamente os trabalhadores por cuja segurança e saúde os empre-
h) Implementar boas práticas de fabrico. gadores subscritores do acordo sejam responsáveis.
O acordo referido, carece de autorização da Autoridade para as Con-
2.4.1.3 — Rastreabilidade dições do Trabalho, (no âmbito da segurança no trabalho) e da Direção
O industrial deve definir procedimentos que permitam identificar os Geral da Saúde (no âmbito da saúde no trabalho).
fornecedores de ovos e identificar os operadores a quem tenham sido
fornecidos os seus produtos, de forma a assegurar a rastreabilidade. d) Serviço interno
Este serviço deve ser instituído pelo empregador, abrange exclusi-
2.4.1.4 — Subprodutos vamente os trabalhadores por cuja segurança aquele é responsável, faz
Constituem subprodutos de origem animal os ovos partidos, cascas de parte da estrutura da empresa e funciona na sua dependência.
ovos, ovos impróprios para consumo e ovos que por razões comerciais Esta modalidade é obrigatória para estabelecimentos com mais de
não se destinem ao consumo humano. 400 trabalhadores ou (conjunto de estabelecimentos distanciados da-
Os subprodutos devem ser recolhidos e colocados em contentores que quele que ocupa maior número de trabalhadores e que, com este, tenham
devem ser limpos e desinfetados após cada utilização (vide ponto 2.3.5). pelo menos 400 trabalhadores) ou para estabelecimentos (ou conjunto
Os subprodutos devem ser encaminhados para estabelecimentos de estabelecimentos) que desenvolvam atividades de risco elevado a
aprovados ou registados, que constam das listas divulgadas no sítio da que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores.
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária em: Qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa ou o estabe-
http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/generic lecimento, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades
os?generico=157838&cboui=157838 de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de
instalações, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos
O transporte de ovos partidos destinados à produção de matérias para trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar
alimentação animal deve ser efetuado a uma temperatura máxima de os contactos necessários com as entidades externas competentes para
7°C. Os veículos utilizados no transporte refrigerado devem garantir a realizar aquelas operações e as de emergência médica.
manutenção de uma temperatura adequada durante todo o transporte e
permitir que a temperatura seja monitorizada. 2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade
Durante o transporte, os subprodutos animais referidos no parágrafo
anterior devem ser acompanhados da guia de acompanhamento de As condições de temperatura e humidade dos locais de trabalho
subprodutos de origem animal modelo 376/DGV, que deve ser emitida devem ser mantidas dentro dos limites convenientes para evitar danos
pelo estabelecimento de origem dos mesmos. na saúde dos trabalhadores e a inviabilidade dos ovos.
2.4.1.5 — Disposições relativas ao controlo da Salmonela
2.4.2.3 — Condições ergonómicas
O estabelecimento deve assegurar que apenas são recebidos ovos pro-
venientes de bandos negativos à Salmonela. Nos casos em que não seja A Ergonomia visa a conceção e ou correção de sistemas, máquinas e
possível evitar a receção de ovos provenientes de bandos sob restrições postos de trabalho que sejam seguros e eficientes, adaptando o trabalho
sanitárias, por questões estruturais inerentes aos pavilhões de produção, ao Homem e tendo como objetivo fundamental, o aumento da segurança,
deve ser garantida a separação desses ovos em relação aos provenientes saúde e conforto do trabalhador, contribuindo assim para o aumento da
de bandos negativos, de modo a impedir a contaminação cruzada. eficiência organizacional, pelo que:
2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho a) A disposição e dimensionamento dos postos de trabalho devem
2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no ser adequados às exigências das tarefas a executar;
trabalho b) Devem ser adotados os meios técnicos e organizacionais para
reduzir os esforços nas atividades de manuseamento de cargas, bem
O industrial deve organizar os serviços de segurança e saúde no tra- como a repetibilidade de tarefas
balho de acordo com as seguintes modalidades, previstas no artigo 74.º
da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro: 2.4.2.4 — Prevenção de riscos profissionais
a) Serviço externo (4), O estabelecimento deve dispor de um plano escrito de prevenção de
ou, quando legalmente admitido, riscos profissionais, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das
b) Regime simplificado (atividade de segurança exercida pelo em- atividades da empresa, a avaliação dos riscos e as respetivas medidas
pregador ou por trabalhador designado). (5) de prevenção.
c) Serviço comum Deve ser assegurada a formação, informação e sensibilização dos
O serviço comum deve ser instituído por acordo, que deve ser cele- trabalhadores em matéria de exposição ao risco profissional.
brado por escrito, entre várias empresas ou estabelecimentos (pertencen- Na tabela seguinte, identificam-se as seguintes medidas preventivas:

ATIVIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS

RECEÇÃO E ARMAZENAGEM DE OVOS E • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA A MOVIMENTAÇÃO MANUAL


OUTROS MATERIAIS (EMBALAGENS) DE CARGAS, QUANDO ESTA FOR SUPERIOR A 20 KG;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE);
• DEFINIR E IMPLEMENTAR REGRAS DE ARMAZENAGEM (O EMPILHAMENTO DE
MATERIAIS, DEVE SER FEITO DE FORMA SEGURA, TENDO EM ATENÇÃO QUE
ESTES DEVEM SER EMPILHADOS SOBRE BASES RESISTENTES, NÃO DEVENDO
A SUA ALTURA COMPROMETER A ESTABILIDADE DA PILHA, A DISTRIBUIÇÃO
DA LUZ NATURAL OU ARTIFICIAL, A CIRCULAÇÃO NAS VIAS DE PASSAGEM, O
FUNCIONAMENTO EFICAZ DE EQUIPAMENTOS OU DE MATERIAL DE LUTA CON-
TRA INCÊNDIOS, NÃO DEVENDO EXISTIR ELEMENTOS SALIENTES QUE POSSAM
CAUSAR EMBATES OU TROPEÇÕES);
• COLOCAR EQUIPAMENTOS PARA CORRETA ARMAZENAGEM DOS MATERIAIS.

SELEÇÃO, CALIBRAÇÃO, CLASSIFI- • ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
CAÇÃO. DADE);

ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM • ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS, TAPETES ROLANTES)
ADEQUADA ÀS TAREFAS E AOS OPERADORES.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23031

ATIVIDADES MEDIDAS PREVENTIVAS

ARMAZENAGEM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • O EMPILHAMENTO DE MATERIAIS, DEVE SER FEITO DE FORMA SEGURA, TENDO EM


ATENÇÃO QUE OS MATERIAIS DEVEM SER EMPILHADOS SOBRE BASES RESISTEN-
TES, NÃO DEVENDO A SUA ALTURA COMPROMETER A ESTABILIDADE DA PILHA,
A DISTRIBUIÇÃO DA LUZ NATURAL OU ARTIFICIAL, A CIRCULAÇÃO NAS VIAS DE
PASSAGEM, O FUNCIONAMENTO EFICAZ DE EQUIPAMENTOS OU DE MATERIAL
DE LUTA CONTRA INCÊNDIOS, E NÃO DEVENDO EXISTIR ELEMENTOS SALIENTES
QUE POSSAM CAUSAR EMBATES OU TROPEÇÕES;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE).

LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E INSTA- • DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS PRODUTOS;


LAÇÕES (UTILIZAÇÃO DE DESINFE- • ADEQUADA ARMAZENAGEM E ROTULAGEM;
TANTES E DETERGENTES). • UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE ASPIRAÇÃO COM FILTRAÇÃO ADEQUADA;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUADOS.

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS . . . . . . . • CONCEÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO DE MODO A SEREM RESPEITADOS OS


PRINCÍPIOS ERGONÓMICOS, DE CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E QUALIDADE
DO AR.

2.4.3 — Ambiente III. Armazenamento dos resíduos produzidos de modo a não provo-
2.4.3.1 — Recursos hídricos car danos para o ambiente, nem para a saúde humana, instalando-se,
sempre que necessário, sistemas de contenção/retenção secundária de
a) Caso o estabelecimento utilize água proveniente de captação pró-
eventuais escorrências e ou derrames;
pria de águas superficiais ou subterrâneas (6) deve dispor de título de
IV. Encaminhamento dos resíduos produzidos para operadores au-
utilização de recursos hídricos, ou do correspondente título padronizado,
torizados para a sua valorização ou eliminação, assegurando que o seu
se aplicável, ou parecer positivo à comunicação prévia, emitido pela
transporte é acompanhado, até à entrada em vigor das e-GAR (Guia de
Agência Portuguesa do Ambiente. Acompanhamento de Resíduos Eletrónica), por guia preenchida em tri-
b) O disposto na alínea anterior deve ter em consideração o artigo 2.º plicado, em Modelo n.º 1428 da Imprensa Nacional-Casa da Moeda;
do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, uma que a qualidade da V. Registo no sistema integrado de registo eletrónico de resíduos
água utilizada para fabrico, transformação, conservação ou comercia- (SIRER) a efetuar no prazo de um mês após o inicio da atividade ou
lização de produtos ou substâncias, assim como a utilizada na limpeza do funcionamento do estabelecimento, bem como registo anual da
de superfícies, objetos e materiais que podem estar em contacto com informação relativa à produção de resíduos, por código da Lista Eu-
os alimentos deve ser igual à exigida para o consumo humano, exceto ropeia de Resíduos, até 31 de março do ano seguinte ao do ano civil
quando a utilização dessa água não afeta a salubridade do género ali- a reportar caso o estabelecimento produza qualquer quantidade de
mentício na sua forma acabada. A utilização de captações próprias resíduos perigosos ou produza resíduos não urbanos e empregue mais
para os processos que interfiram com a salubridade dos alimentos só de 10 trabalhadores.
é permitida se não houver a possibilidade de ligação à rede pública de
abastecimento, devendo ser implementado neste caso um sistema de b) Aderir a um sistema de gestão que assegure o cumprimento do
tratamento necessário, ou nos casos das indústrias já existentes desde princípio da responsabilidade alargada do produtor.
que possuam um sistema de tratamento que comprovadamente produz
uma água equiparada à definida no Decreto-Lei n.º 306/2007. 2.4.3.3 — Ruído ambiente
c) Se o estabelecimento estiver ligado ao sistema público de drenagem O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei
de águas residuais, deve dispor de autorização expressa da respetiva n.º 9/2007, de 17 de janeiro, será aplicável às instalações agroin-
entidade gestora, conforme disposto no artigo 54.º do Decreto-Lei dustriais caso estas consubstanciem, no caso de alterações de uma
n.º 226-A/2007, de 31 de maio. instalação existente, ou venham a consubstanciar, no caso de novas
d) No caso de rejeição de águas residuais no meio hídrico ou no instalações, o conceito de "atividade ruidosa permanente" conforme
solo (sistema autónomo doméstico seguido de órgão de infiltração no definição constante da alínea a) do artigo 3.º do RGR. Ou seja, o ruído
terreno), o estabelecimento deve dispor de título de utilização de recur- produzido pela instalação existente, terá de ser, pelo menos, audível
sos hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente ou, no caso (avaliação qualitativa) junto de um ou mais recetores sensíveis (edi-
de rejeição águas residuais domésticas no solo, e se tal for a opção do fício habitacional, escolar, hospitalar ou similar ou espaço de lazer,
industrial, do correspondente título padronizado, nos casos aplicáveis. com utilização humana). Caso a condição anterior se verifique, deve
e) No caso do estabelecimento se localizar em terrenos do domínio evidenciar o cumprimento dos requisitos acústicos estabelecidos no
hídrico deve dispor de título de utilização de recursos hídricos emitido n.º 1 do artigo 13.º do RGR, apresentando à entidade coordenadora
pela Agência Portuguesa do Ambiente. do licenciamento uma avaliação acústica (n.º 9 do artigo 13.º do
f) Os pedidos de emissão de título de utilização de recursos hídricos RGR) que reveste a forma de ensaio acústico a realizar junto do ou
devem ser submetidos no Sistema Integrado de Licenciamento do no recetor e, caso aplicável, a apresentação de medidas de prevenção
Ambiente (SILiAmb) em https://siliamb.apambiente.pt. e controlo do ruído.
Para novas instalações, terá que ser realizado um estudo previsional
2.4.3.2 — Resíduos que demonstre a viabilidade do cumprimento dos requisitos acústicos
a) Sempre que o estabelecimento produza resíduos que não possam estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º do RGR sob condições normais
ser equiparados a resíduos urbanos (resíduos que pela sua natureza e de funcionamento da instalação agroindustrial.
composição são semelhantes aos resíduos provenientes de habitações
e cuja produção diária não ultrapassa 1100 litros), deve ser assegurada, 2.5 — FLEXIBILIDADE
na gestão dos mesmos o cumprimento do disposto no Decreto-Lei Eventuais desvios às condições de instalação e exploração constantes
n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei do presente título poderão ser admitidos, uma vez demonstrada pelo
n.º 73/2011, de 17 de junho, nomeadamente: industrial a sua compatibilidade com os objetivos relativos à segurança
I. Adoção de medidas de gestão de substâncias, materiais ou produtos, alimentar, segurança e saúde no trabalho e ambiente prosseguidos pela
quando aplicável, destinadas a reduzir a quantidade, a perigosidade e legislação aplicável.
os impactes adversos no ambiente e na saúde humana dos resíduos (1) HACCP — Hazard Analysis and Critical Control Points (em por-
produzidos; tuguês "APPCC — Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo")
II. Separação dos resíduos na origem, por fluxos e fileiras, de forma é um método sistemático e documentado de controlo de segurança
a promover a sua valorização; alimentar, concebido para prevenir, eliminar e ou detetar perigos.
23032 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

(2) Devem ser consideradas as recomendações constantes no docu- ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
mento de orientação sobre a aplicação de procedimentos baseados nos
• Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro
princípios HACCP e sobre a simplificação da aplicação dos princípios
HACCP, disponível em http://ec.europa.eu/food/food/biosafety/hygie- Aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho
nelegislation/guidance_doc_haccp_pt.pdf. nos Estabelecimentos Industriais
(3) O fluxograma constante no anexo II é meramente indicativo.
(4) O serviço externo é desenvolvido por entidade autorizada pela • Portaria n.º 702/80, de 22 de setembro
ACT (no âmbito da segurança no trabalho) e pela DGS (no âmbito Altera a Portaria n.º 53/71 de 03 de fevereiro, que aprova o Regula-
da saúde no trabalho) que, mediante contrato com o empregador, por mento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos
escrito, realiza as atividades principais (descritas no artigo n.º 98.º da Industriais
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro), que visam prevenir os riscos
profissionais e promover a segurança e saúde dos trabalhadores. • Portaria n.º 1081/91, de 24 de outubro
(5) No estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distanciados Estabelece regras uniformes de fabrico e de montagem de termoa-
até 50 km do de maior dimensão, que empregue no máximo 9 traba- cumuladores elétricos
lhadores, as atividades de segurança no trabalho podem ser exercidas
diretamente pelo próprio empregador, ou por um ou mais trabalhadores • Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro
designados, se possuírem formação adequada, dispuserem de tempo e de
meios e permanecerem habitualmente no estabelecimento. O exercício Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde nos
desta atividade depende de autorização expressa da ACT a requerer em locais de trabalho
modelo próprio disponível no sítio eletrónico desta entidade. • Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro
(6) No caso de abastecimento de água para consumo humano, só é
admissível o recurso a este tipo de captação se a rede pública não se Estabelece a regulamentação das prescrições mínimas de segurança
encontrar disponível, ou seja, se a mesma se encontrar a uma distância e saúde nos locais de trabalho
superior a 20 metros do estabelecimento a servir. • Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de setembro
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde na mo-
ANEXOS
vimentação manual de cargas.
I — LEGISLAÇÃO • Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de outubro
ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde dos
trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual
• Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
• Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho
Aprova o Sistema da Indústria Responsável (SIR)
Estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de segurança
ܿ SEGURANÇA ALIMENTAR e de saúde no trabalho
• Regulamento (CE) n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do • Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de dezembro
Conselho, de 28 de janeiro
Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e utilização da
Estabelece os princípios e normas gerais da legislação alimentar, cria sinalização de segurança e de saúde no trabalho
a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabelece
procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios • Portaria n.º 460/2001, de 8 de maio
Aprova o Regulamento de Segurança das Instalações de Armazena-
• Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do gem de GPL com capacidade até 200 m3
Conselho, de 29 de abril,
• Despacho n.º 22 333/2001, de 30 de outubro
Relativo à higiene dos géneros alimentícios
Aprova a instrução técnica complementar para reservatórios de GPL
• Regulamento (CE) n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do • Decreto-Lei n.º 236/2003, de 30 de setembro
Conselho, de 29 de abril
Estabelece as prescrições mínimas destinadas a promover a melhoria
Estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros ali- da proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores suscetíveis de ex-
mentícios de origem animal posição a riscos derivados de atmosferas explosivas no local de trabalho.
• Regulamento (CE) n.º 2073/2005, da Comissão, de 15 de no- • Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro
vembro
Estabelece as prescrições mínimas de segurança e de saúde para a
Relativo a critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimen- utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho,
tícios
• Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de dezembro
• Regulamento (CE) n.º 1069/2009, do Parlamento Europeu e do Estabelece os procedimentos de aprovação das regras técnicas das
Conselho, de 21 de outubro instalações elétricas de baixa tensão
Define regras sanitárias relativas a subprodutos animais e produtos • Portaria n.º 949-A/2006, de 29 de dezembro
derivados não destinados ao consumo humano
Aprova as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
• Regulamento (UE) n.º 142/2011, da Comissão, de 25 de fevereiro • Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro
Aplica o Regulamento (CE) n.º 1069/2009 Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edi-
fícios, abreviadamente designado por SCIE
• Regulamento (CE) n.º 1234/2007 do Conselho de 22 de outubro
de 2007 • Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro
Estabelece uma organização comum dos mercados agrícolas e dis- Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em
posições específicas para certos produtos agrícolas Edifícios (SCIE)
• Regulamento (CE) n.º 589/2008 da Comissão de 23 de junho 2008 • Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro
Estabelece as regras de execução do Regulamento (CE) n.º 1234/2007 Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segu-
no que respeita às normas de comercialização dos ovos rança e saúde no trabalho

• Edital n.º 1 — Controlo de Salmonelas em ovos para consumo • Decreto-Lei n.º 90/2010, de 22 de julho
Estabelece disposições em matéria de controlo de Salmonela em Aprova o novo regulamento de instalação, de funcionamento, de
ovos para consumo reparação e de alteração de equipamentos sob pressão
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23033

• Informação Técnica n.º 1/2010 da Direção-Geral de Saúde SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL (SIR)

Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros (disponível TÍTULO PADRONIZADO INTEGRADO (TPI)


em www.dgs.pt, micro site de saúde ocupacional)
FABRICO DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS
• Documento de Referência da Segurança e Saúde do Trabalho QUE NÃO UTILIZE
(SST): ACT/DGS, dezembro, 2013 MATÉRIAS-PRIMAS DE ORIGEM ANIMAL
Atuação dos Industriais no âmbito do SIR NOTA PRÉVIA
ܿ AMBIENTE • O Título Padronizado Integrado (TPI) de instalação e exploração
de estabelecimento industrial de fabrico de alimentos para animais que
▪ Recursos Hídricos
não utilize matérias-primas de origem animal (adiante designado por
• Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo título), contém as condições padrão de instalação e exploração de esta-
Decreto-Lei n.º 130/2012 de 22 de junho belecimento industrial nos domínios da segurança alimentar, segurança
Aprova a Lei da Água, estabelecendo as bases e o quadro institucional e saúde no trabalho e ambiente para efeitos de exercício desta atividade.
para a gestão sustentável das águas. • A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento
industrial de fabrico de alimentos para animais que não utilize matérias-
• Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio -primas de origem animal constitui uma opção do industrial, a qual,
uma vez exercida, o habilita ao exercício desta atividade mediante o
Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos cumprimento das condições padrão definidas no presente título, sem
prejuízo da respetiva eficácia estar condicionada:
• Portaria n.º 1450/2007 de 12 de novembro
▪ À obtenção prévia, do alvará de utilização emitido pela câmara
Fixa as regras do regime de utilização dos recursos hídricos territorialmente competente ou verificado o respetivo deferimento tácito.
O título de utilização em referência deverá reportar expressamente o
• Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de junho uso industrial da instalação, salvo os estabelecimentos industriais en-
Estabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos quadráveis na parte 2-A e ou 2-B do Anexo I ao SIR, em que se aplicam
os critérios fixados no n.º 6 e 7 do art.º 8.º do SIR;
• Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de agosto ▪ À apreciação positiva de cópia da apólice de seguro de responsa-
bilidade civil aplicável aos estabelecimentos tipo 2, como previsto no
Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo artigo 4.º do SIR.
humano
• A adesão ao título de instalação e exploração de estabelecimento
▪ Resíduos industrial de fabrico de alimentos para animais que não utilize matérias-
• Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republi- -primas de origem animal não dispensa a aprovação do estabelecimento
cado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho em causa pela autoridade responsável, mediante vistoria a realizar
previamente ao início de exploração, em cumprimento do disposto no
Estabelece o regime geral da gestão de resíduos artigo 13.º do Regulamento (CE) n.º 183/2005 do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 12 de janeiro, no caso de fabrico de alimentos com-
• Portaria n.º 335/97, de 16 de maio postos que contenham aditivos das seguintes categorias:
Fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do (i) Aditivos zootécnicos, grupo funcional dos outros aditivos zoo-
território nacional técnicos e ou
(ii) Coccidiostáticos e histomonostáticos.
▪ Ruído Ambiente
• Pode solicitar a aplicação deste título qualquer operador que sub-
• Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro
meta um processo de licenciamento enquadrável nos regimes de co-
Regulamento Geral do Ruído municação prévia com prazo e mera comunicação prévia.

II — FLUXOGRAMA DA ATIVIDADE (indicativo) Índice


1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Receção dos ovos 2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO-
RAÇÃO
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES
2.2.1 — Princípios gerais
2.2.2 — Localização
2.2.3 — Conceção
Seleção, calibração, classificação e marcação 2.2.4 — Requisitos Dimensionais
2.2.5 — Pavimento
2.2.6 — Paredes
2.2.7 — Tetos
2.2.8 — Portas
2.2.9 — Janelas
Acondicionamento/embalamento
2.2.10 — Vias normais e de emergência
2.2.11 — Cais e rampas de carga
2.2.12 — Silos
2.2.12.1 — Regras básicas de segurança a observar em espaços
confinados
2.2.13 — Instalações sociais
2.2.14 — Iluminação
Armazenagem 2.2.15 — Ventilação
2.2.16 — Instalação elétrica
2.2.17 — Sinalização de segurança
2.2.18 — Águas de abastecimento
2.2.19 — Águas residuais
2.2.20 — Águas pluviais
2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS
Expedição/Venda
2.3.1 — Características dos materiais
2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos
23034 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

2.3.3 — Dispensador de água potável c) Evitar contaminações externas e ou cruzadas;


2.3.4 — Equipamento para lavagem e desinfeção do calçado d) Permitir a manutenção, limpeza e desinfeção adequadas;
2.3.5 — Acondicionamento e) Evitar a acumulação de sujidade, reduzir a formação de conden-
2.3.6 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa- sações e o desenvolvimento de bolores indesejáveis;
mentos f) Evitar o contacto com contaminantes passíveis de afetar a segurança
2.3.6.1 — Balanças e equipamentos de medição e qualidade dos alimentos para animais;
2.3.6.2 — Máquinas g) Possibilitar a aplicação de boas práticas de higiene e a existência
2.3.6.3 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa- de condições adequadas de manuseamento e de armazenamento;
mentos de trabalho h) Possibilitar o controlo de pragas e de animais indesejáveis;
2.3.6.4 — Misturadoras i) Garantir as condições de trabalho adequadas à prevenção dos
2.3.6.5 — Sistema de proteção dos equipamentos riscos profissionais;
2.3.6.6 — Elevação e transporte de materiais j) Garantir a proteção e a promoção da saúde dos trabalhadores.
2.3.6.7 — Equipamentos de proteção individual
2.3.6.8 — Material de primeiros socorros Todos os materiais de construção utilizados nas infraestruturas das
2.3.6.9 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios instalações e em particular os materiais utilizados nas estruturas internas
2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS devem ser lisos, impermeáveis, laváveis, resistentes, não absorventes,
2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar não tóxicos e de cor clara.
2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP
2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP 2.2.2 — Localização
2.4.1.3 — Rastreabilidade O estabelecimento deve localizar-se em zona livre de fontes de
2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho contaminação. Como tal, devem ser evitadas:
2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no
trabalho a) Áreas poluídas e zonas industriais passíveis de constituir fonte de
2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade contaminação das matérias-primas;
2.4.2.3 — Condições ergonómicas b) Áreas localizadas em leito de cheia;
2.4.2.4 — Atmosferas explosivas c) Áreas predispostas à presença de pragas, animais domésticos ou
2.4.2.5 — Prevenção de riscos profissionais silvestres;
2.4.3 — Ambiente d) Áreas de difícil acesso para efeitos da remoção de resíduos sólidos
2.4.3.1 — Águas de abastecimento ou líquidos;
2.4.3.2 — Resíduos e) Áreas com pouca drenagem ou com mau escoamento de águas
2.4.3.3 — Ruído ambiente pluviais.
2.5 — FLEXIBILIDADE
ANEXOS O estabelecimento deve ainda localizar-se em local com boa acessi-
I — LEGISLAÇÃO bilidade e a área circundante das instalações deve estar limpa.
ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL 2.2.3 — Conceção
ܿ ALIMENTAÇÃO ANIMAL e SEGURANÇA ALIMENTAR
ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO O estabelecimento deve dispor de:
ܿ AMBIENTE a) Uma zona de receção de matérias-primas concebida de modo a
resguarda de intempéries e impedir ou minimizar a contaminação por
II — FLUXOGRAMA poeiras, insetos ou outros animais;
Texto de apoio ao Fluxograma b) Um local adequado ao armazenamento de grandes volumes de
matérias-primas (silos e ou tulhas);
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO c) Um local destinado ao armazenamento de produtos embalados
1.1 — O presente título é aplicável à atividade de fabrico de ali- (matérias-primas, aditivos e pré-misturas de aditivos);
mentos para animais que não contenham matérias-primas de origem d) Uma área destinada à produção dos alimentos compostos, in-
animal, enquadrável nas CAE 10912, 10913 e 10920 exercidas em cluindo o seu embalamento;
estabelecimento industrial de tipo 2 ou 3, na aceção do artigo 11.º e) Um local para armazenamento de materiais de acondicionamento
do SIR. e de embalagem, preferencialmente com ligação às zonas de embala-
1.2 — Quando o estabelecimento industrial se enquadrar no tipo 2 mento;
e se encontrar abrangido pelo regime de jurídico de emissão de gases f) Um local de armazenamento do produto final;
com efeito de estufa, ou pelo regime jurídico das operações de gestão g) Um local reservado ao armazenamento de produtos não-conformes;
de resíduos, em caso de adesão ao presente título, deverá ainda obter, h) Um local para armazenamento de detergentes, desinfetantes e
respetivamente, o título de emissão de gases com efeito de estufa (TE- outros produtos químicos, em condições de segurança, segregado do
GEE) ou o alvará ou parecer para as operações de gestão de resíduos, armazenamento dos alimentos produzidos;
nos termos das respetivas legislações aplicáveis. i) Uma zona de vestiário e instalações sanitárias que, pela sua loca-
1.3 — A atividade de fabrico de alimentos para animais que não lização e conceção, asseguram o circuito adequado dos trabalhadores
utilizem matérias-primas de origem animal compreende o processo e permitem o seu fardamento e a sua higienização, antes da entrada das
que se inicia com a receção de matérias-primas para alimentação zonas de laboração (vide 2.2.10).
animal, que prossegue com a sua mistura de acordo com formula-
ção adequada, o respetivo processamento tecnológico, se aplicável, 2.2.4 — Requisitos Dimensionais
o embalamento, o armazenamento e a expedição/distribuição dos
a) A dimensão do estabelecimento e dos seus compartimentos deve
alimentos.
facultar espaço de trabalho suficiente para a execução das operações
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- e permitir a aplicação de boas práticas de fabrico, não podendo, em
RAÇÃO qualquer caso, a área mínima útil de trabalho ser inferior a 1,80 m2
2.1 — ENQUADRAMENTO LEGAL por trabalhador;
A listagem da legislação de enquadramento das condições padrão b) O pé direito mínimo do estabelecimento deve ser de 3 metros.
abaixo definidas consta em anexo ao presente título. c) A cubagem mínima de ar por trabalhador é de 11,50 m3 podendo
ser reduzida para 10,50 m3 caso se verifique uma boa renovação. Para
2.2 — REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES determinação da cubagem mínima não são considerados os volumes
2.2.1 — Princípios gerais de móveis, máquinas ou quaisquer outros materiais existentes no local.
d) As vias de circulação interiores, incluindo as de emergência, devem
O estabelecimento industrial deve ser concebido de forma a asse-
ter uma largura mínima de 0,90 m de modo a permitir a circulação fácil
gurar a segurança e qualidade dos alimentos para animais produzidos,
e segura das pessoas. Se estas vias de circulação apresentarem riscos de
bem como a segurança e a saúde dos trabalhadores e a proteção do
queda em altura, devem existir resguardos laterais com uma altura mínima
ambiente, devendo o respetivo projeto de construção ser elaborado
de 0,90 m e, se necessário, rodapé com uma altura mínima de 0,14 m.
na perspetiva de:
e) As escadas fixas devem ter uma largura mínima de 0,90 m e possuir
a) Permitir um circuito de marcha em frente; corrimão não interrompido nos patamares, sendo os degraus em piso
b) Permitir uma correta circulação dos produtos, das operações e antiderrapante, ou contendo tiras abrasivas junto ao bordo, e proteções
dos operadores; com uma altura mínima de 0,90 m.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23035

f) Os intervalos entre máquinas, instalações ou materiais devem ter conduzir, o mais diretamente possível, a áreas ao ar livre ou a zonas
uma largura de, pelo menos, 0,60 m. de segurança.
g) Os compartimentos onde estão instaladas as retretes devem ter as b) A instalação de cada posto de trabalho deve permitir a evacuação
dimensões mínimas de 0,80 m de largura por 1,30 m de profundidade. rápida e em máxima segurança dos trabalhadores.
h) No caso de estabelecimentos que empreguem mais de 25 traba- c) O número, a localização e as dimensões das vias e das saídas de
lhadores, as instalações de vestiário, cabinas de chuveiro e lavatórios emergência devem atender ao tipo de utilização, às características do
anexos, no seu conjunto, devem dispor de uma área não inferior à local de trabalho, ao tipo de equipamento e ao número previsível de
correspondente a 1 m2 por utilizador. utilizadores em simultâneo.
d) As vias e as saídas de emergência que necessitem de iluminação
2.2.5 — Pavimento artificial durante os períodos de trabalho devem dispor de ilumina-
a) O pavimento do estabelecimento deve ser fixo, estável, antiderra- ção de segurança alternativa para os casos de avaria da iluminação
pante e sem inclinações perigosas, saliências e cavidades. principal.
b) O pavimento deve ser constituído por materiais impermeáveis,
não absorventes, laváveis, desinfetáveis e não tóxicos e dispor de 2.2.11 — Cais e rampas de carga
drenagem adequada, devendo apresentar uma inclinação ligeira e uni- a) Os cais e as rampas de carga devem ser adequados à dimensão
forme de 1 a 2 %. das cargas neles movimentados e devem permitir a circulação fácil
e segura das pessoas.
2.2.6 — Paredes b) Os cais de carga devem ter pelo menos, uma saída ou, quando o
a) As paredes interiores do estabelecimento devem ser lisas, de fácil seu comprimento for superior a 25 m, uma saída em cada extremidade.
limpeza e pintadas de cores claras não brilhantes; c) As vias de circulação destinadas a veículos devem estar distan-
b) Nos locais de manipulação de matérias-primas, de aditivos e pré- ciadas das portas, dos portões, das passagens para peões, dos corre-
-misturas de aditivos para alimentação animal e dos alimentos produzi- dores e das escadas de modo a não constituírem risco parar os seus
dos, as paredes devem ainda ser revestidas de materiais impermeáveis, utilizadores;
laváveis, não absorventes e não tóxicos. d) As vias de circulação destinadas a pessoas devem ter iluminação
c) As divisórias, transparentes ou translúcidas existentes, devem estar adequada e piso não escorregadio e antiderrapante.
assinaladas por forma a serem visíveis.
2.2.12 — Silos
2.2.7 — Tetos
Caso o estabelecimento disponha de silos para armazenagem de
a) Os tetos devem apresentar-se lisos, de fácil limpeza, pintados ou materiais, deve ter-se o cuidado de:
revestidos de cor clara e de material não combustível.
b) Nos locais de manipulação de matérias-primas, de aditivos e a) Não sobrecarregar a carga para além da capacidade indicada
pré-misturas de aditivos e dos alimentos produzidos, os tetos e os equi- para o silo;
pamentos neles montados devem ser construídos de modo a facilitar a b) Proceder à ventilação do seu interior, antes do acesso ao silo;
sua higienização, a evitar condensações e desenvolvimento de fungos, c) Os trabalhadores devem ter equipamentos de proteção adequados
acumulação de poeiras e o desprendimento de partículas que possam durante a limpeza e o acesso aos silos;
ser fonte de contaminação. d) Nestes locais deve ser proibido fumar;
c) A junção entre o teto e as paredes não deve exibir aberturas des- e) As escadas devem estar protegidas em toda a sua longitude, com
protegidas, de modo a minimizar a contaminação por via atmosférica, aros de proteção e o piso deve ser antiderrapante.
pela entrada de fumos, gases, poeiras, insetos e outros animais.
Por ser um local com aberturas limitadas de entrada e saída, com ven-
2.2.8 — Portas tilação natural desfavorável e níveis deficientes de oxigénio, podendo
conter ou produzir contaminantes químicos tóxicos ou inflamáveis e
a) Devem ser lisas, constituídas de materiais não absorventes, facil-
que não está concebido para uma ocupação contínua por trabalhadores,
mente laváveis e desinfetáveis;
o trabalho desenvolvido nos Silos, é considerado trabalho em espaço
b) Devem possuir sistemas de fecho adequado e eficiente de forma
confinado.
a permitir o seu ajuste ao pavimento e às paredes, sempre que abram
diretamente para o exterior;
2.2.12.1 — Regras básicas de segurança a observar em espaços
c) As portas e os portões que sejam de funcionamento mecânico
confinados
devem possuir dispositivos de paragem de emergência facilmente iden-
tificáveis e acessíveis devendo, em caso de falha de energia, poder abrir- a) Deve identificar e avaliar os riscos existentes, definindo as medidas
-se automaticamente ou por comando manual. As portas e os portões de prevenção adequadas, a implementar;
basculantes devem ser transparentes ou possuir painéis transparentes b) Deve identificar, sinalizar e interditar o acesso a trabalhadores
com uma marca opaca a um nível facilmente identificável pelo olhar. não autorizados, em todos os espaços confinados;
As portas e portões automáticos devem estar dotados de sistemas de c) Deve informar todos os trabalhadores envolvidos, dos resultados
deteção de movimento (ex. células fotoelétricas) por forma a poderem da avaliação de riscos e do planeamento dos trabalhos;
parar automaticamente; d) Deve implementar e testar os procedimentos de emergência e
d) As portas e portões de correr devem possuir dispositivos de segu- resgate, garantindo a formação do pessoal necessário e os meios ade-
rança que os impeça de saltar das calhas ou cair. quados;
e) Junto aos portões destinados à circulação de veículos devem e) Deve proceder à avaliação da atmosfera (qualidade do ar) do espaço
existir portas para peões, sinalizadas e permanentemente desobstruídas. confinado, antes e durante a realização dos trabalhos;
f) As portas das vias de emergência deverão ser resistentes ao fogo f) Deve proceder ao controlo efetivo das medidas de prevenção
e estar munidas de barras antipânico, abrir para o exterior, estarem prevista, nomeadamente a autorização de entrada;
devidamente sinalizadas e disporem de iluminação de segurança. g) Deve garantir, antes da realização dos trabalhos, o bom estado de
funcionamento dos equipamentos de trabalho e de medição.
2.2.9 — Janelas
a) As características das janelas e das claraboias devem permitir o 2.2.13 — Instalações sociais
seu funcionamento em segurança, com isolamento térmico e possibi- a) As instalações sanitárias:
lidade de ajuste de abertura, dispondo de dispositivos de controlo da
incidência dos raios solares. • Devem ser separadas ou de utilização separada por sexo, não de-
b) As janelas e outras aberturas, pela sua conceção e construção, vendo comunicar diretamente com os locais de fabrico;
devem evitar a acumulação de sujidade e dispor, quando abram para o • Devem conter um lavatório fixo por cada grupo de 10 trabalhadores
exterior, de redes de proteção, removíveis para permitir a sua limpeza, que cessem simultaneamente o trabalho;
ou de outro sistema que previna a entrada de pragas. • Destinadas ao sexo masculino, devem conter uma retrete e um
urinol;
2.2.10 — Vias normais e de emergência • Destinadas ao sexo feminino, devem conter uma retrete por cada
grupo de 15 trabalhadoras que cessem simultaneamente o trabalho.
Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no
Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em edifícios: b) Os compartimentos, onde estão instaladas as retretes, devem
a) As vias normais e de emergência têm de estar permanentemente possuir tiragem de ar direta para o exterior, com porta independente a
desobstruídas e em condições de utilização, devendo o respetivo traçado abrir para fora e provida de fecho.
23036 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

c) Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e • Estar equipados com disjuntores que permitam identificar o circuito
de toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos. por eles alimentado.
d) A zona destinada aos vestiários deve comunicar diretamente com
as cabinas de chuveiro e os lavatórios devem ser separados por sexos c) As tomadas e as fichas devem ser concebidas de forma que não seja
e dispor de armários individuais munidos de fechadura ou cadeado. possível o contacto direto com as partes ativas antes, durante e depois
e) Os chuveiros devem existir na proporção de 1/10 trabalhadores da inserção da tomada. Nos locais onde se verifique a possibilidade de
que possam vir a utilizá-los simultaneamente, com água quente e fria, contacto com a água, as infraestruturas elétricas deverão ser estanques
separados ou de utilização separada por sexo. e assegurar a proteção adequada.
f) Os trabalhadores devem ter à sua disposição, na zona de vestiário, d) A instalação elétrica deve encontrar-se em bom estado de conser-
cacifos duplos construídos com materiais laváveis, resistentes à cor- vação, nomeadamente sem fios descarnados, sem ruturas nos cabos e
rosão, não porosos e impermeáveis, de forma a permitir a separação sem fichas ou tomadas partidas.
das roupas de uso pessoal e de trabalho, assim como de outros bens e) Os equipamentos de trabalho devem garantir a proteção dos
pessoais. As fardas de trabalho limpas são colocadas, à disposição dos trabalhadores contra os riscos de contacto direto ou indireto com a
trabalhadores, em equipamento adequado e localizado à entrada dos eletricidade.
vestiários.
g) Refeitórios: 2.2.17 — Sinalização de segurança
• Os estabelecimentos que empreguem 50 ou mais trabalhadores e O estabelecimento deve dispor de sinalização de segurança em todos
aqueles em que lhe seja autorizado tomarem as suas refeições devem os pontos convenientes (sinais de saída e de emergência, sinais respei-
dispor de uma sala destinada exclusivamente a refeitório, com meios tantes a incêndios, sinais de obrigação, de proibição, de advertência
próprios para aquecer a comida, não comunicando diretamente com de perigo, sinais para obstáculos, marcação de vias de circulação e
locais de trabalho, instalações sanitárias ou locais insalubres; iluminação de segurança).
• A superfície dos refeitórios deve ser calculada em função do número
máximo de pessoas que os possam utilizar simultaneamente, tendo em 2.2.18 — Águas de abastecimento
conta o seguinte: a) O estabelecimento deve dispor de uma rede de água potável
○ 18,5 m2 até 25 trabalhadores; quente e fria que garanta o correto abastecimento a todos os lavatórios
○ 18,5 m2 + 0,65 m2 por pessoa a mais, entre 26 e 74 trabalhadores; e dispositivos de lavagem.
○ 50 m2 + 0,55 m2 por pessoa a mais, entre 75 e 149 trabalhadores; b) A água não potável, se for usada (no combate a incêndios, produção
○ 92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre 150 e 499 trabalhadores; de vapor ou refrigeração de equipamentos) deve circular em sistemas
○ 225 m2 + 0,40 m2 por pessoa a mais, para 500 ou mais trabalhadores. separados, devidamente identificados, sem que haja ligação ou refluxo
para o sistema de água potável.
• Devem ter mesas e cadeiras ou bancos, em número correspondente c) A utilização da água no estabelecimento deve ser otimizada de
ao máximo de trabalhadores que podem utilizá-los ao mesmo tempo. forma a reduzir os consumos de água e os volumes de águas residuais
• Os lavatórios devem ser providos de detergente, não irritante, e industriais produzidas.
de toalhetes individuais de papel ou dispositivo de secagem de mãos. d) As atividades agroindustriais devem promover o uso eficiente
da água, particularmente tendo em consideração as linhas de orienta-
2.2.14 — Iluminação ção do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA),
aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 113/2005, de
a) Deve ser assegurada uma correta intensidade de luz (natural e ou
30 de junho.
artificial) nas diferentes áreas do estabelecimento, incluindo nas zonas
de armazenamento e nas vias de circulação interiores. 2.2.19 — Águas residuais
b) As lâmpadas existentes nas áreas de manipulação e de armaze-
namento dos alimentos devem possuir proteção antiqueda, em caso a) O sistema de drenagem de águas residuais deve assegurar a correta
de quebra. drenagem dos pavimentos e estar munido de mecanismos que impeçam
os refluxos.
2.2.15 — Ventilação b) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização das águas
residuais resultantes de processos de extração física (p. e., na indústria
a) As instalações devem ser devidamente ventiladas de modo a evitar
dos óleos vegetais), de lavagem de produtos alimentares em bruto e
a acumulação de humidade ou calor excessivo e a permitir a correta
operações de lavagem de embalagens e vasilhame, para outros fins como
renovação do ar no estabelecimento, devendo o caudal médio de ar puro
sendo nas lavagens das instalações fabris, para o uso agrícola na rega
(ventilação) ser de pelo menos 30 a 50 m3 por hora e por trabalhador.
e para o transporte das matérias alimentares a processar.
b) No caso de existir sistema de ventilação, este deve ser:
c) Sempre que possível deve ser promovida a reutilização de água
• Concebido de forma a evitar a circulação do ar das zonas sujas com origem noutros processos existentes na unidade industrial ou no
para as zonas limpas; uso de água de qualidade inferior, para fins de lavagens de instalações
• Construído de forma a proporcionar um acesso fácil aos filtros e a e de equipamentos
outras partes que necessitem de limpeza ou de substituição.
2.2.20 — Águas pluviais
c) Todos os gases, vapores, fumos, névoas ou poeiras que se produzam
Sempre que possível deve ser promovida a recolha e a utilização
ou desenvolvam no decorrer das operações, devem ser captados, tanto
de águas pluviais, para fins de lavagens de instalações e de equipa-
quanto possível no seu ponto de formação ou eliminados pela utilização
mentos.
de outros meios, de modo a evitar a poluição da atmosfera dos locais
de trabalho e sem causar prejuízo ou incómodos a terceiros. 2.3 — REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS
2.3.1 — Características dos materiais
2.2.16 — Instalação elétrica
Os equipamentos utilizados no processo de fabrico de alimentos
A instalação elétrica deve cumprir com as regras técnicas das insta-
compostos devem ser constituídos por materiais resistentes à corrosão,
lações elétricas previstas na legislação específica aplicável, incluindo
não porosos, não tóxicos e próprios para contactar com matérias-primas,
as seguintes:
aditivos e pré-misturas de aditivos para alimentação animal.
a) Todas as instalações deverão estar dotadas de sistemas de proteção
de ligação à terra; 2.3.2 — Requisitos de instalação dos equipamentos
b) Os quadros elétricos deverão: a) Os equipamentos devem estar instalados de forma a permitir a
• Ser de fácil acesso e estar permanentemente desobstruídos; limpeza da área circundante, devendo os intervalos entre máquinas e
• Ter portas fechadas à chave e dotadas de sinalização de aviso de outros materiais ter uma largura mínima de 0,60 m;
perigo de eletrocussão; b) Sempre que sejam utilizadas estantes, designadamente nas áreas
• Ser acedidos por pessoa competente; de armazenamento, estas devem estar estruturadas em função das car-
• Estar instalados em local que não permita a entrada de água e gas previstas e estar afixadas ao pavimento, de forma a garantir sua
afastados de substâncias combustíveis e ou inflamáveis; estabilidade.
• Estar equipados com um disjuntor diferencial para proteção das c) Os equipamentos e máquinas ruidosas devem dispor de elementos
pessoas, bem como com disjuntores magnetotérmicos para proteção da para redução de ruído na fonte (silenciadores, atenuadores, blocos de
instalação contra curto-circuitos e sobreaquecimentos; inércia, elementos antivibráticos) e devem estar isolados.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23037

2.3.3 — Dispensador de água potável e) Um por cada 200 m2 de pavimento do piso ou fração, com um
mínimo de dois por piso.
Caso o estabelecimento forneça água potável aos seus trabalhadores
f) Os extintores devem ser convenientemente distribuídos, sinalizados
mediante dispensador, é proibido o uso de copos coletivos.
sempre que necessário e instalados em locais bem visíveis, colocados
2.3.4 — Equipamento para lavagem e desinfeção do calçado em suporte próprio de modo a que o seu manípulo fique a uma altura
não superior a 1,2 m do pavimento e localizados preferencialmente:
No caso do estabelecimento industrial estar inserido numa unidade
pecuária, deve existir um equipamento para lavagem e desinfeção • Nas comunicações horizontais ou, em alternativa, no interior das
do calçado, dotado de água potável corrente, munido de sistema de câmaras corta-fogo, quando existam;
escoamento adequado. • No interior dos grandes espaços e junto às suas saídas.

2.3.5 — Acondicionamento 2.4 — ASPETOS OPERACIONAIS


2.4.1 — Higiene e Segurança Alimentar
Os materiais de acondicionamento de alimentos para animais a gra- 2.4.1.1 — Procedimentos baseados no sistema HACCP (1)
nel, nomeadamente silos, devem ser constituídos por materiais fáceis
de limpar. O industrial deve estabelecer um procedimento ou procedimentos
baseados nos princípios HACCP. Deve existir uma abordagem funda-
2.3.6 — Outros requisitos específicos em matéria de equipa- mentada aos perigos envolvidos nas operações, nomeadamente a sua
mentos identificação, avaliação e formas de controlo e registo (2).
2.3.6.1 — Balanças e equipamentos de medição
2.4.1.2 — Pré-requisitos do sistema HACCP
As balanças e equipamentos de medição devem ser adequados à
gama de pesos e volumes a medir, devendo estar prevista a sua testa- Para efeitos de execução do disposto do ponto anterior, o industrial
gem regular. deve implementar um programa de pré-requisitos baseado nos requisitos
de higiene dos alimentos para animais, nomeadamente:
2.3.6.2 — Máquinas a) Definir um organograma funcional que englobe as qualificações
As máquinas instaladas devem satisfazer as exigências essenciais de e as responsabilidades do pessoal;
segurança e saúde aplicáveis, incluindo a declaração CE de conformi- b) Definir procedimentos de controlo do acesso às instalações, in-
dade, a marcação CE e o respetivo manual de instruções em português. cluindo a presença de animais domésticos;
c) Prever a implementação de um sistema de controlo de pragas;
2.3.6.3 — Verificações periódicas e extraordinárias dos equipa- d) Definir procedimentos de limpeza e manutenção das instalações
mentos de trabalho e equipamentos e respetivos registos;
e) Definir um fluxograma de fabrico que inclua a descrição das
Devem ser asseguradas verificações periódicas e extraordinárias dos
operações (3);
equipamentos de trabalho, incluindo o bom estado das fichas e o isola-
f) Definir procedimentos escritos de fabrico que incluam as medidas
mento dos condutores, devendo estar disponíveis registos que eviden-
de caráter técnico ou organizacional adotadas, que evitem contamina-
ciem o cumprimento deste requisito, bem como os respetivos relatórios.
ções cruzadas, arrastamento e erros;
2.3.6.4 — Misturadoras g) Definir um plano de controlo de qualidade, que abranja:

As misturadoras devem ser adequadas à gama de pesos e volumes • O controlo dos pontos críticos definidos no processo de fabrico;
a misturar e capazes de produzir misturas homogéneas. Devem estar • Os processos e a frequência de recolha de amostras;
previstos testes de homogeneidade que permitam demonstrar a eficácia • Os tipos de alimentos para animais considerados;
das misturadoras no que se refere a este requisito. • As determinações, métodos e frequência das análises, incluindo
testes de homogeneidade e de contaminação cruzada/arrastamento;
2.3.6.5 — Sistema de proteção dos equipamentos • O respeito das especificações dos produtos, desde as matérias-
-primas até aos produtos acabados e o respetivo destino, em caso de
Os equipamentos que possam causar acidentes por contacto mecânico, desrespeito.
devem ter protetores que impeçam o acesso às zonas perigosas e ou dis-
positivos que interrompam o movimento antes do acesso a essas zonas. h) Definir um procedimento para registo e análise de reclamações,
incluindo a retirada rápida do mercado de produtos considerados não
2.3.6.6 — Elevação e transporte de materiais conformes ou suspeitos de não conformidade, bem como o seu destino
Devem ser utilizados meios técnicos apropriados na carga, descarga, quando não satisfizerem os requisitos de segurança.
circulação, transporte e armazenagem de materiais de modo a evitar, i) Definir procedimentos de supervisão e instrução e ou formação do
tanto quanto possível os esforços físicos. pessoal que manuseia as matérias-primas, os aditivos, as pré-misturas
de aditivos e os produtos finais, em matéria de higiene.
2.3.6.7 — Equipamentos de proteção individual j) Implementar boas práticas de higiene e fabrico.
Os equipamentos de proteção individual contra os riscos resultan- 2.4.1.3 — Rastreabilidade
tes das operações efetuadas devem encontrar-se disponíveis para os
trabalhadores e visitantes. Estes equipamentos devem ser distribuídos O industrial deve definir procedimentos que permitam identificar
individualmente e, mantidos em adequadas condições de conservação os fornecedores de matérias-primas, de aditivos e de pré-misturas
e higiene. de aditivos destinados a ser incorporados nos alimentos compostos.
Da mesma forma deverão ser definidos procedimentos que permitam
2.3.6.8 — Material de primeiros socorros identificar os destinatários finais a quem tenham sido fornecidos os
alimentos produzidos no estabelecimento, de forma a assegurar a ade-
O estabelecimento deve dispor de material de primeiros socorros de quada rastreabilidade.
fácil acesso e devidamente sinalizado.

2.3.6.9 — Equipamentos de deteção e combate a incêndios 2.4.2 — Segurança e Saúde no Trabalho


2.4.2.1 — Organização dos serviços de saúde e segurança no
Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos técnicos fixados no trabalho
Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios e
da adoção das medidas de autoproteção mínimas exigíveis, em função O industrial deve organizar os serviços de segurança e saúde no tra-
da categoria de risco por utilização-tipo: balho de acordo com as seguintes modalidades, previstas no artigo 74.º
da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro:
a) Devem existir meios de deteção adequados em zonas de produção
e armazenagem; a) Serviço externo (4),
b) Os meios de combate a incêndios devem estar disponíveis, ser os ou, quando legalmente admitido,
adequados, encontrarem-se sinalizados e em condições operacionais. b) Regime simplificado (atividade de segurança exercida pelo em-
c) Na ausência de outro critério de dimensionamento devidamente pregador ou por trabalhador designado) (5).
justificado, os extintores devem ser calculados à razão de: c) Serviço comum
d) 18 L de agente extintor padrão por 500 m2 ou fração de área de O serviço comum deve ser instituído por acordo, que deve ser cele-
pavimento do piso em que se situem; brado por escrito, entre várias empresas ou estabelecimentos (pertencen-
23038 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

tes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo nem sejam 2.4.2.3 — Condições ergonómicas
abrangidas pela obrigatoriedade de serviços internos) e contemplam A Ergonomia visa a conceção e ou correção de sistemas, máquinas e
exclusivamente os trabalhadores por cuja segurança e saúde os empre- postos de trabalho que sejam seguros e eficientes, adaptando o trabalho
gadores subscritores do acordo sejam responsáveis. ao Homem e tendo como objetivo fundamental, o aumento da segurança,
O acordo referido, carece de autorização da Autoridade para as Con- saúde e conforto do trabalhador, contribuindo assim para o aumento da
dições do Trabalho, (no âmbito da segurança no trabalho) e da Direção eficiência organizacional, pelo que:
Geral da Saúde (no âmbito da saúde no trabalho).
a) A disposição e dimensionamento dos postos de trabalho devem
d) Serviço interno ser adequados às exigências das tarefas a executar;
b) Devem ser adotados os meios técnicos e organizacionais para
Este serviço deve ser instituído pelo empregador, abrange exclusi- reduzir os esforços nas atividades de manuseamento de cargas, bem
vamente os trabalhadores por cuja segurança aquele é responsável, faz como a repetibilidade de tarefas
parte da estrutura da empresa e funciona na sua dependência.
Esta modalidade é obrigatória para estabelecimentos com mais de 2.4.2.4 — Atmosferas explosivas
400 trabalhadores ou (conjunto de estabelecimentos distanciados da- Dada a possibilidade de formação de atmosferas explosivas, em
quele que ocupa maior número de trabalhadores e que, com este, tenham locais onde há manipulação de rações (poeiras combustíveis), deve
pelo menos 400 trabalhadores) ou para estabelecimentos (ou conjunto ser assegurado:
de estabelecimentos) que desenvolvam atividades de risco elevado a
a) Classificação de áreas perigosas;
que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores. b) Avaliação de risco de explosão;
Qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa ou o estabe- c) Adoção de medidas de proteção técnica e organizacionais contra
lecimento, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades eventuais explosões;
de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de d) Verificação e ou Seleção de aparelhos, equipamentos e Sistemas
instalações, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos adequados a atmosferas explosivas;
trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar e) Elaboração de um Manual de Proteção contra Explosões.
os contactos necessários com as entidades externas competentes para
realizar aquelas operações e as de emergência médica. 2.4.2.5 — Prevenção de riscos profissionais
O estabelecimento deve dispor de um plano escrito de prevenção de
2.4.2.2 — Condições de temperatura e humidade riscos profissionais, integrando a todos os níveis e, para o conjunto das
atividades da empresa, a avaliação dos riscos e as respetivas medidas
Embora esta atividade produtiva necessite de determinadas condições de prevenção.
de temperatura e humidade, o ambiente térmico dos locais de trabalho Deve ser assegurada a formação, informação e sensibilização dos
deve ser mantido dentro dos limites convenientes para evitar danos na trabalhadores em matéria de exposição ao risco profissional.
saúde dos trabalhadores. Na tabela seguinte, identificam-se as seguintes medidas preventivas:

ATIVIDADES MEDIDAS

RECEÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS . . . . • UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES PARA A MOVIMENTAÇÃO MANUAL


DE CARGAS, QUANDO ESTA FOR SUPERIOR A 20 KG;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE).

ARMAZENAMENTO. . . . . . . . . . . . . . . . . • ESTANTES E PRATELEIRAS ESTRUTURADAS E ESTABILIZADAS EM FUNÇÃO DAS


CARGAS PREVISÍVEIS;
• O EMPILHAMENTO DE MATERIAIS, DEVE SER FEITO DE FORMA SEGURA, TENDO EM
ATENÇÃO QUE OS MATERIAIS DEVEM SER EMPILHADOS SOBRE BASES RESISTEN-
TES, NÃO DEVENDO A SUA ALTURA COMPROMETER A ESTABILIDADE DA PILHA,
A DISTRIBUIÇÃO DA LUZ NATURAL OU ARTIFICIAL, A CIRCULAÇÃO NAS VIAS DE
PASSAGEM, O FUNCIONAMENTO EFICAZ DE EQUIPAMENTOS OU DE MATERIAL
DE LUTA CONTRA INCÊNDIOS, E NÃO DEVENDO EXISTIR ELEMENTOS SALIENTES
QUE POSSAM CAUSAR EMBATES OU TROPEÇÕES;
• UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO (CIRCUITOS DAS MATÉRIAS PRIMAS E ROTATIVI-
DADE);
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO E EPI’S ADEQUADO AOS TRABALHADORES.

DOSEAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ADEQUADOS PARA PROTEÇÃO INDIVI-


DUAL;
• ALTURA DOS PLANOS DE TRABALHO (MESAS, BANCADAS) ADEQUADA ÀS TAREFAS
E AOS OPERADORES;
• VENTILAÇÃO DAS INSTALAÇÕES: UTILIZAR SISTEMA DE EXAUSTÃO (CAPTAÇÃO
DE POEIRAS), LOCALIZADO.

ACONDICIONAMENTO E EXPEDIÇÃO • ESTANTES E PRATELEIRAS ESTRUTURADAS E ESTABILIZADAS EM FUNÇÃO DAS


CARGAS PREVISÍVEIS;
• O EMPILHAMENTO DO PRODUTO FINAL DEVE SER FEITO DE FORMA SEGURA, TENDO
EM ATENÇÃO QUE AS EMBALAGENS DEVEM SER EMPILHADAS SOBRE BASES
RESISTENTES, NÃO DEVENDO A SUA ALTURA COMPROMETER A ESTABILIDADE
DA PILHA, A DISTRIBUIÇÃO DA LUZ NATURAL OU ARTIFICIAL, A CIRCULAÇÃO
NAS VIAS DE PASSAGEM, O FUNCIONAMENTO EFICAZ DE EQUIPAMENTOS OU DE
MATERIAL DE LUTA CONTRA INCÊNDIOS, E NÃO DEVENDO EXISTIR ELEMENTOS
SALIENTES QUE POSSAM CAUSAR EMBATES OU TROPEÇÕES;
• UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS;
• ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE VESTUÁRIO E EPI’S ADEQUADO AOS TRABALHADORES.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23039

ATIVIDADES MEDIDAS

LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS E INSTA- • DISPONIBILIZAÇÃO DE FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA DOS PRODUTOS DE


LAÇÕES (UTILIZAÇÃO DE DESINFE- LIMPEZA HOMOLOGADOS;
TANTES E DETERGENTES). • ADEQUADO ARMAZENAMENTO E ROTULAGEM;
• DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ADEQUADOS.

POSTOS DE TRABALHO COM ECRÃS • CONCEÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO DE MODO A SEREM RESPEITADOS OS
DE VISUALIZAÇÃO. PRINCÍPIOS ERGONÓMICOS, CONFORTO TÉRMICO, ILUMINAÇÃO E QUALIDADE
DO AR.

2.4.3 — Ambiente do funcionamento do estabelecimento, bem como registo anual da


2.4.3.1 — Águas de abastecimento informação relativa à produção de resíduos, por código da Lista Eu-
a) Caso o estabelecimento utilize água proveniente de captação pró- ropeia de Resíduos, até 31 de março do ano seguinte ao do ano civil
pria de águas superficiais ou subterrâneas (6) deve dispor de título de a reportar caso o estabelecimento produza qualquer quantidade de
utilização de recursos hídricos, ou do correspondente título padronizado, resíduos perigosos ou produza resíduos não urbanos e empregue mais
se aplicável, ou parecer positivo à comunicação prévia, emitido pela de 10 trabalhadores.
Agência Portuguesa do Ambiente.
b) Aderir a um sistema de gestão que assegure o cumprimento do
b) O disposto na alínea anterior deve ter em consideração o artigo 2.º
princípio da responsabilidade alargada do produtor.
do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, uma que a qualidade da
água utilizada para fabrico, transformação, conservação ou comercia- 2.4.3.3 — Ruído ambiente
lização de produtos ou substâncias, assim como a utilizada na limpeza
de superfícies, objetos e materiais que podem estar em contacto com O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei
os alimentos deve ser igual à exigida para o consumo humano, exceto n.º 9/2007, de 17 de janeiro, será aplicável às instalações agroindustriais
quando a utilização dessa água não afeta a salubridade do género ali- caso estas consubstanciem, no caso de alterações de uma instalação
mentício na sua forma acabada. A utilização de captações próprias existente, ou venham a consubstanciar, no caso de novas instalações,
para os processos que interfiram com a salubridade dos alimentos só o conceito de “atividade ruidosa permanente” conforme definição
é permitida se não houver a possibilidade de ligação à rede pública de constante da alínea a) do artigo 3.º do RGR. Ou seja, o ruído produzido
abastecimento, devendo ser implementado neste caso um sistema de pela instalação existente, terá de ser, pelo menos, audível (avaliação
tratamento necessário, ou nos casos das indústrias já existentes desde qualitativa) junto de um ou mais recetores sensíveis (edifício habita-
que possuam um sistema de tratamento que comprovadamente produz cional, escolar, hospitalar ou similar ou espaço de lazer, com utilização
uma água equiparada à definida no Decreto-Lei n.º 306/2007. humana). Caso a condição anterior se verifique, deve evidenciar o cum-
c) Se o estabelecimento estiver ligado ao sistema público de drena- primento dos requisitos acústicos estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º
gem de águas residuais, deve dispor de autorização expressa da respe- do RGR, apresentando à entidade coordenadora do licenciamento uma
tiva entidade gestora, conforme disposto no art.° 54° do Decreto-Lei avaliação acústica (n.º 9 do artigo 13.º do RGR) que reveste a forma
n.º 226-A/2007, de 31 de maio. de ensaio acústico a realizar junto do ou no recetor e, caso aplicável, a
d) No caso de rejeição de águas residuais no meio hídrico ou no apresentação de medidas de prevenção e controlo do ruído.
solo (sistema autónomo doméstico seguido de órgão de infiltração Para novas instalações, terá que ser realizado um estudo previsional
no terreno), o estabelecimento deve dispor de título de utilização de que demonstre a viabilidade do cumprimento dos requisitos acústicos
recursos hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente ou, estabelecidos no n.º 1 do artigo 13.º do RGR sob condições normais
no caso de rejeição águas residuais domésticas no solo, e se tal for a de funcionamento da instalação agroindustrial.
opção do industrial, do correspondente título padronizado, nos casos
aplicáveis. 2.5 — FLEXIBILIDADE
e) No caso do estabelecimento se localizar em terrenos do domínio Eventuais desvios às condições de instalação e exploração constantes
hídrico deve dispor de título de utilização de recursos hídricos emitido do presente título poderão ser admitidos, uma vez demonstrada pelo
pela Agência Portuguesa do Ambiente. industrial a sua compatibilidade com os objetivos relativos à segurança
f) Os pedidos de emissão de título de utilização de recursos hídricos alimentar, segurança e saúde no trabalho e ambiente, prosseguidos pela
devem ser submetidos no Sistema Integrado de Licenciamento do legislação aplicável.
Ambiente (SILiAmb) em https://siliamb.apambiente.pt.
(1) HACCP — Hazard Analysis and Critical Control Points (em por-
2.4.3.2 — Resíduos tuguês “APPCC — Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo”)
é um método sistemático e documentado de controlo de segurança
a) Sempre que o estabelecimento produza resíduos que não possam alimentar, concebido para prevenir, eliminar e ou detetar perigos.
ser equiparados a resíduos urbanos (resíduos que pela sua natureza e (2) Documento de orientação da COM: http://ec.europa.eu/food/food/
composição são semelhantes aos resíduos provenientes de habitações biosafety/hygienelegislation/guidance doc haccp pt.pdf
e cuja produção diária não ultrapassa 1100 litros), deve ser assegurada, (3) O fluxograma constante no Anexo II é meramente indicativo e
na gestão dos mesmos o cumprimento do disposto no Decreto-Lei inclui, complementarmente, um conjunto de boas práticas de higiene
n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei que devem ser observadas durante a laboração.
n.º 73/2011, de 17 de junho, nomeadamente: (4) O serviço externo é desenvolvido por entidade autorizada pela
I. Adoção de medidas de gestão de substâncias, materiais ou produtos, ACT (no âmbito da segurança no trabalho) e pela DGS (no âmbito
quando aplicável, destinadas a reduzir a quantidade, a perigosidade e da saúde no trabalho) que, mediante contrato com o empregador, por
os impactes adversos no ambiente e na saúde humana dos resíduos escrito, realiza as atividades principais (descritas no artigo n.º 98.º
produzidos; da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro), que visam prevenir os ris-
II. Separação dos resíduos na origem, por fluxos e fileiras, de forma cos profissionais e promover a segurança e saúde dos trabalhadores.
a promover a sua valorização; (5) No estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distanciados
III. Armazenamento dos resíduos produzidos de modo a não provo- até 50km do de maior dimensão, que empregue no máximo 9 traba-
car danos para o ambiente, nem para a saúde humana, instalando-se, lhadores, as atividades de segurança no trabalho podem ser exercidas
sempre que necessário, sistemas de contenção/retenção secundária de diretamente pelo próprio empregador, ou por um ou mais trabalhadores
eventuais escorrências e ou derrames; designados, se possuírem formação adequada, dispuserem de tempo e de
IV. Encaminhamento dos resíduos produzidos para operadores au- meios e permanecerem habitualmente no estabelecimento. O exercício
torizados para a sua valorização ou eliminação, assegurando que o seu desta atividade depende de autorização expressa da ACT a requerer em
transporte é acompanhado, até à entrada em vigor das e-GAR (Guia modelo próprio disponível no sítio eletrónico desta entidade.
de Acompanhamento de Resíduos Eletrónica), por guia preenchida em (6) No caso de abastecimento de água para consumo humano, só é
triplicado, em Modelo n.º 1428 da Imprensa Nacional-Casa da Moeda; admissível o recurso a este tipo de captação se a rede pública não se
V. Registo no sistema integrado de registo eletrónico de resíduos encontrar disponível, ou seja, se a mesma se encontrar a uma distância
(SIRER) a efetuar no prazo de um mês após o inicio da atividade ou superior a 20 metros do estabelecimento a servir.
23040 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

ANEXOS • Portaria n.º 460/2001, de 8 de maio


Aprova o Regulamento de Segurança das Instalações de Armazena-
I — LEGISLAÇÃO gem de GPL com capacidade até 200 m3
ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
• Decreto-Lei n.º 236/2003, de 30 de setembro
• Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
Transpõe a Diretiva n.º 1999/92/CE, relativa às prescrições míni-
Aprova o Sistema da Indústria Responsável (SIR) mas destinadas a promover a melhoria da proteção da segurança e da
saúde dos trabalhadores suscetíveis de exposição a riscos derivados de
ܿ ALIMENTAÇÃO ANIMAL e SEGURANÇA ALIMENTAR atmosferas explosivas no local de trabalho.
• Regulamento (CE) n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 28 de janeiro • Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro
Estabelece os princípios e normas gerais da legislação alimentar, Transpõe a Diretiva n.º 2001/45/CE, de 27.06, relativa às prescrições
cria a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabe- mínimas de segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores
lece procedimentos em matéria de segurança dos géneros alimentícios de equipamentos de trabalho,

• Regulamento (CE) n.º 1831/2003, do Parlamento Europeu e do • Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de dezembro
Conselho, de 22 de setembro Estabelece os procedimentos de aprovação das regras técnicas das
Relativo aos aditivos destinados à alimentação animal instalações elétricas de baixa tensão

• Regulamento (CE) n.º 183/2005, do Parlamento Europeu e do • Portaria n.º 949-A/2006, de 29 de dezembro
Conselho, de 12 de janeiro
Aprova as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
Estabelece requisitos de higiene dos alimentos para animais
• Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro
• Regulamento (CE) n.º 767/2009, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 13 de julho Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edi-
fícios, abreviadamente designado por SCIE
Relativo à colocação no mercado e à utilização de alimentos para
animais • Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro
• Regulamento (UE) n.º 68/2013, do Parlamento Europeu e do Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em
Conselho, de 16 de janeiro Edifícios (SCIE)
Relativo ao catálogo de matérias-primas para alimentação animal • Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro
ܿ SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segu-
rança e saúde no trabalho
• Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro
Aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho • Informação Técnica n.º 1/2010 da Direção-Geral de Saúde
nos Estabelecimentos Industriais Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros (disponível
em www.dgs.pt, micro site de saúde ocupacional)
• Portaria n.º 702/80, de 22 de setembro
Altera a Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro, que aprova o Regula- • Documento de Referência da Segurança e Saúde do Trabalho
mento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos (SST): ACT/DGS, dezembro, 2013
Industriais Atuação dos Industriais no âmbito do SIR
• Portaria n.º 1081/91, de 24 de outubro ܿ AMBIENTE
Estabelece regras uniformes de fabrico e de montagem de termoa-
■ Recursos Hídricos
cumuladores elétricos
• Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo
• Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de outubro Decreto-Lei n.º 130/2012 de 22 de junho
Transpõe a Diretiva n.º 89/654/CEE, do Conselho, de 30.10, re- Aprova a Lei da Água, estabelecendo as bases e o quadro institucional
lativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde nos locais de para a gestão sustentável das águas.
trabalho
• Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio
• Portaria n.º 987/93, de 6 de outubro
Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos
Estabelece a regulamentação das prescrições mínimas de segurança
e saúde nos locais de trabalho • Portaria n.º 1450/2007 de 12 de novembro
• Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de setembro Fixa as regras do regime de utilização dos recursos hídricos
Transpõe a Diretiva n.º 90/269/CEE, do Conselho, de 29.05, relativa • Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de junho
às prescrições mínimas de segurança e de saúde na movimentação
manual de cargas. Estabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos

• Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de outubro • Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de agosto


Estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo
Transpõe a Diretiva 89/656/CEE, de 30.11, relativa às prescrições humano
mínimas de segurança e de saúde dos trabalhadores na utilização de
equipamentos de proteção individual ■ Resíduos
• Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de junho • Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republi-
cado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho
Transpõe a Diretiva n.º 92/58/CEE, de 24.06, relativa às prescrições
mínimas para a sinalização de segurança e de saúde no trabalho Estabelece o regime geral da gestão de resíduos

• Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de dezembro • Portaria n.º 335/97, de 16 de maio


Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e utilização da Fixa as regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do
sinalização de segurança e de saúde no trabalho território nacional
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23041

■ Ruído Ambiente √ Deve ser feito de acordo com formulação específica, respeitando
sempre os procedimentos que evitem erros e contaminações cruzadas.
○ Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro
Regulamento Geral do Ruído Mistura
√ As misturadoras utilizadas devem estar limpas e devem ser ade-
II — FLUXOGRAMA
quadas à gama de pesos e volumes a misturar.
RECEÇÃO DE ADITIVOS E RECEÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
√ A mistura deve feita durante o tempo necessário à obtenção de
PRÉ-MISTURAS
SÓLIDAS DE ORIGEM VEGETAL
OU MINERAL
uma homogeneidade adequada, tendo em consideração as indicações
específicas do equipamento.
RECEÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
ARMAZENAMENTO
ARMAZENAMENTO
LIQUIDAS DE ORIGEM NÃO
ANIMAL Granulação
DOSEAMENTO
√ O processo de granulação consiste na modelação da mistura através
TRITURAÇÃO/ ARMAZENAMENTO
de uma matriz. As matrizes utilizadas devem estar limpas e devem
MISTURA PRÉVIA
MOAGEM
conferir uma forma e tamanho de granulado adequado à espécie/fase
animal à qual se destina o alimento.
DOSEAMENTO DOSEAMENTO

Arrefecimento
√ O processo de arrefecimento que se segue à granulação tem como
MISTURA
objetivo a redução de temperatura, no sentido de favorecer a sua con-
servação.
GRANULAÇÃO OU
√ Os arrefecedores devem estar limpos e secos.
OUTRO
PROCESSAMENTO

Adição e mistura pós-granulação


ARREFECIMENTO √ Esta operação pode realizar-se após o arrefecimento do granulado,
sempre que haja lugar à adição de matérias-primas líquidas e ou aditivos
que não suportem temperaturas elevadas.
ADIÇÃO E MISTURA PÓS
GRANULAÇÃO

Acondicionamento e Expedição
√ O acondicionamento do produto final pode ser feito em sacos ou a
ACONDICIONAMENTO
(ENSAQUE OU GRANEL)
granel. Em qualquer dos casos a sua expedição deve respeitar sempre
o princípio PEPS relativo à validade do alimento (“primeiro a expirar,
primeiro a sair”).
EXPEDIÇÃO
Títulos de Utilização de Recursos
Hídricos Padronizados

Texto de apoio ao Fluxograma Índice


ܿ Pesquisa e captação de águas subterrâneas
Receção de matérias-primas, de aditivos
e pré-misturas de aditivos • Minuta — Pedido de pesquisa e captação de águas subterrâneas
• Minuta Tipo — Título a emitir (SILiAmb) — Captação de águas
√ A descarga de matérias-primas, de aditivos e de pré-misturas de subterrâneas particulares
aditivos deve processar-se de modo a possibilitar a sua transferência
para os respetivos locais de armazenamento, de acordo com as suas ܿ Rejeição de águas residuais domésticas
características.
• Minuta — Pedido de Rejeição de águas residuais domésticas
• Minuta Tipo — Título a emitir (SILiAmb) — Licença de rejeição
Armazenamento de águas residuais domésticas
√ Nos locais onde são armazenados as matérias-primas, os aditivos
e as pré-misturas de aditivos não devem ser armazenados materiais ou ܿ Rejeição de águas pluviais contaminadas
produtos que os possam contaminar. • Minuta — Pedido de rejeição de águas pluviais contaminadas
√ Os aditivos e as pré-misturas de aditivos devem ser armazenados • Minuta Tipo — Título a emitir (SILiAmb) — Licença de rejeição
em local próprio, devidamente identificado e com acesso reservado. de águas pluviais contaminadas
√ No local onde são armazenados os produtos de limpeza e desin-
feção não devem ser armazenados ou manipulados matérias-primas, ܿ Rejeição de águas de arrefecimento
os aditivos e as pré-misturas de aditivos, materiais de embalagem ou • Minuta — Pedido de rejeição de águas de arrefecimento
outros materiais que possam vir a entrar em contacto com os alimentos • Minuta Tipo — Título a emitir (SILiAmb) — Licença de rejeição
produzidos. de águas de arrefecimento

Mistura prévia de aditivos e ou pré-misturas Título utilização recursos hídricos padronizado


√ Sempre que haja lugar à mistura prévia de aditivos e ou pré-misturas Pesquisa e captação de águas subterrâneas
de aditivos, esta deve ser feita de acordo com formulação específica,
respeitando sempre os procedimentos que evitem erros e contamina- Minuta
ções cruzadas.
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Trituração/Moagem ͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺ͕ĐŽŵE/&ͬE/Wͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺ͕ĐƵŵƉƌĞŝŶƚĞŐƌĂůŵĞŶƚĞŽƐƌĞƋƵŝƐŝƚŽƐĞƐƚĂďĞůĞĐŝĚŽƐŶŽĚĞƐƉĂĐŚŽ
ĐŽŶũƵŶƚŽ ŶǑ ͺͺͺͬ͘ϮϬͺͺ ŶŽ ƋƵĞ ƐĞ ƌĞĨĞƌĞ ă ůŝĐĞŶĕĂ ƉĂĚƌŽŶŝnjĂĚĂ ƌĞůĂƚŝǀĂ ă ĂƵƚŽƌŝnjĂĕĆŽ ƉĂƌĂ ƉĞƐƋƵŝƐĂ Ğ
√ A fase de moagem visa a redução da dimensão das partículas de ĐĂƉƚĂĕĆŽ ĚĞ ĄŐƵĂƐ ƐƵďƚĞƌƌąŶĞĂƐ͕ ƋƵĞ ƐĞƌĄ ƵƚŝůŝnjĂĚĂ ƉĂƌĂ ͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺ ;ŝŶĚŝĐĂƌ ĨŝŶĂůŝĚĂĚĞ͕ Ğdž͘ ĂĐƚŝǀŝĚĂĚĞ
matérias-primas sólidas, tendo em consideração a fase tecnológica ŝŶĚƵƐƚƌŝĂů͕ĐŽŶƐƵŵŽŚƵŵĂŶŽ͕ƌĞŐĂ͕͙Ϳ͕ĐŽŵĂĞdžƚƌĂĐĕĆŽŵĄdžŝŵĂĚĞƵŵǀŽůƵŵĞĂŶƵĂůĚĞdždždždždžŵϯ͘

seguinte e a espécie/fase animal à qual se destina o alimento. ĞĐůĂƌŽĂŝŶĚĂĐƵŵƉƌŝƌĂƐĚŝƐƉŽƐŝĕƁĞƐĚĂ>ĞŝŶ͘ǑϱϴͬϮϬϬϱ͕ĚĞϮϵĚĞĞnjĞŵďƌŽ͕ĂůƚĞƌĂĚĂĞƌĞƉƵďůŝĐĂĚĂƉĞůŽ


ĞĐƌĞƚŽͲ>ĞŝŶ͘ǑϭϯϬͬϮϬϭϮ͕ĚĞϮϮĚĞ:ƵŶŚŽ͕ĞĚŽĞĐƌĞƚŽͲ>ĞŝŶ͘ǑϮϮϲͲͬϮϬϬϳ͕ĚĞϯϭĚĞŵĂŝŽ͕ĞŵƚƵĚŽŽƋƵĞ
ĨŽƌ ĂƉůŝĐĄǀĞů ă ƉĞƐƋƵŝƐĂ Ğ ĐĂƉƚĂĕĆŽ ĚĞ ĄŐƵĂƐ ƐƵďƚĞƌƌąŶĞĂƐ͕ ďĞŵ ĐŽŵŽ ƋƵĞ ƚŽŵĞŝ ĐŽŶŚĞĐŝŵĞŶƚŽ ĚĂƐ
Doseamento ĐŽŶĚŝĕƁĞƐĞŵĂŶĞdžŽĞŝŶĚŝƋƵĞŝĂƐŽƉĕƁĞƐƉƌĞƚĞŶĚŝĚĂƐŶĞƐƚĂƵƚŝůŝnjĂĕĆŽĚŽƐƌĞĐƵƌƐŽƐŚşĚƌŝĐŽƐ͘

√ As balanças utilizadas devem estar limpas, calibradas e devem ser   



       

       

   

  
adequadas à gama de pesos e volumes a medir. 
            
