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7 SÉRIE 8 ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1

LÍNGUA
PORTUGUESA
Linguagens
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR

LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
7a SÉRIE/8o ANO
VOLUME 1

Nova edição

2014 - 2017

São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.

Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu


trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.

Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.

Bom trabalho!

Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 5
Situações de Aprendizagem 9
Situação de Aprendizagem 1 – Produzindo um diálogo 9
Situação de Aprendizagem 2 – Criando uma “receita lúdica” 21
Situação de Aprendizagem 3 – Tudo depende da maneira como pedimos 32
Situação de Aprendizagem 4 – Produção de anúncios publicitários 38
Situação de Aprendizagem 5 – Sistematização 47
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 55
Situação de Aprendizagem 6 – Produzindo um texto prescritivo 56
Situação de Aprendizagem 7 – Criando uma campanha publicitária 63
Situação de Aprendizagem 8 – Os anúncios publicitários e suas intenções 74
Situação de Aprendizagem 9 – Analisando a linguagem verbal de anúncios
publicitários e de textos prescritivos e injuntivos 82
Situação de Aprendizagem 10 – Sistematização dos conteúdos vistos nas situações
anteriores 90
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 96
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 97
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME


Este Caderno, segundo a perspectiva do le- Para esse fim, particularmente neste volu-
tramento, apresenta um conjunto de Situações me, privilegiamos algumas habilidades gerais
de Aprendizagem que tem como objetivo cen- que devem ganhar relevo nas Situações de
tral contribuir para que os alunos aprendam a Aprendizagem propostas:
lidar, linguística e socialmente, com diferentes
textos, nas mais diferentes situações de uso, f reconhecer as características do agrupa-
como objeto do conhecimento e como meio mento tipológico “descrever ações” nos
para atingi-lo. Para tanto, considera-se que gêneros textuais receita médica, receita
as questões da língua, ligadas ao emprego da culinária, regras de jogos, letra de música,
norma-padrão e outras variedades, fazem artigo de lei, diálogo prescritivo e anúncio
parte de um sistema simbólico que permite ao publicitário;
sujeito compreender que o conhecimento e o f reconhecer as características do gênero
domínio da linguagem compõem uma ativi- “anúncio publicitário”;
dade discursiva e interlocutiva, favorecendo o f situar gêneros prescritivos e injuntivos em
desenvolvimento de ideias, pensamentos e re- geral e anúncios publicitários em particular,
lações, em constante diálogo com seu tempo. reconhecendo suas funções sociais de acordo
com o contexto de comunicação;
De modo geral, é preciso garantir o de- f compreender que o agrupamento tipológi-
senvolvimento, nessas Situações de Aprendi- co “descrever ações”, cuja denominação é
zagem, das cinco competências básicas que aqui entendida como a proposta por Dolz
alicerçam este Currículo, quais sejam: e Schneuwly, engloba os textos prescriti-
vos (com caráter coercitivo mais explícito,
f dominar a norma-padrão da língua portu- como textos ligados a leis, por exemplo) e
guesa e fazer uso adequado da linguagem os injuntivos (orientação ou sugestão, sem
verbal de acordo com os diferentes campos essência coercitiva explícita). Podemos in-
de atividade; serir aqui as receitas culinárias, os livros
f construir e aplicar conceitos das várias de autoajuda etc.;
áreas do conhecimento para a compreen- f interpretar textos de acordo com o tema e as
são de fenômenos linguísticos, da produção características estruturais do gênero e da tipo-
da tecnologia e das manifestações artísticas logia a que pertencem;
e literárias; f inferir informações subjacentes aos conteúdos
f selecionar, organizar, relacionar, interpre- explicitados no texto;
tar dados e informações representados de f realizar análise linguística, considerando sua
diferentes formas, para tomar decisões e importância na leitura e escrita do agrupa-
enfrentar situações-problema; mento tipológico “descrever ações”;
f relacionar informações, representadas em f reconhecer os vários tipos de coesão que per-
diferentes formas, e conhecimentos dispo- mitem a progressão discursiva do texto.
níveis em situações concretas para cons-
truir argumentação consistente; Consideramos que tais competências e
f recorrer aos conhecimentos desenvolvidos habilidades contemplam tanto os conteúdos
na escola para a elaboração de propostas gerais, a serem trabalhados a longo prazo,
de intervenção solidária na realidade, res- quanto os específicos tratados neste volume.
peitando os valores humanos e consideran- A seguir você encontrará um quadro que o
do a diversidade sociocultural. ajudará a visualizá-los mais facilmente:
5
Conteúdos gerais a serem desenvolvidos
Conteúdos gerais deste volume
a longo prazo

f compreensão dos textos orais e escritos f agrupamento tipológico “descrever ações”;


apresentados em cada série/ano do f gênero textual anúncio publicitário;
Ensino Fundamental – Anos Finais, f estudos linguísticos: conceito de verbo,
observando a que gênero textual pertencem Modo Imperativo (norma-padrão e
e em que tipologia textual poderiam ser norma coloquial), Modo Indicativo,
agrupados, de acordo com a função social e irregularidades no Modo Indicativo,
comunicativa desses textos; discurso citado, frase e oração;
f atribuição de sentido aos textos orais e f interpretação de texto;
escritos estudados; f inferência e intertextualidade;
f leitura dos gêneros estudados a partir f a importância do enunciado;
da familiaridade que vão construindo f coesão;
com esses gêneros nas diversas situações f coerência;
didáticas propostas pela escola; f entonação;
f reconhecimento das relações entre os f procedimentos de consulta à gramática
parágrafos de um mesmo texto e entre normativa;
textos diferentes; f vozes verbais;
f procedimentos de leitura adequados a cada f figuras de linguagem (especialmente a
gênero, situação comunicativa e objetivos metáfora);
da leitura; f frase;
f articulação de informações do texto a seus f oração;
conhecimentos prévios; f tipos de sujeito;
f produção de textos orais e escritos a f variedades linguísticas;
partir da seleção feita para cada série/ano, f níveis de persuasão;
planejando as etapas dessa produção; f etapas de elaboração da escrita.
f reconhecimento da estrutura dos gêneros,
ao produzir textos escritos, considerando
os elementos de coesão e a coerência, a
distribuição dos parágrafos e a pontuação
em função de seus objetivos;
f conhecimentos linguísticos que favoreçam a
produção textual, empregando de maneira
adequada e coerente as regras da norma-
-padrão e de outras variedades, de acordo
com seu projeto de texto.

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Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Metodologia e estratégias bilidades. Não pode ser considerada um ob-


jetivo, mas um meio de verificar se os alunos
Como aprender não é apenas colher infor- adquiriram os conhecimentos visados. Por
mações transmitidas pelo professor, mas pro- isso, não deve haver rupturas entre os conteú-
cessá-las, transformá-las em algo, construindo dos desenvolvidos e as modalidades de ensino.
cultura e conhecimento que muitas vezes estão
além dos conteúdos, as Situações de Apren- Para este volume, as habilidades e compe-
dizagem deste Caderno visam ao desenvolvi- tências desenvolvidas devem ser verificadas a
mento de aprendizagens significativas, cujo partir de quatro eixos principais:
enfoque seja construir conceitos e desenvolver
habilidades. Nesse sentido, o espaço educativo 1. processo: olhamos de modo comprometido
deve ser partilhado, permitindo que os alunos e profissional o desenvolvimento das ati-
assumam a parte de responsabilidade que lhes vidades de nossos alunos em sala de aula,
cabe nesse processo de aprendizado. atentos a suas dificuldades e melhoras;

Esse processo ocorre de forma equilibrada 2. produção continuada: olhamos a produção


quando o professor – como parceiro mais ex- escrita e outras atividades de produção de
periente e informado – assume a responsabi- textos e exercícios solicitados;
lidade de organizá-lo e conduzi-lo. Para que
a organização e a condução ocorram satisfa- 3. pontual: olhamos atentamente a prova in-
toriamente, é importante que você considere dividual;
o ciclo iniciado já no planejamento das aulas,
determinando os conhecimentos que devem 4. autoavaliação: surge da elaboração de pro-
ficar claros e desenvolvendo estratégias que postas que desenvolvam a habilidade do
permitam dividir a responsabilidade pelo pro- aluno de olhar para seu processo de apren-
cesso de ensino-aprendizagem entre professor dizagem.
e alunos. Para tanto:
Essas diferentes avaliações permitem que
f encaminhe seu trabalho no sentido de co- você retome suas reflexões iniciais, analisando
letar, em todo o processo, indícios de ten- os aspectos que não foram satisfatoriamente
sões, avanços e conquistas; atingidos e que devem ser considerados para o
f interprete esses indícios para compreender próximo planejamento de suas aulas.
as dificuldades apresentadas pelos alunos,
bem como para orientar suas metas, esta-
belecer novas diretrizes, propor atividades
alternativas; Professor, uma sugestão!
f situe o aluno no processo de ensino-apren-
dizagem, promovendo a atitude de respon- Um recurso bastante interessante para
sabilidade pelo aprendizado do indivíduo. ajudar-lhe na tarefa de avaliar continuamen-
te seus alunos é o uso do portfólio (ou pasta
Avaliação de atividades). Peça aos estudantes que le-
vem para a escola uma pasta (com plásticos
A avaliação é vista como um processo ou de elástico) como parte do material esco-
contínuo, explicitado nas participações dos lar. Nela, eles devem guardar todas as ativi-
alunos, em suas produções, nas avaliações dades escritas (mesmo que seja apenas um
pontuais (como provas), entre outras possi-

7
quadro com informações, um comentário Distribuição de conteúdos e habilidades
sobre uma imagem ou um simples bilhete) nos volumes
feitas em todas as aulas, anotadas em fo-
lhas avulsas (as que forem anotadas ou Para este volume, há dez Situações de
desenvolvidas no caderno também podem Aprendizagem desenvolvidas mediante se-
servir como instrumento de avaliação). quências de atividades.
Por exemplo, a escrita elaborada em pas-
sos pode ser colocada nesse portfólio a
fim de que você e os próprios alunos pos-
sam avaliar seu desempenho ao longo de
todo o processo de escrita. Você pode uti-
lizar esse instrumento para avaliar seu
trabalho, identificar o desenvolvimento
de algumas habilidades em seus alunos e
refletir sobre as melhores intervenções em
cada situação didática.

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Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
PRODUZINDO UM DIÁLOGO

O objetivo central desta Situação de Apren- senvolvendo habilidades diversas – para entrar
dizagem é produzir um diálogo com traços em contato com as características estruturais
injuntivos ou prescritivos. Para tanto, no decor- da tipologia “descrever ações”, identificando-
rer das aulas, os alunos farão atividades – de- -as em diferentes gêneros textuais e contextos.

Conteúdos e temas: tipologia “descrever ações”; coerência textual; entonação na leitura de textos nessa
tipologia; conceito de verbo; Modo Imperativo nas variedades padrão e coloquial.

Competências e habilidades: inferir traços prescritivos ou injuntivos a partir de situações cotidianas;


construir um diálogo; analisar e elaborar textos com características da tipologia “descrever ações”; ela-
borar textos injuntivos; ler em voz alta de forma expressiva; escutar anúncios produzidos para rádio e
televisão; comparar usos linguísticos nas normas padrão e coloquial.

Sugestão de estratégias: aula a partir de conhecimentos prévios, com direcionamento do professor; apro-
ximação dos conteúdos com a realidade do aluno; uso de recursos audiovisuais; busca de material para
estudo nos objetos domésticos.

Sugestão de recursos: receitas médicas e culinárias; livro didático; gravação de anúncio de rádio e televi-
são; Caderno do Professor.

Sugestão de avaliação: produção de quadros-síntese; leitura em voz alta e expressiva; análise de diálogo;
reescrita de diálogo; compreensão de enunciados.

Roteiro para aplicação da Situação tos gramaticais, como o uso de Imperativo,


de Aprendizagem 1 entonação e amplitude das situações, que vão
desde ordens a súplicas). Peça aos alunos que
Com o objetivo de fazer uma avaliação anotem os dados do quadro, para que vocês
diagnóstica, você pode solicitar aos alunos possam voltar a ele e completá-lo (ou recordá-
que falem sobre situações em que receberam -lo) sempre que necessário.
ordens ou pedidos. A partir delas, proponha
uma reflexão, fazendo um quadro na lousa Depois, vamos destacar o traço “regulação
para verificar se seria possível indicar alguns de comportamentos”. Para tanto, você deve
traços característicos dos textos produzidos analisar e comparar, com os alunos, uma receita
nessas situações (você pode destacar aspec- culinária e, em seguida, uma receita médica.

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2. Leia este outro texto:
Brigadeirão
Para Débora de Angelo
(feito no micro-ondas)
Uso interno
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite Vertizol ___________________________ 1 cx
1 xícara (chá) de chocolate
1 xícara (chá) de açúcar Tome um comprimido ao deitar.
1 colher (sopa) de margarina
3 ovos inteiros Pasalixe ___________________________ 1 cx
1 pacote de chocolate granulado
Tome um comprimido após o almoço e ou-
Modo de fazer tro ao deitar.

Bata os ovos, primeiro, na batedeira; de-


pois, acrescente lentamente o restante dos in- a) Qual é o nome desse gênero textual e
gredientes (intercalando líquido com sólido), em que situação de comunicação costu-
até obter uma massa homogênea. Leve ao ma ser usado, isto é, em que lugar, com
micro-ondas, em potência máxima, de 6 a 8 quais pessoas e para que serve?
minutos. Cubra com o chocolate granulado. O nome do gênero textual é “receita médica”, geralmente
entregue ao paciente por seu médico, a fim de orientá-lo
quanto à medicação prescrita.
1. Para introduzir a abordagem do gênero,
sugerimos as perguntas a seguir: b) O que há em comum entre esses dois
textos, apesar de eles serem organizados
a) Que nome se dá a esse gênero textual em diferentes gêneros?
e em que situação de comunicação ele Os dois textos fazem parte da tipologia “descrever ações”, indi-
costuma ser usado? cam o que deve ser feito para que seja atingido um dado objetivo.
A “receita culinária”, nome do gênero em questão, costuma
ser utilizada em livros para aprendizado culinário ou em livros 3. Que tipos de palavra, nos dois textos, pare-
de registro, para que a pessoa guarde as receitas que possa cem indicar ações semelhantes?
querer usar no futuro. As palavras-chaves utilizadas nos dois textos são verbos: bata,
acrescente, até obter, levar, cobrir, tomar, que têm a finali-
b) Em quantas partes esse gênero é divi- dade de orientar uma ação.
dido? Qual é a função ou finalidade de
cada uma dessas partes? A partir dessas questões, já começamos a
A receita culinária costuma ser dividida em duas partes: lis- perceber que um texto organizado na tipolo-
tagem de ingredientes e instrução ou modo de fazer. A pri- gia “descrever ações”, portanto, indica o que
meira parte destina-se a expor os ingredientes necessários e a pessoa deve fazer para chegar a um resul-
respectivas quantidades para realização da receita. A segunda tado. Por trás desse discurso parece haver
parte explica o processo de preparação do prato. alguém que conhece uma dada realidade e sabe
como um sujeito deve se conduzir se quiser
Agora, apresentamos uma receita médica, atingir determinado objetivo (fazer um doce
com questões introdutórias ao gênero e uma ou curar-se de um mal de saúde). Esse é um
atividade de comparação entre as receitas. importante traço prescritivo, a ser assimilado

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Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

pelos alunos, perceptível pelo uso de mecanis- enfatizar que essa regulação, dependendo do
mos linguísticos próprios dessa tipologia (ver- gênero do texto, pode estar a serviço de objeti-
bos no Imperativo e no Infinitivo, expressões vos muito diferentes, como um tratamento de
que chamam a atenção do interlocutor etc.). saúde, o preparo de um alimento ou o apelo à
venda de produtos ou serviços.
Outra forma de fazer esse estudo é solicitar
aos estudantes que tragam de casa receitas culi-
nárias e médicas. Depois, divididos em grupos, Para você, professor!
eles podem analisar o que há em comum entre
os dois tipos de texto. Para reforçar, pode-se A tipologia “descrever ações” engloba
pedir que analisem se há orientação ao com- diferentes gêneros, que se subdividem em
portamento em algum anúncio publicitário do dois grupos principais: os prescritivos e os
livro didático que você previamente selecionou. injuntivos. Em ambos, observa-se, de algu-
ma forma, a tentativa de orientação ao com-
Na sequência, você pode fazer a correção portamento do outro. Quando isso se dá de
oral das análises desse anúncio. Nessa inter- forma mais explícita e enfática, temos um
venção, lembre-se de destacar que gêneros gênero prescritivo; quando, por sua vez, essa
textuais tão diferentes, como anúncios e recei- orientação é mais implícita e sutil, o gênero
tas, compartilham algumas características co- é injuntivo.
muns, como a regulação de comportamentos,
observada por meio dos mecanismos linguís-
ticos. É possível também, já nesse momento, Observe o quadro.

Tipologia “descrever ações”


Exemplos de gêneros dessa tipologia com traços Exemplos de gêneros dessa tipologia com traços
prescritivos injuntivos

Atendimento sutil de vendas, diversos anúncios


Receitas médicas, regras de jogos, leis, normas, publicitários, conversas em que se tenta con-
estatutos etc. vencer alguém a fazer algo, de forma sugestiva,
os discursos dos livros de autoajuda etc.

O objetivo dessa distinção é chamar a aten- da situação comunicativa, esse uso pode ser
ção para as diferentes possibilidades da tipolo- bastante variado.
gia “descrever ações”. Desse modo, um verbo
no Imperativo, marca linguística desse modo Esse é um segundo ponto fundamental a ser
de organizar os textos, pode, em dado gênero, compreendido (pelos alunos) e avaliado (pelo
ser usado de forma bastante impositiva; já em professor) na aprendizagem: o aluno reconhece
outro, pode ser empregado de forma a sugerir, os traços da tipologia “descrever ações” na inte-
mais que ordenar. É evidente que, nos dois ca- rioridade do texto pelo uso de certos mecanismos
sos, a orientação ao comportamento do outro linguísticos? É capaz de perceber que esses traços
está presente; mas, dependendo do gênero e aparecem em textos de diferentes naturezas?

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As próximas atividades propõem aos alu- Aqui, os alunos vão circular os usos no Imperativo dos verbos
nos que reflitam a respeito. olhar (olha), ouvir (ouve), dar (dá), falar (fala), parar (para),
explicar (explica), para verificação da aprendizagem do con-
4. Leia este outro texto, levando em conta o ceito. O professor deve retomar a explicação, se necessário,
seguinte contexto: trata-se de uma conver- e fazer outras atividades.
sa entre um casal de namorados:
c) O diálogo pareceu mostrar a maneira
como as pessoas realmente falam no dia
– Olha aqui, Marcelo, eu quero uma boa a dia, quando são íntimas? Como?
explicação para isso!!! Sim. Observar a pertinência das respostas dos alunos. Desta-
camos o uso do Imperativo na variedade coloquial, mas pode
– Mas, meu amor, essas coisas aconte- ser que o estudante destaque outros aspectos pertinentes.
cem! Você chega ao escritório, cumprimenta
as pessoas e aí, às vezes, alguém esbarra o d) Circule as palavras que demonstram o
batom na sua camisa... uso do Imperativo nessa situação in-
formal. Se o diálogo fosse mais formal,
– Marcelo, olha bem pra mim... Eu não como no caso de um chefe que dá uma
vou repetir, então ouve o que eu digo e dá ordem a um funcionário, esse modo de
uma resposta muito rápida e muito boa para usar o verbo no Imperativo seria corre-
eu não te dar um safanão aqui e agora! to? Justifique sua resposta.
Não seria correto, visto que, como se trata de uma conversa
– Fala, minha amada... íntima, estão na variedade coloquial. A situação profissional
exige o uso formal, mesmo sendo uma conversa.
– Para de me chamar de “minha amada”
e me explica, pelo amor de Deus, como é que e) Em um contexto mais informal de co-
uma mancha de batom veio aparecer DO municação, você considera coerente
LADO DE DENTRO DO SEU COLARI- usar o Imperativo dessa forma? Expli-
NHO, Marcelo Oliveira!!!!!! que sua opinião.
Em uma conversa informal, o uso do Imperativo coloquial é
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. adequado ao contexto.

f) Você considera uma receita médica um


a) Esse texto contém um diálogo, isto é, texto mais formal? Por quê?
uma conversa entre duas pessoas. Ape- Sim, pois a receita médica é um documento em que o mé-
sar de ser diferente dos outros que você dico orienta, formalmente, o que um paciente deve fazer.
leu na seção “Leitura e análise de texto”, Como o uso de medicação envolve possíveis riscos, a lingua-
é possível afirmar que nele são usados gem deve ser precisa.
modos verbais semelhantes? Explique.
No texto há uma forma de orientação de comportamento 5. Resuma no caderno o que compreendeu
própria do Modo Imperativo, pois a moça vai indicando o das explicações de seu professor sobre as
que o rapaz deve fazer. características dos textos que procuram
orientar comportamento (os chamados
b) Seu professor sistematizou em sala o textos injuntivos e prescritivos).
Modo Imperativo. Há usos desse modo Quando se solicita ao aluno que crie uma definição com suas
verbal no diálogo? Se houver, circule as palavras, o objetivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase,
palavras que confirmam esse uso. traduzindo de forma que lhe pareça claro o conceito estuda-

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Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

do. Neste caso, espera-se que o aluno escreva que esses tex- a) Qual será a saudação inicial de cada
tos envolvem ordens, pedidos, prescrições ou súplicas. Todas uma das personagens?
essas ações exigem o uso do Modo Imperativo. O aluno deve escolher uma forma de saudação adequada à
situação (relativamente informal).
6. Tendo como base o resumo do que com-
preendeu, dê cinco exemplos de gêneros b) Qual é o pedido e de que sabores serão
que você encaixaria no grupo de textos in- as pizzas?
juntivos ou prescritivos. O aluno deverá optar pelos sabores de pizzas, tendo em vista
Regras de jogos, artigos de leis, manuais, diálogo prescritivo, a quantidade de pessoas.
receitas, entre outras possibilidades. Todo texto que orienta
alguém a fazer algo pode ser considerado prescritivo ou in- c) Quantos serão os refrigerantes para
juntivo. Nesse momento, não consideramos oportuno insistir oito pessoas? De quais sabores?
muito nessa distinção, que será desenvolvida no decorrer O aluno deverá optar pela quantidade de garrafas, tendo em
deste Caderno. vista a quantidade de pessoas.

A “Produção escrita” que virá na sequên- d) Qual será o pedido de sobremesas va-
cia dará continuidade à apresentação da in- riadas para oito pessoas?
junção ou prescrição. Os alunos devem indicar a quantidade e os sabores que de-
sejam.
Dado o enunciado da proposta, foi passa-
da ao aluno a opção de escrever seu texto com e) Como será o pedido de nota fiscal para
tom mais injuntivo ou prescritivo. Qualquer que a cliente seja reembolsada por sua
uma das possibilidades é viável no contexto. empresa?
Mesmo que em linguagem informal, o aluno vai dizer que ne-
Produção escrita cessita de um documento oficial para depois ser reembolsado.

1. Agora, é a sua vez de produzir um diálogo, f) Qual é o valor total informado pelo
organizado de forma prescritiva ou injunti- atendente?
va, com base no texto a seguir. Para come- A definir. Sugerimos que o aluno se informe em uma pizzaria
çar, leia-o. ou em outra fonte.

g) Como será o pedido de troco, já que as


Uma cliente liga para uma pizzaria para notas são todas de valor alto?
fazer um pedido. Ela vai fazer um pedido O aluno precisa fazer um cálculo aproximado para construir
grande, para oito pessoas. São três pizzas de uma resposta verossímil com a situação dada.
sabores variados, refrigerantes e sobremesas.
Ela explica tudo em detalhes para que não
h) Quais serão as saudações finais?
haja confusão. Ela pede ainda uma nota fis-
O aluno deve escolher uma forma de saudação adequada à
cal de compra (pois eles estão trabalhando
situação (relativamente informal).
até mais tarde e a empresa pagará a refeição)
e troco, pois só tem quatro notas de R$ 50,00.
i) Que modo verbal você usará mais vezes
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. em seu diálogo?
A princípio, mesmo em linguagem informal, o aluno deverá
responder “Modo Imperativo”, em sua variedade menos for-
2. Com o objetivo de organizar seu diálogo, mal. Caso o aluno use outro modo, o professor deve avaliar a
leve em conta as seguintes questões: pertinência da escolha.

13
Você pode pensar em outras perguntas. Oralidade
Essas são apenas sugestões para ajudar a or-
ganizar o seu diálogo. 1. Há muitos momentos em que recebemos
ordens ou pedidos de outras pessoas. Após
O objetivo deste exercício é fazer o aluno discussão em classe, organize um quadro
colocar em funcionamento as características coletivo com traços comuns de textos desse
da tipologia “descrever ações”. Assim, após tipo.
a produção dos textos, você poderá analisá- Se na discussão os alunos não se lembrarem de todos, você
-los com os alunos, solicitando que apontem pode estimulá-los a levar em conta os aspectos não consi-
as marcas prescritivas ou injuntivas presentes. derados.
tOFTTFUJQPEFUFYUP IÈSFHVMBÎÍPEFDPNQPSUBNFOUPT
Compare essas marcas com as de outros tVNUFYUPQSFTDSJUJWPPVJOKVOUJWPJOEJDBPRVFVNBQFTTPB
textos vistos nesta Situação de Aprendizagem, deve fazer se quiser chegar a um dado resultado. Atrás desse
destacando que essa tipologia está presente discurso parece haver alguém que conhece uma dada rea-
em escritos de diferentes naturezas. É possí- lidade e sabe como um sujeito deve se conduzir se quiser
vel, ainda, fazer algumas leituras dos diálo- BUJOHJSPRVFGPJQSPQPTUP
gos, discutindo a entonação mais adequada t B QSFTDSJÎÍP PV JOKVOÎÍP FN VN UFYUP OÍP TF EÈ BQFOBT
para a situação, reforçando o tom prescritivo DPNFMFNFOUPTWFSCBJTIÈPVUSPTDPNQPOFOUFTOPTUFYUPT
ou injuntivo do texto. que incentivam o leitor a ter certo comportamento.

2. O professor exibirá um anúncio (de rádio


1. Você sabe quanto custa ou televisão) ou proporá a audição de uma
uma pizza nos sabores que es- música. Após ver/escutar o texto, reflita:
colheu? E os refrigerantes? E
as sobremesas? Ligue para uma pizza- a) Qual parece ser o objetivo principal do
ria e informe-se sobre os preços desses texto? Comprove sua afirmação.
produtos para que, no diálogo que vai Cada texto deve ter um objetivo específico, mas, de
desenvolver, você proponha valores forma geral, o anúncio televisivo ou de rádio apresen-
coerentes com a realidade. ta um produto ou serviço, e a letra de música é objeto
de fruição. Você pode discutir o objetivo específico de
Anote os dados no caderno. Se achar cada texto e insistir na comprovação que deve ser feita
necessário, peça outras informações. por parte do aluno.

2. A partir do esquema construído na b) No que as imagens ou os sons contri-


Atividade 2 da seção “Produção es- buíram para que o texto atingisse seus
crita”, redija, no caderno, o diálo- objetivos? Explique.
go entre a cliente e o atendente. Seu É preciso que o aluno perceba que as imagens e os sons con-
texto deverá ter, no mínimo, doze li- tribuem para a formação do sentido e, portanto, estão atre-
nhas, incluindo as saudações iniciais lados aos objetivos do texto.
e finais.
c) A maneira como as palavras e as frases
foram pronunciadas também contri-
Observemos os traços tipológicos por meio buiu para esse processo? Explique.
do desenvolvimento da competência de comu- É importante destacar que as escolhas não são casuais, mas
nicação oral. portadoras de um sentido preestabelecido.

14
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

3. Você acha que a maneira como fazemos um 4. A maneira como falamos qualquer tex-
pedido ou damos uma ordem (se falamos to, mesmo que não expresse uma ordem
alto, baixo, se parecemos irritados etc.) in- ou um pedido, interfere na forma como
terfere no modo como a outra pessoa rece- ele será compreendido? Qual a sua opi-
berá o que estamos dizendo? Explique. nião?
A resposta deve ser afirmativa, pois implica que o aluno tenha Espera-se que o aluno responda que a entoação é uma for-
compreendido que a maneira como falamos carrega tam- ma de linguagem, associada ao verbal, mas com carga pró-
bém intenções, manifestas de forma não verbal: tom da voz, pria de sentido.
expressão do olhar, gestos etc.

1. O texto a seguir será lido de diferentes maneiras com o objetivo de demonstrar


se a forma como apresentamos um texto interfere em sua compreensão.

Verão

Este fevereiro azul O vento que empurra a tarde


como a chama da paixão arrasta a fera ferida,
nascido com a morte certa rasga-lhe o corpo de nuvens,
com prevista duração dessangra-a sobre a Avenida

deflagra suas manhãs Vieira Souto e o Arpoador


sobre as montanhas e o mar numa ampla hemorragia.
com o desatino de tudo Suja de sangue as montanhas
que está para se acabar. tinge as águas da baía.

A carne de fevereiro E nesse esquartejamento


tem o sabor suicida a que outros chamam verão,
de coisa que está vivendo fevereiro ainda em agonia
vivendo mas já perdida. resiste mordendo o chão.

Mas como tudo que vive Sim, fevereiro resiste


não desiste de viver, como uma fera ferida.
fevereiro não desiste: É essa esperança doida
vai morrer, não quer morrer. que é o próprio nome da vida.

E a luta de resistência Vai morrer, não quer morrer.


se trava em todo lugar: Se apega a tudo que existe:
por cima dos edifícios na areia, no mar, na relva,
por sobre as águas do mar. no meu coração – resiste.

GULLAR, Ferreira. In: ____. Toda Poesia.


Rio de Janeiro: José Olympio, 1999.

15
2. Você e seus colegas devem realizar inú- 3. Depois dessas discussões, realizem no-
meras leituras públicas coletivas e indivi- vas leituras públicas coletivas e indivi-
duais (de forma emocionada, combativa, duais.
exaltada, intimista) até que a turma con-
corde sobre qual delas é a mais adequa- Atividade adaptada de: GONÇALVES, Jeosafá Fernan-
da, representativa ou expressiva. dez. Textos para leitura. In: Livro do professor.
São Paulo: Plêiade, 1997. Venda proibida.

Estudo da língua f tempo (passado, presente, futuro);


f pessoa do discurso (eu, você, ele, nós, vo-
Verbo cês, eles);
f modo (como é a atitude de quem fala ou
Aprofundando os aspectos mais especi-
ficamente linguísticos, vamos recapitular o escreve);
conceito de verbo. Para tanto, pode ser muito f voz (ativa, passiva e reflexiva).
construtivo fazer uma sondagem sobre o que
os alunos já sabem sobre o assunto, uma vez O objetivo dessa sistematização inicial é
que, provavelmente, ele já foi trabalhado em apenas construir um quadro de referências,
séries/anos anteriores. que será desenvolvido em outras aulas. É
importante que os estudantes tenham essa
Novamente, sugerimos que seja feito um clareza e não pensem que esses conteúdos
quadro, com as indicações dadas pelos alunos. serão vistos apenas nesta aula e cobrados
Você pode ajudá-los a preencher as informa- a seguir.
ções, de tal forma que, ao final da discussão,
fique estabelecido que: A ideia é fazer uma apresentação inicial,
resgatando o já visto e reforçando a percepção
f o verbo é o centro da informação de uma de que verbo é um conceito amplo e envolve
sentença, em torno do qual outros elemen- muitas características. Parece oportuno, tam-
tos se organizam; bém, destacar que os verbos são conjuntos de
f ele pode indicar uma ação, um estado ou termos que agregam informações muito im-
mudança de estado, um fenômeno da na- portantes a qualquer texto.
tureza, um desejo etc.
As atividades a seguir partem desses pres-
Essas indicações estão sempre relacionadas a: supostos.

