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14 de Maio de 2018
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14/05/2018 Espécies
“A vantagem dessa divisão é que de possedireto
o possuidor no direito
e obrasileiro
indireto podem invocar
a proteção possessória contra terceiro, mas só este pode adquirir a
propriedade em virtude da usucapião. O possuidor direto jamais poderá
adquiri-la por esse meio, por faltar-lhe o ânimo de dono”
“Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder,
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta,
de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse
contra o indireto.”
“Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.”
Ou seja, temos aqui uma ideia de legitimidade, de ausência de vícios; é uma posse
com todos os seus efeitos jurídicos. Quando ocorre violência, clandestinidade ou
precariedade temos a posse injusta. A clandestinidade abordada no código é
quando, por exemplo, A ocupa o imóvel de B às escondidas; a violência pode
ocorrer mediante uma ameaça, força física, entre outros; a precariedade ocorre
quando o agente de posse injusta recusa-se a devolver a coisa.
Esses três vícios não são os únicos que podem ocorrer. Há também outras
possibilidades como, por exemplo, quando o agente de posse injusta ocupa imóvel
alheio, mas não procura esconder o fato. Vale frisar que a posse injusta continua
sendo posse, pois depende de quem se está comparando. Pode ocorrer que B tenha
posse injusta frente a A, o proprietário, mas, por ter a coisa esbulhada de si, tenha
posse justa perante C, quem esbulhou.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé,
salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta
presunção.”
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14/05/2018 Espécies
Sobre a posse com justo título: quando quemde posse
detémno direito
a posse brasileiro
também detiver justo
título de domínio, com presunção de boa-fé. Ou seja, se o possuidor, de boa-fé,
detiver um justo título, um elemento que representa o fundamento para adquirir a
posse, mesmo que haja vício nessa situação aparentemente legal, os efeitos
jurídicos são os mesmos devido a essa boa-fé.
O Código Civil não faz distinção de ambas, então cabe ao juiz avaliar a melhor
posse, a que não tiver vícios:
Composse
A composse se configura quando duas ou mais pessoas são possuidoras da mesma
coisa. Ocorre, por exemplo, quando um casal em comunhão de bens adquirem uma
coisa comum. Qualquer um deles pode usar remédios possessórios frente a
terceiros, como leciona Carlos Roberto Gonçalves. De nosso Código Civil:
“Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada
uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos
outros compossuidores.”
Existe uma subdivisão da composse entre pro diviso e pro indiviso. Vejamos:
Pro diviso
Pro indiviso
Fontes/referências/indicações:
Código Civil
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Coisas. São Paulo: Saraiva, 2012 -
(coleção Sinopses Jurídicas vol. 3).
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14/05/2018 Texto de Dilvanir José da Costa Espécies de posse no direito brasileiro
Imagem: Pixabay
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