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Guia do

Professor
Novo FQ 8
Ciências Físico-Químicas
8.º Ano de Escolaridade

M. Neli G. C. Cavaleiro | M. Domingas Beleza

s'UIADE%XPLORAÎÍODE2ECURSOS-ULTIMÏDIA

s-ETAS#URRICULARES

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s'RELHASDE!POIOË!TIVIDADE$OCENTE

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Introdução

Este Guia do Professor foi concebido no intuito de auxiliar os professores na sua ati-
vidade, nomeadamente na preparação de aulas.

Inclui:
• A apresentação do projeto Novo FQ 8.

• Um guia de exploração dos recursos multimédia, disponíveis na versão de demons-


tração do .

• Documentos orientadores
– Metas Curriculares Ciências Físico-Químicas – 8.o ano (2013)
(referência fundamental para o desenvolvimento das atividades letivas, já que
nelas se clarifica o que nos Programas se deve eleger como prioridade, definindo
os conhecimentos a adquirir e as capacidades a desenvolver pelos alunos nos
diferentes anos de escolaridade.)
– Orientações Curriculares (2001)

• Um conjunto de grelhas que contemplam diferentes situações de avaliação.


A aprendizagem e a avaliação são componentes de um todo, tendo a avaliação a
principal função de promover a formação dos alunos. A avaliação deve estar per-
feitamente relacionada com as diferentes experiências de aprendizagem, tornando-
-se necessário recorrer a instrumentos de avaliação diversificados. Estas grelhas
estão também disponíveis, em formato editável, em .

Esperamos ter contribuído de forma válida para facilitar o seu trabalho.


AS AUTORAS

Índice

Apresentação do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

Guia de Exploração de Recursos Multimédia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Enquadramento Curricular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

1. Metas Curriculares (2013) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

2. Orientações Curriculares (2001) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

3. Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

2
Apresentação do Projeto

O projeto Novo FQ 8 contempla os seguintes componentes:

Para o Aluno Para o Professor


– Manual – Manual (Edição do Professor)
– Caderno de Atividades – Caderno de Atividades (Edição do Professor)
– www.fq8.asa.pt – Dossiê do Professor
– • Guia do Professor
• Planificações e Planos de Aula
• Testes e Questões
• Protocolos Experimentais
– www.fq8.asa.pt

Manual
Relativamente à edição anterior do projeto FQ, destaca-se que o manual Novo FQ 8 foi enriquecido com
mais exercícios (e mais diversificados) e com atividades laboratoriais, tornando assim a sua utilização
em sala de aula mais prática e funcional.
O manual encontra-se organizado em três domínios temáticos: “Reações Químicas”, “Som” e
“Luz”. Estes domínios temáticos são apresentados em vários capítulos. Cada capítulo inicia-se com a espe-
cificação dos objetivos a atingir e com o “Ponto de Partida”, que permite fazer uma contextualização.
Segue-se a abordagem dos conteúdos, estruturada em 25 subcapítulos. Cada subcapítulo termina com
uma síntese e um conjunto diversificado de propostas de exercícios e atividades. No final de cada
domínio temático é disponibilizado um mapa de conceitos e um teste global.

Manual – Edição do Professor


Em banda lateral, soluções para todas as atividades propostas, identificação das Metas Curriculares traba-
lhadas em cada página e remissões para os recursos multimédia do projeto.

Caderno de Atividades
Este recurso inclui 25 fichas, uma por cada subcapítulo do manual, para consolidação das aprendizagens.
As fichas estão divididas em duas partes:
Parte I – atividades que permitem praticar de forma lúdica.
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

Parte II – exercícios de tipologia diversa – escolha múltipla, verdadeiro e falso – respostas que envolvem
cálculos, respostas longas, etc.
No final, apresentam-se as soluções de todas as fichas.

Caderno de Atividades – Edição do Professor


A Edição do Professor difere da do Aluno por apresentar propostas de solução inseridas nas próprias fichas
e não no final da publicação.

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Dossiê do Professor
Guia do Professor
Reúne um conjunto de documentos vocacionados para apoiar o professor na sua atividade, nomeadamente:
• Enquadramento curricular
Metas Curriculares
Orientações Curriculares
• Grelhas de suporte à avaliação e modelo para elaboração de relatório*
* As grelhas de avaliação encontram-se disponíveis, em formato editável, em .

Planificações e Planos de Aula


Inclui uma proposta de planificação anual e uma planificação a médio prazo.
Contempla ainda 79 planos de aula, que abarcam todos os conteúdos das Metas Curriculares e que
evidenciam a articulação entre todos os componentes do projeto. Estes planos estão disponíveis, em for-
mato editável, em , para que o professor os possa adaptar ao seu grupo-turma.

Testes e Questões
Inclui:
• um teste de avaliação de diagnóstico
• seis testes de avaliação sumativa (dois para cada período letivo)
• seis testes para alunos com NEE
• banco de questões de escolha múltipla, onde o professor poderá encontrar elementos para construir
instrumentos de avaliação formativa.
• propostas de resolução/soluções.
Estes materiais encontram-se disponíveis, em formato editável, em .

Protocolos Experimentais
Com o intuito de facilitar a execução de atividades laboratoriais, são disponibilizados ao professor quatro
conjuntos de protocolos de atividades experimentais, plastificados, podendo ser distribuídos aos gru-
pos de trabalho para utilização em laboratório.

20 Aula Digital
Esta plataforma possibilita a fácil exploração do projeto Novo FQ 8 permitindo:
• a projeção e exploração das páginas do manual em sala de aula;
• o acesso a um vasto conjunto de conteúdos multimédia integrados com o manual:
Animações (18) – permitem uma transmissão de conceitos mais dinâmica e interativa.
Como complemento, são apresentadas atividades de consolidação.

• Átomos e elementos químicos (disponível na • Atributos do som


versão de demonstração) • O espetro sonoro
• Substâncias e misturas • Fenómenos acústicos
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

• Formação de iões • Luz visível e não visível


• As combustões e a poluição atmosférica • Espetro eletromagnético
• Ácidos e bases no dia a dia e no laboratório • A luz como onda
• Reações de ácido-base • Reflexão da luz
• Como alterar a velocidade de uma reação • Refração da luz (disponível na versão de
• Propagação do som demonstração)
• Características de uma onda • Dispersão da luz

4
Animações 3D (4) – estas animações, para além de serem um modo dinâmico e interativo de trans-
mitir conteúdos, dão uma perspetiva tridimensional, logo mais real, aos conceitos, por vezes abstra-
tos, apresentados nas aulas.

• Laboratório 3D • Ouvido humano em 3D


• Moléculas 3D • O olho em 3D
(disponível na versão de demonstração)

Simulações (9) – este tipo de recursos permite simular e manipular variáveis, de forma a propor-
cionar uma melhor aprendizagem, do aluno, de conteúdos mais abstratos e complexos.

• Pressão, volume e temperatura de um gás • Formação de imagens em espelhos


• Determinação do pH de soluções • Formação de imagens em lentes
• Reações de precipitação (disponível na versão de demonstração)
• A velocidade de propagação do som • Correção de defeitos de visão
• Visualização de ondas sonoras num osciloscópio • A cor dos objetos

Atividades (3) – permitem a consolidação dos principais conceitos de forma lúdica e interativa.

• Acerto de equações químicas • Aplica o que aprendeste


• Representação gráfica de ondas (disponível na versão de demonstração)

Vídeos (24) – para todas as atividades práticas/laboratoriais, de modo a complementar e enriquecer


as atividades experimentais propostas ao longo do manual.

Mapas de conceitos (3) – um para cada domínio.

Apresentações em PowerPoint (25) – apresentação, de forma sintetizada, de alguns aspetos par-


ticularmente importantes dos conteúdos estudados.

Testes interativos (28) – testes interativos para o aluno, disponíveis por cada subcapítulo do ma-
nual, e três testes interativos exclusivos do professor, disponíveis por cada domínio do manual.

Grelhas de avaliação em formato editável

Imagens e soluções projetáveis

Links internet

• a disponibilização dos Planos de Aula, em formato Word, para que o professor os possa adaptar de
acordo com as características de cada turma:
– selecionando, de entre os recursos digitais propostos em cada plano, os mais pertinentes;
– personalizando os Planos de Aula com outros recursos;

• a avaliação dos alunos:


Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

– utilização de testes predefinidos ou criação de novos a partir de uma base de cerca de 185 questões;
– impressão de testes para distribuição;

• a troca de mensagens e a partilha de recursos com os alunos.

5
Guia de Exploração de Recursos Multimédia
Versão completa disponível em

Em encontra-se, a partir de setembro de 2014, um Guia de Exploração para os Recursos Multimédia


que integram o projeto Novo FQ 8. Disponibilizamos aqui uma pequena demonstração desse Guia.

Página Recurso Metas Sugestões de exploração

9 Natureza corpuscular da matéria 1.1 Indicar que • Utilizar a apresentação como


a matéria é constituída suporte à explicação dos
por corpúsculos conteúdos ou, em alternativa,
submicroscópicos como síntese dos conteúdos
(átomos, moléculas abordados.
e iões) com base na
análise de imagens
fornecidas, obtidas
experimentalmente.

1.2 Indicar que os


átomos, moléculas
ou iões estão em
incessante movimento,
existindo espaço vazio
entre eles.
Apresentação em PowerPoint sobre os seguintes
conteúdos: 1.3 Interpretar a
– De que é feita a matéria; diferença entre sólidos,
– Evidências experimentais da existência líquidos e gases com
de corpúsculos; base na liberdade
– Os corpúsculos e os estados físicos da matéria. de movimentos
e proximidade entre
os corpúsculos que
os constituem.

11 A temperatura e a agitação 1.2 Indicar que • Contextualizar a experiência


dos corpúsculos os átomos, moléculas da página 11 do manual através
ou iões estão em da primeira secção do recurso.
incessante movimento
existindo espaço vazio
entre eles. • Identificar material/reagentes
a utilizar através da realização
da atividade onde se associa
o nome ao material/reagentes
respetivos.