16
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

1. Observe a tira a seguir e responda às questões:

© Conexão Editorial
a) Complete as palavras que estão faltan- As palavras que faltam no texto são o centro das informações.
do no texto. Sem os verbos, temos uma compreensão parcial de toda a
Estudei (1) muito para a prova! Acho (2) que vou arrasar (3). situação.
Não sei (4) não...
Ah, sabia (5)! Acertei (6) sobre aquele assunto de células... c) O que cada uma delas indica? O esta-
E agora? O que eu vou fazer (7)? do em que alguém está? Sua ação? Ou
Cara, eu sabia (8) tudo, acho (9) que fui superbem! um fenômeno da natureza? Complete o
Pois eu fui (10) muito mal... quadro.
Aqui é preciso levar em conta todas as possibilidades dadas
b) Qual é a importância das palavras que pelos alunos e observar a pertinência delas. A seguir segue
faltam para a compreensão do texto? sugestão de preenchimento.

(1) Ação. (6) Ação.

(2) Ação. (7) Ação.

(3) Ação. (8) Ação.

(4) Ação. (9) Ação.

(5) Ação. (10) Estado.

17
d) Nessas palavras, há marcas de tempo O verbo indica o tipo de ação praticada pelo sujeito e o
(por meio delas, sabemos se o que estão modo como ele a realiza, ou o estado em que se encontra.
conversando ocorreu no passado, pre-
sente ou futuro)? Exemplifique. b) O que um verbo pode indicar? Essas in-
Espera-se que o aluno localize um dos tempos e consiga dicações relacionam-se com o quê?
exemplificá-lo. Este exercício pode ser compreendido como No contexto do que vem sendo explicado e construído na
uma atividade de retomada de séries/anos anteriores, mas, se sequência, destaca-se que o verbo pode indicar a ação, o
necessário, reapresente os tempos verbais do Modo Indicativo. tempo e o estado (intenção) de uma sentença. Essas indi-
cações se relacionam com o sujeito e eventuais objetos de
e) Por meio delas, sabemos quem praticou uma sentença.
a ação ou viveu o estado? Exemplifique.
Depende. Você deve destacar que, pelo contexto, é possível Dando continuidade ao estudo de verbos,
compreender muita coisa. Além disso, conforme a pessoa cabe destacar o Modo Imperativo. Recapitu-
gramatical que praticou a ação, o verbo vai distinguir essa le com os alunos as formas verbais que vêm
marca em um de seus sufixos. É preciso destacar ainda que sendo estudadas no decorrer da semana, rela-
essa marca de concordância não aparece em muitas varie- cionadas aos textos injuntivos e prescritivos.
dades linguísticas. Descreva então o conceito do Modo Impera-
tivo, levando-os a compreender que textos da
f) Que tipo de palavras são essas? tipologia “descrever ações” são comumente
Essas palavras são verbos. compostos com verbos no Imperativo.

2. A partir dessas atividades iniciais, discuta Nesse sentido, ressalte que a forma Impe-
com seus colegas o que sabe sobre verbos (o rativa, ao contrário do que o nome sugere, não
que são, como funcionam etc.). Anote suas se limita a ordens. Toda forma de orientação,
conclusões no caderno. seja suave ou delicada, explícita ou implícita,
Quando se solicita ao aluno que crie uma definição, o obje- costuma estar dentro dos usos imperativos
tivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase, traduzindo de dos verbos. Daí decorre a diferença proposta
forma que o conceito estudado lhe pareça claro. Espera-se entre injunção e prescrição.
que os alunos escrevam uma definição semelhante àquelas
contempladas nas gramáticas. Nesse momento, portanto, estamos apro-
Nessa retomada da 7ª série/8º ano, espera-se que o aluno já fundando o estudo de mecanismos linguís-
tenha interiorizado esses conceitos e seja capaz de explicá-los. ticos ligados à tipologia “descrever ações”.
Caso isso não ocorra, apresente novas explicações e solicite Reforce essa ideia com os alunos.
aos alunos que a parafraseiem. Consideramos essa metodo-
logia adequada ao aprendizado, pois, para redigir uma defini- Feita a explicação inicial, faça a sistemati-
ção, o aluno precisa compreendê-la de alguma forma. Assim, zação do Imperativo. Para isso, consideramos
em algum momento, mesmo que depois você indique uma fundamental que você exponha, lado a lado,
definição, é importante haver um espaço para que eles es- a norma-padrão e a norma coloquial, expli-
crevam o que compreendem do conceito. cando a pertinência de cada uma. Coloque a
norma-padrão e deixe que os alunos digam
3. De posse de suas anotações e das explica- como falam aquilo no dia a dia.
ções do professor sobre verbos, responda
às questões a seguir: Analise com eles a receita de brigadeirão,
observando os usos do Imperativo. Compare
a) O que significa dizer que o verbo é o com o diálogo da página 6, destacando que,
centro da informação de uma sentença? em certas situações, quando se deseja repro-

18
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

duzir o modo como as pessoas falam, o uso ações”. Sugerimos que, para o desenvolvimento da atividade
coloquial acaba prevalecendo ao padrão. em sala de aula, você reforce com os alunos que ambos os
textos empregam verbos destinados a orientar alguém a fa-
zer determinada coisa.
Para você, professor!
Este é um momento oportuno para siste- 6. Por que, segundo sua opinião, esses tex-
matizar com os alunos as características da ti- tos tão diferentes usam o mesmo modo
pologia “descrever ações”. Retome as explica- verbal?
ções feitas sobre os três aspectos destacados: Os dois estão, de alguma forma, orientando seus leitores.
f regulação mútua de comportamentos;
f a regulação mútua pode estar presente 7. Registre, no caderno, as conclusões que
em textos de diferentes naturezas, poden-
você pode tirar de suas respostas anterio-
do variar de uma ordem a uma súplica;
res no que diz respeito ao modo como os
f presença de elementos não verbais (como
entonação, trilha sonora etc.). verbos se apresentam quando pedimos
Todas essas características apresentam-se algo ou damos ordens.
no texto por meio de marcas, tais como Modo Nesta questão, são inúmeras as possibilidades de resposta. A
Verbal Imperativo, Infinitivo, pontuação etc. seguir, algumas sugestões de itens a destacar, de acordo com
o que foi orientado nas atividades anteriores:
tP.PEP*NQFSBUJWPÏBGPSNBNBJTDPNVNEFBQSFTFOUB-
Passemos às atividades sobre Modo Impe- ÎÍPEPTWFSCPTOFTTFDPOUFYUP
rativo. tQPEFNPTFYQSFTTBSPSEFOTPVQFEJEPTFNPVUSBTGPSNBT
WFSCBJT
4. O professor recapitulou os três grandes tP.PEP*NQFSBUJWPQPEFFYQSFTTBSEFTEFVNBPSEFNBUÏ
modos verbais de nossa língua. Escreva VNQFEJEPCBTUBOUFHFOUJM
o que entendeu sobre o uso de cada um tEJGFSFOUFTHÐOFSPTUFYUVBJTQPEFNUFSDPNPPCKFUJWPMFWBS
deles: alguém a fazer algo.

f Quando usamos o Modo Indicativo? 8. Seu professor vai explicar as regras de


f Quando usamos o Modo Subjuntivo? funcionamento do Modo Imperativo
f Quando usamos o Modo Imperativo? Afirmativo e Negativo. Anote, no cader-
Quando se solicita ao aluno que crie uma definição, o ob- no, o que compreendeu, explicando com
jetivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase, traduzindo suas palavras.
de forma que lhe pareça claro o conceito estudado. Essa
também é uma excelente forma de você perceber em que 9. Como funciona o Modo Imperativo Afir-
nível está a compreensão dos alunos, para que possa fazer as mativo, na língua portuguesa, de acordo
intervenções necessárias. com a norma-padrão?

5. Observe novamente a receita culinária e a 10. Como funciona o Modo Imperativo Nega-
receita médica lidas no início desta Situa- tivo, na língua portuguesa, de acordo com
ção de Aprendizagem. Nos dois textos, os a norma-padrão?
verbos apresentam-se de forma semelhan- 9 e 10. Quando se solicita ao aluno que crie uma definição,
te. Que modo verbal é esse? Exemplifique o objetivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase, tradu-
com passagens dos textos. zindo de forma que lhe pareça claro o conceito estudado.
Os alunos vão registrar que o modo dos verbos apresenta- Essa também é uma excelente forma de você observar como
dos na receita médica e na receita culinária é o Imperativo, está sendo a compreensão dos alunos, para que possa fazer
já que ambos os textos fazem parte da tipologia “descrever as intervenções necessárias.

19
11. Compare os dois usos de Imperativo do verbo sair nas situações a seguir:

Situação 1 Situação 2

Dois jovens conversando em uma lanchonete: Dois jovens conversando em uma lanchonete:
– Sai daí, cara, que eu quero sentar! – Saia daí, cara, que eu quero sentar!
– Sai você! Ou senta em outro lugar! – Saia você! Ou sente em outro lugar!
– Você é um folgado mesmo... – Você é um folgado mesmo...
– Eu, né? – Eu, né?

a) Quais são as diferenças de uso do Modo 1. O professor vai indicar um texto


Imperativo entre a primeira e a segunda prescritivo ou injuntivo do livro di-
situação? dático para a realização desta tarefa.
A diferença está na variedade utilizada. A primeira é a colo-
quial, e a segunda, do ponto de vista do emprego do Modo a) Anote a página do livro didático em que
Verbal Imperativo, é a padrão. ele está.
O objetivo é fazer que os alunos criem o hábito de anotar as
b) Observando os verbos em destaque, os fontes de onde retiram informações, habilidade fundamental
interlocutores, em situações informais, na sociedade letrada.
costumam usar a primeira ou a segunda
forma? b) Considerando a finalidade para a qual o
A primeira. Solicite aos alunos que construam, oralmente, texto foi escrito, responda: A que tipo-
orações imperativas para que percebam o uso da variedade logia ele pertence?
coloquial. Esperamos que seja um gênero dentro do gênero injuntivo
ou prescritivo, na tipologia “descrever ações”.
c) Se estivermos em uma situação descontra-
ída de comunicação, que uso do Imperati- c) Explique sua resposta anterior, desta-
vo podemos fazer? Explique sua opinião. cando elementos do texto que levam a
Devemos optar pela forma coloquial, pois indica uma ade- essa conclusão.
quação dos interlocutores à situação de comunicação. Assim, O aluno deve levar a tipologia “descrever ações” em conta na
você pode passar aos alunos a ideia de que não há uso “erra- resposta, destacando suas características.
do”, mas sim o uso adequado ou não à situação.
d) O objetivo do autor do texto é sua com-
d) E se estivermos em uma situação de co- preensão pelo leitor. A parte visual do
municação mais séria e formal? Expli- texto contribui para isso? Como?
que sua opinião. É importante o aluno perceber que as imagens contribuem
Devemos usar a norma-padrão, pois indica uma adequação para a formação do sentido e que, portanto, estão atreladas
dos interlocutores à situação de comunicação. Desse modo, aos objetivos do autor.
constrói-se a ideia de que não há uso “errado”, mas sim a
forma adequada ou não à situação. e) Você observa algo em comum entre esse
texto e as receitas médicas e culinárias?
Finalizando a Situação, propomos algu- Explique.
mas atividades que retomam os principais as- O aluno deve destacar aqui uma ou mais características pres-
pectos estudados. critivas ou injuntivas, presentes nos dois textos.

20
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

2. O professor indicou um anúncio publici- Escolha um anúncio com usos do Modo Imperativo, para o
tário do livro didático ou de outra fonte aluno refletir sobre essa escolha.
como base para esta atividade. Observe-o
e responda às questões: e) O Imperativo foi usado na variedade-pa-
drão ou coloquial? Justifique sua resposta.
a) Qual parece ser o objetivo do anúncio?
Cada texto deve ter um objetivo específico, mas, de forma f) Esse uso está adequado dentro do anún-
geral, o anúncio televisivo ou de rádio deve apresentar um cio? Explique por que, segundo sua aná-
produto ou serviço. Você pode discutir o objetivo específico lise, o Modo Imperativo foi usado dessa
de cada texto e deve insistir na comprovação que precisa ser forma no texto.
feita por parte do aluno. e) e f). Respostas pessoais, de acordo com o anúncio esco-
lhido.
b) Como as imagens contribuem para que
o texto atinja esse objetivo? 3. Faça os exercícios sobre Modo Imperativo,
É importante o aluno perceber que as imagens contribuem do livro didático, indicados pelo professor.
para a formação do sentido e, portanto, estão atreladas aos Não se esqueça de registrar o número da
objetivos do anúncio. página.

c) Como as palavras contribuem para que Sugerimos que, ao final desta Situação de
o texto atinja esse objetivo? Aprendizagem, você faça uma recapitulação
É preciso destacar que a escolha verbal de um anúncio pu- das habilidades trabalhadas durante esse pe-
blicitário tem por objetivo contribuir para despertar o desejo ríodo, de acordo com o quadro apresentado
no consumidor de comprar o produto ou adquirir o serviço, no início. Dê atenção, prioritariamente, àque-
de forma mais ou menos explícita. las que apresentaram maior dificuldade para
os estudantes. Caso isso não tenha ocorrido,
d) Há usos do Modo Imperativo no texto? reforce algumas das habilidades estudadas, de
Quais? acordo com seus critérios.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
CRIANDO UMA “RECEITA LÚDICA”
Nesta Situação de Aprendizagem, des- de. Ao final do processo, os alunos produ-
taca-se a variedade de contextos nos quais zirão uma “receita lúdica”: um texto que
a tipologia “descrever ações” pode apa- apresente traços prescritivos ou injuntivos
recer. Nesse processo de ampliação, será e seja composto com base em um diálogo
introduzido o conceito de intertextualida- com outro texto.

Conteúdos e temas: tipologia “descrever ações”; intertextualidade explícita; uso da gramática normati-
va; Imperativo Negativo; pesquisa no dicionário; discurso citado.

Competências e habilidades: fruir música com organização prescritiva ou injuntiva; compreender


como e por que consultar gramáticas normativas; compreender, com o apoio de gramáticas norma-
tivas, o funcionamento da norma-padrão; comparar textos prescritivos e injuntivos de diferentes

21
naturezas; compreender a amplitude de uso da estrutura prescritiva ou injuntiva; analisar a norma-
-padrão em funcionamento no texto.

Sugestão de estratégias: leitura vista de forma expressiva, não apenas como modo de compreensão
cognitiva do texto; escuta de textos injuntivos de diferentes gêneros.

Sugestão de recursos: dicionário; gramática; livro didático; rádio; Caderno do Professor.

Sugestão de avaliação: produção de “receita lúdica” e intertextual; pesquisa na gramática normativa.

Roteiro para aplicação da Situação


de Aprendizagem 2
Inicialmente, ouça com seus alunos a música Do it, dos compositores Lenine e Ivan Santos.

Do it
Composição: Lenine/Ivan Santos
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Tá cansada, senta Hê Hô, Hum! Nanananã!
Se acredita, tenta Hê Hô, Hum! Nanananã!
Se tá frio, esquenta Hê Hô, Hum!...
Se tá fora, entra
Se pediu, aguenta Se tá [...], quebre
Se pediu, aguenta... Tá feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se sujou, cai fora Se tá velho, alquebre
Se dá pé, namora Corra atrás da lebre
Tá doendo, chora Corra atrás da lebre...
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora Se perdeu, procure
Não tá bom, melhora... Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se aperta, grite Se é verdade, jure
Se tá chato, agite Quer saber, apure
Se não tem, credite Quer saber, apure...
Se foi falta, apite
Se não é, imite... Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é do mato, amanse Se é inocente, apele
Trabalhou, descanse Escravo, se rebele
Se tem festa, dance Nunca se atropele...
Se tá longe, alcance
Use sua chance Se escreveu, remeta
Use sua chance... Engrossou, se meta

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Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

E quer dever, prometa Hê Hô, Hum! Nanananã!


Prá moldar, derreta Hê Hô, Hum! Nanananã!
Não se submeta Hê Hô, Hum! Nanananã!
Não se submeta... Hê Hô, Hum!... (2x)

© Dueto Edições Musicais

Estimule os alunos a relacionar a letra da 1. Você considera que na letra dessa canção
música com o assunto “textos injuntivos e pres- há traços de gêneros que pertencem ao
critivos”. O objetivo, nesse momento, é fazê-los grupo de textos injuntivos ou prescriti-
prestar atenção no uso frequente do Modo Impe- vos? Analise-a, preenchendo o quadro a
rativo no texto, como sugere a atividade a seguir. seguir.

Traços do grupo de textos injuntivos ou prescri- Trechos da letra da música Do it que


tivos na letra da canção analisada comprovam as respostas encontradas

Na letra da canção, há momentos em que


Em todos os versos, termina-se dizendo o que o interlocutor
se tenta regular o comportamento de al- deve fazer.
guém? Como isso ocorre no texto?

A letra pode ser compreendida como uma


ordem, um pedido gentil, uma súplica ou O texto parece “aconselhar” seu interlocutor, pois, com base
nenhuma das três situações? Em caso de em uma dada situação, marcada sempre pelo “se”, sugere que
resposta negativa, explique qual parece ser se aja de certa maneira.

o sentido principal do texto.

Como se trata de uma canção, a presença A entonação é incisiva e o ritmo é forte, dando mais vigor à
de elementos não verbais (entonação, trilha interpretação da ordem. Mas é possível que os alunos façam
sonora) reforça o sentido do texto verbal? outros comentários. Observe a pertinência. Para tanto, é ne-
cessário que a música seja ouvida em sala.
Explique.

Um aspecto importante na análise da can- de Aprendizagem 1, qual dos textos é o me-


ção – que será destacado, na próxima atividade, nos impositivo? Por quê?
em comparação à receita vista anteriormente A letra da música, a princípio, parece ser menos impositiva,
– é seu caráter injuntivo, que é menos imposi- especialmente se comparada à receita médica, uma vez que
tivo, uma vez que na letra há as orações con- começa sempre com uma condição. Mas a condição dada
dicionais na frente de cada Imperativo. Assim, também pode ser compreendida como restritiva. A correção
mais do que uma ordem, cada oração pode da resposta dependerá da pertinência dos argumentos.
ser entendida como um conselho, pois toma o
condicional como pressuposto para a ação. Injunção, portanto, não precisa indicar ne-
cessariamente uma ordem explícita. Pode ser
2. Se você comparar a letra da música Do it um pedido, um conselho, uma súplica, entre
com as receitas apresentadas na Situação outras possibilidades. O fundamental na in-

23
junção é que alguém está regulando, de forma Estabeleça uma comparação entre a letra
mais sutil, o comportamento do outro. Essa da música Do it e o fragmento do Estatuto da
regulação pode ser feita em tons bastante di- Criança e do Adolescente, destacando, entre
versos. Esse é o ponto que deve ser enfatizado outros aspectos:
na análise de canção.
f o tom de conselho da música (devido às
Na sequência, apresentaremos um texto suas construções linguísticas);
em que o caráter prescritivo prevalece. f o caráter indiscutível do estatuto (devido
às suas construções linguísticas).
3. Leia o texto a seguir.
4. Responda às questões a seguir:

Fragmento do Estatuto da a) Qual parece ser o objetivo central do


Criança e do Adolescente trecho da lei?
(ECA) Definir o que é permitido e o que não é quanto ao trabalho
[...] da criança e do adolescente.
Art. 2o Considera-se criança, para os efei-
tos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade b) Você considera que as determinações
incompletos, e adolescente aquela entre doze que o texto contém podem ser desrespei-
e dezoito anos de idade. tadas ou devem ser acatadas? Explique.
[...] Pela característica do gênero “estatuto”, que tem força de lei
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a (a palavra “Lei” é mencionada no art. 2º), as determinações
menores de quatorze anos de idade, salvo na devem ser acatadas.
condição de aprendiz.
[...] c) Observando a linguagem do texto, há
Art. 67. Ao adolescente empregado, nela traços do grupo de textos injunti-
aprendiz, em regime familiar de trabalho, vos ou prescritivos? Quais?
aluno de escola técnica, assistido em entida- Ele é prescritivo quando diz coisas como “é proibido” ou “é
de governamental ou não governamental, é vedado”. É a expressão do que deve ou não ser feito e, por-
vedado trabalho: tanto, regula o comportamento das pessoas.
I – noturno, realizado entre as vinte e
duas horas de um dia e as cinco horas do d) Apesar de não ter sido usado o Modo
dia seguinte; Imperativo, a forma verbal empregada
II – perigoso, insalubre ou penoso; indica ordem. Explique como isso pode
III – realizado em locais prejudiciais à ser verificado no texto.
sua formação e ao seu desenvolvimento físi- Indica ordem porque aponta o que pode ou não ser feito.
co, psíquico, moral e social;
IV – realizado em horários e locais que e) Comparando o texto do ECA com a le-
não permitam a frequência à escola. tra da música Do it, podemos dizer que
os dois fazem parte da tipologia “des-
[...] crever ações”. A orientação, porém, é
construída de maneira diferente nos
Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: dois textos. Qual é essa diferença?
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. /PUFYUPEBNÞTJDB IÈVNUPNEFDPOTFMIPOP&$" PUPN
Acesso em: 24 maio 2013. é de lei, de algo que deve ser cumprido. São modos de dizer
o que deve ser feito.

24
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Outro exercício que pode ser proposto aos usos imperativos funcionam como uma forma de punição a
alunos é pegar mais um trecho prescritivo do ela mesma, constituindo-se, portanto, como uma expressão
livro didático (algum gênero em que a coerção contraditória de sentimentos.
é clara, como a Constituição Federal).
b) Há usos no Modo Imperativo? Se hou-
5. Pela análise feita nas atividades anteriores, ver, circule-os.
é possível perceber que textos que regulam Deves; queixas; concedas; trata-me; aches; sê; ordena-me;
(ou procuram regular) o comportamen- socorras. A ideia é que esses casos, apesar de não serem im-
to das pessoas a quem se dirigem podem perativos, estão sendo usados com esse efeito. Ou, então, co-
fazer isso de diferentes formas. Veja mais loque um parêntese (apesar de as formas “deves”, “queixas”,
um exemplo dessas diferenças no texto a “conjuro-te”, “socorras” e “acabe” não serem imperativas, es-
seguir: tão sendo usadas como tal).

c) Esse texto pode ser classificado como


[...] Se te amasse como mil vezes tenho injuntivo e prescritivo ao mesmo tem-
dito, há quanto não teria morrido? Tenho- po? Explique.
-te enganado! És tu que te deves queixar de Sim, porque, ao mesmo tempo, ela faz uma súplica ao in-
mim! Ai! Por que não te queixas tu?! Pois eu terlocutor, mas adota um tom prescritivo em relação a si
vi-te partir; não posso ter esperança de que mesma. Observe, no entanto, a pertinência de outras res-
voltes: e respiro ainda. Traí-te! Peço-te per- postas.
dão! Mas não! Não mo concedas! Trata-me
severamente! Não aches os meus sentimen- d) Se compararmos o trecho da carta com
tos bem violentos! Sê mais difícil de conten- a letra da música Do it e com o texto do
tar! Ordena-me que eu morra de amor por ECA, podemos afirmar que os textos
ti!... Sim! Conjuro-te a que me socorras, para são injuntivos? Explique.
que, excedendo a fraqueza do meu sexo, aca- Não. A música tem o tom de conselho, o ECA é impositivo e
be tanta hesitação com um ato de verdadeiro a carta é uma súplica, antes de mais nada.
desespero.
Da análise comparativa entre dife-
ALCOFORADO, Mariana. Cartas de amor. In: MOI-
rentes textos que podem ser agrupa-
SÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos tex-
dos como injuntivos ou prescritivos,
tos. São Paulo: Cultrix, 2002. p. 201.
é possível afirmar:

f todos esses textos, de alguma forma, procu-


a) Esse é o trecho de uma carta escri- ram regular o comportamento de alguém,
ta no século XVII e atribuída a uma indicando como esse interlocutor deve agir,
mulher. De acordo com pesquisas his- comportar-se etc.;
tóricas, ela manteve correspondência f um texto injuntivo ou prescritivo regula o
com um oficial francês, com quem, comportamento de alguém de forma muito
possivelmente, teve um relacionamen- distinta; os prescritivos são mais específi-
to amoroso e depois foi abandonada. cos e rígidos nesse processo; já os injunti-
Qual parece ser o objetivo central do vos são mais sutis, sem tanto controle de
texto? comportamento.
É uma súplica, a expressão de um desejo que ela gostaria que
fosse realizado, mas que está totalmente nas mãos de seu Na sequência, vamos introduzir o conceito
interlocutor satisfazer. Além disso, há momentos em que os de intertextualidade.

25
1. O professor dará informações sobre como fazer pesquisa em uma gramática.
Usando os mesmos critérios, pesquise agora o tema intertextualidade nas fontes in-
dicadas por ele.

Definição do termo
intertextualidade

Fonte(s) de onde foi


(foram) retirada(s)
a(s)
informação(ões)

O aluno deve pesquisar em mais de uma fonte e registrar o que é a intertextualidade.

2. Depois da pesquisa individual, a classe vai 3. Tendo por base uma notícia de jornal in-
discutir o significado de intertextualidade. O dicada pelo professor (do livro didático ou
professor vai participar da discussão, expli- outra fonte), grife, no texto, todos os tre-
cando o que não estiver claro. Após a discus- chos que demonstram a ocorrência de in-
são, anote o que compreendeu sobre o tema. tertextualidade.
Todas as conclusões podem, a princípio, ser consideradas vá- Espera-se que o aluno consiga relacionar trechos da notícia
lidas. No entanto, as que o grupo considerar corretas darão publicada no jornal com outros textos, por exemplo, notícias
base a uma formulação coletiva final que deve ser anotada. da TV, crônicas ou charges presentes no próprio jornal.

26
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

4. Partindo da definição pesquisada, dis- prescritivo ou injuntivo que retome um trecho


cutida pela classe e confirmada pelas da carta. O importante é que você escreva seu
explicações do professor sobre o tema texto no gênero “receita culinária” (se optar
intertextualidade, leia o trecho a seguir e pela injunção) ou “médica” (se optar pela pres-
indique o texto com o qual ele dialoga. crição) e estabeleça um intertexto com a carta.

Nessa devolutiva, chame a atenção para os


[...] Se te amasse como já disse mil vezes, seguintes pontos:
há quanto não teria morrido? Tenho enga-
nado você! Você é que deveria se queixar de f se os textos produzidos apresentam as ca-
mim! Ai! Por que você não se queixa?! Olha racterísticas típicas do gênero “receita culi-
só: eu vi você ir embora; não posso ter es- nária” (título, ingredientes e modo de fazer)
perança de que você vá voltar. Mas estou ou “médica” (nome do paciente, indicação
respirando ainda. Eu te traí! Me perdoa, por do medicamento, quantidade, posologia,
favor! Mas não! Não me perdoe, não! Seja assinatura, data e carimbo médico);
duro comigo! Não fique com pena de mim! f se a forma verbal imperativa foi usada na
Não se deixe levar pelas minhas palavras! Me variedade coloquial ou na padrão (o mais
mande morrer de amor por você!... Sim! Te importante aqui é que esse uso tenha sido
peço que me ajude, para que, superando o consciente; o importante é que ele opte por
fato de eu ser do sexo frágil, possa dar fim a uma forma ou por outra);
toda essa hesitação. f se há elementos da carta de Mariana Alco-
forado explicitamente retomados na receita.

É uma paráfrase do trecho original, com Destacando os aspectos de oralidade e es-


mudança apenas do “tu” pelo “você” e com os cuta, você pode estabelecer uma discussão so-
ajustes de pronomes pessoais do caso oblíquo bre as produções textuais. Leia algumas e peça
e conjugações verbais. que comentem se os intertextos ficaram claros.

Faça uma sondagem, estimulando-os a Em seguida, promova leituras de textos in-


perceber a retomada quase integral de um tertextuais do livro didático.
texto pelo outro. Peça que discutam como foi
feita a mudança, o que foi mantido e o que Você pode fazer uma espécie de jogo. A
foi alterado do original (no caso, fez-se apenas cada leitura feita, solicite aos alunos que pro-
uma adaptação de linguagem, usando formas curem destacar as intertextualidades que con-
linguísticas mais próximas da atualidade). seguem perceber. Divida-os em grupos para
que fique mais dinâmico. O grupo que perce-
Mostre que os traços injuntivos, bem como ber mais diálogos vence o jogo.
a situação básica do texto, não foram altera-
dos. Na “Produção escrita”, relacionaremos o Depois, você pode selecionar outro texto do
tema intertextualidade com a tipologia “des- livro didático e solicitar que marquem as inter-
crever ações”. textualidades explícitas, destacando os meca-
nismos que indicam as mudanças de vozes.
Produção escrita
Para finalizar, discuta com eles a impor-
Partindo do fragmento da carta de Maria- tância do repertório do leitor para a compre-
na Alcoforado, produza, no caderno, um texto ensão do diálogo entre textos. A ideia é que

27
percebam o quanto o conjunto de referências c) Compare essa definição com outra, do
de cada um é fundamental para entender os livro didático ou de uma fonte diferen-
intertextos e seus efeitos. te, indicada pelo professor. Quais são as
semelhanças?
Na continuação, passaremos aos estudos
linguísticos. d) Há diferenças? Quais?

Estudo da língua e) O professor indicará mais alguns assun-


tos para localização na gramática nor-
Uso da gramática normativa mativa.

Quanto ao estudo específico de aspectos f) Após a realização das atividades e ex-


linguísticos, partiremos do tema como e por plicações do professor, anote, com suas
que usar a gramática normativa. Nesta ativi- palavras, o que é uma gramática e para
dade, será preciso ter alguns exemplares para que ela serve.
trabalho, mas não necessariamente da mesma
gramática. g) Refletindo sobre como você fez para
encontrar o conceito de verbo, indi-
Comece pelo sumário. Destaque a lista dos que o que é preciso fazer, que passos
assuntos tratados em cada parte (ou capítulo) se deve seguir, para realizar uma pes-
do livro, de forma panorâmica. Examine cada quisa em gramática, dicionário, enci-
grande tópico, verificando com os alunos se as clopédia etc.
gramáticas que estão observando apresentam a) a g). Selecione o enfoque do estudo a ser anotado. Pode-
os mesmos assuntos. Faça, com a participação -se abordar temas em geral, ou escolher uma parte (con-
deles, um quadro dos grandes tópicos. junções, por exemplo) e fazer um recorte. Procure refletir
sobre qual a melhor opção para sua classe neste momento.
Peça então que os grupos localizem o tema A sequência das perguntas aprofunda o tema verbos. É feito
verbos e leiam, especificamente, o conceito. um trabalho com leitura de conceitos e comparação com
outras fontes, portanto, você precisa usar outra fonte de con-
Façam um confronto entre o que eles têm sulta (pode ser o livro didático). Estimule a comparação de
anotado no caderno e o que consta no livro didá- definições de verbos nas duas fontes indicadas. Você deve,
tico, observando se há semelhanças e diferenças. ainda, indicar outros temas para que os alunos os encontrem.
O objetivo desta questão é desenvolver a familiaridade com
1. O professor disponibilizará alguns exem- esse objeto de consulta. Por fim, será solicitado ao aluno que
plares de gramáticas normativas da língua crie passos de pesquisa para dicionários e outras fontes, de
portuguesa para uma atividade em grupo. acordo com os realizados em sala de aula. Portanto, será
Com o livro em mãos, responda: preciso sistematizar. Faça isso oralmente e solicite aos alunos
que, primeiro, escrevam, para depois discutir, ou já construir
a) Quais são os assuntos tratados em cada com a classe as etapas a serem realizadas.
parte ou capítulo, de acordo com o sumá-
rio? Observe e anote os principais tópicos Por fim, apresente mais alguns temas
que serão discutidos com o professor. para pesquisa, apenas para que aprendam
a localizá-los. Finalize pedindo que encon-
b) Localize, no sumário, a parte que trata trem e anotem no caderno a definição da
do tema verbos. Depois, leia a definição gramática normativa para “Imperativo Ne-
que é dada ao termo na página indicada. gativo”.

