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Metodologia Científica

Professora conteudista: Carolina Lara Kallas


Sumário
Metodologia Científica
Unidade I
1 O QUE É CIÊNCIA? ..............................................................................................................................................1
2 CLASSIFICAÇÃO E DIVISÃO DA CIÊNCIA ...................................................................................................7
3 O QUE É MÉTODO? .............................................................................................................................................8
3.1 Método indutivo ......................................................................................................................................9
3.2 Método dedutivo .....................................................................................................................................9
3.3 Método hipotético-dedutivo ..............................................................................................................9
4 O QUE É METODOLOGIA CIENTÍFICA?.......................................................................................................11
5 O QUE É UM PARADIGMA? ......................................................................................................................... 12
6 UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA ....................................................................................... 12
7 MOVIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................................................................. 14

Unidade II
8 LEITURA CRÍTICA.............................................................................................................................................. 22
9 ANÁLISE DE TEXTOS ....................................................................................................................................... 26
9.1 Análise textual ....................................................................................................................................... 26
9.2 Análise temática ................................................................................................................................... 26
9.3 Análise interpretativa ......................................................................................................................... 27
9.4 Problematização ................................................................................................................................... 27
9.5 Síntese ...................................................................................................................................................... 27
10 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................................................ 28
10.1 Biblioteca............................................................................................................................................... 29
10.2 Arquivos oficiais do estado ou município................................................................................ 31
10.3 Internet .................................................................................................................................................. 32
10.4 Resumo .................................................................................................................................................. 32
11 RESENHA CRÍTICA ......................................................................................................................................... 32
12 FICHAMENTO .................................................................................................................................................. 33
13 O PROCESSO DA ESCRITA ......................................................................................................................... 35
13.1 Invenção ................................................................................................................................................ 35
13.2 Disposição ............................................................................................................................................. 36
13.3 Elocução ................................................................................................................................................ 36
14 ESTRUTURA INTERNA DO TEXTO ACADÊMICO.................................................................................. 37
15 REDAÇÃO ......................................................................................................................................................... 39
Unidade III
16 PROJETO DE PESQUISA ............................................................................................................................... 43
Unidade IV
17 MONOGRAFIA CIENTÍFICA......................................................................................................................... 63
18 ABNT .................................................................................................................................................................. 67
18.1 Apresentação do trabalho .............................................................................................................. 67
18.2 Estrutura do trabalho ....................................................................................................................... 69
18.2.1 Elementos pré-textuais...................................................................................................................... 69
18.2.2 Elementos textuais .............................................................................................................................. 71
18.2.3 Elementos pós-textuais ..................................................................................................................... 72
19 CITAÇÕES ......................................................................................................................................................... 84
19.1 Citação direta ...................................................................................................................................... 84
19.1.1 Citação direta de até 3 linhas ......................................................................................................... 85
19.1.2 Citação direta com mais de 3 linhas ............................................................................................ 85
19.2 Citação indireta .................................................................................................................................. 85
19.3 Informações verbais ......................................................................................................................... 86
19.4 Correspondências, cartas e telegramas .................................................................................... 86
19.5 Notas de rodapé ................................................................................................................................. 87
19.6 Ibid. .......................................................................................................................................................... 87
19.7 Idem ........................................................................................................................................................ 88
20 RELATÓRIO DE PESQUISA .......................................................................................................................... 88
20.1 Projeto de pesquisa ........................................................................................................................... 89
20.1.1 Estrutura do projeto............................................................................................................................ 90
20.2 Relatório de pesquisa ....................................................................................................................... 92
20.2.1 Estrutura do relatório de pesquisa ................................................................................................ 93
20.2.2 Tópicos da estrututa do relatório .................................................................................................. 96
21 PUBLICAÇÕES E TRABALHOS CIENTÍFICOS .......................................................................................100
21.1 Trabalhos de congressos................................................................................................................100
21.2 Artigos científicos ............................................................................................................................100
21.3 Informe científico ............................................................................................................................101
21.4 Resenha crítica..................................................................................................................................101
21.5 Conferência ........................................................................................................................................102
METODOLOGIA CIENTÍFICA

Unidade I
CIÊNCIA E MÉTODO

1 O QUE É CIÊNCIA?

Existem inúmeras definições para “ciência”. Devido à


dificuldade de encontrarmos uma única explicação para o
termo, começaremos falando sobre a origem etimológica da
palavra.

5 No grego, a palavra ciência — scire — significa conhecer,


portanto, a ciência, para os gregos era todo o saber criticamente
fundamentado, ou seja, todo o resultado da indagação racional
fazia parte integrante de um único saber. Nessa fase, ela não se
distinguia da filosofia.

10 Em latim — scientia — significa “um conhecimento que


inclui, em qualquer modo ou medida, uma garantia da própria
validez”.