• A 3.a secção do recurso


corresponde ao vídeo
experimental que permite
Vídeo experimental: inicia-se o recurso com um esclarecer possíveis dúvidas
enquadramento teórico, exploram-se os materiais surgidas aquando da realização
de laboratório e reagentes a utilizar. O procedimento da experiência. A visualização
experimental é demonstrado através de um vídeo do vídeo pode também ser feita
e, no final, apresentam-se atividades de consolidação. após a realização da experiência
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

em sala de aula, auxiliando


no processo de interpretação
dos resultados obtidos.

• As atividades disponíveis
na última secção do recurso
ajudam a tirar conclusões
da experiência realizada.

6
Página Recurso Metas Sugestões de exploração

22 Átomos e moléculas 1.6 Descrever • Utilizar a apresentação como


a constituição dos suporte à explicação dos
átomos com base conteúdos ou, em alternativa,
em partículas mais como síntese dos conteúdos
pequenas (protões, abordados.
neutrões e eletrões)
e concluir que são
eletricamente neutros.

1.7 Indicar que existem


diferentes tipos
de átomos e que
átomos do mesmo tipo
são de um mesmo
elemento químico,
que se representa por
um símbolo químico
Apresentação em PowerPoint sobre os seguintes universal.
conteúdos:
1.8 Associar nomes
– Como são os átomos; de elementos a
– Átomos, elementos e símbolos químicos; símbolos químicos para
– As moléculas; alguns elementos
(H, C, O, N, Na, K, Ca,
– Moléculas e fórmulas químicas. Mg, Al, Cl, S).

1.9 Definir molécula


como um grupo de
átomos ligados entre si.

1.10 Descrever
a composição
qualitativa
e quantitativa
de moléculas a partir
de uma fórmula
química e associar
essa fórmula
à representação
da substância
e da respetiva unidade
estrutural.

22 Átomos e elementos químicos 1.6 Descrever • Descrever a constituição dos


a constituição dos átomos utilizando a animação
átomos com base da primeira secção.
em partículas mais
pequenas (protões,
neutrões e eletrões) • Alterar o número de protões
e concluir que são para observar a alteração
eletricamente neutros. de elemento no modelo
representado e no símbolo
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

químico.
1.7 Indicar que existem
diferentes tipos
de átomos e que • Realizar as atividades finais
átomos do mesmo tipo do recurso com vista
Animação que inicia com uma breve introdução à consolidação
são de um mesmo
sobre a constituição dos átomos, sendo possível de conhecimentos.
elemento químico, que
de seguida alterar o número de protões e observar
se representa por
as alterações no modelo e no símbolo químico.
um símbolo químico
No final estão disponíveis atividades de consolidação.
universal.

7
Página Recurso Metas Sugestões de exploração

24 Moléculas 3D 1.9 Definir molécula • Iniciar a exploração com


como um grupo a apresentação de diferentes
de átomos ligados moléculas.
entre si.
• Clicar em cada uma delas
1.10 Descrever para ter acesso à informação
a composição disponível: classificação quanto
qualitativa e ao número de átomos, descrição
quantitativa de da composição quantitativa e
moléculas a partir qualitativa e fórmula química.
de uma fórmula Também é possível rodar o
química e associar modelo de cada molécula para
essa fórmula observar os átomos que a
Animação 3D onde estão disponíveis modelos à representação constituem.
a três dimensões de diferentes moléculas, da substância e da
a respetiva fórmula química e a composição. respetiva unidade
estrutural. • Este recurso também pode ser
utilizado para fazer a associação
de cada modelo ao tipo de
substância elementar ou
composta que lhe corresponde.

212 Refração da luz 2.13 Definir refração • Utilizar a apresentação como


da luz, representar suporte à explicação dos
geometricamente esse conteúdos ou, em alternativa,
fenómeno em várias como síntese dos conteúdos
situações (ar-vidro, abordados.
ar-água, vidro-ar e
água-ar) e associar
o desvio da luz
à alteração da sua
velocidade.

2.14 Concluir que a luz,


quando se propaga
num meio transparente
e incide na superfície
de separação de outro
Apresentação em PowerPoint sobre os seguintes meio transparente,
conteúdos: sofre reflexão,
absorção e refração,
– O que é a refração da luz; representando
– Reflexão e absorção que acompanham a refração; a reflexão e a refração
– A refração da luz no dia a dia. num só esquema.

2.15 Concluir que a luz


refratada é menos
intensa do que a luz
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

incidente.

2.16 Dar exemplos


de refração da luz
no dia a dia.

8
Página Recurso Metas Sugestões de exploração

212 Refração da luz 2.13 Definir refração • Utilizar a primeira secção do


da luz, representar recurso para explicar a refração
geometricamente esse da luz.
fenómeno em várias
situações (ar-vidro,
ar-água, vidro-ar • A 2.a secção do recurso permite
e água-ar) e associar selecionar dois meios
o desvio da luz transparentes diferentes
à alteração da sua e observar a mudança de
velocidade. direção do raio de luz, o que
corresponde à refração. Permite
também selecionar dois meios
iguais para explicar que não
ocorre refração da luz.
Animação que inicia com uma breve introdução
sobre a refração da luz, sendo possível observar,
de seguida, a representação geométrica de um raio • Utilizando a 2.a secção é possível
de luz que atravessa dois meios transparentes. comparar as amplitudes dos
No final estão disponíveis atividades de consolidação. ângulos de incidência e de
refração.

• Realizar as atividades finais


do recurso com vista
à consolidação de
conhecimentos.

214 Verificação experimental da refração 2.14 Concluir que a luz, • Contextualizar a experiência
da luz acompanhada de reflexão quando se propaga da página 214 do manual
num meio transparente através da primeira secção
e incide na superfície do recurso.
de separação de outro
meio transparente,
sofre reflexão, • Identificar material a utilizar
absorção e refração, através da realização
representando da atividade onde se associa
a reflexão e a refração o nome ao material respetivo.
num só esquema.
• A 3.a secção do recurso
corresponde ao vídeo
experimental que permite
Vídeo experimental: inicia-se o recurso com esclarecer possíveis dúvidas
um enquadramento teórico, exploram-se os materiais surgidas aquando da realização
de laboratório a utilizar. O procedimento experimental da experiência. A visualização
é demonstrado através de um vídeo e, no final, do vídeo pode também ser feita
apresentam-se atividades de consolidação. após a realização da experiência
em sala de aula, auxiliando
no processo de interpretação
dos resultados obtidos.
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

• As atividades disponíveis
na última secção do recurso
ajudam a tirar conclusões
da experiência realizada.

9
Página Recurso Metas Sugestões de exploração

222 Formação de imagens em lentes 2.17 Distinguir, pela • Utilizar a 1.a secção do recurso
observação e em para identificar lentes
esquemas, lentes convergentes e divergentes
convergentes (convexas, em objetos do dia a dia.
bordos delgados) de lentes Concluir que numa lente
divergentes (côncavas, convergente um feixe de luz
bordos espessos). incidente origina um feixe
de luz convergente num ponto
2.18 Concluir quais são as (foco real). E que numa lente
características das imagens divergente um feixe de luz
formadas com lentes incidente origina um feixe
convergentes ou de luz divergente de um ponto
Simulação constituída por uma secção que divergentes a partir da sua (foco virtual).
explora os tipos de lentes que existem em objetos observação numa atividade
do dia a dia e a representação esquemática dos no laboratório. • A 2.a secção do recurso
raios que incidem nessas lentes. A interação com permite selecionar um tipo
um objeto permite observar diferentes imagens de lente e um objeto que é
em cada tipo de lentes. No final estão disponíveis possível deslocar em relação
atividades de consolidação. à lente, para observar a imagem
que se forma em cada caso.

• Realizar as atividades finais


do recurso com vista
à consolidação
de conhecimentos.

236 A luz 1. Compreender fenómenos • Utilizar o mapa de conceitos


do dia em dia em que no final do domínio “Luz” para
intervém a luz (visível e não uma revisão dos conteúdos
visível) e reconhecer que lecionados e para sintetizar
a luz é uma onda as principais ideias abordadas.
eletromagnética,
caracterizando-a.

2. Compreender alguns
fenómenos óticos
e algumas das suas
aplicações e recorrer
Mapa de conceitos: recurso que sintetiza, a modelos da ótica
de forma esquemática, os principais conceitos geométrica para os
do domínio “Luz”. representar.

238 Aplica o que aprendeste 1. Compreender fenómenos • Este recurso pode ser utilizado
do dia em dia em que para revisão dos conceitos
intervém a luz (visível e não abordados apenas num dos
visível) e reconhecer que domínios ou nos três domínios
a luz é uma onda de Ciências Físico-Químicas.
eletromagnética, O utilizador deve selecionar
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

caracterizando-a. o domínio pretendido, por


exemplo, “Luz”, para lhe
2. Compreender alguns aparecerem apenas perguntas
fenómenos óticos sobre a Luz durante o jogo.
e algumas das suas O utilizador deve selecionar
aplicações e recorrer todos os domínios quando
Atividade em que o utilizador, depois de selecionar
a modelos da ótica pretende que lhe apareçam
o(s) domínio(s) que pretende abordar, responde
geométrica para os perguntas dos três domínios.
a questões ao longo de um jogo de tabuleiro.
representar.