28
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Se houver tempo, promova uma discus- 2. Você já pesquisou o conceito de intertex-


são final acerca do que entenderam sobre o tualidade e analisou-o em uma notícia de
que é e para que serve uma gramática. Co- jornal. Faça a mesma análise com outro
mente a ideia de “livro de consulta”. E des- texto jornalístico do livro didático indica-
taque dois pontos: do pelo professor (sublinhe todos os tre-
chos do texto em que a intertextualidade
f os conteúdos descritos em uma gramáti- ocorre).
ca são usados pelos falantes de português, O aluno deve localizar na notícia todas as intertextualidades
muitas vezes de forma inconsciente, devido explícitas, introduzidas por verbos dicendi, aspas ou outra
ao aprendizado natural; forma de introdução do discurso alheio.
f a variedade nela descrita é chamada
“norma-padrão” da língua portuguesa. 3. Conforme as explicações dadas, a intertex-
Há outras variedades em uso, como a tualidade é uma espécie de diálogo entre
norma coloquial, muito pertinentes para textos, em que, de alguma forma, trechos
contextos informais ou específicos de co- de outros textos ou falas de outras pessoas
municação entre os falantes. são citados. Leia os trechos de notícias a
seguir, observando se, em meio ao texto
Também em “Estudo da língua”, propo- do jornalista, são citadas falas de outras
mos mais algumas atividades sobre intertexto. pessoas:

Trecho A
As recentes chuvas em Santa Catarina deixaram milhares de desabrigados. De acordo com uma
autoridade do município, todos os que perderam suas casas serão acomodados em prédios públicos ou
na igreja local até que a situação se normalize.

Jornal da Cidade, 25 nov. 2008.

Trecho B
O número de animais abandonados está aumentando. Muitos compram filhotes e, quando os ani-
mais crescem, desistem de cuidar deles. A veterinária Maria da Conceição Verges afirma que agir dessa
maneira é uma irresponsabilidade:
“Além do sofrimento do animal, é preciso considerar que bichos abandonados tendem a contrair
doenças mais facilmente, podendo transmiti-las para outros.”
Jornal O Grito, 12 jan. 2008.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

a) O Trecho A apresenta fala de outras b) O Trecho B apresenta fala de outras


pessoas? Explique. pessoas? Explique.
Sim. Apresenta, quando faz referência ao relato de uma fonte Sim. Apresenta, por meio da utilização de aspas e verbo di-
(uma autoridade do município) distinto da fala do jornalista. cendi (afirma).

29
c) Se você constatou a existência de inter- Com o grupo, separe todas as falas do autor e
textualidade, indique como ela é marca- as falas das fontes.
da no Trecho A e no Trecho B.
No Trecho A: “[...] De acordo com uma autoridade do mu- Na sequência, destaque as marcas linguís-
nicípio [...].” ticas que separam a fala do autor das outras:
No Trecho B: “A veterinária Maria da Conceição Verges afirma que presença de aspas, frases ou períodos introduzi-
agir dessa maneira é uma irresponsabilidade: ‘Além do sofrimento dos por verbos dicendi (“afirmar”, “dizer” etc.).
do animal, é preciso [...] podendo transmiti-las para outros.’ ” Observe se há outras marcas desse tipo no texto
e assinale-as para o grupo. Depois, você pode
Estudo da língua selecionar outros pequenos textos informativos
e pedir aos alunos que identifiquem:
Discurso citado
f informações que podem ser atribuídas ao
Com a definição de intertextualidade ex- autor do texto ou a outras vozes;
plícita, vamos sugerir o estudo do discurso f marcas explícitas da introdução da fala de
citado. Como primeiro passo, você pode es- outras fontes.
colher um texto informativo do livro didáti-
co ou outra fonte (uma notícia publicada em Leia os textos e veja as análises, observan-
jornal, por exemplo). Leia o texto com os do a pertinência e a adequação de cada uma.
alunos e discuta o assunto. Depois, destaque:
Outra possibilidade é ler, com os alunos,
f o autor do texto; dois ou mais textos de opinião e informação
f outras vozes presentes. sobre um tema do interesse deles. Promova
uma discussão e, se possível, faça um levan-
É muito importante que os alunos apren- tamento de opiniões na lousa, observando os
dam a distinguir vozes presentes em um texto, diferentes argumentos.
sabendo separar a voz do autor das vozes de
outras fontes citadas. No caso das notícias de Em seguida, peça a cada aluno que escre-
jornal, por exemplo, as frases mais provocati- va um pequeno parágrafo, com um único ar-
vas ou críticas virão, muitas vezes, expressas gumento sobre o assunto. Por exemplo, se o
por meio de outras vozes presentes no texto, tema é Será que os pais de hoje são diferentes
citadas pelo autor principal. dos de antigamente?, cada aluno define o que
pensa e escolhe um só argumento.
Nesse momento, pode-se discutir por que
razão alguns textos citam suas fontes de forma A partir daí, ao escrever esse parágrafo, o
clara. Veja o que os alunos dizem e anote na lou- aluno deve selecionar, em seguida, um trecho
sa. Muitos comentários são possíveis com essa de um dos textos que vão ao encontro de sua
estratégia, mas o importante é ajudá-los a perce- opinião. Destaque que a maneira como essa
ber que, quando um autor faz isso em seu texto, outra voz será introduzida é muito importan-
em geral, ele tem determinada intenção: seja de te, pois é preciso ficar claro para o leitor quan-
parecer objetivo, erudito, franco, honesto, de- do a fala é do autor do texto ou da fonte.
mocrático etc. Enfim, há um ou mais objetivos
em produzir um texto citando fontes explícitas. Termine discutindo que há muitos textos,
de diferentes naturezas, que usam esse tipo de
Após a discussão, voltem ao texto da notícia citação de fonte. Normalmente, eles têm em
de jornal (ou outro que tenha sido selecionado). comum o caráter informativo, objetivo, ou

30
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

procuram usar de outras vozes para adquirir A atividade a seguir procura materializar
credibilidade, entre outras possibilidades. essa discussão.

1. Depois das explicações e orientações dadas pelo professor, leia os conceitos de dis-
curso direto, indireto e indireto livre no livro didático ou em outra fonte de consulta:

a) discuta com seus colegas o que cada um entendeu sobre os três conceitos;

b) depois da discussão, você e seu grupo devem criar uma definição para cada um dos
conceitos. Em seguida, anote a definição do seu grupo para cada item e dê um exemplo.

Conceito Definição Exemplo

Discurso direto

Discurso indireto

Discurso indireto livre

Quando se solicita ao aluno que crie uma definição, o objetivo é fazê-lo desenvolver uma paráfrase, traduzindo de forma que
lhe pareça claro o conceito estudado. Essa também é uma excelente forma de se perceber qual o grau de compreensão dos
alunos, para as intervenções necessárias.

Finalizando esta Situação, propomos retomar Com base na nova versão da carta
a página 23 (“Estudo da língua”) do Caderno do de Mariana Alcoforado, apresenta-
Aluno para realizar as atividades que seguem. da no “Estudo da língua”, responda:

31
1. Os usos do Modo Imperativo estão de Por tratar-se de conversa, pode haver mais de um tema
acordo com a norma-padrão da língua como referência. De certa forma, pede-se ao aluno que sin-
portuguesa? Explique. tetize os temas, realizando uma espécie de resumo dos as-
Não, estão na variedade coloquial. Na reescrita, adaptou-se suntos abordados.
o texto a uma situação de comunicação moderna, em que
uma jovem está escrevendo uma carta para seu amado, uma b) Nessa conversa, você observou a pre-
situação pessoal e bastante informal. sença de intertextualidade? Quando ela
ocorreu?
2. Grife as intertextualidades presentes no Acreditamos que tenha ocorrido, pois nas conversas é muito
texto indicado pelo professor para a rea- comum as pessoas referirem-se a outras. É preciso observar
lização deste exercício e circule todas as como eles marcaram a intertextualidade, pois ela pode estar
marcas linguísticas que indicam a citação mais ou menos explícita.
de alguém dentro do texto.
É preciso, previamente, selecionar um texto em que haja in- c) Quais foram as fontes citadas?
tertextualidades reconhecíveis para o aluno, para que a ativi- Os alunos devem registrar todas as fontes citadas (fatos,
dade possa fazer sentido. pessoas, ideias etc.).

3. Observe uma conversa entre pessoas de sua d) Foram usadas marcas para introduzir
família por dez minutos: as referências intertextuais? Quais?
Provavelmente, a citação dos nomes das pessoas ou ou-
a) Qual(is) foi(foram) o(s) assunto(s) tras fontes e verbos dicendi.
principal(is)?

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
TUDO DEPENDE DA MANEIRA COMO PEDIMOS

Um texto que ressaltará seu caráter prescri- se procurará mostrar que um texto pode estar
tivo ou injuntivo, dependendo de como é uti- muito bem organizado do ponto de vista tipo-
lizado, será estudado a partir de sua inserção lógico, mas inadequado ao contexto, não con-
em uma situação comunicativa. O objetivo é seguindo, talvez, atingir seu objetivo de forma
desenvolver a competência crítica, pois a análi- plenamente satisfatória para os interlocutores.

Conteúdos e temas: leitura dramática; reescrita de diálogo a partir de situação de comunicação; Modo
Indicativo (verbos regulares); “tu”, “vós” e variedades linguísticas; frase, oração e período.

Competências e habilidades: ler dramaticamente; produzir texto prescritivo; analisar norma-padrão em


funcionamento no texto; analisar texto dentro de situação comunicativa.

Sugestão de estratégias: vivência de situações comunicativas próximas da realidade; percepção da en-


tonação como elemento constituinte do sentido.

Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor.

Sugestão de avaliação: leitura dramática; reescrita de diálogo; produção de texto prescritivo; análise de
aspecto específico da norma-padrão dentro de um texto.

32
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Roteiro para aplicação da Situação


de Aprendizagem 3
O texto e as atividades a seguir servirão de ção comunicativa para a opção pelo tom pres-
base para a discussão da influência da situa- critivo ou injuntivo do texto.

(Um chefe precisa pedir à sua secretária para acelerar a finalização de um relatório. Ela está
em sua mesa e ele vai cobrar o andamento dos trabalhos. Ele pensa que ela deve cumprir as
ordens, pois essa é sua função. Ela considera-se ótima funcionária e gostaria de ver seu
trabalho mais valorizado, dada sua dedicação.)

Chefe – Carla, como estão os relatórios? Já estão praticamente prontos, né?

Secretária – Estou fazendo o melhor que posso... Veja, aqui estão as planilhas e a primeira versão...

Chefe – Como assim, primeira versão? Faça a versão definitiva, não há tempo para isso. Depois
envie para eu apenas analisar, não posso esperar por segundas versões...

Secretária – Disse primeira versão porque, justamente, o senhor dá a última palavra. Eu apenas
faço o meu trabalho e procuro cumprir os prazos...

Chefe – “Procurar cumprir” é pouco, Carla. Você tem de cumprir, mesmo que precise ficar até mais
tarde. Esse é um contrato importante, todo mundo vai dar o sangue por isso. A diretoria está me co-
brando, cobrando todo mundo. Faça o impossível e o mais rápido possível.

Secretária – Vou fazer. Pode esperar que lhe envio, no máximo, até o começo da tarde. Não vou
almoçar e consigo terminar lá pelas duas horas.

Chefe – Faça até a uma. Depois preciso visitar outro cliente.

Secretária – Sim.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

1. Quem são as pessoas que participam da si- 3. O que o chefe quer?


tuação? A entrega de um relatório, com urgência.
O chefe e a secretária.
4. Há problema no modo como o chefe fala com
2. Explique o que está acontecendo na situação. a secretária, de acordo com a situação inicial.
O chefe está pressionando a secretária para que entregue Circule os trechos em que isso acontece.
um trabalho, e ela está tentando mostrar que faz o melhor De acordo com a situação inicial apresentada no texto, sa-
que pode. bemos que, por ele pressioná-la demais e ser irônico, ela

33
não se sente reconhecida, apesar do esforço. Todas as falas saio, esse grupo discuta os critérios comuns de
a seguir indicam que ela não se sente valorizada: “Estou fa- avaliação das apresentações.
[FOEPPNFMIPSRVFQPTTPwi%JTTFQSJNFJSBWFSTÍPQPSRVF 
KVTUBNFOUF PTFOIPSEÈBÞMUJNBQBMBWSBwi&VBQFOBTGBÎPP As atividades a seguir procuram organizar
NFV USBCBMIP F QSPDVSP DVNQSJS PT QSB[PTw i1PEF FTQFSBS esse trabalho.
RVFMIFFOWJP OPNÈYJNP BUÏPDPNFÎPEBUBSEFwi/ÍPWPV
almoçar e consigo terminar lá pelas duas horas”. 1. Você e um grupo de colegas vão dramati-
zar o texto da seção “Leitura e análise de
5. O texto pode ser compreendido como in- texto”. Não é preciso decorar as falas, ape-
juntivo ou prescritivo? Explique sua res- nas entender a sequência de ideias que o
posta a partir da situação proposta no tex- texto propõe:
to e da situação em que está inserido.
Pode ser compreendido como prescritivo, pois o chefe diz a) A partir da dramatização, vamos re-
como as coisas devem ser feitas e a secretária reage com tomar o caráter injuntivo ou prescriti-
base no que ele diz. Sua forma de falar é muito impositiva. vo do texto. A maneira como falamos
interfere na recepção da pessoa com
A ideia é verificar se os usos prescritivos do quem falamos?
texto têm chances de atingir seus objetivos e
por quê. É preciso que os alunos tenham cla- b) Qual das dramatizações apresentou
reza de que o “chefe” pede o que quer, mas mais êxito do ponto de vista da ade-
utilizando um tom impositivo demais, não são da secretária?
levando em conta todo o esforço da colabo-
radora. c) Em qual delas a maneira de falar do
chefe dificultou a adesão da secretária?
Em um exercício de releitura, peça que Neste exercício, propõe-se aos alunos que dramatizem o tex-
reescrevam o diálogo da situação, de forma a to da seção “Leitura e análise de texto”. O objetivo é interpre-
se tornar um texto com tom mais injuntivo e tar o texto em outros tons, ao mesmo tempo que as questões
com maiores chances de atingir êxito, tanto propostas procuram orientar a reflexão sobre o que foi feito.
do ponto de vista do chefe como da colabora-
dora. Isso significa que ele pede o que deseja, 2. Dramatize novamente o texto, reformulan-
mas estimula o esforço da funcionária. Façam do o diálogo. Torne-o mais eficiente, tendo
leituras dramáticas ou apenas socializadas em vista que o chefe quer a adesão da se-
dos resultados. cretária e, portanto, a partir das expectati-
vas dela, precisa valorizar seu trabalho.
Oralidade
Produção escrita
No desenvolvimento da competência de
comunicação oral, propomos a dramatização No desenvolvimento da competência escri-
da situação do chefe com sua secretária. ta, sugerimos uma situação em que o caráter
prescritivo do texto deve prevalecer.
Cada grupo então deve apresentar sua
maneira de dramatizar a situação. Um grupo
pode ficar à parte, para julgar, observa cada Um médico está diante de seu paciente
apresentação e escolhe a melhor. É importan- no consultório. Foram feitos vários exames
te que, enquanto os outros grupos fazem o en- e será preciso um tratamento longo, cheio

34
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

de limitações e medicamentos. O paciente Depois, apresente os tempos verbais do


é um homem de meia-idade, que ainda não Indicativo, dividindo-os, inicialmente, em três
digeriu muito bem sua situação. A fala do grandes blocos: presente, passado e futuro. O
médico procurará prescrever o que deve objetivo, nesse momento, é que os alunos per-
ser feito e convencer o enfermo a seguir as cebam a riqueza dos tempos próprios desse
orientações. modo verbal.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
De modo também diagnóstico, você pode
colocar cada um dos tempos na lousa, apenas
citando o nome. Em seguida, escolha um verbo
A intenção é que os alunos produzam um regular e escreva a primeira pessoa de cada tem-
diálogo com caráter prescritivo, uma vez que po (“eu amo”, “eu amei”, “eu amava” etc.). So-
o médico deverá indicar ao paciente como licite que a turma complete as outras pessoas
ele deve se comportar no tratamento, quanto oralmente, deixando de lado, propositadamen-
à medicação, à alimentação e outros hábitos te, as pessoas “tu” e “vós”. A ideia aqui é desta-
(exercícios físicos, vícios etc.). car a regularidade e fazer os alunos perceberem
que já sabem conjugar a maior parte desses
Destaque, na intervenção, todas as marcas tempos, desde que o verbo seja regular.
linguísticas de coerção que surgirem. Observe
também se esses usos estão adequados à situação Faça isso com vários verbos regulares. Em
(o médico, de acordo com o contexto, precisa seguida, apresente as pessoas “tu” e “vós”,
ter firmeza, mas também um pouco de paciên- lembrando o uso regional do “tu” (usado em
cia, pois o tratamento é longo e difícil, e o pa- lugar de “você” em algumas partes do Brasil)
ciente não digeriu bem a situação). e o uso histórico do “vós”.

O aluno deve redigir um diálogo prescriti- 1. Vamos recapitular os tempos do Modo


vo, levando em conta o contexto da comuni- Indicativo apresentados em outras séries/
cação, conforme indicado no enunciado. anos. Com alguns colegas e, sem consultar
nenhum material, relacionem quais tem-
O grande desafio dessa escrita é produzir pos formam o Modo Indicativo, e também
um diálogo em que o ouvinte entenda que não o uso de cada um. Conjuguem ainda um
tem escolha, mas sinta-se acolhido. É preciso verbo em cada tempo, como exemplo.
dar orientações firmes sem ser ríspido. O objetivo é levar o aluno a trabalhar em grupo e verificar
sua aprendizagem sobre o Modo Indicativo. Você deve usar
Estudo da língua a atividade para ver qual o nível da aprendizagem e, a partir
disso, fazer as intervenções necessárias.
Modo Indicativo
2. O professor apresentará alguns verbos con-
Passando para aspectos gramaticais, você jugados em diferentes tempos do Modo In-
pode apresentar o Modo Indicativo, bem dicativo. Mas não dirá qual é, pois caberá
como parte dos tempos que lhe são próprios. a você encaixar cada um nos tempos que
Inicie pedindo uma pesquisa na gramática, você propôs no exercício anterior. Anote
procurando a definição de “Modo Indicati- cada verbo no caderno e o tempo em que
vo”. Peça aos alunos que leiam suas anotações ele está conjugado.
e digam o que entenderam. Esta é uma atividade de fixação do Modo Indicativo.

35
Estudo da língua Talvez esse seja um momento oportuno
para apresentar os conceitos de frase e oração.
Frase e oração Você pode apresentar algum texto sem verbos
do livro didático (normalmente eles estão no
Aproveitando a sistematização de mo- capítulo sobre os estudos de frase e oração) e
dos e tempos verbais, você pode introduzir observar que é possível, sim, criar textos com-
o conceito de frase e oração. Dizemos isso, preensíveis mesmo sem a presença verbal. Já
pois nos parece que os dois últimos conceitos é pertinente, então, apresentar o conceito de
são os mais fundamentais para a introdução frase a partir dos exemplos do livro.
da sintaxe, e o verbo, como centro do pre-
dicado, pode ser um bom início para esses Por outro lado, como o exercício com as
estudos. orações demonstrou, se uma sentença organi-
za-se em torno de um verbo, ele torna-se ali
Você pode começar apresentando um um centro importante de organização do tex-
pequeno texto sem verbos. Peça aos alunos to. Para reforçar, projete em transparência a
que o preencham, mas, antes, discutam a fal- primeira página de um jornal ou revista e peça
ta que os verbos fazem para a compreensão aos alunos que circulem todos os verbos pre-
mais global das sentenças. sentes. Nesses casos, é provável que a maior
parte das sentenças contenha ao menos um
É possível, inclusive, fazer comparações a verbo. Mais do que isso: de todas as palavras
partir de algumas orações. Retire, por exem- presentes nessas sentenças, o verbo parece ser
plo, um termo de cada uma delas e compare a mais importante, pois sua ausência dificul-
o novo sentido à versão sem verbos. taria muito a compreensão de tais enunciados.

Faça a pesquisa de acordo com as orientações a seguir e registre os resultados no


caderno.

1. Pesquise, no livro didático ou em outra fonte indicada pelo professor, os pronomes tu e vós.
Relacione todas as informações que considerar relevantes:

a) De acordo com as informações que pesquisou, em que contextos são usados os prono-
mes tu e vós?
Usar como forma de avaliação formativa, para verificar o que compreenderam. Nesse sentido, não espere por respostas to-
talmente corretas, mas deixe que o aluno registre o que compreendeu. De qualquer forma, você tem acesso à fonte citada,
portanto, terá base para observar como foi compreendida a explicação pelos alunos e fazer as intervenções necessárias.

2. Pesquise também os conceitos de frase e oração em duas fontes diferentes, indicadas pelo
professor:

a) Quais são as fontes pesquisadas?


O objetivo é fazer que os alunos criem o hábito de anotar as fontes de onde retiram informações, habilidade fundamental na
sociedade letrada.

36
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

b) Quais as semelhanças entre as duas, para cada termo?


O aluno deve destacar pontos em comum.

c) Quais as diferenças?
O aluno deve destacar as diferenças.

d) De acordo com as explicações dadas, é possível escrever ou falar um texto só com frases
nominais? Exemplifique.
Acreditamos que a resposta será positiva. Observe se a explicação e o exemplo são adequados.

e) Em nossa fala e escrita, é mais comum usarmos frases ou orações? Por que você acha
que isso ocorre?
Usamos mais orações, pois estamos o tempo todo procurando esclarecer nossa comunicação, e o verbo, em nossa língua, é o
núcleo da informação.

3. O professor indicará alguns textos do livro didático para localização de frases e orações.
Transcreva-as para o caderno e responda a que tipo pertencem.

Finalizando a Situação de Aprendizagem a) Circule os verbos do texto.


3, propomos atividades que retomam os prin- Achoétêmlevantovouescovotomovoltoalmoçoes-
cipais temas estudados. tudodivirtobatoédáfalarcurtirconheçoé.

1. Leia o Texto A e faça as atividades: b) Em que modo estão, predominante-


mente, os verbos do texto? Indicativo,
Subjuntivo ou Imperativo? Explique
Texto A sua opinião.
No Modo Indicativo, pois a garota expressa o que está pen-
(Uma garota ao dar entrevista a um pro- sando da situação.
grama de TV voltado para o público jovem.)
Apresentadora – Andreia, como é o seu c) Os verbos que você circulou estão pre-
dia a dia? dominantemente no presente, no passa-
Garota – Bom, acho que igual ao das me- do ou no futuro?
ninas da minha idade, né? (risos) Pelo menos, Estão no presente.
as que têm mais ou menos a mesma grana
que eu, que a minha família... Eu levanto, d) Por que foi usado esse tempo no texto?
vou pra escola – escovo os dentes e tomo café, Porque indica ações que se repetem rotineiramente.
claro... (risos). Aí eu volto pra casa, almoço,
estudo e depois me divirto um pouco com a e) Você considera que esse texto apresenta
TV, a internet, bato papo pelo computador... tom injuntivo? Por quê?
É gostoso... Dá pra falar com todo mundo,
Sim, visto que a garota faz uma lista das atividades de seu
curtir. O pessoal que eu conheço é assim.
cotidiano e insinua que são agradáveis e comuns aos jovens
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. inseridos no contexto de seu grupo. Verificar a pertinência
de outras análises.

37
2. Leia o Texto B e faça as atividades: No Modo Indicativo, porque a garota afirma suas opiniões
sobre como as pessoas devem agir.

Texto B c) Os verbos que você circulou estão pre-


dominantemente no presente, no passa-
(Uma garota ao dar entrevista a um pro- do ou no futuro?
grama de TV voltado para o público jovem.) No presente.

Apresentadora – Andreia, o que você d) Você considera que esse texto apresenta
acha que as meninas de sua idade precisam? tom prescritivo? Por quê?
Sim, pois a argumentação da menina é enfática em apontar o
Garota – Difícil responder... (risos). Acho que os pais devem proporcionar e quais são os direitos dos filhos.
que as meninas precisam de atenção dos pais,
mas sem exagero, né? É dever dos pais serem e) Pela análise feita nas atividades anterio-
companheiros, preocupados, mas sem neu- res, podemos afirmar que o presente do
ras... (risos). Precisam também de estudo, Modo Indicativo:
porque sem estudo não dá, e têm também
direito à diversão, de tempo pra sair, ir pras ( ) é um tempo verbal que não indica o
baladas, enfim, direitos e deveres, entendeu? que fazemos, pensamos ou sentimos
de modo habitual.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
( X ) é um tempo verbal que, inserido em um
texto organizado pela tipologia “des-
a) Circule os verbos do texto. crever ações”, pode ser usado para ex-
"DIBQSFDJTBNSFTQPOEFSBDIPQSFDJTBNÏTFSFNQSFDJTBN pressar o que deve ou não ser feito.
EÈUÐNTBJSJSFOUFOEFV
3. No caderno, faça os exercícios sobre mo-
b) Em que modo estão, predominantemen- dos e tempos verbais do livro didático ou
te, os verbos do texto? Indicativo, Subjun- de outra fonte indicados pelo professor.
tivo ou Imperativo? Explique sua opinião. Não se esqueça de anotar a página.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
PRODUÇÃO DE ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS

Serão estudados traços do gênero do processo, o aluno seja capaz de produzir


“anúncio publicitário”, por meio de dife- um anúncio com as características apresen-
rentes habilidades. Espera-se que, ao final tadas.

Conteúdos e temas: características do gênero “anúncio publicitário”; intertextualidade implícita; pro-


dução de anúncio publicitário; irregularidades do Indicativo; discurso citado: discursos direto, indireto
e indireto livre.

Competências e habilidades: inferir características de anúncios publicitários, a partir do conhecimento

38
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

prévio; analisar produção cinematográfica adequada à faixa etária com alto teor intertextual; produzir
nova versão de anúncio publicitário, após sistematização de suas características.

Sugestão de estratégias: sondagem inicial do repertório prévio dos alunos; comparação entre anúncios
publicitários produzidos por eles e os que aparecem no mundo ao redor, no que diz respeito à boa or-
ganização das características do gênero; produção textual motivada por análise de texto.

Sugestão de recursos: livro didático; audiovisual; Caderno do Professor; gramática normativa.

Sugestão de avaliação: produção de anúncio publicitário em primeira e segunda versões; jogo com uso
de verbos irregulares.

Roteiro para aplicação da Situação


de Aprendizagem 4
Para iniciar o contato com o gênero “anún- novo modelo de tênis, lançado para a faixa
cio publicitário”, você pode solicitar aos alu- etária de 12/13 anos. No anúncio, devem
nos que, em grupos, produzam um anúncio, aparecer palavras, cores e desenhos que
dirigido ao público de sua faixa etária, de um despertem no jovem dessa faixa etária o
novo modelo de tênis. Peça que façam o traba- desejo de adquirir o modelo novo. O pro-
lho usando cores, desenhos e palavras. fessor vai orientá-los quanto ao tamanho e
tipo de papel a ser utilizado.
Produção escrita
2. Depois que o grupo tiver terminado de
1. Em grupo, você deve produzir um anún- criar o anúncio, vai analisar sua produção,
cio publicitário para a divulgação de um preenchendo a ficha a seguir.

Elementos para Quantidade de Capacidade de


Público-alvo
análise informação sugestão
As imagens são Há imagens mais Algumas imagens
atraentes ao público informativas? Quais? foram escolhidas para
Uso de imagens
escolhido? Com que objetivo sugerir algo? Quais?
Por quê? estão ali? O que sugerem?
Algumas cores,
Algumas cores,
tamanhos e tipos de
A escolha de cores tamanhos e tipos
letra foram escolhidos
e do tipo de letra de letra foram
Escolha das cores e para sugerir
relaciona-se com o escolhidos para
dos tipos de letra sensações, ideias,
público-alvo? Em que facilitar o processo
sentimentos? Quais?
sentido? de compreensão da
Com que objetivo
informação? Quais?
estão ali?
Algumas palavras
As palavras escolhi-
Há palavras mais foram escolhidas para
Escolha de palavras das são adequadas ao
informativas? Quais? sugerir algo? Quais?
público-alvo? Por quê?
O que sugerem?

39
Os quadros apresentados devem ser vistos como um esquema f direcionamento a um público-alvo;
de orientação para a produção dos grupos. A partir deles, oriente f seleção de elementos (cores, palavras, dia-
a realização da atividade, de acordo com os objetivos propostos. gramação, imagens etc.) voltados a esse
público;
3. Feita a análise da atividade anterior, refor- f seleção de elementos orientada para desper-
mule, com seu grupo, o anúncio publicitário tar os sentidos ou desejos do público; por-
criado, alterando alguns aspectos aponta- tanto, há mais sugestão do que informação.
dos no quadro.
1. O professor dividirá a sala em
Depois, você pode escolher alguns anúncios grupos e escolherá anúncios publi-
publicitários do livro didático e fazer análises citários para análise. Observe o
semelhantes. Pode-se então fazer um comen- texto selecionado e analise-o, com seus co-
tário preliminar, indicando que os textos desse legas, a partir dos três elementos indicados
gênero têm, entre outras características: no quadro a seguir.

Elementos para Quantidade de Capacidade de


Público-alvo
análise informação sugestão

Há imagens mais Algumas imagens


As imagens são informativas? Quais? foram escolhidas para
atraentes ao público Com que objetivo sugerir algo? Quais?
escolhido? Por quê? estão ali? O que sugerem?
Uso de imagens Acredita-se que sim, pois esse é Pode haver um maior ou me- Pode haver um maior grau de
o objetivo. O aluno deve procu- nor grau de informação em um sugestão em um anúncio. Ob-
rar explicar, mas comentando as anúncio. Observar como a ima- servar como a imagem está no
imagens com base no objetivo gem está no anúncio analisado anúncio analisado e qual deve
do texto. e qual deve ser o objetivo implí- ser o objetivo implícito nessa
cito nessa opção. opção.

