Situações de Formação 3
Análise e discussão
de situações de docência
Pedro Reis
ISBN: 978-972-789-317-1
Ficha Técnica
Título:
Análise e discussão de situações de docência
Autor:
Pedro Reis
Colecção:
Situações de Formação
Execução Gráfica:
Pedro Reis e Luciana Mesquita
Impressão:
Officina Digital - Aveiro
Edição:
Universidade de Aveiro
Campus Universitário de Santiago
3810-193 Aveiro
1ª Edição:
Junho de 2010
Tiragem:
500 exemplares
Depósito Legal:
312809/10
SITUAÇÕES DE FORMAÇÃO
Introdução 5
Referências bibliográficas 37
Introdução
Introdução
5
7 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Introdução
Introdução
Questão orientadora:
6
Colecção “Situações de Formação”
8
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 1
Objectivos:
Descrição da actividade:
1. Discussão dos factores que afectam o sucesso de uma supervisão com base na
experiências dos mentores e na leitura do texto proposto.
2. Discussão das características dos mentores eficazes a partir da leitura do texto com
“comentários de professores acerca dos seus supervisores e respectiva prática
supervisiva” e da realização da actividade “As características dos mentores eficazes”.
7
Colecção “Situações de Formação”
9
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 1 Actividade 1
8
10 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade11
Actividade
Fonte:
Ponte, J. P. (Coord.), Galvão, C., Sousa, F., Lourenço, A., Oliveira, H., Reis, P., Santos, S., Monteiro, L.,
Delgado, C. e Perez, F. (2005). Relatório final do projecto “Desenvolvimento Profissional de
Professores em Início de Carreira” (FCT – POCTI/CED/32702/2000). Lisboa: Centro de
Investigação em Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Questões
1. No seu papel de professor mentor, como poderá contribuir para uma indução bem
sucedida dos professores que supervisiona?
9
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 1 Actividade 1
“[Aprendi a] dar a volta à situação e alterar tudo aquilo que tinha planeado e começar
do zero, nem que seja a meio da aula ou a um quarto de hora do fim, eu consigo
fazer isso hoje bem ou mal logo se vê, no final da aula logo se vê como é que as
coisas resultaram, e depois é a capacidade de fazer balanço, como é que as coisas
correram, como é que as coisas não correram.” (Sara)
“Aprendi a ter um olho clínico, aprendi a ver coisas que aprendemos com o hábito e a
ver as outras pessoas fazerem. Porque a gente, às vezes, só aprende quando vê os
outros. (...) [A supervisora] via-nos os testes, via-nos as fichas, conversávamos sobre
aquilo. Depois, ela ia à aula. Em todas as coisas havia a presença dela. (...) É aquela
coisa, temos uma noção mas não sabemos totalmente, depois ela chegava lá e dizia
“não, fazes ao contrário”, depois aprendi e hoje em dia já faço com aquela técnica, já
olho para os livros e tiro aquelas coisinhas.” (Elisa)
“[A supervisora] foi uma pessoa que me ajudou bastante. (...) Acima de tudo ela não
foi só nossa orientadora, ela acabou o ano como nossa amiga, como nossa colega
de trabalho, e com isso senti uma certa ligação com ela, porque foi uma pessoa
extraordinária a nível de relacionamento e da maneira como nos foi orientando,
acima de tudo porque não tivemos uma relação só de trabalho.” (Noé)
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 11
Actividade
Questões
11
13
Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 2
Actividade 2 – Competências de
Comunicação
Objectivos:
Descrição da actividade:
Ouvir
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Colecção “Situações de Formação”
15
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 2 Actividade 2
compreender o que está a ser dito, demonstrar que valoriza os seus orientandos
como pessoas e profissionais e oferecer os conselhos e sugestões mais
adequados a cada caso concreto. A escuta atenta implica ouvir o discurso, pensar
sobre o seu significado e planear possíveis respostas ou reacções. Para que este
processo decorra da melhor forma, o mentor poderá:
a) estimular o professor a falar mais, com o objectivo de clarificar ou
aprofundar uma determinada ideia (utilizando pequenos sons, palavras
ou expressões – “Hum-uhm”, “Si-i-m”, “Pois”, “Estou a ver” – ou
repetindo alguma palavra chave – por exemplo, quando um professor
diz “Entrei em pânico”, a repetição da palavra “Pânico?” poderá levá-lo a
falar mais sobre essa situação);
b) ajudar o professor a focar-se em determinados aspectos ou situações
potencialmente mais importantes e relevantes (por exemplo, lançando
questões sobre um aspecto específico da conversa); e
c) evitar alguns comportamentos ou situações que impedem ou dificultam
uma escuta atenta (passar o tempo a escrever o que o professor está a
dizer; não estabelecer contacto visual com as pessoas que estão a falar;
o pensamento vaguear para outros assuntos enquanto a outra pessoa
está a falar; inferir e concluir precipitadamente; conversar numa sala
com distracções ou ruído).