10
Enquadramento Curricular

Para a lecionação da disciplina de Ciências Físico-Químicas no Ensino Básico estão


disponíveis atualmente dois documentos orientadores:
• Metas Curriculares, homologadas pelo Despacho 5122/2013 em abril de 2013
• Orientações Curriculares, publicadas em 2001

A recente publicação das Metas Curriculares não visa anular as Orientações Cur-
riculares. O objetivo é traduzir “… o essencial da aprendizagem que os alunos devem
alcançar, pelo que os professores poderão ir além do que aqui está indicado.”1
Ao nível do 8.o ano, a alteração mais significativa introduzida pelas Metas Curricu-
lares foi a eliminação dos conteúdos relativos à Mudança Global, cuja lecionação dei-
xou de ser obrigatória.
O que é obrigatório e constitui objeto de avaliação interna e externa é especificado
no documento das Metas Curriculares, não sendo de excluir a hipótese de os profes-
sores que tenham tempo disponível abordarem outros tópicos que constam das Orien-
tações Curriculares. Por esta razão optámos por transcrever os dois documentos neste
Guia do Professor, facilitando a realização de uma leitura comparada.
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

1
Metas Curriculares, p. 1.

11
Metas Curriculares (2013)

As Metas Curriculares têm por base os elementos essenciais das Orientações Curriculares para o 3.o Ciclo
do Ensino Básico: Ciências Físicas e Naturais. Os objetivos gerais, pormenorizados por descritores, estão or-
ganizados por domínios e subdomínios temáticos, de acordo com a seguinte estrutura:
Domínio
Subdomínio
Objetivo geral
1. Descritor
2. Descritor

Chama-se a atenção para a obrigatoriedade dos descritores com conteúdos de caráter experimental.
As Metas Curriculares traduzem o essencial da aprendizagem que os alunos devem alcançar, pelo que os
professores poderão ir além do indicado. Embora seja preconizada uma sequência de domínios, objetivos e
descritores, procurando respeitar práticas letivas consolidadas, para cumprir os mesmos objetivos pode ser
utilizada uma outra ordem.

Domínios e subdomínios por ano de escolaridade


Ano Domínio Subdomínio
Espaço Universo
Sistema Solar
Distâncias no Universo
A Terra, a Lua e forças gravíticas
Materiais Constituição do mundo material
7.o
Substâncias e misturas
Transformações físicas e químicas
Propriedades físicas e químicas dos materiais
Separação das substâncias de uma mistura
Energia Fontes de energia e transferências de energia
Reações químicas Explicação e representação de reações químicas
Tipos de reações químicas
Velocidade das reações químicas
Som Produção e propagação do som
8. o Som e ondas
Atributos do som e sua deteção pelo ser humano
Fenómenos acústicos
Luz Ondas de luz e sua propagação
Fenómenos óticos
Movimento e forças Movimentos na Terra
Forças e movimentos
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

Forças, movimentos e energia


Forças e fluidos
9.o Eletricidade Corrente elétrica e circuitos elétricos
Efeitos da corrente elétrica e energia elétrica
Classificação dos Estrutura atómica
materiais Propriedades dos materiais e Tabela Periódica
Ligação química

12
Reações químicas
Explicação e representação de reações químicas
1. Reconhecer a natureza corpuscular da matéria e a diversidade de materiais através das unidades es-
truturais das suas substâncias; compreender o significado da simbologia química e da conservação da
massa nas reações químicas.
1.1 Indicar que a matéria é constituída por corpúsculos submicroscópicos (átomos, moléculas e iões) com
base na análise de imagens fornecidas, obtidas experimentalmente.
1.2 Indicar que os átomos, moléculas ou iões estão em incessante movimento existindo espaço vazio entre
eles.
1.3 Interpretar a diferença entre sólidos, líquidos e gases com base na liberdade de movimentos e proximi-
dade entre os corpúsculos que os constituem.
1.4 Associar a pressão de um gás à intensidade da força que os corpúsculos exercem, por unidade de área,
na superfície do recipiente onde estão contidos.
1.5 Relacionar, para a mesma quantidade de gás, variações de temperatura, de pressão ou de volume man-
tendo, em cada caso, constante o valor de uma destas grandezas.
1.6 Descrever a constituição dos átomos com base em partículas mais pequenas (protões, neutrões e ele-
trões) e concluir que são eletricamente neutros.
1.7 Indicar que existem diferentes tipos de átomos e que átomos do mesmo tipo são de um mesmo ele-
mento químico, que se representa por um símbolo químico universal.
1.8 Associar nomes de elementos a símbolos químicos para alguns elementos (H, C, O, N, Na, K, Ca, Mg,
Al, Cl, S).
1.9 Definir molécula como um grupo de átomos ligados entre si.
1.10 Descrever a composição qualitativa e quantitativa de moléculas a partir de uma fórmula química e as-
sociar essa fórmula à representação da substância e da respetiva unidade estrutural.
1.11 Classificar as substâncias em elementares ou compostas a partir dos elementos constituintes, das fór-
mulas químicas e, quando possível, do nome das substâncias.
1.12 Definir ião como um corpúsculo com carga elétrica positiva (catião) ou negativa (anião) que resulta de
um átomo ou grupo de átomos que perdeu ou ganhou eletrões e distinguir iões monoatómicos de iões
poliatómicos.
1.13 Indicar os nomes e as fórmulas de iões mais comuns (Na+, K+ , Ca2+, Mg2+, Aᐉ3+, NH4+, Cᐉ−, SO42−, NO3− ,
CO32−, PO43−, OH−, O2−).
1.14 Escrever uma fórmula química a partir do nome de um sal ou indicar o nome de um sal a partir da sua
fórmula química.
1.15 Concluir, a partir de representações de modelos de átomos e moléculas, que nas reações químicas há
rearranjos dos átomos dos reagentes que conduzem à formação de novas substâncias, conservando-se
o número total de átomos de cada elemento.
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

1.16 Indicar o contributo de Lavoisier para o estudo das reações químicas.


1.17 Verificar, através de uma atividade laboratorial, o que acontece à massa total das substâncias envolvidas
numa reação química em sistema fechado.
1.18 Concluir que, numa reação química, a massa dos reagentes diminui e a massa dos produtos aumenta,
conservando-se a massa total, associando este comportamento à lei da conservação da massa (lei de
Lavoisier).
1.19 Representar reações químicas através de equações químicas, aplicando a lei da conservação da massa.

13
Tipos de reações químicas
2. Conhecer diferentes tipos de reações químicas, representando-as por equações químicas.
2.1 Identificar, em reações de combustão no dia a dia e em laboratório, os reagentes e os produtos da reação,
distinguindo combustível e comburente.
2.2 Representar reações de combustão, realizadas em atividades laboratoriais, por equações químicas.
2.3 Associar as reações de combustão, a corrosão de metais e a respiração a um tipo de reações químicas
que se designam por reações de oxidação-redução.
2.4 Identificar, a partir de informação selecionada, reações de combustão relacionadas com a emissão de
poluentes para a atmosfera (óxidos de enxofre e nitrogénio) e referir consequências dessas emissões e
medidas para minimizar os seus efeitos.
2.5 Dar exemplos de soluções aquosas ácidas, básicas e neutras existentes no laboratório e em casa.
2.6 Classificar soluções aquosas em ácidas, básicas (alcalinas) ou neutras, com base no comportamento
de indicadores colorimétricos (ácido-base).
2.7 Distinguir soluções ácidas de soluções básicas usando a escala de Sorensen.
2.8 Determinar o caráter ácido, básico ou neutro de soluções aquosas com indicadores colorimétricos, e
medir o respetivo pH com indicador universal e medidor de pH.
2.9 Ordenar soluções aquosas por ordem crescente ou decrescente de acidez ou de alcalinidade, dado o
valor de pH de cada solução.
2.10 Prever se há aumento ou diminuição de pH quando se adiciona uma solução ácida a uma solução básica
ou vice-versa.
2.11 Identificar ácidos e bases comuns: HCᐉ, H2SO4, HNO3, H3PO4, NaOH, KOH, Ca(OH)2, Mg(OH)2.
2.12 Classificar as reações que ocorrem, em solução aquosa, entre um ácido e uma base como reações
ácido-base e indicar os produtos dessa reação.
2.13 Representar reações ácido-base por equações químicas.
2.14 Concluir que certos sais são muito solúveis ao passo que outros são pouco solúveis em água.
2.15 Classificar como reações de precipitação as reações em que ocorre a formação de sais pouco solúveis
em água (precipitados).
2.16 Identificar reações de precipitação, no laboratório e no ambiente (formação de estalactites e de esta-
lagmites).
2.17 Representar reações de precipitação, realizadas em atividades laboratoriais, por equações químicas.
2.18 Associar águas duras a soluções aquosas com elevada concentração em sais de cálcio e de magnésio.
2.19 Relacionar, a partir de informação selecionada, propriedades da água com a sua dureza, referindo conse-
quências do seu uso industrial e doméstico, e identificando processos usados no tratamento de águas duras.

Velocidade das reações químicas


3. Compreender que as reações químicas ocorrem a velocidades diferentes, que é possível modificar e
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

controlar.
3.1 Associar a velocidade de uma reação química à rapidez com que um reagente é consumido ou um pro-
duto é formado.
3.2 Identificar os fatores que influenciam a velocidade das reações químicas e dar exemplos do dia a dia ou
laboratoriais em que esses fatores são relevantes.
3.3 Identificar a influência que a luz pode ter na velocidade de certas reações químicas, justificando o uso
de recipientes escuros ou opacos na proteção de alimentos, medicamentos e reagentes.

14
3.4 Concluir, através de uma atividade experimental, quais são os efeitos, na velocidade de reações quími-
cas, da concentração dos reagentes, da temperatura, do estado de divisão do(s) reagente(s) sólido(s) e
da presença de um catalisador apropriado.
3.5 Associar os antioxidantes e os conservantes a inibidores utilizados na conservação de alimentos.
3.6 Indicar que os catalisadores e os inibidores não são consumidos nas reações químicas, mas podem per-
der a sua atividade.
3.7 Interpretar a variação da velocidade das reações com base no controlo dos fatores que a alteram.