Os mesmos critérios devem ser usados para os demais ele- f uso de elementos verbais e não verbais;
mentos de análise. f uso de elementos voltados para determina-
do público-alvo;
Vale propor que, depois de todas as aná- f predomínio da sugestão sobre a informação.
lises feitas, eles refaçam os anúncios, procu-
rando pensar nas questões sistematizadas 2. Com base nas explicações dadas pelo profes-
no quadro. Com os trabalhos prontos, faça sor sobre os traços característicos de anún-
nova análise (como a que foi feita com a pri- cios publicitários, escreva o que entendeu.
meira proposta de anúncio), para ver se Observar como os alunos explicam os traços indicados:
houve maior compreensão dos traços carac- tEJSFDJPOBNFOUPBVNQÞCMJDPBMWP
terísticos do gênero. tTFMFÎÍPEFFMFNFOUPT DPSFT QBMBWSBT EJBHSBNBÎÍP JNB-
HFOTFUD
WPMUBEPTQBSBFTTFQÞCMJDP
Nesse momento, você já pode fazer uma tBTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTÏPSJFOUBEBQBSBEFTQFSUBSPTTFO-
primeira sistematização das características UJEPTPVEFTFKPTEPQÞCMJDPBMWPQPSUBOUP IÈNBJTTVHFTUÍP
dos textos publicitários, destacando: do que informação.

40
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Na sequência, vamos relacionar anún- c) A seleção de elementos que visam per-


cios publicitários com textos injuntivos. Para suadir o leitor (cores, palavras, diagra-
tanto, abordaremos dois tipos de anúncios mação, imagens etc.) é adequada a esse
bastante diferentes: um em que predominem público? Explique.
elementos não verbais e outro com intensa Não se espera que o aluno comente todos os elementos, mas
presença de palavras. que seja capaz de mostrar um deles em funcionamento no
anúncio. Se você considerar oportuno, pode dividir a classe
Como referência de anúncios com predo- em grupos e indicar um item para cada um.
mínio de elementos não verbais, há aqueles
que se relacionam à moda: anúncios de per- d) Há equilíbrio entre os elementos de per-
fumes, de marcas de roupas caras ou outros suasão e os de informação (preços, ca-
acessórios dessa natureza. racterísticas do produto)? Explique.
Seguir o mesmo procedimento do item anterior ou alternar
Já como base para os estudos de anúncios (se foi feito individualmente no item “c”, pode agora ser feito
com intensa presença de elementos verbais, em grupo).
vamos tomar os anúncios de concessionárias,
de vendas de imóveis, de grandes lojas de va- e) Tomando por base os textos dos anún-
rejo etc. cios e levando em conta suas respostas
anteriores, o caráter injuntivo é marcan-
No caso dos anúncios com predominância te? Explique.
do não verbal, o caráter injuntivo é mais leve. Em I, provavelmente a sugestão predomina, o que pode in-
Em geral, as imagens e cores insinuam situa- dicar injunção, no máximo. Já em II, é preciso ver a espe-
ções, provocam sensações, mas não afirmam cificação do caráter coercivo. O professor pode discutir as
nada de concreto para além do nome do pro- possíveis causas dessas opções com os alunos (pensar, por
duto e sua marca. Já os anúncios mais verbais, exemplo, nos diferentes públicos).
mesmo que venham associados a imagens e
sons, em geral estão carregados de um apelo f) Segundo sua análise, qual é a principal
explícito na combinação das palavras que in- diferença entre os dois tipos de anún-
duz o espectador a consumir o produto. Em cio? Justifique sua opinião.
geral, há o uso de frases imperativas, convi- Há muitas possibilidades de análise (tipo de produto, de pú-
dando o leitor da mensagem, literalmente, a blico, de letra etc.). É preciso analisar, portanto, a pertinência
fazer a compra. dos comentários feitos, de acordo com cada anúncio.

3. Selecione, em casa, dois anúncios publici- Feitas as análises, você pode pedir que eles
tários (I, com poucas palavras, e II, com tragam de casa anúncios dos dois estilos, ou
muitas palavras) e leve-os para a classe. propor a análise de algum exemplo de anún-
Responda às questões a seguir: cio que esteja no livro didático. É possível,
inclusive, estabelecer uma discussão sobre o
a) Qual parece ser o objetivo central do público-alvo dos dois tipos de anúncio e sobre
anúncio? a capacidade persuasiva de um e outro.
O aluno deve destacar o produto ou serviço veiculado em
cada anúncio. Oralidade
b) Esse anúncio é voltado para qual públi- 1. Levando em conta as características de
co? Justifique com elementos do texto. anúncios publicitários sistematizadas na Ati-
Nesta questão, o aluno vai indicar, com base em elementos vidade 1 da seção “Leitura e análise de tex-
retirados do anúncio, qual o público-alvo de cada um. to” desta Situação de Aprendizagem, analise
41
os anúncios publicitários do livro didático f o uso da linguagem verbal nas três situa-
que o professor indicar, comentando como ções: semelhanças e diferenças.
essas características aparecem em cada um.
Dando continuidade aos estudos do gê-
Para a análise, apoie-se nos pontos indica- nero, destaque que os anúncios publicitários
dos no próprio enunciado da atividade: são dirigidos a um público-alvo preferencial,
o que não significa que outros públicos não
f a questão da imagem parada (impressa), possam ser atingidos por esses textos. Muitas
do movimento (televisão) e da ausência de vezes, aliás, uma imagem negativa, que gera
imagem (rádio); polêmica, pode ser o bastante para que al-
f o trabalho sonoro do rádio em contraste com guém que não compartilha daquela forma de
o trabalho sonoro da televisão (escolha de ver o mundo “fixe” a mensagem e, portanto, o
trilhas sonoras, maneiras de falar do locutor produto e a marca que o vende.
ou de personagens). Fazer uma comparação
com o trabalho tipográfico do impresso; 2. Leia o texto e responda às questões:

Uma agência publicitária tem como objetivo fazer uma campanha para o público feminino, na
faixa dos 15 anos, com poder aquisitivo médio. O produto é um novo cosmético indicado para o tra-
tamento da acne.
A primeira proposta de texto verbal para o produto foi a seguinte: “Arrase as concorrentes!”. O
texto viria ao lado da imagem de uma garota de aproximadamente 15 anos, vestida com roupas de
marcas caras, fotografada na entrada de um colégio aparentemente bastante caro e tradicional, com
outras meninas em volta olhando, admiradas com a beleza da pele dela.
O cliente, em um primeiro momento, havia pedido uma campanha que mostrasse a menina de acordo
com a atualidade, mas, ao mesmo tempo, usando o produto, que a ajudaria a passar por essa fase difícil da
adolescência, especialmente no que diz respeito à aparência.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

a) A proposta apresentada pela agência ser vista como uma mudança em sua atitude, o que vai além
está adequada ou não ao que foi pedido do problema com acne.
pelo cliente?
Com base na situação exposta, discuta com os alunos se a c) Que elementos do texto permitem dizer
proposta apresentada pela agência está adequada ou não ao que a proposta foi incoerente?
que foi pedido pelo cliente. Acreditamos que haverá respos- Ela está passando por uma fase difícil, então essa mudança
tas afirmativas e negativas. A questão não é chegar a um ve- repentina de postura pode ser vista como incoerente, pois,
redito final, mas, sim, encontrar no texto elementos capazes como uma menina insegura com a pele, de repente, já se
de sustentar a opinião. sente segura diante dos garotos?

b) Que elementos do texto permitem dizer Solicite que façam uma análise escrita da
que a proposta foi coerente? situação, organizados em grupos. Cada grupo
Se pensarmos em uma análise de que a garota do contex- deverá chegar a um consenso e decidir se con-
to quer uma reviravolta em sua postura, é possível enxergar sidera a proposta feita coerente ou não com o
coerência, pois a expressão “arrase as concorrentes!” pode pedido, e por quê.

42
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

3. O professor vai apresentar anúncios publi- 1. O professor dividirá a classe em grupos.


citários feitos em mídias diferentes. Você, Cada um fará uma revisão, para apresentar
com seus colegas, deverá compará-los com para a sala, de um tempo do Modo Indi-
base nos seguintes tópicos: cativo. Você deverá, com seus colegas, ler
no material indicado a explicação sobre o
f a diferença de efeito que provocam a tempo solicitado. Deverá ainda selecionar
imagem parada (impresso), o movimen- exemplos para explicar à classe.
to (na televisão) e a ausência de imagem Observe como os alunos se apropriaram ou não dos conteú-
(no rádio); dos e faça as intervenções necessárias.
f o trabalho sonoro do rádio em contras-
te com o da televisão (escolha de trilhas 2. Seu grupo selecionará um pequeno frag-
sonoras, maneiras de falar do locutor mento de texto do livro didático em que
ou da personagem). Faça um paralelo apareçam verbos no tempo e modo pedi-
com o trabalho tipográfico (tamanho dos. A última parte da apresentação será
e tipo de letra) do impresso, observan- analisar o tempo em funcionamento den-
do quais são as diferenças de efeito que tro do texto. Por exemplo: No trecho “Ele
provocam; pegou o jarro e saiu correndo”, temos o
f o que há em comum ou de diferente no uso do Pretérito Perfeito do Indicativo,
uso da linguagem verbal nas três situa- pois a personagem fez duas ações pontuais
ções (rádio, televisão, impresso). no passado.
O objetivo da atividade é comparar anúncios em diferentes Professor, já foi dado o modelo de análise para os alunos.
mídias, observando como as características de cada suporte Oriente-os a selecionar pequenos trechos.
(imprensa, rádio, televisão) interferem no modo como o gê-
nero se organiza. Você pode usar como referência para suas 3. Faça, no caderno, com o professor, a con-
análises os itens que foram indicados entre parênteses nas jugação de três verbos, um terminado em
próprias questões. ar (primeira conjugação), outro em er (se-
gunda conjugação) e outro em ir (terceira
conjugação), em todos os tempos do Modo
Estudo da língua Indicativo.
Sugerimos a seleção de textos indicados pelos próprios alu-
Verbos regulares e irregulares nos.

Focaremos algumas irregularidades liga- 4. No caderno, conjugue os verbos estar, ser,


das ao Modo Indicativo. Antes de iniciar, você pôr e vir nos tempos do Modo Indicativo.
pode fazer uma recapitulação desse modo, Professor, ressalte o caráter irregular dessas conjugações.
apresentando as três conjugações. Conjugue
com a turma três verbos regulares, oralmente, 5. Após os comentários do professor sobre as
um de cada conjugação. conjugações que você fez, aponte em que
momentos você teve problemas para fazer
Faça-os notar a diferença e solicite que di- a conjugação de acordo com o que prevê a
gam todos os verbos que se lembrarem apenas norma-padrão da língua portuguesa.
pelo Infinitivo. Faça um quadro com as três Professor, veja esse momento como “pistas” sobre as dificul-
conjugações e vá colocando cada verbo dito dades dos estudantes e um ótimo exercício de metacognição.
em uma coluna. A ideia é que eles percebam
que a maioria dos verbos está na primeira 6. O professor vai estudar em classe as conju-
conjugação, e que esta é a mais regular. gações de alguns verbos no Modo Indicati-

43
vo (e solicitar que você estude também em jogo, conjugue cada um deles. Se preferir,
casa, no livro didático ou outro material de peça que tragam gramáticas e, divididos em
consulta). Os verbos em destaque são: re- grupos, encontrem as conjugações de dois
cear, fugir, fazer, poder, haver, ver, querer, ou três verbos por grupo. Depois, socialize
dizer, trazer e ir. as descobertas.
Foram selecionados, propositadamente, verbos irregulares
ou de difícil prefixo de uso corrente. O game implica pedir a eles que estudem
em casa essas conjugações. Em sala, organi-
7. Também para esses verbos, circule os mo- zados em grupos, terão de conjugar esses ver-
mentos em que você teve problemas para bos no tempo do Indicativo solicitado. Cada
conjugar de acordo com o que prevê a nor- grupo solicita uma conjugação a outro grupo,
ma-padrão da língua portuguesa. no tempo do Indicativo que quiser. Se houver
Professor, veja esse momento como “pistas” sobre as dificul- erro, quem perguntou deve saber a resposta;
dades dos estudantes e um ótimo exercício de metacognição. caso contrário, ninguém ganha o ponto.

Esse quadro também pode auxiliá-los a Com relação aos verbos defectivos, sugeri-
visualizar que os verbos das demais conjuga- mos que você solicite aos alunos uma pesquisa
ções são menos numerosos, mas, muitas vezes, na gramática a partir das questões apresenta-
bastante usuais. das a seguir.

Em seguida, você pode conjugar com eles 1. O que é um verbo defectivo?


três verbos irregulares, um de cada conjugação:
incendiar, perder e pedir, por exemplo. Faça 2. Qual a justificativa da gramática normati-
que os alunos percebam as irregularidades, va (ou do livro didático) ao classificar al-
analisando se elas são ortográficas, se impli- guns verbos dessa forma?
cam mudança da base (radical) etc. É uma 1 e 2. Professor essa é uma proposta de pesquisa orientada.
boa ideia sugerir a eles que conjuguem os ver- Discuta com os alunos as explicações selecionadas.
bos como se fossem regulares, para que pos-
sam entender bem as diferenças. 3. Qual seria o melhor caminho/forma para
saber quais são esses verbos? Decorá-los?
8. Após o estudo em casa, o professor vai Consultar uma gramática/um dicionário?
propor um jogo. Um aluno de cada grupo, Usar sinônimos? Todas as anteriores?
mediante sorteio, deverá apresentar a con- Essa é uma proposta de metacognição, que pode indicar aos
jugação de um dos verbos estudados no estudantes formas mais eficientes de estudo . Essas três ques-
tempo do Indicativo solicitado. Ganhará tões foram propostas como atividades. Procure o momento
aquele que, ao final do jogo, tiver acertado mais oportuno para abordá-las.
maior quantidade de conjugações.
Com relação aos verbos abundantes, sele-
Na sequência, proponha um game (oral cione aqueles que são de uso muito frequente.
e escrito, pressupondo que eles tenham es- Explique a regra de uso e depois faça exercí-
tudado em casa, por meio de exercícios do cios de sistematização do livro didático. Outra
livro didático ou por outras formas) com possibilidade é sugerir que os alunos procu-
os verbos já conjugados: recear, fugir, ser, rem ocorrências de verbos abundantes em tex-
estar, fazer, poder, haver, pôr, ver, vir, que- tos deles mesmos e de outros, verificando se
rer, dizer, ter, trazer, ir ou outros que vão o uso está adequado ou não à norma-padrão
considerar oportunos. Antes de começar o da língua.

44
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Consideramos que todos esses estudos Pergunte aos alunos o que lembram sobre
verbais venham acompanhados de uma dis- o assunto, destacando:
cussão sobre variedades linguísticas. É impor-
tante que o estudante compreenda que esses a) Que textos, preferencialmente, usam a
usos dizem respeito à norma-padrão da lín- citação clara de outras fontes? (Espera-
gua, um conjunto de normas convencionadas -se que respondam “textos objetivos”,
pela sociedade. Você pode, inclusive, discutir “informativos”, “que buscam credibili-
com seus alunos o caráter prescritivo desse dade”. Se responderem “jornalísticos”,
tipo de obra denominada “gramática nor- também já é pertinente.)
mativa”. E fazê-los perceber que os falantes,
muitas vezes, não usam a norma-padrão da b) Como esse tipo de citação é feita? (Es-
língua, mas conseguem se comunicar com pera-se que respondam que é feita por
muita eficiência. meio de mecanismos como aspas, ver-
bos dicendi etc.)
Ou seja: é preciso entender que todos os
usos seguem lógicas, não são desvios da nor- Ampliando o estudo, diga que o discurso
ma-padrão. A questão é que a norma oficial citado pode aparecer em qualquer texto, sen-
é a mais aceita e valorizada socialmente, daí do explicitado por outros mecanismos (como
precisarmos dominá-la. travessão, dois-pontos, marcas gráficas etc.),
ou que às vezes não apresenta nenhuma mar-
Esses estudos linguísticos foram feitos de ca explícita de mudança de voz.
forma isolada do estudo do gênero “anúncio
publicitário” por duas razões: Para estudar um exemplo de texto em que
há outras marcas da introdução de outras vo-
1. Consideramos que esses estudos inde- zes, você pode escolher um trecho de narrativa
pendem de qualquer produção textual com diálogos (de preferência em que o nar-
(oral ou escrita) específica, mas formam rador não seja personagem).
um conjunto de problemas frequentes
no uso da norma-padrão da língua. Separe com os alunos as vozes do trecho,
deixando claro quem diz cada coisa e se há ou
2. Eles foram colocados na Situação de não algum indicador linguístico para a mu-
Aprendizagem 4 como sequência da Si- dança de voz (travessões, dois-pontos, letras
tuação de Aprendizagem 3, em que foi em itálico ou outro tipo de diferença gráfica).
mencionado o Modo Indicativo. Observem ainda se nesse texto também ocor-
rem as formas de introdução do discurso do
Estudo da língua outro já anteriormente vistas.

Discursos direto, indireto e indireto livre Para sistematizar, você pode, nesse momen-
to, fazer a distinção entre os discursos direto e
Avançando nos estudos de intertextualida- indireto, explicando que o primeiro introduz a
de, vamos estudar novamente o discurso cita- fala literal de uma fonte (real ou ficcional) no
do. Mas agora vamos aprofundar conceitos de texto de um dado autor ou narrador; já o se-
discurso direto, indireto e indireto livre. gundo introduz a fala de outro por meio das
palavras do autor ou narrador (mesmo que o
Para iniciar, retome os mecanismos de discur- leitor saiba que aquelas palavras estejam sendo
so citado vistos na Situação de Aprendizagem 2. atribuídas a outra pessoa, real ou personagem).

45
Como exercício, oriente-os a transformar tam. Se possível, mostre uma cena clássica de
discursos diretos em indiretos e vice-versa; cinema (como a sequência do chuveiro do fil-
mas coloque as transformações feitas dentro me Psicose, de Alfred Hitchcock) e pergunte
de seus contextos originais. Ou seja, se é um aos alunos em que outros filmes já viram refe-
trecho de texto ficcional, proponha a reescri- rências àquela cena.
ta nesse contexto e leia uma ou outra versão,
para discutir a diferença. Faça o mesmo com Para finalizar a Situação, propomos algumas
textos não ficcionais e discuta a pertinência atividades com os principais temas estudados.
maior de uma ou outra opção.
A partir das análises e produções de
Avançando um pouco mais, selecione al- anúncios publicitários, escreva quais
gum trecho de discurso indireto livre, em que a são as características do gênero.
fusão de vozes é tão intensa que não sabemos Este é um momento de sistematização. As características vis-
mais quem está dizendo aquilo. Nesse caso, tas foram:
discuta com eles qual pode ser a intenção de tEJSFDJPOBNFOUPBVNQÞCMJDPBMWP
um autor ao fazer essa escolha. Destaque, in- tTFMFÎÍPEFFMFNFOUPT DPSFT QBMBWSBT EJBHSBNBÎÍP JNB-
dependentemente das análises que farão, que HFOTFUD
WPMUBEPTQBSBFTTFQÞCMJDP
esse mecanismo desperta o imaginário do lei- tTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTPSJFOUBEBQBSBEFTQFSUBSPTTFOUJEPT
tor e que é bastante pertinente usá-lo quando PV EFTFKPT EP QÞCMJDP QPSUBOUP  IÈ NBJT TVHFTUÍP EP RVF
o objetivo do texto é esse. informação.
É interessante verificar se o estudo foi feito, para depois com-
Você pode, ainda, selecionar algum exem- provar a necessidade da sistematização da aprendizagem re-
plo de discurso citado em que não reconhece- alizada. Isso pode ser feito, por exemplo, repetindo-se o tipo
mos imediatamente a fonte, salvo se tivermos de jogo das conjugações propostas nas Atividades 6 a 8 de
consciência das fontes originais que o susten- “Estudo da língua”.

1. O professor solicitará uma pesquisa no livro didático ou em outro material de


consulta a partir do tema verbos defectivos. Tendo como base as páginas indicadas
para leitura, responda:

a) O que é um verbo defectivo?


Observe a definição dada pelo aluno e compare-a com a dos demais. Considere a diversidade como algo positivo.

b) Qual a justificativa da gramática normativa (ou do livro didático) ao classificar alguns


verbos dessa forma?
Observe a definição dada pelo aluno e compare-a com a dos demais. Considere a diversidade como algo positivo.

c) Eles são verbos comuns, que você usa no dia a dia?


Alguns, sim. Estimule a percepção dos alunos.

d) Segundo sua opinião, qual seria o melhor caminho para saber conjugar esses verbos?
Decorá-los? Saber onde consultá-los se tiver dúvida de uso? Usar sinônimos?
Deixe que construam seus caminhos, mostrando a diversidade de possibilidades, caso eles não consigam formulá-la.

46
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

2. O professor também solicitará uma pesquisa no livro didático ou em outro material de


consulta sobre o tema verbos abundantes. Tomando por base as informações das páginas
indicadas para leitura, responda:

a) O que é um verbo abundante?


Observe a definição dada pelo aluno e compare-a com a dos demais. A diversidade deve ser vista como algo positivo.

b) Qual a justificativa da gramática normativa (ou do livro didático) ao classificar alguns


verbos dessa forma?
Observe a definição dada pelo aluno e compare-a com a dos demais. Considere a diversidade como algo positivo.

c) Eles são verbos comuns, que você usa no dia a dia?


Alguns, sim. Estimule a percepção dos alunos.

d) Segundo sua opinião, qual seria o melhor caminho para saber conjugar esses verbos?
Decorá-los? Saber onde consultá-los se tiver dúvida de uso? Usar sinônimos?
Deixe que construam seus caminhos, mostrando a diversidade de possibilidades, caso eles não consigam formulá-la.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
SISTEMATIZAÇÃO
Nesta Situação de Aprendizagem será reali- dos nas semanas anteriores, para avaliar o nível
zada a sistematização dos conteúdos trabalha- de aprendizagem apresentado pelos alunos.

Conteúdos e temas: sistematização de traços da tipologia “descrever ações”; sistematização de carac-


terísticas de anúncios publicitários; produção textual prescritiva ou injuntiva; Modos Indicativo e
Imperativo.

Competências e habilidades: produzir sistematização por meio de quadro-síntese; reconhecer texto


prescritivo junto a texto em outra tipologia (argumentativa); reconhecer usos dos Modos Indicativo
e Imperativo; analisar tempos pretéritos do Indicativo em textos.

Sugestão de estratégias: compreensão da sistematização como um momento importante da avaliação


da aprendizagem; realização consciente de atividades que recapitulam conteúdos.

Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor.

Sugestão de avaliação: organização de quadro-síntese com os traços de textos prescritivos; produção


de texto prescritivo ou injuntivo.

47
Roteiro para aplicação da Situação Apresente, então, um novo texto, em gênero
de Aprendizagem 5 de tipologia injuntiva que ainda não tenha sido
trabalhado (“regras de jogos”, por exemplo). Co-
Para fazer uma sistematização dos traços loque esse texto ao lado de outro, do livro didáti-
da tipologia “descrever ações”, peça aos alu- co, desenvolvido em outra tipologia (dissertativa,
nos que, em grupos, consultem seus cadernos por exemplo). Peça que analisem os dois e indi-
e façam um quadro com todas as característi- quem qual deles é organizado prescritivamente
cas dos textos injuntivos. Depois, promova a ou de forma injuntiva e por quê. As atividades a
socialização dos resultados. seguir procuram materializar essa proposta.

Toquinho O internetês

Em uma quadra com uma linha no meio, O internetês vem ocorrendo desde a difusão
dividem-se dois times com a mesma quanti- dos meios digitais de comunicação. Esse
dade de participantes. termo corresponde ao uso de expressões
Cada time escolhe um coveiro que fica atrás abreviadas, com grafias diferentes da oficial,
da linha da quadra do time adversário. gerando palavras novas, ou os ditos emoti-
Cada jogador deve posicionar um “toqui- cons, que geralmente aparecem associados a
nho” (um cilindro de aproximadamente 20 formas verbais, entre outras inovações.
cm) de madeira na sua frente e posicionar-se Muitas pessoas na sociedade são contra
em um lugar de seu campo. essa forma de manipulação do idioma: se-
Tiram a sorte para ver quem fica com a bola. gundo várias opiniões, o uso indiscriminado
O time que começa a partida arremessa a de palavras abreviadas e de outras inovações
bola e tenta derrubar um toquinho do time presentes no meio digital deforma a língua
oposto. Os jogadores atacantes podem se portuguesa, criando um estilo próprio de
movimentar em sua quadra; os defensores, comunicação, muito usado pelos jovens,
por sua vez, podem defender seu toquinho mas inadequado para muitos dos contextos
com qualquer parte do corpo. de uso.
Quando o primeiro toquinho de cada time Já outras pessoas acreditam que o inter-
for derrubado, seu dono troca de lugar com netês mostra um uso criativo do idioma,
o coveiro. Para os demais toquinhos derru- em uma associação entre formas usuais e
bados, não haverá mais troca de coveiro. formas novas derivadas, criando efeitos de
Ganha o jogo o time que derrubar todos os comunicação mais rápidos, econômicos e
toquinhos do time adversário. eficientes.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola

48
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

1. Qual dos dois textos pode ser classificado No caso das regras de jogos, é interessante
como um exemplo de texto injuntivo ou destacar que sua forma de prescrição, muitas
prescritivo? vezes, não vem expressa pelo Imperativo Di-
O texto que se refere ao jogo denominado Toquinho é pres- reto. Há uma descrição de situações previstas
critivo, pois indica as regras que devem ser seguidas ao se que, implicitamente, pressupõe-se que devam
jogar “toquinho”. ser seguidas. Muitas de suas frases, no en-
tanto, estabelecem uma verdade indiscutível:
2. Volte às características dos textos injun- “cada jogador deve...”, “os jogadores atacan-
tivos e prescritivos, organizadas na Ati- tes podem...”, “não haverá trocas de covei-
vidade 5 da seção “Leitura e análise de ros”, “ganha o jogo...”.
texto” da Situação de Aprendizagem 1.
Quais delas estão presentes no texto que Professor, para as atividades de produção
você escolheu? Dê exemplos do texto para escrita, leve em conta o seguinte:
comprovar sua resposta.
Observe como os alunos desenvolvem as características a) na Atividade 1, será preciso escolher um
apresentadas: texto que os alunos transformarão, de
tOFTTFTUJQPTEFUFYUPT IÈSFHVMBÎÍPEFDPNQPSUBNFO- modo a torná-lo injuntivo ou prescriti-
UPT vo. Você pode, por exemplo, pegar uma
tVNUFYUPQSFTDSJUJWPPVJOKVOUJWPJOEJDBPRVFVNBQFT- notícia, reportagem ou outro texto infor-
soa deve fazer quando quer chegar a um dado resultado. mativo e pedir que os alunos escrevam
Atrás desse discurso parece haver alguém que conhece um “manual de leitura” ou um conjunto
uma dada realidade e sabe como um sujeito deve se con- de “sugestões para leitura”. No primeiro
EV[JSTFRVJTFSBUJOHJSPNFTNPSFTVMUBEP caso, o foco será prescritivo e no segundo,
t OP DBTP EPT UFYUPT JOKVOUJWPT  B PSJFOUBÎÍP B VN EBEP injuntivo. É importante que você discuta
DPNQPSUBNFOUPÏNBJTJNQMÓDJUBKÈOPTQSFTDSJUJWPT IÈB com eles o que será escrito, em linhas ge-
UFOUBUJWBFYQMÓDJUBEFDPOUSPMFEPDPNQPSUBNFOUP rais, em um caso e no outro. Além disso,
tBQSFTDSJÎÍPPVJOKVOÎÍPFNVNUFYUPOÍPTFEÈBQFOBT dê atenção especial às marcas linguísti-
DPNFMFNFOUPTWFSCBJTIÈPVUSPTDPNQPOFOUFTOPTUFY- cas da produção de injunções;
tos que incentivam o leitor a ter certo comportamento.
Toda essa análise e discussão deve ser construída oralmente. b) e c) as duas propostas são de produção
de textos de opinião, a serem desenvolvi-
3. Onde há marcas de injunção ou prescrição das aqui apenas de forma introdutória.
no texto escolhido? Circule-as.
Dividem-se; escolhe; fica; deve; tiram; começa; tenta; Produção escrita
podem; troca; ganha. Verificar a pertinência de outras
respostas. 1. O professor indicará um texto do livro di-
dático para leitura. Após lê-lo, você deve:
4. Qual parece ser o objetivo central do tex-
to que você classificou como injuntivo ou f tirar suas dúvidas de vocabulário;
prescritivo? f discutir outras questões que possam ter
O objetivo é orientar, de forma prescritiva, como os jogado- dificultado seu entendimento;
res do “Toquinho” devem proceder. f escrever, no caderno, um pequeno texto
prescritivo ou injuntivo de acordo com
5. Qual parece ser o objetivo do outro texto? as orientações do professor. Lembre-se:
O objetivo é dar uma opinião sobre o chamado “internetês”. se tiver a intenção de orientar o com-

49
portamento de forma explícita, seu tex- tudo do Indicativo, você pode pedir duas
to será prescritivo. Se preferir escrever produções escritas. Uma que comece com
um texto em que a orientação é mais a pergunta: O que você acha da escolha do
sutil, será injuntivo; Brasil para sediar a Copa de 2014?, e outra,
f em seu texto, é fundamental que você que parta da seguinte sentença: O que pode
retome, de forma explícita, o texto ori- ser feito para aumentar o número de crianças
ginal, realizando um trabalho de inter- na escola?. Peça respostas curtas, de até cin-
textualidade com ele. co linhas cada uma. Depois, analise os usos
Os bullets 1 e 2 orientam o aluno a apresentar e discutir suas difi- do Indicativo, fazendo correções quanto à
culdades de entendimento do texto. Pode-se escolher qualquer norma-padrão que julgar necessárias. Então,
texto do livro didático que for atraente para estimular os alunos. analise com eles o caráter informativo do pri-
Além disso, o objetivo central é citar o texto na produção do meiro texto, em comparação com o segundo,
estudante, de forma explícita. No bullet 3, solicita-se a escrita de mais prescritivo. Destaque ainda que os dois
outro texto injuntivo ou prescritivo, com o objetivo de colocar usam o Modo Indicativo, mas com funções
em funcionamento as características tipológicas concomitan- diferentes.
temente ao desenvolvimento de habilidades de escrita. Outro
objetivo é manter a intertextualidade com um texto que será Para o estudo do Imperativo, proponha
apresentado aos alunos para a realização da escrita. uma análise com músicas. Selecione o reper-
tório ou peça aos alunos que tragam músicas
2. Escreva, no caderno, um texto com aproxi- gravadas, em que considerem haver usos do
madamente cinco linhas, com base no tema: Imperativo. A cada música tocada, um grupo
O que você acha da escolha do Brasil para se- faz uma análise, levando em conta o uso pa-
diar a Copa de 2014? drão e o uso coloquial.
A produção é opinativa e o objetivo é realizar um exercício
argumentativo. Não foram sistematizadas essas características, 1. Tendo como base o texto que você produ-
mas consideramos que essas habilidades devam ser contempla- ziu na Atividade 2 da seção “Produção es-
das em diferentes séries/anos. crita”, responda:

3. Escreva, no caderno, um texto com aproxi- a) Você classifica sua produção como um
madamente cinco linhas, a partir do tema: O exemplo de injunção ou prescrição? Por
que pode ser feito para aumentar o número de quê?
crianças nas escolas? Não, pois ela é feita de opinião.
A proposta é injuntiva e não está ligada a nenhum texto, a
princípio, mas pode ser muito enriquecedora a apresentação b) Qual é o objetivo principal desse texto?
de textos sobre o tema para leitura. O objetivo é que os alu- O objetivo desse texto é opinar sobre o tema dado.
nos façam um texto de orientação sobre o que deve ser feito
com base no tema proposto. c) Quanto à sua escolha verbal, você usou
verbos no Modo Indicativo? Circule-os.
Estudo da língua É preciso observar o texto, mas acreditamos que sim. O obje-
tivo é fazer uma retomada do uso desse modo verbal.
Sistematização dos Modos Indicativo e
Imperativo d) Quais deles expressam ações no presente,
no passado ou no futuro? Sublinhe-os.
Nos aspectos gramaticais, sistematize os Tendo como pressuposto que haja usos do Modo Indicativo, o
Modos Indicativo e Imperativo. Para o es- objetivo é fazer uma retomada dos tempos desse modo verbal.