Questionar
14
16 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade22
Actividade
Linguagem corporal
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17 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 2 Actividade 2
16
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 3
Objectivos:
Descrição da actividade:
17
Colecção “Situações de Formação”
19
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 3 Actividade 3
18
20 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade33
Actividade
19
21 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 3 Actividade 3
Ensino Aprendizagem
Exploração
20
22
Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 3
Actividade 3
Possíveis Propostas
Ensino Aprendizagem
Planeamento adequado Respostas dos alunos
Gestão do tempo Objectivos atingidos
Recursos utilizados Envolvimento nas actividades
Necessidades dos alunos Desempenho nas actividades
Definição clara de objectivos de Adequação das tarefas a diferentes
aprendizagem estilos de aprendizagem
Diversificação e adequação das Dificuldades manifestadas pelos alunos
metodologias de ensino Diferentes aprendizagens realizadas
Diferenciação
Conhecimento de conteúdo
Solicitação de TPC
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Colecção “Situações de Formação”
23
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 3
Actividade 3
Dimensões Comentários
Planeamento e
preparação
Metodologias de
ensino
Interacções
professor-alunos
Correcção científica
Gestão do tempo
Diferenciação
pedagógica
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Colecção “Situações
24 de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade
Actividade 33
23
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 3 Actividade 3
Escala: 1 – Insatisfatório
2 – Abaixo da média
Aspectos da aula em avaliação 3 – Na média
4 – Acima da média
5 – Excelente
1- Objectivos e seu cumprimento
Consegue formular um conjunto claro, válido e exequível de
objectivos?
2- Preparação
Apresenta um plano de aula adequado aos objectivos definidos? As
metodologias e os materiais de ensino são diversificados e
adequados aos objectivos e ao plano definidos?
3- Conhecimento de conteúdo
Demonstra um bom conhecimento dos conteúdos da sua área
disciplinar? Este conhecimento parece alargar-se para além dos
aspectos preparados propositadamente para a aula?
4- Organização da aula
Evidencia flexibilidade na gestão das actividades? As actividades
estão articuladas de forma coerente? Proporciona aos alunos
oportunidade de participarem activamente na aula? Efectua algum
tipo de diferenciação pedagógica em resposta às diferentes
características dos alunos?
5- Comunicação
Comunica de forma clara, correcta e eficaz com os alunos? Utiliza
técnicas adequadas (nomeadamente, de integração das TIC,
questionamento, utilização do quadro, etc.)?
6- Relações alunos-professor
Demonstra conhecer cada um dos seus alunos? Consegue gerir o
comportamento dos alunos de forma eficaz?
7- Tipo de trabalho proposto aos alunos
O trabalho proposto é diversificado e adequado às diferentes
características dos seus alunos?
8- Avaliação/feedback
Avalia o trabalho dos alunos de forma regular e construtiva?
Mantém algum tipo de registo do desempenho dos alunos?