Som
Produção e propagação do som
1. Conhecer e compreender a produção e a propagação do som.
1.1 Indicar que uma vibração é o movimento repetitivo de um corpo, ou parte dele, em torno de uma posição
de equilíbrio.
1.2 Concluir, a partir da observação, que o som é produzido por vibrações de um material (fonte sonora) e
identificar as fontes sonoras na voz humana e em aparelhos musicais.
1.3 Definir frequência da fonte sonora, indicar a sua unidade SI e determinar frequências nessa unidade.
1.4 Indicar que o som se propaga em sólidos, líquidos e gases com a mesma frequência da respetiva fonte
sonora, mas não se propaga no vácuo.
1.5 Explicar que a transmissão do som no ar se deve à propagação do movimento vibratório em sucessivas
camadas de ar, surgindo, alternadamente, zonas de menor densidade do ar (zonas de rarefação, com
menor pressão) e zonas de maior densidade do ar (zonas de compressão, com maior pressão).
1.6 Explicar que, na propagação do som, as camadas de ar não se deslocam ao longo do meio, apenas trans-
ferem energia de umas para outras.
1.7 Associar a velocidade do som num dado material com a rapidez com que ele se propaga, interpretando
o seu significado através da expressão v = d .
Δt
1.8 Interpretar tabelas de velocidade do som em diversos materiais ordenando valores da velocidade de
propagação do som nos sólidos, líquidos e gases.
1.9 Definir acústica como o estudo do som.

Som e ondas
2. Compreender fenómenos ondulatórios num meio material como a propagação de vibrações mecânicas
nesse meio, conhecer grandezas físicas características de ondas e reconhecer o som como onda.
2.1 Concluir, a partir da produção de ondas na água, numa corda ou numa mola, que uma onda resulta da
propagação de uma vibração.
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

2.2 Identificar, num esquema, a amplitude de vibração em ondas na água, numa corda ou numa mola.
2.3 Indicar que uma onda é caracterizada por uma frequência igual à frequência da fonte que origina a vibração.
2.4 Definir o período de uma onda, indicar a respetiva unidade SI e relacioná-lo com a frequência da onda.
2.5 Relacionar períodos de ondas em gráficos que mostrem a periodicidade temporal de uma qualquer
grandeza física, assim como as frequências correspondentes.
2.6 Indicar que o som no ar é uma onda de pressão (onda sonora) e identificar, num gráfico pressão-tempo,
a amplitude (da pressão) e o período.

15
Atributos do som e sua deteção pelo ser humano
3. Conhecer os atributos do som, relacionando-os com as grandezas físicas que caracterizam as ondas, e
utilizar detetores de som.
3.1 Indicar que a intensidade, a altura e o timbre de um som são atributos que permitem distinguir sons.
3.2 Associar a maior intensidade de um som a um som mais forte.
3.3 Relacionar a intensidade de um som no ar com a amplitude da pressão num gráfico pressão-tempo.
3.4 Associar a altura de um som à sua frequência, identificando sons altos com sons agudos e sons baixos
com sons graves.
3.5 Comparar, usando um gráfico pressão-tempo, intensidades de sons ou alturas de sons.
3.6 Associar um som puro ao som emitido por um diapasão, caracterizado por uma frequência bem definida.
3.7 Indicar que um microfone transforma uma onda sonora num sinal elétrico.
3.8 Comparar intensidades e alturas de sons emitidos por diapasões a partir da visualização de sinais
obtidos em osciloscópios ou em programas de computador.
3.9 Determinar períodos e frequências de ondas sonoras a partir dos sinais elétricos correspondentes, com
escalas temporais em segundos e milissegundos.
3.10 Concluir, a partir de uma atividade experimental, se a altura de um som produzido pela vibração de um
fio ou lâmina, com uma extremidade fixa, aumenta ou diminui com a respetiva massa e comprimento.
3.11 Concluir, a partir de uma atividade experimental, se a altura de um som produzido pela vibração de uma
coluna de ar aumenta ou diminui quando se altera o seu comprimento.
3.12 Identificar sons complexos (sons não puros) a partir de imagens em osciloscópios ou programas de
computador.
3.13 Definir timbre como o atributo de um som complexo que permite distinguir sons com as mesmas in-
tensidade e altura mas produzidos por diferentes fontes sonoras.
4. Compreender como o som é detetado pelo ser humano.
4.1 Identificar o ouvido humano como um recetor de som, indicar as suas partes principais e associar-lhes
as respetivas funções.
4.2 Concluir que o ouvido humano só é sensível a ondas sonoras de certas frequências (sons audíveis), e
que existem infrassons e ultrassons, captados por alguns animais, localizando-os no espetro sonoro.
4.3 Definir nível de intensidade sonora como a grandeza física que se mede com um sonómetro, se expressa
em decibéis e se usa para descrever a resposta do ouvido humano.
4.4 Definir limiares de audição e de dor, indicando os respetivos níveis de intensidade sonora, e interpretar
audiogramas.
4.5 Medir níveis de intensidade sonora com um sonómetro e identificar fontes de poluição sonora.

Fenómenos acústicos
5. Compreender alguns fenómenos acústicos e suas aplicações e fundamentar medidas contra a poluição
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

sonora.
5.1 Definir reflexão do som e esquematizar o fenómeno.
5.2 Concluir que a reflexão de som numa superfície é acompanhada por absorção de som e relacionar a in-
tensidade do som refletido com a do som incidente.
5.3 Associar a utilização de tecidos, esferovite ou cortiça à absorção sonora, ao contrário das superfícies
polidas que são muito refletoras.
5.4 Explicar o fenómeno do eco.

16
5.5 Distinguir eco de reverberação e justificar o uso de certos materiais nas paredes das salas de espetá-
culo.
5.6 Interpretar a ecolocalização nos animais, o funcionamento do sonar e as ecografias como aplicações
da reflexão do som.
5.7 Definir a refração do som pela propagação da onda sonora em diferentes meios, com alteração de di-
reção, devido à mudança de velocidades de propagação.
5.8 Concluir que o som refratado é menos intenso do que o som incidente.
5.9 Indicar que os fenómenos de reflexão, absorção e refração do som podem ocorrer simultaneamente.
5.10 Dar exemplos e explicar medidas de prevenção da poluição sonora, designadamente o isolamento acústico.

Luz
Ondas de luz e sua propagação
1. Compreender fenómenos do dia em dia em que intervém a luz (visível e não visível) e reconhecer que a
luz é uma onda eletromagnética, caracterizando-a.
1.1 Distinguir, no conjunto dos vários tipos de luz (espetro eletromagnético), a luz visível da luz não visível.
1.2 Associar escuridão e sombra à ausência de luz visível e penumbra à diminuição de luz visível por inter-
posição de um objeto.
1.3 Distinguir corpos luminosos de iluminados, usando a luz visível, e dar exemplos da astronomia e do dia
a dia.
1.4 Dar exemplos de objetos tecnológicos que emitem ou recebem luz não visível e concluir que a luz trans-
porta energia e, por vezes, informação.
1.5 Indicar que a luz, visível e não visível, é uma onda (onda eletromagnética ou radiação eletromagnética).
1.6 Distinguir ondas mecânicas de ondas eletromagnéticas, dando exemplos de ondas mecânicas (som,
ondas de superfície na água, numa corda e numa mola).
1.7 Associar à luz as seguintes grandezas características de uma onda num dado meio: período, frequência
e velocidade de propagação.
1.8 Identificar luz de diferentes frequências no espetro eletromagnético, nomeando os tipos de luz e orde-
nando-os por ordem crescente de frequências, e dar exemplos de aplicações no dia a dia.
1.9 Indicar que a velocidade máxima com que a energia ou a informação podem ser transmitidas é a velo-
cidade da luz no vácuo, uma ideia proposta por Einstein.
1.10 Distinguir materiais transparentes, opacos ou translúcidos à luz visível e dar exemplos do dia a dia.
1.11 Concluir que a luz visível se propaga em linha reta e justificar as zonas de sombra com base nesta pro-
priedade.
1.12 Definir ótica como o estudo da luz.
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

Fenómenos óticos
2. Compreender alguns fenómenos óticos e algumas das suas aplicações e recorrer a modelos da ótica
geométrica para os representar.
2.1 Representar a direção de propagação de uma onda de luz por um raio de luz.
2.2 Definir reflexão da luz, enunciar e verificar as suas leis numa atividade laboratorial, aplicando-as no tra-
çado de raios incidentes e refletidos.

17
2.3 Associar a reflexão especular à reflexão da luz em superfícies polidas e a reflexão difusa à reflexão da
luz em superfícies rugosas, indicando que esses fenómenos ocorrem em simultâneo, embora predomine
um.
2.4 Explicar a nossa visão dos corpos iluminados a partir da reflexão da luz.
2.5 Interpretar a formação de imagens e a menor ou maior nitidez em superfícies com base na predomi-
nância da reflexão especular ou da reflexão difusa.
2.6 Concluir que a reflexão da luz numa superfície é acompanhada por absorção e relacionar, justificando,
as intensidades da luz refletida e da luz incidente.
2.7 Dar exemplos de objetos e instrumentos cujo funcionamento se baseia na reflexão da luz (espelhos,
caleidoscópios, periscópios, radar, etc.).
2.8 Distinguir imagem real de imagem virtual.
2.9 Aplicar as leis da reflexão na construção geométrica de imagens em espelhos planos e caracterizar es-
sas imagens.
2.10 Identificar superfícies polidas curvas que funcionam como espelhos no dia a dia, distinguir espelhos
côncavos de convexos e dar exemplos de aplicações.
2.11 Concluir, a partir da observação, que a luz incidente num espelho côncavo origina luz convergente num
ponto (foco real) e que a luz incidente num espelho convexo origina luz divergente de um ponto (foco
virtual).
2.12 Caracterizar as imagens virtuais formadas em espelhos esféricos convexos e côncavos a partir da obser-
vação de imagens em espelhos esféricos usados no dia a dia ou numa montagem laboratorial.
2.13 Definir refração da luz, representar geometricamente esse fenómeno em várias situações (ar-vidro,
ar-água, vidro-ar e água-ar) e associar o desvio da luz à alteração da sua velocidade.
2.14 Concluir que a luz, quando se propaga num meio transparente e incide na superfície de separação de
outro meio transparente, sofre reflexão, absorção e refração, representando a reflexão e a refração num
só esquema.
2.15 Concluir que a luz refratada é menos intensa do que a luz incidente.
2.16 Dar exemplos de refração da luz no dia a dia.
2.17 Distinguir, pela observação e em esquemas, lentes convergentes (convexas, bordos delgados) de lentes
divergentes (côncavas, bordos espessos).
2.18 Concluir quais são as características das imagens formadas com lentes convergentes ou divergentes
a partir da sua observação numa atividade no laboratório.
2.19 Definir vergência (potência focal) de uma lente, distância focal de uma lente e relacionar estas duas
grandezas, tendo em conta a convenção de sinais e as respetivas unidades SI.
2.20 Concluir que o olho humano é um recetor de luz e indicar que ele possui meios transparentes que atuam
como lentes convergentes, caracterizando as imagens formadas na retina.
2.21 Caracterizar defeitos de visão comuns (miopia, hipermetropia) e justificar o tipo de lentes para os cor-
rigir.
2.22 Distinguir luz monocromática de luz policromática dando exemplos.
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

2.23 Associar o arco-íris à dispersão da luz e justificar o fenómeno da dispersão num prisma de vidro com
base em refrações sucessivas da luz e no facto de a velocidade da luz no vidro depender da frequência.
2.24 Justificar a cor de um objeto opaco com o tipo de luz incidente e com a luz visível que ele reflete.