               


23042 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014



       

 
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0   :FH?MGGGC<
Coordenadas Geográficas ETRS89 (graus): LongitudeQ

ou sistema de coordenadas alternativo


LatitudeQ
8Q
Minuta tipo de título a emitir (SILiAmb)
0

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W   : CH #Q
/ĚĞŶƚŝĨŝĐĂĕĆŽĚĂĞŵƉƌĞƐĂĚĞƉĞƐƋƵŝƐĂHXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
ĂƌĂĐƚĞƌŝnjĂĕĆŽĚĂƵƚŝůŝnjĂĕĆŽ͗ Captação de águas subterrâneas particulares
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     Z Z  Z 3    ;ƉƌĞĞŶĐŚŝĚŽƐĂƵƚŽŵĂƚŝĐĂŵĞŶƚĞĐŽŵŽƐĞůĞŵĞŶƚŽƐĚĞĐĂƌĂĐƚĞƌŝnjĂĕĆŽĞŶǀŝĂĚŽƐƉĞůŽƌĞƋƵĞƌĞŶƚĞͿ

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1 Condição a verificar enquanto vigorar as disposições do n.º 2 do artigo 42.º do Decreto-lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio

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Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23043

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    Título utilização recursos hídricos padronizado
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   Rejeição de águas residuais domésticas

  
         
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ͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺ;ŵŽƌĂĚĂ ĚĂ ŝŶƐƚĂůĂĕĆŽͿ͕ ĐŽŵ E/&ͬE/W ͺͺͺͺͺͺͺͺͺͺ͕ ĐƵŵƉƌĞ ŝŶƚĞŐƌĂůŵĞŶƚĞ ŽƐ ƌĞƋƵŝƐŝƚŽƐ
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Coordenadas Geográficas ETRS89 (graus): LongitudeQ
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    LatitudeQ
ou sistema de coordenadas alternativo 8Q
0

T U
W   : CH #Q

ĂƌĂĐƚĞƌŝnjĂĕĆŽĚŽdƌĂƚĂŵĞŶƚŽ͗
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Análise físico-química e bacteriológica (aplicável apenas quando a finalidade é o consumo humano)

 4 Condição a verificar enquanto vigorar as disposições do n.º 4 do artigo 48.º do Decreto-lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio
23044 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

ĂƌĂĐƚĞƌŝnjĂĕĆŽĚĂZĞũĞŝĕĆŽ jh     3         


   

  3  

    

  
 
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Minuta tipo de título a emitir (SILiAmb) );


Licença de rejeição de águas residuais domésticas
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Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23045

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6 A utilização de água residual tratada para rega de espaços verdes públicos ou rega de espaços agrícolas e florestais não se
enquadra no âmbito do presente título, devendo para o efeito ser requerida autorização à APA-ARH, a qual está dependente de ?h     3        3

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parecer favorável prévio da Direção Regional de Agricultura e Pescas e Entidade de Saúde Pública, territorialmente competentes,
conforme o disposto no art.º 58º, do Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de agosto. 
   
            
 
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Minuta tipo de título a emitir (SILiAmb)           
  

 
    K
         

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Licença de rejeição de águas pluviais contaminadas
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23046 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

  
 
     
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7 Limite de quantificação em concordância com o previsto no decreto-Lei n.º 83/2011, de 20 de junho, i.e., pelo menos 30% inferior ao
 


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 3       
 
8 Limite de quantificação em concordância com o previsto no decreto-Lei n.º 83/2011, de 20 de junho, i.e., pelos menos 30% inferior à
 3 ] 

 5 

 
    6     norma de qualidade.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23047

Título utilização recursos hídricos padronizado Minuta tipo de título a emitir (SILiAmb)
Rejeição de águas de arrefecimento
Licença de rejeição de águas de arrefecimento
Minuta
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ou sistema de coordenadas alternativo 8Q *(<??N)@?GGj
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  3  

    
   

10 A utilização de água residual tratada para rega de espaços verdes públicos ou rega de espaços agrícolas e florestais não se jh)K 
 
  
    
 

   
enquadra no âmbito do presente título, devendo para o efeito ser requerida autorização à APA-ARH, a qual está dependente de
parecer favorável prévio da Direção Regional de Agricultura e Pescas e Entidade de Saúde Pública, territorialmente competentes,          
   = < 0 

     ;    ); w&...

conforme o disposto no art.º 58º, do Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de agosto.
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23048 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

FGh     3            


      65
 

  
 3 Condições Padrão
     
    

FFhD   


 5 
   ;  
    6 
Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa

  0
  Sector Cerâmico e subsector tijolo e telha
 (cerâmica estrutural)
Fh ;
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  ]  
 
 3  
  
   
  
]
      
        
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    3 
 
          9 ?
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*(<??N)@?GGj
=F
       

   • As condições padrão constantes no presente documento são apli-
  
 
     
K  7
   
 cáveis à monitorização das emissões de GEE no âmbito do regime do
    

           
Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), estabelecido no
  Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15 de março.
Fh"
 
     
 ]
    
          3 
• A adesão a estas condições padrão constitui uma opção do indus-
  

   <??<
*(<??N)@?GGj
=F
      trial e habilita ao exercício desta atividade mediante o cumprimento


  *( < >?@?GFG
 ?
 K 6 ; ŝŶƚƌŽĚƵnjŝƌ ŶŽƐ ĐĂƐŽ Ğŵ ƋƵĞ ŚĂũĂ ůƵŐĂƌ Ă das presentes condições, dispensando a apresentação do pedido de
ĚŝƐƉĞŶƐĂ ĚĞ ĐĂƵĕĆŽ ƉŽƌ ŚĂǀĞƌ ƐŝĚŽ ĐŽŶƐƚŝƚƵşĚĂ ŐĂƌĂŶƚŝĂ ĨŝŶĂŶĐĞŝƌĂ ŶŽ ąŵďŝƚŽ ĚŽ ƌĞŐŝŵĞ ũƵƌşĚŝĐŽ ĚĂ Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa (TEGEE) por parte
ƌĞƐƉŽŶƐĂďŝůŝĚĂĚĞĂŵďŝĞŶƚĂůͿ
do operador, previsto no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15
 de março.
);
• Pode solicitar a adesão a estas condições padrão, qualquer industrial
que se encontre sujeito a licenciamento nos termos do regime jurídico

supramencionado.
(   
   

:. 

    
C Índice
*   
  : 5 
  ]
C 1 — Enquadramento
 2 — Âmbito de Aplicação
3 — Requisitos
3.1 — Fluxos-Fonte, Fontes de Emissão e Pontos de Emissão
0
 
K 
  
 
   
  
3.2 — Monitorização por Fluxos-Fonte: Dados de Atividade e
 Fatores de Cálculo
) 
 
K 
  
 

           3.2.1 — Emissões de Combustão — Gás Natural
  
      H 3.2.2 — Emissões de Combustão — Fuelóleo
# 4 &(' (    
3.2.3 — Emissões de Combustão — Biomassa
T N B'   
$  );w&...
*<?=N@B>
F
 3.2.4 — Emissões de Combustão — Mistura de Biomassa (com-
)  bustíveis mistos)
+   ) 
=<0 );w&...
*<?=N@B>
F

) 
3.2.5 — Emissões de Processo — Argila
 3.2.6 — Emissões de Processo — Carbonatos
)   



3.3 — Procedimentos
3.4 — Documentação Específica
)   
 ]  K 
  


 =G   ;  Anexo
    5 
 4  K 

K 

 
;

 
 
?<0
Legislação aplicável
 1 — Enquadramento
)  O regime do comércio europeu de licenças de emissão de gases
com efeito de estufa (CELE) foi criado pela Diretiva n.º 2003/87/

CE, do Parlamento Europeu e do Conselho e constitui uma das
#  
    ferramentas fundamentais na política do ambiente na temática das
 alterações climáticas, sendo o primeiro instrumento de mercado
intracomunitário de regulação de emissões de gases com efeito de
0
 :=@L C
estufa (GEE).
#



H O regime CELE foi implementado a 1 de janeiro de 2005, atualmente
  
 
  
 3 ] 
 3   5 

   está a decorrer o terceiro período deste regime, que decorre entre 2013

  7 '

 (
   $   .

 ( 
 )3 :$.()3C   e 2020 e caracteriza-se pela existência de novas regras, verificando-se

  

   

]6H@@  3  3 também um alargamento do âmbito com a introdução de novos gases
*  
  
  
H e setores industriais, bem como de novos requisitos no que respeita à
monitorização das emissões de GEE.
( 

  
# 4 8
  5 D L 
    +

  
As regras para o período 2013-2020 encontram-se estabelecidas na
'   T ' $  @I  @8  0   Diretiva n.º 2009/29/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23
: 
    
 de abril de 2009, entretanto transposta para o direito nacional através do
 
  

K
C  3   Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15 de março (Diploma CELE). O Anexo II
'   +   + $  @I  @8  0   do referido Diploma apresenta as atividades que são abrangidas pelo
: 


   


  

presente regime.
K
C  3   As instalações que se encontram abrangidas pelo regime CELE,
de acordo com o artigo 6.º do Diploma CELE, têm de ser detentoras
 de um Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa (TEGEE)
#  
  
  
que estabelece o plano de monitorização de emissões que deverá
 ser cumprido pelas instalações no que respeita à determinação das
  
 
  
  3 ] 
 3   5 

 
emissões de GEE.

 7'

(
 $  .

( 
)3:$.()3C  Os requisitos relativos à monitorização e comunicação de informa-

  

   

]6H@@  3  3 ções sobre as emissões de GEE encontram-se estabelecidos no RMC
  
  

   
     
 
(UE) n.º 601/2012 da Comissão, de 21 de junho (doravante designado
por RMC).
# 4 8
  5 D L 
    3  
T ' $  @I  @8  8
    
 
=G K  2 — Âmbito de Aplicação


K 
+   + $  @I  @8  8
     As condições padrão constantes do presente título aplicam-se à mo-
 
=G K  nitorização das emissões de dióxido de carbono (CO2) para uma insta-


K 
lação pertencente ao setor Cerâmico e subsetor tijolo e telha (cerâmica
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23049

estrutural). Este tipo de instalação caracteriza-se com o CAE 23322 3.2.2 — Emissões de Combustão — Fuelóleo
-Fabricação de telhas. • Caso a instalação utilize fuelóleo — combustível normalizado
Estas instalações são abrangidas pelo regime CELE se exercem a (e.g. secador e forno) o operador monitoriza o consumo deste com-
atividade constante do anexo II do Diploma CELE "Produção de vidro, bustível a partir dos montantes das faturas emitidas por um parceiro
incluindo fibras de vidro, com uma capacidade de fusão superior a comercial. Estas faturas podem ter a sua origem na báscula do forne-
20 toneladas por dia. Dióxido de carbono Fabrico de produtos cerâmicos cedor ou na báscula da instalação;
por cozedura, nomeadamente telhas, tijolos, tijolos refratários, ladrilhos, • O operador fornece provas que o equipamento utilizado na fatu-
produtos de grés ou porcelanas, com uma capacidade de produção ração se encontra calibrado de acordo com a legislação específica de
superior a 75 toneladas por dia" (do anexo II do Diploma CELE). metrologia legal aplicável a este equipamento;
Para a contabilização das emissões de CO2, devem ser considerados: • O operador considera as alterações relevantes das existências (ar-
combustíveis para forno, calcinação de calcário/dolomite e outros carbo- mazenamento). Para este efeito, a quantidade de combustível anual
natos nas matérias-primas, calcário e outros carbonatos para a redução será igual à quantidade de combustível adquirido durante esse período,
dos poluentes atmosféricos e a depuração de outros gases de combustão, menos a quantidade de combustível exportado da instalação (caso
aditivos fósseis/da biomassa para induzir a porosidade. aplicável), mais as existências de combustível no início do período de
Devem ser monitorizadas as emissões de CO2 de todos os tipos informação, menos as existências de combustível no fim do período;
de processos de combustão na instalação — caldeiras, queimadores, • O operador procede à avaliação de incerteza associada aos dados
turbinas, aquecedores, fornos, secadores, motores, flares. Sempre que de atividade, de acordo com o RMC e tendo em consideração o Guia
sejam utilizados combustíveis no processo, são aplicáveis as regras n.º 4 (avaliação de incerteza);
utilizadas para as emissões de combustão. • A incerteza relacionada com alterações das existências deve ser
Por outro lado, as emissões de processo provenientes da utilização de incluída na avaliação de incerteza, referida no número anterior, se as
matérias-primas (exemplo, argilas, carbonatos) devem ser monitorizadas instalações de armazenamento puderem conter, pelo menos, 5 % da
como emissões de processo. quantidade anual utilizada do combustível;
A depuração de gases de combustão deve ser monitorizada de acordo • O operador cumpre a incerteza máxima admissível estabelecida
com as regras de emissões de combustão. no RMC para a determinação dos dados de atividade, sendo de 1,5 %;
• Os valores de poder calorífico inferior, o fator de emissão e o fator
3 — Requisitos
de oxidação são determinados por análises laboratoriais e o operador
3.1 — Fluxos-Fonte, Fontes de Emissão e Pontos de Emissão
deverá dar cumprimento aos artigos 32.º, 33.º, 34.º e 35.º do RMC;
• O operador considera todos os fluxos — fonte que são utilizados • O operador elabora um plano de amostragem do fuelóleo, de acordo
na instalação bem como os respetivos equipamentos em que são uti- com o artigo 33.º do RMC e tendo em consideração o Guia n.º 5 (Amos-
lizados (fontes de emissão), para posteriormente estabelecer as regras tragem e análises).
de monitorização para cada um dos fluxos-fonte, de acordo com a
metodologia definida no presente documento. 3.2.3 — Emissões de Combustão — Biomassa
É necessário considerar as orientações do RMC 601/2012, bem como • Caso a instalação utilize biomassa — combustível sólido (e.g. se-
as definições constantes do seu artigo 3.º: cador e forno), na aceção da definição constante do artigo 3.º do RMC,
Fluxo-fonte — “Um tipo específico de combustível, matéria-prima ou isto é, “a fração biodegradável de produtos, resíduos e detritos de origem
produto cujo consumo ou produção gera emissões de gases com efeito biológica provenientes da agricultura (incluindo substâncias de origem
de estufa relevantes a partir de uma ou mais fontes de emissão”. vegetal e animal), da exploração florestal e de indústrias afins, incluindo
Fonte de emissão — “uma parte identificável separadamente numa da pesca e da aquicultura, bem como a fração biodegradável dos resí-
instalação ou um processo no interior de uma instalação, a partir da duos industriais e urbanos; inclui os biolíquidos e os biocombustíveis”,
qual são emitidos gases com efeito de estufa relevantes”. considera-se biomassa pura (fração de biomassa no combustível/mate-
Os equipamentos de emergência (exemplo, gerador de emergên- rial misto que carateriza este fluxo-fonte ser igual ou superior a 97 %);
cia, bomba de água), e os equipamentos destinados a serviços sociais • O operador verifica se são aplicáveis os critérios de sustentabili-
(exemplo, caldeiras de balneários) também deverão ser indicados como dade ao tipo de biomassa utilizado, de acordo com as orientações do
fontes de emissão; Guia n.º 3 (Questões relacionadas com biomassa). Realça-se que para
• O operador associa aos fluxos-fonte e fontes de emissão, os respe- as instalações fixas, os biolíquidos são o único caso de aplicação dos
tivos pontos de emissão (chaminés, pontos de exaustão). critérios de sustentabilidade;
• Na situação de biomassa e não sendo necessária a verificação dos
3.2 — Monitorização por Fluxos-Fonte: Dados de Atividade e
critérios de sustentabilidade, o operador é autorizado a utilizar um fator
Fatores de Cálculo
de emissão igual a 0;
Apresenta-se, de seguida, os requisitos de monitorização que têm • Na situação de biomassa e sendo necessária a verificação dos crité-
de ser cumpridos por fluxo-fonte. Realça-se que, neste documento rios de sustentabilidade, o operador procede à avaliação dos critérios de
constam os fluxos-fonte mais comuns numa instalação de produção de sustentabilidade e apenas caso esses critérios sejam cumpridos, poderá
telha e tijolos. Caso existam na instalação fluxos-fonte que não estão ser utilizado o valor zero para o fator de emissão;
contemplados neste documento, o operador deverá solicitar orientações • O poder calorífico inferior deve ser sempre determinado para efeitos
adicionais à Agência Portuguesa do Ambiente. de memória;
• O operador monitoriza o consumo de biomassa, não sendo neces-
3.2.1 — Emissões de Combustão — Gás Natural sária a avaliação de incerteza;
• Se a instalação utiliza gás natural — combustível gasoso ou líquido • O operador fornece provas à Agência Portuguesa do Ambiente que
(e.g. secador e forno) o operador monitoriza o consumo deste com- a biomassa utilizada não se encontra contaminada com outros materiais
bustível a partir dos montantes das faturas emitidas por um parceiro ou combustíveis.
comercial, que resultam da contabilização de um contador de gás natural
(totalizador) associado a conversores de pressão e temperatura normal); 3.2.4 — Emissões de Combustão — Mistura de Biomassa (com-
• O operador fornece provas que o equipamento utilizado na fatu- bustíveis mistos)
ração se encontra calibrado de acordo com a legislação específica de • Caso a instalação utilize combustíveis mistos, o operador monitoriza
metrologia legal aplicável a este equipamento; o consumo deste combustível a partir dos montantes das faturas emitidas
• O operador deve proceder à avaliação de incerteza associada aos por um parceiro comercial. Estas faturas podem ter a sua origem na
dados de atividade, de acordo com o RMC e tendo em consideração o báscula do fornecedor ou na báscula da instalação;
Guia n.º 4 (avaliação de incerteza); • O operador fornece provas que o equipamento utilizado na fatu-
• O operador deve cumprir a incerteza máxima admissível estabelecida ração se encontra calibrado de acordo com a legislação específica de
no RMC para a determinação dos dados de atividade, sendo de 1,5 %; metrologia legal aplicável a este equipamento;
• Os valores de poder calorífico inferior, o fator de emissão e o fator de • O operador considera as alterações relevantes das existências (ar-
oxidação têm de ser determinados por análises laboratoriais e o operador mazenamento). Para este efeito, a quantidade de combustível anual
deverá dar cumprimento aos artigos 32.º, 33.º, 34.º e 35.º do RMC; será igual à quantidade de combustível adquirido durante esse período,
• O operador deve elaborar um plano de amostragem do gás natural, menos a quantidade de combustível exportado da instalação (caso
de acordo com o artigo 33.º do RMC e tendo em consideração o Guia aplicável), mais as existências de combustível no início do período de
n.º 5 (Amostragem e análises); informação, menos as existências de combustível no fim do período;
• Especificamente para os cromatógrafos, o operador deve proce- • O operador procede à avaliação de incerteza associada aos dados
der a uma validação anual por um laboratório acreditado pela norma de atividade, de acordo com o RMC e tendo em consideração o Guia
EN ISO 17025:2005, utilizando a norma EN ISO 17023: 1995. n.º 4 (avaliação de incerteza);
23050 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

• A incerteza relacionada com alterações das existências deve ser • Procedimento para manter um registo dos instrumentos da instalação
incluída na avaliação de incerteza, referida no número anterior, se as utilizados para determinação dos dados de atividade;
instalações de armazenamento puderem conter, pelo menos, 5 % da • Procedimento para gerir a atribuição de responsabilidades de mo-
quantidade anual utilizada do combustível; nitorização e comunicação na instalação e para gerir as competências
• O operador deve cumprir a incerteza máxima admissível estabe- do pessoal responsável, de acordo com o artigo 58.º, n.º 3, alínea c),
lecida no RMC para a determinação dos dados de atividade, sendo do RMC;
de 1,5 %; • Procedimento para a avaliação periódica da adequação do plano
• Os valores de poder calorífico inferior, fração de biomassa e o fator de monitorização, o qual deve, nomeadamente, contemplar medidas
de emissão (preliminar) são determinados por análises laboratoriais destinadas a melhorar a metodologia de monitorização;
e o operador deve dar cumprimento aos artigos 32.º, 33.º, 34.º e 35.º • Procedimentos para gerir atividades de fluxo de dados em confor-
do RMC; midade com o artigo 57.º do RMC;
• O operador elabora um plano de amostragem para o combustível • Procedimentos para avaliar os riscos inerentes e os riscos de con-
misto, de acordo com o artigo 33.º do RMC e tendo em consideração trolo, em conformidade com o artigo 58.º do RMC;
o Guia n.º 5 (Amostragem e análises).
• Procedimentos para garantir a qualidade do equipamento de medi-
3.2.5 — Emissões de Processo — Argila ção, em conformidade com os artigos 58.º e 59.º do RMC;
• Procedimentos para garantir a qualidade das tecnologias da infor-
• Caso a instalação utilize argila no seu processo, o operador monito- mação utilizadas nas atividades de fluxo de dados, em conformidade
riza o consumo desta matéria-prima a partir dos montantes das faturas com os artigos 58.º e 60.º do RMC;
emitidas por um parceiro comercial. Estas faturas podem ter a sua • Procedimentos para garantir a revisão e validação internas perió-
origem na báscula do fornecedor ou na báscula da instalação; dicas dos dados, em conformidade com os artigos 58.º e 62.º do RMC;
• O operador fornece provas que o equipamento utilizado na fatu- • Procedimentos para efetuar correções e tomar medidas corretivas,
ração se encontra calibrado de acordo com a legislação específica de em conformidade com os artigos 58.º e 63.º do RMC;
metrologia legal aplicável a este equipamento; • Procedimentos para controlar os processos em outsourcing, em
• O operador considera as alterações relevantes das existências
conformidade com os artigos 59.º e 64.º do RMC (caso aplicável)
(armazenamento). Para este efeito, a quantidade de matéria-prima
• Procedimentos para gerir a manutenção de registos e a documenta-
anual será igual à quantidade adquirida durante esse período, menos
a quantidade exportado da instalação (caso aplicável), mais as exis- ção, em conformidade com os artigos 58.º e 66.º do RMC;
tências no início do período de informação, menos as existências no • Procedimento para garantir a realização de revisões periódicas
fim do período; destinadas a identificar quaisquer alterações previstas ou efetivas à
• O operador procede à avaliação de incerteza associada aos dados capacidade, ao nível de atividade ou ao funcionamento da instalação
de atividade, de acordo com o RMC e tendo em consideração o Guia que tenham impacto na atribuição de licenças de emissão gratuitas à
n.º 4 (avaliação de incerteza); instalação em causa.
• A incerteza relacionada com alterações das existências deve ser
incluída na avaliação de incerteza, referida no número anterior, se as 3.4 — Documentação Específica
instalações de armazenamento puderem conter, pelo menos, 5 % da
quantidade anual utilizada do combustível; O operador deverá elaborar a seguinte documentação e anexar ao
• O operador cumpre a incerteza máxima admissível estabelecida presente documento.
no RMC para a determinação dos dados de atividade, sendo de 1,5 %; • Uma descrição da instalação e das atividades CELE exercidas e que
• A determinação da composição da matéria-prima deve ser efetuada devem ser monitorizadas, com uma lista das fontes de emissão e dos
em conformidade com os artigos 32.º, 33.º, 34.º e 35.º do RMC; fluxos-fonte a monitorizar para cada atividade realizada na instalação
• O operador elabora um plano de amostragem para a argila, de (Anexo I do RMC);
acordo com o artigo 33.º do RMC e tendo em consideração o Guia • Diagrama simples das fontes de emissão, dos fluxos-fonte, dos
n.º 5 (Amostragem e análises). pontos de amostragem e dos equipamentos de medição — Diagrama
de Fluxos-fonte (Anexo I do RMC);
3.2.6 — Emissões de Processo — Carbonatos • Provas para cada fluxo-fonte e fonte de emissões que demons-
• Caso a instalação utilize carbonatos no seu processo, o operador trem a conformidade com os limiares de incerteza para os dados da
deverá monitorizar o consumo individual de cada tipo de carbonato a atividade — Avaliação de Incerteza (artigo 12.º do RMC);
partir dos montantes das faturas emitidas por um parceiro comercial. • Os resultados de uma avaliação dos riscos que provem que as
Estas faturas podem ter a sua origem na báscula do fornecedor ou na atividades de controlo propostas e os procedimentos que lhes são apli-
báscula da instalação; cáveis são consentâneos com os riscos inerentes e os riscos de controlo
• O operador fornece provas que o equipamento utilizado na fatu- (artigo 12.º do RMC);
ração se encontra calibrado de acordo com a legislação específica de • Deverá ser elaborado um plano de amostragem por cada fluxo-fonte
metrologia legal aplicável a este equipamento; utilizado na instalação (artigo 33.º do RMC).
• O operador considera as alterações relevantes das existências (ar-
mazenamento). Para este efeito, a quantidade de carbonatos anual será
igual à quantidade adquirida durante esse período, menos a quantidade ANEXO
exportado da instalação (caso aplicável), mais as existências no início
do período de informação, menos as existências no fim do período; Legislação aplicável
• O operador procede à avaliação de incerteza associada aos dados
de atividade, de acordo com o RMC e tendo em consideração o Guia • Decreto-Lei n.º 38/2012, de 15 de março (Diploma CELE);
n.º 4 (avaliação de incerteza); • Requisitos do Regulamento (UE) N.º 601/2012 da Comissão, de
• A incerteza relacionada com alterações das existências deve ser 21 de junho de 2012, relativo à monitorização e comunicação de in-
incluída na avaliação de incerteza, referida no número anterior, se as formações relativos à emissão de GEE;
instalações de armazenamento puderem conter, pelo menos, 5 % da • Guias de apoio elaborados pela Comissão;
quantidade anual utilizada do combustível. - Guia n.º 1: Orientações gerais para as Instalações
• O operador cumpre a incerteza máxima admissível estabelecida - Guia n.º 3: Questões relacionadas com biomassa
no RMC para a determinação dos dados de atividade, sendo de 1,5 %; - Guia n.º 4: Avaliação da incerteza
• A determinação da composição dos carbonatos deve ser efetuada
- Guia n.º 5: Amostragem e análises
em conformidade com os artigos 32.º, 33.º, 34.º e 35.º do RMC;
• O operador elabora um plano de amostragem para os carbonatos - Aplicação mencionada no ponto 4.2 do Guia n.º 5
de acordo com o artigo 33.º do RMC e tendo em consideração o Guia - Guia n.º 6: Atividades de fluxo de dados e sistema de controlo
n.º 5 (Amostragem e análises). • “Nota sobre o novo RMC de monitorização e comunicação
de emissões”, elaborada pela APA e disponível no seu sítio da
3.3 — Procedimentos internet;
• “Notas para preenchimento do formulário de pedido de TEGEE”,
A organização interna da instalação deve incluir os seguintes pro- elaborada pela APA e disponível no seu sítio da internet;
cedimentos: A documentação referida encontra-se disponível no sítio de internet
• Procedimento para estimar as existências no início/final do ano de da APA, em: http://www.apambiente.pt/index.php?ref=17&subref=29
incidência da comunicação (caso aplicável); 5&sub2ref=549&sub3ref=752.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23051

SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL (SIR) 4 — O pavimento da área envolvente da instalação, incluindo vias
de circulação e locais de parqueamento deve ter revestimento adequado
CONDIÇÕES PADRÃO PARA A ARMAZENAGEM para evitar a contaminação de solos e aquíferos e é mantido em condi-
DE RESÍDUOS (TRATADOS OU PRODUZIDOS) ções de higiene e limpeza.
EM ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS 5 — Deve ser assegurada a estanquicidade das zonas de armaze-
namento, com drenagens internas para caixas de recolha. As zonas
impermeabilizadas do pavimento onde possam ocorrer derrames devem
NOTA PRÉVIA permitir a drenagem dos resíduos para locais de onde os mesmos podem
• As condições padrão constantes no presente documento são apli- ser retirados para tratamento.
cáveis à armazenagem de resíduos para valorização e ou eliminação 6 — Quando manuseados resíduos líquidos perigosos, as áreas de
em estabelecimentos industriais, independentemente da tipologia em carga e descarga de camiões e cisternas devem estar providas de fossas
que o estabelecimento se enquadre nos termos do Sistema da Indústria estanques, com capacidade para a totalidade do volume dos meios de
Responsável (SIR). transporte.
■ A adesão a estas condições padrão constitui uma opção do industrial 7 — Quando os resíduos a manusear possuam potencial de emissão
e habilita ao exercício desta atividade mediante o cumprimento das de compostos orgânicos voláteis (COV):
mesmas dispensando o parecer previsto no artigo 42.º do Decreto-Lei a) Devem ser colocados absorvedores de gases, ligados às cisternas
n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto- na carga e na descarga, e
-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho (Regime Geral Aplicável à Prevenção, b) As zonas de classificação e armazenamento deverão, sempre que
Produção e Gestão de Resíduos). possível, estar em depressão, por aspiração de ventiladores ligados a
• Pode solicitar a adesão a estas condições padrão, qualquer industrial filtros de carvão ativado.
que se encontre sujeito a licenciamento nos termos do regime jurídico
mencionado. 8 — Nas zonas de possível emissão de poeiras, deve proceder-se à sua
captação, por depressão sempre que possível, e tratamento adequado.
9 — Sempre que os sistemas de segurança das instalações não reve-
Índice lem ser suficientes para garantir as melhores condições de salvaguarda
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO da saúde pública e do ambiente, os resíduos líquidos orgânicos de maior
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO- inflamabilidade deverão ser armazenados sob atmosfera inerte de azoto.
RAÇÃO 10 — Deverá haver uma etiquetagem de tanques e tubagens, com
2.1 — Enquadramento legal indicação da natureza do material de que são feitos e do tipo de resíduos
2.2 — Requisitos das instalações e equipamentos a processar, bem como de todos os reservatórios de resíduos, indicando o
2.3 — Condições de Exploração respetivo conteúdo e volumetria e ainda o limite inferior da temperatura
2.3.1 — Emissões gasosas de inflamação dos resíduos processados.
2.3.2 — Águas Residuais 11 — Os contentores que aguardem amostragem ou esvaziamento
2.3.3 — Especificidades do Armazenamento de certos tipos de re- deverão ser armazenados em áreas cobertas e ventiladas. Os contentores
síduos que contenham substâncias sensíveis à luz e ao calor devem ser arma-
2.4 — Segurança e Saúde no Trabalho zenados em zonas igualmente cobertas e protegidas da luz e do calor.
2.5 — Registo no sistema integrado de registo eletrónico de resíduos 12 — É obrigatória a impermeabilização do fundo e das paredes de
(SIRER) todos os tanques destinados a armazenar resíduos perigosos quando
2.6 — Transporte de resíduos se trate de unidades situadas em recintos com pavimentos não imper-
3 — FLEXIBILIDADE meabilizados.
ANEXOS 13 — As ligações entre depósitos devem poder ser fechadas por vál-
I — Legislação (vide 2.1) vulas e as linhas de transbordo devem escorrer para bacias de retenção
ou para outros depósitos ou contentores.
ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL 14 — Deve ser evitada a formação de lamas ou espumas que afetem
ܿ AMBIENTE as medidas dos níveis dos tanques, por recurso a agentes antiespuma.
1 — ÂMBITO DE APLICAÇÃO 15 — Os tanques e depósitos devem dispor de sistemas de controlo
de emissões de compostos voláteis bem como de sistemas automáticos
As condições padrão constantes no presente documento são aplicáveis de alarme de nível.
à armazenagem de resíduos: 16 — Caso não exista um segundo sistema de retenção, o operador
a) Tratados, por valorização, nos estabelecimentos industriais, ou deve verificar se o sistema não está a ter perdas. Deverá também ser
b) Produzidos em resultado da laboração dos estabelecimentos in- verificado se o tanque está projetado para receber a carga — se tem
dustriais e armazenados por períodos superiores a um ano, resistência estrutural suficiente e se é compatível com a natureza da
carga. A avaliação deve ter em conta:
independentemente da tipologia em que o estabelecimento se enquadre
nos termos do Sistema da Indústria Responsável (SIR). a) Se o equipamento obedece a uma construção normalizada;
b) Qual o sistema de proteção contra a corrosão;
c) O tempo de uso (idade) do tanque;
2 — CONDIÇÕES PADRÃO DE INSTALAÇÃO E EXPLO-
d) O destino de eventuais derrames.
RAÇÃO
2.1 — Enquadramento legal
17 — Os tanques localizados em recintos não impermeabilizados
A listagem da legislação de enquadramento das condições padrão devem ser dotados de bacias de retenção que obedeçam aos seguintes
abaixo definidas consta em anexo ao presente título. requisitos:
Na cessação da atividade, deverá ser evidenciado que a cessação
a) Devem ser revestidas com materiais compatíveis com os resíduos
da atividade de operação de gestão de resíduos (OGR) não pro-
armazenados, com espessura e resistência suficiente para assegurar que
duzirá qualquer passivo ambiental, de acordo com o artigo 409
os derrames não poderão disseminar-se pelo solo;
do Regime Geral Aplicável à Prevenção, Produção e Gestão de
b) Terem fundações capazes de suportar as cargas aplicadas sem
Resíduos (RGGR).
fissurar;
2.2 — Requisitos das instalações e equipamentos c) Serem operados de forma a garantir a deteção de fugas de modo
1 — Os locais de armazenagem devem ser implantados longe de a revelar, num período máximo de 24 horas, a presença de resíduos
linhas de água ou de zonas das instalações mais sensíveis a condições derramados na bacia de retenção;
meteorológicas adversas, não obstante as diferentes unidades terem de d) Serem dotadas de um sistema de evacuação que permita retirar os
ser implantadas tendo em conta a retenção de escorrências, derrames líquidos derramados num período máximo de 6 horas.
ou fugas, que quando ocorram devem ser adequadamente tratadas.
18 — Os resíduos reativos ou inflamáveis não podem ser armaze-
As bacias de retenção serão impermeáveis e resistentes aos materiais
nados em tanques, salvo em situações de emergência e se os resíduos
armazenados.
tiverem sido previamente tratados ou imediatamente misturados de tal
2 — As águas pluviais limpas devem circular por sistemas de dre-
forma que deixem de ser reativos ou inflamáveis:
nagem independente.
3 — A instalação contra incêndios deve ser adequada à tipologia dos a) A forma de armazenamento permitir comprovadamente evitar a
resíduos, em todas as zonas de armazenamento. sua inflamação ou reação,
23052 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

b) For garantida a distância de segurança em relação a quaisquer b) Confinar, por regra, a armazenagem de resíduos de características
espaços públicos, como estradas, ruas ou outras instalações. pulverulentas ou voláteis;
c) Equipar com dispositivos de captação e exaustão, os equipamentos
2.3 — Condições de Exploração de manipulação, trasfega, transporte e armazenagem, desde que técnica
1 — Os resíduos produzidos deverão ser armazenados tendo em e economicamente viável;
consideração a respetiva classificação em termos dos códigos da Lista d) Quando, em situações de emergência ou no caso de unidades
Europeia de Resíduos — LER (Portaria n.º 209/2004, de 3 de março), destinadas à resolução de um passivo ambiental, se verifique o armaze-
as suas características físicas e químicas, bem como as características namento de resíduos ao ar livre, providenciar os meios de pulverização
que lhe conferem perigosidade. de água ou outros aditivos que minimizem as emissões difusas para
2 — Os dispositivos de armazenamento deverão permitir a fácil a atmosfera.
identificação dos resíduos acondicionados, mediante rótulo indelével
onde conste a identificação dos resíduos em causa de acordo com os 2.3.2 — Águas Residuais
códigos LER, o local de produção e, sempre que possível/aplicável, a 1 — Sempre que possível, os resíduos devem ser acondicionados à
indicação de nível de quantidade, das características que lhes conferem prova de água e armazenados em recintos cobertos e impermeabilizados.
perigosidade e da respetiva classe de perigosidade associada. 2 — Os locais de armazenagem devem possuir rede de recolha e
3 — Resíduos mal cheirosos devem ser manuseados e armazenados drenagem de efluentes ligada à rede de drenagem do estabelecimento,
em recintos fechados apropriados e os gases de exaustão devem ser ou a bacia estanque.
captados e tratados nas unidades que os geram, ou noutras criadas para 3 — Todas as águas que entraram em contacto com resíduos, de-
o efeito. Medidas idênticas se devem aplicar à transferência de lamas vem ser recolhidas e monitorizadas para determinar a necessidade de
ou resíduos sólidos que possam gerar odores, poeiras ou COV. envio para tratamento ou alternativamente ligadas à rede de recolha
4 — Os operadores devem colocar resíduos contendo materiais com de águas residuais.
características de ignescência, reatividade, ou corrosibilidade, longe de 4 — Todos os efluentes devem ser sujeitos a tratamento adequado,
fontes de ignição. Este tipo de proteção implica a colocação de avisos função da composição química dos mesmos e dos critérios de descarga.
como «proibido fumar» e «proibido o uso de telemóveis». Iguais pre-
cauções devem ser exercidas sobre a armazenagem, num mesmo local, 2.3.3 — Especificidades do Armazenamento de certos tipos de
de resíduos que sejam incompatíveis ou que possam reagir facilmente resíduos
entre si, mesmo quando armazenados em locais distintos mas próximos, 2.3.3.1 — Resíduos líquidos
devido à potencial mistura de escorrências ou derrames. 1 — Um derrame ou escorrência de um tanque deve obrigar à sua
5 — Apenas em situações de emergência é admissível a acumulação imediata desativação:
de resíduos sólidos perigosos em pilhas, e apenas pelo período mínimo
compatível com a duração dessa emergência. Caso tenha lugar, a utili- a) Interrompendo de imediato as operações de enchimento;
zação de pilhas temporárias deve ser registada, com indicação do tipo b) Efetuando a remoção dos resíduos existentes no tanque no prazo
de resíduo, quantidades e tempo de permanência, e comunicada sem máximo de 24 horas ou, no caso de tal não ser comprovadamente possí-
demora à entidade coordenadora (EC). vel, efetuando a remoção parcial no menor período de tempo, de forma
6 — O operador da unidade de armazenagem de resíduos perigosos a evitar a continuação do derrame, no caso de resíduos perigosos;
deve ter um programa de inspeção diária que preveja a verificação da c) Se houver acumulação na bacia de retenção, os resíduos devem
existência de fugas através da leitura dos instrumentos de monitorização. ser removidos num prazo máximo de 24 horas;
Pelo menos uma vez por semana devem ser procurados indícios de d) Deve ser feita uma inspeção na área envolvente, de forma a garantir
corrosão ou problemas em vedantes e juntas. A área envolvente deve que não haja um acréscimo de migração do derrame para o solo, que
ser observada com periodicidade semanal para deteção de eventuais deve ser removido se tal se tiver verificado; o mesmo deve ser feito se
fugas que tenham deixado sinais de escorrimento. Deverá prevenir-se existir água acumulada com vestígios de resíduos.
a hipótese de serem misturados resíduos incompatíveis entre si ou
incompatíveis com os materiais do tanque. Os resíduos não devem ser 2.3.3.2 — Resíduos perigosos
colocados em tanques sem que tenham sido removidos resíduos anterio- 1 — A unidade deverá dispor de fichas de segurança com indicação
res incompatíveis e sem que tenha sido efetuada a necessária lavagem. do nome dos resíduos, da sua natureza, das características físicas e
7 — Tendo sido detetada qualquer fuga, esta deve ser reparada no químicas, dos equipamentos de proteção individual e das normas de
período máximo de 15 dias. As bombas utilizadas para trabalhar com re- atuação no caso de incêndios e primeiros socorros.
síduos líquidos orgânicos perigosos devem ser providas de dispositivos 2 — Deverão ser adotados procedimentos de receção de resíduos com
de selagem, utilizando fluidos adequados como barreira de isolamento a definição de critérios de admissibilidade de resíduos na instalação,
e sensores que permitam monitorizar a existência de fugas. designadamente em termos das suas características de perigosidade e
8 — O operador em causa será responsável pelas consequências da condições de acondicionamento.
eventual escorrência de resíduos ou lixiviados e nomeadamente pela
contaminação do solo, obrigando-se a providenciar, logo que possível, 2.3.3.3 — Resíduos Biodegradáveis
as necessárias operações de recuperação ambiental. 1 — Os resíduos biodegradáveis ou de rápida degradação (nome-
adamente alguns dos constantes nos subcapítulos 02 e 20) deverão
2.3.1 — Emissões gasosas estar acondicionados em recipientes fechados, estanques e não poderão
1 — Os sistemas de extração de gases, quando existentes, devem permanecer armazenados na instalação por período superior a 2 dias.
estar dimensionados para a globalidade das instalações que abarcam,
em função do volume das mesmas bem como dos tanques, cisternas e 2.3.3.4 — Pneus Usados
outros equipamentos que neles existam, ou, em alternativa, deverá haver 1 — Os pneus usados não podem ser armazen ados misturados com
sistemas individuais de extração para os diferentes recipientes. outros resíduos ou materiais e devem cumprir os seguintes requisitos
2 — Todo o sistema de extração ou de emissão de gases deve ter uma de armazenagem:
exploração e manutenção adequadas, de modo a reduzir ao mínimo os a) A instalação deve ser protegida de ações adversas externas de
períodos de indisponibilidade e a permitir um nível de eficiência elevado. modo a impedir a dispersão dos pneus armazenados e a nidificação
3 — Todo o sistema de extração ou de emissão de gases deve ser de insetos e roedores.
verificado pelo menos uma vez por ano, por inspeção das juntas sol- b) O armazenamento deverá ser efetuado em filas, ou seja, dividido em
dadas, vedantes e falanges, procurando identificar nomeadamente a ruas possibilitando isolar áreas que originaram incidentes ou acidentes.
existência de fissuras nas tubagens. c) As pilhas de pneus usados devem ter no máximo 6 metros de altura,
4 — As emissões durante os períodos de carga e descarga de equi- 76 metros de comprimento e 15 metros de largura; devem ser dispostas
pamentos e as fugas em tubagens devem ser reduzidas ao mínimo e de modo a evitar possíveis danos às pessoas alocadas à instalação.
devidamente controladas pelos operadores. d) As pilhas de pneus deverão estar arrumadas de forma a permitir
5 — Para evitar fugas diretas de compostos voláteis para a atmosfera, a circulação entre si e em relação às paredes da instalação, bem como
deve ser limitado o uso de tanques, bidões, reservatórios e bacias abertos. permitir o acesso de equipamento e veículos de emergência.
6 — Sem prejuízo doutras disposições aplicáveis em matéria de
construção e de exploração das instalações, nem das normas sobre saúde, 2.3.3.5 — Baterias e acumuladores
higiene e segurança, o operador deve adotar as seguintes medidas para 1 — Os resíduos de baterias e acumuladores devem ser acondi-
minimizar as emissões difusas: cionados em recipientes estanques, cujo material não reaja com os
a) Captar e canalizar para um sistema de exaustão as emissões difu- componentes dos referidos resíduos, e armazenados com o líquido no
sas de poluentes atmosféricos, sempre que técnica e economicamente seu interior e na posição vertical, com aberturas fechadas e voltadas
viável; para cima.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23053