Avaliação global
Rubrica do mentor _________________ Rubrica do professor _________________
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 3
Actividade 3
Evidências Nível *
MB B S I
Evidências Nível *
MB B S I
Evidências Nível *
MB B S I
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Colecção “Situações de Formação”
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Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 3 Actividade 3
9.28h 9.19h
9.20h 9.16h
9.34h
9.25h
9.39h 9.58h
9.12h 9.15h
9.53h
9.40h 9.01h
9.46h
10.00h
10.08h
9.47h
9.00h
9.52h 10.09h
Secretária do
professor
Reflexão
1. Utilize alguns instrumentos de registo nas suas sessões de observação de aulas.
Quais as vantagens e as desvantagens de cada um deles?
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade33
Actividade
27
29 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 4
Objectivos:
Descrição da actividade:
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Colecção “Situações de Formação”
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Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 4 Actividade 4
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32 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade44
Actividade
31
33 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 4
Actividade 4
32
Colecção “Situações de Formação”
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Colecção “ Situações de Formação”
Actividade44
Actividade
33
35 de Formação”
Colecção “Situações
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 4 Actividade 4
3- Apoio/encorajamento
4- Recomendação
Envolve:
4.1- sugestões/propostas teórico-metodológicas alternativas
4.2- argumentações e contra-argumentações
4.3- aprofundamentos teóricos (sugestões de leituras…)
5- Síntese/balanço
Fonte:
Alarcão, I., Leitão A. e Roldão. M. C. (aguarda publicação). Prática pedagógica supervisionada e feedback
formativo co-construtivo. Revista Brasileira de Formação de Professores, nº 3.
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 44
Actividade
• Recomendação (“Precisa de ler mais sobre...”, “Procure analisar mais o que aqui
descreve…”; “Retome as leituras da cadeira X”; “Pode pedir ajuda ao professor Y
sobre isto…”).
• Esclarecimento conceptual e teórico (“O conceito que usa pode também ser lido
como…”; “Numa lógica de reflexividade, não basta descrever…”; “Não é esse o
sentido da afirmação do autor Z”).
Fonte:
Roldão, M.C., Galveias, F. e Hamido, G. (2005). Relatório do sub-projecto 5, “Dinâmicas de transição
ecológica no desenvolvimento pessoal, profissional e institucional”, integrado no Projecto (coord. Isabel
Alarcão) Estudo sobre a influência da supervisão e dos contextos nas transições ecológicas de
construção e desenvolvimento profissional. Projecto subsidiado pelo Centro de Investigação em Didáctica
e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF), acreditado e financiado pela FCT.
Sugestões de Leitura
Esteves, M. (2009). Construção e desenvolvimento das competências profissionais dos
professores. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 8, 37-48. Consultado em Fevereiro
de 2010 em http://sisifo.fpce.ul.pt
A construção e o desenvolvimento das competências dos professores no contexto dos actuais
programas portugueses de formação são discutidos e é defendida a ideia de que, mais do que da
estrutura desses programas, importa cuidar do modelo ou modelos que os inspiram e das estratégias
que são postas em marcha.
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Actividade 4 Actividade 4
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Colecção “Situações de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas
Alarcão, I. (Ed.) (2001). Escola reflexiva e Reis, P. (2005). Momentos marcantes na
supervisão. Porto: Porto Editora. formação de professores em início de
Alarcão, I. (2002). Escola reflexiva e carreira. Documento produzido no âmbito
desenvolvimento institucional: Que novas do projecto “Desenvolvimento Profissional
funções supervisivas? In J. Oliveira- de Professores em Início de Carreira” (FCT
Formosinho (Org.), Supervisão na formação – POCTI/CED/32702/2000). Lisboa: Centro
de professores (pp. 217-238). Porto: Porto de Investigação em Educação da
Editora. Faculdade de Ciências da Universidade de
Alarcão, I., Leitão A. e Roldão. M. C. Lisboa.