18
Orientações Curriculares (2001)

As Orientações Curriculares de Ciências Físico-Químicas e de Ciências Naturais, nos três anos do 3.o ciclo
do Ensino Básico, organizam-se em torno de quatro temas gerais:
• Terra no Espaço
• Terra em transformação
• Sustentabilidade na Terra
• Viver melhor na Terra

O 8.o ano de escolaridade integra o tema Sustentabilidade na Terra.


Neste tema pretende-se que os alunos tomem consciência da importância de atuar ao nível do sistema
Terra, de forma a não provocar desequilíbrios, contribuindo para uma gestão regrada dos recursos existentes.
Para um desenvolvimento sustentável, a educação deverá ter em conta a diversidade de ambientes físicos,
biológicos, sociais, económicos e éticos. A aprendizagem das ciências numa perspetiva global e interdiscipli-
nar, em que se valorize as competências e os conhecimentos pela aprendizagem ativa e contextualizada, a
pesquisa, a comunicação, a tomada de decisões, contribuirá para um futuro sustentado.
As Orientações Curriculares surgiram como um documento único para a área das Ciências Físicas e Na-
turais, ficando desdobradas em Ciências Naturais e Ciências Físico-Químicas, que são apresentadas em pa-
ralelo. Pretendeu-se desta forma evidenciar conteúdos tradicionalmente considerados independentes e sem
qualquer relação, facilitando o conhecimento do que se preconiza como fundamental os alunos saberem nas
duas disciplinas.

Os conteúdos do tema Sustentabilidade na Terra são distribuídos pelas Ciências Naturais e pelas Ciên-
cias Físico-Químicas do seguinte modo:

Ciências Naturais Ciências Físico-Químicas

Ecossistemas Som e luz


• Interações seres vivos – ambiente • Produção e transmissão do som
• Fluxo de energia e ciclo de matéria • Propriedades e aplicações da luz
• Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas
Reações químicas
• Tipos de reações químicas
• Velocidade das reações químicas
• Explicação e representação das reações
químicas

Mudança global
• Previsão e descrição do tempo atmosférico
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

• Influência da atividade humana na atmosfera


terrestre e no clima

Gestão sustentável dos recursos


• Recursos naturais – Utilização e consequências
• Proteção e conservação da natureza
• Custos, benefícios e riscos das inovações científicas e tecnológicas

19
Experiências Educativas

Ciências Naturais Ciências Físico-Químicas

A compreensão dos mecanismos fundamentais subja- A sustentabilidade na Terra implica o conhecimento dos
centes ao funcionamento e ao equilíbrio dos ecossiste- recursos existentes e da sua gestão. A Ciência e a Tec-
mas é essencial para o desenvolvimento de ações, nologia têm tido, ao longo da história da humanidade,
mesmo a nível local, de conservação e gestão do pa- uma enorme importância na obtenção, transformação
trimónio natural, as quais podem contribuir de forma e utilização desses recursos. É nesta perspetiva que se
decisiva para a sustentabilidade da Terra. integram neste tema conteúdos selecionados e a serem
desenvolvidos na disciplina de Ciências Físico-Químicas.
Ecossistemas As duas questões ‘De que modo a Ciência e a Tecnolo-
Esta temática deve ser explorada numa perspetiva gia rentabilizam a utilização dos recursos naturais?’ e
de educação ambiental. A questão ‘Por que estão os ‘De que modo a humanidade tem contribuído para a
ecossistemas em equilíbrio dinâmico?’ pode estar sub- mudança global?’ podem orientar a abordagem a rea-
lizar.
jacente ao desenvolvimento das diferentes componen-
tes, constituindo também um ponto de chegada, de
Som e luz
interligação dos vários conceitos envolvidos nas três
dimensões apresentadas. Pretende-se que os fatores Produção e transmissão do som
abióticos, bióticos, cadeias e teias alimentares, ciclos Pretende-se que os alunos conheçam como se produz
de matéria e de energia não tenham um tratamento se- e deteta o som, as suas características e natureza, e
parado para não se perder de vista a ligação sistémica as suas aplicações.
existente, de facto, na natureza. • Esta temática pode iniciar-se com a identificação de
diferentes tipos de sons e de fontes sonoras. Os alu-
Interações seres vivos – ambiente nos nestas idades interessam-se por música. Sugere-
A questão ‘Como interagem os seres vivos com o am- -se que levem para a escola instrumentos musicais
biente?’ pressupõe que os alunos compreendam que (tambor, xilofone, flauta, guitarra, viola) para classi-
do ambiente fazem parte não só as condições físico- ficá-los (percussão, sopro ou cordas), atendendo ao
-químicas, mas também todos os factores que intera- modo como os sons são produzidos. Estudar as pro-
tuam com os seres vivos em causa – fatores abióticos priedades dos sons (altura, intensidade e timbre).
e bióticos. Também podem pesquisar sobre os instrumentos
• Para se iniciar o estudo dos ecossistemas, sugere-se musicais usados em diferentes regiões do país e ao
o visionamento de um filme sobre a vida animal e ve- longo dos séculos, reconhecendo a influência da tec-
getal com a correspondente discussão na aula. Os nologia.
alunos devem compreender os conceitos de ecossis- • Estudar a propagação do som em diferentes meios.
tema, espécie, comunidade, população e habitat. De Para isso, sugere-se a realização de experiências en-
modo a rentabilizar a informação retirada do docu- volvendo a propagação do som nos sólidos, líquidos
mentário, a respetiva discussão deve também ser e no ar. A realização de experiências no vácuo permite
orientada para uma reflexão sobre a influência de fa- mostrar que o som precisa de um meio material para
tores físicos e químicos do meio sobre cada indivíduo se propagar.
(efeitos de ordem fisiológica ou comportamental) • Planear diferentes experiências com os alunos para
e/ou sobre as populações (efeitos de ordem demo- determinação da velocidade do som no ar e levá-los,
gráfica – sobre as taxas de natalidade ou mortali- posteriormente, a realizá-las, a elaborar o relatório e
dade, emigração ou imigração dos grupos). Para a discutir os resultados obtidos. Os alunos devem in-
complementar este assunto, cada grupo de alunos vestigar o que acontece ao som quando incide em di-
pode desenvolver pesquisas relativas a um fator abió- ferentes superfícies e quando passa através de meios
tico (luz, temperatura, pluviosidade) e apresentar os distintos.
resultados aos colegas. No âmbito do estudo desta • Os alunos podem comparar diferentes materiais, rea-
temática podem também ser realizadas atividades lizando experiências simples (por exemplo, usando
experimentais para a observação, por exemplo, da in- sensores), identificando aqueles que são melhores
fluência da luz no desenvolvimento das plantas. Su- isoladores sonoros. O comportamento dos materiais
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

gere-se ainda a construção de um aquário ou de um na transmissão do som pode ser associado à neces-
aquaterrário na escola, ficando em cada semana um sidade de isolamento sonoro de casas.
grupo de alunos responsável pela sua manutenção; • Os alunos podem medir os níveis sonoros nas diver-
desta forma, os alunos têm que compreender a im- sas zonas da escola, usando um sonómetro. É impor-
portância de controlarem certos fatores abióticos tante discutir os problemas de audição que surgem
para garantir a sobrevivência dos seres. quando há exposição a fontes sonoras com intensi-
• Certas interações, como predação, parasitismo, dade elevada, recorrendo-se, se tal for possível, à co-
competição, comensalismo ou mutualismo podem laboração de um médico (de acordo com a evidência
ser abordadas com recurso a diversas atividades. médica, se se conseguir ouvir música proveniente de

