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CONFISSÃO DE NATAL

Myrtes Mathias

Senhor,
tão absorvida estive
em cuidar daqueles que me entregaste,
que me esqueci de preparar
o Teu presente de aniversário.
Agora aqui estou, as mãos vazias,
calosidades e manchas,
indeléveis algumas.
O sofrimento dos que colocaste
em meu caminho atingiram-me,
marcaram-me,
fizeram-me sofrer.
Dei-lhes meu tempo,
minha força,
meus bens e meu amor.
Mas, agora, Senhor, quando o mundo Te vê
pequeno e dependente no presépio de Belém,
sinto também um grande desejo de trazer-Te
um presente.
Sinto-me como no tempo de criança,
quando mamãe e papai faziam anos:
triste e alegre.
Alegre por ser dia de festa,
triste porque nada possuía além
de algumas moedas de metal
no pequeno cofre de madeira,
e, então, eu não podia transformar
em algo concreto o meu amor.
E agora, no Teu dia, Senhor,
nem mesmo resta o velho cofre.
Apenas esta vontade de Te agradar,
de dizer Te amo,
de pedir perdão pelas mãos vazias.
Se ao menos pudesse trazer-Te
todos os sorrisos que vi nascer;
todas as lágrimas que desapareceram
de rostos cansados
porque ouviram falar de Ti;
todas as flores que recebi
porque estava executando uma ordem Tua...
Mas, não.
Estas pequenas preciosidades
transformaram-se em saudade e gratidão.
E sentimentos não podem ser trazidos
em caixa de presente,
amarrada em cordões coloridos.
Por isso é que, no Teu dia de festa,
duas mãos cansadas se erguem
para pedir que se encha de novas bênçãos
e que lhes dês novas oportunidades de servir,
pois que, nada tendo para oferecer-Te,
quero sair outra vez proclamando Teu poder
e Tua bondade.
Quero ser aquela que leva o recado,
que executa tarefas humildes,
que procura retribuir com trabalho servil
a bênção de ser admitida
entre aqueles que servem a um Deus.
( EXTRAÍDO DO LIVRO: "MENINA SEM NOME"

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