2.3.3.6 — Óleos usados 2 — As entidades que podem efetuar o transporte rodoviário de


1 — Deve ser assegurada a adequada ventilação do local de armaze- resíduos, dentro do território nacional, de acordo com o artigo 2.º da
nagem temporária; O sistema de ventilação deverá ser dimensionado de Portaria n.º 335/97, de 16 de maio, são:
forma a impedir a acumulação de gases inflamáveis em concentrações a) O produtor ou detentor do resíduo;
suscetíveis de causar danos para a saúde humana e para o ambiente, b) Os operadores de resíduos licenciados para o resíduo em causa;
devendo ser considerados os quantitativos máximos de óleos usados c) As empresas licenciadas pelo Instituto da Mobilidade e dos Trans-
armazenados, bem como as características de construção do local; porte (IMT) para o transporte rodoviário de mercadorias por conta de
2 — Deverá ser dada especial atenção à resistência e capacidade outrem.
de contenção das embalagens em que os óleos usados são acondi-
cionados, bem como às questões relacionadas com o empilhamento 3 — O operador de gestão de resíduos só pode proceder ao transporte
dessas embalagens (ex.: bidões). A armazenagem em altura não deverá de resíduos, para os quais está licenciado como operador de gestão
ultrapassar as 3 paletes, devendo as pilhas ser arrumadas de forma a de resíduos, ou que resultem da sua atividade, enquanto produtor de
permitir a circulação entre si e em relação às paredes da instalação, resíduos. Os resíduos recolhidos junto dos seus clientes terão que ter
bem como a permitir o necessário acesso de equipamento e veículos como destino a sua instalação. Após serem sujeitos à operação de
de emergência. gestão de resíduos prevista na guia de acompanhamento de resíduos,
3 — Qualquer local destinado à armazenagem de óleos usados de- pode o operador em causa transportá-los, com nova guia, para outro
verá estar devidamente identificado. Todos os locais de acesso devem destinatário devidamente licenciado.
ostentar avisos relativos à proibição de fumar, atear fogo ou utilizar
equipamentos suscetíveis de provocar faíscas ou calor; 3 — FLEXIBILIDADE
4 — Os locais de armazenagem temporária de óleos usados deverão
ser dotados de extintores e ou outros meios de combate a incêndios; Eventuais desvios às condições padrão constantes no presente do-
Estes meios deverão ser devidamente dimensionados devendo ser cumento poderão ser admitidos, uma vez demonstrada pelo industrial
considerados os quantitativos máximos de óleos usados armazenados, a sua compatibilidade com os objetivos prosseguidos pela legislação
aplicável.
bem como as características de construção do local.
5 — Os óleos usados devem ser armazenados em reservatórios
separados, relativamente a outros resíduos, nomeadamente resíduos ANEXOS
facilmente inflamáveis. Os óleos usados devem ser armazenados de
modo a que não seja possível a sua contaminação, nomeadamente por I — Legislação (vide 2.1)
águas ou poeiras.
ܿ SISTEMA DA INDÚSTRIA RESPONSÁVEL
2.3.3.7 — Óleos alimentares usados • Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto
1 — Os OAU devem ser armazenados em recipientes próprios her-
meticamente fechados, prevenindo eventuais derrames, devendo-se Aprova o Sistema da Indústria Responsável (SIR)
evitar a colocação de óleo quente no recipiente e a mistura com subs-
ܿ AMBIENTE
tâncias ou resíduos perigosos (ex.: óleos minerais), que inviabilizam
a sua valorização. ■ Resíduos
• Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado e republi-
2.4 — Segurança e Saúde no Trabalho cado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho
1 — Os locais de armazenagem de resíduos deverão ser integrados
na identificação de perigos e avaliação de riscos a que a empresa está Estabelece o Regime Geral Aplicável à Prevenção, Produção e Gestão
obrigada nos termos da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, devendo de Resíduos (RGGR)
encontrar-se expressamente identificadas as medidas de prevenção e
ou proteção que se afigurem necessárias. • Portaria n.º 209/2004, de 3 de março
2 — No caso da atividade de gestão de resíduos estar a ser assegurada Estabelece a Lista Europeia de Resíduos
por empresa terceira, deverá ser demonstrada e clarificada a formali-
zação e a verificação das obrigações de cada um dos empregadores • Decreto-Lei n.º 267/2009, de 29 de setembro
em matéria de segurança e saúde no trabalho, bem como deverão, os
diversos intervenientes presentes, tendo em conta as atividades que cada Regime Jurídico da Gestão de Óleos Alimentares Usados (OAU)
um desenvolve, demonstrar como se encontram a cooperar no sentido
da salvaguarda da segurança e da saúde dos trabalhadores. Regulamento das Unidades de Gestão de resíduos Perigosos
não CIRVER
2.5 — Registo no sistema integrado de registo eletrónico de re- Disponível em:
síduos (SIRER)
1 — O industrial deverá efetuar o registo no sistema integrado de http://www.apambiente.pt/_zdata/Regulamento%20das%20Unida
des%20de%20Gestao%20de%20residuos%20Perigosos%20no%20
registo eletrónico de resíduos (SIRER), de acordo com o disposto com
CIRVER.pdf)
o artigo 48.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro, alterado
e republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho (RGGR),
regulamentado pela Portaria n.º 1408/2006, de 18 de dezembro, através Documento de referência: Atuação dos Industriais
da plataforma SILiamb da Agência Portuguesa do Ambiente, IP) no âmbito do Sir (Segurança e Saúde do Trabalho)
2 — O industrial deverá proceder ao preenchimento anual do mapa
integrado de registo de resíduos (MIRR) relativo aos resíduos rececio- Lista de abreviaturas e siglas
nados para valorização ou eliminação no estabelecimento, de acordo
com o previsto no artigo 49, efetivando: AC — Autoridade Competente
ACT — Autoridade para as Condições do Trabalho
a) O registo de dados como operador de tratamento de resíduos a API — Autorização Prévia Individualizada
título profissional, de acordo com a alínea c) do n.º 1 do artigo 48.º do APP — Autorização Prévia Padronizada
RGGR, através do preenchimento dos formulários C1 e C2 (quando DGAE — Direção-Geral das Atividades Económicas
aplicável); DGS — Direção-Geral da Saúde
b) O registo de dados como produtor de resíduos, de acordo com as DSPSST — Direção de Serviços para a Promoção da Segurança e
alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 48.º do RGGR, através do preenchi- Saúde no Trabalho
mento do formulário B. EA — Entidade Acreditada
EC — Entidade Coordenadora
2.6 — Transporte de resíduos IPAC — Instiuto Português de Acreditação
1 — Aquando da saída dos resíduos do estabelecimento, deverá QAI — Qualidade do Ar Interior
garantir-se que o respetivo destinatário está devidamente autorização RAC — Relatório de Avaliação da Conformidade
para a sua valorização e ou eliminação, sendo que, até à entrada em REAI — Regime de Exercício da Atividade Industrial
vigor das e-GAR (Guia de Acompanhamento de Resíduos Eletrónica), RJUE — Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação
o transporte de resíduos deve ser acompanhado por guia preenchida em RJAIA — Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental
triplicado, em Modelo n.º 1428 da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, RJPCIP. — Regime jurídico de prevenção e controlo integrados
conforme Portaria n.º 335/97, de 16 de maio. de poluição
23054 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

RPAG. — Regime de prevenção de acidentes graves 5.5.2 — Fatores de risco profissional de natureza física
SCIE — Segurança Contra Incêndios em Edifícios 5.5.3 — Fatores de risco profissional de natureza química
SIR — Sistema da Indústria Responsável 5.5.4 — Fatores de risco profissional de natureza psicossocial
SIRJUE — Sistema Informático do Regime Jurídico da Urbanização 5.5.5 — Fatores de risco profissional relativos à atividade de tra-
e Edificação balho
SST — Segurança e Saúde do Trabalho 5.5.6 — Fatores de risco profissional mecânicos
ZER — Zonas Empresariais Responsáveis 5.6 — Gestão do Risco Profissional
6 — Anexos
ÍNDICE Anexo 1 — Fluxogramas
1 — Introdução Anexo 2 — Listas de Verificação
2 — Objetivos Anexo 3 — Matriz de riscos profissionais
3 — Regimes de licenciamento Anexo 4 — Relatório de avaliação de riscos profissionais
4 — Licenciamento industrial — Elementos instrutórios Anexo 5 — Mapas auxiliares para elementos instrutórios
4.1 — Introdução Anexo 6 — Documento de suporte à descrição dos serviços de SST
4.2 — Elementos instrutórios e requisitos de análise Anexo 7 — Legislação
4.2.1 — Estabelecimento tipo 1 — Regime de autorização prévia
individualizada 1 — Introdução
4.2.2 — Estabelecimento tipo 1 — Regime de autorização prévia
padronizada O Sistema da Indústria Responsável (SIR), aprovado pelo Decreto-
4.2.3 — Estabelecimento tipo 2 — Comunicação prévia com prazo -Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, consolida, num único diploma, o
4.3 — Conformidade dos elementos instrutórios com os requisitos regime de exercício da atividade industrial, o regime jurídico de ins-
legais talação e exploração de Zonas Empresariais Responsáveis (ZER) e o
4.4 — Fase de vistoria regime de intervenção das entidades acreditadas no âmbito do processo
5 — Informação técnica sobre os requisitos legais em matéria de de licenciamento industrial, criando um novo quadro legal para o setor
Segurança e Saúde do Trabalho (SST) da indústria e revogando os diplomas parcelares vigentes até à data.
5.1 — Principais obrigações e responsabilidades do empregador e O SIR, entre outras medidas, prevê um regime simplificado de mera
do trabalhador comunicação prévia para as micro e pequenas empresas, as quais podem
5.2 — Política de Segurança e Saúde do Trabalho iniciar a respetiva exploração após a comunicação. Promove ainda a
5.3 — Organização do Serviço de Segurança e Saúde do Trabalho adoção, pelas entidades públicas, de condições técnicas de segurança e
5.3.1 — Modalidades de organização saúde padronizadas por tipos de atividade e ou operação, que permitem
5.3.1.1 — Serviço interno que o industrial possa vir a obter o título de exploração emitido com
5.3.1.2 — Serviço externo base na declaração de cumprimento integral das condições predefinidas.
5.3.1.3 — Serviço comum De acordo com o novo quadro jurídico, os estabelecimentos indus-
5.3.2 — Estrutura orgânica triais classificam-se em três tipos, em função do princípio da proporcio-
5.3.3 — Objetivos do Serviço nalidade ao risco para a pessoa humana e para o ambiente (sendo o do
5.3.4 — Recursos humanos tipo 1 o de risco mais elevado e o do tipo 3 o de risco menos elevado).
5.3.5 — Requisitos de garantia das condições de exercício Tal princípio, além de determinar a classificação do estabelecimento,
5.4 — Principais atividades do Serviço de Saúde e Segurança do determina também, e por consequência, o procedimento a ter em conta
Trabalho com vista à obtenção do respetivo licenciamento. Para a instalação e
5.5 — Fatores de Risco Profissional exploração destes estabelecimentos temos então os regimes de insta-
5.5.1 — Fatores de risco profissional de natureza biológica lação e exploração constantes na Tabela 1.

Tabela 1 — Tipologias dos estabelecimentos industriais

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

Estabelecimentos industriais cujos Estabelecimentos industriais não incluídos no tipo 1 desde que abrangidos Estabelecimentos industriais
projetos de instalação se encontrem por pelo menos um dos seguintes regimes jurídicos ou circunstâncias: não abrangidos pelos ti-
abrangidos por, pelo menos, um dos pos 1 e 2.
a) Potência elétrica contratada igual ou superior a 99 kVA;
seguintes regimes jurídicos:
b) Potência térmica superior a 12 x 106 kJ/h;
— RJAIA c) Número de trabalhadores superior a 20;
— RJPCIP d) Necessidade de obtenção de TEGEE;
— RPAG e) Necessidade de obtenção de alvará ou parecer para operações de
gestão de resíduos, nos termos do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de
setembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de agosto,
pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro, e pelos Decretos-Leis
n.os 183/2009, de 10 de agosto, e 73/2011, de 17 de junho.

Sempre que num estabelecimento industrial se verifiquem circunstâncias a que correspondam tipos diferentes, o estabelecimento é incluído
no tipo mais exigente.
Os Regimes procedimentais para instalação e exploração de estabelecimento industrial a que as instalações ficam sujeitas estão definidos na
Tabela 2:

Tabela 2 — Regimes procedimentais do licenciamento industrial

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

Autorização prévia Comunicação prévia com prazo Mera comunicação prévia

Individualizada Padronizada

Na área técnica da segurança e saúde do trabalho, e nos regimes de licenciamento para os estabelecimentos industriais incluídos no tipo 1 e 2,
podem ser consultadas as entidades públicas competentes (ACT — domínio da Segurança do trabalho e DGS — domínio da Saúde do trabalho),
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23055

sempre que a entidade coordenadora assim o entenda, sendo esta a formidade do processo (elementos instrutórios) com a legislação
única entidade interlocutora do industrial em todos os contactos con- aplicável nas áreas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST). Nestes
siderados necessários à boa instrução e apreciação dos procedimentos casos a análise do projeto pela EA resultará na produção de um Rela-
previstos no SIR. tório de Avaliação da Conformidade (RAC) que deverá acompanhar
São dispensadas de consulta as entidades públicas competentes em o pedido de autorização individualizada e que substitui a emissão
matéria de segurança e saúde do trabalho, nos seguintes casos: de parecer pelas autoridades competentes em matéria de segurança
1 — Existência de licenças ou autorizações padronizadas, por e saúde do trabalho.
tipos de atividade e ou operação, que constitua objeto de autori-
zação; b) Título de exploração
2 — Quando o processo de autorização prévia individualizada A decisão final da EC sobre o pedido de emissão de título de explo-
ou comunicação prévia com prazo for instruído com um relatório ração depende da realização de vistoria prévia.
da avaliação da conformidade com a legislação aplicável na área O Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, prevê que nas situações
da segurança e saúde do trabalho, elaborado por Entidades Acre- em que a vistoria não seja realizada pela AC dentro do prazo previsto,
ditadas; por motivo não imputável ao requerente, este possa recorrer à EA para
3 — Na vistoria, aquando da emissão do título de exploração, e a
proceder à sua realização.
pedido do industrial nos casos em que a autoridade competente não a
tenha efetuado no prazo previsto na lei. Nestas situações a EA assegurará a vistoria para efeitos de produção
de RAC que será tido em consideração para efeitos de aprovação pelas
As Entidades Acreditadas, cujos mecanismos de intervenção estão autoridades competentes em matéria de segurança e saúde do trabalho
previstos no SIR, são entidades reconhecidas formalmente pelo orga- e de decisão final da EC.
nismo nacional de acreditação, no âmbito do Sistema Português da
Qualidade, com competência para realizar atividades específicas que
lhes sejam solicitadas ou atribuídas ou ainda delegadas pelas entidades REGIME DE COMUNICAÇÃO PRÉVIA COM PRAZO
com atribuições no âmbito do SIR. O regime de comunicação prévia com prazo é aplicável à instalação
O regime procedimental de mera comunicação prévia é aplicável e exploração de estabelecimentos do tipo 2.
à instalação e ou exploração de estabelecimentos incluídos no tipo 3. No domínio da segurança e saúde do trabalho, a decisão final so-
Esta comunicação significa a aceitação de um termo de responsabi-
bre a comunicação prévia com prazo, não depende da realização de
lidade no qual o industrial declara conhecer e cumprir as exigências
legais aplicáveis, à sua atividade, em matéria de segurança e saúde vistoria.
do trabalho.
REGIME DE MERA COMUNICAÇÃO PRÉVIA
2 — Objetivos
O regime procedimental de mera comunicação prévia é aplicável
O Sistema da Indústria Responsável (SIR) tem como principais ob- à instalação e ou exploração de estabelecimentos incluídos no tipo 3.
jetivos a celeridade e desmaterialização procedimental, a normalização Trata-se de um regime simplificado no qual o industrial apresenta
administrativa e a diminuição dos encargos financeiros associados ao apenas o formulário e respetivos elementos instrutórios. Esta co-
processo de licenciamento. municação significa a aceitação de um termo de responsabilidade
Este Guia pretende ser um referencial para a atuação do industrial no qual o industrial declara conhecer e cumprir as exigências legais
no âmbito do SIR, no domínio da segurança e saúde do trabalho, de aplicáveis, à sua atividade, em matéria de segurança e saúde do
forma a garantir a boa instrução do processo e a conformidade com
trabalho.
todos os requisitos legais.
O presente documento contém assim a informação que permite ao Sempre que a atividade ou operação a exercer esteja abrangida por
industrial avaliar a conformidade do estabelecimento industrial com os uma licença/autorização padronizada no domínio da segurança e saúde
requisitos legais em matéria de segurança e saúde do trabalho bem como do trabalho, a mera comunicação prévia significa a aceitação do termo
a compilação dos elementos instrutórios, para a submissão do pedido de responsabilidade no qual o industrial declara conhecer e cumprir
de autorização ou alteração da instalação, ou ainda para a submissão todas as exigências aí constantes.
do pedido de autorização de exploração.
4 — Licenciamento industrial — Elementos instrutórios
3 — Regimes de licenciamento 4.1 — Introdução
No processo de licenciamento industrial, previsto no atual quadro
As etapas que descrevem a articulação entre diferentes entidades no jurídico, o industrial poderá recorrer, numa fase prévia à apresentação
processo de licenciamento industrial encontram-se esquematizadas no
do pedido de autorização, a uma EA a qual procederá à avaliação da
Anexo I para cada regime de licenciamento, e para as tipologias 1 e 2
de estabelecimento industrial. conformidade do processo com a legislação aplicável nas áreas de
segurança e saúde do trabalho. Esta avaliação implica:
A verificação dos elementos instrutórios e requisitos de análise;
REGIME DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA A verificação da conformidade dos elementos com os requisitos
INDIVIDUALIZADA E PADRONIZADA legais;
A instalação e exploração de estabelecimentos do tipo 1 está sujeita A elaboração de um relatório de avaliação da conformidade com
a duas modalidades de licenciamento distintas: a legislação aplicável em matéria de segurança e saúde do trabalho.
• A Autorização Prévia Individualizada (API), caso o industrial
opte por um regime regular; nesta situação o procedimento é ini- Não havendo recurso a tais entidades acreditadas, deverá o industrial,
ciado com a apresentação do formulário de pedido de autoriza- assegurar o cumprimento dos requisitos legais em matéria de segurança
ção individualizada e respetivos elementos instrutórios, à Entidade e saúde do trabalho podendo, para o efeito, utilizar o presente docu-
Coordenadora (EC); mento de referência.
• A Autorização Prévia Padronizada (APP), caso o industrial opte por
um regime mais simplificado. Este regime permite a adoção de condi- 4.2 — Elementos instrutórios e requisitos de análise
ções técnicas padronizadas preestabelecidas pela Autoridade Compe-
tente (AC) por tipos de atividade e ou operação. Permite que o industrial Os elementos instrutórios, nos termos definidos na portaria
possa vir a obter o título de exploração, emitido com base numa decla- n.º 302/2013, de 16 de outubro, e que a seguir se indicam, devem
ração de cumprimento integral de tais condições técnicas predefinidas. obrigatoriamente constar no processo.

Independentemente do regime adotado, se houver a participação da 4.2.1 — Estabelecimento tipo 1 — Regime de autorização prévia
Entidade Acreditada (EA), esta ocorre nos seguintes moldes: individualizada
a) Autorização de instalação Enumeram-se na tabela 3 os elementos instrutórios do pedido de
Numa fase prévia à apresentação do pedido de autorização de autorização prévia individualizada, bem como informação adicional
instalação, o industrial pode requerer a uma EA a avaliação da con- sobre os mesmos.
23056
Tabela 3 — Elementos Instrutórios — Estabelecimentos tipo 1

Elementos de informação Informação adicional

Identificação do requerente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O requerente poderá ser pessoa singular ou coletiva, devendo estar indicado:
• Nome, endereço (sede social, com Rua, porta/n.º, Localidade, CP, Concelho, Distrito), NIPC/NIF,
endereço postal (se diferente da sede), e-mail, n.º telefone, n.º fax, código de acesso à certidão
permanente de registo comercial (se pessoa coletiva sujeita a registo comercial), consentimento
de consulta da declaração de inicio de atividade, se pessoa singular;
• Nome, endereço (Rua, porta/n.º, Localidade, CP, Concelho, Distrito), e-mail, n.º telefone, n.º fax,
do representante do industrial;
• Nome, endereço (Rua, porta/n.º, Localidade, CP, Concelho, Distrito), e-mail, n.º telefone, n.º fax,
do responsável técnico do projeto.

Localização do estabelecimento industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deverá ser apresentada a localização do estabelecimento/instalação, industrial, através do endereço postal
(Rua, porta/n.º, Localidade, CP, Concelho, Distrito), contactos (e-mail, n.º telefone) e identificação
(nome e cargo) da pessoa de contacto.

Caracterização das ati- Código(s) CAE da(s) atividade(s) exercida(s). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deverá ser apresentada a indicação das CAE principal e secundárias (com base no anexo I do Decreto-
vidades. -Lei n.º 169/2012, de 01-08).

Projeto de instalação Memória descritiva . . . Descrição detalhada da ativi- • Deverão ser indicadas:
dade industrial a desenvolver

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— As capacidades a instalar, os processos tecnológicos e diagramas de fabrico, especificando as melho-
res técnicas disponíveis e os princípios e práticas de ecoeficiência e de ecoinovação adotados;
— As matérias-primas e subsidiárias, com indicação do consumo anual previsto e capacidade de
armazenagem, para cada uma;
— Os produtos (intermédios e finais) a fabricar.

• Deverá ser apresentada a lista de máquinas e outros equipamentos a instalar, com identificação dos
elementos constantes no mapa 2, do anexo 5.
• Deverá ser referido o regime de laboração, com indicação da hora de início e fim do período de labo-
ração, n.º de dias por semana, n.º de turnos, períodos de paragem anual (data de inicio e fim).
• Deverá ser indicado o n.º de trabalhadores previsto, por género e por turno e ainda por área de ativi-
dade (mapa 1 do anexo 5).

Segurança e saúde do trabalho • Deverá ser apresentada uma descrição das instalações de caráter social — refeitório, locais de des-
canso, vestiários (armários individuais duplos), balneários, lavabos, instalações sanitárias separadas
por sexo — com referência, relativamente a cada um e quando aplicável, a: tipo de pavimento, cor e
revestimento das paredes e tetos, dimensões (área e pé direito), n.º de lugares (no refeitório), n.º de
cabinas de banho, n.º de lavatórios, n.º de retretes, n.º de urinóis.
• Deverá ser descrita a organização e funcionamento dos serviços de segurança e saúde do trabalho, de
acordo com o documento do anexo 6.
• Caso seja implementado um sistema de gestão de segurança do trabalho, deverá ser indicado o refe-
rencial (Diretrizes práticas da OIT, OHSAS 18001, NP 4397), referência à integração e articulação,
ou não, com outros sistemas de gestão e quais e uma breve descrição do mesmo, com indicação,
nomeadamente, da política, estrutura organizacional, responsabilidades, procedimentos, processos e
recursos que permitam pôr em prática a política de segurança e saúde do trabalho.

Documentos de suporte à Relatório de avaliação de poten- Deverá ser apresentado o relatório de avaliação de potenciais riscos profissionais, de acordo com o
memória descritiva. ciais riscos profissionais. modelo constante do anexo 4.
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Elementos de informação Informação adicional

Peças desenhadas . . . . . . . . . . Deverão ser apresentadas as seguintes plantas:


• Planta, a escala não inferior a 1:2000, do estabelecimento, abrangendo toda a área afeta ao mesmo,
indicando a localização das diferentes áreas: administrativa, produção, armazéns, oficinas, depó-
sitos, circuitos exteriores.
• Planta, devidamente legendada, em escala não inferior a 1:200, com a localização de: máquinas e
outro equipamento produtivo; armazenagem de matérias-primas, combustíveis líquidos, sólidos ou
gasosos e de produtos acabados; instalações de queima, de força motriz, ou de produção de vapor,
de recipientes e gases sob pressão e instalações de produção de frio; instalações de caráter social
(vestiários, locais de descanso, refeitório, lavabos, balneários e instalações sanitárias), escritórios
e do serviço de saúde do trabalho.

4.2.2 — Estabelecimento tipo 1 — Regime de autorização prévia padronizada


O pedido de autorização prévia padronizada, é instruído com:
• Os elementos indicados na autorização prévia individualizada cuja licença ou autorização padronizada não permita dispensar;
• Identificação da licença/autorização padronizada no domínio da segurança e saúde do trabalho;
• Declaração de responsabilidade de cumprimento integral das obrigações e condições constantes da licença/autorização padronizada.

4.2.3 — Estabelecimento tipo 2 — Comunicação prévia com prazo


Enumeram-se na tabela 4 os elementos instrutórios da comunicação prévia com prazo, bem como os requisitos de análise.

Tabela 4 — Elementos Instrutórios — Estabelecimentos tipo 2

Elementos de informação Informação adicional

Identificação do requerente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O requerente poderá ser pessoa singular ou coletiva, devendo estar indicado:
• Nome, endereço (sede social, com Rua, porta/n.º, Localidade, CP, Concelho, Distrito), NIPC/NIF,
endereço postal (se diferente da sede), e-mail, n.º telefone, n.º fax, código de acesso à certidão
permanente de registo comercial (se pessoa coletiva sujeita a registo comercial), consentimento
de consulta da declaração de inicio de atividade, se pessoa singular.
• Nome, endereço (Rua, porta/n.º, Localidade, CP, Concelho, Distrito), e-mail, n.º telefone, n.º fax, do
representante do industrial Nome, endereço (Rua, porta/n.º, Localidade, CP, Concelho, Distrito),
e-mail, n.º telefone, n.º fax, do responsável técnico do projeto.

Localização do estabelecimento industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deverá ser apresentada a localização do estabelecimento/instalação, industrial, através do endereço postal
(Rua, porta/n.º, Localidade, CP, Concelho, Distrito), contactos (e-mail, n.º telefone) e identificação
(nome e cargo) da pessoa de contacto.

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Caracterização das ati- Código(s) CAE da(s) atividade(s) exercida(s). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Deverá ser apresentada a indicação das CAE principal e secundárias (com base no anexo I do Decreto-
vidades. -Lei n.º 169/2012, de 01-08)
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Elementos de informação Informação adicional

Projeto de instalação Memória descritiva . . . Descrição genérica da atividade • Deverão ser indicadas:
industrial a desenvolver.
— As capacidades a instalar;
— As matérias-primas e subsidiárias, com indicação do consumo anual previsto e capacidade de
armazenagem, para cada uma;
— Os produtos (intermédios e finais) a fabricar.

• Deverá ser apresentada a lista de máquinas e outros equipamentos a instalar, com identificação dos
elementos constantes no mapa 2, do anexo 5.
• Deverá ser referido o regime de laboração, com indicação da hora de início e fim do período de labo-
ração, n.º de dias por semana, n.º de turnos, períodos de paragem anual (data de inicio e fim).
• Deverá ser indicado o n.º de trabalhadores previsto, por género e por turno e ainda por área de ativi-
dade (mapa 1 do anexo 5).

Segurança e saúde do trabalho • Deverá ser apresentada uma descrição das instalações de caráter social — refeitório, locais de des-
canso, vestiários (armários individuais duplos), balneários, lavabos, instalações sanitárias separadas
por sexo — com referência, relativamente a cada um e quando aplicável, a: tipo de pavimento, cor e
revestimento das paredes e tetos, dimensões (área e pé direito), n.º de lugares (no refeitório), n.º de
cabinas de banho, n.º de lavatórios, n.º de retretes, n.º de urinóis.
• Deverá ser descrita a organização e funcionamento dos serviços de segurança e saúde do trabalho, de
acordo com o documento do anexo 6.

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Documentos de suporte à Relatório de avaliação de poten- Deverá ser apresentado o relatório de avaliação de potenciais riscos profissionais, de acordo com o
memória descritiva. ciais riscos profissionais. modelo constante do anexo 4.

Peças desenhadas . . . . . . . . . . Deverão ser apresentadas as seguintes plantas:


• Planta, a escala não inferior a 1:2000, de localização do estabelecimento.
• Planta, devidamente legendada, em escala não inferior a 1:200, com a localização de: máquinas e
outro equipamento produtivo; armazenagem de matérias-primas, combustíveis líquidos, sólidos ou
gasosos e de produtos acabados; instalações de queima, de força motriz, ou de produção de vapor,
de recipientes e gases sob pressão e instalações de produção de frio; instalações de caráter social
(lavabos, balneários e instalações sanitárias), escritórios e do serviço de saúde do trabalho.
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Poderá haver dispensa da entrega dos elementos instrutórios se: 10 — Estabelecer e organizar as medidas em matéria primeiros
socorros, combate a incêndios e evacuação.
• A comunicação prévia com prazo for instruída com título de auto-
11 — Cumprir as prescrições legais ou convencionais de saúde e
rização de utilização para indústria, não envolvendo a exploração do segurança do trabalho estabelecidas.
estabelecimento industrial a realização de qualquer operação urbanística 12 — Consultar, por escrito, o representante dos trabalhadores para
sujeita a controlo prévio, nos termos previstos no regime jurídico da a segurança e saúde ou, na sua falta os próprios trabalhadores, e assegu-
urbanização e da edificação (RJUE); rar a adequada informação e formação do referido representante.
• O estabelecimento industrial descrito não se encontrar abrangido De salientar, que para garantir o cumprimento das responsabilidades
pelos regimes jurídicos relativos à utilização de recursos hídricos, e obrigações acima referidas é crucial que o empregador estabeleça,
à emissão de gases com efeito de estufa, às emissões de compostos em primeira linha, uma Política de SST e organize o Serviço de SST
orgânicos voláteis para o ambiente ou às operações de gestão de re- na sua empresa/estabelecimento.
síduos ou foram juntos ao pedido os títulos e ou pareceres exigidos
naqueles regimes. 5.2 — Política de Segurança e Saúde do Trabalho (2)
O empregador é responsável pela segurança e saúde de todos os
4.3 — Conformidade dos elementos instrutórios com os requi- seus trabalhadores (Artigo 15.º), ao qual cabe definir e instituir uma
sitos legais Política de Saúde e Segurança do Trabalho (por vezes também
A avaliação da conformidade com os requisitos legais, poderá ter denominada como Política de Saúde Ocupacional) para a sua em-
como base de apoio o preenchimento das listas de verificação, cons- presa/estabelecimento.
tantes no anexo 2, relativamente às condições infraestruturais e fun- A Política de Segurança e Saúde é um conjunto de intenções, for-
cionais do estabelecimento, tendo em atenção as especificidades de malmente expressa pelo empregador, que evidencia o reconhecimento
cada atividade. e a importância prestada por este à saúde e segurança do trabalho, para
além de fornecer um enquadramento de suporte à organização, à sua
4.4 — Fase de vistoria atuação e à definição de objetivos (institucionais e dos trabalhadores)
nesta matéria.
Não sendo realizada a vistoria no prazo previsto no n.º 1 do artigo 35.º Esta Política deverá estar vertida em documento escrito, datado e
do Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto por motivos não imputáveis assinado pelo empregador, visando a responsabilização das chefias, a
ao requerente, este pode recorrer a Entidade Acreditada para proceder todos os níveis, assim como a divulgação e o incentivo dos trabalhadores
à sua realização. e outras partes interessadas. No processo de definição/elaboração da
Política, deve-se privilegiar a participação dos trabalhadores e prever
5 — Informação técnica sobre os requisitos legais em matéria de a sua atualização, sempre que necessário.
Segurança e Saúde do Trabalho (SST) Entre outros aspetos, a Política de Segurança e Saúde do Trabalho
5.1 — Principais obrigações e responsabilidades do empregador deve assegurar o compromisso da empresa/estabelecimento quanto:
e do trabalhador (1)
a) À garantia de um ambiente de trabalho seguro e saudável a todos
Consideram-se como obrigações e responsabilidades gerais do em- os trabalhadores, designadamente pelo cumprimento do quadro legal
pregador no âmbito da SST (Artigo 15.º): neste âmbito.
b) À aplicação das necessárias medidas de prevenção e proteção que
1 — Assegurar ao trabalhador condições de saúde e segurança em evitem/minimizem os danos para a saúde dos trabalhadores, tendo por
todos os aspetos do seu trabalho; base a gestão dos riscos profissionais.
2 — Implementar as medidas de prevenção necessárias, as quais de- c) À adequada organização do Serviço de SST, designadamente pela
vem ser antecedidas e fundamentadas no resultado da(s) avaliação(ções) atribuição de funções e competências específicas em matéria de saúde
de risco profissional das várias fases do processo produtivo; e segurança dos trabalhadores, e pela disponibilização dos recursos
3 — Zelar, de forma continuada e permanente, pelo exercício da essenciais ao funcionamento do Serviço, incluindo profissionais es-
atividade em condições de segurança e saúde para o trabalhador, tendo pecializados, instalações, equipamentos e utensílios de trabalho e de
em conta os princípios da prevenção de riscos profissionais; avaliação de saúde e recursos financeiros.
4 — Organizar os adequados Serviços de SST para a empresa/esta- d) À disponibilização a todos os trabalhadores da informação e for-
belecimento, mobilizando os meios necessários; mação necessárias ao incremento da cultura de segurança do trabalho
5 — Assegurar a vigilância da saúde do trabalhador, através do e da promoção da saúde dos trabalhadores.
Serviço de SST, em função dos riscos profissionais a que estiver po- e) À monitorização e melhoria contínua da gestão da SST da em-
tencialmente exposto no local de trabalho; presa/estabelecimento.
6 — Suportar os encargos com a organização e funcionamento do f) À partilha dos princípios de SST com toda a cadeia de produção e
Serviço de SST e demais medidas de prevenção, incluindo exames, comercialização e em todas as comunidades onde opera.
avaliações de exposições, e outras ações inerentes à prevenção dos
riscos profissionais e vigilância da saúde, sem impor aos trabalhadores 5.3 — Organização do Serviço de Segurança e Saúde do Tra-
quaisquer encargos financeiros. balho (3)
7 — Fornecer ao trabalhador as informações e formação necessárias 5.3.1 — Modalidades de organização
ao desenvolvimento da atividade em condições de saúde e segurança; A Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, define que as entidades em-
8 — Organizar os meios de prevenção, não só do trabalhador como pregadoras devem organizar o Serviço de SST (Artigo 73.º) de acordo
também de terceiros, suscetíveis de serem expostos aos riscos aquando com as seguintes modalidades (Artigo 74.º) Serviço interno, Serviço
da realização dos trabalhos, quer nas instalações quer no exterior. externo ou Serviço comum (vide Tabela 5).
9 — Cessar a atividade, afastar imediatamente o trabalhador do local O Serviço interno é obrigatório sempre que a empresa/estabele-
de trabalho e ou adotar outras medidas e instruções em caso de perigo cimento possua pelo menos 400 trabalhadores ou existam 30 ou mais
grave ou iminente que não possa ser tecnicamente evitado e permitir o trabalhadores expostos a trabalho/atividades de potencial risco profis-
acesso a zonas de risco elevado somente a trabalhadores com aptidão sional elevado. Nas restantes situações o empregador tem a liberdade
e formação adequadas, pelo tempo mínimo necessário; de optar por outro tipo de modalidade de organização do serviço.