20
Experiências Educativas

Ciências Naturais Ciências Físico-Químicas

Sugere-se a discussão de exemplos concretos obser- um walkman a uma distância de dois metros, pode
vados durante visitas de estudo a parques naturais, haver distúrbios auditivos para quem o tiver junto do
por exemplo e/ou apresentados em filme, fotografias ouvido).
ou diapositivos. Devem ser referidas situações de in- • Sugere-se que os alunos identifiquem aplicações do
terações inter e intraespecíficas, destacando-se os som no dia a dia (rádio, radar, ecografia, sonar) e as
casos de canibalismo como expressão extrema da expliquem.
competição intraespecífica e de cooperação em gru-
pos com comportamento social. Os alunos podem Propriedades e aplicações da luz
pesquisar em fontes diversas exemplos de intera- Pretende-se que os alunos compreendam as proprie-
ções, para além dos que são analisados na aula, e or- dades e o comportamento da luz, bem como as suas
ganizar trabalhos que fiquem expostos na sala (por aplicações.
exemplo, organizar uma seleção de imagens). Rela- • A luz é fundamental quer para nos permitir ver tudo
tivamente a este assunto, deve ser valorizada a inter- aquilo que nos cerca quer para nos comunicar infor-
pretação dos alunos face aos vários exemplos de mação. Pedir aos alunos que identifiquem sinais lu-
interações, identificando benefícios e prejuízos para minosos e que pesquisem como são produzidos, o
os seres envolvidos, em vez da simples aplicação de tipo de informação que transmitem, quem os controla
terminologia. e a quem se dirigem (por ex., semáforos, farol, anún-
cios luminosos).
Fluxos de energia e ciclo de matéria
• Realizar experiências de modo a estudar a reflexão
Os alunos devem compreender a intensa atividade
(usando diferentes tipos de espelhos) e a refração da
dos ecossistemas, onde os seres nascem e morrem
luz (usando diferentes tipos de lentes e lâmina de fa-
continuamente, fluxos de energia e ciclos de matéria
ces paralelas). A pesquisa sobre a constituição do
ocorrem ininterruptamente, como fenómenos e pro-
olho humano, as doenças de visão e o modo de as
cessos que contribuem para o seu equilíbrio dinâmico,
prevenir, assim como a evolução da tecnologia asso-
do qual transparece uma imutabilidade apenas apa-
ciada a este campo da saúde constitui um assunto
rente.
importante a ser explorado pelos alunos.
• A propósito dos fluxos de energia, relembra-se nesta
• Incentivar os alunos a pesquisar a utilização das fi-
altura, o papel do Sol como fonte de energia, prova-
bras óticas (por ex., em medicina e nas telecomuni-
velmente já clarificado em Ciências Físico-Químicas.
cações) e proporcionar-lhes a oportunidade de
Certos conceitos, como produtor, consumidor e nível
realizar experiências.
trófico, podem ser referidos mediante a exploração
de cadeias alimentares simples. Pode ser pedido aos • Realizar a experiência da dispersão da luz, identificar
alunos que construam cadeias alimentares, em texto as cores do espetro e relacionar com o arco-íris. En-
ou desenho, de forma a serem interpretadas pelos corajar os alunos a efetuar investigações usando fil-
colegas. tros de diversas cores para interpretar a cor dos
objetos com base na absorção e reflexão da radiação
• No que diz respeito aos ciclos de matéria, não se pre-
incidente.
tende analisar os vários ciclos biogeoquímicos, mas
realçar a existência nas comunidades de grupos de • É importante que os alunos observem ondas e distin-
seres vivos com atividades, de certa forma, comple- gam entre transferência de energia por ondas mecâ-
mentares (produtores, consumidores e decomposito- nicas (do mar, sonoras, sísmicas) de transferência de
res), que possibilitam uma reciclagem permanente energia por ondas eletromagnéticas (rádio, luz visível,
da matéria. No caso dos alunos já conhecerem as radiação ultravioleta). As ondas que fazem a televisão
mudanças de estado da água (constitui um conteúdo funcionar transportam energia e informação desde a
programático de Ciências Físico-Químicas, relacio- central de transmissão até nossas casas.
nado com as transformações físicas), terão facilidade • Para estudar as características das ondas (compri-
em interpretar um esquema simplificado do ciclo da mento de onda, amplitude, frequência, período e ve-
água, a título exemplificativo dos ciclos biogeoquí- locidade das ondas) utilizar uma corda ou a tina de
micos. ondas. Usar uma mola para distinguir ondas longitu-
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

• Tendo sido abordado o aparecimento de ilhas como dinais de ondas transversais.


consequência de atividades vulcânicas, sugere-se
que os alunos conheçam o fenómeno da sucessão Reações químicas
ecológica com base na colonização (fase em que Pretende-se que os alunos compreendam que a Quí-
pode ocorrer um crescimento exponencial das popu- mica se refere ao modo como os materiais se transfor-
lações) e posteriores alterações nas comunidades mam para originar outras substâncias. A matéria pode
que povoam esses espaços. Em alternativa, o profes- sofrer uma variedade de mudanças, rápidas ou lentas,
sor pode optar por exemplificar a sucessão que espetaculares ou impercetíveis, com ou sem libertação
ocorre após uma área ser devastada por um incêndio de calor. Incentivar os alunos a identificar, no mundo à

21
Experiências Educativas

Ciências Naturais Ciências Físico-Químicas

(o que será particularmente significativo se tiver sua volta, reações químicas e a apresentar evidências
ocorrido um incêndio numa região próxima). As simu- (mudanças de cor ou da temperatura, produção de ga-
lações em computador podem facilitar a compreen- ses ou de sólidos) que apoiam os seus resultados.
são deste assunto. • Sugere-se a realização de experiências de combustão
• Através da interpretação de gráficos, os alunos (por ex., carvão, magnésio, enxofre, sódio), permitindo
devem refletir sobre a flutuação do número de indi- aos alunos a identificação de reagentes e produtos
víduos de uma população ao longo do tempo, respe- da combustão. É fundamental começar a escrever
tivas causas e consequências (por exemplo, o equações de palavras para traduzir as reações quími-
aumento do número de indivíduos num espaço limi- cas. Pedir aos alunos a identificação de reações de
tado pode originar maior competição e atrair preda- oxidação (por ex., respiração, enferrujamento do
dores, aumentando a taxa de mortalidade). ferro). Pretende-se sensibilizar os alunos para o des-
Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas gaste dos materiais, para a corrosão dos metais e a
para a necessidade de uma constante vigilância e
• Atendendo a que inúmeras catástrofes podem com- manutenção (referência às tintas e vernizes e ao seu
prometer o equilíbrio dos ecossistemas e a sobrevi- papel de proteção dos materiais). Os alunos podem
vência das populações humanas, os alunos devem visitar fábricas de tintas e vernizes para se apercebe-
refletir sobre causas e efeitos de catástrofes (além rem dos processos de fabrico e das substâncias que
das atividades vulcânica e sísmica, já abordadas,
as constituem.
ocorrem outras catástrofes, tais como tempestades,
inundações, secas, explosões, poluição ou contami- • Partindo de soluções do dia a dia (por ex., sumo de li-
nações). Deve dar-se particular relevo às que tiverem mão, vinagre, limpa-vidros amoniacal) realizar expe-
ocorrido recentemente e às que suscitarem maior in- riências usando vários indicadores para caracterizar
teresse nos alunos. Essas catástrofes podem ser dis- soluções ácidas e básicas. Realizar uma experiência
cutidas com base em notícias veiculadas nos meios simples de ácido-base. Relacionar com situações co-
de comunicação social e devem ser realçadas as res- muns (por ex., a azia e o que se faz para a combater).
petivas medidas de proteção das populações. • Questionar os alunos acerca da solubilidade de dife-
• A poluição, nas múltiplas formas que pode tomar, rentes substâncias em água. Incentivá-los a pesqui-
constitui uma das principais causas do desequilíbrio sar as propriedades da água existente em diferentes
dos ecossistemas. Fontes de poluição, agentes po- regiões do país, a dureza da água em diversas amos-
luentes e consequências da poluição são vertentes a tras e métodos usados para diminuir a dureza da
serem exploradas neste tema. Sugere-se o contacto água de consumo.
dos alunos com problemas reais, quer através de si- • Realizar reações de precipitação e verificar a forma-
tuações locais e/ou regionais que os afetem em par- ção de sais pouco solúveis (precipitados) a partir de
ticular quer mediante problemas mais gerais que sais solúveis. Este conteúdo pode ser relacionado
afetam a Terra de um modo global e em particular os com aprendizagens já realizadas em Ciências Natu-
seres vivos. Deste modo, poderão constituir temas de
rais; por ex. relacionar com a formação de estalacti-
discussão: o efeito de estufa, o buraco do ozono, as
tes e estalagmites nas grutas calcárias e com a
chuvas ácidas, a desflorestação, entre outros. Estes
formação de conchas e de corais.
assuntos são passíveis de serem estudados sob a
forma de pequenos projetos, interdisciplinarmente • Incentivar os alunos a escrever as equações de pala-
com Ciências Físico-Químicas e Geografia. vras correspondentes às reações químicas realizadas
e a investigar o que acontece à massa das substân-
cias que tomam parte numa reação química.
Velocidade das reações químicas
• Sugere-se que os alunos deem exemplos de reações
químicas correntes e as classifiquem de acordo com
a rapidez a que se processam. É importante a reali-
zação de experiências de modo a identificar fatores
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

que influenciam a velocidade das reações químicas.


Relacionar com o que se faz no dia a dia para diminuir
a velocidade das reações químicas (por ex., o uso do
frigorífico ou a utilização de conservantes para a con-
servação dos alimentos).

22
Experiências Educativas

Ciências Naturais Ciências Físico-Químicas

Explicação e representação das reações químicas


• Numa primeira abordagem, pretende-se que os alu-
nos compreendam que a matéria tem estrutura, da
qual dependem as suas propriedades. Sugere-se a
pesquisa de como a estrutura da matéria tem sido
entendida ao longo do tempo e a procura de evidên-
cias que suportam a teoria corpuscular da matéria.
Inferir o pequeníssimo tamanho dos corpúsculos
constituintes da matéria e alertar para a impossibili-
dade dos nossos sentidos permitirem a sua observa-
ção. É oportuno referir a diferença entre átomo e
molécula.
• Explicar os estados físicos da matéria em termos da
agregação corpuscular. A exploração de modelos,
discutindo semelhanças e diferenças é uma estraté-
gia a seguir. Programas de simulação em computador
ilustrando a teoria cinético-molecular devem ser usa-
dos nesta fase. Realizar experiências que permitam
relacionar volume, pressão e temperatura de amos-
tras de gases.
• Confrontar os alunos com a existência de substâncias
constituídas por átomos iguais (substâncias elemen-
tares) e substâncias constituídas por átomos diferen-
tes (substâncias compostas). Sensibilizá-los para a
linguagem química de representação de substâncias
(símbolos e formulas químicas) e para a necessidade
de uma convenção universal para os símbolos quí-
micos.
• Partindo de exemplos anteriores, reconhecer que há
substâncias cujas unidades estruturais têm carga
elétrica: iões. Explicar as reações químicas em ter-
mos de rearranjo de átomos, com referência à rutura
de ligações químicas e formação de novas ligações.
Representar, com exemplos simples, as reações quí-
micas por equações químicas. Juntar uma solução
ácida a uma solução básica, indicando os produtos, e
traduzir a reação por uma equação química.

