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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES – ICHCA


GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA

HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA I

Docente: Taynam Santos Luz Bueno


Discente: Hélton Walner Souto Santos

FICHAMENTO I

JAEGER, W. Paideia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1994, p. 749-
768; 864-888.

 “O problema para o qual desde o primeiro instante se orienta o pensamento de Platão é


o problema do Estado.” (p.749)
 “A mais arquitetada das suas obras tem por título República, e isso deve-se precisamente
ao fato de o autor escolher nela como unidade suprema da exposição não a forma lógica
abstrata do sistema, mas sim a imagem plástica do Estado, em cujo âmbito enquadra a
totalidade dos seus problemas éticos e sociais (...)”. (p. 750)
 “(...) o problema da justiça, colocado à frente do estudo e do qual a seguir deriva tudo o
mais. (...) é na teoria das ‘partes da alma’ que desemboca a investigação do problema
do que é justo.” (p. 751)
 “O sentido do Estado, tal qual a sua obra fundamental o revela (...) É, se nos apoiarmos
na sua essência superior, a educação.” (p. 152)
 “Em Platão, a necessidade de intuição poética e a vontade de renovação política
associaram-se para a grandiosa empresa de edificar sobre estas bases, no campo do
espírito, o ‘Estado perfeito’, apresentando-o como paradigma aos olhos da
Humanidade.” (p. 753-754)
 “A sinfonia da República começa, no mesmo plano dos anteriores diálogos platônicos,
com o tema socrático da arete (...)”. (p. 755)
 “Aparentemente, Sócrates parte novamente do exame de uma virtude concreta, mas esta
tem um fundo histórico importante (...). Para compreendermos o ponto de partida da
obra platônica temos de ter presentes no espírito as lutas travadas, nos séculos anteriores
a Platão, em torno do ideal da justiça.” (p. 755)
 “O conceito platônico da justiça situa-se acima de todas as normas humanas e remonta
até a sua origem na própria alma.” (p. 756)
 “Na República, a análise inicial da concepção maquiavélica do Estado e da justiça como
puro poder não passa do fundo sobre o qual se destaca, como tema verdadeiro, a
exposição positiva do sistema platônico da educação.” (p. 757-758)
 “O conto do anel de Giges é em Platão símbolo genial desta concepção naturalista do
poder e das aspirações humanas. Se queremos conhecer o verdadeiro valor da justiça
pera a vida do Homem, não temos outro caminho senão comparar a vida de uma pessoa
completamente injusta, mas cujo verdadeiro caráter permaneça oculto, e a vida de um
homem que, sendo verdadeiramente justo, não saiba ou não queira guardar sempre com
o maior cuidado as aparências externas do direito, tão importantes.” (p. 759)
 “Formulado assim o problema da justiça [de que a justiça constitui em si mesma um
bem], a investigação eleva-se a uma altura contemplativa a partir da qual todo o sentido
da vida – tanto o valor moral como a felicidade – aparece deslocado exclusivamente
para a vida interior do Homem.” (p. 761)
 “A justiça tem de ser inerente à alma, a uma espécie de saúde espiritual do Homem, cuja
essência não se pode pôr em dúvida, pois de outro modo seria apenas o reflexo das
variáveis influências exteriores do poder e dos partidos, como o é a lei escrita do
Estado.” (p. 761)
 “É a alma do Homem o protótipo do Estado platônico.” (p. 762)
 “Na realidade, a imagem por ele traçada da justiça e da sua função no Estado perfeito
não corresponde à experiência real da vida no Estado, mas é, sim, uma imagem reflexa
da teoria de Platão sobre a alma e as suas partes, a qual se projeta, ampliada, na
concepção que ele tem do Estado e das suas classes.” (p. 762)
 “Aqui, Platão está ainda exclusivamente interessado no conteúdo da educação e
preocupado com estabelecer as suas linhas fundamentais, cujo exame o leva, em última
conclusão, ao problema do conhecimento da norma suprema. Para ele, a solução do
duplo problema da formação do corpo e da alma do Homem é a paidéia da Grécia antiga,
com a sua divisão em ginástica e música, paidéia que, portanto, ele conserva como
base.” (p. 767)

