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Sócrates

Método socrático deveres. Sócrates começava por chamar a


atenção de cada um para os seus interesses
O método socrático tinha como característica
levar cada indivíduo a refletir acerca dos seus
deveres. Sócrates começava por chamar a
atenção de cada um para os seus interesses pessoais ou domésticos, educação dos filhos,
pessoais ou domésticos, educação dos filhos, problemas da vida da cidade, questões relativas
problemas da vida da cidade, questões relativas ao saber. Levava em seguida os seus
ao saber. Levava em seguida os seus interlocutores quaisquer que eles fossem, a
interlocutores quaisquer que eles fossem, a extrair do caso particular o pensamento
extrair do caso particular o pensamento universal.
universal. Neste modelo o mestre parece nada saber. O
Neste modelo o mestre parece nada saber. O conhecimento poderia ser alcançado
conhecimento poderia ser alcançado conjuntamente pelo diálogo, instrumento
conjuntamente pelo diálogo, instrumento através do qual Sócrates despertava em seu
através do qual Sócrates despertava em seu interlocutor o poder do desenvolvimento do
interlocutor o poder do desenvolvimento do pensamento. Ao contrário dos sofistas, Sócrates
pensamento. Ao contrário dos sofistas, Sócrates não apresentava um saber pronto, mas ao
não apresentava um saber pronto, mas ao questionar seu aluno, fazia com que este
questionar seu aluno, fazia com que este encontrasse em si as respostas, delegando ao
encontrasse em si as respostas, delegando ao aluno um posicionamento ativo na busca do
aluno um posicionamento ativo na busca do conhecimento.
conhecimento.
Em geral, o método dialógico de Sócrates é
Em geral, o método dialógico de Sócrates é constituído por dois momentos fundamentais: a
constituído por dois momentos fundamentais: a ironia e a maiêutica.
ironia e a maiêutica.
Na maiêutica, o indíviduo é induzido por seu
Na maiêutica, o indíviduo é induzido por seu próprion raciocínio, ao conhecimento ou à
próprion raciocínio, ao conhecimento ou à solucão de sua dúvida. Surge então, um novo
solucão de sua dúvida. Surge então, um novo conhecimento, um aprofundamento que não
conhecimento, um aprofundamento que não chega ao conhecimento absoluto. O seu sentido
chega ao conhecimento absoluto. O seu sentido de humor confundia os seus interlocutores, que
de humor confundia os seus interlocutores, que acabavam por confessar a sua ignorância, da
acabavam por confessar a sua ignorância, da qual Sócrates extraía sabedoria.
qual Sócrates extraía sabedoria.
Na ironia se confunde o conhecimento sensível e
Na ironia se confunde o conhecimento sensível e o dogmático. Sócrates costumava iniciar uma
o dogmático. Sócrates costumava iniciar uma conversação fazendo perguntas e obtendo dessa
conversação fazendo perguntas e obtendo dessa forma opiniões do interlocutor, opiniões que ele
forma opiniões do interlocutor, opiniões que ele aparentemente aceitava. Depois, por meio de
aparentemente aceitava. Depois, por meio de um interrogatório hábil, desenvolvia as opiniões
um interrogatório hábil, desenvolvia as opiniões originais do tal interlocutor, mostrando a tolice
originais do tal interlocutor, mostrando a tolice e os absurdos das suas opiniões superficiais,
e os absurdos das suas opiniões superficiais, através das consequências contraditórias ou
através das consequências contraditórias ou absurdas destas mesmas opiniões e a confessar
absurdas destas mesmas opiniões e a confessar o seu erro ou a sua incapacidade para alcançar
o seu erro ou a sua incapacidade para alcançar uma conclusão satisfatória.
uma conclusão satisfatória. O método socrático tinha como característica
O método socrático tinha como característica levar cada indivíduo a refletir acerca dos seus
levar cada indivíduo a refletir acerca dos seus deveres. Sócrates começava por chamar a
atenção de cada um para os seus interesses um exame incessante de si próprio e dos outros,
pessoais ou domésticos, educação dos filhos, de si próprio em relação aos outros; dos outros
problemas da vida da cidade, questões relativas em relação a si próprio. Para Sócrates a
ao saber. Levava em seguida os seus primeira condição deste exame é
interlocutores quaisquer que eles fossem, a o reconhecimento da própria ignorância.
extrair do caso particular o pensamento Quando Sócrates conheceu a resposta do
universal. Oráculo que o proclamava o homem mais sábio
Neste modelo o mestre parece nada saber. O de todos, ele ficou surpreendido e andou a
conhecimento poderia ser alcançado interrogar os que pareciam sábios e deu-se
conjuntamente pelo diálogo, instrumento conta de que a sabedoria deles era nula. Então
através do qual Sócrates despertava em seu Sócrates compreendeu o significado do Oráculo:
interlocutor o poder do desenvolvimento do nenhum dos homens sabe verdadeiramente
pensamento. Ao contrário dos sofistas, Sócrates nada, mas é sábio apenas quem sabe que não
não apresentava um saber pronto, mas ao sabe, não quem se ilude com saber e ignora
questionar seu aluno, fazia com que este assim até a sua própria ignorância. E, na
encontrasse em si as respostas, delegando ao realidade, só quem sabe que não sabe procura
aluno um posicionamento ativo na busca do saber, enquanto os que crêem que estão na
conhecimento. posse de um saber fictício não são capazes da
Em geral, o método dialógico de Sócrates é investigação, não se preocupam consigo mesmo
constituído por dois momentos fundamentais: a e permanecem afastados do saber, da verdade e
ironia e a maiêutica. da virtude.