Mudança global
Descrição e previsão do tempo atmosférico.
Pretende-se que os alunos tomem consciência da im-
portância que o conhecimento do tempo atmosférico
tem para a nossa sociedade e para a prevenção de de-
sastres.
• Incentivar os alunos a consultar um jornal na secção
correspondente ao estado do tempo para identificar
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

termos relacionados com meteorologia. Sugere-se a


construção de um glossário de turma a que podem
recorrer sempre que precisem, ao longo do estudo
desta temática.
• Sugere-se o planeamento e a construção de instru-
mentos simples que permitam estudar a variação da
pressão atmosférica. Os alunos podem também
construir anemómetros, pluviómetros ou higróme-
tros e utilizá-los na escola. Comparar os valores

23
Experiências Educativas

Ciências Naturais Ciências Físico-Químicas

obtidos com os valores publicados e calcular a per-


centagem de erro, discutindo fontes de erro.
• Sugere-se a pesquisa sobre as formas de recolha de
dados em meteorologia e sobre o papel dos satélites
meteorológicos.
Influência da atividade humana na atmosfera terrestre
e no clima
• O estudo deste tópico, tendo em conta o seu caráter
interdisciplinar, deve ser realizado em coordenação
com as Ciências Naturais e a Geografia. Sugere-se a
realização de projetos centrados na identificação de
poluentes atmosféricos, as suas possíveis causas,
consequências e formas de minimização. Nesses pro-
jetos os alunos podem, por ex., analisar boletins com
os valores dos poluentes atmosféricos em vários
pontos do nosso país, explicar a redução do ozono na
estratosfera e discutir o impacte dessa redução na
vida. Os alunos devem tomar consciência da impor-
tância de se acabar com a emissão de determinados
gases, tendo em vista a proteção da vida na Terra (ex.
óxidos azotados e clorofluorcarbonetos (CFC).

Gestão sustentável dos recursos


A abordagem desta temática pode ter como linhas norteadoras as três grandes questões propostas: ‘Quais são as
consequências para a Terra da utilização desregrada dos recursos naturais?’, ‘Quais são as consequências das
aplicações científicas e tecnológicas para a Terra?’ e ‘Como poderemos contribuir para a sustentabilidade da Terra?’.
O trabalho pode desenvolver-se na disciplina de Ciências Naturais e na de Ciências Físico-Químicas em articu-
lação ou ser abordado de forma transdisciplinar com a intervenção das disciplinas de História, Geografia, Por-
tuguês, entre outras. Pode também ser desenvolvido na Área de Projeto, constituindo ocasião para os alunos
realizarem atividades de pesquisa.
Recursos naturais – Utilização e consequências
• Os alunos poderão começar por efetuar um levantamento e identificação dos recursos natu-
rais existentes na sua região a partir do qual procederão ao estudo mais pormenorizado de
um deles. A título exemplificativo sugere-se o estudo da extração dos recursos minerais re-
correndo, se tal for possível, a pequenos estudos locais e/ou à análise de notícias de imprensa,
relacionadas com a exploração de minas, pedreiras, areeiros e respetivas consequências para
os ecossistemas. A extração dos metais a partir dos minérios deve ser abordada, dando ênfase
à sua importância para a evolução das civilizações e às razões que tornam estes materiais
tão importantes na nossa sociedade. Os alunos podem pesquisar acerca dos minerais exis-
tentes no nosso país (em especial o cobre e o ferro) e sobre o tratamento e utilização que
deles se faz. Este conteúdo poderá ser favorável à implementação de estratégias de resolução
de problemas e de tomadas de decisão.
• A transformação dos recursos em produtos de utilidade ocorre através da manufaturação.
Sugere-se que os alunos pesquisem sobre os materiais que existem à nossa volta e identifi-
quem a matéria-prima que os originou (por exemplo: papel, vidro, vestuário, sacos de plástico,
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

panelas, joias, sal das cozinhas). É recomendada a realização de visitas de estudo a unidades
industriais existentes na região e a correspondente análise dos custos, benefícios e riscos so-
ciais e ambientais associados à atividade industrial.
• O estudo da utilização dos recursos naturais, energéticos, hídricos, biológicos e respetivas
consequências, poderá ser feito mediante a realização de trabalhos projeto, em grupo, no seio
da disciplina. Deverá ser realçada a utilização de recursos como a água e o petróleo. Desde
os tempos mais recuados a água assume um papel fundamental no desenvolvimento das po-
pulações; a abordagem a este tema poderá ser feita com recurso a atividades experimentais,
análise de documentos previamente selecionados pelo professor, pesquisa de informação e

24
Experiências Educativas

discussão. É importante realçar a importância da água na alimentação, na higiene, na produ-


ção de energia, na agricultura, na indústria.... Recomenda-se que nesta temática os alunos
compreendam a existência de diferentes tipos de águas e a relação com a sua utilização para
fins diversos. Os alunos poderão, mediante a análise de informação que conste, por exemplo,
em tabelas e gráficos, identificar semelhanças e diferenças, nomeadamente relativas à pre-
sença de iões, entre a ‘água da torneira’ e outras. A comparação da composição química de
diferentes ‘águas minerais’ poderá levar à distinção entre águas de nascente, água mineral,
água termal e água medicinal.
• Pode ainda ser efetuado um levantamento sobre: consumo médio diário de água por pessoa,
fonte de abastecimento do meio local, necessidades locais, tratamento da água antes de che-
gar à torneira. A leitura de gráficos e/ou tabelas relativos aos valores médios dos gastos de
água para uso industrial, agrícola e doméstico, à percentagem de água consumida em relação
aos recursos existentes, e à evolução do consumo mundial de água por ano, poderá também
incentivar os alunos a não desperdiçar este bem propondo e implementando na sua casa e
na escola ações conducentes a evitar o seu desperdício. Em conformidade, sugere-se a análise
da Carta Europeia da Água, bem como de outros documentos de legislação internacional e
nacional, discutindo o seu incumprimento e a divulgação dos resultados na comunidade edu-
cativa.
• Recomenda-se o estudo do consumo de combustíveis fósseis, dando especial ênfase à velo-
cidade e ao modo de consumo comparativamente com o modo e tempo de formação. Para o
estudo de soluções alternativas para minimizar a dependência face aos combustíveis fósseis
sugere-se a análise de situações reais, como a construção de barragens, de centrais nucleares,
de centrais eólicas e de painéis solares, a biomassa... envolvendo os alunos na análise da razão
benefício/custos e culminando em tomadas de decisão na seleção da solução ou soluções
mais adequadas considerando toda a informação que possuem. Também o petróleo, pela im-
portância que assume no nosso quotidiano, deve ser alvo de especial atenção por parte dos
alunos, para que compreendam como a indústria do petróleo tem vindo a afetar as sociedades
contemporâneas. Para isso, podem ser incentivados a pesquisar sobre a utilização dos deri-
vados do petróleo no dia a dia, vantagens e inconvenientes associados ao seu uso. A pesquisa
a realizar pode contemplar a constituição química do petróleo, extração e processo de refina-
ção, transporte antes e após tratamento nas refinarias, evidenciando procedimentos de se-
gurança a ter em conta e custos envolvidos. A discussão da variação do preço do barril de
petróleo, por exemplo, durante um mês, identificando as razões que contribuem para essas
alterações pode ser uma atividade a explorar. É importante que o professor incentive os alunos
a responder a questões como ‘Quando o preço do petróleo sobe para preços que não são com-
portáveis para ser usado, o que poderemos nós fazer?’. Sugere-se uma visita a uma refinaria
para observarem e registarem dados sobre o processo de refinação do petróleo e sobre os
produtos resultantes.
• Os alunos podem pesquisar materiais de que são feitas a maior parte das nossas roupas que
atualmente substituem cada vez mais os materiais naturais como algodão, lã, seda, ou bor-
racha. A verificação de etiquetas de vestuário será uma estratégia que permitirá constatar a
origem sintética dos materiais. Outro aspeto tem a ver com os materiais de que são feitos ob-
jetos de uso corrente e como substituíram também materiais tradicionais.
Proteção e conservação da natureza
• A extração, transformação e utilização dos recursos naturais produz, em diferentes momen-
tos, resíduos e lixos que é necessário considerar. A realização de visitas de estudo a aterros
sanitários e/ou a incineradoras são exemplos pertinentes para promover a discussão de dife-
rentes questões, frequentemente mobilizadoras da intervenção pública e de manifestações
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

populares. Uma dessas questões poderá ser ‘Qual é a localização mais adequada para o ar-
mazenamento dos resíduos?’ Uma atividade a realizar consiste na análise de documentos
previamente selecionados pelo professor que evidenciem conflitos de interesses inerentes a
estas questões. Esta temática favorece a promoção de ambientes de aprendizagem baseados
na resolução de problemas e em exercícios de tomada de decisão.
• As visitas de estudo a estações de tratamento de águas residuais (ETAR) poderá proporcionar
aos alunos o contacto direto com diferentes processos (físicos, químicos e biológicos) pelos
quais é possível o tratamento de águas provenientes dos esgotos, de atividades industriais,
domésticas e agrícolas, entre outras, por forma a ser obtida água de novo potável.

