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EXCELENTISSÍMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA _________ VARA DO

TRABALHO DA (COMARCA/SIGLA ESTADO)

(REQUERENTE)....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de .....,


portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º .....,(endereço eletrônico), residente e
domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., por intermédio
de seu (sua) advogado(a) infra assinado (procuração em anexo - doc. 01), com
escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde
recebe notificações e intimações, vem à presença de Vossa Excelência com fulcro
nos artigos 840 da CLT e 319 do NCPC propor a

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

Em face de (REQUERIDO)....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade .....,
Estado ....., CEP ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

1 – DO CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante foi contratado em 17/02/2005 pela Reclamada para exercer a


função de ajudante geral. Todavia, somente em 14/09/2006 teve o contrato de
trabalho registrado na sua CTPS.
Em 09/04/2007 foi despedido sem justa causa, sem que tenham sido
corretamente apurados seus direitos trabalhistas, não encontrando outra solução
senão recorrer à MM. Justiça do Trabalho.

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O Reclamante não era ligado a nenhum setor específico na Empresa, tendo
como funções ajudar a carregar e descarregar caminhões, ensacar e empilhar sacos
de farinha e farelo.

No início do contrato em 02/2005, restou acertado entre as partes a jornada


das 7h20min às 17h40min, com 1h30min para almoço, de segunda a sexta-feira,
com pagamento de R$ 30,00 por dia, numa média de R$ 600,00 mensais, mais
almoço no refeitório da Empresa Reclamada. Porém, em novembro de 2005, o valor
passou a ser de R$ 25,00 diários, numa média R$ 500,00 mensais, sem
fornecimento de almoço.
Em 14/09/2006, quando da formalização do contrato, o salário passou a ser
de R$ 380,00 mensais, com adicional de insalubridade de 20% sobre o salário
Mínimo Nacional. Percebeu como última remuneração em 04/2007 o valor de R$
574,01.
Embora a jornada contratual encerrasse às 17h40min, antes do registro em
CTPS, regra geral, o Reclamante permanecia trabalhando até às 19h/20h, sem
jamais ter percebido qualquer contraprestação pela hora extraordinária. Somente
após a assinatura da Carteira de Trabalho a jornada passou a ser registrada, com o
pagamento das horas extras realizadas.

2 – DO DIREITO
2.1 – Da CTPS

No caso em tela, o vínculo de emprego encontra-se registrado na CTPS do


Reclamante, mas em prazo inferior ao realmente laborado, de forma que deve ser
sanada tal irregularidade, com a retificação da anotação, bem como a consideração
desse período no pagamento de todas as verbas trabalhistas e rescisórias que
foram sonegadas pela Reclamada.

2.2 – Da redução salarial

Quando do início da relação de emprego, o Reclamante recebia uma média


mensal de R$ 600,00 mais o almoço fornecido pela Reclamada. Em novembro de
2005, o valor diário foi reduzido, passando a uma renda mensal média de R$

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500,00.
Menor ainda passou a renda do Reclamante quando formalizado o contrato,
pois conforme se verifica, foi “admitido” com salário de R$ 380,00, em contrato de
experiência por 45 dias, após já ter trabalhado mais de um ano para a Reclamada!

Esta alteração unilateral do contrato é totalmente ilícita e vedada na forma do


disposto no art. 468, caput, da Consolidação das Leis do Trabalho, além da redução
salarial violar diretamente o artigo 7º, VI, da Constituição Federal.

Assim, devidas as diferenças salariais entre o valor de R$ 600,00 percebidos


inicialmente e o que passou a ser pago posteriormente. Tais diferenças devem ainda
ser consideradas na apuração das demais requeridas nesta ação.

2.3 – Do FGTS

O Reclamante trabalhou para a empresa durante o período compreendido


entre 17/02/2005 e 14/09/2006 sem qualquer registro, de modo que não foi efetuado
nenhum depósito para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, devendo a
Reclamada ser condenada ao pagamento do valor relativo ao FGTS do período
citado.

Além disso, ocorrido a despedida sem justa causa do Reclamante, o


Reclamado deverá ser condenado a pagar as diferenças dos depósitos de FGTS
sobre as parcelas deferidas na presente ação e na multa de 40%, com juros e
atualização.