Tabela 5 — Requisitos obrigatórios na seleção da modalidade de organização do Serviço de SST

Serviço Interno Serviço Externo Serviço Comum

Pelo menos 400 trabalhadores. Menos de 400 trabalhadores. (Vide Nota 1) Menos de 400 trabalhadores. (Vide Nota 1)
(Nota 1: O requisito integra o número de traba- E E
lhadores do estabelecimento ou do conjunto
de estabelecimentos distanciados até 50 km Menos de 30 trabalhadores estão expostos a Menos de 30 trabalhadores estão expostos a tra-
daquele que ocupa maior número de traba- trabalho/atividades de potencial risco pro- balho/atividades de potencial risco profissional
lhadores) fissional elevado. elevado.
23060 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Serviço Interno Serviço Externo Serviço Comum

OU E
Pelo menos 30 trabalhadores estão expostos a Empresas ou estabelecimentos pertencentes a
trabalho/atividades de potencial risco profis- sociedades, nas quais não seja obrigatória a
sional elevado. organização de Serviço Interno e não se en-
contrem em relação de grupo.

Fonte: Artigos 74.º, 78.º, 80.º, 82.º e 83.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro.

O empregador deverá notificar a ACT da modalidade adotada para • Não existência de registo de doenças profissionais contraídas ao
a organização do Serviço, bem como da sua alteração, nos 30 dias serviço da empresa ou para as quais tenham contribuído direta e de-
seguintes à verificação de qualquer um dos factos. Contudo, deve-se cisivamente as condições de trabalho da empresa ou estabelecimento;
salientar que o empregador pode: • Não tenha sido punida por infrações muito graves respeitantes à
violação da legislação de segurança e saúde do trabalho praticadas no
a) Adotar diferentes modalidades de organização do Serviço de
mesmo estabelecimento nos últimos dois anos;
SST para cada estabelecimento, desde que existam meios suficientes
• Respeito dos valores limite de exposição a substâncias ou fatores
para exercer as atividades principais de segurança e saúde do trabalho; de risco. Esta verificação é efetuada através dos relatórios de avaliação
b) Organizar separadamente o domínio da Saúde do Trabalho e o de riscos apresentados pela entidade requerente, ou através de vistoria.
domínio de Segurança do Trabalho num(a) mesmo(a) empresa/estabe-
lecimento, desde que seja assegurada a articulação de ambos os domínios. A autorização para a dispensa de serviço interno é requerida ao
organismo competente (DGS e ou ACT), nomeadamente por via eletró-
De salientar que, no domínio da Saúde do Trabalho, a prestação nica, em modelo próprio. Assim, de acordo com o domínio de autoriza-
das atividades de vigilância da saúde aos trabalhadores deverá ser prefe- ção pretendido para a dispensa, o requerimento deve ser dirigido:
rencialmente realizada no local de trabalho (empresa/estabelecimento),
devendo existir para o efeito instalações próprias, a saber: a) Ao Diretor-Geral da Saúde, sempre que se requer dispensa de
Serviço interno no domínio da Saúde do Trabalho, podendo utilizar
• Na empresa/estabelecimento até 250 trabalhadores pelo menos um o correio eletrónico saudetrabalho@dgs.pt;
gabinete polivalente para a Saúde do Trabalho. b) Ao Inspetor-Geral, sempre que se requer dispensa de Serviço
• Na empresa/estabelecimento com 250 a 400 trabalhadores dois interno no domínio da Segurança do Trabalho, podendo utilizar o
gabinetes (para o médico do trabalho e enfermeiro) destinados à Saúde correio eletrónico dspsst.mail@act.gov.pt.
do Trabalho.
• Na empresa/estabelecimento com mais de 400 trabalhadores, in- A autorização é revogada sempre que a empresa, estabelecimento
cluindo as que solicitam dispensa de serviços internos, dois gabinetes ou conjunto de estabelecimentos para os quais tenha sido autorizada a
(do médico do trabalho e do enfermeiro) para a Saúde do Trabalho. dispensa de serviço interno:
Nesta situação, deverão ser adicionados mais dois gabinetes por cada
1500 trabalhadores. • Apresentar taxas de incidência e gravidade de acidentes de trabalho,
nos dois últimos anos, superiores à média do respetivo sector;
Para além das referidas modalidades de organização, existe ainda o • Tiver ocorrido, nos últimos dois anos, um acidente de trabalho
regime simplificado, para situações particulares, a saber: mortal por violação das regras de segurança de saúde imputável ao
empregador.
• No domínio da Segurança do Trabalho, sempre que empresa/esta- • Tiver sido condenada, nos dois últimos anos, pela prática de contra-
belecimento empregue no máximo nove trabalhadores e a sua atividade ordenação muito grave em matéria de segurança e de saúde do trabalho
não seja de risco elevado a segurança do trabalho pode ser desenvolvida ou em reincidência pela prática de contraordenação grave em matéria
pelo próprio empregador (com formação adequada e que permaneça de segurança e de saúde do trabalho;
habitualmente nos estabelecimentos) ou por um ou mais trabalhado-
res designados que se ocupem de todas ou algumas das atividades de Se a autorização for revogada, a empresa ou estabelecimento dispõe
segurança do trabalho, desde de que possuam formação adequada e de um prazo de seis meses para adotar a modalidade de serviço interno.
disponham de tempo e meios necessários. A adoção desta modalidade
implica a autorização prévia, pelo que deverá ser requerida à ACT 5.3.1.2 — Serviço externo
pelo empregador, preferencialmente por via eletrónica: certificacaost@ Considera-se Serviço Externo aquele que é desenvolvido por entidade
act.gov.pt. Esta autorização é concedida pelo período de cinco anos, autorizada pelos organismos competentes que, mediante contrato es-
devendo ser requerida a sua renovação até 60 dias antes do termo da crito com o empregador, realiza as atividades de segurança e ou saúde
autorização, sob pena de caducidade. do trabalho, nomeadamente as que se encontram previstas no artigo
• No domínio da Saúde do Trabalho, quando os trabalhadores de n.º 98.º da Lei n.º 102/2009.
microempresas não exerçam atividade de risco elevado podem solicitar O Serviço Externo só poderá ser prestado por empresas autorizadas:
que a promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores seja assegurada
pelo Serviço Nacional de Saúde (Artigo 76.º). Não existindo, até à data, a) Pela DGS, quando prestam atividades no domínio da Saúde do
suporte legal que imponha a obrigatoriedade da existência desta ativi- Trabalho. A lista das empresas autorizadas pode ser consultada em
dade nas diversas unidades de saúde, a prestação no âmbito da saúde www.dgs.pt/saude-ocupacional.aspx;
do trabalho só será realizada nas unidades de saúde em que estejam b) Pela ACT, quando prestam atividades no domínio da Segurança
reunidas e organizadas as condições logísticas e de recursos essenciais do Trabalho. A lista das empresas autorizadas pode ser consultada em
e indispensáveis ao seu funcionamento. O empregador deverá optar por www.act.gov.pt.
outra modalidade de organização sempre que existam constrangimentos Nota: A empresa prestadora de Serviço Externo carece de autorização
quanto à prestação pelo Serviço Nacional de Saúde. explícita para desempenhar atividades de SST em empresa/estabeleci-
5.3.1.1 — Serviço interno mento que desenvolve trabalhos/atividades com potencial risco elevado
(vide Tabela 6), devendo tal autorização ser requerida ao organismo
O Serviço Interno deve, obrigatoriamente, fazer parte da estrutura competente (DGS e ou ACT).
organizacional da empresa/estabelecimento e funcionar na dependên-
cia da Gestão de Topo (Artigo 78.º), devendo este aspeto ser evidente Tabela 6 — Lista indicativa dos trabalhos ou atividades
e contemplado na estrutura orgânica. com potencial risco elevado
Os empregadores abrangidos pela obrigatoriedade de constituição de
serviço interno (Artigo 78.º) só podem ser dispensados desta forma Trabalhos ou atividades com potencial risco elevado
de organização, nas seguintes condições (Artigo 80.º):
a) Trabalhos em obras de construção, escavação, movimentação de ter-
• Não exercício de atividades de risco elevado; ras, de túneis, com riscos de quedas de altura ou de soterramento, demo-
• Apresentação de taxas de incidência e gravidade de acidentes de tra- lições e intervenção em ferrovias e rodovias sem interrupção de tráfego;
balho, nos últimos dois anos, não superiores à média do respetivo sector; b) Atividades de indústrias extrativas;
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c) Trabalho hiperbárico; Deve-se igualmente salvaguardar que o Serviço de SST tem estabe-
d) Atividades que envolvam a utilização ou armazenagem de produtos lecido um processo de comunicação, que integre a Gestão de Topo, as
químicos perigosos suscetíveis de provocar acidentes graves; principais chefias, o representante do empregador (aplicável ao Serviço
e) Fabrico, transporte e utilização de explosivos e pirotecnia; externo e comum), o representante dos trabalhadores para a SST, e os
f) Atividades de indústria siderúrgica e construção naval; trabalhadores em geral.
g) Atividades que envolvam contacto com correntes elétricas de Qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa ou o estabe-
média e alta tensões; lecimento, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades
h) Produção e transporte de gases comprimidos, liquefeitos ou dis- de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de
solvidos ou a utilização significativa dos mesmos; instalações, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos
i) Atividades que impliquem a exposição a radiações ionizantes; trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar
j) Atividades que impliquem a exposição a agentes cancerígenos, os contactos necessários com as entidades externas competentes para
mutagénicos ou tóxicos para a reprodução; realizar aquelas operações e as de emergência médica.
l) Atividades que impliquem a exposição a agentes biológicos do
grupo 3 ou 4 5.3.3 — Objetivos do Serviço
m) Trabalhos que envolvam exposição a sílica. O Serviço de SST da empresa/estabelecimento deverá estabelecer
os objetivos de segurança e saúde do trabalho, devendo estes ser
Fonte: Artigo 79.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro documentados, periodicamente atualizados e ter associado um período
5.3.1.3 — Serviço comum de início e de conclusão.
Os objetivos de saúde e segurança do trabalho, de cada empresa/esta-
O serviço comum (Artigo 82.º) de segurança e ou de saúde do traba- belecimento, devem ser mensuráveis (sempre que possível), associados
lho é instituído por acordo entre várias empresas ou estabelecimentos a metas, consistentes com a Política de Segurança e Saúde do Tra-
pertencentes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo, balho estabelecida, com as atividades de trabalho e com principais
nem sejam abrangidas pela obrigatoriedade de constituição de serviço riscos profissionais, para além de considerar os requisitos legais e ou-
interno (vide Tabela 5) de acordo com o artigo 78.º da Lei n.º 102/2009, tros publicados pelos organismos nacionais competentes nesta matéria.
de 10 de setembro. O serviço comum não poderá prestar serviços de
segurança e ou saúde do trabalho a outras empresas que não façam 5.3.4 — Recursos humanos
parte do acordo referido. O Serviço de SST da empresa/estabelecimento deve possuir uma
Este acordo deve ser celebrado por escrito, devendo o mesmo ser equipa de profissionais (ou estarem afetos no caso da modalidade de
assinado entre todas as empresas e estabelecimentos que usufruem do Serviço externo do domínio da Saúde do Trabalho) que assegure as
Serviço e referir, explicitamente, a sua organização para efeitos de SST. atividades do Serviço e a sua gestão, a saber:
Esta modalidade de organização carece de autorização que deve ser
requerida em modelo próprio, ao organismo competente, nomeadamente • Médico do Trabalho, que desenvolve as suas atividades durante
por via eletrónica, mediante modelo próprio, aprovado pela Portaria o número de horas necessário à realização dos atos médicos, de rotina
n.º 255/2010, de 5 de maio. ou de emergência e outros trabalhos que coordene. Este profissional
não poderá assegurar a vigilância da saúde dos trabalhadores a que
5.3.2 — Estrutura orgânica corresponda mais de 150 horas de atividade por mês (Artigo 105.º). O
O organigrama da empresa/estabelecimento deverá incluir o Serviço número de horas prestado pelo médico do trabalho não deve ser inferior
de SST na sua estrutura interna, salvo na modalidade de Serviço ex- aos valores estabelecidos legalmente (Artigo 105.º) — vide Tabela 7.
terno em que deverá estar definido o representante do empregador Sempre que exista mais do que um médico, a empresa/estabeleci-
com formação adequada para acompanhar e coadjuvar as atividades mento deverá nomear um médico do trabalho para a função de Diretor
de prevenção (Artigo 77.º). Clínico do Serviço de Saúde do Trabalho, o qual deverá disponibilizar,
Em qualquer modalidade de organização, o Serviço de SST deve no mínimo, 15 horas/mês para aspetos relacionados com a gestão e
possuir uma estrutura orgânica que englobe de forma integrada, e planeamento, entre outros atos necessários à coordenação. Não estão
sempre que possível, os domínios da Saúde do Trabalho e da Segurança autorizados para o desempenho das funções de Diretor Clínico do Ser-
do Trabalho. A referida integração implica, obrigatoriamente, uma viço de Saúde do Trabalho os médicos sem a Especialidade de Medicina
adequada e permanente articulação entre os profissionais dos dois do Trabalho e os médicos que se encontram no regime de autorização
domínios, a qual deve estar formalmente documentada. transitória para o exercício da medicina do trabalho.

Tabela 7 — Número mínimo de horas prestadas pelo médico do trabalho


por número de trabalhadores e tipo de estabelecimento

Mínimo de horas prestadas pelo Médico do Trabalho


Tipo de estabelecimento
por número de trabalhadores

Estabelecimento industrial ou estabelecimento de outra natureza com risco 1 hora por mês por cada grupo de 10 trabalhadores ou fração.
elevado.
Restantes estabelecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 hora por mês por cada grupo de 20 trabalhadores ou fração.

Fonte: Artigo 105.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro.

• Técnico Superior e Técnico de segurança do trabalho, para prestação das atividades de segurança, os quais devem ser detentores das qua-
lificações legalmente exigidas para o exercício das respetivas profissões. O número de Técnicos superiores/Técnicos de Segurança do Trabalho
não deve ser inferior ao legalmente estabelecido (Artigo 101.º) — vide Tabela 8.

Tabela 8 — Número de Técnicos superiores/Técnicos de Segurança do Trabalho


por número de trabalhadores a abranger e tipo de estabelecimento

Número de Técnicos superiores/Técnicos de Segurança


Tipo de estabelecimento
do Trabalho por número de trabalhadores a abranger

Estabelecimento industrial ou estabelecimento de outra natureza com risco • Até 50 trabalhadores: 1 técnico.
elevado. • Mais de 50 trabalhadores: 2 técnicos por cada 1500 trabalhado-
res abrangidos ou fração, sendo pelo menos um deles técnico
superior.
Restantes estabelecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • Até 50 trabalhadores: 1 técnico
• Mais de 50 trabalhadores: 2 técnicos por cada 3000 trabalhadores
abrangidos ou fração, sendo pelo menos um deles técnico superior.

Fonte: Artigo 101.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro.


23062 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

• Enfermeiro do Trabalho, deverá integrar a Equipa de profissio- presentante dos trabalhadores para a segurança e saúde do trabalho e
nais de SST sempre que a empresa/estabelecimento possua mais de restantes trabalhadores.
250 trabalhadores e, obrigatoriamente, nas empresas prestadoras de
Serviços externos de Saúde do Trabalho. O Enfermeiro deverá prestar a 5.5 — Fatores de Risco Profissional
atividade profissional durante o número de horas necessárias ao trabalho Um fator de risco profissional é um agente suscetível de provocar
de enfermagem de rotina e de emergência, por um tempo não inferior um efeito adverso (dano) na saúde do trabalhador (ex.: acidente de
ao número de horas de trabalho do médico do trabalho. trabalho, doença profissional ou outra doença ligada ao trabalho). Por
Todos os profissionais anteriormente mencionados, devem estar con- vezes denomina-se o potencial fator de risco como “perigo”.
tratualizados de forma nominativa e por tempo de afetação à atividade. O risco profissional designa a combinação da probabilidade de
De salvaguardar, que poderão integrar a Equipa do Serviço de SST ocorrência de um efeito adverso (dano) na saúde do trabalhador e a
outros profissionais não mencionados anteriormente (ex.: ergonomistas, gravidade do dano no trabalhador, assumindo que existe exposição
psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas), de acordo, nomeadamente, profissional. Neste sentido, o risco profissional existe em qualquer em-
com os riscos profissionais identificados, as prioridades estabelecidas presa/estabelecimento, ainda que possa ser probabilisticamente pouco
e os recursos financeiros existentes. valorizável (risco aceitável). Assim, é incorreto afirmar a ausência de
risco profissional numa empresa/estabelecimento.
5.3.5 — Requisitos de garantia das condições de exercício Usualmente classificam-se os riscos profissionais pela sua natureza:
Para além dos requisitos relativos aos recursos humanos, o Serviço Biológicos, Físicos, Químicos, Psicossociais, Relativos à atividade de
de SST de qualquer empresa/estabelecimento, independentemente do trabalho e Mecânicos.
seu modelo de organização (interno, externo ou comum), deve assegurar Um trabalhador pode estar exposto a um risco profissional por
também o cumprimento de outros requisitos mínimos: diversas vias: respiratória (inalação), digestiva (ingestão), dérmica
1 — Instalações adequadas e devidamente equipadas para o exercício (contacto), auditiva (audição), ocular (“contacto” visual) sendo que a
da respetiva atividade; exposição profissional depende de diversos fatores:
2 — Equipamentos e utensílios de avaliação das condições de se- • Das características do fator de risco e da “quantidade” em que este
gurança e saúde do trabalho e equipamentos de proteção individual a está presente no ambiente de trabalho;
utilizar pelo pessoal técnico da entidade requerente; • Da capacidade de penetração e interação do fator de risco com o
3 — Qualidade técnica dos procedimentos, nomeadamente para organismo humano;
avaliação das condições de segurança e de saúde e planeamento das • Do tempo e frequência a que o trabalhador está exposto;
atividades; • Da intensidade de exposição;
4 — Capacidade para o exercício das atividades principais do serviço • Das características individuais do trabalhador (ex. género, idade,
de segurança e de saúde do trabalho, descritas no artigo n.º 98.º da Lei estado de saúde, suscetibilidade genética);
n.º 102/2009, admitindo-se o recurso a subcontratação de serviços ape- • Entre outros.
nas em relação a tarefas de elevada complexidade ou pouco frequentes.
5 — Garantias suficientes em relação às medidas de segurança técnica Assim, para cada fator de risco deve ser desenvolvida uma es-
e de organização do tratamento de dados pessoais a efetuar tratégia de intervenção da responsabilidade do Serviço de SST da
empresa/estabelecimento.
5.4 — Principais atividades do Serviço de Saúde e Segurança
do Trabalho 5.5.1 — Fatores de risco profissional de natureza biológica
As principais atividades do Serviço de SST encontram-se previstas Os fatores de risco profissional de natureza biológica (também de-
no artigo 98.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro. signados por agentes biológicos) são microrganismos, incluindo os
Considera-se que, qualquer que seja a modalidade adotada, a empresa/ geneticamente modificados, as culturas de células e os endoparasitas
estabelecimento deve ter uma estrutura interna que previna os riscos humanos suscetíveis de provocar infeções, alergias ou intoxicações
profissionais e promova a saúde nos locais de trabalho, nomeadamente (Artigo 3.º, do Decreto-Lei n.º 84/97, de 16 de abril).
pelas seguintes atividades: Os agentes biológicos são vírus, fungos e bactérias suscetíveis de
1 — Identificação, avaliação e controlo dos riscos profissionais, causar doença ao trabalhador exposto. Estes podem ser classificados em
devendo estar associado a este processo de gestão um plano detalhado quatro grupos de acordo com o seu nível de risco infeccioso — definido
de prevenção e proteção da saúde dos trabalhadores. no diploma atrás indicado — no qual se tem em consideração a probabi-
2 — Vigilância da saúde dos trabalhadores, incluindo a realização lidade de o agente causar doença e o risco de propagação na comunidade.
de exames de saúde de admissão, periódicos e ocasionais, dos exames Como exemplos de atividades em que o trabalhador pode estar ex-
complementares de diagnóstico, da vacinação dos trabalhadores e de posto ao risco biológico, temos:
consultas de especialidade (sempre que necessárias), assim como o • Trabalho em unidades de produção alimentar;
registo dos aspetos clínicos relativos ao trabalhador (processo clínico no- • Trabalho agrícola;
minativo) e da sua aptidão para o trabalho (ficha de aptidão individual). • Atividades em que há contacto com animais e ou produtos de
3 — Organização dos ficheiros clínicos e relativos às fichas de origem animal;
aptidão dos trabalhadores da empresa/estabelecimento. • Trabalho em unidades de saúde, incluindo unidades de isolamento
4 — Promoção da saúde no local de trabalho, mediante a realização e de autópsia;
de atividades que favoreçam as práticas de trabalho saudáveis e seguras • Trabalho em laboratórios clínicos, veterinários e de diagnóstico,
e estilos de vida saudáveis. incluindo laboratórios microbiológicos de diagnóstico;
5 — Supervisão das condições de higiene e segurança do trabalho • Trabalho em unidades de recolha, transporte e eliminação de detritos;
quanto às instalações, equipamentos e utensílios de trabalho, aos aspetos • Trabalho nas instalações de tratamento de águas de esgoto.
de sinalização de segurança, entre outros.
6 — Elaboração de programa de formação e informação em ma- Salienta-se que o empregador deve notificar, de acordo com o ar-
téria de saúde e segurança do trabalho, assim como prever atividades tigo 5.º do referido decreto-lei, a Autoridade para as Condições do
de consulta aos representantes dos trabalhadores para a saúde e Trabalho e a Direção-Geral da Saúde com, pelo menos, 30 dias de
segurança do trabalho; antecedência, do início de atividades em que sejam utilizados, pela
7 — Participação na elaboração do plano de emergência interno, primeira vez, agentes biológicos dos grupos 2, 3 ou 4 bem como em cada
incluindo as seguintes vertentes: primeiros socorros, combate a incên- situação em que haja utilização de novos agentes biológicos do grupo 4
dios e situações de emergência e evacuação. e de agentes novos classificados provisoriamente no grupo 3.
8 — Recolha, organização e reporte dos elementos necessários às O modelo de notificação encontra-se disponível nos sítios eletrónicos
notificações e participações obrigatórias. das referidas entidades.
9 — Recolha, organização, análise e reporte dos elementos esta-
tísticos relativos à saúde e segurança do trabalho, incluindo: demo- 5.5.2 — Fatores de risco profissional de natureza física
grafia e estado da saúde da população trabalhadora, organização de
Os fatores de risco profissional de natureza física relacionam-se
trabalho, acidentes de trabalho e doenças profissionais, avaliação dos
essencialmente com a propagação da energia nas suas diversas formas.
riscos profissionais e prestação de cuidados de saúde aos trabalhadores.
São seguidamente apresentados alguns exemplos:
10 — Indicação de medidas, propostas e recomendações corretivas
relativas a situações críticas para a saúde dos trabalhadores. • Ruído (pressão sonora elevada);
As atividades de saúde e segurança do trabalho, devem constar do • Radiação (ionizante e não ionizante);
Programa de Ação do Serviço de SST da empresa/estabelecimento, • Iluminância;
que deve ser aprovado pelo empregador e dado conhecimento ao re- • Vibração;
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• Temperatura (stress térmico); • Repetitividade;


• Pressão (ambiente hiperbárico e hipobárico); • Ritmo de trabalho (intenso);
• Humidade (ambiente muito húmido/seco); • Cadência da tarefa (monotonia);
• Entre outros. • Modelo organizacional de produção (ex. horário, turno, picos de
produção, pausas, trabalho em linha);
De salientar, que a combinação de alguns riscos físicos (ex.: ruído, • Outros.
vibração, temperatura e pressão elevadas), assim como com riscos
de outra natureza (ex.: psicológicos) podem potenciar os danos na A conceção do local de trabalho é um aspeto fundamental a ter em
saúde do trabalhador, pelo que a análise da exposição profissional atenção na fase de projeto. De facto, aspetos como o lay-out, conceção
múltipla é indispensável e deve ser assegurado pelo Serviço de SST (ou correção) de sistemas, máquinas e postos de trabalho que sejam
da empresa/estabelecimento. seguros e eficientes, adaptando o trabalho ao Homem e tendo como
objetivo fundamental, o aumento da segurança, saúde e conforto do tra-
5.5.3 — Fatores de risco profissional de natureza química balhador, contribuem para o aumento da eficiência organizacional e para
Os fatores de risco profissional de natureza química (também designa- a melhoria das condições de segurança e saúde nos locais de trabalho.
dos por riscos químicos) são elementos ou compostos químicos, isola-
dos ou em mistura, que se apresentem no estado natural ou sejam produ- 5.5.6 — Fatores de risco profissional mecânicos
zidos, utilizados ou libertados em consequência de uma atividade laboral, Os fatores de risco profissional mecânicos encontram-se essencial-
incluindo sob a forma de resíduo, em contexto de produção ou comer- mente relacionados com os elementos mecânicos que conduzem aos
cialização (Artigo 3.º, do Decreto-Lei n.º 24/2012, de 6 de fevereiro). acidentes de trabalho (ex.: quedas em altura e ao mesmo nível, choque,
Um agente químico é perigoso, sempre que é classificado como entaladela, esmagamento, movimento em falso, etc.).
substância ou mistura perigosa, assim como nas situações em que Geralmente o contacto do corpo, ou parte deste, com as máquinas
possa implicar riscos para a saúde dos trabalhadores (Artigo 3.º, do e equipamentos de trabalho, poderão ocasionar danos para a saúde do
Decreto-Lei n.º 24/2012, de 6 de fevereiro) devido: trabalhador, sobretudo quando associados a inadequados/insuficientes
• Às suas propriedades físico-químicas e ou toxicológicas; procedimentos, comportamentos e outras condições de trabalho.
• À forma como é utilizado pelos trabalhadores; É comum, no setor industrial a utilização de equipamentos de traba-
• À forma como se apresenta no local de trabalho. lho, nomeadamente máquinas e ferramentas, devendo estas estar em
conformidade com a legislação vigente.
As substâncias ou misturas consideradas perigosas, devem ser acom- A segurança na utilização de equipamentos de trabalho, pelos
panhadas de uma ficha de dados de segurança e estarem rotuladas de trabalhadores, nos locais de trabalho, é regulada pelo Decreto-Lei
maneira a que os trabalhadores tenham conhecimento dos seus efeitos e n.º 50/2005, de 25 de fevereiro (que transpõe a Diretiva Equipamentos
das medidas de prevenção e proteção a adotar, antes de as manusearem. de Trabalho), o qual estabelece o conjunto de regras reguladoras da
As propriedades das substâncias e misturas que conduzem à clas- segurança do trabalho com esses equipamentos, que têm como des-
sificação de perigosas, encontram-se estabelecidas no Regulamento tinatários os empregadores e se destinam a promover a melhoria das
(CE) n.º 1272/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de condições de trabalho com o objetivo de assegurar um melhor nível de
dezembro de 2008), relativo à classificação, rotulagem e embalagem de proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores.
substâncias e misturas. Estas propriedades incluem os perigos físicos,
para a saúde humana e para o ambiente, a saber: 5.6 — Gestão do Risco Profissional
• Perigos para a saúde humana — Toxicidade aguda (oral, cutânea, A gestão do risco profissional deve ser entendida como um processo
por inalação), Mutagenicidade, Carcinogenicidade, Toxicidade para dinâmico e técnico-científico que visa eliminar, minimizar ou controlar o
a reprodução, Corrosão/irritação/cutânea, Lesões/irritações oculares, risco profissional dos trabalhadores no seu local de trabalho. Este processo
Sensibilidade respiratória. permite ao empregador tomar medidas preventivas e corretivas de forma
• Perigos físicos — inflamáveis, explosivos, comburentes, pirofó- mais eficaz e possibilita a definição de prioridades de ação que efetiva-
ricos e substâncias/misturas autorreactivas. mente assegurem e ou melhorem a saúde e a segurança dos trabalhadores.
• Perigos para o meio ambiente — por exemplo, as substâncias Uma adequada avaliação dos riscos profissionais constitui a base
perigosas para o ambiente aquático. Estes perigos terão especial inte- de uma efetiva gestão em saúde e segurança do trabalho, sendo uma
resse no contexto da saúde ocupacional, nas situações em que afetem ferramenta fundamental para a prevenção dos riscos profissionais e,
o ambiente do local de trabalho. consequentemente, para a redução dos acidentes de trabalho, das do-
enças profissionais e de outras doenças ligadas ao trabalho.
Os valores limite de exposição profissional, com carácter indicativo, Este processo desenvolve-se em três principais vertentes: análise do
relativos a agentes químicos encontram-se estabelecidos no Anexo III risco; avaliação do risco e gestão do risco (vide Fig. 1). As etapas do
do Decreto-Lei n.º 24/2012, de 6 de fevereiro. O referido Decreto es- processo são as seguidamente indicadas:
tabelece ainda, no Anexo IV, a proibição de alguns agentes químicos.
No que se refere à proteção dos trabalhadores contra os riscos químicos 1 — Identificação dos fatores de risco profissional — etapa es-
relacionados com agentes cancerígenos ou mutagénicos no trabalho, sencialmente descritiva sobre os elementos, condições e processos de
os valores limite encontram-se estabelecidos no Anexo do Decreto-Lei trabalho e a(s) atividade(s) desempenhada(s) pelo trabalhador, com
n.º 301/2000, de 18 de novembro. ênfase na perspetiva da adversidade potencial do trabalho na saúde do
A Norma Portuguesa 1796:2007 estabelece também valores limite trabalhador. É uma etapa que exige rigor na inventariação e caracteri-
relativos a outros agentes químicos, não sendo contudo um documento zação dos fatores de risco e requer, para além da observação,
vinculativo. a descrição e interpretação do contexto do trabalho que poderá oca-
sionar efeitos negativos na saúde do trabalhador.
5.5.4 — Fatores de risco profissional de natureza psicossocial 2 — Identificação dos trabalhadores expostos — nesta etapa de-
Os fatores de risco profissional de natureza psicossocial são aqueles verão ser identificados os trabalhadores que estão expostos ao fator de
que derivam de características sociais (ex.: padrões de interação grupal, risco profissional, de que forma a exposição profissional ocorre (ex.
relacionamento interpessoal, conflito trabalho/família), culturais (ex.: vias de exposição, tempo de exposição, entre outros), e proceder-se à
modelos tradicionais de liderança, de tomada de decisão e de resolu- quantificação dos efeitos na saúde (sintomas e danos). Especial atenção
ção de conflitos) e psicológicos do trabalhador (ex.: atitudes, valores, deve ser prestada aos trabalhadores mais vulneráveis (ex.: trabalha-
representações, personalidade), para além de aspetos do trabalho, doras grávidas puérperas ou lactantes, trabalhadores jovens e idosos,
designadamente as características físicas do ambiente, a organização trabalhadores portadores de deficiência, trabalhadores sem formação ou
do trabalho e a tarefa do trabalhador na empresa/estabelecimento. Estes inexperientes, trabalhadores isolados nas suas atividades profissionais,
fatores poderão potenciar situações de stress, violência no trabalho, trabalhadores com imunidade comprometida ou com doenças crónicas,
assédio moral e sexual, entre outros. entre outros) e ou que executam trabalhos e atividades de potencial
risco elevado (vide Tabela 6).
5.5.5 — Fatores de risco profissional relativos à atividade de 3 — Estimativa do risco profissional — perante a informação ante-
trabalho riormente recolhida, deverá estimar-se a "probabilidade de ocorrência"
(quantas vezes pode ocorrer?) e a "gravidade do dano" (que dano pode
São usualmente considerados como fatores de risco profissional ocorrer?). Sempre que os fatores de risco profissional são mensuráveis
relativos à atividade de trabalho os que se relacionam com os aspetos (ex. possuem valores limite ou valores de referência de exposição
da ergonomia e de organização da empresa/estabelecimento. Destacam- profissional) estes deverão ser utilizados na estimativa.
-se os seguintes: 4 — Valoração do risco profissional — esta etapa tem por base o
• Posturas ou posições corporais (extremas); cruzamento da informação relativa à “probabilidade de ocorrência”
• Aplicação de força (inadequada); e à “gravidade do dano”, visando comparar a magnitude do risco
23064 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

com padrões de referência. Neste contexto, deverá ser estabelecido De referir, que o processo de análise, avaliação e controlo dos riscos
pela empresa/estabelecimento um referencial de valoração do risco profissionais deve ser efetuado, sempre que:
profissional, tendo em conta as normas, legislação e as boas práticas,
utilizando uma escala de níveis de risco em que cada nível deve estar • Se verifique a necessidade de incluir um risco identificado na
associada a medidas preventivas/corretivas específicas. sequência de uma não conformidade detetada;
5 — Controlo do risco profissional — esta etapa deverá permitir • Sejam criados/alterados substancialmente produtos, processos ou
reduzir o risco profissional existente para níveis aceitáveis, assim como atividades;
promover a monitorização das medidas implementadas (ex.: ações de • Ocorram alterações significativas na legislação ou outros requisitos
acompanhamento ou de reavaliação periódica). As medidas a imple- aplicáveis;
mentar deverão considerar os princípios de prevenção, e poderão ser • Sejam implementadas medidas de minimização de riscos profis-
de cinco áreas distintas: i) condições de trabalho, ii) equipamento de sionais.
trabalho, iii) organização do trabalho, iv) formação e informação do
trabalhador, v) vigilância da saúde. Esta etapa deverá ainda identificar No que se refere à hierarquização de medidas preventivas/corretivas, no
a necessidade de novas avaliações de risco profissional, recomeçando âmbito do controlo de riscos profissionais, deve-se considerar o seguinte:
o ciclo de gestão do risco profissional. 1 — Eliminar o fator de risco profissional — Esta deve ser a pri-
meira atitude a tomar em termos de prevenção. Sempre que não se
Figura 1 — Processo de Gestão do risco profissional consiga eliminar o fator de risco, avaliar a forma de diminuir o risco
a ele associado.
2 — Substituir o fator de risco profissional — como por exemplo
substituir um agente/material perigoso por outro menos perigoso.
3 — Implementar medidas de engenharia — como por exemplo
a instalação de proteções nas máquinas e equipamentos perigosos, a
instalação de sistemas de ventilação geral ou localizada para captação
de poeiras, fumos ou gases, entre outros.
4 — Implementar medidas administrativas e organizati-
vas — como por exemplo formação aos trabalhadores, rotatividade
dos postos de trabalho de forma a repartir a carga de tarefas mais
penosas, ajuste de horários, pausas.
5 — Implementar medidas de proteção individual — utilização
de equipamentos de proteção individual (EPI's), adequados à tarefa a
desempenhar.
(1) Os artigos referidos ao longo do texto constam da Lei n.º 102/2009,
de 10 de setembro.
(2) Os artigos referidos ao longo do texto constam da Lei n.º 102/2009,
de 10 de setembro.
(3) Os artigos referidos ao longo do texto constam da Lei n.º 102/2009,
de 10 de setembro.

6. Anexos

ANEXO 1

Fluxogramas

DOCUMENTO DE REFERÊNCIA INDUSTRIAIS


Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23065
23066 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23067

ANEXO 2

Listas de verificação

Lista de verificação 1 - Instalações - Orientações técnicas

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Conceção do Edifício Portaria n.º 53/71 de 3 de fev., com as alterações


introduzidas pela Portaria n.º 702/80 de 22 de
set. -Regulamento Geral de Segurança e Higiene
do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais
-(RGSHTEI)
Portaria n.º 987/93 de 6 de out. - Normas Técnicas
relativas às Prescrições Mínimas de Segurança e
saúde nos Locais de Trabalho

Local de trabalho
1 O edifício está construído de forma a as- Art. 6.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
segurar as necessárias condições de es- N.º 1, Art. 1.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
tabilidade, resistência e salubridade e a
garantir a segurança compatível com as
características e os riscos das atividades
que nele são exercidas.

2 O pé direito livre tem uma altura mínima N.º 1 do Art. 8.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de 3 metros. N.º 1 do Art. 2.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.

3 A área mínima por trabalhador é de 1,80 m2 N.º 1 do Art. 8.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
N.º 1 do Art. 2.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.

4 A cubagem mínima de ar por trabalhador N.º 4 do Art. 8.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
é de 11,50 m3. N.º 3 do Art. 2.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
23068 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Pavimentos
1 O pavimento do local de trabalho é fixo, N.º 1 do Art. 10.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
estável, antiderrapante sem inclinações
perigosas saliências e cavidades (*).
(*) Recomenda-se que sejam contínuos para
evitar a acumulação de poeiras nas juntas
e resistentes mecânica e quimicamente.

2 Os pavimentos, nomeadamente os dos lo- N.º 1 do Art. 111.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
cais onde se fabricam, manipulam ou
empregam substâncias explosivas ou
inflamáveis são impermeáveis, incom-
bustíveis e constituídos por materiais
antichispas.

3 Os pavimentos, nomeadamente os dos N.º 1 do Art. 111.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
locais onde se encontram gases, vapo-
res ou poeiras suscetíveis de provocar
explosões, são impermeáveis, incom-
bustíveis e constituídos por materiais
antichispas.