25
Experiências Educativas

• Com estas, ou outras atividades, pretende-se mobilizar os alunos para a importância da reci-
clagem dos resíduos (lixo, água, papel, lata, entre outros) e, ao mesmo tempo, sensibilizá-los
para a necessidade de preservar, e economizar os recursos naturais. De forma complementar
os alunos poderão partir da análise do que se passa no meio local, através do diagnóstico da
situação relativa ao depósito dos lixos doméstico, industrial e hospitalar, por exemplo (perio-
dicidade de recolha, recipientes de depósito, existência e localização de ecopontos e de eco-
centros), seguida de um levantamento, junto da Câmara Municipal da sua área, sobre a
quantidade de lixo produzido por habitante, modo de recolha e tratamento do mesmo. Ainda
neste âmbito, os alunos poderão elaborar panfletos de divulgação sobre a separação do lixo
doméstico, local de depósito e modo de tratamento do mesmo por forma a intervirem junto
da comunidade.
• Tendo presente a necessidade de extrair, transformar e utilizar os recursos naturais e as van-
tagens e inconvenientes associados a estas ações, os alunos terão ocasião de pensar e sugerir
propostas relativas a uma gestão racional dos recursos, comparando-as posteriormente com
documentos atuais sobre este assunto (por exemplo, o protocolo de Quioto, assinado a 11 de
dezembro de 1997). Debater a polémica centrada em torno deste Protocolo (discutido em
Haia nos meses de março-abril de 2001).
• Sugerem-se outras atividades como a realização de visitas de estudo a uma ou várias das se-
guintes áreas: Parque Nacional, Parque Natural, Reserva Natural, Paisagem Protegida e/ou
Sítio Classificado, recolhendo elementos documentais (fotografias, diapositivos, vídeos) que
evidenciem características das áreas visitadas (fauna, flora, geologia da região, formas de re-
levo...) e o impacte ambiental produzido por ação humana por forma a que, de seguida, discu-
tam e reflitam sobre os dados recolhidos e os analisem permitindo a introdução de questões
diretamente relacionadas com a sustentabilidade. Os alunos podem comunicar os seus re-
sultados e conclusões em pequenas brochuras para consulta na biblioteca escolar, na internet
(página da escola) ou no jornal da região.
• Questões passíveis de interesse e alvo de discussão pública recente, como por exemplo, a
construção do túnel da CREL (periferia de Lisboa), a preservação de uma parte da Pedreira
do Galinha na região de Ourém, a proteção do Monte Santa Luzia em Viseu, do campo de La-
piás em Negrais (Pêro Pinheiro), a tentativa de proteção da Pedra Furada (Setúbal)... poderão
constituir outros exemplos a ser investigados pelos alunos, no sentido de compreenderem a
complexidade de relações que se estabelecem entre a Ciência e a Sociedade, sensibilizando-
-os para a importância da conservação e preservação dos geomonumentos.
Riscos das inovações científicas e tecnológicas para o indivíduo, a sociedade e o ambiente
• A este nível sugere-se a discussão de problemáticas reais, como por ex. acidentes em centrais
nucleares, o lançamento para a atmosfera de fumos provenientes de queimas, a adição de
chumbo à gasolina, o lançamento de resíduos industriais para os rios. Estas problemáticas
poderão constituir oportunidade para discussão sobre questões de natureza social e ética que
permitam aos alunos momentos de reflexão a propósito dos prós e contras de algumas ino-
vações científicas para o indivíduo, para a sociedade e para o ambiente. É importante discutir
que, em muitos casos, não são a Ciência e a Tecnologia diretamente responsáveis por male-
fícios, mas o não controlo das aplicações científicas ou má utilização.

Orientações Curriculares de Ciências Físicas e Naturais, Ministério da Educação, 2001


(texto com supressões)
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

26
Avaliação

A avaliação é uma componente fundamental do processo de ensino-aprendizagem.


Avaliar é analisar cuidadosamente quais das aprendizagens planeadas foram realmente conseguidas
para que professor e alunos sejam informados daquelas que levantaram mais dificuldades, tendo em vista a
sua remediação.
É fundamental a avaliação:
– ter um caráter essencialmente formativo, levando à identificação das aprendizagens que precisam de
ser melhoradas e valorizando sempre aquilo que o aluno já sabe;
– ser adequada à diversidade de conteúdos, capacidades e competências a adquirir e desenvolver nos
alunos e às atividades realizadas.
Trata-se de avaliar não só o conhecimento de factos e a compreensão de conceitos mas também a capa-
cidade de expor ideias, de apresentar resultados de pesquisas e outros trabalhos, de refletir criticamente so-
bre o trabalho realizado, de interpretar representações e gráficos, de estabelecer comparações e deduções,
de planear e executar atividades experimentais, tendo em conta a importância de saber respeitar a opinião
dos outros e de aceitar os seus próprios erros.
Os alunos devem estar sistematicamente envolvidos em atividades de avaliação para que esta tenha um
efeito positivo, servindo de estímulo ao envolvimento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação é sempre um processo complexo para o qual devemos recorrer a modos e instrumentos di-
versificados. Deve começar por um diagnóstico do ponto de partida do aluno e ter em conta:
– o trabalho dos alunos na aula, as respostas a questões que vão surgindo, o envolvimento e a participação,
a assiduidade, a pontualidade e a realização do trabalho de casa, para o que pode recorrer-se a grelhas
de observação da aula e de registo de trabalho de casa como as que se apresentam nas páginas
seguintes;
– os trabalhos escritos ou os cartazes resultantes de atividades de pesquisa;
– as exposições orais de trabalhos e correspondente discussão;
– o trabalho experimental, muito importante nas Ciências, que o professor deve acompanhar para se cer-
tificar de que o aluno sabe com que finalidade o vai realizar, para verificar se procede adequadamente,
se efetua os registos das observações, se é capaz de tirar conclusões e de criticar resultados. Pode,
para isso, utilizar-se a grelha de observação da atividade prática/laboratorial que se apresenta e
ter em conta o relatório do trabalho cujo modelo se apresenta;
– os testes formativos, que devem acompanhar todo o processo ensino-aprendizagem. Estes testes devem
incidir sobre um número restrito de conhecimentos, capacidades e competências, para que seja possível
averiguar onde é que estão exatamente as dificuldades de cada aluno;
– os testes sumativos, que têm em vista um balanço final de um conjunto de aprendizagens. Sugere-se a
aplicação de dois testes sumativos por período letivo, de forma a contribuir para uma apreciação mais
equilibrada do trabalho realizado.
Novo FQ 8 – Guia do Professor, ASA

No Testes e Questões disponibilizamos um conjunto significativo de testes de avaliação, para todos os


momentos do ano letivo. No apresentamos-lhe, em formato excel, a grelha de correção des-
tes testes.
A autoavaliação dos alunos é muito importante na medida em que permite a cada um refletir sobre as
metas que se propôs atingir e as que realmente alcançou. Pode basear-se numa grelha de autoavaliação
como a que se sugere na página 31.
Todas as grelhas se encontram disponíveis, em formato editável, em .

27
GRELHA DE OBSERVAÇÃO DE AULA

28
Ano letivo _________/_________

Disciplina de Ciências Físico-Químicas Ano _______ Turma ______

Assiduidade/ Comportamento Participação


N.o Aluno Material Atenção
Pontualidade adequado construtiva
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
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24
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FOTOCOPIÁVEL
E D I TÁVE L
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GRELHA DE REGISTO DE TRABALHO DE CASA

FOTOCOPIÁVEL
E D I TÁVE L
Ano letivo _________/_________

Disciplina de Ciências Físico-Químicas Ano _______ Turma ______

N.o Aluno Trabalhos de Casa


Data
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25

29
30
GRELHA DE OBSERVAÇÃO DE ATIVIDADE PRÁTICA/LABORATORIAL

Ano letivo _________/_________

Disciplina de Ciências Físico-Químicas Ano _______ Turma ______

É cuidadoso no
Efetua
o Cumpre as regras Coopera com manuseamento Observa
N. Nome É organizado registos e tira
de segurança os colegas de materiais e atentamente
conclusões
reagentes

FOTOCOPIÁVEL
E D I TÁVE L
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GRELHA DE AUTOAVALIAÇÃO

Ano letivo _________/_________

Disciplina de Ciências Físico-Químicas Ano _______ Turma ______

1.o P 2.o P 3.o P

Fui sempre pontual .................................................................................................................


Pontualidade Cheguei por vezes atrasado .................................................................................................
Cheguei sempre atrasado .....................................................................................................

Nunca faltei ...............................................................................................................................


Assiduidade Faltei a poucas aulas ..............................................................................................................
Faltei a muitas altas ...............................................................................................................

Fiz intervenções relacionadas com os assuntos da aula e sempre na minha vez


Intervenção
Nunca fiz intervenções na aula ...........................................................................................
nas aulas
Fiz intervenções inoportunas, perturbando a aula ........................................................

Participo nos trabalhos da aula ..........................................................................................


Participação
Participo pouco ........................................................................................................................
nas aulas
Não participo e distraio os colegas ....................................................................................

Faço-os sempre .......................................................................................................................


Trabalhos
Faço-os às vezes ......................................................................................................................
de casa
Nunca os faço ...........................................................................................................................

Colaborei ativamente nos trabalhos de grupo práticos/experimentais/outros ....


Trabalho
Colaborei em alguns trabalhos de grupo .........................................................................
de grupo
Não gostei de trabalhar em grupo por isso não colaborei ..........................................

Procurei saber mais sobre os assuntos das aulas ........................................................


Interesse pela
Apenas procurei acompanhar os assuntos das aulas ..................................................
Físico-Química
Nunca tive interesse pelos assuntos das aulas .............................................................

Estudo regularmente .............................................................................................................


Estudo Estudo apenas antes dos testes .........................................................................................
Raramente estudo ...................................................................................................................

Obtive bons resultados, para os quais trabalhei ............................................................


Testes
Os meus resultados ficaram muito aquém do meu esforço ......................................
escritos
Obtive resultados fracos porque trabalhei pouco .........................................................

1.o P 2.o P 3.o P

Testes de avaliação
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Trabalhos de pesquisa e de natureza prática/experimental

Classificação Final

E D I TÁVE L
FOTOCOPIÁVEL 31
MODELO DE RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA/LABORATORIAL

Nome: ________________________________________________ N.o : _____ Turma: ______ Data: __________

Classificação: _________________________ Professor: ________________________

Título:

Objetivo(s):

Materiais / Equipamentos / Substâncias químicas:

Resultados experimentais / Observações:

Tratamento dos resultados experimentais:

Conclusão:

E D I TÁVE L
FOTOCOPIÁVEL

978-888-88-90165-7

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