2.4 – Das Férias e 13º salários

Não houve correto pagamento de férias ao Reclamante porquanto o período


indenizado na rescisão levou em consideração apenas o registro da CTPS, sendo
credor de um período integral, a ser pago com acréscimo de 1/3, em dobro, mais
período proporcional também acrescido do terço, ambos corrigidos e atualizados até
o efetivo pagamento.

3
Com relação ao 13º salário, da mesma forma que as férias, foi considerado
apenas o período de contrato registrado, sendo o Reclamante credor do valor
relativo ao ano de 2005 e da diferença do ano de 2006, os quais deverão ser
acrescidos de juros e correção monetária até o pagamento.

2.5 – Da indenização dos valores do salário-família


O Reclamante tem uma filha menor, nascida em 26/04/2005, conforme o
Termo de responsabilidade de Concessão do Salário Família fornecido pela própria
Reclamada. Porém somente passou a receber o valor correspondente em 09/2006,
quando da assinatura da CTPS.
Assim, diante do prejuízo causado pela desídia da Reclamada, deve este ser
condenado ao pagamento de indenização do valor total do salário-família de
02/2005 a 08/2006, que era de R$ 14,99 por filho em 2005 e R$ 15,74 em 2006,
devidamente atualizado e corrigido.

2.6 – Das horas extras

O Reclamante trabalhava de segunda a sexta-feira das 7h20min às 12h e das


13h30min às 19h / 20h, embora o horário contratual previsse encerramento às
17h40min, numa média de 3 horas extras diárias.
Embora o laboro extraordinário habitual, no período em que trabalhou sem
registro, não houve qualquer pagamento por parte do Empregador, prejuízo que
deve ser agora sanado por esta MM. Justiça, determinando o pagamento das horas
excedentes a 8ª diária e 44ª semanal, com o adicional de 60%, de acordo com a
Convenção Coletiva de Trabalho, em anexo.
Por serem habituais, todas horas extras acima requeridas devem
repercutir no pagamento das férias anuais e proporcionais com 1/3 de adicional,
no 13º, nos repousos semanais remunerados e no FGTS.

2.7 – Da Indenização do Seguro-Desemprego


Por inquestionáveis as infrações cometidas pela Reclamada, e ainda, face ao
registro incorreto do contrato de trabalho, o Reclamante não percebeu todas as
parcelas do seguro-desemprego a que fazia jus e as que recebeu foram em valore
inferiores ao que teria direito.

4
Afinal, tivesse a Reclamada efetuado o registro corretamente, preencheria o
Reclamante todos os requisitos para o recebimento de 5 parcelas do benefício,
porquanto seu desligamento se deu por iniciativa da Reclamada, sem justa causa,
quando contava com período de trabalho superior a 24 meses.

Neste diapasão, como houve prejuízo ao Reclamante, causado única e


exclusivamente pela conduta da Reclamada, resta a ela o dever de reparação, como
já determinado pelos Tribunais do Trabalho:
Número do processo: 00142-2005-016-04-00-3 (RO)
Juiz: LEONARDO MEURER BRASIL
Data de Publicação: 20/04/2006
EMENTA: VÍNCULO EMPREGATÍCIO. O reclamante prestou serviços de
forma pessoal, não eventual, remunerado e subordinado, em proveito da
empresa reclamada, estando preenchidos os pressupostos do artigo 3º da
Consolidação das Leis do Trabalho, restando mantida a condenação ao
pagamento das rescisórias e dos salários, Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, bem como a determinação quanto ao seguro-desemprego.
Nega-se provimento, no tópico.