50
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

e) No contexto dessa produção, você Observar as respostas, mas acreditamos que sim, pois é uma
deve ou não usar a norma-padrão da resposta escolar formal.
língua portuguesa? Explique sua opi-
nião. As atividades de competência de comuni-
Sim, pois é uma resposta escolar formal. cação oral retomarão as características da ti-
pologia “descrever ações” e alguns elementos
2. Tendo como base o texto que você produ- dos anúncios publicitários.
ziu na Atividade 3 da seção “Produção es-
crita”, responda:
Oralidade
a) Você classifica sua produção como um
exemplo de injunção ou prescrição? Por 1. Reúnam-se em pequenos grupos. Vocês de-
quê? vem discutir, sem consultar o Caderno do
Sim, pois diz o que deve ser feito, de forma explícita ou sugerida. Aluno ou outras anotações, e recapitular
todas as características que aprenderam
b) Há usos de Modo Imperativo em seu sobre os textos usados para orientar com-
texto? Circule-os. portamentos. Para tanto, tomem como re-
Acreditamos que sim, pois a proposta induz, situacionalmen- ferência a seguinte pergunta: O que há em
te, a esse uso. comum entre todos os textos prescritivos e
injuntivos?
c) Há outros usos verbais que também
exercem a função de orientar o compor- 2. Ainda em grupos, vocês devem discutir,
tamento de alguém? Circule-os. sem consultar o Caderno do Aluno ou ou-
É preciso observar o texto. O objetivo é perceber que não tras anotações, e recapitular todas as ca-
apenas as formas imperativas indicam orientação de com- racterísticas que aprenderam sobre anún-
portamento. Os outros modos também podem funcionar cios publicitários. Para tanto, tomem como
DPNFTTFmNUVEPEFQFOEFEBJOUFOÎÍPDPNVOJDBUJWB referência a seguinte pergunta: O que há
em comum entre todos os anúncios publi-
d) Há usos de outras expressões, não ver- citários?
bais, que exercem a mesma função? Su- É solicitado aos alunos que recapitulem e sistematizem o
blinhe-as. que aprenderam sobre textos injuntivos e prescritivos e o
Novamente, é preciso observar o texto. O objetivo é destacar gênero “anúncio publicitário”. Use a atividade como for-
que outros termos podem auxiliar na construção dessa inten- ma de observação da aprendizagem e para fazer as inter-
cionalidade prescritiva ou injuntiva. venções necessárias.

e) Se você usou o Modo Imperativo, ele Para finalizar, apresentamos uma série
está de acordo com as regras da gramá- de atividades que retomam temas estuda-
tica normativa? Explique. dos desde a Situação de Aprendizagem 1 até
Deve-se observar a variedade empregada e se ela foi usada agora.
de forma regular do início ao fim do texto. Discutir ainda se o
contexto permite as opções coloquial e padrão. 1. A partir das discussões estabele-
cidas por seu grupo sobre o gênero
f) No contexto dessa produção, você deve “anúncio publicitário” explique,
ou não usar a norma-padrão da língua com suas palavras, as características discu-
portuguesa? Explique sua opinião. tidas. Use o quadro a seguir.

51
Primeira característica Direcionamento a um público-alvo.

A seleção de elementos (cores, palavras, diagramação, imagens etc.) voltados


Segunda característica para esse público.

Seleção de elementos é orientada para despertar os sentidos ou desejos do


Terceira característica QÞCMJDPQPSUBOUP IÈNBJTTVHFTUÍPEPRVFJOGPSNBÎÍP

Se surgirem outras características na discussão em sala, acrescentar ao quadro.

Há outras características que não tenham 2. A partir de um anúncio publicitário sele-


sido discutidas e que você gostaria de acres- cionado pelo professor, no livro didático,
centar? Quais? Explique-as. analise as características do gênero de
acordo com o quadro a seguir.

Características do gênero “anúncio publicitá- Exemplos das características no anúncio


rio” analisadas analisado

O objetivo desta atividade é retomar as características do gê-


nero “anúncio publicitário” e analisá-las em funcionamento
em um texto previamente selecionado. Você pode conduzir
essa retomada de diferentes formas: revisando oralmente, soli-
citando retomada no caderno, organizando os alunos em gru-
pos, enfim, há várias estratégias possíveis. Consideramos, no
entanto, que seria oportuno definir uma estratégia diferente
da usada na explicação anterior sobre o assunto, para que os
alunos que não tenham compreendido possam ter uma nova
possibilidade de aprender.

52
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

3. No caderno, faça os exercícios sobre 2. Esse texto pode ser considerado injuntivo,
Modo Imperativo e Modo Subjuntivo, do pois:
livro didático ou de outra fonte, indicados
pelo professor. a) faz uma série de pedidos ao satélite.
Indique atividades sobre Modo Imperativo e Modo Subjunti-
vo, do livro didático ou de outra fonte, que julgar necessárias b) informa que a conexão pode cair.
para complementação do estudo.
c) relaciona trabalho com internet.
O texto a seguir serve como base
para a avaliação dos conteúdos e d) faz uma brincadeira com um texto bíblico.
habilidades enunciados neste volu-
me. São três questões de múltipla escolha e e) usa termos da língua inglesa.
duas dissertativas.
3. Esse texto pode ser considerado intertex-
tual, pois:

Oração do internauta a) faz referência ao Hino Nacional Brasileiro.

Satélite nosso que estais no céu, b) menciona, de forma explícita, um texto


Acelerado seja o vosso link, budista.
Venha a nós o nosso host,
Seja feita vossa conexão, c) faz uma releitura de um conhecido
Assim em casa como no trabalho. texto bíblico.
O download nosso de cada dia nos dai hoje,
Perdoai nosso tempo perdido no chat, d) denuncia problemas ligados aos hackers.
Assim como nós perdoamos os banners de
[nossos provedores. e) faz alusão direta aos jovens que pas-
Não nos deixeis cair a conexão e livrai-nos sam o dia jogando videogame.
[do spam,
Amém! 4. Dê uma nova versão ao texto, trocando o
Anônimo.
vós por você e fazendo todas as mudanças
verbais (e outras) necessárias.
Espera-se que o aluno consiga usar o Imperativo Afirmati-
vo e o Negativo com a pessoa “você” e reescreva:
1. Identifique a sequência de palavras retiradas Satélite nosso que está no céu,
do texto que apresenta verbos no Imperativo: Acelerado seja o seu link,
Venha a nós o nosso host,
a) venha – acelerado – feita. Seja feita sua conexão,
Assim em casa como no trabalho.
b) assim – perdoamos – casa. O download nosso de cada dia nos dê hoje,
Perdoe nosso tempo perdido no chat,
c) perdoamos – provedores – amém. Assim como nós perdoamos os banners de
[nossos provedores.
d) livrai – venha – perdoai. Não nos deixe cair a conexão e livre-nos do
[spam,
e) provedores – deixeis – estais. Amém!

53
5. Esse texto realiza uma intertextualidade tendo sua estrutura em cada verso, mas mudando as palavras.
com qual texto? Justifique sua resposta.
Espera-se que o aluno indique a oração do “Pai-nosso” e seja Exercícios complementares
capaz de explicar, com pelo menos um exemplo do texto,
que a oração do internauta reescreve a oração cristã, man- 1. Observe a imagem e leia o texto a seguir.
© Salomon Cytrynowicz/Pulsar Imagens

Trabalho infantil. Sisal, Valente – BA. Data: 1987.

Sisal fere as mãos

A menina Verônica de Jesus Brandão, 12, é a mais velha de uma família de cinco filhos. Mora com
os pais a 12 quilômetros de Serrinha, mas vai à escola todos os dias graças a um ônibus da prefeitura
da cidade. Ela está na quarta série.
Nem sempre sua vida foi assim. Aos nove anos, Verônica trabalhava para ajudar a família. Tecia
tranças de sisal ou de palha para fazer chapéus. Às vezes, ela voltava para casa com as mãos cortadas
e com apenas R$ 3,00 no bolso a cada semana.
Nem por isso deixou de gostar de brincar. É fã de Sandy & Junior, que vê de vez em quando na TV,
e gosta de matemática. Seu sonho: ser professora ou gerente de banco.

Folha de S.Paulo. Folhinha, 26 out. 2002.

54
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

2. Assinale as frases que indicam os pontos enunciado da questão como um pedido


comuns entre a foto e a notícia do jornal: para que ele faça uma análise intertex-
tual (“pontos comuns”) entre os dois
( ) os dois textos são visuais. textos (a foto e a notícia); é importante
destacar que esse é um tipo de intertex-
( ) os dois textos são ficção. tualidade implícita, pois não há mar-
cas claras nos dois textos, indicando
( x ) os dois textos abordam a realidade. que tratam de uma mesma realidade.
É possível dizer que sim se pensarmos
( x ) os dois textos abordam o trabalho in- na idade das crianças e na insalubrida-
fantil com sisal. de da atividade. Relacionar esses ele-
mentos com o trabalho com o sisal, no
( x ) os autores dos dois textos fazem uma entanto, exige do leitor que reconheça
denúncia. esses signos como pertencentes a esse
universo.
( x ) os autores mostram a situação, colo-
cando-se do lado dos trabalhadores, 3. A partir dos dois textos, solicitar que escre-
de forma indireta. vam um texto prescritivo, indicando o que
poderia ser feito para melhorar a vida dos
( ) os autores mostram a situação, colo- garotos ou apenas da garota da notícia.
cando-se do lado dos patrões. Esse exercício pretende garantir apenas
que os alunos sejam capazes de produzir
( x ) os autores desejam, de forma implícita, um texto dentro da tipologia. Se achar per-
que o leitor se coloque contra o traba- tinente, peça que façam uma “receita para
lho infantil. um trabalho mais justo”.
O aluno foi orientado a produzir uma receita, seguindo as
Para trabalhar essa atividade como recupe- características do gênero. O objetivo é retomar, a partir de
ração, teremos os seguintes objetivos: um gênero escolhido dentro da tipologia selecionada, as ca-
racterísticas prescritivas ou injuntivas em uma atividade cen-
f observar se o aluno compreendeu o trada em habilidades escritas.

RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR


E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA

Se for conveniente, o professor pode usar não aguenta mais sua forma um pouco “ir-
os seguintes recursos para aprofundar o as- responsável” de ser. Eles se separam e Daniel,
sunto da aula. para não deixar de ver os filhos, acaba tornan-
do-se babá das crianças.
Filme
Seria interessante discutir com os alunos
Uma babá quase perfeita (Mrs. Doubtfire) como o protagonista faz para unir “lúdico” e
Direção: Chris Columbus. EUA, 1993. 126 min. “trabalho” no filme. Eles poderiam produzir
Daniel Hillard (Robin Williams) é um homem um texto prescritivo a partir dessa análise. Por
sonhador; sua esposa, Miranda (Sally Field), exemplo: “Como unir diversão e trabalho?”.

55
Livros PLACCO, Vera; SOUZA, Vera. Aprendiza-
gem do adulto professor. São Paulo: Loyola,
BALTAR, Marcos. Competência discursiva e 2006.
gêneros textuais. São Paulo: Edusc, 2006.

CITELLI, Beatriz; GERALDI, J. Wanderley. Sites


Aprender a ensinar com textos de alunos. São
Paulo: Cortez, 2001. Biblioteca virtual
Um site com sugestões de fontes para pes-
KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura. Cam- quisas em todas as áreas. Disponível em:
pinas: Pontes, 2004. <http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/
especial/201304-pesquisaescolar.php>. Aces-
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Desvendan- so em: 14 out. 2013.
do os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2003.
Portal do professor
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção tex- Site do MEC com diversos materiais de pes-
tual, análise de gêneros e compreensão. São quisa para o professor; conteúdos multimí-
Paulo: Parábola, 2008. dia; cursos; links etc. Disponível em: <http://
portaldoprofessor.mec.gov.br>. Acesso em:
ORLANDI, Eni P. Interpretação. Campinas: 24 maio 2013.
Pontes, 2004.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
PRODUZINDO UM TEXTO PRESCRITIVO

O objetivo central desta Situação de e produção de textos. Ao final do processo,


Aprendizagem é retomar as características espera-se que os alunos produzam um folheto
da tipologia “descrever ações” com ênfase prescritivo, colocando em funcionamento os
nos textos prescritivos, por meio da análise aspectos estudados.

Conteúdos e temas: interpretação de texto prescritivo; análise da coerência de texto prescritivo em si-
tuação de comunicação; coerência textual em texto prescritivo; retomada de características da tipologia
“descrever ações”; Modo Imperativo e variedades linguísticas.

Competências e habilidades: produzir um texto prescritivo; analisar a coerência de texto prescritivo em


diferentes situações de comunicação; estruturar um texto prescritivo de maneira coesa; analisar o efeito
de uma dada variedade linguística no texto; interpretar texto prescritivo.

Sugestão de estratégias: aula baseada nos conhecimentos prévios do aluno, com direcionamento do
professor; aproximação dos conteúdos com a realidade do aluno.

Sugestão de recursos: Caderno do Professor; livro didático; dicionário.

Sugestão de avaliação: produção de folheto prescritivo; interpretação de texto prescritivo; análise da


coerência de texto prescritivo em situação de comunicação.

56
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Roteiro para aplicação da Situação


de Aprendizagem 6
Vamos iniciar propondo uma retomada cadernos e recapitulem as características des-
oral, sem consulta, com interação entre pares, ses textos, organizando-as em um quadro. De-
das características de textos prescritivos. Em pois, peça que as apliquem no texto que virá
seguida, solicite aos alunos que retomem os na sequência das atividades.

Discussão oral
1. Converse com um colega a respeito do que vocês já aprenderam sobre textos prescritivos,
sem consultar os materiais:

f em que situações usamos textos prescritivos?


f quais são as características desses textos?
Esse exercício indica uma retomada das características da tipologia “descrever ações”. Nesse momento, o professor deve obser-
var o que foi assimilado nas Situações de Aprendizagem anteriores.

2. Anotem suas conclusões.


Os alunos devem anotar as conclusões, organizando as características.

3. Procure em suas anotações as características dos textos prescritivos e compare-as com o


que você acabou de escrever. Se necessário, corrija.
Essa atividade pressupõe que os exercícios de sistematização das características tenham sido feitos anteriormente.

Leia o texto a seguir:

Folheto distribuído em ato público na calourada 2002 das turmas de medicina, enfermagem e fonoaudio-
logia da Unicamp.

1. Em extremidades queimadas, remova relógios, pulseiras, anéis ou alianças.

2. Coloque a área queimada sob a água corrente (torneira, mangueira). Isso irá resfriar o local, limpar
e aliviar a dor.

3. Cubra o local atingido com um pano limpo e procure socorro médico.

4. Não coloque gelo, pasta de dente, clara de ovo ou qualquer outra coisa sobre a queimadura. Isso
pode prejudicar muito a vítima, além de dificultar o trabalho médico.

5. Não fure as bolhas.

ABAURRE, Maria Luíza Marques. A vida em uma sociedade letrada. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 116.

57
Vamos sugerir um quadro de características ticas prescritivas; presença de marcas prescritivas
da tipologia “descrever ações”, com a análise do não verbais.
folheto que acabaram de ler: de caráter prescriti-
vo e regulação de comportamentos; prescrição 1. Analise o texto, encontrando nele caracte-
(da ordem à súplica); presença de marcas linguís- rísticas prescritivas, e anote-as a seguir.

Texto analisado Folheto prescritivo

Trata-se de um folheto distribuído em ato público, vinculado


a a cursos de uma universidade. Da parte de seus produtores,
1 característica: regulação de comporta-
espera ser compreendido, portanto, como um conjunto de
mento procedimentos a serem seguidos pelo público em caso de
queimaduras.

O tom do texto é uma ordenação de procedimentos a serem


a seguidos em caso de queimadura. Nesse sentido, ele pode ser
2 característica: prescrição de atitude a ser
compreendido como um conjunto de ordens. Isso é reforça-
tomada do no texto, pois dos cinco itens apenas dois apresentam uma
justificativa.

3a característica: presença de marcas linguís-


Uso de verbos no Modo Imperativo.
ticas prescritivas

Presença de enumerações, o que reforça o caráter impositivo,


4a característica: presença de marcas pres-
pois o texto não usa expedientes não verbais para persuadir o
critivas não verbais público. Limita-se a dar as instruções.

Na sequência, proponha a análise de um coerência dos textos em relação às situações


texto prescritivo em duas situações de co- apresentadas.
municação diferentes (uma será apresenta-
da agora e a outra está na seção “Lição de 2. Leia o texto a seguir. Ele apresenta uma situ-
casa”). O objetivo da atividade é estudar a ação em que há necessidade de uso de texto
prescritivo:

Situação A

Em um prédio de atendimento ao público, há muitas salas, distribuídas pelos andares. Algumas


delas funcionam para um dado serviço, outras funcionam para outros, enfim, não é possível indicar a
função de cada uma apenas com uma sinalização na porta ou lateral de entrada.

A questão é que muitas pessoas passam por ali todos os dias; muitas são simples, com pouca esco-
laridade, e sentem dificuldade em orientar-se dentro do espaço.

58
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Uma proposta de solução do problema foi a seguinte: criar, ao final de cada corredor, um grande
cartaz em que estivessem escritas instruções como “Atendimento XX, salas 12, 13, 14 ou 15”.

Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola.

a) Qual é o problema apresentado na situ- c) Sugira uma mudança nessa proposta.


ação? Elabore sua sugestão de acordo com a
Em um grande prédio de serviço público, as pessoas encon- situação dada.
tram dificuldade para localizar os locais de atendimento. Como sugestões para resolução do problema, podemos
destacar: a alteração do texto verbal para “Para atendi-
b) A proposta apresentada parece coerente NFOUPEF99 EJSJKBTFËTTBMBT  PVwBDPMPDB-
com essa situação, sendo capaz de resol- ção do texto em várias partes do prédio, não apenas ao
vê-la? Por quê? GJOBM EP DPSSFEPS B JNQMFNFOUBÎÍP EF VNB DFOUSBM EF
A solução do problema apresentada parece insuficiente para JOGPSNBÎÜFT FNDBEBBOEBSBQSFTFOÎBEFGVODJPOÈSJPT
a situação, por vários motivos: o fluxo de pessoas é grande, espalhados pelos corredores, com a função de orientar
P RVF HFSB EJTQFSTÍP EPT QBTTBOUFT OFN UPEBT BT QFTTPBT as pessoas. Caso os alunos apresentem outras soluções,
procuram orientações visuais, mas, se procuram, elas devem analise a pertinência de cada uma delas de acordo com
estar acessíveis em várias partes, não apenas em um espaço o contexto.
ÞOJDPBFTDSJUBEBTJOTUSVÎÜFTOPDBSUB[QPEFSJBTFSNBJTDMB-
ra, pois subentende-se que o leitor compreenda a conexão 3. Leia o texto a seguir:
entre atendimento e sala, não expressa verbalmente.

PRECAUÇÕES: CONSERVE FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS E DOS ANIMAIS


DOMÉSTICOS. Evite o contato prolongado com a pele e enxágue as mãos após o uso. Em caso de
contato com os olhos ou as mucosas, lave com água em abundância. Se ingerido, NÃO PROVOQUE
VÔMITO e consulte um médico. Não reutilize a embalagem vazia para outros fins.

a) Onde, normalmente, encontramos esse d) Por que algumas partes do texto estão
tipo de texto? com letra maiúscula?
São textos que aparecem, normalmente, no verso das emba- É importante que os alunos percebam que os recursos grá-
lagens de produtos tóxicos, como os de limpeza. ficos também possuem sentido. As partes escritas com letra
maiúscula significam que aquelas orientações são ainda mais
b) Há algum termo (ou palavra) cujo signi- importantes do que as outras, merecendo destaque maior.
ficado você não conhece? Qual?
Talvez os alunos não saibam o significado do termo “mucosa”. Na sequência, a partir da discussão temá-
Em caso de dúvida, oriente-os a procurar a palavra no dicionário. tica, será solicitada a produção de um texto
prescritivo.
c) Você considera o texto prescritivo? Por
quê? Oralidade
Sim, pois o texto apresenta, basicamente, orientações
sobre como as pessoas devem se comportar para prever Proponha aos alunos uma discussão do se-
acidentes com o uso do produto. Ressalte a presença dos guinte tema: A convivência escolar. Para tan-
verbos imperativos. to, deverão responder, oralmente, a algumas

59
perguntas: Pense, com os alunos, em algum aspecto da
convivência escolar que exige regras para seu
f Qual aspecto da convivência escolar, neste bom andamento. Depois, definam que proce-
momento, está causando problemas para a dimentos devem ser seguidos por todos para
aprendizagem? que haja mais harmonia.
Os alunos deverão discutir sobre alguns problemas relacio-
nados à convivência escolar, apontando situações que po- Em seguida, peça que façam uma segunda
dem atrapalhar a aprendizagem. Como exemplo, os alunos versão dos textos, se necessário.
podem citar: conversas durante explicações, discussões entre
colegas, falta de respeito entre os colegas no momento de Produção escrita
entrar na sala de aula ou dela sair etc.
1. Tendo como base a discussão sobre convivên-
f Quais são os problemas? cia escolar, você deverá escrever um pequeno
Devem ser definidos os tipos de problema, de forma clara. texto prescritivo, registrando os procedimen-
Você deve evitar que os alunos façam acusações pessoais e tos necessários para melhorar a situação.
propor que se concentrem nas formas que as situações que
atrapalham a aprendizagem assumem. O texto deverá ter a seguinte estrutura:

f Por que eles ocorrem? f um pequeno trecho introdutório que


Este item exige reflexão sobre as causas dos possíveis pro- explicará ao leitor do que se trata;
blemas de convivência. f alguns procedimentos que deverão ser
adotados por todos, de acordo com as
f O que poderia ser feito para melhorar a discussões feitas.
situação? Observar se o aluno construiu o texto de acordo com as
Devem ser formuladas, neste item, propostas práticas de orientações dadas.
intervenção nos problemas. Nesse sentido, o texto pro-
duzido será prescritivo. 2. Após as produções, você analisará o texto
de um colega, a partir do quadro a seguir.

O aluno preencherá de acordo com suas observações do texto. Não


se espera que aponte tudo, mas é importante que desenvolva essa ha-
bilidade de reflexão sobre os textos. Como já estudou bastante essa
tipologia, acreditamos que poderá retomá-la sem grandes problemas
nesta atividade, apontando que:
O texto apresenta as características
tIÈNBSDBTMJOHVÓTUJDBTUJQJDBNFOUFQSFTDSJUJWBT DPNPPFNQSFHPEP
prescritivas? Quais? .PEP*NQFSBUJWP
tIÈSFHVMBÎÍPNÞUVBEFDPNQPSUBNFOUPT
tQPEFJSEBPSEFNËTÞQMJDB
tQPSWF[FT IÈNBSDBTQSFTDSJUJWBTOÍPWFSCBJTOBTJNBHFOT OPTHFTUPT
etc.

O aluno preencherá de acordo com suas observações do texto. Não se


O texto está coerente com o que foi previsto
espera que aponte tudo, mas é importante que desenvolva essa habili-
na discussão em sala? Por quê? dade de reflexão sobre os textos.

O aluno preencherá de acordo com suas observações do texto. Não se


Se houver problemas relacionados ao uso da
espera que aponte tudo, mas é importante que desenvolva essa habili-
norma-padrão, corrija-os dade de reflexão sobre os textos.

60
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

O “se” indica que será introduzida uma oração. Observe a


O objetivo dessas atividades é estudar o pertinência das explicações dadas pelos alunos.
funcionamento de um texto prescritivo em
uma situação de comunicação concreta. c) Dentro desse grupo, quais classes são pos-
Nesse sentido, os alunos são estimulados a
síveis de acordo com o sentido do texto?
analisar a coerência ou não do texto, a partir
Pelo “não provoque vômito”, deduz-se que a palavra que
de um contexto específico de comunicação.
preenche a lacuna é um verbo que indica algo no paradigma
de “ingerir”.

Estudo da língua d) Que classe de palavras pode preencher


as lacunas 2, 3 e 4?
Dando continuidade à análise dos textos Substantivos ou expressões com essa função.
sob o ponto de vista da coesão e da coerência,
vamos propor uma atividade que apresentará e) Estabeleça uma hipótese para explicar
um texto prescritivo sem a presença proposital por que apenas a classe de palavra es-
de alguns termos. O objetivo é que os alunos colhida na questão anterior é possível
preencham as lacunas do texto, discutindo para o preenchimento da lacuna.
quais possibilidades são pertinentes. São passíveis de ser definidas por artigos ou por outros deter-
minantes. Observe a pertinência dos comentários dos alunos.
1. Preencha as lacunas do texto:
f) Dentro desse grupo, quais classes são pos-
síveis de acordo com o sentido do texto?
Substantivos, pois, se é um produto de limpeza, costuma ser
Guarde longe das crianças e de animais aplicado em vasilhas, objetos (que ficam junto ao solo) e no
ingerir
domésticos. Se (1)........................, não pro- QJTP RVFN FTUÈ JOUPYJDBEP QSPDVSB VN NÏEJDP  QPTUP EF
voque vômito. Não aplique o produto sobre TBÞEFPVIPTQJUBMBFNCBMBHFNTØQPEFTFSEPQSPEVUP
utensílios
alimentos nem sobre (2)....................... de
cozinha. Em caso de intoxicação, procure Outra atividade possível é a de preencher la-
um (3) posto de saúde levando a embalagem do
.................., cunas de outro texto prescritivo, do qual foram
produto
(4)........................... . retirados apenas os verbos. Para desenvolvê-la,
leia com os alunos, primeiro, o texto a seguir.
Adaptado de: AMARAL, Suely. Na boca do povo. In:
MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portu- 2. O texto a seguir servirá como base para as
guesa, língua estrangeira, educação artística e educa- próximas questões. Responda-as antes de
ção física: livro do estudante: Ensino Fundamental. preencher as lacunas.
Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 161.

Bom dia, pessoal!


a) Que classe de palavra pode preencher a
lacuna 1? Inicialmente, vamos recapitular os passos
Verbos. para a execução dos trabalhos:

b) Estabeleça uma hipótese para explicar ........................ as planilhas sobre a


por que apenas a classe de palavra esco- mesa;
lhida na questão anterior é possível no ....................... seus grupos para a ordem
preenchimento da lacuna. das folhas de cada planilha;

61
........................ as folhas, para que pos- f) Lembrando o que já aprenderam sobre
sam organizá-las; textos prescritivos, que palavras seriam
........................ com eles os pontos que essas que estão faltando no texto?
devem ser analisados; Verbos no Modo Imperativo.
........................ um tempo, para que pos-
sam observar as planilhas; g) O que essas palavras acrescentariam ao
........................ a discussão, para que to- sentido geral do texto?
dos possam colocar suas observações. O que deve ser feito pelos colaboradores.

Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar Conforme os alunos forem levantando hi-
especialmente para o São Paulo faz escola. póteses, acolha-as e oriente-os dizendo que as
palavras ausentes sinalizam procedimentos que
cada pessoa presente na reunião e que coman-
Em seguida, peça aos alunos que reflitam da um grupo de trabalho deve passar para seus
sobre a situação de comunicação em que o subordinados. As lacunas sinalizam os verbos
texto foi produzido. Em um primeiro momen- que devem orientar as ações das pessoas. Além
to, é importante que eles levantem hipóteses disso, pela situação, entende-se que os verbos
para a resolução do problema apresentado. em questão estejam no Modo Imperativo.
Para isso, faça perguntas como:
3. Preencha as lacunas do texto. Opte pela
a) O que está acontecendo? norma-padrão ou coloquial da língua e
Alguém está dando instruções para um grupo de trabalho. justifique sua escolha.
1. Bom dia, pessoal!
b) Quem está falando com quem? 2. Inicialmente, vamos recapitular os passos para a execução
Provavelmente, um chefe com seus colaboradores. dos trabalhos.
3. Coloquem as planilhas sobre a mesa.
c) Como você sabe? 4. Orientem seus grupos para a ordem das folhas de cada
Pela natureza do texto percebe-se que uma pessoa está no planilha.
comando e indica para as demais o que deve ser feito. 5. Distribuam as folhas, para que possam organizá-las.
6. Recapitulem com eles os pontos que devem ser analisados.
d) Do que essa pessoa parece estar falando? 7. Deem um tempo, para que possam observar as planilhas.
Etapas que devem ser cumpridas para a realização de um 8. Iniciem a discussão, para que todos possam colocar suas
trabalho. As pessoas que estão ouvindo vão repassar orienta- observações.
ções para seus grupos. É possível, em uma situação de comunicação oral, o falante
optar pela variedade não padrão no uso do Imperativo. Obser-
e) Por que ela precisa se comunicar dessa ve, no entanto, se o aluno não oscila entre as duas variedades.
maneira?
"JEFJBÏQBTTBSJOTUSVÎÜFTFOUÍPBQFTTPBRVFGBMBEJ[ JUFN
por item, o que deve ser feito.
Para você, professor!
O objetivo dessas atividades de coesão é
Oriente os alunos na discussão, analisando promover uma reflexão sobre os efeitos de
a situação de comunicação prevista pelo tex- sentido de nossas escolhas linguísticas. Des-
to. Faça-os perceber que há uma fala inicial, se modo, oriente os alunos a prestar atenção
na qual se identifica que alguém dá instruções na relação que existe entre cada termo e seu
de trabalho para um grupo. contexto de uso.

62
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

As indicações de preenchimento das la- 2. No caderno, responda:


cunas são apenas sugestões; há outras possi-
bilidades, que devem ser levadas em conta de a) Qual é o problema apresentado na situ-
acordo com o contexto em que se inserem. ação?
Os colaboradores nem sempre seguem as etapas indicadas
pelo chefe.
Finalizando a Situação, são propostas al-
gumas atividades, com os temas estudados. b) A atitude do chefe parece adequada
para resolver a situação? Por quê?
1. Leia o texto a seguir. Ele apresenta Não. O chefe fica colérico e aponta o motivo que, se-
outra situação prescritiva para análise. gundo sua percepção, causa o problema. Mas nada fica
resolvido.