4 Os pavimentos referidos no ponto ante- N.º 2 do Art. 111.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
rior têm dispositivos de escoamento
suficiente para drenar a água debitada
pelos meios de extinção a incêndios.

5 Os pavimentos, nomeadamente os dos Art. 130.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.


locais, onde se produzem, empregam,
manipulam, transportam ou armazenam
substâncias tóxicas, asfixiantes, irritan-
tes ou infetantes têm superfície lisa e
impermeável com inclinação suficiente
para um fácil escoamento das águas de
lavagem.

6 Os pavimentos, nomeadamente os dos Art. 130.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.


locais onde se possam difundir gases,
vapores ou poeiras tóxicos, asfixiantes,
irritantes ou infetantes, têm superfície
lisa e impermeável com inclinação su-
ficiente para um fácil escoamento das
águas de lavagem.

7 As aberturas nos pavimentos estão prote- N.º 1 do Art. 12.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
gidas com resguardos fixos e resistentes

Paredes e tetos
1 As paredes são lisas, de fácil limpeza e N.º 2 do Art. 9.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
revestidas ou pintadas de cores claras
não brilhantes (**).
(**) Recomenda-se que tenham um bom
isolamento térmico.

2 As paredes e tetos, nomeadamente os dos


locais onde se fabricam, manipulam ou
empregam substâncias explosivas ou
inflamáveis são incombustíveis.

3 As paredes e tetos, nomeadamente os dos


locais onde se encontram gases, vapo-
res ou poeiras suscetíveis de provocar
explosões, são incombustíveis.

4 Nos locais de trabalho que exijam lavagens N.º 3 do Art. 9.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
frequentes as paredes estão revestidas
com materiais impermeáveis até pelo
menos 1,5 m de altura.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23069

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Divisórias
1 As divisórias transparentes ou translúcidas N.º 3 do Art. 10.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
existentes estão assinaladas por forma a
serem visíveis.

Janelas e clarabóias

1 As janelas, as clarabóias e os dispositivos N.º 1 do Art. 11.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
de ventilação instalados têm as caracte-
rísticas que permitam o seu funciona-
mento em segurança.

2 As janelas, as clarabóias dispõem de dis- N.º 1 do Art. 19.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
positivos de controlo da incidência dos
raios solares.

3 A limpeza das janelas, das clarabóias e dos N.º 2 do Art. 11.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
dispositivos de ventilação faz-se sem pe-
rigo para os trabalhadores que executam
essa tarefa.

Portas e portões
1 A localização, o número, a dimensão e os N.º 1 do Art. 12.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
materiais das portas e portões atendem ao
tipo de utilização dos locais de trabalho.

2 As portas e os portões de correr têm um N.º 2 do Art. 12.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
dispositivo de segurança que os impeça
de saltar das calhas e cair.

3 As portas e os portões de funcionamento N.º 3 do Art. 12.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
mecânico possuem dispositivos de pa-
ragem de emergência facilmente iden-
tificáveis e acessíveis.

4 Em caso de falha de energia, as portas e N.º 4 do Art. 12.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
os portões de funcionamento mecânico
podem abrir-se automaticamente ou por
comando manual.

5 As portas e os portões basculantes são trans- N.º 5 do Art. 12.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
parentes ou possuem painéis transparentes.

6 As portas e os portões transparentes têm N.º 7 do Art. 12.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
colocada uma marca opaca a um nível
facilmente identificável pelo olhar.

7 Junto aos portões destinados à circulação de N.º 9 do Art. 12.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
veículos existem portas para peões, sinali-
zadas e permanentemente desobstruídas.

8 As portas de emergência estão sinalizadas e N.º 8 do Art. 12.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
dispõem de iluminação de segurança.

9 As portas de emergência abrem para o exte- N.º 8 do Art. 12.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
rior de forma rápida e acessível (***)
(***) Recomenda-se que as portas de
emergência sejam corta-fogo e estejam
munidas de barras antipânico.

Vias de circulação/ escadas


(incluindo as de emergência)
1 As vias de circulação incluindo escadas fi- N.º 1 do Art. 13.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
xas permitem a circulação fácil e segura
das pessoas.
23070 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

2 A largura mínima das vias de circulação e Art. 56.º do regulamento técnico de SCIE, aprovado
escadas é de 0,90 m. pela Portaria n.º 1532/2008 de 29/12, e o art. 13.º e
4.º do seu anexo I.

3 As vias de circulação destinadas a veículos N.º 3 do Art. 13.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
estão distanciadas das portas, dos por-
tões, das passagens para peões, dos corre-
dores e das escadas de modo a não cons-
tituírem risco para os seus utilizadores.

4 As vias de circulação destinadas a pessoas N.º 5 do Art. 13.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
têm iluminação adequada e piso não es-
corregadio ou antiderrapante.

5 Havendo risco de queda em altura as vias de N.º 1 do Art. 12.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
circulação possuem resguardos laterais N.º 6 do Art. 13.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
com a altura mínima de 0,90 m e rodapés
com a altura mínima de 0,14 m.

6 Os intervalos entre máquinas, instalações N.º 4 do Art. 10.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
e materiais têm uma largura de, pelo
menos, 0,60 m.

7 As escadas possuem corrimão não inter- N.º 2 do Art. 13.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
rompido nos patamares.

8 Os degraus têm piso antiderrapante ou dis- N.º 3 do Art. 14.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
põem de tiras abrasivas junto ao bordo.

9 As escadas e as passadeiras rolantes estão Art. 14.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
equipadas com dispositivos de segurança
e de paragem de emergência, acessíveis
e facilmente identificáveis.

Cais e rampas
1 Os cais e as rampas de carga são adequados N.º 1 do Art. 15.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
à dimensão das cargas neles movimen-
tados e permitem a circulação fácil e
segura das pessoas.

2 Os cais de carga têm pelo menos uma N.º 2 do Art. 15.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
saída ou, quando o seu comprimento
for superior a 25 m, uma saída em cada
extremidade.

Instalações sociais

Instalações sanitárias e vestiários


1 As instalações sanitárias são separadas, ou N.º 1 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de utilização separada, por sexo e em N.º 1 do Art. 20.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
número suficiente.

2 As instalações sanitárias não comunicam N.º 1 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
diretamente com os locais de trabalho.

3 São bem iluminadas e ventiladas. N.º 1 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.

4 O pavimento é revestido de material re- N.º 1 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
sistente, liso e impermeável, inclinados
para ralos de escoamento providos de
sifões hidráulicos.

5 As paredes são de cor clara e revestidas de N.º 1 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
azulejo ou outro material impermeável
até, pelo menos, 1,5 m de altura.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23071

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

6 Existem lavatórios, retretes e urinóis em N.º 2 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
número suficiente (*) Art. 19.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
(*) -1 lavatório fixo por cada grupo de
10 trabalhadores que cessem simulta-
neamente o trabalho;
-1 retrete e 1 urinol por cada grupo de
25 homens que cessem simultaneamente
o trabalho;
-1 retrete por cada grupo de 15 mulheres
que cessem simultaneamente o trabalho.

7 As retretes estão instaladas em comparti- N.º 3 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
mentos com as dimensões mínimas de N.º 2 do art. 20.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
0,80 m de largura por 1,30 m de profun-
didade, com tiragem de ar direta para o
exterior e com porta independente a abrir
para fora provida de fecho.

8 As divisórias que não forem inteiras devem N.º 3 do art. 20.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
ter a altura mínima de 1,80 m (do pavi-
mento ao teto), e o espaço livre junto
ao pavimento, caso exista, não pode ser
superior a 0,20 m.

9 Os urinóis dispõem de dispositivos de N.º 3 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
descarga de água e estão separados por
baias laterais distantes entre si de pelo
menos 0,60 m.

10 Os lavatórios são providos de sabão não N.º 3 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
irritante e de toalhas individuais de papel
ou dispositivo de secagem de mãos.

11 Sempre que se justifique, existem chuvei- N.º 2 do Art. 139.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
ros em número suficiente (*) Art. 19.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
(*) 1 cabine de banho com chuveiro por
cada grupo de 10 indivíduos que cessem
simultaneamente o trabalho; Devem es-
tar instaladas em local próprio, separado
do das retretes e dos urinóis, ter ante-
câmara de vestir com cabide e banco,
dispor de água fria e quente, ter piso
antiderrapante e ser providas de portas.

12 No caso de haver mais de 25 trabalhadores, N.º 3 do Art. 18.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
a área ocupada pelos vestiários, chuvei-
ros e lavatórios, deverá corresponder, no
mínimo, a 1 m2 por trabalhador.

13 Os vestiários estão situados em salas pró- N.º 1 do Art. 140.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
prias, em comunicação direta com as N.º 1 do art. 18.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
cabinas de chuveiro e os lavatórios, e
separados, ou de utilização separada,
por sexos.

14 Os vestiários dispõem de armários indivi- N.º 2 do Art. 140.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
duais munidos de fechadura ou cadeado (*) N.º 2 do Art. 18.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
(*) Dimensões mínimas em função do nú-
mero máximo de pessoas que possam
utilizar simultaneamente:

18,5 m2 até 25 trabalhadores;


18,5 m2 + 0,65 m2 por pessoa a mais, entre
26 e 74 trabalhadores;
50 m2 + 0,55 m2 por pessoa a mais, entre
75 e 149 trabalhadores;
92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre
150 e 499 trabalhadores;
225 m2 + 0,40 m2 por pessoa a mais, para
500 ou mais trabalhadores.
23072 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

15 Não sendo necessários vestiários, cada N.º 5 do Art. 18.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
trabalhador dispõe de um outro espaço
destinado à arrumação da sua roupa e
objetos de uso pessoal.

16 O esquentador, está instalado fora das ins- N.º 3 do Art. 87.º do DL n.º 650/75 de 18 de nov
talações sanitárias, em local ventilado
e com exaustão de gases e fumos para
o exterior.

17 Os trabalhadores expostos a substâncias N.º 3 do Art. 140.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
tóxicas, irritantes ou infetantes dispõem N.º 4 do art. 18.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
de armários duplos, de forma a permitir
a separação das roupas de uso pessoal
e de trabalho.

Refeitórios/locais de descanso
1 Os estabelecimentos que empreguem 50 ou N.º 1 do Art. 141.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
mais trabalhadores e aqueles em que lhe
seja autorizado tomarem as suas refeições
dispõem de uma sala destinada exclusi-
vamente a refeitório, com meios próprios
para aquecer a comida, não comunicando
diretamente com locais de trabalho, insta-
lações sanitárias ou locais insalubres (*)
(*) Dimensões mínimas em função do nú-
mero máximo de pessoas que possam
utilizar simultaneamente:
18,5 m2 até 25 trabalhadores;
18,5 m2 + 0,65 m2 por pessoa a mais,
entre 26 e 74 trabalhadores;
50 m2 + 0,55 m2 por pessoa a mais, entre
75 e 149 trabalhadores;
92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre
150 e 499 trabalhadores;
225 m2 + 0,40 m2 por pessoa a mais, para
500 ou mais trabalhadores.

2 Na vizinhança dos refeitórios existem la- N.º 3 do Art. 141.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
vatórios em número suficiente.

3 A superfície do refeitório está de acordo N.º 2 do Art. 141.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
com a legislação em vigor.

4 Os refeitórios são providos de bancos ou N.º 3 do Art. 141.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
cadeiras e mesas em número suficiente.

5 Se a segurança ou a saúde dos trabalhado- N.º 1 do Art. 16.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
res o exigir, existe um local de descanso
facilmente acessível (*)
(*) Dimensões mínimas em função do nú-
mero máximo de pessoas que possam
utilizar simultaneamente:
18,5 m2 até 25 trabalhadores;
18,5 m2 + 0,65 m2 por pessoa a mais,
entre 26 e 74 trabalhadores;
50 m2 + 0,55 m2 por pessoa a mais, entre
75 e 149 trabalhadores;
92 m2 + 0,50 m2 por pessoa a mais, entre
150 e 499 trabalhadores;
225 m2 + 0,40 m2 por pessoa a mais, para
500 ou mais trabalhadores.

6 O local de descanso tem mesas e cadeiras,


em número correspondente ao máximo
de trabalhadores que podem utilizá-los
ao mesmo tempo.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23073

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

7 Os trabalhadores dispõem de água potável Art. 134.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
em quantidade suficiente e em locais
facilmente acessíveis (**).
(**) Recomenda-se a instalação de bebe-
douros de jato ascendente ou um sistema
equivalente.

Material de primeiros socorros


1 Existe material de primeiros socorros de Art. 138.º-A da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
fácil acesso e devidamente sinalizado. N.º 3 do art. 21.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.

Armazenagem
1 Os locais de armazenagem de material seco Art. 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev. Ver lista de
a granel dispõem de superfícies resis- verificação
tentes e com área suficiente para evitar Armazena-
armazenagem em altura. gem.

2 Estão previstas vias de circulação para Art. 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
veículos e zonas para carga e descarga
dos produtos.

3 O material seco a granel, quando possível, N.os 1 e 2 do Art. 87.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
é armazenado em silos construídos com
materiais resistentes ao fogo, cobertos,
munidos de sistema de ventilação eficaz
e que permitam a descarga pelo fundo.

4 Os líquidos estão armazenados em reser- N.º 2 do Art. 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
vatórios situados acima do solo ou em
fossas.

5 Nos reservatórios situados acima do solo N.º 3 do Art. 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
estão previstas tinas de retenção para
recolha de eventuais derrames.

6 Existem locais de armazenagem no ex- Art. 34.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
terior dos edifícios para a colocação
de botijas de gás sob pressão, com
cobertura ligeira, boa ventilação e
dotados de dispositivos para evitar a
sua queda.

7 A armazenagem dos produtos ou substân- N.º 5 do Art. 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
cias inflamáveis, perigosos, tóxicos ou
infetantes, respeitam a sua incompati-
bilidade.

8 A armazenagem dos produtos ou substân- Art. 36.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
cias inflamáveis, perigosos, tóxicos ou
infetantes é efetuada em compartimento
próprio não comunicando diretamente
com os locais de trabalho.

9 As zonas de armazenagem de produtos Artigos 35.º, 36.º e 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
perigosos têm sistemas de ventilação
eficiente, estão fechadas hermetica-
mente, dispõem de instalação elétrica
blindada e antideflagrante e de sistemas
de deteção e/ou extinção automática de
incêndios.

Instalações Elétricas
1 A conceção, a realização e o material de Art. 94.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev. Ver lista de
instalação elétrica obedecem a disposi- verificação
ções regulamentares em vigor. Instalações
elétricas.
23074 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Locais Técnicos
1 Os compressores que produzem ruído e Art. 26.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
vibrações estão instalados em locais
isolados dos postos de trabalho.

2 Os compressores estão colocados em ma- Art. 26.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
ciços antivibratórios.

3 Os recipientes sob pressão estão instalados Art. 93.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
em locais isolados das restantes áreas
de trabalho.

4 Os recipientes sob pressão estão instala- Art. 93.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dos em local com espaço suficiente para
manutenção quotidiana e para possíveis
reparações.

5 Os locais onde estão instalados os recipien- Art. 93.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
tes sob pressão têm uma boa ventilação
e iluminação.

6 Os pavimentos adjacentes aos fornos e es- N.º 1 do Art. 90.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
tufas, as plataformas, os passadiços e es-
cadas de acesso são construídos de mate-
riais incombustíveis e resistentes ao fogo.

7 As paredes e partes exteriores dos fornos e N.º 2 do Art. 90.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
estufas estão isoladas termicamente ou
protegidas de contacto acidental.

8 As instalações frigoríficas estão conve- N.º 2 do Art. 91.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
nientemente iluminadas e dispõem de
espaço suficiente para a inspeção e a
manutenção dos condensadores.

9 As portas das câmaras frigoríficas possuem N.º 3 do Art. 91.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
fechos que permitam a sua abertura tanto
do exterior como do interior.

10 As portas das câmaras frigoríficas, que N.º 3 do Art. 91.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
possuam fechaduras, devem ter dispo-
sitivos de alarme, acionáveis no interior
das câmaras.

11 Os locais destinados a operações de solda- N.º 1 do Art. 95.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dura não estão localizados na proximidade
de materiais combustíveis ou instalações
suscetíveis de libertar poeiras, vapores
ou gases explosivos ou inflamáveis.

12 Estão previstas paredes ou anteparos, fixos N.º 2 do Art. 95.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
ou móveis, de forma a impedir que as
radiações nocivas atinjam outros locais
de trabalho.

13 Os locais destinados a operações de sol- N.º 4 do Art. 95.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dadura estão dotados de sistemas de
aspiração de gases e fumos.

14 A pintura é efetuada em cabinas adequadas, Art. 106.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dotadas de sistema de aspiração de gases
e / ou poeiras.

15 A instalação elétrica dos locais de pintura Artigos 94.º e 114.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
é blindada e antideflagrante.

Nota: A partir da data de entrada em vigor do regime jurídico de SCIE, aprovado pelo Dec.-Lei n.º 220/2008 de 12 de novembro, encontram-se
tacitamente revogadas todas as normas constantes do Regulamento Geral de Segurança e higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais,
aprovado pela Portaria n.º 53/71, de 3 de Fevereiro, alterada pela portaria n.º 702/80, de 22 de setembro, contrárias às normas constantes da
Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23075

Lista de verificação 2 - Armazenagem

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Armazenagem Portaria n.º 53/71 de 3 de fev., com as alterações in-


troduzidas pela Portaria n.º 702/80 de 22 de set.
-Regulamento Geral de Segurança e Higiene
do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais-
-(RGSHTEI)

Vias de passagem
1 Existem vias de circulação para pessoas Art. 10.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
e veículos.

2 As vias de circulação estão desimpedidas Art. 10.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
e devidamente sinalizadas.

Iluminação
1 O local de armazenagem dispõe de ilumina- Art. 18.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
ção natural ou artificial adequada.

Ventilação
1 Dispõe de boas condições de ventilação. Art. 22.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.

Meios de combate a incêndios


1 Está dotado de equipamento adequado para Art. 30.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
extinção de incêndios em perfeito estado
de funcionamento.

2 O equipamento para extinção de incêndios Art. 30.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
está situado em local acessível e conve-
nientemente assinalado.

Arrecadação de substâncias explosivas


1 As substâncias explosivas estão guardadas Art. 32.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de acordo com os regulamentos espe-
ciais em vigor.

Armazenagem de líquidos inflamáveis


com ponto
de inflamação inferior a 21°c
1 Os líquidos inflamáveis com o ponto de infla- N.º 1 do Art. 33.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
mação inferior a 21°C, que não excedam
20 litros, são depositados em recipientes
aprovados pela entidade competente.

2 Em quantidades limitadas, acima de 20 li- N.º 2 do Art. 33.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
tros, fixadas pela entidade competente,
estão depositados em recipientes fecha-
dos, resistentes ao fogo e isolados do
resto do edifício.

3 Quando em grandes quantidades, os líqui- N.º 3 do Art. 33.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dos inflamáveis com ponto de inflama-
ção inferior a 21°C estão colocadas em
edifícios isolados, de construção resis-
tente ao fogo, ou em reservatórios, de
preferência subterrâneos.

4 A alimentação dos diferentes pontos da fá- N.º 3 do Art. 33.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
brica é efetuada por meio de condutas.

5 São tomadas medidas eficazes de forma N.º 3 do Art. 33.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
a impedir a fuga de tais líquidos para
caves, poços ou canalizações de esgoto.

Armazenagem de gases comprimidos


1 As garrafas contendo gases comprimidos N.º 1 do Art. 34.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
depositadas ao ar livre estão protegidas
contra as variações excessivas de tempe-
ratura, raios solares diretos ou humidade
persistente.
23076 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

2 Quando as garrafas estão depositadas no N.º 2 do Art. 34.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
interior dos edifícios, o espaço reservado
está isolado por divisórias resistentes ao
fogo e ao calor.

3 As garrafas não estão depositadas próximo N.º 2 do Art. 34.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de substâncias muito inflamáveis ou que
ofereçam perigo ou explosão.

Armazenagem de sólidos inflamáveis


1 A armazenagem de matérias sólidas in- Art. 35.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
flamáveis é feita de acordo com os
regulamentos especiais aprovados pela
entidade competente.

Armazenagem de materiais
inflamáveis utilizados em embalagem
1 Quando em grandes quantidades, as aparas N.º 1 do Art. 36.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de madeira e todos os materiais infla-
máveis utilizados em embalagens estão
armazenados em edifícios isolados ou
em compartimentos incombustíveis ou
revestidos de metal, com portas igual-
mente revestidas de metal.

2 Estes locais não possuem aberturas muni- N.º 1 do Art. 36.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
das de vidros ou materiais transparentes
que permitam a incidência direta dos
raios solares.

3 Quando em pequenas quantidades, estes N.º 2 do Art. 36.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
materiais estão depositados em caixas
metálicas ou revestidas de metal, muni-
das de coberturas de fecho automático.

Aparelhos e meios de elevação


transporte e armazenagem

Construção e conservação
1 Todos os elementos da estrutura, meca- Art. 62.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
nismo, fixação e acessórios dos apa-
relhos de elevação possuem uma boa
construção, com materiais apropriados
e resistentes.

2 São mantidos em bom estado de conserva- Art. 62.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
ção e funcionamento.

Disposições relativas
aos mecanismos principais
1 Os tambores e roldanas dos aparelhos de N.º 1 do Art. 63.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
elevação e transporte por tração possuem
as sedes dos cabos com dimensões e per-
fis que permitam o livre enrolamento
dos cabos.

2 As extremidades dos cabos são amarradas N.º 2 do Art. 63.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
no interior dos tambores e ficam, em fim
de curso, com duas voltas completas de
cabo enroladas no tambor.

3 Existem dispositivos que impeçam a fuga N.º 3 do Art. 63.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dos cabos das sedes dos tambores du-
rante o seu funcionamento normal.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23077

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

4 Os ganchos dos aparelhos de elevação N.º 4 do Art. 63.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
possuem dispositivos de segurança que
impeçam a fuga do cabo de suspensão.

5 Os aparelhos de elevação acionados eletri- N.º 5 do Art. 63.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
camente são equipados com limitadores
de elevação que cortem automaticamente
a corrente quando a carga ultrapassar
o limite superior do curso que lhe está
fixado.

6 Os guinchos dos aparelhos de elevação são N.º 6 do Art. 63.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
concebidos para que a descida das cargas
se faça com o motor embraiado e não
em queda livre.

7 Todos os aparelhos têm freios calculados N.º 7 do Art. 63.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
e instalados de forma a poder suportar
eficazmente uma carga que atinja, pelo
menos, uma vez e meia a carga auto-
rizada.

8 Os órgãos de comando estão colocados em N.º 8 do Art. 63.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
locais de fácil acesso.

9 Os órgãos de comando indicam claramente N.º 8 do Art. 63.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
as manobras a que se destinam e são pro-
tegidos contra acionamento acidental.

Equipamento elétrico
1 O equipamento elétrico dos aparelhos de Art. 64.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
elevação é estabelecido e conservado
de acordo com as disposições do regu-
lamento de segurança das instalações de
utilização de energia elétrica.

Carga máxima admissível


1 Cada aparelho de elevação acionado meca- Art. 65.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
nicamente possui de forma bem visível,
a indicação de carga máxima admissível.

2 Esta é fixada junto do condutor, assim Art. 65.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
como na parte inferior do aparelho.

Disposições relativas à instalação


1 A estabilidade e a ancoragem de gruas e N.º 1 do Art. 66.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
pontes rolantes trabalhando ao ar livre
são asseguradas tendo em conta as fortes
pressões do vento, as condições locais e
as solicitações mais desfavoráveis resul-
tantes das manobras de carga.

2 As extremidades dos caminhos de rola- N.º 2 do Art. 66.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
mento e aparelhos de elevação sobre car-
ris possuem dispositivos de paragem.

3 As gruas sobre carris são instaladas de N.º 3 do Art. 66.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
forma a manter espaço livre suficiente
entre a sua parte mais alta e as constru-
ções situadas acima, entre qualquer das
suas partes e paredes e outras gruas que
circulem em vias de rolamento paralelas.

Manutenção de cargas
1 A elevação de cargas efetua-se vertical- N.º 1 Artigo 69.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
mente, a fim de evitar oscilações.
23078 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

2 Quando for necessária uma elevação oblí- N.º 1 Artigo 69.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
qua, são observadas as precauções con-
venientes.

3 As cargas são içadas, arreadas ou removi- N.º 2 Artigo 69.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
das de forma a evitar choques bruscos.

4 Os recipientes destinados a içar ou arrear N.º 3 Artigo 69.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
ferramentas ou materiais soltos são con-
cebidos de maneira a que nenhum dos
objetos transportados possa cair.

5 A elevação é precedida da verificação N.º 4 Artigo 69.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
da correta fixação dos cabos ou outras
amarras às cargas para que estas mante-
nham o bom equilíbrio e não haja perigo
para outros trabalhadores.

6 Durante a elevação, transporte horizontal e N.º 5 Artigo 69.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
descida das cargas suspensas os sinalei-
ros dirigem a manobra de forma que as
cargas não batam em qualquer objeto.

7 Os condutores dos aparelhos de elevação N.º 6 Artigo 69.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
evitam, tanto quanto possível, transpor-
tar as cargas por cima dos trabalhadores
e dos locais onde eventualmente a queda
possa constituir perigo.

Construção e instalação
1 Os elementos carregadores dos transpor- N.º 1 Artigo 70.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
tadores são suficientemente resistentes
para suportarem com segurança as car-
gas previstas.

2 O conjunto do mecanismo de transporte é N.º 2 Artigo 70.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
construído de forma a evitar o risco de
esmagamento entre os órgãos móveis e
entre estes e os objetos fixos.

Passadiços e plataformas
1 Os transportes aéreos são providos de pas- Artigo 71.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
sadiços ou plataformas em todo o seu
comprimento.

2 Estes passadiços têm, pelo menos, 0,45 m Artigo 71.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de largura e dispõem, de ambos os lados,
de guarda-corpos e rodapés.

Pavimentos
1 Os pavimentos dos passadiços ao longo Artigo 72.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dos transportadores e das plataformas
nos postos de carregamento e descarga
são antiderrapantes.

2 O escoamento dos pavimentos está asse- Artigo 72.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
gurado de forma conveniente.

3 Em casos de perigo de explosão os pavi- Artigo 72.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
mentos são antichispa.

Proteções
1 Os passadiços dos transportadores aéreos, e N.º 1 Artigo 73.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
os transportadores que, não sendo com-
pletamente fechados, estejam situados
em fossas ou ao nível do pavimento
estão protegidos por guarda-corpos e
rodapés adequados.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23079

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

2 Nos transportadores, que não são comple- N.º 2 Artigo 73.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
tamente fechados e passem por cima de
locais de trabalho ou de passagem, estão
instalados protetores feitos de chapa ou
rede metálica para reterem qualquer ma-
terial ou objeto suscetível de cair.

3 As correias, cadeias, engrenagens e árvores N.º 3 Artigo 73.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
motoras, cilindros, tambores ou carretos
dos mecanismos dos transportadores es-
tão protegidos.

Dispositivos de comando
1 Os transportadores acionados mecanica- N.º 1 Artigo 74.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
mente estão munidos, nos postos de
carga e descarga e nos pontos onde se
efetue o acionamento mecânico e a re-
gulação das tenções, de dispositivos que
permitam travar os motores em caso de
emergência.

2 Os transportadores que elevem as cargas N.º 2 Artigo 74.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
segundo um plano inclinado são pro-
vidos de dispositivos mecânicos de
travagem automática, no caso de corte
acidental da força motriz.

Conservação
1 Lubrificações, afinações e reparações são N.º 1 Artigo 77.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
efetuadas com os mecanismos comple-
tamente parados.

2 Os transportadores são inspecionados pe- N.º 2 Artigo 77.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
riodicamente, a fim de se manterem em
bom estado.

Carros de transporte
manual e carros de mão
1 Os carros de transporte manual e os carros N.º 1 Artigo 78.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de mão são projetados, construídos e uti-
lizados tendo em atenção a segurança do
seu comportamento em serviço.

2 São adequados para o transporte a efetuar. N.º 1 Artigo 78.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.

3 As rodas são de borracha ou material com N.º 2 Artigo 78.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
características equivalentes.

4 Os carros manuais são dotados de travões N.º 3 Artigo 78.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
quando utilizados em rampas ou super-
fícies inclinadas.

5 As pegas ou varões de empurrar dispõem N.º 5 Artigo 78.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de guarda-mãos.

Carros de transporte mecânico,


tratores e empilhadores
1 Os carros de transporte mecânico são pro- N.º 1 Artigo 78.º-A da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
jetados, construídos e utilizados tendo
em atenção a segurança do seu compor-
tamento em serviço.

2 São dotados de dispositivos de comando e N.º 1 Artigo 78.º-A da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
sinalização adequados.
23080 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

3 Os comandos de arranque, aceleração, ele- N.º 2 Artigo 78.º-A da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
vação e travagem reúnem condições que
impeçam movimentos involuntários.

4 Os veículos dispõem de cabina de segurança. N.º 3 Artigo 78.º-A da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.

5 A indicação da capacidade de carga a N.º 4 Artigo 78.º-A da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
transportar está afixada em local bem
visível.

Vias de rolamento e vias-férreas


1 Os caminhos no interior das fábricas são N.º 1 Artigo 79.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
concebidos com o fim de reduzir os
riscos resultantes do tráfego, tendo em
conta os tipos de veículos, o espaço dis-
ponível e a localização de outras vias
de trânsito.

2 As vias de rolamento de carros estão dis- N.º 2 Artigo 79.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
postos de maneira a evitar ângulos e cur-
vas bruscas, rampas muito inclinadas,
passagens estreitas e tetos baixos.

Elevação e transporte de materiais


1 São utilizados meios técnicos apropriados N.º 1 Artigo 85.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
na carga, descarga, circulação, transporte
e armazenagem de materiais de modo a
evitar, quanto possível, os esforços físicos.

2 Os trabalhadores encarregados do manu- N.º 1 Artigo 85.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
seamento dos materiais são instruídos
da forma a elevar e transportar cargas
com segurança.

3 Quando são elevados ou transportados ob- N.º 2 Artigo 85.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
jetos muito pesados por uma equipa de
trabalhadores, a elevação e a deposição
das cargas são comandadas de forma a
manter a unidade da manobra e a segu-
rança das operações.

4 Os trabalhadores ocupados na manutenção N.º 3 Artigo 85.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de objetos que mostrem arestas vivas,
rebarbas, falhas ou outras saliências pe-
rigosas, ou na manutenção de matérias
escaldantes, cáusticas ou corrosivas, têm
à sua disposição e utilizam equipamento
de proteção apropriado.

Empilhamento de materiais
1 O empilhamento de materiais é efetuado N.º 1 do Artigo 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
de forma a oferecer segurança.

2 Os materiais estão empilhados sobre bases N.º 1 do Artigo 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
resistentes.

3 O seu peso não excede a sobrecarga pre- N.º 1 do Artigo 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
vista para os pavimentos.

4 Os materiais empilhados estão devidamente N.º 1 do Artigo 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
afastados das paredes ou divisórias dos
edifícios.

5 A altura do empilhamento dos materiais não N.º 1 do Artigo 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
compromete a estabilidade da pilha.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23081

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

6 O empilhamento dos materiais não preju- N.º 2 do Artigo 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dica a conveniente distribuição da luz
natural ou artificial.

7 O empilhamento dos materiais não preju- N.º 2 do Artigo 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dica o bom funcionamento das máquinas
ou de outras instalações.

8 O empilhamento dos materiais não preju- N.º 2 do Artigo 86.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
dica a circulação nas vias de passagem
e o funcionamento eficaz dos equipa-
mentos ou do material de luta contra
incêndios.

Armazenagem de materiais
secos a granel
1 Os materiais secos a granel são quanto pos- N.º 1 do Artigo 87.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
sível, armazenados em silos que permi-
tam a sua descarga pelo fundo.

2 Os silos são construídos de materiais re- N.º 2 do Artigo 87.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
sistentes ao fogo, cobertos e munidos
de sistema de ventilação eficaz.

3 As operações de manutenção são efetuadas N.º 3 do Artigo 87.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
com toda a segurança para os trabalha-
dores.

Armazenagem de líquidos perigosos


1 A armazenagem de líquidos inflamáveis N.º 1 do Artigo 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
ou combustíveis em reservatórios foi
submetida à autorização da entidade
competente.

2 A armazenagem de líquidos perigosos inin- N.º 2 do Artigo 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
flamáveis é feita em reservatórios situa-
dos acima do solo ou fossas, dotados de
dispositivos necessários para garantir a
sua manutenção segura.

3 A armazenagem de líquidos inflamáveis N.º 3 do Artigo 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
contidos em tambores ou barris no
interior de fábricas ou pequenos en-
trepostos é feita em compartimentos
especiais, construídos com materiais
resistentes ao fogo, com pavimento
impermeável, inclinado e drenado
para bacia coletora não ligada a es-
goto.

4 Os tambores ou barris estão dispostos so- N.º 3 do Artigo 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
bre plataformas elevadas em relação ao
pavimento.

5 Os barris ou garrafões que contenham N.º 4 do Artigo 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
ácidos são arrumados em locais fres-
cos.

6 Os produtos e materiais suscetíveis de rea- N.º 5 do Artigo 88.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
girem entre si são conservados em locais
distanciados e adequadamente isolados
uns dos outros.
23082 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Lista de verificação 3 — Instalações Elétricas


Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Geral Dec-Lei n.º 226/2005 de 28 de dezembro


1 É feita uma verificação periódica da ins-
talação elétrica.

2 A instalação elétrica não comporta risco de


incêndio ou explosão.

Proteção das pessoas contra Portaria n.º 949-A/2006 de 29 de dezembro


os contactos diretos
1 Existem condutores sem isolamento susce-
tíveis de originar um contacto.

2 Existe uma proteção complementar consti-


tuída por dispositivo diferencial.

3 Está prevista a utilização de tensão reduzida


de segurança sempre que necessário.

Proteção das pessoas contra


os contactos indiretos
1 As instalações dispõem de sistema de corte
automático, sensível à tensão de defeito
(disjuntor diferencial).

2 A instalação elétrica possui circuito de terra.

3 Está prevista a utilização de tensão reduzida


de segurança sempre que necessário.

4 Está prevista a utilização de ligações equi-


potenciais.

5 São utilizados equipamentos com duplo


isolamento.

Postos de Transformação
1 O PT está licenciado.

2 Existe um técnico responsável pela explo-


ração das instalações elétricas.

Terra de Proteção

Estão dotados de ligação à terra:


1 As carcaças, revestimentos e suportes me-
tálicos dos aparelhos.

2 As grades, redes e outros dispositivos me-


tálicos de resguardo.

3 A ferragem de apoio e fixação.

4 Os painéis metálicos dos quadros.

5 As tubagens e condutas metálicas.

6 A estrutura metálica dos edifícios.

7 As bainhas metálicas dos cabos de alta e


baixa tensão.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23083

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

8 Os circuitos de baixa tensão ou de teleco-


municações, incluindo os seus limitado-
res de tensão.

9 Os enrolamentos secundários dos transfor-


madores de medida em alta tensão.

10 As partes da instalação desligadas para


execução dos trabalhos.

11 Os fios de guarda das linhas de alta ten-


são nas instalações onde o neutro esteja
isolado.

12 Os para-raios de alta tensão.

Quadros Elétricos (QE)

1 O acesso ao quadro elétrico é acessível e


está desobstruído.

2 As portas do QE estão fechadas à chave e


dotadas de sinalização de aviso de perigo
de eletrocussão.

3 Estão apenas acessíveis a pessoa compe-


tente.

4 Estão equipados com um disjuntor diferen-


cial para proteção das pessoas.

Quadros Elétricos (QE)


5 Os aparelhos montados nos quadros elétri-
cos estão devidamente identificados com
etiquetas ou esquemas que permitam co-
nhecer as funções a que se destinam ou
os circuitos a que pertencem.

6 Os quadros estão dotados de um ligador de


massa, devidamente identificado, ao qual
estão ligados os condutores de proteção
da instalação e a massa do quadro.

7 Possui uma chapa de características, com


as indicações da tensão de serviço, a na-
tureza e frequência da corrente para que
foi construído.

Outras estruturas
1 Os condutores dotados de isolamento estão
identificados por meio de coloração da su-
perfície exterior do respetivo isolamento.

2 Os condutores estão isentos de emendas.

3 As tomadas e as fichas estão concebidas de


forma a que não seja possível o contacto
direto com as partes ativas.

4 Nos locais onde se verifique a possibilidade


de contacto com a água, as infraestrutu-
ras elétricas são estanques e asseguraram
a proteção adequada.
23084 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

5 Em locais onde haja elevado risco de


incêndio ou explosão com origem
elétrica, a instalação elétrica é antide-
flagrante.

6 As canalizações elétricas estão instaladas


a mais de 3 cm de canalizações não elé-
tricas.

Ferramentas elétricas
1 O interruptor só aciona o equipamento
quando atuado voluntariamente.

2 Os cabos de alimentação dos equipamentos


portáteis ou as extensões são de bainha
dupla.

3 Os equipamentos têm duplo isolamento.

4 É verificado periodicamente o estado


de conservação das ferramentas elé-
tricas.

5 Estão previstos locais para arrumação das


ferramentas elétricas.

Lista de verificação 4 — Ambiente térmico

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Ambiente térmico Portaria n.º 987/93 de 6 de outubro


1 A temperatura e humidade das salas de N.º 2-Art. 7.º
convívio destinadas ao pessoal, bem
como das instalações sanitárias, canti-
nas e instalações de primeiros socorros,
estão de acordo com os fins específicos
desses locais.

2 As janelas, as clarabóias e as paredes envi- N.º 3-Art. 7.º


draçadas impedem uma excessiva expo-
sição ao sol, tendo em conta o tipo de tra-
balho e a natureza do local de trabalho.

3 Existem resguardos, fixos ou móveis, N.º 4-Art. 7.º (conjugação com art. 24.º ponto 3 e 4
de preferência à prova de fogo, para Port 53/71)
proteger os trabalhadores contra ra-
diações intensas de calor provocadas
por tubagens, radiadores, sistemas de
aquecimento ou quaisquer outra fontes
nocivas de calor.

Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.- art. 24, alterada


pela portaria 702/80 de 22 de set.

4 Os radiadores e tubagens de aquecimento N.º 5-Art. 24.º


central estão instalados por forma a que
os trabalhadores não sejam incomodados
pela irradiação de calor ou circulação de
água quente.

5 Está assegurada a proteção contra queima- N.º 6-Art. 24.º


duras ocasionadas por radiadores.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23085

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Conforto térmico ISO 7730:2005-Ergonomics of the thermal


environment-Analytical determination and
interpretation of thermal comfort using calcu-
lation of the PMV and PPD indices and local
thermal confort criteria
1 Os espaços de trabalho foram concebidos
por forma a cumprir com os valores de
temperatura, velocidade do ar e humi-
dade relativa recomendados na norma.