Deduzimos que a ciência é filha da Filosofia1 (“amor à


sabedoria”). Observamos que a vontade humana de conhecer e
15 buscar explicações para os fenômenos naturais fez com que os
homens, desde a Antiguidade, buscassem explicações fora dos
conceitos metafísicos2 ou religiosos.

Portanto, para entendermos o que é ciência, precisamos


entender quais os tipos de conhecimentos que permeiam a
20 nossa vida e diferenciá-los.
1
Filosofia (do grego: philos= que ama + sophia = sabedoria), ou seja,
aquele que ama a sabedoria.
2
Metafísica (do grego: meta = além, depois + phisis = física,
natureza).

1
Unidade I

Utilizaremos um texto escrito por Lakatos e Marconi (2008,


p. 70) para exemplificar a diferença entre o senso comum e o
conhecimento científico:

Desde a Antiguidade, até aos nossos dias, um


5 camponês, mesmo sendo letrado e/ou desprovido
de outros conhecimentos, sabe o momento certo da
semeadura, a época da colheita, a necessidade da
utilização de adubos, as providências a serem tomadas
para a defesa das plantações de ervas daninhas e
10 pragas e o tipo de solo adequado para as diferentes
culturas. Tem também conhecimento de que o cultivo
do mesmo tipo, todos os anos, no mesmo local,
exaure o solo. Já no período feudal, o sistema de
cultivo era em faixas: duas cultivadas e uma terceira
15 em “repouso”, alternando-as de ano para ano, nunca
cultivando a mesma planta, dois anos seguidos, numa
única faixa. O início da Revolução Agrícola não se
prende ao aparecimento, no século XVII, de melhores
arados, enxadas ou outros tipos de maquinária, mas
20 à introdução, na segunda metade do século XVII, da
cultura do nabo e do trevo, pois seu plantio evitava o
desperdício de deixar a terra em pousio: seu cultivo
“revitalizava” o solo, permitindo o uso constante. Hoje,
a agricultura utiliza-se de sementes selecionadas,
25 de adubos químicos de defensivos contra as pragas
e tenta-se, até, o controle biológico dos insetos
daninhos.

Ao prestarmos atenção ao texto, percebemos que existem


dois tipos de conhecimentos diferentes que se misturam: (a) a
30 empiria e (b) a teoria. Ou seja, um conhecimento que é adquirido
através da experiência e observação dos fatos e outro que é
adquirido pela sistematização dessa observação.

O conhecimento empírico pode ser comparado ao


conhecimento do camponês, que é transmitido de geração para

2
METODOLOGIA CIENTÍFICA

geração por meio da educação informal e baseado na experiência


pessoal e imitação. Já o conhecimento teórico é fundamentado
na sistematização da observação dos fenômenos da natureza,
ou seja, no pensamento racional, e é transmitido por intermédio
5 de treinamento apropriado e procedimentos científicos. Ele
não só observa os fenômenos, mas tenta explicar “por que” e
“como” eles acontecem, relacionando os fatos numa visão mais
ampliada.

Concluímos que o que diferencia esses dois conhecimentos “é


10 a forma, o modo ou método e os instrumentos do ‘conhecer’”.3

O filósofo grego Platão (c.428-348 a.C.) já afirmava que a


garantia e a validade da ciência eram constituídas pelo fato
de ela se diferenciar das opiniões. Opiniões, segundo Platão
“(...) saem da alma humana e não têm muita utilidade até que
15 alguém consiga ligá-las em um raciocínio causal”. Percebemos
que há muito tempo já se falavam nas diferenças existentes nas
formas de conhecer o mundo.

Segundo Trujillo,4 existem quatro formas de conhecimentos:

Tipos de conhecimento

20 O conhecimento científico se divide em:

Conhecimento popular Conhecimento científico


Valorativo Real (factual)
Reflexivo Contigente
Assistemático Sistemático
Verificável Verificável
Falível Falível
Inexato Aproximadamente exato

Conhecimento filosófico Conhecimento religioso


Valorativo Valorativo
Racional Inspiracional
Sistemático Sistemático
Não verificável Não verificável
Infalível Infalível
Exato Exato

Lakatos; Marconi, 2008, p. 71.


3

Trujillo Ferrari apud Lakatos e Marconi 2008, p. 77-78.


4

3
Unidade I

Falaremos um pouco de cada um:

a. Conhecimento popular

É passado de geração para geração, chamado também de


senso comum. É o conhecimento empírico, comum, baseado nas
5 experiências do ser humano com a própria natureza e com a
sociedade.