Situação B 3. Escreva uma proposta que contribua para


que os colaboradores melhorem seu de-
Um chefe trabalha com um grupo de
sempenho.
colaboradores há algum tempo. Dentro da
As pessoas são diferentes, em vários sentidos (memória, ma-
empresa, eles fazem reuniões periódicas para
OFJSBDPNPSBDJPDJOBN TFOUFNFUD
BMÏNEJTTP BDBEBNP-
encaminhar a execução dos trabalhos.
mento, elas estão passando por situações variadas, seja do pon-
Em virtude do tempo em que essas pessoas
to de vista pessoal, seja profissional etc. Isso significa que não
trabalham juntas, o chefe considera que não é
é possível pressupor que todos estarão pensando da mesma
necessário recapitular os passos para a execu-
forma e com o mesmo envolvimento em todas as situações.
ção de cada projeto. No entanto, frequente-
Se o chefe quer que sigam sua maneira de ver as coisas, deve
mente, alguns colaboradores não seguem os
passos de acordo com o que ele esperava. sempre expressar isso para seus colaboradores. Ele espera
RVFBTQFTTPBTTJHBNJOTUSVÎÜFTQPSUBOUP TFSJBNBJTMØHJDP
O chefe fica colérico e sempre aponta a
que ele sempre as recapitulasse, para ter certeza de que to-
falta de envolvimento dos colaboradores
dos estão seguindo na mesma direção.
como a causa desses problemas.

Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar 4. Anote os exercícios sobre Modo Imperati-
especialmente para o São Paulo faz escola. vo, do livro didático ou de outra fonte, indi-
cados pelo professor. Faça-os no caderno.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
CRIANDO UMA CAMPANHA PUBLICITÁRIA

Nesta Situação de Aprendizagem, vamos novas. Ao final do processo, espera-se que os


destacar o gênero “anúncio publicitário”. alunos consigam construir uma pequena cam-
Para tanto, retomaremos características vis- panha publicitária, pondo em funcionamento
tas anteriormente e apresentaremos algumas os traços do gênero estudado.

Conteúdos e temas: retomada de características de anúncios publicitários; leitura de anúncios publici-


tários; características do gênero “anúncio publicitário”; análise de anúncios publicitários.

63
Competências e habilidades: produzir uma campanha publicitária; inferir características de anúncios publici-
tários; comparar anúncios publicitários; analisar anúncios publicitários produzidos em diferentes suportes.

Sugestão de estratégias: ampliação do entendimento dos traços característicos de anúncios publici-


tários por meio da análise de anúncios produzidos em diferentes suportes; elaboração de campanha
publicitária, propiciando aos estudantes elaborar o texto dentro do gênero especificado, a partir de
situação concreta de produção.

Sugestão de recursos: televisão e projeção audiovisual; livro didático; rádio; Caderno do Professor.

Sugestão de avaliação: elaboração de campanha publicitária; análise de anúncios publicitários; compa-


ração de anúncios publicitários produzidos em diferentes suportes.

Roteiro para aplicação da Situação tÏVNHÐOFSPUFYUVBMDPOTUSVÓEPBQBSUJSEFVNQÞCMJDPBMWP


de Aprendizagem 7 RVFPBOVODJBOUFEFTFKBDPOWFODFS
tBQSFTFOUBTFMFÎÍPEFFMFNFOUPT DPSFT QBMBWSBT EJBHSBNB-
ÎÍP JNBHFOTFUD
WPMUBEPTBFTTFQÞCMJDP
Neste volume, já foram apresentadas al- tBQSFTFOUBTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTPSJFOUBEBQBSBEFTQFSUBS
gumas características do gênero “anúncio PTTFOUJEPTPVEFTFKPTEPQÞCMJDPQPSUBOUP QPEFIBWFSNBJT
publicitário”. Nesta nova etapa, iniciaremos TVHFTUÍPEPRVFJOGPSNBÎÍP
com uma recapitulação dos traços vistos; de- tBQSFTFOUBBMHVNBTNBSDBTMJOHVÓTUJDBTUÓQJDBT OPDBTP GP-
pois, apresentaremos mais algumas especi- ram observadas as formas verbais, especialmente o Modo
ficidades do gênero para que, ao final desta Imperativo).
Situação de Aprendizagem, os alunos façam
uma pequena campanha de lançamento de c) Quais características apontadas na ques-
produto, por meio da produção de anúncios tão anterior aparecem no texto analisa-
publicitários. do? Exemplifique.
Imaginamos que todas elas estejam presentes. Você pode
Para iniciar a retomada, selecione um observar se o aluno consegue apontar as características
anúncio publicitário que consta no livro didá- no texto.
tico e apresente-o aos alunos. Pergunte se eles
se lembram desse gênero e que características Veja que traços serão apresentados es-
lhes permitem chegar a essa conclusão. pontaneamente pelos estudantes. Caso não
se lembrem, solicite que retomem os cader-
1. O professor selecionará um texto do livro nos e recapitulem os traços aprendidos. Em
didático para estudo. Tendo-o como base, seguida, oriente-os a analisar o anúncio de
responda: acordo com as características vistas ante-
riormente.
a) Qual é o gênero do texto?
“Anúncio publicitário”. Faça essa recapitulação com um ou mais
anúncios. Você pode até mesmo pedir aos alu-
b) Que características desse gênero você já nos que pesquisem outros anúncios e os levem
estudou? Responda sem consultar o ca- para a sala de aula, a fim de produzir análises
derno. semelhantes.

64
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Dando continuidade ao estudo de traços f outras marcas linguísticas de textos publi-


característicos do gênero, serão destacados citários que não sejam os verbos;
outros característicos de aspectos ligados a es- f diferentes tipos de suporte em que um
ses textos. São eles: anúncio publicitário pode ser veiculado:
mídias impressa, televisiva, radiofônica e
f diferentes usos dos anúncios publicitários: digital.
venda de produto ou serviço, divulgação
de marca ou campanha; 2. Observe o anúncio a seguir:

Texto A

ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice
(Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 12.

a) Qual parece ser o público-alvo? c) Há algum uso conotativo da lingua-


Pessoas que gostam de doces. gem? Qual?
4JN  %PDFNFM  BTTPDJBOEP EPJT UFSNPT B MJHBÎÍP DPN B
b) Há marcas no texto que indicam a quem ideia de pecado, sugerindo que quem não come sobre-
o anúncio se dirige? mesa peca.
“Pecado é não comer” sugere a presença dos que realizarão
esse ato.

65
3. Observe este outro anúncio:

Texto B

ABAURRE, Maria Luiza Marques. A vida em uma sociedade letrada. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 117.

a) Qual parece ser o público-alvo? c) Há algum uso conotativo da linguagem?


Qualquer pessoa que possa doar órgãos ou tecidos. Qual?
A imagem das mãos duplas como placa de trânsito, re-
b) Há marcas no texto que indicam a quem forçada pelo trecho “Transplante de órgãos. Essa via tem
o anúncio se dirige? Quais? duas mãos”.
.ÍPTNPEPWFSCBMRVFJODMVJPMFJUPS i%PFw
QSPOPNFiWPDÐw

66
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Inicialmente, você pode, de forma oral, Já o segundo quer convencer o leitor da


pedir aos alunos que retomem nos textos as importância da doação de órgãos. Para esti-
características estudadas de anúncios publi- mular esse ato, o texto usa recursos visuais e
citários. Nesse sentido, do primeiro anúncio, verbais, da mesma forma que o anúncio an-
destaque: terior. Nesse caso, no entanto, há mais expli-
cações, o que tem como objetivo deixar clara
f o público-alvo: pessoas que gostam de doces; para o leitor a abrangência do assunto (pois
f a presença de elementos voltados ao públi- ele pode, um dia, estar do lado de quem pre-
co: “pecado é não comer” indica a presen- cisa de uma doação).
ça dos que realizarão esse ato;
f o caráter sugestivo: marca associando dois 4. Aponte duas diferenças entre os dois anún-
termos; a ligação com a ideia de pecado, cios.
sugerindo que quem não come é que peca; 0UJQPEFQÞCMJDPBMWPBNBOFJSBNBJTEJSFUBEFGBMBSDPNP
f os usos verbais típicos do gênero; criação interlocutor, no segundo anúncio. Observar a pertinência de
de termo novo “Docemel”. outras respostas.

Do segundo anúncio, você pode destacar: Feitas as análises, pergunte aos alunos
sobre a função dos dois anúncios. É a mes-
f o público-alvo: qualquer pessoa que possa ma? Estimule-os a perceber que não. O pri-
doar órgãos ou tecidos; meiro anúncio quer vender uma marca e
f a presença de elementos voltados ao públi- seus produtos. Já o segundo deseja conven-
co: mãos, modo verbal que inclui o leitor cer o público da importância de uma cam-
(forma verbal “doe”, pronome “você”); panha de interesse social, ligada à doação
f o caráter sugestivo: a imagem das mãos de órgãos.
duplas como placa de trânsito, reforçada
pelo trecho “Transplante de órgãos. Essa 5. Os dois textos são anúncios publicitários.
via tem duas mãos.”; Podemos dizer, no entanto, que apresen-
f os usos verbais típicos do gênero: uso do tam a mesma função? Justifique sua res-
Modo Imperativo. posta.
Não. Um busca convencer um público consumidor, desper-
Em seguida, solicite que apontem di- UBOEPPEFTFKPQFMPQSPEVUPPPVUSPCVTDBDPOWFODFSEPB-
ferenças entre os dois anúncios. De forma dores, apelando para a solidariedade humana.
imediata, devem destacar a quantidade de
palavras muito maior no segundo. Tendo 6. Qual é a função do Texto A?
essa observação como referência, peça que Divulgar uma marca e estimular a venda de seus produtos.
formulem uma hipótese que explique a ra-
zão dessa quantidade maior de palavras no 7. Qual é a função do Texto B?
segundo anúncio. Divulgar uma campanha de doação de órgãos.

O primeiro anúncio, de caráter mais suges- Como complementação, você pode apre-
tivo, estimula o leitor a querer comer as sobre- sentar mais anúncios ou pedir aos alunos que
mesas. Seu estímulo concentra-se na imagem da pesquisem outros para levar para a sala de
maçã, na tipologia mais arredondada do nome aula. Nesse caso, o critério de seleção será en-
da marca e do próprio termo “Docemel”, fu- contrar anúncios que funcionem com um dos
são de dois vocábulos associados a doces. seguintes objetivos:

67
f divulgar uma campanha de interesse público.
É possível concluir que a publicidade pode
estar a serviço de diferentes fins: ser usada Novamente, observando os dois anúncios
para a venda de um produto ou de um servi- que serviram de base para a reflexão anterior,
ço, para a divulgação de uma marca ou como destaque agora apenas a persuasão presente
campanha de interesse público. nas palavras. Primeiro, peça aos alunos que
encontrem os verbos no Modo Imperativo.
É importante que os alunos observem que Eles os encontrarão apenas no segundo texto,
os traços característicos típicos dos anúncios em “Doe seus órgãos”.
publicitários estão presentes em todos esses
textos, mas eles podem ser organizados para Depois, solicite que, separando os trechos
cumprir diferentes funções sociais. verbais dos textos, analisem como eles procu-
ram convencer o leitor a fazer alguma coisa.

8. Vamos analisar o poder de persuasão do


f vender produto; primeiro anúncio (Texto A). Qual é o po-
f vender serviço; der sugestivo dos fragmentos verbais indi-
f divulgar uma marca; cados no quadro?

Fragmentos verbais Comentários

“Sobremesa” é um substantivo associado à ideia de doce. O


Sobremesas de frutas termo “fruta” também está ligado ao adocicado.

Docemel Fusão de duas palavras associadas a doce.

Verbo “comer” associado à ideia de comer doce. “Pecado” su-


Pecado é não comer gere que comer não é cometer um erro moral, subvertendo a
interpretação usual.

9. Com base nos exercícios feitos e nas explicações do professor, sintetize os novos traços do gêne-
ro “anúncio publicitário” apresentados nesta Situação de Aprendizagem.

Traços Comentários

Diferentes usos dos anúncios publicitários: venda de produto


5ª característica ou traço típico dos anúncios publicitários:
ou serviço, divulgação de marca ou campanha.

Outras marcas linguísticas de textos publicitários (que não se-


6ª característica ou traço típico dos anúncios publicitários:
jam verbos): imagens, gestos etc.

Diferentes tipos de suporte em que um anúncio publicitário


7ª característica ou traço típico dos anúncios publicitários: pode ser veiculado: mídias impressa, televisiva, radiofônica e
digital.

68
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

estudados no decorrer desta Situação de


Para você, professor! Aprendizagem.
f De acordo com o suporte, é natural que
Após as análises, observe se é necessário sejam feitas algumas adaptações espe-
fazer análises semelhantes com os outros cíficas para ele. Dessa maneira, o rádio
anúncios apresentados pelo livro didático precisa destacar tudo o que for sonoro
ou selecionados em outras fontes ou pelos (incluindo a parte verbal); a televisão as-
alunos. Não temos a intenção de esgotar a sociará imagem, som e texto verbal; e a
quantidade de recursos verbais usados pelos internet, em razão da velocidade da in-
anúncios. formação, apresentará o anúncio subdi-
O objetivo, aqui, é perceber que todas as vidido em links.
escolhas de um anúncio publicitário, sejam
elas verbais ou não, foram intencionais e ser- Oralidade
vem para auxiliar no poder de convencimen-
to do texto. 1. Com base em alguma campanha publici-
tária indicada pelo professor ou escolhida
pela classe, que apresente anúncios em di-
Para o estudo do terceiro novo aspecto a ferentes mídias (televisão, rádio, internet,
ser destacado – Diferentes tipos de suporte em jornais e revistas), discuta com seus colegas
que um anúncio publicitário pode ser veicula- as seguintes questões:
do: mídias impressa, televisiva, radiofônica e
digital –, será necessário selecionar anúncios a) Apesar das diferentes mídias, as ca-
publicitários presentes em outros objetos que racterísticas típicas do gênero conti-
não o livro didático. Para tanto, você pode: nuam presentes. Faça um comentário
analisando comparativamente dois
f gravar um anúncio de rádio; anúncios.
f gravar um anúncio veiculado na televisão; O aluno deve apontar uma ou mais características do gênero
f trazer impresso um anúncio digital extraí- “anúncio publicitário” em funcionamento nos dois textos.
do da internet.
b) Que características parecem ser específi-
Esse procedimento é necessário, pois, nesse cas de anúncios veiculados no rádio?
momento, estudaremos as implicações que as O trabalho exclusivo com sons, palavras, música de fundo,
diferenças de suporte geram nos anúncios. ritmo, outros sons associados. Todos esses elementos devem
ser observados em funcionamento no texto.
Se possível, selecione uma dada campanha
(de lançamento de um carro, perfume, imóvel c) Que características parecem ser específi-
etc.) e escolha dois ou mais anúncios produzi- cas de anúncios veiculados na televisão?
dos para ela, veiculados em mídias diferentes. A sonoridade associada ao verbal e à imagem, o movimento,
a construção de uma ou mais cenas, a trilha sonora. Todos
Como sugestão de foco de análise, vamos esses elementos devem ser observados em funcionamento
destacar dois pontos que serão explorados na no texto.
seção “Oralidade”.
d) Que características parecem ser específi-
f Seja qual for o suporte em que um anún- cas de anúncios veiculados na internet?
cio publicitário é veiculado, ele apresen- Imagens, palavras, percurso de informação, animações, às
tará traços típicos do gênero, como os vezes sons, quase sempre com um link, uma abertura para

69
mais detalhamentos. Todos esses elementos devem ser ob- publicitário. Para tanto, sigam os passos
servados em funcionamento no texto. indicados.

e) Que características parecem ser especí- Passo 1


ficas de anúncios veiculados em mídia
impressa (jornais e revistas)? Definir o produto ou serviço, a divulgação
Presença de imagens, cores, palavras e, às vezes, amostras do de uma marca ou campanha de interesse pú-
produto. Todos esses elementos devem ser observados em blico: todos os alunos deverão fazer a mesma
funcionamento no texto. opção. Estabeleça uma discussão para que a
classe escolha a possibilidade que lhe pareça
Para finalizar, sugerimos a simulação de mais interessante.
uma pequena campanha publicitária. Para
isso, será necessário dividir a sala em gru- Passo 2
pos e seguir os passos sugeridos. A ideia é
que, ao final do processo, cada grupo apre- Definir um público-alvo do anúncio. De-
sente um anúncio para uma mídia impressa, terminando o objeto da campanha, será preci-
todos eles associados ao mesmo produto e so definir o público-alvo. Proceda nesta etapa
público-alvo. da mesma forma que na anterior.

Produção escrita Passo 3

1. Em grupo, vocês produzirão um anúncio Escrever no quadro a seguir o que decidiram.

Tendo em vista o objeto da campa-


nha e seu público-alvo, que imagens
Elementos não
devem ser produzidas? Serão fotos?
verbais
Imagens retiradas da internet? De-
senhos, ilustrações?

O que virá como texto escrito?


Como será a divisão do texto na
Elementos verbais
página? Haverá tipos diferentes de
letra? Por quê?

Passo 4 Passo 5

Produzir um esboço do anúncio a partir das Analisar os esboços: tendo em vista as ca-
opções feitas: após todas as discussões, cada gru- racterísticas do gênero “anúncio publicitário”
po deverá produzir um esboço de seu anúncio. (as que foram revistas e as novas, apresentadas
Comente com os alunos que não se trata ainda nesta Situação de Aprendizagem), solicite a to-
do resultado final, mas, sim, de uma base para dos os grupos que exponham seus esboços para
um comentário do que está adequado ou não. que a classe possa comentar os trabalhos.

70
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Passo 6 bém o livro didático servem como base para


orientar seu trabalho. O que vamos sugerir
Com base nas análises feitas, produzir a são atividades produzidas a partir dos textos
versão final do anúncio. Depois que os esbo- vistos na Situação de Aprendizagem, intro-
ços foram analisados, é provável que algumas duzindo esses temas gramaticais de forma
alterações sejam necessárias. Agora, sim, será articulada, na medida do possível, ao que já
produzida uma versão final. está sendo estudado.

Passo 7 Consideramos que uma forma de iniciar o


estudo pode ser a leitura da explicação dada
Socializar os trabalhos: compartilhe os re- no livro didático ou em uma gramática nor-
sultados. Faça uma mostra na sala de aula, mativa que você costume usar.
ou até mesmo na escola, se possível. O ideal é
que a campanha seja mostrada para seu pú- Leia as explicações e peça aos alunos que,
blico-alvo preferencial, atingindo seu destino. em dupla, estabeleçam uma discussão sobre o
que entenderam. Em seguida, solicite que, no
Estudo da língua caderno, façam um resumo dos tópicos que
consideram mais importantes.
Consideramos que o estudo de vozes ver-
bais não precisa, necessariamente, estar atre- 1. O professor indicará um tema para estudo
lado a um gênero específico, pois trata-se de (vozes verbais) e algumas fontes para pes-
um fenômeno linguístico que pode ocorrer em quisa. Faça a leitura dos textos indicados
qualquer gênero, sem ser presença preferen- e discuta com um colega o que cada um
cial. A mesma coisa ocorre com outros temas compreendeu.
da língua, por exemplo, o estudo de verbos.
2. Após a discussão, você e seu colega elabo-
A seguir, você encontrará algumas sugestões rarão, no caderno, um resumo dos princi-
de atividades sobre esse tema. É importante des- pais tópicos estudados.
tacar que elas não têm a intenção de esgotar os O grande objetivo são as habilidades de selecionar e organi-
assuntos. Na sala de aula, você pode planejar o zar informações. Mesmo que o resumo não esteja completo,
quanto é necessário aprofundar e sistematizar os não é esse o foco neste momento.
conceitos, bem como apresentar as classificações.
3. Com base em seu resumo e nas explicações
Nesse sentido, sua experiência, os mate- do professor, responda, com suas palavras,
riais que produz, as aulas que prepara e tam- ao questionário a seguir.

Questionário

1. O que é voz verbal?


Diz respeito à relação do verbo com o sujeito. A voz verbal expressará se o sujeito pratica a ação, se sofre seu efeito ou se pratica a ação e
sofre seu efeito ao mesmo tempo.

2. Quais são os tipos de vozes que um verbo pode apresentar?


O verbo pode apresentar-se na voz ativa, passiva ou reflexiva.

71
3. O que é voz ativa? Dê um exemplo.
Expressa-se quando o sujeito pratica a ação. Exemplo: Ela salvou a vida do colega.

4. O que é voz passiva?


Expressa-se quando quem pratica a ação, efetivamente, não é o sujeito, mas o chamado “agente da passiva”. Neste caso, a ação
é sofrida pelo sujeito. Exemplo: Ela foi salva pelos bombeiros.

5. A voz passiva pode se apresentar de dois jeitos. Diga quais são e dê um exemplo de cada um.
Na forma sintética ou analítica. Exemplo da forma sintética: Alugam-se casas (neste caso, o pronome “se” é partícula apassiva-
dora e o sujeito é “casas”, por isso o verbo está no plural). Exemplo de forma analítica: Casas são alugadas por banhistas (neste
caso, o sujeito está, normalmente, antes do verbo e a concordância não costuma apresentar dúvidas. Temos também, em geral,
a presença do agente da passiva, o que não ocorre na forma sintética).

6. O que é voz reflexiva? Dê um exemplo.


É quando a ação expressa pelo verbo é praticada pelo sujeito e recai nele mesmo. Exemplo: Ela penteava-se sempre com cuida-
do (ela faz a ação e sofre seu efeito. “Ela” indica o sujeito e “se”, o objeto).

7. Observe um parágrafo que você tenha escrito e retire um exemplo de voz ativa, passiva e reflexiva.
O aluno deverá refletir sobre seus próprios usos de vozes verbais.

Corrija os questionários e explique as dú- mo para os que compreenderam na primeira


vidas dos alunos. Nesse processo, você dá sua tentativa, outras habilidades foram postas em
explicação de cada tópico, apresentando os funcionamento nas demais.
conteúdos de outra forma. Consideramos essa
estratégia muito importante, pois, no processo Faça, ainda, todos os exercícios do livro e
de aprendizagem, os alunos não compreen- da gramática que julgar necessários. Dê um
dem tudo ao mesmo tempo. Às vezes, uma ex- exercício especial para a voz passiva sintética,
plicação, dada de certa forma, fica clara para pois consideramos que, dos tópicos apresenta-
alguns, mas não para outros. dos, é o que mais pode gerar problemas de uso
(devido à confusão com o índice de indetermi-
Nesse caminho, primeiro, eles fazem uma nação do sujeito).
leitura da explicação de um autor (primeira
tentativa de aprendizagem), depois discutem Finalizando a Situação, apresentamos
com os colegas (segunda tentativa). Em segui- algumas atividades com os principais temas
da, leem o questionário e tentam responder estudados.
às questões (terceira tentativa); por fim, nessa
sequência, ouvem sua explicação (quarta ten- 1. Vamos analisar o poder de per-
tativa). suasão no anúncio do Texto B desta
Situação de Aprendizagem. Qual é
É importante destacar que cada estratégia o poder sugestivo dos fragmentos verbais
mobiliza diferentes habilidades; assim, mes- indicados no quadro?

72
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Fragmentos verbais Comentários

“De um lado, pessoas que necessitam de um transplan- O texto divide as pessoas em dois grupos: as que preci-
te para ter a chance de continuar a viver. Do outro, sam de ajuda e as que podem ajudar. Essa ideia é refor-
pessoas que podiam colaborar com o fim desta agonia çada pelos termos “chance”, de um lado, e “agonia”,
de outro.
deixando clara sua intenção em doar seus órgãos.”

“Doe seus órgãos. Você Persuasão direta pelo Imperativo. Procura convencer
também por afirmar que o leitor pode estar em qual-
nunca sabe de que lado quer dos lados. A dúvida é a grande estratégia, reforça-
pode estar.” da pelo advérbio “nunca”.

“Transplante de órgãos. Essa Novamente o texto reitera que o leitor pode estar do
via tem duas mãos.” lado de quem precisa ou de quem ajuda.

“Campanha de Doação de A expressão “campanha de doação” reforça a ideia de


Órgãos e Tecidos.” que esse é um movimento por uma boa causa.

2. Conforme orientações do seu professor, O aluno deve selecionar um anúncio que divulgue uma mar-
procure em jornais, revistas, na internet ca, sem a preocupação de vender um produto ou um anún-
ou no livro didático anúncios publicitários cio de campanha de interesse público.
para levar para a classe:
b) Indique uma semelhança entre os três
a) Selecione: anúncios.
Qualquer característica do gênero “anúncio publicitário” em
f Um anúncio de venda de produto (indi- funcionamento nos textos.
que o produto anunciado).
O aluno deve selecionar um anúncio de venda de produto. c) Escolha dois e aponte uma diferença.
3FTQPTUBQFTTPBMQPSUBOUP EFQFOEFEPTBOÞODJPTRVFPBMV-
f Um anúncio de prestação de serviço (in- no selecionar. Ele organizará palavras ou imagens de acordo
dique o serviço anunciado). com o público-alvo e o que o anúncio propõe (vender pro-
O aluno deve selecionar um anúncio de prestação de duto, divulgar marca etc.). Se o anúncio for de venda, o léxico
serviço. será o da área mercadológica. Se for de campanha, as pala-
vras e imagens apelarão para o senso de ética, solidariedade.
f Um anúncio para divulgar uma mar-
ca (indique a marca divulgada) ou um d) Escolha um e explique um uso conotati-
anúncio para divulgar uma campanha vo da linguagem presente no texto.
de interesse público (indique o interes- Observar a pertinência da resposta, a partir do conceito de “lin-
se público divulgado). guagem conotativa”. Se necessário, revise-o antes da atividade.

73
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
OS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E SUAS INTENÇÕES
Esta Situação de Aprendizagem desenvol- aplicar o conceito de intencionalidade; e, por
verá três objetivos principais: reforçar a com- fim, fazer que os alunos produzam um anún-
preensão do caráter persuasivo dos anúncios cio publicitário com base no conceito de in-
publicitários; levar os alunos a compreender e tencionalidade.

Conteúdos e temas: análise do caráter persuasivo do texto publicitário; conceito de intencionalidade;


produção de anúncio publicitário com intencionalidade específica; escuta de anúncios publicitários em
diferentes suportes; roda de conversa.

Competências e habilidades: analisar níveis de persuasão do texto publicitário; compreender o conceito de


intencionalidade; produzir anúncio publicitário com intencionalidade específica; escutar anúncios publi-
citários em diferentes suportes; compreender diferentes níveis de persuasão; ampliar repertório de anún-
cios publicitários; perceber diferenças entre anúncios publicitários produzidos em diferentes suportes.

Sugestão de estratégias: análise de anúncios publicitários produzidos em diferentes suportes; produ-


ção de anúncio publicitário; escuta de anúncios publicitários em diferentes suportes e comparação de
níveis de persuasão em textos organizados com base em diferentes tipologias e gêneros; construção de
roda de conversa, aproximando os conteúdos abordados com a vida do educando, de forma reflexiva.

Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor; rádio; multimídia para exibição de anún-
cios publicitários televisivos e radiofônicos.

Sugestão de avaliação: produção de anúncio publicitário com base em uma intencionalidade prede-
terminada; análise do caráter persuasivo do texto publicitário; comparação do nível de persuasão em
narrativa e em texto publicitário.

Roteiro para aplicação da Situação


de Aprendizagem 8
Para reforçar a compreensão do caráter 1. Conforme as orientações do professor, serão
persuasivo do gênero “anúncio publicitário”, lidos um trecho (Texto A) do livro Capitães
sugerimos a leitura e análise de dois textos, da areia, de Jorge Amado, e um outro (Tex-
um publicitário e outro, não. to B). Em seguida, responda às questões:

Texto A
No dia em que, vestida como um garoto, ela apareceu na frente de Pedro Bala, o menino começou
a rir. Chegou a rolar no chão de tanto rir. Por fim, conseguiu dizer:
– Tu tá gozada...
Ela ficou triste e Pedro Bala parou de rir.

74
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

– Não tá direito que vocês me dê de comer todo dia. Agora eu tomo parte no que vocês fizer.
O assombro dele não teve limites.
– Tu quer dizer...
Ela olhava calma, esperando que ele concluísse a frase.
– ... que vai andar com a gente pela rua, batendo coisas...
– Isso mesmo – sua voz estava cheia de resolução.
– Tu endoidou...
– Não sei por quê.
– Tu não tá vendo que tu não pode? Que isso não é coisa pra menina? Isso é coisa pra homem.
– Como se vocês fosse tudo uns homão. É tudo uns menino.

AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. Grapiúna Produções/Copyrights Consultoria. Rio
de Janeiro.

Texto B

LOUZADA, Maria Silvia Olivi. Defendendo ideias e pontos de vista. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 130.

75
a) Qual dos dois textos pode ser classificado f esse texto publicitário conversa diretamente
como anúncio publicitário? Explique. com o leitor, procurando convencê-lo a parti-
O Texto B. É preciso indicar ao menos uma característica do cipar, da forma mais cooperativa possível, do
gênero. cadastramento que será feito pela Prefeitura
de Araraquara e pelo governo federal;
Nesse momento, espera-se que eles sejam ca- f a cooperação é estimulada, pois, da parte dos
pazes de recuperar algumas características dos órgãos públicos, que demonstram interesse
anúncios e analisá-las dentro do texto. Não acre- pela saúde do cidadão; indicam, ainda, de
ditamos que seja necessário reconhecer todas as forma explícita, que, se o cidadão colaborar
características nesta atividade. com o cadastramento, seu atendimento pelo
SUS será melhor e mais ágil.
A atividade a seguir permitirá esse resgate de
características, por meio da análise de textos. e) A que tipologia o Texto A pertence: In-
formativa ou narrativa? Explique sua
b) Qual deles parece querer convencer o resposta.
leitor? Por quê? Do que quer convencer? Tipologia narrativa. O aluno deve extrair do texto ao menos uma
O Texto B, pois se dirige diretamente ao leitor. Procura conven- característica desse agrupamento tipológico (é uma narrativa,
cê-lo a participar, da forma mais cooperativa possível, do ca- portanto o texto conta uma história de ficção por meio da com-
dastramento que será feito pela Prefeitura de Araraquara e pelo binação de cinco elementos: foco narrativo, enredo, persona-
governo federal. gens, tempo e espaço). Nesse sentido, embora as personagens
procurem convencer uma à outra, não dialogam de forma dire-
c) Como podemos observar essa persua- UBDPNPMFJUPSUSBUBTFEFVNBIJTUØSJBmDDJPOBM DPOUBEBQFMP
são na parte verbal? narrador, uma voz também construída.
Essa persuasão explícita está marcada linguisticamente por
meio do uso de verbos no Imperativo (“receba”, “tenha”, “facili- f) Após os comentários sobre a forma de
te”), advérbios que reforçam as ações (“receba bem”, “também persuadir do Texto A, explique o que
pode precisar”) e pronomes (“sua saúde”, “em sua casa”, “seu compreendeu.
cadastramento” e “você”). O fragmento analisado apresenta um diálogo entre dois seres
inventados que procuram convencer um ao outro de seus pon-
d) Como podemos observar essa persua- tos de vista. Como a história é inventada, bem como suas perso-
são nas imagens? nagens e demais elementos envolvidos, não podemos falar que
Um sol “sorrindo”, indicando uma ideia positiva associada ao essa persuasão é dirigida de forma explícita ao leitor.
QSPHSBNB i.PSBEB EB $JEBEBOJBw iNÍPw TFHVSBOEP P DBSUÍP A maneira de falar das personagens, usando uma variedade lin-
EP464PSFTVMUBEPRVFBQFTTPBWBJPCUFSTFSFBMJ[BSBTVBQBSUF guística coloquial, e seus atos e outras marcas narrativas podem
no cadastramento. O cartão assemelha-se aos cartões de crédi- ser compreendidos como uma forma de construir uma história
to ou de banco, instrumentos associados à ideia de agilidade e inventada que pareça coerente. Nesse sentido, pode-se dizer
segurança para o usuário. que essas escolhas revelam certo nível de persuasão, uma tenta-
tiva de apresentar ao leitor um texto que lhe pareça crível. Mas
Eles devem reconhecer essa intenção no Tex- é um tipo de persuasão bem diferente da apresentada no tex-
to B. Esse reconhecimento deverá ser feito por to publicitário. No caso da narrativa analisada, as personagens,
eles e com a sua ajuda, pela análise de elemen- como vimos, estão discutindo pontos de vista, uma tentando
tos do anúncio que comprovam esse raciocínio. fazer a outra mudar de opinião. No entanto, diferentemente da
propaganda, esse texto não procura persuadir o leitor, de forma
Nesse sentido, você pode destacar em rela- direta, de nenhum dos pontos de vista apresentados. O leitor, no
ção a esse texto: decorrer da leitura, pensará no que foi dito, observará a sequên-

76
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

cia dos fatos e, se quiser, poderá comparar o que as personagens se constrói apenas com palavras, mas, sim,
vivem com situações que vivemos no mundo real. com todo tipo de escolha feita dentro do
texto (palavras, imagens, cores etc.).
g) Após as correções do professor, corrija
suas anotações, se necessário.
O aluno deve rever as anotações e reformular explicações que O caráter persuasivo de um texto terá estrei-
considerar erradas ou pouco claras. O objetivo é rever as pró- ta relação com as intencionalidades de seu au-
prias anotações. tor, o que será apresentado e aprofundado nas
próximas atividades.

