Paulo Marinho
Marinho Bastos DRª Maria Ângela Marinho
DRª Caroline Leal
A D V O G A D O S
Joviniano Dourado Epitácio Dantas Carla Valoise O. de Ávila
Adalberto Otaviano Luciano André Luiz Dias
DA JUSTIÇA GRATUITA:
Inicialmente, cumpre esclarecer aos menos avisados que o art. 4º, § 4º da Lei de Assistência
Judiciária Gratuita erigiu em favor do requerente autentica presunção iuris tantum de
veracidade quanto ao conteúdo de suas alegações, bastando a simples declaração do
requerente no sentido de ser carente de recursos financeiros para arcar com as próprias
despesas e as da família. Contudo, se assim não entender esse juízo, requer que seja
intimado o requerente para juntar os documentos comprobatórios do seu estado de penúria.
Quanto às parcelas rescisória, verdade é, que são totalmente devidas, até porque o
reclamado não comprovou em nenhum momento a suposta demissão por justa causa,
fazendo jus o reclamante a todas as parcelas concernentes a demissão sem justa causa.
No que tange às horas extras, insta sublinhar que a Reclamante trabalhava, em média, das
09hs às 21hs, sempre de segunda-feira a segunda-feira, sendo que tinha um intervalo para
almoço e descanso de somente 30min, que não era concedido com regularidade.
Desse modo, impugna a folha de ponto apresentada pela reclamada, pois esta não tem o
condão de provar a jornada, verdadeiramente, cumprida pela reclamante, uma vez que o
mesma era forçado a assinar o cartão de ponto nos horários determinados pela empresa,
independe de permanecer ou não no local de trabalho alem do horário estebelecido.
Rua Almeida Sande, 27 –A Barris
Tels: 3328-4790 / 4446 CEP: 40070-370
DR. Paulo Marinho
Marinho Bastos DRª Maria Ângela Marinho
DRª Caroline Leal
A D V O G A D O S
Joviniano Dourado Epitácio Dantas Carla Valoise O. de Ávila
Adalberto Otaviano Luciano André Luiz Dias
Quanto ao FGTS, tem direito o reclamante de receber a diferença, uma vez que a reclamada
depositava o valor a menor.
O funcionário tem direito ao adicional por acúmulo de função quando, cumulativa e
habitualmente, exercer no mesmo local de trabalho tarefas para a qual não foi designado.
Dessa forma nota-se que as atividades de Barman, Garçom e Caixa são distintos e
executados concomitantemente, o que comprova que ocorreu o acumulo de funções.
Tendo o reclamante, direito a receber os respectivos salários em função das tarefas
executadas cumulativamente.
O Reclamante não foi pré-avisado acerca da rescisão contratual na forma prevista pela Lei.
Assim, deve o Reclamado proceder ao pagamento de indenização equivalente ao aviso-
prévio não concedido.
Dessa forma, vem impugnar os documentos de fls. 87/88, que informa a demissão por justa
causa. Destarte, percebe-se que o acionante em momento algum teve ciência desse
documento, visto que o mesmo não se encontra assinado pela parte reclamante.
No que tange às férias, não recebeu a Reclamante o equivalente a suas férias simples, do
último período aquisitivo, nem as proporcionais, devendo o Reclamado ser condenado a
pagá-las acrescidas de 1/3 legal.
As férias simples são devidas ao obreiro, na ruptura contratual, qualquer que seja a causa de
extinção do contrato, sendo calculadas segundo o salário da época da rescisão (arts. 142,
146 e 148 da CLT).
As férias proporcionais também são calculadas segundo o salário da época da rescisão,
sendo pagas também sempre com o terço constitucional (Enunciado 328, TST). São
proporcionais, como visto, as férias devidas em função de período aquisitivo incompleto
(menos de 12 meses), calculando-se à base de 1/12 por mês componente do contrato
(incluído o aviso prévio).
Igualmente faz jus a Reclamante ao pagamento do FGTS, acrescido de 40%, devido à
despedida sem justa causa. Chama-se o instituto de acréscimo rescisório sobre o Fundo de
Garantia, previsto no art. 18, caput e § 1°, da Lei n. 8.036/90.
Assim, deve a reclamada comprovar os depósitos levados e feitos durnte todo o períodp da
relação empregatícia, sob pena de complementação, via execução direta.
É pertinente também a indenização do montante relativo ao salário-família, que nunca foi
pago pelo empregador, apesar do mesmo ter conhecimento de que a Reclamante tem
família, inclusive filho pequeno, de um ano de idade, aproximadamente.
O seguro-desemprego também é devido, nos valores correlatos, considerando, como
remuneração, o salário da Reclamante mais os acréscimos legais.
As guias do seguro-desemprego não foram disponibilizadas à Reclamante no momento
oportuno, qual seja, da despedida sem justa causa.
A falta administrativa empresarial quanto a tais procedimentos gera obrigação indenizatória
relativamente aos valores do seguro-desemprego.
É o que prevê a Orientação Jurisprudencial 211, SDI/TST, in fine:
“211 – Seguro-desemprego. Guias. Não-liberação. Indenização substitutiva. O não-
fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-
desemprego dá origem ao direito à indenização.”