ACÓRDÃO do Processo 00501-2004-025-04-00-2 (RO)


Data de Publicação: 17/04/2006
Fonte: Diário Oficial do Estado do RGS - Justiça
Juiz Relator: FABIANO DE CASTILHOS BERTOLUCCI
EMENTA: RECURSO DA RECLAMADA RELAÇÃO DE EMPREGO. O que
normalmente diferencia o trabalho autônomo da relação de emprego, pois
em ambas as relações jurídicas pode estar presente a pessoalidade, a
onerosidade e a não-eventualidade, é o pressuposto da subordinação. No
caso dos autos, correto o reconhecimento de vínculo empregatício, pois o
conjunto probatório evidencia a presença da subordinação típica existente
entre empregado e empregador. RESCISÃO CONTRATUAL. ÔNUS DA
PROVA. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando
negado o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade
da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado
(Enunciado 212 do TST). Desse ônus, no entanto, não se desincumbiu o
demandado. Condenação ao pagamento de parcelas rescisórias que se
mantém. MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT. RELAÇÃO DE EMPREGO
RECONHECIDA JUDICIALMENTE. Tratando-se de relação de emprego
controversa, reconhecida através de decisão judicial, a mora se constitui
somente a partir do efetivo trânsito em julgado, sendo, portanto, inaplicável
à espécie a multa do artigo 477, § 8º, da CLT. RECURSO DA
RECLAMANTE SEGURO DESEMPREGO. FORNECIMENTO DE GUIAS.
INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA. O empregador tem a obrigação legal de
fornecer ao empregado desligado a "Comunicação de Dispensa - CD",
para fins de requerimento do seguro-desemprego, independentemente
da aferição de qualquer condição imposta ao empregado para a
obtenção do benefício. Restando evidente a impossibilidade de
recebimento do seguro-desemprego pela reclamante por culpa do
empregador, deve ele arcar com os prejuízos a que deu causa.
Aplicável a Súmula 389 do TST.

EMENTA: Reconhecendo o vínculo de emprego do empregado, mediante


sentença e evidenciado que a rescisão deu-se sem justa causa, cabível a
indenização relativa ao seguro-desemprego, pois evidente que, não

5
registrado o obreiro, não poderia o empregador fornecer as guias
indispensáveis para habilitá-lo ao benefício assegurado em lei.
Improvado o período em que o empregado ficou ao desemprego após a
despedida, defere-se a indenização em valor que será apurado em
liquidação de sentença por artigos. (TRT-9ªR. 3ªT - Ac. nº 27255/95- Rel.
Arnaldo Ferreira).

Isto posto, requer a condenação da Demandada ao pagamento de


indenização equivalente ao valor de 2 parcelas do seguro-desemprego do
Reclamante, bem como da diferença entre o valor percebido nas 3 parcelas e o que
deveria ter sido pago, diante da existência de diferenças salariais requeridas no item
2.2.

2.8 – Da multa do art. 477, § 8º, da CLT


O Reclamante foi dispensado em abril de 2007 e até a presente data, não lhe
foram pagos corretamente os seus direitos trabalhistas. Diante disso, ocorre a
incidência do disposto no artigo 477, § 8º, da CLT, referente à multa, no valor
equivalente ao salário percebido pelo empregado, devido ao não atendimento do
constante no § 6º.

2.9 – Da multa por descumprimento das normas coletivas


Pelo descumprimento das normas estabelecidas nas Convenções Coletivas,
em especial no tocante a anotação do contrato de trabalho e pagamento de horas
extras, requer a condenação da Reclamada ao pagamento da multa prevista na
cláusula 28 da Convenção Coletiva vigente quando da despedida do Reclamante,
estabelecida em 10% do valor do salário base de ingresso da categoria profissional.

2.10 – Da Assistência Judiciária Gratuita e dos Honorários Advocatícios


A Constituição Federal, em seu artigo 5°, LXXIV, contemplou a assistência
judiciária gratuita aos que comprovarem o estado de pobreza, nos termos da Lei nº
1.060/50, com as simplificações introduzidas pelas Leis nº 7.115/83 e 7.510/86. A
este tema, o Egrégio Tribunal da 4ª Região, através de suas Turmas, tem se
inclinado no sentido da manutenção de decisões editadas pelo Juízo monocrático,
através das quais condenam o Reclamado ao pagamento de honorários
assistenciais.

Neste sentido, ressalte-se a importante decisão do Egrégio


6
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região:
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA E HONORÁRIOS ADVOCATíCIOS -
Devidos os honorários assistenciais deferidos na origem, bem como o
benefício da assistência judiciária conferido ao Reclamante, em face da
declaração de pobreza por ele firmada, de próprio punho e sob as penas da
lei. (TRT, RO 01304.007/94.4, Acórdão da 5ª Turma).