É importante que os alunos percebam 2. O professor explicará o conceito de inten-


que todos os textos apresentam algum grau cionalidade. Anote o que compreendeu.
de persuasão. Isso significa dizer que um tex-
to, qualquer que seja ele, defende algum tipo Com base nos comentários, reveja suas ano-
de posicionamento, de forma mais ou menos tações e faça as correções necessárias.
explícita.
Quanto mais explícita for a forma de con- 3. O professor indicará alguns alunos para
vencer o leitor de algo, maior será o caráter que comentem o que entenderam sobre o
persuasivo. No caso dos textos publicitários, conceito de intencionalidade.
é preciso lembrar que sua maneira de “dialo- No texto, o produtor usa uma série de recursos para
gar” com o leitor é, muitas vezes, mais suges- atingir sua intenção comunicativa. A isso se denomina
tiva do que informativa. “intencionalidade” de um texto. A intencionalidade está
No entanto, mesmo que um dado texto ligada não só à organização interna do gênero no qual
publicitário use mais imagens do que pala- ele está organizado, mas também à função social que ele
vras, isso não diminui seu poder de persua- exerce.
são, pois devemos ter em mente que ela não
4. Observe o anúncio a seguir:

ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 12.

77
a) Qual parece ser a intenção do anúncio fontes, como o livro didático, jornais, revistas,
Docemel? televisão, rádio etc.
Despertar no consumidor a vontade de comer as sobremesas
produzidas pela marca. Se considerar pertinente, reforce essa análise
com outras. Recorde outras análises feitas, com-
b) Como essa intenção aparece na parte pare outros anúncios, compare ainda anúncios
verbal? e textos produzidos em outros gêneros.
Pelo processo explícito (na sequência de palavras e na
pontuação) de associação entre doce, mel e a marca Do- Você pode, também, desenvolvendo habili-
cemel. Observar a pertinência de outras análises feitas pe- dades de oralidade e escuta, gravar alguns anún-
los alunos. cios de rádio ou de televisão e analisar com os
alunos o poder de persuasão de cada um.
c) Como essa intenção aparece no traba-
lho visual? Na sequência, a questão da intencionali-
Pela imagem atrativa da maçã e pelo trabalho gráfico com a dade será abordada em anúncios produzidos
letra, também sugerindo uma forma mais “suculenta”. Ob- para rádio e TV.
servar a pertinência de outras análises feitas pelos alunos.

Para interpretarmos uma possível inten- Oralidade


cionalidade para o anúncio publicitário,
devemos ter em mente que qualquer texto 1. O professor proporcionará a audição de
produzido dentro do universo publicitário um anúncio publicitário veiculado no rá-
procurará despertar no leitor vontade de dio. Com base na escuta, discuta com seus
consumir um produto, adquirir um servi- colegas:
ço, ter um sentimento positivo por uma
marca ou campanha. a) Qual parece ser a intencionalidade do
anúncio?
Tendo em vista o conceito apresentado, observar a pertinên-
A intencionalidade de um texto, portanto, cia dos comentários.
está ligada não apenas à organização inter-
na do gênero no qual ele está inserido, mas b) Em sua opinião, quais são as caracterís-
também à função social que ele exerce. No ticas próprias de um anúncio veiculado
caso dos textos publicitários, há sempre uma somente em áudio?
intenção de levar o consumidor a querer algo Tendo em vista o conceito apresentado, observar a pertinên-
ou a desenvolver um sentimento ou visão po- cia dos comentários.
sitiva de uma dada marca ou campanha.
c) Qual dessas características mais se des-
taca?
O anúncio Docemel tem a intenção de des- b) e c). Para o rádio, destaque:
pertar no consumidor vontade de comer as so- tPUFYUPWFSCBM
bremesas produzidas pela marca. Para atingir tBUSJMIBTPOPSB
seu objetivo, usa recursos verbais e visuais. tBFOUPOBÎÍPEPMPDVUPS

Você pode, se achar necessário, discutir 2. O professor exibirá um anúncio publicitá-


a construção da intencionalidade de outros rio televisivo. Tendo-o como base, discuta
anúncios publicitários retirados de diferentes com seus colegas:

78
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

a) Qual parece ser a intenção do anúncio? Nesse sentido, sua experiência, os materiais
que produz, as aulas que prepara e também o
b) Em sua opinião, quais são as caracterís- livro didático servem como base para orientar
ticas próprias de um anúncio televisivo? seu trabalho. O que vamos sugerir são ativida-
des produzidas a partir dos textos vistos nesta
c) Qual dessas características mais se des- Situação de Aprendizagem, introduzindo es-
taca? ses temas gramaticais de forma articulada ao
b) e c). Para a televisão, destaque: que já está sendo estudado.
tBUSJMIBTPOPSB
tBFTDPMIBEBTJNBHFOT 1. Tendo como base o anúncio publicitário
tPUFYUPWFSCBM Docemel, responda:
tPUSBCBMIPDPNBTDPSFT
tBGVTÍPEFTTFTFMFNFOUPTFNDBEBDFOB a) Há algum trabalho de sonoridade no
tBQSFTFOÎBPVOÍPEFMPDVUPS texto? Qual?
A combinação de doce, mel (sonoridades apoiada na vogal
Produção escrita “e”) e a criação sonora docemel.

Após as discussões e análises dos anúncios b) Há algum uso conotativo da lingua-


veiculados no rádio e na televisão, escreva, no gem? Explique.
caderno, uma síntese das conclusões da sala, O termo “pecado” foi usado no sentido diferente do habitual.
dividindo-a em duas partes (uma para o anún- Aliás, seu sentido, na oração, está subvertido, pois a gula é,
cio radiofônico e outra para o televisivo). PSJHJOBMNFOUF DPOTJEFSBEBVNQFDBEPOPDPOUFYUP TVHF-
O objetivo são as habilidades de selecionar e organizar infor- re-se exatamente o oposto.
mações. Mas, nessa etapa do estudo, em que já foram estu-
dados vários anúncios, espera-se que o resumo seja o mais 2. O professor indicará para leitura algumas
completo possível. Professor, veja se os alunos destacam a explicações sobre figuras de linguagem.
trilha sonora, a entonação e o ritmo, no rádio, e esses ele- Anote no caderno o que compreendeu.
mentos associados à imagem, na televisão. Esse é um instrumento de observação da aprendizagem. Você
pode observar como o aluno está compreendendo o que
está sendo estudado. Deve usar o exercício como base para
Estudo da língua redefinir rumos, repetir explicações, mudar estratégias etc.

O gênero “anúncio publicitário”, como 3. Discuta com um colega suas respostas do


qualquer outro, pode ser visto sob diferen- exercício anterior. Reformule-as, se achar
tes aspectos linguísticos. Neste momento, no necessário.
entanto, vamos nos centrar no tema “figuras /FTTF NPNFOUP  P BMVOP WBJ SFGPSNVMBS P UFYUP QPSUBOUP 
de linguagem”. Essa escolha deve-se ao fato espera-se que sua resposta seja mais completa que a dada
de que, nos anúncios, o apelo às figuras de para a Questão 2.
linguagem, na construção do efeito esperado,
é muito constante. 4. O professor dará novas explicações sobre o
que são figuras de linguagem. Em seguida,
É importante destacar que esses exercícios volte ao caderno e veja se o que escreveu
não têm a intenção de esgotar os assuntos. Você está correto. Se houver dúvida, fale com o
pode planejar a necessidade de aprofundar e professor. Quando considerar que já com-
sistematizar os conceitos, bem como apresentar preendeu, escreva a versão final da explica-
as classificações. ção sobre figuras de linguagem.

79
Professor, sugerimos: são recursos linguísticos que tornam as rem. Depois, analise, coletivamente, a perti-
mensagens mais expressivas, apresentando-se como um tra- nência das respostas dadas.
balho mais criativo com a linguagem.
8. O professor indicará alguns textos para
5. Entre as figuras de linguagem, há uma que estudo, entre eles anúncios publicitários.
se chama metáfora. O professor dará expli- Aponte a presença de metáforas em cada
cações sobre ela. Anote o que compreendeu. um. Faça essa atividade no caderno.
Você pode destacar que metáfora é um tipo de uso figu-
rado da linguagem, que consiste em usar um termo ou Se achar pertinente, destaque outras figu-
expressão em um sentido que não lhe é comum. Além dis- ras de linguagem encontradas nos anúncios.
so, o novo sentido adquirido foi o resultado da relação de Para tanto, você pode solicitar que localizem
semelhança que se criou entre esse termo e outro, de tal todos os usos diferentes de linguagem nos
forma que as características do segundo passam a ser incor- anúncios analisados. Depois, faça um qua-
poradas, total ou parcialmente, ao primeiro termo. dro, como o que será sugerido a seguir. Nele,
indique qual é o termo, a estranheza do uso
6. Confira com o professor e veja se é preciso e que tipo de figura deve ser essa, de acordo
alterar suas anotações. com as explicações do livro didático ou de
A definir, de acordo com a resposta de cada um dos alunos. uma gramática.

7. Você considera que o uso conotativo indi- Para tanto, será necessário que, no mo-
cado no Exercício 1, item b, desta seção, é mento de realização da atividade, os alunos
uma metáfora? Explique. estejam com o livro ou a gramática normativa
Depende da análise. Se considerarmos que o termo criado em mãos.
assumiu as características das duas palavras que lhe dão base,
podemos dizer que sim. Se, por outro lado, pensarmos que 9. Para a ampliação dos estudos de figuras
os termos foram usados em seu sentido comum, não. de linguagem, o professor construirá um
quadro com algumas figuras. Copie-o no
Selecione outros anúncios ou peça aos caderno.
alunos que os pesquisem em casa, em revis-
tas, e os tragam para a aula. Você pode divi- 10. O professor indicará quatro textos para
di-los, inicialmente, em grupos, e pedir que análise das figuras de linguagem. Com base
encontrem metáforas nos anúncios, se existi- nos textos, preencha o quadro a seguir.

Por que o termo ou a


Termo ou expressão
expressão foi destacado? Como a gramática classifica
selecionado (uso conotativo
(Que tipo de estranheza ele esse tipo de figura?
da linguagem)
causa?)

O aluno deve apenas copiar o termo O aluno deve propor uma interpretação
ou a expressão conotativa nesta coluna. para o uso conotativo, levando em conta Você pode ver esta coluna como uma forma
Espera-se que o texto seja de gênero di- o sentido do texto e seu gênero. Você de observar o momento da aprendizagem do
ferente dos outros três. É um bom mo- pode selecionar gêneros já vistos, nesta aluno e, a partir do que ele devolver, fazer as
mento para a inclusão de textos literários. série/ano ou nas anteriores. intervenções necessárias.

80
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

É importante que os alunos não fiquem com riamente, nos textos que têm como função co-
a ideia de que as metáforas, como outras figuras, municativa mexer com o imaginário do leitor.
estão presentes apenas em anúncios publicitários.
Para tanto, selecione outros textos do livro didáti- Finalizando esta Situação de Aprendiza-
co, de outros gêneros, que apresentem metáforas. gem, propomos mais uma atividade de estu-
do de intertextualidade e sugerimos que você
Antes de analisar, separe os textos por selecione os conteúdos de figuras de lingua-
gêneros para que os alunos já comecem a per- gem que achar relevantes.
ceber que as figuras podem estar presentes
em diversos textos. Analise cada uma delas e, 1. Observe o anúncio publicitário a
então, sistematize que elas aparecem, priorita- seguir:

ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 16.

a) Qual parece ser a intenção do anúncio imperativa associa-se a ideia de “boa viagem”, composta, em
da empresa Lane? conjunto, com os conceitos de velocidade e amplitude, de-
A intenção do anúncio é despertar no consumidor a vontade senvolvidos pelas imagens.
de viajar de avião, por meio da empresa de aviação.
c) Como essa intenção aparece no traba-
b) Como essa intenção aparece na parte lho visual?
verbal? Para construir esse desejo, o texto mostra a imagem de um
Do ponto de vista verbal, a intenção se expressa no trecho globo terrestre, sugerindo que o leitor pode conhecer o
“Voe Lane e boa viagem”. Há o Imperativo, explicitando a mundo por meio da empresa. Há ainda a ideia de velocidade,
intenção de convencer o consumidor a voar. A essa forma sugerida pela sobreposição das sombras de aviões.

81
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 9
ANALISANDO A LINGUAGEM VERBAL DE ANÚNCIOS
PUBLICITÁRIOS E DE TEXTOS PRESCRITIVOS E INJUNTIVOS

Nesta Situação de Aprendizagem, o foco que os alunos entendam este estudo como uma
serão alguns conceitos sintáticos estudados, continuidade natural do que já foi estudado nas
prioritariamente, em textos prescritivos, injunti- Situações anteriores, sendo apenas uma aborda-
vos e anúncios publicitários. O objetivo é fazer gem mais voltada para os aspectos linguísticos.

Conteúdos e temas: conceitos de frase, oração e período; análise de frases e orações em textos prescri-
tivos e injuntivos, bem como construídos em outras tipologias; períodos simples e composto; conceito
de sujeito; tipos de sujeito e seus efeitos dentro dos textos.

Competências e habilidades: inferir os conceitos de frase, oração e período e sujeito partindo do conhe-
cimento prévio do aluno; analisar construções oracionais e frasais em diferentes anúncios publicitários
e em manchetes jornalísticas; refletir sobre suas produções textuais, a partir de seus usos linguísticos
(especificamente, nessa situação, suas construções frasais, oracionais e de períodos).

Sugestão de estratégias: sondagem inicial a partir do repertório prévio do aluno; comparação entre
anúncios publicitários; análise de conteúdos linguísticos com base nos efeitos que podem gerar nos
textos.

Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor; revista.

Sugestão de avaliação: análise de anúncios publicitários sob o ponto de vista dos usos de frases e ora-
ções; pesquisa sobre o conceito de período em gramática normativa da língua portuguesa.

Roteiro para aplicação da Situação sim, você observará o que eles já sabem sobre “frase, oração
de Aprendizagem 9 e período” e poderá definir como deve conduzir a sequência
da aprendizagem.
Se você considerar oportuno, pode explicar os conceitos,
Esta Situação de Aprendizagem se con- solicitar uma pesquisa em uma gramática normativa, fazer
centrará em alguns conceitos sintáticos. Para exercícios de revisão etc. Tudo depende desse levantamen-
iniciar, você pode solicitar aos alunos que to prévio.
recordem o que sabem em relação à frase, à
oração e ao período. Em seguida, escreva na Em seguida, mostre dois anúncios publici-
lousa as informações que forem indicadas. tários. Um deles, o Texto A, deverá ser selecio-
nado por você de revistas ou outros suportes.
Estudo da língua Será necessário que você opte por alguma for-
ma que permita que os alunos o visualizem. O
1. Defina, por meio de seus conhecimentos importante, na seleção desse texto, é que ele
prévios, o que é uma frase, uma oração e não apresente nenhum verbo. Normalmente,
um período. anúncios de perfumes e de grifes famosas
O objetivo é partir do conhecimento prévio dos alunos. As- constroem-se com essa característica.

82
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

O Texto B foi apresentado na Situação de ja no livro didático e apresente características


Aprendizagem 8 e será reapresentado a seguir semelhantes).
(você também pode selecionar outro que este-

Texto B

ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 16.

2. O professor indicará um anúncio publici- cação não verbal. E tudo isso será associado pelo consumidor
tário para estudo, que será denominado de a uma marca, sempre presente em anúncios.
“A”. Observe-o e o compare com o anúncio
Voe Lane, apresentado anteriormente, que
denominaremos de “B”: Professor, uma sugestão!

a) Na escolha de palavras do anúncio pu- Sintetize que o primeiro anúncio, selecio-


blicitário A, existe algum verbo? Qual? nado por você a partir dos critérios dados an-
Não há verbos no anúncio. teriormente, apresenta uma organização das
palavras sem verbos; já o segundo constrói-
b) Na escolha de palavras do anúncio pu- -se com uma sentença organizada com base
blicitário B, existe algum verbo? Qual? em um verbo e outra, não. Comente que os
O verbo “voar”. enunciados possíveis de se entender, que são
construídos sem verbos, denominam-se fra-
c) O que a presença do verbo indica no ses. Já orações são tipos específicos de frases
anúncio publicitário? que se organizam em torno de um verbo.
Sugere o que o consumidor deve fazer e o que terá como
consequência (“Boa viagem”). Você pode voltar aos dois anúncios e ob-
servar o diferente efeito de frases e orações
d) É possível compreender a mensagem de nos textos publicitários. No caso das frases
um anúncio publicitário mesmo sem a nominais, há um maior poder de sugestão;
presença de verbos. Explique como isso no caso das orações, há uma sugestão mais
acontece. explícita e direcionada, muitas vezes marca-
É possível. Isso se dá pela sugestão de sentidos que será cons- das pela forma imperativa.
truída por meio de imagens e de outras formas de comuni-

83
Peça aos alunos que façam uma análise respectivos títulos. Nesses casos, aparecerão
semelhante a partir dos ingredientes de uma ocorrências com frases nominais ou orações.
receita culinária. Se observarem a lista dos Discuta com eles os títulos encontrados, ob-
ingredientes, perceberão que também não há servando o diferente nível de sugestão em
verbos. Além disso, é possível compreender cada um.
perfeitamente quais são os alimentos que de-
vem ser selecionados, bem como em que quan- Para reforçar o estudo da oração, você
tidade. Ou seja, cada uma das linhas da receita pode fazer análises de manchetes de jornal,
é uma frase, um enunciado com sentido com- mostrando como elas são os centros de or-
pleto para quem lê a receita. ganização da informação nesse tipo de frase.
Destaque que, nessas sentenças de caráter
Já no caso do “modo de fazer”, temos ora- informativo ligado a acontecimentos, a pre-
ções, organizadas a partir de verbos. Esses sença do verbo é fundamental, constituindo-
termos dão o sentido principal do “modo de -se como o centro da informação que se quer
fazer”, pois cada um deles indica um procedi- transmitir.
mento que deve ser feito na sequência indicada.
3. Analise os títulos de notícias apresentados
Outra proposta de atividade é solicitar aos a seguir, de acordo com o modelo, e res-
alunos que analisem capas de livros e seus ponda ao que se pede. Exemplo:

Prefeitura de SP parcela multas em até 12 vezes


Folha de S.Paulo, 07/11/2007. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0711200729.htm>. Acesso em: 24
maio 2013.

f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “parcelar”.

f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas ao verbo “parcelar”?


i1SFGFJUVSBEF41wiNVMUBTwiFNBUÏWF[FTw

1. ONU identifica apoio de radicais a grupos rebeldes


Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1138077-onu-identifica-apoio-de-radicais-a-grupos-rebeldes.shtml>.
Acesso em: 24 maio 2013.

f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “identificar”.

f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração?


“ONU”, “apoio de radicais” e “a grupos rebeldes”.

2. Chuva causa “apagão” em 26 semáforos de Ribeirão Preto (SP)


Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/1212575-chuva-causa-apagao-em-26-semaforos-de-
ribeirao-preto-sp.shtml>. Acesso em: 24 maio 2013.

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Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “causar”.

f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração?


“Chuva”, “apagão” e “em 26 semáforos”.

3. Marquês de Sapucaí tem falhas de segurança, diz especialista


Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1225961-marques-de-sapucai-tem-falhas-de-seguranca-diz-
engenheiro.shtml>. Acesso em: 24 maio 2013.

f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da primeira oração?
O verbo “ter”.

f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração?


“Marquês de Sapucaí” e “falhas de segurança”.

4. EUA prendem suspeito por tiroteio próximo à Casa Branca


Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1007421-eua-prendem-suspeito-por-tiroteio-proximo-a-casa-branca.
shtml>. Acesso em: 24 maio 2013.

f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “prender”.

f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração?


“EUA” e “suspeito”.

5. Com metrô parado, poluição aumentaria 75% em SP, aponta estudo


Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1113485-com-metro-parado-poluicao-aumentaria-75-em-sp-aponta-
estudo.shtml>. Acesso em: 24 maio 2013.

f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração
sublinhada?
O verbo “aumentar”.

f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração?


“Poluição”, “75%” e “em SP”.

6. Porquinhos são declarados animais da boa sorte em zoo de Berlim


Disponível em: <http://f5.folha.uol.com.br/bichos/1208105-porquinhos-sao-declarados-animais-da-boa-sorte-em-zoo-de-
berlim.shtml>. Acesso em: 24 maio 2013.

f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “declarar”.

f Quais outras palavras ou expressões estão ligadas a esse termo na oração?


“Porquinhos”, “animais da boa sorte” e “em zoo de Berlim”.

85
Reforce a ideia de que, no caso das orações, a) Grife todas as frases nominais do Texto A.
construções que utilizamos em grande quanti- Bem, Xi, Ah, Uma cacetada só.
dade, o núcleo de organização é o verbo. Isso
significa dizer que, uma vez dentro de uma b) Tendo a situação descrita como pressu-
oração, o verbo funciona como uma espécie posto (um casal de namorados em um
de “centro de atração” (mas não o único), tra- momento de crise), o que você entendeu
zendo outras palavras para dentro dela. do texto?
Dá para entender que um está terminando a relação amo-
Essa discussão será aprofundada nos pró- rosa com o outro.
ximos exercícios.
c) Complete as lacunas do Texto B com
4. Leia os textos a seguir: os verbos que faltam. Explique por que
eles são importantes para a compreen-
são do texto.
Texto A É, estuda, trabalha, namora, é, sente, conheceu, começa-
Um casal de namorados em um momento ram, se apaixonou, continuaram, desapareceu, sabe, fez,
de crise: arrumou, diz, fica.
– Bem... Nesse texto, os verbos são essenciais para a compreensão das
– Xi... informações que se pretende transmitir. Sem eles, sabemos al-
– Ah...
gumas coisas sobre “Paula”, mas ficamos com dúvidas impor-
– De uma vez, vai... Uma cacetada só...
UBOUFTBMÏNEJTTP BBVTÐODJBEPTWFSCPTTFSJBVNBDPOTUSVÎÍP
– Não, não, não é bem assim...
estranha para uma história que se pretende contar, o que é
– Sei... E então? Tudo igual? Nada muda?
– Bom... Acabou. totalmente diferente no Texto A, cheio de verbos implícitos.
– Eu sabia...
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar
5. O professor indicará pelo menos duas fon-
especialmente para o São Paulo faz escola.
tes de pesquisa para o estudo de período
simples e período composto. Anote a de-
finição que lhe parecer mais clara de cada
um dos conceitos.
Texto B Você pode ver essa resposta como uma forma de observar o
Paula ........... uma moça como todas momento da aprendizagem do aluno e, a partir do que ele
as outras do mundo de hoje: ..................., devolver, fazer as intervenções necessárias.
...................... e .............................., pois nin-
guém................ de ferro. Mas ela .................. 6. O professor explicará os conceitos. Anote
falta de alguma coisa diferente, especial. com suas palavras o que compreendeu so-
Um dia Paula ...................................
bre o assunto.
Joaquim, um rapaz inteligente e bonitão. Eles
................ um namoro e ela ....................... Esse é outro momento, com outra forma de aprendizagem do
logo. ...................... desse jeito por uns dois mesmo tema (períodos simples e composto). Observar se o alu-
meses, até que um dia, sem mais nem menos, no mostrou mais compreensão de um momento para o outro.
Joaquim ..................... misteriosamente.
..................... o que Paula ...................? No primeiro texto, apesar de ser formado
........................... outro namorado, porque, quase exclusivamente por frases nominais,
como............. o Zé Simão, “quem.................
parado ........... poste!” conseguimos compreender a mensagem. Além
disso, as frases nominais criam um efeito de
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar sugestão, deixando o leitor imaginar o que
especialmente para o São Paulo faz escola. fica subentendido.

86
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Já no segundo texto, precisamos preen- a) Indique a principal diferença entre os


cher as lacunas para a compreensão do Textos 1 e 2.
sentido. O texto nos conta uma histó- A principal diferença é a pontuação. Observar a pertinência
ria, o que significa que ele é organiza- de outras respostas, pois há diferença também na quantidade
do pela tipologia narrativa, estudada na de informações (há orações a mais no Texto 2) e na escolha
5a série/6o ano do Ensino Fundamental. Nes- lexical.
se caso, por se constituir como uma sequên-
cia de ações, os verbos fazem muita falta, b) Quantas orações há no Texto 1?
pois são eles os elementos linguísticos que as Há seis orações.
representam.
c) O Texto 1 é constituído por períodos
Passando para os conceitos de período simples ou compostos? Justifique.
simples e composto, vamos iniciar apresen- Períodos simples, pois há apenas um verbo em cada intervalo
tando dois novos textos prescritivos didatica- de período.
mente construídos.
d) Quantas orações há no Texto 2?
7. Leia os dois textos a seguir: Há oito orações.

e) O Texto 2 é constituído por períodos


Texto 1 simples ou compostos? Justifique.
Períodos compostos, pois há duas orações em cada intervalo
Primeiro, abra a porta do armário, do de período.
lado da pia. Depois, procure uma panela
grande, de aço. Ela é a única panela de aço f) Observando a pontuação dos Textos 1 e
2, podemos afirmar que os sinais típicos
ali. Em seguida, pegue a tampa. Coloque
de final de período são:
tudo em uma sacola. O moço do conserto
O principal é o ponto-final. Mas você pode indicar os outros
vai passar aí em 20 minutos. sinais possíveis nesse momento.
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar
especialmente para o São Paulo faz escola. g) Observando a pontuação dos Textos 1
e 2, indique quais sinais de pontuação
aparecem apenas no final do período.
No Texto 1, ponto-final. No Texto 2, ponto-final e ponto de
Texto 2 exclamação.

Primeiro, abra a porta do armário do Após a análise dos textos, indique que o
lado da pia e procure uma panela grande, de primeiro apresenta uma organização de ora-
aço. Ela é a única panela de aço ali, as outras ção que recebe o nome de período simples,
são de outros materiais. Em seguida, pegue pois existe apenas um verbo em cada período.
a tampa e coloque tudo em uma sacola. O
moço do conserto vai passar aí em 20 minu- O segundo, por sua vez, recebe o nome de
tos, não se atrase! período composto. Destaque que a mudança
na pontuação e o acréscimo ou retirada de al-
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar gum conectivo promoveram a transformação.
especialmente para o São Paulo faz escola. O resultado é que dois ou mais verbos apre-
sentam-se juntos, agora, no mesmo período.

87
Em seguida, sugira que, organizados em 9. A que gênero esses textos pertencem?
duplas, os alunos pesquisem a definição de Se forem os que sugerimos, regras de jogos e manuais de
período em uma gramática normativa da lín- instrução.
gua portuguesa. Peça que anotem e expliquem
a definição, com base no que entenderam pela 10. Em cada texto, quem está praticando a
explicação oral e pela gramática. ação ou vivendo o estado dos verbos neles
presentes?
Outro ponto a ser destacado é a relação Você deve selecionar um pequeno texto, com poucos ver-
entre período e pontuação. É importante que bos, para facilitar a observação e análise dos alunos.
os alunos saibam que certos sinais de pontu-
ação indicam fim de período. Peça que sepa- 11. O professor explicará o conceito sintático
rem os períodos do Texto 2, indicando qual denominado sujeito. Anote-o com suas
sinal de pontuação serve para encerrar cada palavras.
um (interrogação, ponto-final, exclamação ou
reticências). 12. Releia o que você escreveu e compare sua
definição com a de outra fonte indicada
Sistematize, em seguida, que a maioria pelo professor. Faça correções na sua, se
dos períodos termina com um desses quatro necessário.
sinais. Por isso, depois deles, se iniciarmos É importante que o aluno elabore o conceito de acordo
um novo período, empregamos normalmente com seu entendimento.
letra maiúscula.
Sistematize que “sujeito” é quem pratica
Solicite que voltem a algum texto pro- a ação ou vive o estado indicado pelo verbo.
duzido por eles e observem os períodos que Depois, explique que ele pode aparecer nos
criaram, localizando os seguintes sinais de textos de algumas maneiras.
pontuação: ponto-final, ponto de interroga-
ção, ponto de exclamação e reticências. Em Você pode iniciar apontando os tipos de
seguida, solicite que vejam quantas orações sujeito:
produziram em cada um dos períodos.
f simples;
Na sequência, selecione um texto e peça f composto;
aos alunos que circulem os verbos. Sugeri- f desinencial;
mos gêneros prescritivos, como manuais de f indeterminado;
instrução e regras de jogos. Após terem circu- f inexistente.
lado os verbos, diga-lhes para encontrar uma
palavra ou expressão que indique, dentro do A seguir, sugerimos modos de apresenta-
texto, quem está praticando aquela ação ou ção de cada um deles.
vivendo aquele estado.

Sugerimos algumas atividades nessa pers- Professor, uma sugestão!


pectiva.
Para a introdução do conceito de sujeito,
8. O professor indicará textos para análise. você pode partir do que eles sabem sobre o
Circule os verbos presentes em cada um assunto. Se apresentarem a ideia de que um
deles. sujeito é “alguém”, você pode aproveitar o
Professor, selecione os textos prescritivos para análise. gancho para dizer que, do ponto de vista da

88
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

organização da oração, um sujeito é um ter- casos. Se achar oportuno e houver tempo,


mo que pratica uma ação ou vive um estado chame a atenção dos alunos para alguns as-
indicado pelo verbo. pectos da concordância verbal nesse momen-
É importante destacar ainda que “pra- to, destacando a relação entre sujeito e verbo.
ticar uma ação” não deve ser entendido de Nesse caso, não deixe de levar em conta as
forma literal. Todo termo que estiver exer- variedades linguísticas, mostrando que, de-
cendo a função indicada pelo verbo é o su- pendendo do contexto, a concordância reve-
jeito; portanto, não apenas os seres vivos la-se de diferentes maneiras.
praticam ações sintáticas. Os alunos devem
compreender que “praticar” é entendido,
sintaticamente, em sentido amplo. Professor, uma sugestão!