Segundo Babini (1957), “(...) é o saber que preenche nossa


vida diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado,
sem a aplicação de um método e sem se haver refletido sobre
10 algo”.5

Podemos dizer que esse conhecimento é valorativo, ou seja,


depende dos estados de ânimo e emoções do sujeito que irá
colocar as suas opiniões a respeito dos objetos estudados sem ter
um distanciamento crítico do mesmo. Baseia-se na organização
15 particular das próprias experiências e não de uma sistematização
das ideias. Apesar de verificável, é falível e inexato.

b. Conhecimento filosófico

Sua principal característica, segundo Trujillo (2004), é que as


hipóteses filosóficas são baseadas na experiência e na observação
20 e não na experimentação. Ou seja, suas hipóteses não podem ser
refutadas nem confirmadas apesar de serem sistematizadas e
racionalizadas.

Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado


pelo esforço da razão pura para questionar os
25 problemas humanos e poder discernir entre o certo e
o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria
razão humana.6

A razão, vista sobre esse ponto de vista, tende a substituir e


unificar as experiências numa única vertente irrefutável.
5
Babini, 1957, p. 21.
6
Lakatos; Marconi, 2004, p. 79.

4
METODOLOGIA CIENTÍFICA

c. Conhecimento religioso

Tem como principal característica a utilização de doutrinas


que contem proposições sagradas e reveladas pelo sobrenatural,
ou seja, pela inspiração. Portanto, não pode ser contestado.
5 Sua origem é a criação divina, e suas evidências não podem ser
verificadas. O conhecimento teológico ou religioso depende de
um ato de fé, por ser considerado “revelação” de uma divindade
sobrenatural.

d. Conhecimento científico

10 É baseado em fatos (factual), lida com acontecimentos e é


real. Sistematiza as observações em teorias criando hipóteses
que podem ou não ser refutadas. Portanto, é falível, mas
aproximadamente exato. Exige verificação racional mediada
pela observação e pela teorização das experiências e fatos.
15 Forma um sistema de ideias que possuem relações e conexões,
organizando, assim, a experiência e a experimentação.

Hoje em dia, sabemos que todas essas formas de conhecimento,


apesar de estarem metodologicamente separadas, coexistem no
ser humano, e é a partir dessa interação entre valores, culturas,
20 pontos de vista e experiência que podemos refletir e observar a
realidade apreendendo-a de formas diferentes.

Assim, nosso processo de apreensão do mundo se dá


na relação entre teoria e empiria, ou seja, entre a prática e a
teoria.

25 Antes de voltarmos ao conceito de ciência, estabeleceremos


a relação entre teoria e empiria.

Características da teoria

Restringe a amplitude dos fatos a serem estudados; define


os aspectos da investigação e os fatos a serem observados;

5
Unidade I

oferece um sistema de conceitos, classificando e estruturando


fatos; resume o conhecimento; possibilita inter-relações entre
fatos e teorias já conhecidas e explica os fenômenos de forma
mais ampla.

5 Podemos dizer então que entendemos por teoria:

O conhecimento sistemático, fundamentado em


observações empíricas e/ou postulados racionais,
voltado para a formulação de leis e categorias gerais
que permitam a ordenação, a classificação minuciosa
10 e também, a transformação dos fatos e das realidades
da natureza.7

Definimos empiria como “conjunto de dados ou


acontecimentos conhecidos através da experiência, por
intermédio das faculdades sensitivas (e não por meio de qualquer
15 necessidade lógica ou racional)”.8

Teoria e empiria são momentos que fazem parte do processo


de conhecimento; é necessário observarmos os fatos para depois
analisá-los. Não há sentido em uma teoria que não seja aplicada
na prática.

20 Concluímos que é nessa interação que se constitui o que


chamamos de ciência.

Temos, assim, um processo de autoalimentação entre teoria


e empiria, ou entre teoria e prática.

Teoria: Empiria:
Conceitos e conjuntos de Dados coletados,
ideias explicativas da area observações ou experiência
de conhecimento prática

Nova teoria:
Relação da teoria e empiria.
Autoalimentação do processo
pode fortificar ou gerar uma
nova teoria.

7
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete teoria, edição
eletrônica, v. 1.
8
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete empiria, edição
eletrônica, v. 1.

6
METODOLOGIA CIENTÍFICA

Com base nesses dados, concluímos que a ciência é o

Processo racional usado pelo homem para se relacionar


com a natureza e, assim, obter resultados que lhe sejam
úteis. É o corpo de conhecimentos sistematizados que,
5 adquiridos via observação, identificação, pesquisa e
explicação de determinadas categorias de fenômenos
e fatos, são formulados metódica e racionalmente.9

Segundo Ferrari (apud Lakatos; Marconi, 2008), “A ciência é


todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas
10 ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de
ser submetido à verificação”.10

2 CLASSIFICAÇÃO E DIVISÃO DA CIÊNCIA

A complexidade do universo e a diversidade de


fenômenos que nele se manifestam, aliadas as
necessidades do homem de estudá-los para poder
15 entendê-los e explicá-los, levaram ao surgimento de
diversos ramos de estudo e ciências específicas.11

Temos a seguir um quadro que exemplifica essa classificação


de acordo as suas diferenças, objetos ou temas e metodologias
empregadas.