 “Todavia, a tese do reinado dos filósofos, que parecia apenas começar por se estabelecer
como premissa para a realização destas exigências, volta a conduzir-nos por si própria
ao problema da educação dos ‘governantes’, uma vez que a ‘salvação do temperamento
filosófico’ manifesta-se essencialmente como o problema da sua educação adequada.”
(p. 864)
 “A norma suprema ou a ‘imagem modelo’, à luz da qual delineia a paidéia dos
‘guardiões’, ele a denomina a maior lição (...), por ser o conhecimento mais difícil de
compreender e ao mesmo tempo a mais importante aquisição do governante do Estado.”
(p. 865)
 “Na passagem da República em que fundamenta a necessidade de dar uma educação
especial aos governantes, recorda ele que, ao tratar atrás do problema das quatro
virtudes, ao qual vai dar a educação dos ‘guardiões’, encarou aquele estudo como
puramente esquemático e provisório, declarando que para chegar a um conhecimento
completo da coisa seria preciso fazer um desvio mais amplo.” (p. 866)
 “Mas ao abordar a educação verdadeiramente filosófica volta a ele e exige que os futuros
‘governantes’ façam agora este desvio, já que sem ele não chegariam nunca ao
conhecimento ‘da maior lição’”. (p. 866)
 “Esta meta, que até agora só tinha sido mencionada em termos genéricos como a maior
lição, não é senão a ideia do Bem, isto é, aquilo em virtude de que tudo o que é justo,
belo, etc., é proveitoso e salutar.” (p. 867)
 “Mas para marcar a importância que a ideia do bem tem para a cultura dos governantes,
não precisamos determinar previamente a sua essência. Basta atentarmos para a
característica mais geral do Bem, da qual todos têm consciência (...) para
compreendermos que não poderíamos entregar a direção do Estado a um guardião que
ignorasse a solução deste problema dos problemas.” (p. 868)
 “Na República, a ideia do Bem é a norma absoluta que serve de base à noção da Filosofia
como suprema ‘arte da medida’, a qual aparece desde muito cedo no pensamento
platônico e nele se mantém até o final.” (p. 876)
 “O Bem absoluto, considerado a base existencial de todos os tipos de arete do mundo,
tem de participar também na eudaimonia ou, antes, ser a sua fonte última.” (p. 877)
 “Em lugar dos modelos de arete em forma mortal que a antiga paidéia contida nas obras
dos poetas oferecia aos homens, é o Bem divino como paradigma por antonomásia que
a nova paidéia filosófica de Platão apresenta na República.” (p. 877)
 “Uma antologia que culmina na ideia do Bem: eis a metafísica da paidéia. O ser de que
Platão fala não está desligado do Homem e da sua vontade. A ideia do bem, que enche
de sentido e de valor o mundo das ideias de Platão, surge como a meta natural de todas
as aspirações e o seu conhecimento exige do Homem e dos seus atos uma atitude
adequada.” (p. 879)
 “O conhecimento do verdadeiro Ser representa ainda a passagem do temporal ao eterno.
A última coisa que na região do conhecimento puro a alma aprende a ver, ‘com esforço’,
é a ideia do Bem. Mas, uma vez, que aprende a vê-la, tem necessariamente de chegar à
conclusão de que esta ideia é a causa de tudo o que no mundo existe de belo e justo, e
de que forçosamente deve tê-la contemplado quem quiser agir racionalmente tanto na
vida privada como na pública.” (p. 885-886)
 “(...) Platão aponta-a expressamente como uma alegoria da paidéia. Para falar mais
exatamente, apresenta-a [a alegoria da caverna] como uma alegoria da natureza humana
e da sua atitude perante a cultura e a incultura, a paidéia e a apaideusia.” (p. 887)
 “Faz-nos viver pelo sentimento a dinâmica deste pathos e põe em relevo, na
metamorfose operada na alma, a obra de libertação de conhecimento, que ele chama
paidéia, no mais alto sentido da palavra.” (p. 887-888)

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