Ainda, no mesmo sentido, transcreve-se parte do brilhante voto


da MM. Juíza Maria Inês Cunha Dornelles:
[...] Ainda que não comprovado o credenciamento pelo Sindicato do
Procurador do Reclamante, deve ser mantida a condenação em honorários,
porque o Sindicato não mantém o monopólio da assistência judiciária e,
entendimento em contrário, importaria afronta ao art. 5°, inciso LXXIV da
Constituição Federal de 1988, devendo ser deferida a verba honorária até
que o Estado organize a Defensoria Pública. Após a edição da Carta Magna
de 1988, é certo que a AJ é ampla e a intermediação do Sindicato, apenas
facultativa.

No Egrégio TST, o mesmo tema vem sendo tratado da seguinte


forma:
[...] é indiscutível que os honorários de advogado devem ser
suportados pela parte perdedora em qualquer Justiça, ante a sua
indispensabilidade prevista no artigo 133, da Constituição Federal.

Sucessivamente, faculdade que lhe assiste por força do artigo 326 do NCPC,
aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho, requer seja o Reclamado
condenado ao pagamento dos honorários advocatícios da procuradora do
Reclamante, com fundamento no artigo 133 da Constituição Federal e Estatuto do
Advogado, à razão de 20% sobre o total da condenação.

Atualmente o Reclamante percebe valor mensal que o impossibilita de


ingressar em juízo e ter despesas processuais e advocatícias sem comprometer a
sua própria mantença e de sua família, declarando-se pobre, no sentido da palavra.

Requer, pois, o beneficio da gratuidade da justiça e a condenação do


Reclamado na satisfação dos honorários advocatícios à sua procuradora.

3 – Dos pedidos
Ex positis, requer a Vossa Excelência a procedência total da ação,
condenando o Reclamado ao reconhecimento e pagamento dos seguintes direitos e
valores ao Reclamante:

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a) a retificação da anotação do contrato de trabalho na CTPS
do Autor, a fim de constar como data de admissão 17/02/2005;
b) o pagamento das diferenças salariais pela redução ilícita,
conforme item 2.2;
c) FGTS e multa de 40%, conforme item 2.3;
d) o pagamento do valor relativo às férias, com o terço, em
dobro e proporcionais, conforme item 2.4;
e) os valores referentes aos 13° salários não pagos durante o
contrato, item 2.4;
f) valor do Salário Família do período sem registro do contrato,
item 2.5;
g) o pagamento das horas excedentes a 8ª diária e 44ª
semanal, com adicional de 60%, durante período de 17/02/2005 a 14/09/2006, item
2.6;
h) o reflexo das horas extras habitualmente prestadas nas
férias com 1/3 de adicional, nas gratificações natalinas, nos repousos semanais, em
feriados e no FGTS;
i) a indenização referente aos valores de seguro-desemprego
que não puderam ser recebidos por culpa da Reclamada, conforme item 2.7;
j) Aplicação dos artigos 467;
l) a multa da cláusula 28 da Convenção Coletiva, item 2.9;
m) a multa disposta no artigo 477, §8º, da CLT;
n) Aplicação de juros e correção monetária;

Requer o benefício da Assistência Judiciária Gratuita, por


tratar-se o Reclamante de pessoa pobre nos termos da lei, não possuindo condições
financeiras de arcar com os custos da presente ação sem prejuízo de sua
subsistência e de sua família, sendo a Reclamada condenada ao pagamento de
custas judiciais e honorários advocatícios, em 20% sobre o valor da condenação;

Requer a notificação do Reclamado para contestar,


querendo, a presente reclamatória trabalhista que, ao final, dever ser julgada
totalmente procedente, com a condenação da Reclamada conforme os pedidos

8
acima, os quais deverão ser liquidados por cálculos a serem elaborados por
perito compromissado, com correção monetária e juros vigentes na época de
liquidação.

Por fim, requer o depoimento pessoal do representante legal da


Reclamada sob pena de confissão e a produção de todos meios de prova em direito
permitidos, em especial testemunhal e documental.

Dá a presente, o valor provisório de R$ 15.500,00.

Termos em que,
pede e espera deferimento.

__________, _____ de ____________ 20___.

_________________________
OAB/UF n ______

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