9
Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, verbete ciência, edição
eletrônica, v. 1.
10
Lakatos; Marconi, 2008, p. 80.
11
Ibid., p. 81.

7
Unidade I

Classificação e divisão da ciência12

Lógica
Formais
Matemática Física
Química
Naturais
Biologia e outros

Ciências Factuais Antropologia


Direito
Sociais Economia
Política
Psicologia S.
Sociologia

3 O QUE É MÉTODO?

Palavra de origem grega - metá (reflexão, raciocínio, verdade)


+ hódos (caminho, direção). Portanto:

Méthodes refere-se ao caminho que permite chegar a um


5 fim.

Segundo Lakatos e Marconi,

(...) método é o conjunto das atividades sistemáticas


e racionais que, com maior segurança e economia,
permite alcançar o objetivo — conhecimentos validos
10 e verdadeiros —, traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.13

Existem inúmeros métodos que podem usados para elaborar


uma dissertação cientifica; cabe ao aluno escolher aquele que
se aproxima mais de seus interesses e objeto de estudo. Os
15 principais métodos são:

Ibid., p. 81.
12

Ibid., p. 83.
13

8
METODOLOGIA CIENTÍFICA

3.1 Método indutivo

Raciocínio que parte de dados particulares (fatos,


experiências, enunciados empíricos) e, por meio de uma
sequência de operações cognitivas, chega a leis ou conceitos
mais gerais, indo dos efeitos à causa, das consequências ao
5 princípio, da experiência à teoria.

3.2 Método dedutivo

Inferência lógica de um raciocínio; conclusão, ilação. Processo


de raciocínio através do qual é possível, partindo de uma ou
mais premissas aceitas como verdadeiras (por exemplo, A é igual
a B e B é igual a C) a obtenção de uma conclusão necessária e
10 evidente (no exemplo anterior, A é igual a C).

3.3 Método hipotético-dedutivo

Segundo Lakatos e Marconi (2008), além desses, existem o


método dialético e os métodos específicos das ciências sociais.
Dentro dos métodos específicos das ciências sociais, estão:

a. o método e os métodos;
15 b. o método histórico;
c. o método comparativo;
d. o método monográfico;
e. o método estatístico;
f. o método tipológico;
20 g. o método funcionalista;
h. o método estruturalista;
i. o método etnográfico;
j. o método clinico; e
k. os quadros de referência.

9
Unidade I

Para o estudante-pesquisador que está iniciando seu


trabalho agora, é necessário entender outros conceitos antes
de desenvolvermos cada método. Não iremos nos aprofundar
nesse momento nos diversos tipos de métodos, mas ressaltamos
5 novamente o seu significado: “(...) método é uma forma de pensar
para se chegar à natureza de um determinado problema”.14

Interessante notarmos que o método está intimamente ligado


às ideias que o cientista tem sobre o objeto ou o fenômeno que
irá estudar. Ou seja, o método ou a metodologia baseiam-se na
10 “visão de mundo” do cientista. Isso não significa que o cientista
influencie diretamente o resultado da pesquisa.

Realmente, não há ciência totalmente neutra ou isenta de


ideologia.

E o que é ideologia?

15 (...) sistema de ideias (crenças, tradições, princípios


e mitos) interdependentes, sustentadas por um
grupo social de qualquer natureza ou dimensão, as
quais refletem, racionalizam e defendem os próprios
interesses e compromissos institucionais. Sejam eles
20 morais, religiosos, políticos ou econômicos.15

O papel do cientista

O cientista não está isento, enquanto pessoa, de “pré-


conceitos”. Mas ele busca, numa atitude racional, abster-se o
máximo possível. Porém, podemos afirmar que através de um
25 método racional pretende-se conhecer senão a verdade total
dos fenômenos, suas particularidades dentro de determinadas
condições. Não afirmando verdades absolutas, a ciência pode,
em uma constante autocorreção, buscar novos fatos e relações
para os fenômenos. E assim, continuamente, alimentar teorias.
14
Oliveira, 1999, p. 57.
15
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete ideologia,
edição eletrônica, v. 1.

10
METODOLOGIA CIENTÍFICA

4 O QUE É METODOLOGIA CIENTÍFICA?

Refere-se à forma como funciona o conhecimento


científico.