2 Foram tidas em conta as categorias de am-


biente térmico que consideram o descon-
forto térmico local causado por correntes
de ar, diferença vertical de temperatura
do ar, temperatura do pavimento e a as-
simetria radiante.

3 Para efeito de cálculo dos índices PPD, Tabela A.5- anexo A


PMV, foram consideradas as taxas de
metabolismo referenciadas.

4 Para efeito de cálculo dos índices PPD, Tabela A.1, A.2, A.3, A.4-anexo A
PMV, foram considerados os valores de
isolamento térmico do vestuário refe-
renciadas.

Stress térmico — Ambientes quentes ISO 7726-1989 Hot Environments-Estimation


of the Heat Stress on working man based on
WBGT-index
1 Foram considerados os índices WBGT de
referência.

2 A medição dos parâmetros para cálculo Tabela A.5- anexo A


do indíce obedecem aos requisitos im-
postos.

Stress térmico — Ambientes frios ISO 11079-2007 Ergonomics of the thermal envi-
ronment — Determination and interpretation
of cold stress when using required clothing in-
sulation and local cooling effects
1 Foi considerado o índice IREQ de refe-
rência.

2 Foi considerado o índice WCI de referência. Tabela A.5- anexo A

Instrumentos de medição ISO 7726-1998 Ergonomics of the thermal envi-


ronment —Instruments for measuring physical
quantities
1 Os instrumentos de medição obedecem aos —
requisitos da norma.

Lista de verificação 5 — Ventilação

Apreciação
Item em análise Requisito normativo Comentários
S N N/A

Ventilação Portaria n.º 987/93 de 6 de out. — Normas Técni-


cas relativas às Prescrições Mínimas de Segu-
rança e saúde nos Locais de Trabalho
1 Os locais de trabalho devem dispor de ar N.º 1 do Art. 6.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
puro em quantidade suficiente para as ta-
refas a executar, atendendo aos métodos
de trabalho e ao esforço físico exigido.
23086 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito normativo Comentários
S N N/A

2 O caudal médio de ar puro deve ser de, N.º 2 do Art. 6.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
pelo menos, 30 a 50 m3 por hora por
trabalhador.

3 O ar puro referido nos números anteriores N.º 3 do Art. 6.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
pode ser obtido por processos naturais ou
artificiais, devendo os respetivos equi-
pamentos ser mantidos em bom estado
de funcionamento e dispor de controlo
de deteção de avarias.

4 O funcionamento das instalações de N.º 4 do Art. 6.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
ventilação e de ar condicionado não
deve expor os trabalhadores a corren-
tes de ar nocivas e deve assegurar a
rápida eliminação da poluição do ar
respirável.

5 Os níveis de concentração de substâncias N.º 5 do Art. 6.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
nocivas existentes no ar dos locais de
trabalho não podem ultrapassar os defi-
nidos em legislação específica.

6 Sempre que possível, a captação das N.º 6 do Art. 6.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
substâncias referidas no número an-
terior deve ser feita no seu ponto de
formação.

7 A captação que não possa ser feita nos ter- N.º 7 do Art. 6.º da Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
mos previstos no número anterior deve
ser obtida por outros meios, desde que
seguros e eficazes.

Lista de verificação 6 — Ruído

Apreciação
Item em análise Requisito normativo Comentários
S N N/A

Ruído Dec.-Lei 182/2006 de 6 de set.


1 Estão previstas as avaliações da exposi- Ponto 8- art. 4.º, (avaliação feita de acordo com o
ção dos trabalhadores ao ruído, feitas Anexo I)
por entidades acreditadas ou técnicos
de higiene e segurança do trabalho
com título profissional e formação
específica.

2 Os equipamentos e máquinas ruidosas di- Ponto 1- art. 6.º e Anexo IV


põem de elementos para redução de ruído
na fonte (silenciadores, atenuadores, blo-
cos de inércia, elementos antivibráticos).

3 Os equipamentos e máquinas ruidosas Ponto 3- art. 6.º e Anexo IV


estão isolados (barreiras acústicas, en-
capsulamento, compartimentação dos
locais).

4 Os equipamentos, máquinas ruidosas e/ou Ponto 1- Anexo IV


seus componentes podem ser substituí-
dos por outros menos ruidosos.

5 Existe um programa de manutenção das Ponto 1- Anexo IV


máquinas.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23087

Apreciação
Item em análise Requisito normativo Comentários
S N N/A

Ruído-Organização do trabalho
1 A organização do trabalho tem em conta Ponto 5 Anexo IV
a limitação da duração e intensidade
da exposição bem como os períodos de
descanso adequados.

Ruído — Estrutura do edifício


1 Está previsto o isolamento sonoro dos tetos, Ponto 5 Anexo IV
divisórias, portas, janelas e pavimentos.

2 Está previsto o aumento da distância entre a Ponto 5 Anexo IV


fonte de ruído e a localização dos postos
de trabalho.

Ruído — Equipamento
de proteção individual
1 São disponibilizados protetores auditivos Art. 7.º
com atenuação adequada.

Lista de verificação 7 — Vibrações

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Vibrações Dec.-Lei 46/2006 de 24 de fev.


1 Foi efetuada avaliação do risco de vibra-
ções por entidade acreditada.

2 É repetida sempre que houver alterações


significativas na instalação.

3 Se o VLE for > 5 m/s2 (transmitidas ao sis-


tema mão-braço) e VLE for > 1.15 m/s2
(transmitidas ao corpo inteiro), a avalia-
ção é repetida a cada 2 anos.

4 São utilizados todos os meios para reduzir


este risco.

5 Foi feita uma avaliação de riscos.

6 Se o resultado do valor de ação de exposi-


ção for ultrapassado, é estabelecido um
programa de medidas técnicas e orga-
nizacionais.

7 É dada formação aos trabalhadores sobre


este risco.

8 Se os exames médicos indicarem lesão


provocada por vibrações, a avaliação
de riscos é repetida.

9 Todos os trabalhadores expostos são sujei-


tos a vigilância da saúde e fazem exames
médicos.

10 Os registos médicos são mantidos por


30 anos após a cessação do risco.
23088 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Lista de verificação 8 — Iluminação

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Iluminação Portaria n.º 987/93 de 6 de out.


1 Os locais de trabalho dispõem, na medida N.os 1 e 2 do art. 8.º
do possível, de iluminação natural ade-
quada, ou, caso não seja possível, existe
iluminação artificial, complementar ou
exclusiva, que garanta idênticas condi-
ções de segurança, saúde e conforto aos
trabalhadores.

2 Existe iluminação alternativa, de intensi- N.º 3 do Art. 8.º


dade suficiente, nos casos em que, se
houver avaria na iluminação artificial
esta possa expor os trabalhadores a riscos.

3 A iluminação artificial produz efeito es- N.º 5 do art. 8.º


troboscópico.

4 As superfícies envidraçadas estão dotadas N.º 3 do Art. 7.º


com dispositivos de proteção, designa-
damente nos locais onde ocorre encande-
amento e/ou exposição excessiva ao sol.

5 Os vidros encontram-se limpos e em boas N.º 2 do Art. 19.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
condições de conservação.

6 As lâmpadas possuem armaduras de prote- N.º 2 do Art. 11.º


ção de modo a evitar a sua queda.

7 Existe Iluminação de emergência que per- Art. 21.º da Portaria n.º 53/71 de 3 de fev.
mita a sinalização apropriada dos per-
cursos para saídas, sem possibilidade
de erro.

8 Existe iluminação de emergência alterna- Portaria n.º 987/93, 4.º - n.º 6


tiva para o caso de avaria da iluminação
artificial principal.

Lista de verificação 9 — Radiações ionizantes

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Proteção da população e trabalhadores Dec-Lei n.º 222/2008 de 17 de nov.


contra os perigos
resultantes das radiações ionizantes
1 O limite da dose efetiva máxima ultrapassa Art. 4.º
os 50 mSv por ano.

2 São respeitados os valore limite de dose Art. 4.º


equivalente fixados?

3 Existe a possibilidade de trabalhadoras Art. 7.º


grávidas expostas a radiação.

4 É feita a dosimetria da exposição indivi- Art. 10.º


dual.

5 A monitorização por dosimetria individual Art. 10.º


é realizada trimestralmente e por enti-
dade licenciada.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23089

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

6 São tomadas todas as medidas necessá- Artigos 11.º, 12.º


rias para que as doses recebidas pelos
trabalhadores sejam tão baixas quanto
possível e sempre inferiores aos limites
estabelecidos.

7 Existem instruções de trabalho escritas Art. 12.º


adaptadas ao risco associado às fontes
e às práticas desenvolvidas.

8 Estão definidas zonas controladas e/ou Art. 12.º


zonas vigiadas.

9 Existe sinalização nas zonas controladas Art. 12.º


e vigiadas.

10 É feita a monitorização dos locais de tra- Art. 12.º


balho.

11 Os trabalhadores têm formação e Infor- Art. 12.º


mação sobre os potenciais riscos que o
trabalho apresenta para a saúde.

12 São utilizados dosímetros individuais pelos Art. 12.º


trabalhadores.

13 São realizados exames médicos perió- Art. 13.º


dicos aos trabalhadores expostos a
radiações.

14 Os trabalhadores têm acesso aos resultados Art. 14.º


da dosimetria individual.

Lista de verificação 10 — Radiações não ionizantes

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Radiações óticas de fontes artificiais Lei n.º 25/2010 de 24 de fevereiro


(Radiações não ionizantes)
1 Existe algum foco de emissão de radiações
eletromagnéticas (micro-ondas, infraver-
melhos, ultravioleta, laser).

2 Está confinado ou blindado o foco de emis- Art. 6.º


são de radiação eletromagnética.

3 O número de trabalhadores expostos está Art. 6.º


reduzido ao mínimo.

4 Os trabalhadores expostos estão afastados Art. 6.º


ao máximo do foco emissor.

5 O tempo de exposição está reduzido ao Art. 6.º


mínimo.

6 Existe sinalização para as radiações . . . . Art. 6.º

7 Existe programa adequado de manutenção Art. 6.º


do equipamento, do local e dos postos
de trabalho.
23090 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

8 São utilizados equipamentos de proteção Art. 6.º


individual para olhos e pele para minimi-
zar a exposição a radiação infravermelha
e ultravioleta.

9 São conhecidos os níveis de radiação exis- Art. 5.º


tentes nas zonas de exposição a radiação
eletromagnética.

10 São realizados exames médicos periódicos Artigos 9.º, 10.º


aos trabalhadores expostos a radiações.

11 Os trabalhadores têm formação e informa- Art. 8.º


ção neste domínio.

12 São ultrapassados os valores limite de ex- Art. 5.º


posição.

13 A avaliação de riscos está registada.

14 Existem programas de manutenção dos Art. 6.º


equipamentos.

Lista de verificação 11 — Contaminantes químicos

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Proteção dos trabalhadores contra Lei n.º 25/2010 de 24 de fev.


os riscos para a segurança e saúde
devido à exposição a agentes quí-
micos.
1 Existem agentes químicos perigosos na Artigo 7.º
atividade.

2 Caso existam, é feita a avaliação dos riscos Artigo 7.º


para a segurança e saúde dos trabalha-
dores.

3 A avaliação de riscos está registada e Artigo 7.º


justificada em suporte de papel ou
digital.

4 São utilizados equipamentos adequados Artigo 9.º


para o trabalho com os agentes químicos.

5 O número de trabalhadores expostos está Artigo 9.º


reduzido ao mínimo.

6 Está reduzido ao mínimo a duração e o grau Artigo 9.º


de exposição aos agentes químicos.

7 São adotadas medidas de higienização. Artigo 9.º

8 Está reduzida ao mínimo a quantidade de Artigo 9.º


agentes químicos necessários à ativi-
dade.

9 São utilizados processos de trabalho ade- Artigo 9.º


quados que assegurem a segurança du-
rante o manuseamento, a armazenagem
e o transporte de agentes químicos pe-
rigosos e respetivos resíduos.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23091

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

10 Existem equipamentos de proteção coletiva Artigo 10.º


(ex: ventilação adequada, sistemas de
exaustão,…).

11 Os trabalhadores têm disponíveis equipa- Artigo 10.º


mentos de proteção individual.

12 Existem fontes de ignição que possam pro- Artigo 11.º


vocar incêndios e explosões.

13 Existe plano de ação com medidas adequa- Artigo 12.º


das em situação de acidente, incidente
ou emergência resultante da presença
de agentes químicos perigosos no local
de trabalho.

14 É feita a medição da concentração dos Artigo 13.º


agentes químicos que possam apre-
sentar riscos para a saúde dos traba-
lhadores.

15 É assegurada a vigilância da saúde dos Artigo 14.º


trabalhadores.

16 É assegurada aos trabalhadores expostos Artigo 16.º


aos riscos resultantes da presença de
agentes químicos no local de trabalho
a informação, consulta e formação no
domínio dos agentes químicos.

17 São disponibilizadas fichas de dados de Artigo 16.º


segurança.

18 Existe sinalização de segurança adequada.

19 O conteúdo dos recipientes e das canali- Artigo 16.º


zações utilizados por agentes químicos
perigosos está identificado de acordo
com a legislação específica sobre clas-
sificação, embalagem e rotulagem de
substâncias e misturas perigosas.

20 Existe exposição ao chumbo. Artigo 17.º

21 É feita a determinação da concentração de Artigo 19.º


chumbo no ar.

22 O valor limite de exposição é ultrapassado. Artigo 20.º

23 É feito o controlo biológico dos trabalha- Artigo 21.º


dores expostos.

24 A armazenagem dos produtos químicos


perigosos é feita adequadamente por
forma a evitar a proximidade dos in-
compatíveis.

25 O local de armazenagem é ventilado.

26 Está assegurada a retenção em caso de fuga


ou derrame.

27 É controlada a formação e/ou acumulação


de cargas eletrostáticas no transvase de
líquidos inflamáveis.
23092 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

28 Existe possibilidade de formação de atmos- Dec-Lei n.º 236/2003, de 30-09.


feras explosivas. Dec-Lei n.º 112/96, de 05-08.

29 A instalação elétrica é adequada a atmos-


feras explosivas.

30 Operações que emanem vapores ou gases


tóxicos são realizadas em áreas bem
ventiladas.

31 Estão disponíveis equipamentos de prote-


ção individual para a realização de ope-
rações com produtos perigosos.

32 Existem meios específicos para a neu-


tralização e limpeza de derrames e/ou
controle de fugas.

Proteção dos trabalhadores contra os Dec-Lei n.º 301/2000, de 18 de nov.


riscos ligados à exposição a agentes
cancerígenos ou mutagénicos durante
o trabalho.
1 Existem substâncias, preparações, traba- Artigo 3.º
lhos ou processos indicados no n.º 2 do
artigo 3.º

2 São avaliados os riscos para a segurança e Artigo 4.º


saúde dos trabalhadores.

3 É evitada ou reduzida a utilização de Artigo 5.º


agentes cancerígenos ou mutagénicos,
substituindo-os por outros que não sejam
perigosos ou impliquem menor risco para
a segurança e saúde dos trabalhadores.

4 A produção ou utilização do agente é feita Artigo 5.º


em sistema fechado.

5 O nível de exposição dos trabalhadores é Artigo 5.º


reduzido a um nível tão baixo quanto
tecnicamente possível.

6 São limitadas as quantidades do agente Artigo 6.º


cancerígeno ou mutagénico, no local
de trabalho.

7 O número de trabalhadores expostos é re- Artigo 6.º


duzido ao mínimo?

8 Os processos de trabalho e as medidas téc- Artigo 6.º


nicas são concebidos de modo a evitarem
ou minimizarem a libertação de agentes
cancerígenos ou mutagénicos?

9 É feita a extração dos agentes canceríge- Artigo 6.º


nos ou mutagénicos na fonte através de
aspiração localizada ou ventilação geral
adequadas?

10 Os trabalhadores e seus representantes são Artigo 6.º


informados sobre os riscos de exposição
a este tipo de agentes?

11 As zonas de risco estão delimitadas? Artigo 6.º


Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23093

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

12 Existe sinalização de segurança? Artigo 6.º

13 Existem meios seguros de recolha, arma- Artigo 6.º


zenagem e evacuação dos resíduos pelos
trabalhadores?

14 Estão implementadas medidas que impe- Artigo 7.º


çam os trabalhadores de comer, beber
ou fumar nas zonas de trabalho onde
haja risco de contaminação por agentes
cancerígenos ou mutagénicos?

15 Os trabalhadores dispõem de equipamento Artigo 7.º


de proteção individual adequado?

16 É assegurada a vigilância da saúde dos Artigo 12.º


trabalhadores?

17 É assegurada formação adequada e sufi- Artigo 13.º


ciente aos trabalhadores?

Lista de verificação 12 — Atmosferas explosivas

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Prescrições mínimas destinadas a pro- Decreto-lei 236/2003, de 30-09


mover a melhoria da proteção da
segurança e da saúde dos trabalha-
dores suscetíveis de exposição a riscos
derivados de atmosferas explosivas no
local de trabalho.
1 Existem áreas onde se possam formar Art. 5.º
atmosferas explosivas? (formação de
gases, vapores, névoas ou poeiras com-
bustíveis ou inflamáveis.

2 As áreas estão classificadas em zonas? Arts.º 4.º, 8.º

3 Existem fontes de ignição (*), incluindo Art. 5.º


descargas elétricas?
(*) Exemplos de fontes de ignição:
Superfícies quentes
Chamas e gases quentes
Faíscas geradas mecanicamente
Instalações elétricas
Eletricidade estática
Radiações ionizantes
Ultrassons
Reações químicas
Nota: Para mais informação consultar “Se-
gurança e Saúde dos Trabalhadores Ex-
postos a Atmosferas Explosivas - Guia
de boas práticas”.

4 Existem descargas eletrostáticas? Art. 5.º


As áreas estão devidamente sinalizadas? Art. 8.º

5 É possível substituir as substâncias com- Art. 6.º


bustíveis ou inflamáveis?

6 Existem medidas de ventilação adequadas? Arts.º 6.º, 7.º


23094 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

7 Existem planos de limpeza para eliminação Arts.º 6.º, 7.º


de depósitos de poeiras perigosas?

8 São utilizados dispositivos de monitoriza- Arts.º 6.º, 7.º


ção das concentrações de gases/vapores
combustíveis ou inflamáveis?

9 Existem dispositivos pára-chamas para Arts.º 6.º, 7.º


gases, vapores e névoas?

10 Os recipientes para líquidos inflamáveis Arts.º 6.º, 7.º


são resistentes à explosão?

11 Existem outros sistemas para evitar a pro- Arts.º 6.º, 7.º


pagação de explosões de poeiras?

12 Existem sistemas de controlo de processos Arts.º 6.º, 7.º


para assegurar a manutenção, supervisão
e acionamento de medidas de proteção
contra explosões?

13 Existindo autoclaves de alta pressão, há Arts.º 6.º, 7.º


muros de separação?

14 Existe manual de proteção contra explo- Art. 9.º


sões?

15 Existem instruções de trabalho escritas? Art. 10.º

16 Existem autorizações de trabalho para ta- Art. 10.º


refas perigosas?

17 O equipamento de trabalho existente é o Art. 11.º


adequado para utilizar em áreas peri-
gosas?

18 O vestuário de trabalho e equipamentos de Art. 11.º


proteção individual são adequados para
utilização em áreas perigosas?

19 Existe coordenação em situações de in- Art. 13.º


tervenção de várias equipas de trabalho
(ex. aquando da manutenção de equipa-
mentos, instalações)?

20 Os trabalhadores têm formação em matéria Art. 15.º


de proteção contra explosões?

Lista de verificação 13 — Segurança de máquinas e equipamentos de trabalho — Orientações técnicas

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Segurança máquinas e equipamentos Dec-Lei n.º 50/2005 de 25 de fev.,


de trabalho Dec-Lei n.º 103/2008, de 24 de jun.

Colocação no mercado
1 As máquinas possuem marcação CE . . . . N.º 2 do Art. 10.º do Dec-Lei n.º 103/2008, de 24
de jun.

2 Está identificado e é legível o nome e ende- Anexo I pto 1.7.3 do Dec-Lei n.º 103/2008, de 24
reço do fabricante, bem como o n.º de série, de jun.
designação e ano de fabrico da máquina.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23095

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

3 Existe declaração de conformidade CE. N.º 1 do Art. 5.º do Dec-Lei n.º 103/2008, de 24 de jun.

4 A declaração CE está redigida na mesma Anexo II do Dec-Lei n.º 103/2008, de 24 de jun.


língua que o manual de instruções ori-
ginal e acompanhada de uma tradução
em português.

5 Existe um manual de instruções onde es- Anexo I pto 1.7.4 do Dec-Lei n.º 103/2008, de 24
tão especificados os procedimentos para de jun.
operar com a máquina e realizar a sua
manutenção de forma segura.

6 O Manual de instruções está redigido numa Anexo I pto 1.7.4.1 do Dec-Lei n.º 103/2008, de
das línguas comunitárias e acompanhado 24 de jun.
da sua tradução em português.

Verificação dos equipamentos


de trabalho
1 Procedeu-se à verificação do equipamento N.º 1 do Art. 6.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
após a sua instalação ou montagem.

2 Os equipamentos de trabalho têm sido su- N.º 2 do Art. 6.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
jeitos a verificações periódicas.

3 Existem relatórios das verificações efe- N.º 1 do Art. 7.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tuadas.

4 O empregador conserva os relatórios da N.º 2 do Art. 7.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
última verificação e de outras verifica-
ções ou ensaios efetuados nos dois anos
anteriores.

Requisitos mínimos de segurança


dos equipamentos de trabalho

Sistemas de comando
1 São claramente visíveis e identificáveis e N.º 1 do Art. 11.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
têm, se for o caso, marcação apropriada.

2 Estão colocados fora das zonas perigosas. N.º 2 do Art. 11.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.

3 No caso de se localizarem dentro da zona N.º 2 do Art. 11.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
de perigo, o seu acionamento, por uma
manobra não intencional, não ocasiona
riscos suplementares.

4 A partir do posto de comando principal, é N.º 3 do Art. 11.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
possível verificar, a ausência de pessoas
nas zonas perigosas.

5 Quando não é possível essa visualização o N.º 3 do Art. 11.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
arranque é automaticamente precedido
de um sistema de aviso seguro (sinal
sonoro ou visual).

6 Após o aviso de arranque, o trabalhador N.º 4 do Art. 11.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
exposto dispõe de tempo e dos meios
indispensáveis para se afastar imedia-
tamente da zona perigosa.

Arranque do equipamento
1 Os equipamentos de trabalho possuem um N.º 1 do Art. 12.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
sistema de comando que apenas permita
que o arranque ou uma modificação im-
portante do funcionamento do equipa-
mento só seja efetuado após uma ação
voluntária.
23096 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Paragem de equipamento
1 Existe um sistema de comando que permita N.º 1 do Art. 13.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
a sua paragem geral em condições de
segurança.

2 Existe um dispositivo de paragem de emer- N.º 1 do Art. 13.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
gência.

3 No sistema de comando a ordem de pa- N.º 2 do Art. 13.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
ragem tem prioridade sobre as ordens
de arranque.

4 Sempre que se verifique a paragem do N.º 3 do Art. 13.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
equipamento ou dos seus elementos pe-
rigosos, é interrompida a alimentação de
energia dos seus acionadores.

Estabilidade e rotura
1 Os equipamentos de trabalho e os respe- N.º 1 do Art. 14.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tivos elementos encontram-se devida-
mente estabilizados por fixação ou por
outros meios.

Projeções e emanações
1 O equipamento de trabalho possui disposi- N.º 1 do Art. 15.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tivos de segurança contra riscos devidos
a quedas ou projeções de objetos.

2 O equipamento de trabalho possui dispo- N.º 1 do Art. 15.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
sitivos de retenção ou extração eficazes
contra riscos devidos a emanações de
gases, vapores ou líquidos.

Riscos de contacto mecânico


1 Os elementos móveis do equipamento N.º 1 do Art. 16.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
de trabalho dispõem de protetores que
impeçam o acesso às zonas perigosas
ou de dispositivos que interrompam o
movimento dos elementos móveis antes
do acesso a essas zonas.

Iluminação e temperatura
1 As zonas e postos de trabalho ou de ma- N.º 1 do Art. 17.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
nutenção dos equipamentos de traba-
lho encontram-se convenientemente
iluminados em função dos trabalhos a
realizar.

2 As partes de um equipamento de trabalho N.º 2 do Art. 17.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
que atinjam temperaturas elevadas ou
muito baixas dispõem de proteção contra
os riscos de contacto.

Manutenção do equipamento
1 Existe livrete de manutenção. N.º 2 do Art. 19.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.

2 O livrete de manutenção encontra-se atua- N.º 2 do Art. 19.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
lizado.

3 As operações de manutenção efetuam-se N.º 1 do Art. 19.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
com o equipamento de trabalho parado.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23097

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

4 Não sendo possível parar o equipamento N.º 1 do Art. 19.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
de trabalho, são tomadas medidas de
proteção adequadas à execução dessas
operações ou estas são efetuadas fora
das áreas perigosas.

Manutenção do equipamento

Riscos elétricos,
de incêndio e explosão
1 Os equipamentos de trabalho protegem os Alínea a) do Art. 20.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de
trabalhadores expostos contra os riscos 25 de fev.
de contacto direto ou indireto com a
eletricidade.

2 Os equipamentos de trabalho protegem os Alínea b) do Art. 20.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de


trabalhadores contra os riscos de incên- 25 de fev.
dio, sobreaquecimento ou libertação de
gases, poeiras, líquidos e vapores.

Sinalização de segurança
1 Os equipamentos de trabalho encontram-se Art. 22.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
sinalizados com avisos ou outra sinali-
zação normalizada.

Requisitos complementares
dos equipamentos móveis

Equipamentos que transportem


trabalhadores e riscos de capotamento
1 Os equipamentos de trabalho que trans- N.º 1 do Art. 23.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
portem um ou mais trabalhadores estão
adaptados de forma a reduzir os riscos
de contacto dos trabalhadores com as
rodas/lagartas ou o seu entalamento por
essas peças.

2 Os equipamentos de trabalho que transpor- N.º 2 do Art. 23.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tam trabalhadores possuem estruturas
que limitem os riscos por capotamento.

3 O equipamento possui um sistema de re- N.º 4 do Art. 23.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tenção dos trabalhadores transportados
que evite o risco de esmagamento entre
o equipamento e o solo, em caso de ca-
potamento.

Risco de capotamento de empilhadores


1 O empilhador está equipado com uma es- Art. 25.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
trutura que limita o risco de capotamento
(ex. Cabina).

Equipamentos móveis automotores


1 O equipamento dispõe de dispositivo que Alínea a) do n.º 1 do Art. 26.º do Dec-Lei n.º 50/2005,
evite a entrada em funcionamento não de 25 de fev.
autorizada.

2 Dispõe de dispositivo que assegure a tra- Alínea c) do n.º 1 do Art. 26.º do Dec-Lei n.º 50/2005,
vagem e imbilização de emergência em de 25 de fev.
caso de avaria do dispositivo principal.

3 Possui dispositivo que assegure uma ilu- Alínea e) do n.º 1 do Art. 26.º do Dec-Lei n.º 50/2005,
minação adequada em caso de utiliza- de 25 de fev.
ção noturna ou em local mal iluminado.
23098 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

4 Os equipamentos móveis automotores N.º 2 do Art. 26.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
que comportem risco de incêndio estão
equipados com dispositivos adequados
de combate ao fogo (exceto se houver
disponíveis na proximidade do local de
utilização).

5 Os equipamentos telecomandados N.º 3 do Art. 26.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.


imobilizam-se automaticamente sempre
que saem do campo de controlo.

Requisitos complementares
dos equipamentos de elevação de cargas

Instalação
1 Os equipamentos estão instalados de modo Alínea a) do Art. 27.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de
a garantir a estabilidade e solidez durante 25 de fev.
a sua utilização.

2 Estão instalados de modo a reduzir o risco Alínea b) do Art. 27.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de
de as cargas colidirem com os traba- 25 de fev.
lhadores, balancearem, bascularem ou
caírem.

Sinalização e marcação
1 Os equipamentos de elevação de cargas N.º 1 do Art. 28.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
possuem indicação da carga nominal em
local bem visível.

2 Os acessórios de elevação estão marcados N.º 2 do Art. 28.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
de forma a que se possam identificar
as características essenciais para a sua
utilização com segurança.

3 Possui sinalização de proibição de elevação N.º 3 do Art. 28.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
de trabalhadores.

Equipamentos de elevação
ou transporte de trabalhadores
1 Possuem dispositivos adequados que evi- N.º 1 do Art. 29.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tem os riscos de queda do habitáculo.

2 Possuem dispositivos adequados que evi- N.º 1 do Art. 29.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tem os riscos de queda do utilizador para
fora do habitáculo.

3 Possuem dispositivos adequados que evi- N.º 1 do Art. 29.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tem os riscos de esmagamento, entala-
mento ou colisão do utilizador, nomea-
damente os devidos a contacto fortuito
com objetos.

4 Possuem dispositivos adequados que ga- N.º 1 do Art. 29.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
rantam a segurança dos trabalhadores
bloqueados em caso de acidente no ha-
bitáculo e possibilitar a sua evacuação
com segurança.

Utilização de equipamentos de trabalho


1 Existe um espaço livre suficiente entre os Art. 31.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
elementos móveis e os elementos fixos
circundantes.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23099

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

2 Estão protegidos por dispositivos ou me- Art. 31.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
didas adequados contra os efeitos dos
raios, nos casos em que possam ser atin-
gidos durante a sua utilização.

3 A energia ou qualquer substância utilizada Art. 31.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
ou pruduzida é movimentada ou liber-
tada com segurança.

Utilização de equipamentos móveis


1 Os equipamentos de trabalho automotores N.º 1 do Art. 32.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
são conduzidos, unicamente, por traba-
lhadores devidamente habilitados.

2 São respeitadas as regras de circulação nas N.º 2 do Art. 32.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
zonas de trabalho onde os equipamentos
se movimentam.

3 Há meios para impedir os trabalhadores N.º 3 do Art. 32.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
de se deslocarem a pé nas zonas em
que operam equipamentos de trabalho
automotores.

4 Os trabalhadores que necessitam de se N.º 3 do Art. 32.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
deslocar a pé para executar as suas
tarefas, nas zonas em que operam
equipamentos de trabalho automoto-
res, respeitam as medidas adequadas
para evitar que sejam atingidos pelos
equipamentos.

5 Nos equipamentos de trabalho móveis acio- N.º 4 do Art. 32.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
nados mecanicamente, os trabalhadores
são transportados em lugares seguros
previstos para o efeito.

6 Os equipamentos deslocam-se a velocidade N.º 5 do Art. 32.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
reduzida no caso de se efetuarem traba-
lhos durante a deslocação.

7 Os equipamentos deslocam-se a velocidade N.º 5 do Art. 32.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
reduzida no caso de se efetuarem traba-
lhos durante a deslocação.

8 Os equipamentos de trabalho móveis com N.º 6 do Art. 32.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
motor de combustão são utilizados, ex-
clusivamente, em zonas de trabalho com
atmosfera respirável suficiente.

Equipamentos de trabalho
de elevação de cargas
1 É garantida a estabilidade dos equipamen- N.º 1 do Art. 33.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tos de trabalho de elevação de cargas
durante a sua utilização.

2 Existem procedimentos que impeçam que N.º 4 do Art. 33.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
os trabalhadores circulem sob cargas
suspensas e que estas se desloquem por
cima dos locais de trabalho.

3 Os acessórios de elevação de cargas são N.º 5 do Art. 33.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
escolhidos em função das cargas a
manipular, dos pontos de preensão, do
dispositivo de fixação e das condições
atmosféricas.
23100 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

4 Os acessórios de elevação de cargas têm N.º 5 do Art. 33.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
em conta o modo e a configuração da
lingada.

5 Os acessórios de elevação de cargas são N.º 5 do Art. 33.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
claramente identificáveis para que, o uti-
lizador conheça as suas características.

6 Os acessórios de elevação de cargas são N.º 5 do Art. 33.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
devidamente armazenados, evitando-se
a sua danificação ou deterioração.

Elevação de cargas não guiadas


1 São tomadas medidas adequadas para evi- N.º 1 do Art. 34.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
tar colisões entre cargas e outros ele-
mentos, quando existem mais de dois
equipamentos de trabalho de elevação
que se sobrepõem.

2 Durante a utilização de equipamentos de N.º 2 do Art. 34.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
trabalho móveis de elevação de cargas
não guiadas são tomadas medidas para
evitar o basculamento, o capotamento,
a deslocação e o deslizamento dos equi-
pamentos.

3 Quando as condições meteorológicas N.º 3 do Art. 34.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
afetam a segurança do funcionamento
ao ar livre destes equipamentos a sua
utilização é adiada ou interrompida e
adotam-se medidas que impeçam o seu
capotamento.

Organização do trabalho
na elevação de cargas
1 As operações de elevação de cargas suspen- N.º 2 do Art. 35.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
sas são vigiadas permanentemente.

2 Verifica-se a coordenação do operador N.º 3 do Art. 35.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
quando a carga é elevada por mais de
dois equipamentos de elevação.

3 Existe um sinaleiro para dar apoio ao ope- N.º 4 do Art. 35.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
rador quando existe equipamento de ele-
vação de cargas não guiadas, quando
este não consegue observar o trajeto da
carga.

4 O trabalhador mantém o controlo das ope- N.º 5 do Art. 35.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
rações cuja carga é fixada ou libertada
manualmente.

Utilização dos equipamentos


de trabalho destinados
a trabalhos em altura

Disposições gerais sobre trabalhos


temporários em altura
1 O acesso aos postos de trabalho em altura N.º 5 do Art. 36.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
permitem a evacuação em caso de perigo
iminente.

2 A passagem entre meios de acesso a postos N.º 6 do Art. 36.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
de trabalho em altura e plataformas e
passadiços estão protegidas contra riscos
de queda.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23101

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

3 Os trabalhos em altura só são realizados N.º 8 do Art. 36.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
quando as condições meteorológicas não
comprometem a segurança e a saúde dos
trabalhadores.

Utilização de escadas
1 São colocadas de forma a garantir a estabi- N.º 1 do Art. 38.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
lidade durante a sua utilização.

2 Os apoios das escadas portáteis assentam N.º 2 do Art. 38.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
em suporte estável e resistente, de di-
mensão adequada e imóvel, de forma
que os degraus se mantenham em posi-
ção horizontal durante a utilização.

3 A parte superior ou inferior dos montantes N.º 3 do Art. 38.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
encontram-se revestidos por dispositivo
antiderrapante.

4 As escadas utilizadas como meio de acesso N.º 4 do Art. 38.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
apresentam um comprimento necessário
para ultrapassar em, pelo menos, 90 cm,
o nível de acesso.

5 As escadas de enganchar com vários seg- N.º 5 do Art. 38.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
mentos e as escadas telescópicas são
utilizadas garantindo a imobilização do
conjunto dos segmentos.

6 As escadas móveis são imobilizadas antes N.º 6 do Art. 38.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
da sua utilização.

7 As escadas suspensas são fixadas de forma N.º 7 do Art. 38.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
a evitar a sua deslocação ou balanço.

8 Utilização de técnicas de acesso e de posi-


cionamento por cordas.

9 A corda de trabalho a utilizar como meio de N.º 2 do Art. 39.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
acesso e a corda de segurança a utilizar
como dispositivo de socorro, encontram-
-se em pontos de fixação independen-
tes.

10 O trabalhador utiliza arneses adequados. N.º 2 do Art. 39.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.

11 A corda de trabalho está equipada com um N.º 2 do Art. 39.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
mecanismo seguro de subida e descida,
e de um sistema autobloqueante que im-
pede a queda do trabalhador.

12 A corda de segurança está equipada com um N.º 2 do Art. 39.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
dispositivo móvel antiqueda que acom-
panhe as deslocações do trabalhador.

13 A corda de trabalho possui um assento N.º 2 do Art. 39.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
equipado com acessórios adequados.

14 As ferramentas e outros acessórios utili- N.º 2 do Art. 39.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
zados pelo trabalhador estão ligados ao
seu arnês ou assento, ou presos de forma
adequada.

15 O trabalho está programado de modo a que N.º 2 do Art. 39.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
o trabalhador possa ser imediatamente
socorrido em caso de necessidade.
23102 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Utilização de andaime

1 A montagem, desmontagem ou reconver- N.º 1 do Art. 40.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
são do andaime só é realizada sob a di-
reção de uma pessoa competente com
formação específica sobre os riscos
dessas operações.

Estabilidade do andaime
1 Os elementos de apoio do andaime evitam N.º 1 do Art. 41.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
o seu deslizamento através da fixação à
superfície de apoio de dispositivo anti-
derrapante.

2 A superfície de suporte do andaime tem N.º 2 do Art. 41.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
capacidade suficiente.

3 O andaime sobre rodas possui dispositivos N.º 3 do Art. 41.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
que impedem a deslocação acidental du-
rante a sua utilização.

4 As dimensões, forma e disposição das N.º 1 do Art. 42.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
plataformas do andaime estão adequa-
das ao trabalho a executar e às cargas
a suportar.

Plataformas do andaime

1 As plataformas do andaime estão fixa- N.º 2 do Art. 42.º do Dec-Lei n.º 50/2005, de 25 de fev.
das aos respetivos apoios de modo
que não se desloquem durante a sua
utilização.

Lista de verificação 14 — Quedas em altura

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Quedas em Altura — Avaliação dos Lei n.º 102/2009 de 10 de set.


riscos e das medidas de prevenção/
seleção, utilização e manutenção do
equipamento
1 Avaliou os riscos dos trabalhos em altura. Art. 15.º

2 Teve em consideração os trabalhos oca- Art. 15.º


sionais.

3 Teve em consideração os vários trabalha- Art. 15.º


dores que possam estar implicados nos
mesmos trabalhos.

4 Teve em consideração os trabalhadores Art. 15.º


temporários.

5 Tem capacidade para prestar aconselha- Art. 15.º


mento em matéria de métodos de traba-
lho e equipamentos necessários.

6 Garantiu formação e tem um controlo ade- Art. 15.º


quado dos trabalhadores em matéria de
segurança, na montagem, manutenção e
utilização dos equipamentos.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23103

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

7 Eliminou os trabalhos em altura, sempre Art. 15.º


que possível.

8 Escolheu os equipamentos corretos . . . . . Art. 15.º

Utilização de equipamentos DL 50/2005 de 25 de fev.


de trabalho destinados
a trabalhos em altura
1 Todas as aberturas estão devidamente pro-
tegidas e dispõem de meios de acesso
seguros, incluindo as áreas a que é ne-
cessário aceder para proceder a trabalhos
de manutenção.