Moral
Maiêutica A ética de Sócrates reside no
conhecimento e na felicidade. Como assim
O indíviduo é induzido por seu próprion
conhecimento? Aquele que comete o mal crê
raciocínio, ao conhecimento ou à solucão de sua praticar algo que o leve à felicidade, por ter seu
dúvida. Surge então, um novo conhecimento, um juízo enganado por meros "achismos". Por isso é
aprofundamento que não chega ao preciso, antes, conhecer a si mesmo. Depois de
conhecimento absoluto. O seu sentido de humor dotado de conhecimento, aí, sim, valorar acerca
confundia os seus interlocutores, que acabavam do bem e do mal. A felicidade, para ele, não se
por confessar a sua ignorância, da qual Sócrates resumia a bens materiais, riquezas, conforto
ou status perante os demais homens. Conforme
extraía sabedoria.
Bittar e Almeida (p. 101): "O cultivo da
verdadeira virtude, consistente no controle
Ironia efetivo das paixões e na condução das forças
Se confunde o conhecimento sensível e o humanas para a realização do saber, é o que
dogmático. Sócrates costumava iniciar uma conduz o homem à felicidade." Sua ética é,
conversação fazendo perguntas e obtendo dessa portanto, teleológica, ou seja, tem como fim da
ação a felicidade.
forma opiniões do interlocutor, opiniões que ele
aparentemente aceitava. Depois, por meio de
Para Sócrates o coletivo tinha
um interrogatório hábil, desenvolvia as opiniões
primazia sobre o individual, mas se opunha à
originais do tal interlocutor, mostrando a tolice concepção de que Direito é a expressão dos mais
e os absurdos das suas opiniões superficiais, fortes, sendo melhor sofrer uma injustiça do que
através das consequências contraditórias ou cometê-la. A filosofia, de acordo com Sócrates, é
absurdas destas mesmas opiniões e a confessar buscar a maior perfeição possível seja na vida,
o seu erro ou a sua incapacidade para alcançar quanto na morte. "Para ele, a cidade e suas leis
são necessárias e respondem às exigências da
uma conclusão satisfatória.
natureza humana. A obediência às leis da cidade
é um dever sempre e para todos. Por isso
Conhece-te a i mesmo Sócrates submete-se à condenação da cidade,
O "EU" socrático tem como ponto de partida ainda que reconhecendo a injustiça de que é
para o conhecer a frase " conhece-te a ti vítima", disserta Leite (p. 24-25).
mesmo". Sócrates fez da filosofia Complementam Bittar e Almeida (p. 102): "E
isso porque a ética socrática não se aferra uma lei positiva (externa), mas somente criticá-
somente à lei e ao respeito dos deveres la, sem desobedecê-la, evitando, assim, o caos
humanos em si e por si. Transcende a isso tudo: por levar outras pessoas a desobedecê-la. Dizem
inscreve-se como uma ética que se atrela ao Bittar e Almeida (p. 108): "Em outras palavras,
porvir (post mortem). (...) Isso ainda significa para Sócrates, com base num juízo moral, não se
dizer que a verdade e a justiça devem ser podem derrogar leis positivas. O foro interior e
buscadas com vista em um fim maior, o bem individual deveria submeter-se ao exterior e
viver post mortem. E não há outra razão pela geral em benefício da coletividade." Prossegue
qual se deseje filosofar senão a de preparar-se Leite (p. 25): "Efetivamente, a justiça, para
para a morte." Sócrates, consiste no conhecimento e, portanto,
na observância das verdadeiras leis que regem
Embora tivesse conhecimento de que as relações entre os homens, tanto das leis da
a lei humana (nomos) – artifício humano e não cidade como das leis não-escritas. Segundo
da natureza – poderia ser justa ou injusta, Sócrates, que propugna pela obediência
Sócrates pregava a irrestrita obediência à lei. O incondicional às leis da cidade, o justo não se
Direito – conjunto de leis, em termos simplistas esgota no legal, posto que acima da justiça
– seria um instrumento de coesão social que humana existe uma justiça natural e divina."
levaria à realização do bem comum, entendido
como o "desenvolvimento integral de todas as Bittar e Almeida (p. 109) enumeram
potencialidades humanas, alcançadas por meio os motivos que levaram Sócrates a optar pelo
do cultivo das virtudes", ensinam Bittar e suicídio: "concatenação da lei moral com a
Almeida (p. 104). A lei seria elemento de ordem legislação cívica; o respeito às normas e
no todo da cidade (pólis) e, por isso, não deveria à religião que governavam a comunidade, no
ser contrariada, mesmo que se voltasse contra si sentido do sacrifício da parte pela subsistência
mesmo, sob pena de se instalar a desordem do todo; a importância e imperatividade da lei
social. "O homem integrado enquanto integrado em favor da coletividade e da ordem do todo; a
ao modo político de vida deve zelar pelo substituição do princípio da reciprocidade,
respeito absoluto, mesmo em detrimento da segundo o qual se respondia ao injusto com
própria vida, às leis comuns a todos, às normas injustiça, pelo princípio da anulação de um mal
políticas (nómos póleos)", completam Bittar e com o seu contrário, assim, da injustiça com um
Almeida (p. 106-107). ato de justiça; o reconhecimento da
sobrevivência da alma, para um julgamento
O indivíduo nas suas elucubrações definitivo pelos deuses, responsável pelo
poderia questionar os critérios de justiça de verdadeiro veredito dos atos humanos."

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