Ao longo do tempo, essa forma de pensar e fazer a ciência se


modificou. Veremos a seguir alguns dos autores e as principais
5 mudanças que ocorreram até os dias de hoje.

A metodologia científica tem sua origem no pensamento de


Descartes, que foi posteriormente desenvolvida empiricamente
pelo físico inglês Isaac Newton.

Descartes propôs chegar à verdade através da dúvida


10 sistemática e da decomposição do problema em pequenas partes,
características que definiram a base da pesquisa científica. O
Círculo de Viena acrescentou a esses princípios a necessidade de
verificação e o método indutivo (positivismo lógico).

Método indutivo é aquele que parte de questões particulares


15 até chegar a conclusões generalizadas.

Karl Popper demonstrou que nem a verificação nem a indução


serviam ao método científico, pois o cientista deve trabalhar
com o falseamento, ou seja, deve fazer uma hipótese e testá-
la procurando não provas de que ela está certa, mas provas de
20 que ela está errada. Se a hipótese não resistir ao teste, diz-se
que ela foi falseada. Popper provou também que a ciência é um
conhecimento provisório, que funciona através de sucessivos
falseamentos.

Thomas Kuhn percebeu que os paradigmas são elementos


25 essenciais do método científico, sendo os momentos de mudança
de paradigmas chamados de revoluções científicas.

Mais recentemente, a metodologia científica tem sido


abalada pela crítica ao pensamento cartesiano elaborada pelo

11
Unidade I

filósofo francês Edgar Morin. Ele propõe, no lugar da divisão do


objeto de pesquisa em partes, uma visão sistêmica, do todo. Esse
novo paradigma é chamado de Teoria da Complexidade.

5 O QUE É UM PARADIGMA?

Paradigma: do grego parádeigma; literalmente, modelo; é a


5 representação de um padrão a ser seguido.

É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria. Métodos


e valores que são concebidos como modelos ou mesmo uma
referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas.

Na filosofia grega, paradigma era considerado a fluência (fluxo)


10 de um pensamento, pois através de vários pensamentos sobre o
mesmo assunto é que se concluía a ideia, seja ela intelectual ou
material. Após a realização dessa ideia, surgiam outras ideias,
até que se chegasse a uma conclusão final — seja da intuição à
representação sensível ou à representação intelectual.

15 Em linguística, Saussure define como paradigma


(paradigmáticas) o conjunto de elementos similares que se
associam na memória formando conjuntos relacionados ao
significado (semântico).

6 UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA

A partir do Renascimento (século XIV e XVI), surge o


20 conflito entre o teocentrismo16 e antropocentrismo, gerado
pela necessidade do homem de tornar-se o centro do universo.
As novas descobertas exaltam a valorização do ser humano
por meio da razão e da capacidade de transformar a natureza
através da técnica. Há uma “briga” entre a fé e a razão, que
25 culmina no Iluminismo.

A palavra de ordem do teocentrismo e da época medieval


era a Bíblia. Para entendermos melhor o que aconteceu no
Teocentrismo: “Deus como centro do universo”. Antropocentrismo:
16

“Homem como centro do universo”.

12
METODOLOGIA CIENTÍFICA

Renascimento, é preciso lembrar o desenvolvimento de novas


técnicas que acompanhavam as descobertas científicas sobre
os fenômenos naturais. Exemplos: os estudos matemáticos
auxiliaram na melhoria das técnicas de construção. O avanço no
5 conhecimento da astronomia possibilitou as viagens marítimas
que levaram ao “descobrimento” da América no século XVI.
Cada estudo novo e conquista do homem reforçava a crença na
racionalidade e na ciência.

A partir do Iluminismo (século XVII-XVIII) e da


10 supervalorização de uma “verdade absoluta e objetiva”, a bíblia
do homem moderno passa a ser o jornal, ou seja, a capacidade
crítica de analisar as informações de maneira racional, baseada
em fatos reais e acontecimentos. Portanto, o Renascimento e o
Iluminismo foram processos marcantes para a consolidação do
15 processo e do paradigma científico moderno, tendo como base
do conhecimento o homem e a razão.

Durante o século XVIII-XIX, surge a Era Industrial ou


Industrialização.

Caracterizada por crescente aumento de informações e


20 experimentações, a ciência e suas técnicas auxiliaram o ser humano,
cada vez mais, a dominar a natureza e transformar a sociedade, em
todos os âmbitos. Esse período foi marcante para o surgimento do
chamado progresso científico. A ciência não é, no entanto, isenta
de influência das ideias que prevalecem em cada época. As relações
25 sociais, políticas, econômicas e culturais que prevalecem em cada
período da história provocam impacto na ciência.

A partir dessa retrospectiva histórica, analisaremos como a


ciência se transformou desde a Antiguidade até os dias atuais.