2 Na utilização de equipamento destinado Ponto 2 do Art. 36.º


a trabalhos temporários em altura, foi
atribuída prioridade a medidas de pro-
teção coletiva em relação as medidas de
proteção individual.

3 Os equipamentos de trabalho destinados Art. 36.º ao 42.º


a trabalhos em altura são regularmente
examinados e sujeitos a manutenção.

Quedas em altura — Vias de passagem Portaria n.º 702/80 de 22 de set.


e saídas, vias normais e de emer- Portaria n.º 987/93 de 6 de out.
gência. Aberturas nos pavimentos
e paredes. Comunicações verticais.
Construção e conservação. Cintos de
segurança.
1 As plataformas de elevadores, os corredo- Artigo 10.º -5-Portaria n.º 702/80 de 22 de set.
res, rampas, escadas e outros meios de
acesso fixos possuem boa iluminação e
ventilação, proporcionam boa utilização
e têm piso não escorregadio ou antider-
rapante.

2 Os locais elevados, que apresentem riscos Portaria n.º 987/93 de 6 de out.


de queda em altura, e onde há circulação Artigo 13.º - 6
de pessoas são protegidos por guarda-
-corpo e rodapé (no mínimo 0,9 m e
0,14 m respetivamente).

3 Nas vias normais ou de emergência em Portaria n.º 987/93


que exista o risco de queda em altura, Artigo 4.º - 2
existem resguardos laterais com a altura
mínima de 0,9 me, se necessário, roda-
pés com a altura mínima de 0,14 m.

4 As aberturas nos pavimentos ou passagens Portaria n.º 702/80


estão dotados de coberturas resistentes Artigo 12.º -1
ou guarda corpos e rodapés? (no mínino
0,9 m e 0,14 m respetivamente).

5 Quando os resguardos não são aplicáveis, Portaria n.º 702/80 Artigo 12.º -1
estão devidamente sinalizadas.

6 Efetuou uma avaliação dos materiais frá- Portaria n.º 987/93 Artigo 10.º - 5
geis, tais como elementos de coberturas.

7 Todos os sinais de aviso e/ou proibição Portaria n.º 987/93 Artigo 10.º - 5
estão colocados nos pontos de acesso
aos materiais frágeis.

8 Escolheu os equipamentos corretos . . . . . Portaria n.º 987/93 Artigo 10.º - 5


23104 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

9 Instalou plataformas de acesso e de tra- Portaria n.º 987/93 Artigo 10.º - 5


balho fixas, por exemplo, pórticos e
escadas fixas.

10 Os cais e as rampas são adequados à di- Portaria n.º 987/93 Artigo 15.º -1
mensão das cargas neles movimentadas
e permitem a circulação fácil e segura
das pessoas.

11 A largura das escadas é proporcional ao RSCIE


n.º de utilizadores com um mínimo de
0,9 m.

12 Os lanços e patins das escadas têm resguar- Portaria n.º 702/80 Artigo 13.º -2
dos c/ altura mínima de 0,9 m.

13 As escadas, quando limitadas por duas Portaria n.º 702/80 Artigo 13.º -2
paredes têm, pelo menos, um corrimão.

14 As rampas e as escadas fixas são constru- Portaria n.º 702/80 Artigo 13.º-A e 13.º-B
ídas de acordo com as normas técnicas
e são providas de guarda-corpo e/ou
corrimão.

15 Utiliza corretamente as plataformas ele- Portaria n.º 702/80 Artigo 13.º-C


vatórias.

16 Os aparelhos de elevação, são formados por Portaria n.º 702/80 Artigo 62.º
materiais apropriados e resistentes.

17 Estes são mantidos em bom estado de con- Portaria n.º 702/80 Artigo 62.º
servação e funcionamento.

18 Os trabalhadores que executam tarefas em Portaria n.º 702/80 Artigo 151.º - 3


locais com risco de queda em altura, es-
tão equipados com cintos de segurança
ou outro dispositivo de proteção equi-
valente ligado ao exterior por um cabo
de amarração.

19 Os cabos de amarração e respetivos ele- Portaria n.º 702/80 Artigo 151.º -1


mentos de fixação são suficientemente
resistentes.

20 Na execução de tarefas em locais com Portaria n.º 702/80 Artigo 151.º - 4


risco de queda em altura, os trabalha-
dores são vigiados durante a execução
do trabalho.

Lista de verificação 15 — Quedas ao mesmo nível

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Quedas ao mesmo nível — Qualidade


dos pavimentos
1 As vias normais e de emergência estão Portaria n.º 987/93 Artigo 4.º -1
permanentemente desobstruídas e em
condições de utilização.

2 As zonas de passagem de veículos e pes- Portaria n.º 702/80 Artigo 14.º -1


soas estão isentas de cavidades e saliên-
cias e, livres de obstáculos.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23105

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

3 Os pavimentos dos locais de trabalho são Portaria n.º 987/93 Artigo 10.º -1
fixos, estáveis, antiderrapantes sem
inclinações perigosas saliências e ca-
vidades.

4 Os pavimentos, passagens, degraus e patins Portaria n.º 702/80 Artigo 14.º - 2


de escadas de chapa de aço são do tipo
estriado e fixo.

5 As vias de circulação destinadas a pessoas Portaria n.º 702/80 Artigo 13.º - 5


têm iluminação adequada.
6 A largura mínima das vias de circulação Portaria n.º 987/93 Artigo 13.º - 2
é de 1,20 m.

Lista de verificação 16 — Movimentação Manual de Cargas

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Movimentação Manual de Cargas Dec-Lei n.º 330/93, de 25 de set.


Caraterísticas da carga Ponto 1 do art. 5.o
1 A carga é demasiado pesada (superior a
30 Kg em operações ocasionais).

2 A carga é demasiado pesada (superior a


20 Kg em operações frequentes).

3 A carga é muito volumosa ou difícil de


agarrar.

4 A carga tem equilíbrio instável.

5 O conteúdo da carga está sujeito a desloca-


ções (pode mudar de posição).

6 A carga é posicionada de maneira que


requeira ser segurada ou manipulada à
distância do tronco.

7 A carga é manipulada de maneira que re-


queira curvatura ou torção do tronco.

8 Devido aos seus contornos e/ou consis-


tência, a carga pode causar ferimentos
nos trabalhadores, principalmente em
caso de colisão.

Esforço Físico exigido Ponto 1 do art. 5.o


1 O esforço exigido é excessivo para o tra-
balhador.

2 O esforço físico exigido apenas pode ser


realizado mediante um movimento de
torção do tronco.

3 O esforço físico exigido implica um movi-


mento brusco da carga.

4 O esforço físico exigido é efetuado com o


corpo instável.
23106 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Características do Ambiente de trabalho Ponto 2 do art. 5.o


1 Existe espaço livre, em particular na verti-
cal, para executar a atividade.

2 O pavimento é irregular e escorregadio


apresentando risco de queda e reque-
rendo calçado adequado.

3 O pavimento ou o local de trabalho apresenta


desníveis que implicam movimentação
manual de cargas em diversos níveis.

4 O local ou condições de trabalho impede


a movimentação de cargas a uma altura
segura ou com uma postura de trabalho
correta.

5 O pavimento ou o ponto de apoio dos pés


é instável.

6 A temperatura, humidade ou circulação de


ar são inadequadas.

Requisitos da atividade -Foram tomadas Ponto 3 do art. 5.o


as medidas apropriadas quando:
1 A atividade implique esforços físicos de-
masiado frequentes ou prolongados en-
volvendo, em particular a coluna.

2 A atividade implique períodos de descanso


fisiológico ou recuperação do corpo in-
suficientes.

3 A atividade implique distâncias de elevação,


abaixamento ou transporte excessivas.

4 A atividade implique ritmos de trabalho


(cadência) impostos por um processo que
não pode ser alterado pelo trabalhador.

Quando as avaliações dos elementos de Reavaliação dos elementos de risco art. 6.º
referência previstas nos números an-
teriores, revelarem risco para a segu-
rança e saúde dos trabalhadores, são
adotados os seguintes procedimentos:
1 São identificadas as causas de risco e os Art. 6.º
fatores individuais de risco, nomeada-
mente a inadaptidão física e são tomadas
as medidas corretivas apropriadas.

2 É feita uma nova avaliação a fim de verifi- Art. 6.º


car a eficácia das medidas adotadas.

3 Os trabalhadores, assim como os seus re- Art. 7.o


presentantes, são consultados sobre a
aplicação das medidas previstas ante-
riormente.

Informação aos trabalhadores Art. 8.o - 1


1 Os riscos potenciais para a saúde derivados Art. 8.º - 1
da incorreta movimentação manual de
cargas.

2 O peso máximo e outras características da Art. 8.º - 1


carga.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23107

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

3 O centro de gravidade da carga e o lado Art. 8.º - 1


mais pesado da mesma, quando o con-
teúdo da embalagem não tem uma dis-
tribuição uniforme.

4 É facultada formação adequada sobre a Art. 8.º - 2


movimentação correta da carga, aos
trabalhadores expostos.

Lista de verificação 17 — Riscos Psicossociais

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

Responsabilidade Social Empresarial Lei 7/2009 de 12/02, artigos 23.º, 24.º, 25.º, 29.º, 30.º,
na Gestão de Riscos Psicossociais 31.º, 127.º, n.º 1 al. a) a g), n.º 2 e n.º 3, 197.º a 247.º
-Integração aos sistemas e estruturas Lei 102/2009 de 10/09, artigos 5.o e 15.º
das operações empresariais. CRP artigos 59.º, 64.º n.º 2 b) e Art. 66.º
1 Existem informações emitidas pela ge-
rência sobre gestão de riscos psicosso-
ciais (como parte do controle normal
da empresa ou de sistema de gestão
existente).

2 A empresa possui uma política para abordar


(prevenir, reduzir, controlar) os riscos
psicossociais (e cumprir as obrigações
legais).

3 O sistema de gestão de riscos psicossociais


é utilizado em casos de reorganização e
reestruturação.

4 A empresa assegurou que a exposição aos Art. 15.º, n.º 2, da Lei 102/2009 de 10/09.
fatores de risco psicossociais não cons-
tituem risco para a segurança e saúde
do trabalhador.

5 A empresa assegurou a adaptação do tra- Art. 15.º, n.º 2, da Lei 102/2009 de 10/09.
balho ao homem, no que se refere à
conceção dos postos de trabalho, à es-
colha de equipamentos de trabalho e aos
métodos de trabalho e produção, com
vista a, atenuar o trabalho monótono e
o trabalho repetitivo e reduzir os riscos
psicossociais.

6 Existem riscos de violência originados na


área de atendimento ao público, diri-
gidos aos trabalhadores (abuso verbal,
ameaças ou ataques físicos).

7 A empresa possui um código de conduta


para a violência, assédio e bullying.

8 A empresa possui sistemas para investigar


o assédio, bullying ou outras questões
psicossociais de maneira confidencial.

9 A empresa dispõe de sistemas que abordam


as questões da diversidade e de equi-
líbrio entre a vida profissional e vida
privada.
23108 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

Apreciação
Item em análise Requisito legal Comentários
S N N/A

10 Existem orientações sobre prevenção dos


riscos psicossociais e promoção da saúde
mental para disponibilizar aos trabalha-
dores.

Responsabilidade Social Empresarial na Lei 7/2009 de 12/02, artigos 23.º, 24.º, 25.º, 29.º, 30.º,
Gestão de Riscos Psicossociais — Inte- 31.º, 127.º, n.º 1 al. a) a g), n.º 2 e n.º 3, 197.º a 247.º
gração à cultura da empresa Lei 102/2009 de 10/09, artigos 5.º e 15.º
CRP artigos 59.º, 64.º n.º 2 b) e art. 66.º
1 Os gestores são formados e capacitados
para priorizar as questões psicossociais
e enfrentá-las abertamente, como medida
preventiva.

2 A formação sobre riscos psicossociais é


facultada a todos os trabalhadores, como
medida preventiva.

3 Os representantes dos trabalhadores estão


ativamente envolvidos nos esforços de
prevenção de riscos psicossociais.

4 É incentivada a notificação de incidentes


(por exemplo, a violência e o assédio).

5 É incentivada a discussão aberta sobre as


questões psicossociais com atenção es-
pecial às questões de diversidade e equi-
líbrio entre a vida profissional e familiar.

6 Os trabalhadores estão alertados para lidar


com situações inesperadas de stress ou
de violência.

7 Existe uma comunicação ativa e aberta,


interna e externa sobre os problemas
psicossociais e ações preventivas (trans-
parência).

ANEXO 3

Matriz de riscos profissionais

Matriz de gestão do risco profissional


Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23109

ANEXO 4 bem como as previstas adotar aquando da instalação, exploração e


desativação, se aplicável.
Relatório de Avaliação de riscos profissionais
C. Legislação/normalização aplicável
(Sumário executivo) Nota: O relatório de avaliação de riscos profissionais deve ser elabo-
rado por profissionais dos dois domínios (da segurança e da saúde do
trabalho) e aprovado pelo Gestor de Topo da empresa/estabelecimento.
A. Introdução Este relatório deve ser dado a conhecer ao representante dos trabalha-
dores para a segurança e saúde do trabalho.
1 — Identificação da empresa e sua localização;
2 — Responsável(eis) pelas áreas da segurança e saúde do trabalho;
ANEXO 5
3 — Descrição breve da atividade industrial;
4 — Referência ao sistema de gestão de segurança do trabalho, se
aplicável. Mapas auxiliares para elementos instrutórios

B. Metodologia de avaliação de riscos profissionais Mapa 1 — Identificação do n.º de trabalhadores,


por área e por sexo
1 — Listagem das tarefas, atividades, operações e definição dos
locais e postos de trabalho;
Homens Mulheres Turno (4)
2 — Previsão do n.º de trabalhadores expostos;
3 — Identificação dos potenciais perigos ou fatores de risco pro-
fissional; N.º trabalhadores Área fabril . . . . . . .
4 — Estimativa do risco profissional (incluir a descrição da meto- Área comercial . . . .
dologia); Área laboratorial . . .
5 — Valoração do risco profissional (incluir a descrição da meto- Área administrativa
dologia);
6 — Indicação das medidas e meios de prevenção de riscos profis- (4) Caso existam turnos, deverá ser indicado a hora de início e de fim e ser acrescentadas
sionais e de proteção dos trabalhadores, adotadas a nível do projeto tantas colunas quantos os turnos existentes.

Mapa 2 — Identificação de máquinas e equipamentos

Declaração CE conformidade Manual instruções


Aposição marcação CE
(português) (português)
Modelo/
Quantidade (*) Designação (*) Marca
n.º série
S N S N S N

...

(*) Campos de preenchimento obrigatório.

ANEXO 6 Caso a modalidade seja serviço comum, deverá ser indicado


nomeadamente:
Documento de suporte à descrição do Serviço • Entidades subscritoras do acordo
de Segurança e Saúde do Trabalho • Responsável pelo serviço: nome, n.º certificado aptidão profissional
A. Enquadramento político-organizacional (CAP) ou n.º título profissional (TP)
• Quadro técnico: nomes, n.os CAP/TP
• Indicação da Política de Saúde e Segurança do Trabalho da empresa • Equipamentos de medição no âmbito da avaliação de riscos (ex. so-
• Descrição sumária do processo de envolvimento dos trabalhadores nómetro, luxímetro): designação, marca, modelo, n.º série
e da gestão de topo na Política de Saúde e Segurança do Trabalho • Recurso a atividades ou serviços subcontratados
B. Descrição da organização e funcionamento dos serviços de Caso a modalidade seja empregador/trabalhador designado (5),
Segurança do Trabalho
deverá ser indicado:
B.1 Descrição da modalidade adotada
• Nome do empregador ou do trabalhador designado para o exercício
Caso a modalidade adotada seja um serviço externo, deverá ser
indicado, nomeadamente: das atividades de segurança do trabalho
• N.º autorização
• Nome da entidade prestadora do serviço externo de segurança do • Recurso a atividades ou serviços subcontratados
trabalho
• NIPC B.2. Descrição da estrutura interna que assegure as atividades
• N.º de autorização de primeiros socorros, combate a incêndios e evacuação das ins-
• Tempo mensal de afetação do(s) técnico(s) da empresas prestadora talações: medidas a adotar em caso de intervenção, identificação
do serviço dos trabalhadores responsáveis pela aplicação das medidas, iden-
tificação das entidades externas competentes para intervenção
Caso a modalidade adotada seja o serviço interno, deverá ser (bombeiros, emergência médica, proteção civil, …)
indicado, nomeadamente: C. Descrição da organização e funcionamento dos serviços de
• Responsável pelo serviço: nome, n.º certificado aptidão profissional Saúde do Trabalho:
(CAP) ou n.º título profissional (TP) Modalidade de organização no domínio da Saúde do Trabalho
• Quadro técnico: nomes, n.os CAP/TP
• Equipamentos de medição no âmbito da avaliação de riscos (ex. so- • Modalidade de organização adotada
nómetro, luxímetro): designação, marca, modelo, n.º série • Local onde as atividades de saúde do trabalho são prestadas aos
• Recurso a atividades ou serviços subcontratados trabalhadores da empresa (ex. nas próprias instalações da empresa,
23110 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

nas instalações da empresa prestadora de serviço externo, na unidade Caso a modalidade seja o Serviço Nacional de Saúde, deverá
móvel da empresa prestadora de serviço externo) ser indicado:
• Denominação da(s) Instituição do Serviço Nacional de Saúde que
Caso a modalidade adotada seja o serviço interno ou comum,
presta(m) as atividades de cuidados primários de saúde ocupacional
deverá ser indicado:
• Médico(s) responsável(eis) pelos cuidados primários de saúde:
• Objetivos estabelecidos para o Serviço de Saúde e Segurança do nome e número da cédula profissional
Trabalho
• Médico do trabalho responsável pelo Serviço da empresa: nome e D. Atividades de Segurança e Saúde do Trabalho
número da cédula profissional • Identificação das principais atividades de segurança e saúde do
• Médico(s) do trabalho, n.º de cédula profissional e respetivo tempo trabalho estabelecidas no Programa de Ação de Saúde e Segurança do
mensal de afetação à empresa Trabalho da empresa, designadamente em três principais vertentes:
• Enfermeiro(s) do trabalho, n.º de cédula profissional e respetivo
tempo mensal de afetação à empresa • Gestão do risco profissional
• Protocolos estabelecidos (ex. análises clínicas, imagiologia, entre • Vigilância da saúde dos trabalhadores
outros) • Promoção da saúde dos trabalhadores
• Entidades subscritoras do acordo (somente aplicável para o serviço • Identificação dos procedimentos e instruções instituídas na empresa
comum) com relevância para a segurança e saúde do trabalho
• Avaliação do Programa de Ação de Saúde e Segurança do Traba-
Caso a modalidade adotada seja um serviço externo, deverá lho e principais medidas adotadas (se já tiver sido implementado no
ser indicado: passado)
• Entidade prestadora do serviço externo de saúde do trabalho: Nome, Nota: No Documento em apreço devem estar identificados os seus
NIPC e N.º de autorização concedido pela Direção-Geral da Saúde autores e (quando aplicável) os colaboradores. Este deve ser datado
• Médico do trabalho responsável pela empresa: nome e número da e aprovado por Gestor de Topo da empresa e pelo representante dos
cédula profissional trabalhadores para a segurança e saúde do trabalho.
• Médico(s) do trabalho, n.º de cédula profissional e respetivo tempo
mensal de afetação à empresa (5) Esta modalidade apenas é permitida para empresas com um n.º de
• Enfermeiro(s) do trabalho, n.º de cédula profissional e respetivo trabalhadores inferior a 10 e que não exerça atividades de risco elevado
tempo mensal de afetação à empresa (art.º 79.º, Lei n.º 102/2009)

ANEXO 8

Legislação

1 — Trabalho

Diploma Resumo

Decreto do Governo n.º 1/85, de 16/01 . . . . . . . . Convenção n.º 155 da OIT relativa à segurança e saúde dos trabalhadores e ambiente de
trabalho.
Lei n.º 113/99, de 03/08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Desenvolve e concretiza o regime geral das contraordenações laborais, através da tipificação
e classificação das contraordenações correspondentes à violação da legislação específica
de segurança, higiene e saúde no trabalho em certos sectores de atividades ou a determi-
nados riscos profissionais.
Lei n.º 114/99, de 03/08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Desenvolve e caracteriza o regime geral das contraordenações laborais, através da tipificação
e classificação das contraordenações correspondentes à violação de regimes especiais dos
contratos de trabalho e contratos equiparados.
Lei n.º 118/99, de 11/08. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Desenvolve e concretiza o regime geral das contraordenações laborais, através da tipificação
e classificação das contraordenações correspondentes à violação dos diplomas reguladores
do regime geral dos contratos de trabalho.
Lei n.º 7/2009, de 12/02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Revisão ao Código do Trabalho (Revoga a Lei n.º 99/2003, de 27/08 e Lei n.º 35/2004, 29/07
e é alterado por Lei n.º 105/2009, de 14/09, Declaração de Retificação n.º 21/2009, de
18/03, Lei n.º 23/2012 de 25/07 e Lei n.º 47/2012 de 29/08).

2 — Organização dos serviços de segurança e saúde do trabalho e certificação profissional de técnicos de SHT

Diploma Resumo

Portaria n.º 1179/95, de 26/09 . . . . . . . . . . . . . . . Aprovou o modelo de notificação da modalidade adotada pelo empregador para a organização
do serviço de segurança e de saúde no trabalho.
Portaria n.º 53/96, de 20/02 . . . . . . . . . . . . . . . . . Altera a Portaria n.º 1179/95, de 26/09 (aprova o modelo de notificação da modalidade adotada
pelo empregador para a organização do serviço de segurança e de saúde no trabalho).
Portaria n.º 299/2007, de 16/03 . . . . . . . . . . . . . . Aprova o novo modelo de ficha de aptidão, a preencher pelo médico do trabalho face aos re-
sultados dos exames de admissão, periódicos e ocasionais, efetuados aos trabalhadores.
Lei n.º 102/2009 de 10/09 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segurança e saúde no trabalho.
Portaria n.º 55/2010, de 21/01 . . . . . . . . . . . . . . . Regula o conteúdo do relatório anual referente à informação sobre a atividade social da em-
presa e o prazo da sua apresentação, por parte do empregador, ao serviço com competência
inspetiva do ministério responsável pela área laboral. (Relatório Único).
Portaria n.º 255/2010 de 05/05 . . . . . . . . . . . . . . Aprova e publica em anexo o modelo do requerimento de autorização de serviço comum, de
serviço externo e de dispensa de serviço interno de segurança e saúde no trabalho, bem
como os termos em que o requerimento deve ser instruído.
Portaria n.º 275/2010 de 19/05 . . . . . . . . . . . . . . Fixa os valores das taxas devidas pelos serviços prestados pelos organismos, no âmbito dos
ministérios responsáveis pelas áreas laboral e da saúde, competentes para a promoção da
segurança e saúde no trabalho.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23111

Diploma Resumo

Lei n.º 42/2012, de 28/08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aprova o regime de acesso e de exercício das profissões de técnico superior de segurança
no trabalho e de técnico de segurança no trabalho (Revoga o n.º 3 do art.º 100.º da Lei
n.º 102/2009, de 10/09).

3 — Locais de trabalho

Diploma Resumo

Portaria n.º 53/71 de 03/02 . . . . . . . . . . . . . . . . . Aprova o Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos
Industriais.
Portaria n.º 702/80 de 22/09 . . . . . . . . . . . . . . . . Altera a Portaria n.º 702/80 de 22 de setembro, que aprova o Regulamento Geral de Segurança
e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais.
Decreto-Lei n.º 347/93 de 01/10. . . . . . . . . . . . . . Transpõe a Diretiva n.º 89/654/CEE, do Conselho, de 30.10, relativa às prescrições mínimas
de segurança e de saúde nos locais de trabalho.
Portaria n.º 987/93 de 06/10 . . . . . . . . . . . . . . . . Estabelece a regulamentação das prescrições mínimas de segurança e saúde nos locais de
trabalho.

4 — Acidentes de Trabalho e Doenças profissionais

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 2/82, de 05/01 . . . . . . . . . . . . . . . Determina a obrigatoriedade da participação de todos os casos de doença profissional à Caixa
Nacional de Seguros de Doenças Profissionais.
Decreto-Lei n.º 362/93, de 15/10 . . . . . . . . . . . . . Regula a informação estatística sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais.
Portaria n.º 137/94, de 08/03 . . . . . . . . . . . . . . . . Aprova o modelo de participação de acidentes de trabalho e o mapa de encerramento de
processo de acidente de trabalho.
Decreto Regulamentar n.º 76/2007 de 17/07 . . . Altera o Decreto Regulamentar n.º 6/2001, de 05/05, que aprova a lista das doenças profis-
sionais e o respetivo índice codificado, e republica-o.
Decreto Regulamentar n.º 6/2001 de 05/05 . . . . Aprova a lista de doenças profissionais e o respetivo índice codificado.
Lei n.º 98/2009, de 04/09 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Regulamenta o regime de reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais,
incluindo a reabilitação e reintegração profissionais, nos termos do artigo 284.º do Código
do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro.

5 — Máquinas e Equipamentos de trabalho

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 286/91 de 09/08. . . . . . . . . . . . . . Estabelece normas para a construção, verificação e funcionamento dos aparelhos de elevação
e movimentação. Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 84/528/CEE, de
17 de setembro de 1984.
Decreto-Lei n.º 214/95 de 18/08. . . . . . . . . . . . . . Estabelece as condições de utilização e de comercialização de máquinas usadas, com vista
a eliminar os riscos para a saúde e segurança das pessoas, quando utilizadas de acordo
com os fins a que se destinam.
Decreto-Lei n.º 295/98 de 22/09. . . . . . . . . . . . . . Estabelece os princípios gerais de segurança relativos aos ascensores e respetivos compo-
nentes, transpondo para o direito interno a Diretiva n.º 95/16/CE (EUR-Lex), de 29 de
junho.
Portaria n.º 172/2000 de 23/03 . . . . . . . . . . . . . . Definição de máquinas usadas que pela sua complexidade e características, revistam especial
perigosidade.
Decreto-Lei n.º 320/2002 28/12 . . . . . . . . . . . . . . Estabelece o regime de manutenção e inspeção de ascensores, monta-cargas, escadas mecâ-
nicas e tapetes rolantes, após a sua entrada em serviço, bem como as condições de acesso
às atividades de manutenção e de inspeção.
Decreto-Lei n.º 50/2005 de 25/02. . . . . . . . . . . . . Relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores
de equipamentos de trabalho, transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2001/45/
CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de junho.
Decreto-Lei n.º 103/2008 de 24/06. . . . . . . . . . . . Estabelece as regras a que deve obedecer a colocação no mercado e a entrada em serviço das
máquinas, bem como a colocação no mercado das quase -máquinas, transpondo para a
ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2006/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 17 de maio.
Decreto-Lei n.º 176/2008 de 26/08. . . . . . . . . . . . Procede à primeira alteração ao Decreto -Lei n.º 295/98, de 22 de setembro, que es-
tabelece os princípios gerais de segurança relativos aos ascensores e respetivos
componentes e que transpõe parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva
n.º 2006/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de maio, relativa às
máquinas, que altera a Diretiva n.º 95/16/CE, do Parlamento Europeu e do Conse-
lho, de 29 de junho, relativa à aproximação das legislações dos Estados membros
respeitantes aos ascensores.
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6 — Equipamentos de proteção individual

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 128/93, de 22/04 . . . . . . . . . . . . . Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva do Conselho n.º 89/686/CEE, de 21 de
dezembro, relativa aos equipamentos de proteção individual (alterado por Decreto-Lei
n.º 139/95, de 14/06 e Decreto-Lei n.º 374/98, de 24/11).
Decreto-Lei n.º 348/93 de 01/10. . . . . . . . . . . . . . Transpõe a Diretiva 89/656/CEE relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde
dos trabalhadores na utilização de equipamentos de proteção individual.
Portaria n.º 988/93 de 06/10 . . . . . . . . . . . . . . . . Faz a descrição técnica do EPI e das atividades e sectores de atividade para os quais aquele
pode ser necessário. Previsto no art.º 7.º do Decreto-Lei n.º 348/93.
Despacho n.º 13495/2005 de 20/06 . . . . . . . . . . . Lista de normas harmonizadas no âmbito de aplicação da Diretiva 89/686/CEE, relativa a EPI.

7 — Equipamentos dotados de visor

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 349/93 de 01/10. . . . . . . . . . . . . . Relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde com equipamentos dotados de visor.
Portaria n.º 989/93 de 06/10 . . . . . . . . . . . . . . . . Orienta atuações na conceção ou adaptação dos locais de trabalho com equipamentos do-
tados de visor.

8 — Sinalização de segurança

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 141/95 de 14/06. . . . . . . . . . . . . . Transpõe a Diretiva n.º 92/58/CEE, prescrições mínimas para a sinalização de segurança e
de saúde no trabalho.
Portaria n.º 1456-A/95 de 11/12 . . . . . . . . . . . . . Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e utilização da sinalização de segurança
e de saúde no trabalho.

9 — Movimentação manual de cargas

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 330/93 de 25/09. . . . . . . . . . . . . . Relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde na movimentação manual de
cargas. Transpõe para a ordem jurídica interna da Diretiva n.º 90/269/CEE, do Conselho,
de 29.05.
Lei n.º 113/99 de 03/08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Desenvolve e concretiza o regime geral das contraordenações laborais, através da tipificação
e classificação das contraordenações correspondentes à violação da legislação específica
de segurança, higiene e saúde no trabalho em certos sectores de atividades ou a determi-
nados riscos profissionais.

10 — Agentes Físicos — Ruído

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 182/2006 de 06/09. . . . . . . . . . . . Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2003/10/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 6 de fevereiro, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde
em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos ao ruído.

11 — Agentes Físicos — Vibrações

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24/02. . . . . . . . . . . . . Transpõe para a ordem jurídica nacional a Diretiva n.º 2002/44/CE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 25 de junho, relativa às prescrições mínimas de proteção
da saúde e segurança dos trabalhadores em caso de exposição aos riscos devido a
vibrações.
Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014 23113

12 — Agentes Físicos — Radiações não ionizantes

Diploma Resumo

Lei n.º 25/2010 de 30/08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Estabelece as prescrições mínimas para proteção dos trabalhadores contra os riscos para a
saúde e a segurança devidos à exposição, durante o trabalho, a radiações óticas de fontes
artificiais, transpondo a Diretiva n.º 2006/25/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 5 de abril.
Declaração de Retificação n.º 33/2010 de 27/10 Retifica a Lei n.º 25/2010, de 30 de agosto.

13 — Agentes Físicos — Radiações ionizantes

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 222/2008 de 17/11. . . . . . . . . . . . Transpõe, parcialmente, para o ordenamento jurídico interno a Diretiva n.º 96/29/EURA-
TOM, do Conselho, de 13 de maio, que fixa as normas de segurança de base relativas
à proteção sanitária da população e dos trabalhadores contra os perigos resultantes das
radiações ionizantes.
Decreto-Lei n.º 165/2002 de 17/07. . . . . . . . . . . . Estabelece os princípios gerais de proteção bem como as competências e atribuições dos
organismos e serviços intervenientes na área da proteção contra radiações ionizantes,
resultantes das aplicações pacíficas da energia nuclear, e transpõe as correspondentes
disposições da Directiva n.º 96/29/EURATOM, do Conselho, de 13 de maio, que fixa as
normas de base de segurança relativas à proteção sanitária da população e dos trabalhadores
contra os perigos resultantes das radiações ionizantes.

14 — Agentes Químicos e Cancerígenos

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 479/85 de 13/11. . . . . . . . . . . . . . Fixa as substâncias, os agentes e os processos industriais que comportam risco cancerígeno,
efetivo ou potencial, para os trabalhadores profissionalmente expostos.
Decreto n.º 57/98, de 2/12. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ratifica a Convenção n.º 162 da OIT, sobre segurança na utilização de amianto.
Decreto n.º 61/98 de 18/12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ratifica a Convenção n.º 139 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a prevenção
e o controlo dos riscos profissionais causados por substâncias e agentes cancerígenos.
Decreto-Lei n.º 301/2000 de 18/11. . . . . . . . . . . . Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 90/394/CEE, do Conselho, de 28 de
junho, alterada pelas Diretivas n.os 97/42/CE, do Conselho, de 27 de junho, e 1999/38/CE,
do Conselho, de 29 de abril, relativa à proteção dos trabalhadores contra os riscos ligados
à exposição a agentes cancerígenos ou mutagénicos durante o trabalho.
Decreto-Lei n.º 266/2007 de 24/06. . . . . . . . . . . . Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2003/18/CE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 27 de março, que altera a Diretiva n.º 83/477/CEE, do Conselho, de 19
de setembro, relativa à proteção sanitária dos trabalhadores contra os riscos de exposição
ao amianto durante o trabalho.
Decreto-Lei n.º 305/2007 de 24/08. . . . . . . . . . . . Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2006/15/CE da Comissão, de 7 de
fevereiro, que estabelece uma segunda lista de valores limite de exposição profissional
(indicativos) a agentes químicos para execução da Diretiva n.º 98/24/CE do Conselho, de
7 de abril, e altera o anexo do Decreto-Lei n.º 290/2001, de 16 de novembro.
Decreto-Lei n.º 24/2012 de 6/02. . . . . . . . . . . . . . Consolida as prescrições mínimas em matéria de proteção dos trabalhadores contra os
riscos para a segurança e a saúde devido à exposição a agentes químicos no trabalho
e transpõe para a ordem interna a Diretiva n.º 2009/161/UE, da Comissão, de 17 de
dezembro de 2009.

15 — Substâncias e Misturas Perigosas

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 47/90, de 09/02 . . . . . . . . . . . . . . Limita o uso e comercialização de diversas substâncias e preparações perigosas (alterado
pelo Decreto-Lei n.º 446/99, de 03/11).
Decreto-Lei n.º 54/93, de 26/02 . . . . . . . . . . . . . . Estabelece Limitações relativamente ao uso e comercialização de substâncias perigosas (al-
terado pelo Decreto-Lei n.º 256/2000, de 17/10 e pelo Decreto-Lei n.º 208/2003 de 15/09).
Decreto-Lei n.º 82/2003, de 23/04 . . . . . . . . . . . . Aprova o Regulamento para a Classificação, Embalagem, Rotulagem e Fichas de Dados de
Segurança de Preparações Perigosas.
Regulamento CRE — Classificação, rotulagem e Harmoniza a anterior legislação da UE com o GHS (Sistema Mundial Harmonizado de
embalagem de substâncias e misturas — Regu- Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos), um sistema das Nações Unidas des-
lamento CE n.º 1272/2008. tinado a identificar produtos químicos perigosos e a informar os utilizadores sobre os
perigos inerentes. O GHS foi adotado por muitos países em todo o mundo e serve agora
também de base à regulamentação internacional e nacional em matéria de transporte de
mercadorias perigosas.
23114 Diário da República, 2.ª série — N.º 170 — 4 de setembro de 2014

16 — Atmosferas Explosivas

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 112/96 de 05 de agosto . . . . . . . . Estabelece as regras de segurança e de saúde relativas aos aparelhos e sistemas de proteção
destinados a ser utilizados em atmosferas potencialmente explosivas, transpondo para o di-
reito interno a Diretiva n.º 94/9/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de março.
Portaria n.º 341/97 de 21 de maio . . . . . . . . . . . . Estabelece regras relativas à segurança e saúde dos aparelhos e sistemas de proteção desti-
nados a ser utilizados em atmosferas potencialmente explosivas.
Decreto-Lei n.º 236/2003 de 30/09. . . . . . . . . . . . Transpõe para a ordem jurídica nacional a Diretiva n.º 1999/92/CE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 16 de dezembro, relativa às prescrições mínimas destinadas a promover
a melhoria da proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores suscetíveis de serem
expostos a riscos derivados de atmosferas explosivas.

17 — Agentes biológicos

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 84/97 de 16/04. . . . . . . . . . . . . . . Estabelece prescrições mínimas de proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores con-
tra os riscos da exposição a agentes biológicos durante o trabalho. Classifica os agentes
biológicos conforme o seu nível de risco infeccioso. Define as obrigações da entidade
empregadora na prevenção dos riscos de doença causadas pelos agentes biológicos men-
cionados e prevê as contraordenações para o incumprimento de tais obrigações.
Portaria n.º 405/98 de 11/07. . . . . . . . . . . . . . . . . Aprova, publicando em anexo, a classificação dos agentes biológicos reconhecidamente
infecciosos para ser humano, visando a proteção dos trabalhadores a eles expostos.
Portaria n.º 1036/98 de 15/12 . . . . . . . . . . . . . . . Altera a lista dos agentes biológicos classificados para efeitos da prevenção de riscos pro-
fissionais, aprovada pela Portaria n.º 405/98, de 11 de julho.

18 — Segurança contra Incêndios

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12/11. . . . . . . . . . . . Estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios, abreviadamente
designado por SCIE.
Portaria n.º 1532/2008 de 29/12 . . . . . . . . . . . . . Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em Edifícios (SCIE).

19 — Instalações elétricas

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 226/2005 de 28/12. . . . . . . . . . . . Estabelece os procedimentos de aprovação das regras técnicas das instalações elétricas de
baixa tensão.
Portaria n.º 949-A/2006 de 29/12 . . . . . . . . . . . . Aprova as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão.

20 — Outros diplomas relevantes

Diploma Resumo

Decreto-Lei n.º 163/2006 de 08/08. . . . . . . . . . . . Define as condições de acessibilidade a satisfazer no projeto e na construção de espaços
públicos, equipamentos coletivos e edifícios públicos e habitacionais.
Decreto-Lei n.º 118/2013 de 20/08. . . . . . . . . . . . Estabelece o sistema de certificação energética dos edifícios, transpondo para o direito interno
a Diretiva n.º 2010/31/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de maio.
Portaria n.º 353-A/2013 de 04/12 . . . . . . . . . . . . Estabelece os valores mínimos de caudal de ar novo por espaço, bem como os limiares
de proteção e as condições de referência para os poluentes do ar interior dos edifícios
de comércio e serviços novos, sujeitos a grande intervenção e existentes e a respetiva
metodologia de avaliação.
Decreto-Lei n.º 169/2012 de 01/08. . . . . . . . . . . . Aprova o Sistema da Indústria Responsável.
Portaria n.º 302/2013 de 16/10 . . . . . . . . . . . . . . Identifica os requisitos formais do formulário e os elementos instrutórios que devem acompa-
nhar os procedimentos de autorização prévia, de comunicação prévia com prazo e de mera
comunicação prévia, respeitantes à instalação, exploração e alteração de estabelecimentos
industriais previstos no SIR.

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