(aguarda publicação). Prática pedagógica Roldão, M. C. (1998). Currículo: um processo
supervisionada e feedback formativo co- de construção, gestão e formação reflexiva
construtivo. Revista Brasileira de Formação centrado na escola. In G. Cebola & M.
de Professores, nº 3. Pinheiro (Eds.), Desenvolvimento curricular
Alarcão, I. e Tavares, J. (2003). Supervisão em matemática (pp. 31-39). Lisboa: SEM-
da prática pedagógica. Uma perspectiva de SPCE.
desenvolvimento e aprendizagem (2ª Ed. Roldão, M. C. (1999). Gestão curricular:
revista e actualizada). Coimbra: Almedina. Fundamentos e práticas. Lisboa: Ministério
Apple, M. (1997). Os professores e o da Educação, Departamento da Educação
currículo: abordagens sociológicas. Lisboa: Básica.
Educa. Roldão, M.C., Galveias, F. e Hamido, G.
Bleach, K. (1999). The induction and (2005). Relatório do sub-projecto 5,
mentoring of newly qualified teachers: a “Dinâmicas de transição ecológica no
new deal for teachers. London: David desenvolvimento pessoal, profissional e
Fulton Publishers. institucional”, integrado no Projecto (coord.
Day, C. (1999). Developing teachers: The Isabel Alarcão) Estudo sobre a influência da
challenges of lifelong learning. London: The supervisão e dos contextos nas transições
Falmer Press. ecológicas de construção e
Diogo, P. e Galvão, C. (2005). Júlia. desenvolvimento profissional. Projecto
Documento produzido no âmbito do subsidiado pelo Centro de Investigação em
projecto “Aprender a Ser Professor de Didáctica e Tecnologia na Formação de
Matemática e Ciências: O Estágio como Formadores (CIDTFF), acreditado e
Etapa do Processo de Formação”. Lisboa: financiado pela FCT.
Centro de Investigação em Educação da Sá-Chaves, I. S. C. (2002). A construção de
Faculdade de Ciências da Universidade de conhecimento pela análise reflexiva da
Lisboa. praxis. Lisboa: Fundação Calouste
Nolan, J. F. e Hoover, L. A. (2008). Teacher Gulbenkian.
supervision & evaluation: theory into Tickle, L. (2000). Teacher induction: the way
practice. Hoboken: John Wiley & Sons. ahead. Buckingham: Open University
Ponte, J. P. (1994). O desenvolvimento Press.
profissional do professor de matemática.
Educação e Matemática, 31, 9-12 e 20.
Ponte, J. P. (1998). Da formação ao
desenvolvimento profissional. Actas do
ProfMat 98 (pp. 27-44). Lisboa: APM.
Ponte, J. P. (Coord.), Galvão, C., Sousa, F.,
Lourenço, A., Oliveira, H., Reis, P., Santos,
S., Monteiro, L., Delgado, C. e Perez, F.
(2005). Relatório final do projecto
“Desenvolvimento Profissional de
Professores em Início de Carreira” (FCT –
POCTI/CED/32702/2000). Lisboa: Centro
de Investigação em Educação da
Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa.
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Colecção “Situações
39 de Formação”
Colecção “ Situações de Formação”
Anotações
Anotações
Colecção
Situações de Formação
Brochura 1
Construção de planos individuais de trabalho e desenvolvimento profissional
Brochura 2
Planeamento e concepção da acção de ensinar
Brochura 3
Observação e análise de situações de docência
Brochura 4
Avaliação e regulação do desempenho profissional
Brochura 5
Supervisão e Avaliação: construção de registos e relatórios
Pretende-se todavia ampliar o uso destes materiais a quaisquer outras situações de super-
visão e avaliação, fornecendo algum apoio teórico e prático, na medida em que a formação
e o conhecimento desenvolvidos se centram nas diversas dimensões integradoras do acto
de ensinar e nos processos da sua análise, desenvolvimento e supervisão. Espera-se assim
expandir o trabalho deste programa, alargando o uso destes materiais à escola e seus difer-
entes actores, pela centralidade que estas temáticas assumem na acção dos professores e
da escola.