A ciência clássica

30 Pretende, através do raciocínio de causas e efeitos, garantir


a sua validade para a explicação dos fenômenos naturais e do

13
Unidade I

homem. Busca diferenciar-se das opiniões de senso comum,


pois elas não possuem explicações autossuficientes.

A partir desse primeiro conceito, diferentes concepções de


ciência foram criadas conforme a “garantia de validade” que lhe
5 é reconhecida.

A ciência moderna

As transformações geradas após a revolução industrial


abriram caminho para novas tecnologias. O fluxo da informação
passou a não depender exclusivamente do tempo e do espaço,
10 nascendo, assim, a percepção de que não existe uma única
verdade e de que a ciência pode ser construída através de
diferentes pontos de vista e estruturas.

Hoje em dia, a ciência não tem a pretensão de ser absoluta. A


Teoria da Complexidade desenvolvida por Edgar Morin afirma que
15 a ciência não precisa ser necessariamente construída de forma
linear ou apenas por meio da razão. O conhecimento atual é
construído por redes, sejam elas sociais, culturais ou informativas.
É um sistema complexo e mutável, autorregulamentado pela
empiria e teoria.

7 MOVIMENTOS METODOLÓGICOS

20 Deteremo-nos um pouco mais nos movimentos


metodológicos e na história do conhecimento com o objetivo
de explicar a teoria vigente nos dias atuais.

Ao longo do tempo, o papel da ciência se transformou,


assim como a sua utilidade na sociedade. A velocidade
25 das informações, cada vez maior, e as novas descobertas
tecnológicas influenciaram a maneira de pensar e agir do
ser humano como ser social e produtor de significação e
sentido.

14
METODOLOGIA CIENTÍFICA

Faremos uma retrospectiva a partir das principais correntes


científicas para entendermos o processo:

A. Racionalismo: corrente filosófica que afirma ser o raciocínio


(“razão pura”, sem influência dos sentidos empíricos)
5 uma operação mental, discursiva e lógica utilizada para
uma ou mais proposições. Com ela, é possível extrair
conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa
ou provável. A razão seria, assim, a maior (ou única) fonte
de conhecimento.

10 B. Empirismo: corrente filosófica que considera a experiência


(uso dos sentidos) como critério ou norma da verdade.
Caracteriza-se por: 1. negar o absolutismo da verdade, ou pelo
menos, da verdade acessível ao ser humano; 2. reconhecer
que toda verdade pode e deve ser posta à prova e, para tanto,
15 ocasionalmente modificada, corrigida ou abandonada.

Inicialmente, ressaltamos que a separação entre racionalismo


e empirismo não é recomendada nos dias atuais. Ambas as
correntes — racionalista e empirista — devem dialogar para que
haja um conhecimento científico efetivo na atualidade.

20 Há outros movimentos metodológicos relevantes para a


discussão científica, e é importante observar a existência de
elementos racionalistas e empiristas nos mesmos. São eles:

Positivismo e Neopositivismo

Criado por Auguste Comte (1798-1857), o Positivismo prega


25 a “neutralidade nas ciências”. O cientista não deve se deixar levar
por pressupostos metafísicos ou teológicos. Ele deve utilizar
operações de “mensuração”, ou seja, medição, análise sistemática
e experimentação para os estudos dos fenômenos.

Do final do século XIX até meados do século XX surgiram


30 novos estudos com base fundamentada no positivismo.

15
Unidade I

Vários pesquisadores, entre eles o matemático Wittgenstein,


combinaram as ideias empiristas com a lógica moderna. Para os
neopositivistas, a verificabilidade seria o critério de significação
de um enunciado. Ou seja, a validade de proposição científica
5 só era atribuída após sua verificação empírica. Assim, o uso da
lógica e da matemática alicerçava o conhecimento do real e
separava o que é científico do não científico.

Pragmatismo

Fundado pelo filósofo, matemático e cientista Charles


10 Sanders Peirce (1839-1914), o Pragmatismo recebeu
contribuições de uma série de pesquisadores. Sua origem
filosófica teve ramificações em outras áreas de conhecimento,
como na política, na educação e na literatura. Também como
método científico o Pragmatismo compreende que “(...) a clareza
15 de nossas ideias implica concebermos seus efeitos práticos”. Sua
estrutura metodológica divide-se em:

• identificação de um problema (problematização);

• criação de uma hipótese explanatória (possível solução)


para ser testada;

20 • aferição: testar sua explicação hipotética de “maneira


cuidadosa e repetidamente” (observar e anotar os
resultados buscando os erros). As hipóteses erradas são
eliminadas do conjunto das explicações; aquelas que
sobreviverem serão consideradas “para investigações
25 futuras”.

Marxismo e dialética

Aqui se utiliza o marxismo como método científico sem


considerar as discussões em torno do seu programa social. O
filósofo e economista alemão Karl Marx (1818-1884) desenvolveu
30 seu método de análise da realidade através do viés da dialética

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METODOLOGIA CIENTÍFICA

(tese/antítese/síntese). Esse processo consiste em fazer uma


proposição afirmativa (tese), em seguida a confrontação dela,
com seu contrário (antítese) e, finalmente, com o embate entre
afirmação e negação, chegar a uma síntese. Esse movimento
5 dar-se-ia continuamente.

A análise marxista é muito importante, por considerar os


aspectos econômicos, jurídico-políticos e ideológicos presentes
no processo de “construção do conhecimento científico” nas
ciências humanas. Para as ciências empíricas, tem-se o estudo
10 “da verdade científica em sua exterioridade, ou seja, não apenas
por meio do desenvolvimento interno das ciências, métodos e
lógicas”, mas levando em consideração os efeitos socioeconômicos
que influenciam todas as esferas da sociedade.

Assim, podemos identificar em Marx uma distinção entre


15 duas esferas:

• infraestrutura: economia, organização da vida produtiva e


do trabalho; e

• superestrutura: elementos ideológicos e culturais


influenciados pela base econômica: religião, arte, ciência,
20 educação, meios de comunicação, etc.

Tal distinção metodológica e a consideração das influências


socioeconômicas recebeu o nome de Materialismo Histórico. A
mudança histórica é percebida em uma relação de contradição
(via dialética) da luta entre as classes sociais, divididas entre os
25 detentores dos meios de produção e aqueles que vendem sua
força de trabalho.

Estruturalismo

Desenvolveu-se na França entre as décadas de 50 e 60


do século XX. Envolveu os campos da psicanálise, psicologia,
30 filosofia, antropologia, linguística, ciências sociais, crítica literária,

17
Unidade I

semiótica, matemática, lógica, física e biologia. Destacam-se:


Claude Lévi-Strauss (antropólogo); Michel Foucault (filósofo);
Jacques Lacan (psicólogo), entre outros. Defendem que a
realidade é composta de estruturas.

5 Assim, podem-se encontrar estruturas em todos os campos


desde o corpo humano até nas línguas. O método para as
ciências humanas e sociais se baseia na identificação de tais
estruturas e explicação da composição e organização de suas
partes para formar uma totalidade conclusiva. A estrutura não é
10 percebida como algo estático, mas como uma totalidade que se
transforma e se autorregula.

Discussões contemporâneas

Thomas Kuhn (1922-1996) escreveu A estrutura das


revoluções científicas. Nele, desenvolveu os conceitos de
15 paradigma e de ciência normal. Por paradigma, Kuhn entende
“(...) um mapa ou roteiro de uma ciência, fornecendo critérios
para a escolha de seus problemas e das propostas para as
soluções desses problemas”. Seria, de maneira simplificada, um
parâmetro geral, base para o desenvolvimento de teorias.

20 Paradigma = (latim) “fazer-se aparecer” ou “representar-


se de maneira exemplar”. Na filosofia grega, paradigma era
considerado a fluência de um pensamento, pois através de
vários pensamentos sobre o mesmo assunto é que se concluía
a ideia — fosse ela intelectual ou material. Após realizada uma
25 ideia, surgiam outras, até chegar a uma conclusão final; pensar
sobre a ideia inicial e o que de fato ocorre abrangendo todos os
diversos fluxos de pensamento. Resumindo, são referências a
serem seguidas.

Paradigma é a representação do padrão de modelos a serem


30 seguidos. É um pressuposto filosófico-matriz, ou seja, uma
teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo
científico; uma realização científica com métodos e valores que

18
METODOLOGIA CIENTÍFICA

são concebidos como modelo; uma referência inicial como base


de modelo para estudos e pesquisas.

A ciência clássica “procuraria solucionar os problemas


científicos com os pressupostos conceituais, metodológicos
5 e instrumentais que são compartilhados pela comunidade
científica e que constituem o paradigma”. Ela amplia e aprofunda
o “aparato conceitual” do paradigma, sem alterá-lo.

Quando, entretanto, o progresso e o desenvolvimento


do conhecimento requerem explicações que o
10 paradigma vigente não pode fornecer, a ciência passa
por uma crise, que pode dar origem a uma revolução
científica. Assim, para Kuhn, os enunciados científicos
são provisórios, e a ciência não opera com verdades
irrefutáveis.17

15 Exemplos: o sistema astronômico de Cláudio Ptolomeu (100-


170 d.C.) — imobilidade da Terra e posição no centro do universo
— dominou o pensamento científico até o século XVI. No entanto,
foi substituído por outro sistema, o de Nicolau Copérnico (1473-
1543), que demonstrou ser o Sol o centro do universo, com a Terra
20 realizando o movimento de rotação em torno dele.

Teoria da Complexidade

(...) é evidente que o conhecimento científico


determinou progressos técnicos inéditos, tais como a
domesticação da energia nuclear e os princípios da
25 engenharia genética. A ciência é, portanto, elucidativa
(resolve enigmas, dissipa mistérios), enriquecedora
(permite satisfazer necessidades sociais e, assim,
desabrochar a civilização); é de fato, e justamente,
conquistadora, triunfante. E, no entanto, (...) apresenta-
30 nos, cada vez mais, problemas graves que se referem
ao conhecimento que a produz, a ação que determina
e a sociedade que transforma. (...) Para conceber e

Mattar in Castells, 1999, p. 76.


17

19
Unidade I

compreender esse problema há que acabar com a tola


alternativa da ciência “boa”, que só traz benefícios, ou
da ciência “má”, que só traz prejuízos. Pelo contrário,
há que, desde partida, dispor de pensamento capaz de
5 compreender a ambivalência, isto é, a complexidade
intrínseca que se encontra no cerne da ciência.18

Morin determinou que o estudo da ciência não pode ser


destinado apenas ao estudo da lógica e da técnica determinada
pela produção; defendeu também a análise do ponto de vista
10 qualitativo e não apenas quantitativo e a vulnerabilidade da
própria ciência moderna, tentando não defini-la com valores
maniqueístas (certo e errado), e sim a partir de redes complexas
que dão significados à vida social e à própria tecnologia.

Quando o autor fala em complexidade, ele se refere à


15 interdisciplinaridade19 existente no processo científico. Ou seja,
nos dias atuais, é muito difícil estudar separadamente cada área
do conhecimento, principalmente dentro das ciências humanas,
pois estas são constituídas por todo o aparato tecnológico,
econômico e político, mas também pelo imaginário cultural
20 existente em cada região. A significação acontece nas relações e
interações existentes na sociedade, portanto, não são estáticas.
São complexas, constituídas por inúmeros tecidos associados
que não seguem um padrão evolutivo formal e positivista, como
pensamos há séculos atrás.

25 O texto de Morin, transcrito abaixo, versa sobre a


complexidade:

À primeira vista, a complexidade é um tecido


(complexus: o que é tecido em conjunto de
constituintes heterogêneos inseparavelmente
30 associados: coloca o paradoxo do uno e do múltiplo. Na
segunda abordagem, a complexidade é efetivamente
o tecido de acontecimentos, ações, interações,
retroações, determinações, acasos, que constituem o
18
Morin, 2007, p. 15-16.
19
Mistura e integração de todas as matérias, visando à compreensão
do todo e não apenas das partes.

20
METODOLOGIA CIENTÍFICA

nosso mundo fenomenal. Mas então a complexidade


apresenta-se com os traços inquietantes da confusão,
do inextricável, da desordem, da ambiguidade, da
incerteza... Daí a necessidade, para o conhecimento,
5 de pôr ordem nos fenômenos ao rejeitar a desordem,
de afastar o incerto, isto é, de selecionar os elementos
de ordem e de certeza, de retirar a ambiguidade, de
clarificar, de distinguir, de hierarquizar... Mas tais
operações, necessárias à inteligibilidade, correm o risco
10 de se tornar cega se eliminarem os outros caracteres
do complexus; e efetivamente, como o indiquei, elas
tornam-nos cegos.20

Ele observa que não é possível retirar o problema ou a


pesquisa do meio em que ela está inserida e a tratar como
15 uma parte isolada do mundo; apesar de haver a necessidade
de “recortar” e definir pontos de vista, não é possível saber o
significado de alguma coisa deixando de lado suas relações com
outras categorias e fenômenos.

Atualmente, o ser humano não está mais tão “encantado” com


20 o progresso, pois descobriu que esses avanços trazem inúmeros
problemas ecológicos e sociais. Morin ressalta a importância da
consciência, ou seja, a necessidade de avaliar as consequências
e transformações trazidas pela modernidade de forma ética
e sustentável, buscando não somente a categorização do
25 progresso, mas também a sua estrutura e prática.

O mesmo objeto deve ser observado por ângulos diferentes,


evitando que uma nova descoberta traga consigo mais problemas
em relação ao ambiente e à sociedade, pois seria um “falso
progresso”. O avanço só é válido quando é percebido por meio dos
30 diversos pontos de vista existentes dentro do tecido complexo em
que se encontra o ser humano, seja na sua parte física e natural
ou na sua produção ou na criação do imaginário humano, que é
constituído também por seres vivos. Mesmo que estes seres, por
exemplo, as ideias, não sejam palpáveis, eles são reais.
Morin, 1991, p. 17-19.
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