Em todos os casos, reforce que as esco-


lhas dos falantes da língua por uma forma
Para o estudo de sujeito desinencial, volte ou outra revelam, de forma consciente ou
aos anúncios publicitários e discuta a questão não, escolhas mais adequadas aos objetivos
do sujeito. Mostre que o efeito sugestivo dos do texto. Nesse sentido, escolhas linguísticas
anúncios fica reforçado com essa escolha. relacionam-se à intencionalidade, pois con-
tribuem para a formação do sentido que se
quer dar ao texto.
Para a análise do sujeito simples e com-
posto, você pode utilizar as manchetes de
jornal. Reforce que, nesses casos, como o
objetivo central agora é informar e ser claro, Para sistematizar, sugerimos os exercícios
é muito comum o uso de sujeitos simples e a seguir. Você pode analisar outros textos do
compostos em textos com essa finalidade. livro didático, bem como fazer outros exercí-
cios sugeridos pelo livro.
Já para a análise de sujeito indeterminado,
você pode aproveitar as sugestões do livro di- 13. Anote os tipos de sujeito indicados pelo
dático. Destaque que, no caso do sujeito in- professor.
determinado, dependendo do gênero do texto Se você considerar que é um momento para sintetização,
e de sua função social, a indeterminação do pode ser mais oportuno escrever as definições, após tê-las
sujeito pode ser um sinal de que o praticante explicado. Você pode, também, construir as definições em
da ação, por exemplo, não quer ou não pode discussão com os alunos.
assumir seus atos. Pode ser ainda que a inde-
terminação diga respeito a um grupo, por- 14. O professor retomará dois anúncios estu-
tanto, não faz sentido nomear alguns. Outra dados neste Caderno ou indicará outros.
possibilidade é o caráter sugestivo que essa Localize os sujeitos sintáticos presentes
escolha dá a alguns textos. Quando ouvimos nos anúncios e classifique-os.
construções como “andam dizendo por aí”, Exercício de sistematização de tipos de sujeito, usando os
o sujeito está indeterminado porque a ideia é anúncios como referência.
lançar uma informação sem fonte, sugerindo
coisas que não querem ser afirmadas. 15. Qual é a intenção de cada anúncio?
O aluno deve discutir uma intencionalidade para o texto,
Para o sujeito inexistente, você também tendo em vista o gênero, o objetivo do texto (vender produ-
pode usar exemplos do livro didático, des- to, serviço etc.), o público-alvo, entre outras possibilidades.
tacando a impessoalidade dos verbos nesses Observar a pertinência da análise feita.

89
16. A escolha do tipo de sujeito contribui d) É possível compreender a parte da re-
para a intenção geral de cada texto. Expli- ceita que não contém verbos? Como
que como isso acontece. denominamos, sintaticamente, esse tipo
Esse é um momento para o aluno elaborar a compreensão de construção?
desse fenômeno linguístico na construção dos textos estu- É possível, pois o falante conhece o gênero e sabe que se
dados. trata da lista de ingredientes. Esse tipo de construção é a frase
nominal.
Fechando a Situação, apresentamos algu-
mas atividades que relacionam o conceito sin- 2. Tendo como base as explicações de frase,
tático “sujeito” e o gênero “receita culinária”, oração e período, responda:
bem como sugerimos que selecione outras ati-
vidades para o estudo dos tipos de sujeito, da a) Uma oração é um tipo de frase?
distinção de frase, oração, período e período Sim.
simples e composto.
b) Qual é a diferença entre a oração e os
O aluno anotará as páginas de exercícios demais tipos de frase?
orientados por você sobre período simples e A oração é um tipo de frase organizada em torno de um ver-
composto. bo. Há frases sem verbo, chamadas frases nominais.

1. Peça a alguém de sua família uma c) Qual é a relação entre oração e período?
receita culinária ou busque uma na Os períodos são classificados pelo número de orações que
internet ou em outra fonte. No ca- BQSFTFOUBN /P QFSÓPEP TJNQMFT  IÈ VNB ÞOJDB PSBÎÍP OP
derno, responda: composto, duas ou mais.

a) Em que parte da receita há presença de d) A construção “Não sei o que fazer. Pre-
verbos? ciso de sua orientação urgente” pode ser
No “Modo de fazer”. considerada um período? Por quê?
Há dois períodos no trecho. O primeiro é composto de duas
b) E em que parte eles não estão presentes? PSBÎÜFT iTFJwFiGB[FSw
PTFHVOEPÏTJNQMFT PSHBOJ[BEPFN
Nos “Ingredientes”. torno do verbo “precisar”.

c) O que a presença de verbos indica numa


receita culinária? Anote os exercícios sobre frase, oração e
Indica o que deve ser feito com os ingredientes e em que período, do livro didático ou de outra fonte,
ordem. indicados pelo professor. Faça-os no caderno.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 10
SISTEMATIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS VISTOS
NAS SITUAÇÕES ANTERIORES

A seguir, apresentaremos algumas sugestões de Nesta nova Situação, os assuntos são os mesmos (e
atividades que visam retomar alguns conteúdos estão indicados no quadro de apresentação), mas
vistos nas Situações de Aprendizagem anteriores. as habilidades e as competências são outras.

90
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Conteúdos e temas: sistematização de traços de textos prescritivos ou injuntivos; sistematização de ca-


racterísticas de anúncios publicitários; produção de síntese analítica; revisão de conteúdos linguísticos;
revisão do conceito de intencionalidade.

Competências e habilidades: pesquisar textos publicitários; analisar texto de caráter prescritivo em situ-
ação de comunicação; apresentar análises orais de anúncios publicitários; analisar efeitos de conteúdos
sintáticos em diferentes textos; analisar efeitos de conteúdos sintáticos nas produções textuais dos
alunos.

Sugestão de estratégias: compreensão da sistematização como um momento importante da avaliação


da aprendizagem; realização consciente de atividades que recapitulam conteúdos.

Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor; revista.

Sugestão de avaliação: pesquisa de anúncios publicitários; apresentação oral; produção de diálogo com
intenção prescritiva.

Roteiro para aplicação da Situação Oralidade


de Aprendizagem 10
1. Em grupo, discutam que passos vocês per-
correriam para produzir uma campanha
Para retomar as características do gê- publicitária de um produto ou serviço que
nero “anúncio publicitário”, você escolhessem.
pode selecionar alguns anúncios e Esse é um grande exercício de retomada de tudo o que foi
misturá-los a outros textos, de gêneros bastante visto. É um momento para o aluno refletir sobre o percurso
diferentes. Divida a classe em grupos e solicite feito e retomá-lo, se necessário. Daí a importância de per-
que separem os anúncios publicitários dos de- corrê-lo em grupo.
mais textos. Peça ainda que escrevam uma peque-
na análise apontando uma ou mais características 2. O professor selecionará dois textos: uma
do gênero presentes nos textos selecionados. narrativa literária e um texto prescritivo ou
injuntivo. Após a leitura, explique a inten-
Você pode também pedir que pesqui- cionalidade principal de cada texto.
sem anúncios publicitários em revistas e jor- Esse é um exercício de retomada do conceito de inten-
nais e os levem para a sala de aula. Depois, cionalidade, mas agora com textos de diferentes naturezas
solicite que façam uma apresentação oral, (uma narrativa e um texto prescritivo ou injuntivo). Na aná-
explicando para a classe por que aqueles tex- lise, os traços dessas tipologias provavelmente precisam ser
tos trazidos podem ser classificados como levados em conta.
anúncios publicitários.
Com o objetivo de recapitular os traços
Para o estudo da intencionalidade, sele- de textos prescritivos e inseri-los em uma si-
cione um fragmento literário narrativo e um tuação de comunicação concreta, peça aos
texto publicitário ou prescritivo e peça que, alunos que produzam um diálogo prescritivo
oralmente, sejam analisadas as intencionali- para o contexto a seguir. Depois, discuta com
dades de cada texto, como sugerido nas ativi- eles os resultados, analisando quais textos es-
dades a seguir. tão adequados à situação proposta.

91
Produção escrita nura em jovens como os de sua classe. Ex-
plique por que o texto causaria essa reação
1. A partir do contexto a seguir, produza no no grupo.
caderno um diálogo de caráter prescritivo.
2. Selecione seis títulos nominais de livros e
analise se são compostos por frases nomi-
Um rapaz está ao telefone e precisa ex- nais ou orações. Para os que forem frases,
plicar à sua mãe onde estão três papéis guar- transforme em orações e comente o efeito
dados em seu quarto. Ele deve orientá-la provocado pela forma original e pela que
dizendo o que precisa fazer para localizar você criou.
cada um. Deve orientá-la ainda a recolher Analisar frases e orações e discutir as diferenças de sentido
os papéis e colocá-los em um envelope para que cada uma das formas de escrever acarreta.
enviá-los pelo correio o mais breve possível,
pois o rapaz está prestando vestibular em 3. Faça o mesmo com os títulos compostos
outra cidade e necessita dos documentos por orações.
O mesmo objetivo do exercício anterior, mas agora tomando
com urgência.
as orações como centro para seleção dos títulos.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
Faça esse tipo de análise com textos de ou-
tros autores como manchetes de jornal e títu-
los de livros, ou outros gêneros. O objetivo é
Para sistematizar os conteúdos sintáticos analisar os diferentes efeitos que as escolhas
vistos neste Caderno, você pode selecionar sintáticas provocam nos textos.
alguns textos produzidos pelos alunos e pe-
dir que, baseados em um trecho, encontrem Expectativas de aprendizagem e
os sujeitos. Então, devem analisar se, tendo grade de avaliação
como base o que o exercício exigia, a escolha
dos sujeitos favoreceu ou não o efeito que se Ao final deste Caderno, os alunos precisam
esperava da produção textual. ter ampliado seu repertório e seu conhecimen-
to com base no desenvolvimento das compe-
Você pode fazer uma análise semelhan- tências e habilidades descritas nos quadros
te tendo como referências frases nominais e das Situações de Aprendizagem.
orações. Peça a eles que separem, em um frag-
mento de texto produzido, as frases nominais Por isso, é importante que você observe
e as orações que encontrarem (no caso, refor- o percurso feito até aqui, levando em con-
ce as de período simples, para facilitar). Em sideração todas as avaliações realizadas
seguida, solicite que analisem se, tendo como durante as sequências de atividades e de
pressuposto o que o exercício exigia, a escolha sistematização.
dos sujeitos favoreceu ou não o efeito que se
esperava da produção textual. O texto a seguir servirá como
base para a avaliação dos conteú-
1. Procure algum texto, de qualquer dos e habilidades desenvolvidos.
gênero, que, segundo sua opinião, São três questões de múltipla escolha e duas
possa causar um sentimento de ter- dissertativas.

92
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

© Arquivo do Metrô de São Paulo

1. Esse texto pode ser classificado como anún- 2. Observando os elementos não verbais pre-
cio publicitário, pois: sentes nesse anúncio publicitário, é possí-
vel afirmar que:
a) discute somente aspectos ligados ao pa-
pel das pessoas que trabalham com reci- a) a imagem da casca da banana auxilia o
clagem. usuário do Metrô a compreender que
não reciclável é o lixo orgânico, priori-
b) narra os efeitos do lixo orgânico e não tariamente.
reciclável, prejudiciais à população.
b) o símbolo da reciclagem recoberto com
c) argumenta sobre a diminuição da emis- o símbolo de “proibido” tem função de-
são de gases poluentes, auxiliando o corativa no anúncio.
meio ambiente.
c) a imagem da casca da banana restringe
d) incentiva os usuários a utilizarem as lixei- o uso das lixeiras para materiais não re-
ras adequadas para o lixo não reciclável. cicláveis apenas a esse alimento.

e) prescreve como manusear o lixo orgâ- d) as imagens das lixeiras mostram que os
nico e estimula a reciclagem apenas de usuários tem várias opções para jogar
garrafinhas de alumínio. seu lixo orgânico.

93
e) o símbolo da reciclagem coberto pelo É preciso ver a pertinência das respostas. Sugerimos, no en-
símbolo de proibido não pode ser com- tanto, a presença de marcas linguísticas do texto que mostram
preendido como um sinônimo de lixo o direcionamento do texto para o usuário: sua, você, faça sua
não reciclável. parte, seu, colabore.
Há, ainda, o uso de trechos em que o usuário é indiretamente
3. No trecho “Material não reciclável também chamado a participar, já que, agindo dessa forma, fica inserido
tem a sua lixeira”, o sujeito gramatical é: em um contexto admirável: “um dos metrôs mais limpos do
mundo agora também transforma atitudes”.
a) composto, pois “material” e “não reci-
clável” são dois agentes distintos. 5. Indique e analise uma característica do
gênero “anúncio publicitário” presente no
b) inexistente, pois “ter” é considerado texto.
verbo impessoal. Espera-se que os alunos analisem uma das características do
gênero desenvolvidas na Situação de Aprendizagem 7.
c) desinencial, pois “tem” refere-se a um
agente (“você”) que está implícito. Exercícios complementares
d) simples, pois o único núcleo (termo cen- Para os exercícios complementares, serão
tral) do sujeito “material não reciclável” destacados dois pontos:
é a palavra “material”.
f características do gênero “anúncio publici-
e) indeterminado, pois não se sabe se as tário”;
pessoas seguirão a sugestão dada pelo f análise de sujeito desinencial em anúncio
Metrô de jogar o lixo no local adequado. publicitário.

4. Selecione dois trechos desse anúncio publi- 1. Recapitule as características do gênero


citário que procuram sensibilizar o usuário “anúncio publicitário” com um colega.
a utilizar de forma adequada as lixeiras Depois, escreva as que vocês conseguiram
para lixo reciclável e não reciclável. lembrar.

1a característica É um gênero textual construído a partir de um público-alvo.

Apresenta seleção de elementos (cores, palavras, diagramação,


2a característica imagens etc.) voltados a esse público.

Apresenta seleção de elementos orientada para despertar os


3a característica sentidos ou desejos do público; portanto, há mais sugestão do
que informação.

Apresenta algumas marcas linguísticas típicas (no caso, foram


4a característica observadas as formas verbais, especialmente o Modo Imperati-
vo).

94
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

Há textos construídos para diferentes fins: venda de produto ou


5a característica serviço, divulgação de marca ou campanha.

Há outras marcas linguísticas, não apenas o uso de Modo Im-


6a característica perativo (usos conotativos da linguagem, entre outras possi-
bilidades).

Pode ser construído para diferentes tipos de suporte: mídia im-


7a característica pressa, televisão, rádio, internet.

2. Após os comentários do professor, comple- Professor, dê um tempo para que o aluno observe suas ano-
te ou corrija seu quadro, se necessário. tações e as corrija. Se julgar oportuno, solicite que alguns
Professor, dê um tempo para que o aluno observe suas ano- alunos leiam suas respostas.
tações e as corrija. Se julgar oportuno, solicite que alguns
alunos leiam suas respostas. 6. Observe o anúncio que você selecionou e
indique quem pratica as ações indicadas
3. Selecione um anúncio publicitário do livro pelos verbos.
didático, de um jornal ou de uma revista. Observação do conceito de sujeito dentro da materialidade
Deve haver nele usos do Modo Imperativo. textual.
Observe as características de anúncio publi-
citário sistematizadas na atividade anterior. 7. Responda no caderno: No caso dos usos
Escolha duas delas e explique no caderno Imperativos, podemos saber quem deve
como aparecem no anúncio selecionado. praticar aquela ação prevista?
O aluno deve mostrar duas das sete características indicadas Análise do conceito de sujeito com usos verbais imperativos.
em funcionamento no texto.
8. Reescreva a parte verbal do anúncio,
4. Também com um colega, recapitule o con- explicitando os sujeitos ocultos ou desi-
ceito de sujeito e defina-o no caderno, com nenciais. Depois, comente se o efeito per-
suas palavras. suasivo é maior com ou sem a presença
Retomada do conceito de sujeito, mas agora construído na dos sujeitos.
interação entre pares. Comentar se a persuasão é maior com sujeitos evidentes
ou não. Não há uma resposta certa, pois ambas as opções
5. Após os comentários do professor, comple- são defensáveis. É importante observar a coerência da
te ou corrija sua definição, se necessário. argumentação.

95
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA

Se for conveniente, o professor pode usar da persuasão. São Paulo: Ática, 2002.
os seguintes recursos para aprofundar o as-
sunto da aula: CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão.
São Paulo: Ática, 2004.
Filmes
DOLZ, J.; SCHNEUWLY B. Gêneros orais e
Do que as mulheres gostam (What women want) escritos na escola. Campinas: Mercado de Le-
Direção: Nancy Meyers. EUA, 2000. 120 tras, 2004.
min. 12 anos.
Mel Gibson é um publicitário que precisa des- KOCH, Ingedore V.; TRAVAGLIA, Luiz C.
cobrir do que as mulheres gostam, para poder Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 2000.
fazer campanhas publicitárias que atinjam o Fonte para o estudo do conceito de intencio-
público-alvo. Em certo momento do filme, ele nalidade.
desenvolve o dom de “ler os pensamentos das
mulheres” e passa a compreender um pouco NASCIMENTO, G. A intertextualidade em
mais sobre a alma feminina. atos de comunicação. São Paulo: Annablume,
2007.
Se eu fosse você
Direção: Daniel Filho. Brasil, 2006, 104 min, Sites
10 anos.
Tony Ramos é Cláudio, um publicitário em Cultura Acadêmica
crise no casamento. Certa noite, ele e a mu- Aqui você encontra diversos livros para download
lher, Helena, interpretada pela atriz Glória gratuito, associados à Fundação Editora da
Pires, trocam de corpos, e cada um poderá en- Unesp. Disponível em: <http://culturaacademica.
tender um pouco mais do universo feminino com.br/>. Acesso em: 14 out. 2013.
e do masculino. A visão feminina de Helena,
no corpo de Cláudio, será fundamental para Periódicos Capes
a elaboração de uma campanha publicitária. Site que reúne o enorme acervo de periódicos
da Capes, para acesso a textos acadêmicos
Livros que poderão aprofundar sua formação. Dis-
ponível em: <http://www.periodicos.capes.
CARVALHO, Nelly de. Publicidade: a linguagem gov.br/>. Acesso em: 14 out. 2013.

96
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1

QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL –


ANOS FINAIS
5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano 8a série/9o ano
Conteúdos gerais Conteúdos gerais Conteúdos gerais Conteúdos gerais
Traços característicos de Traços característicos da Traços característicos de textos Traços característicos de textos
textos narrativos tipologia relatar nos gêneros prescritivos e injuntivos argumentativos
Enredo, personagem, foco “relato oral” e “relato Gênero textual anúncio Traços característicos de textos
narrativo, tempo, espaço autobiográfico” publicitário expositivos
Estudos de gêneros textuais Estudos de gêneros narrativos Estudos de gêneros prescritivos Estudos de gêneros da tipologia
Gêneros textuais narrativos e Estudos de gêneros do e injuntivos argumentativa
suas situações de comunicação agrupamento tipológico “relatar” Textos prescritivos e situações de Estudos de gêneros da tipologia
Narrar e relatar: semelhanças e comunicação expositiva
Gênero textual crônica diferenças Gênero textual regra de jogos Argumentar e expor:
narrativa Traços característicos de textos semelhanças e diferenças
Gênero textual letra de música jornalísticos Estudos linguísticos Gênero textual artigo de opinião
Gênero textual notícia r$PODFJUPEFWFSCP Gênero textual carta do leitor
Estudos linguísticos Gênero “relato de experiência” r.PEP*NQFSBUJWPOBT
r/PÉÈPEFUFNQPWFSCBM  variedades padrão e coloquial Estudos linguísticos
Modo Subjuntivo na Estudos linguísticos r$PNPFQPSRVFVTBSB r.BSDBTEËJUJDBT QSPOPNFT
narrativa, Subjuntivo e os r$POFDUJWPTQSFQPTJÉÈP  gramática normativa pessoais)
verbos regulares, articuladores conjunção r*NQFSBUJWPOFHBUJWP r1POUVBÉÈP
temporais e espaciais r'SBTF PSBÉÈP QFSÎPEP r1FTRVJTBOPEJDJPOÃSJP r&MFNFOUPTDPFTJWPT QSFQPTJÉÈP
r4VCTUBOUJWP BEKFUJWP  r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r.PEP*OEJDBUJWP WFSCPT e conectivos)
pronomes pessoais, formas de r-PDVÉÈPWFSCBM regulares) r$PODPSEÄODJBTOPNJOBMF
tratamento, verbo, advérbio r'PSNBTOPNJOBJT ri5Vu iWÓTuFWBSJFEBEFT verbal
r4JOÔOJNPTFBOUÔOJNPT r"EWÊSCJPFMPDVÉÈPBEWFSCJBM linguísticas r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT
r1POUVBÉÈP r*SSFHVMBSJEBEFTEP*OEJDBUJWP r1SPOPNFSFMBUJWP
r6TPEPTiQPSRVËTu r*OUFSKFJÉÈP r%JTDVSTPDJUBEP r"EFRVBÉÈPWPDBCVMBS
r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT r0SBMJEBEF¤FTDSJUBSFHJTUSPT r'SBTFFPSBÉÈP r1FSÎPEPTJNQMFT
r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT  diferentes r1FSÎPEPTJNQMFT r$SBTF
verbos modalizadores, locução r-JOHVBHFOTDPOPUBUJWBF r7FSCP UFSNPFTTFODJBMEB r'JHVSBTEFMJOHVBHFN
verbal denotativa oração) r$PMPDBÉÈPQSPOPNJOBM
r$PNQSFFOTÈPEPTFOUJEP r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r4VKFJUPFQSFEJDBEP r3FHËODJBTWFSCBMFOPNJOBM
das palavras (em contexto de r"DFOUVBÉÈP r7P[FTWFSCBJT r'VOÉ×FTEBMJOHVBHFN
dicionário, em contexto de r"SUJHP r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT r1FSÎPEPDPNQPTUPQPS
uso, na noção do radical das r/VNFSBM coordenação
r"EKFUJWP Leitura, escrita e oralidade r"SUJDVMBEPSFTTJOUÃUJDPT
Volume 1

palavras etc.)
r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r'JHVSBTEFMJOHVBHFN Leitura, produção e escuta de argumentativos
r1SPOPNFTQFTTPBJT  textos prescritivos e injuntivos r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT
Leitura, escrita e oralidade possessivos, de tratamento em diferentes situações de
Leitura, produção e escuta de r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP comunicação Leitura, escrita e oralidade
r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r'SVJÉÈP Leitura, produção e escuta
textos narrativos em diferentes r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT de textos argumentativos
situações de comunicação literários e não literários e expositivos em diferentes
r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT Leitura, escrita e oralidade r*OUFSUFYUVBMJEBEF situações de comunicação
literários e não literários Leitura, produção e escuta r$PFSËODJB Interpretação de textos literários
r'SVJÉÈP de textos organizados nas r$PFTÈP e não literários
r4JUVBDJPOBMJEBEF tipologias narrar e relatar r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP r-FJUVSBFNWP[BMUB
r$PFSËODJB em diferentes situações de da escrita r*OGFSËODJB
r$PFTÈP comunicação r1BSBHSBGBÉÈP r$PFSËODJB
r"JNQPSUÄODJBEPFOVODJBEP r*OGFSËODJB Leitura oral: ritmo, entonação, r1BSBHSBGBÉÈP
r1SPEVÉÈPEFTÎOUFTF r'PSNVMBÉÈPEFIJQÓUFTF respiração, qualidade de voz, r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP
r1SPEVÉÈPEFJMVTUSBÉÈP r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT elocução e pausa da escrita
Leitura, produção e escuta literários e não literários Leitura dramática r&MBCPSBÉÈPEFàDIBT
de crônica narrativa, letra r-FJUVSBFNWP[BMUB Roda de conversa Leitura, produção e escuta de
de música e outros gêneros r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPEB Leitura, produção e escuta de artigo de opinião, carta do leitor
escrita anúncios publicitários, regras de e outros gêneros em diferentes
em diferentes situações de r1BSBHSBGBÉÈP jogos e outros gêneros em situações de comunicação
comunicação Leitura, produção e escuta de diferentes situações de r'PSNVMBÉÈPEFIJQÓUFTF
r'PSNVMBÉÈPEFIJQÓUFTFT notícia, relato de experiência comunicação r*OGPSNBUJWJEBEF
r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPF e outros gêneros em diferentes r*OGFSËODJB r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP
revisão da escrita situações de comunicação r*OUFODJPOBMJEBEF da escrita
r1BSBHSBGBÉÈP r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT r*OGPSNBUJWJEBEF Apresentação oral
Roda de leitura oral literários e não literários Roda de conversa Roda de conversa
Roda de conversa r*OUFSUFYUVBMJEBEF
r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPEB
escrita
r*NQPSUÄODJBEPFOVODJBEP
r$PFTÈP
r$PFSËODJB
r-FJUVSBPSBMSJUNP FOUPOBÉÈP 
respiração, qualidade da voz,
elocução e pausa
Roda de leitura oral
Roda de conversa

97
5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano 8a série/9o ano
Conteúdos gerais Conteúdos gerais Conteúdos gerais Conteúdos gerais
Discurso artístico: diferentes Discurso da esfera do Discurso da esfera da Discurso político: diferentes
formas de representação jornalismo: diferentes formas de publicidade: diferentes formas formas de representação
Estudo de tipologia e gêneros representação de representação Estudo de tipologia e gêneros
narrativos articulados por Estudo de tipologia e gêneros do Estudo de tipologia e gêneros argumentativos articulados por
projetos agrupamento tipológico relatar prescritivos articulados por projetos
Construção de projeto articulados por projetos projetos Construção de projeto político
artístico Construção de projeto Construção de projeto
jornalístico publicitário Estudos linguísticos
Estudos linguísticos r3FHËODJBTWFSCBMFOPNJOBM
r4VCTUBOUJWP BEKFUJWP BSUJHP  Estudos linguísticos Estudos linguísticos r1FSÎPEPDPNQPTUPQPS
numeral r7FSCP ËOGBTFOPTWFSCPTEP r$PNQMFNFOUPTEBPSBÉÈP subordinação
r1POUVBÉÈP dizer) (objetos direto e indireto, r$POKVOÉÈP
r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r'VOÉ×FTEBMJOHVBHFN agente da passiva, complemento r1SFQPTJÉÈP
r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r1POUVBÉÈP nominal) r"OBGÓSJDPT
r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r1POUVBÉÈP
r"DFOUVBÉÈP r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r1FSÎPEPDPNQPTUP
r1SPOPNFT r$POFDUJWPT r%JTDVSTPDJUBEP r$SBTF
r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r'VOÉ×FTBDFTTÓSJBTBEKVOUP r$PODPSEÄODJBTWFSCBMFOPNJOBM
r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r$PODPSEÄODJBTOPNJOBMFWFSCBM adnominal, aposto, adjunto r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT
r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r4VKFJUPFQSFEJDBEP adverbial, vocativo
r"EKFUJWPTFMPDVÉ×FT r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r1POUVBÉÈP Leitura, escrita e oralidade
adjetivas r1SFQPTJÉÈP r$PODPSEÄODJBTWFSCBMF Leitura, escrita e escuta
r"EWÊSCJPFMPDVÉ×FT r6TPEPTiQPSRVËTu nominal intertextual e interdiscursiva
adverbiais r'PSNBFHSBàBEFBMHVNBT r3FHËODJBTWFSCBMFOPNJOBM de gêneros argumentativos e
r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT palavras e expressões r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT expositivos articulados por
r.BSDBEPSFTEFUFNQPFMVHBS projeto político
r&MFNFOUPTDPFTJWPT Leitura, escrita e oralidade r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPTMJUFSÃSJPT
Leitura, escrita e oralidade r1SPOPNFQFTTPBM QPTTFTTJWP Leitura, escrita e escuta e não literários
Leitura, escrita e escuta r7FSCPTEPEJ[FS intertextual e interdiscursiva de r*OGFSËODJB
intertextual e interdiscursiva r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT gêneros prescritivos articulados r'SVJÉÈP
de tipologias e gêneros por projeto publicitário r4JUVBDJPOBMJEBEF
narrativos articulados por Leitura, escrita e oralidade r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT r-FJUVSBESBNÃUJDB
projeto artístico Leitura, escrita e escuta literários e não literários r-FJUVSBFNWP[BMUB
r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT intertextual e interdiscursiva r*OGFSËODJB r$PFSËODJB
literários e não literários de gêneros do agrupamento r'SVJÉÈP r$PFTÈP
r*OGFSËODJB tipológico relatar articulados por r4JUVBDJPOBMJEBEF r*OGPSNBUJWJEBEF
Volume 2

r'SVJÉÈP projeto jornalístico r-FJUVSBESBNÃUJDB r-FJUVSBPSBMSJUNP FOUPOBÉÈP 


r4JUVBDJPOBMJEBEF r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPTMJUFSÃSJPT r-FJUVSBFNWP[BMUB respiração, qualidade da voz,
r-FJUVSBESBNÃUJDB e não literários r$PFSËODJB elocução e pausa
r-FJUVSBFNWP[BMUB r*OGFSËODJB r$PFTÈP r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP
r$PFSËODJB r'SVJÉÈP r*OGPSNBUJWJEBEF da escrita
r$PFTÈP r4JUVBDJPOBMJEBEF r-FJUVSBPSBMSJUNP FOUPOBÉÈP  r1BSBHSBGBÉÈP
r*OGPSNBUJWJEBEF r-FJUVSBESBNÃUJDB respiração, qualidade da voz,
r-FJUVSBPSBMSJUNP  r-FJUVSBFNWP[BMUB elocução e pausa
entonação, respiração, r$PFSËODJB r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP
qualidade da voz, elocução r$PFTÈP da escrita
e pausa r*OGPSNBUJWJEBEF r1BSBHSBGBÉÈP
r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPF r-FJUVSBPSBMSJUNP FOUPOBÉÈP 
revisão da escrita respiração, qualidade da voz,
r1BSBHSBGBÉÈP elocução e pausa
r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP
da escrita
r1BSBHSBGBÉÈP

98
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
NOVA EDIÇÃO 2014-2017 Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus. Meira de Aguiar Gomes.
COORDENADORIA DE GESTÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Área de Ciências Humanas Área de Ciências da Natureza
Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Coordenadora
Teônia de Abreu Ferreira.
Maria Elizabete da Costa Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Santana da Silva Alves.
Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
Curricular de Gestão da Educação Básica
João Freitas da Silva História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
Diretora do Centro de Ensino Fundamental Fernandez. de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Profissional – CEFAF Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Luís Prati.
Valéria Tarantello de Georgel Almeida e Tony Shigueki Nakatani.

Coordenadora Geral do Programa São Paulo PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
faz escola PEDAGÓGICO Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
Valéria Tarantello de Georgel Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
Área de Linguagens
M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Coordenação Técnica Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine
Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Roberto Canossa Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel
Plana Simões e Rui Buosi.
Roberto Liberato Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
Suely Cristina de Albuquerque BomÅm e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da
EQUIPES CURRICULARES Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,
Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
Área de Linguagens Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves
C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Ventrela. Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Área de Ciências Humanas
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria
Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Silveira.
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
Nogueira. Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria
Campos e Silmara Santade Masiero. Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos
e Sonia Maria M. Romano.
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. História: Aparecida de Fátima dos Santos
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Área de Matemática Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Aparecido Cornatione. Sílvia Regina Peres. Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Área de Ciências da Natureza Área de Matemática
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Rodrigo Ponce. Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Tânia Fetchir.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Apoio:
Maria da Graça de Jesus Mendes. Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Fundação para o Desenvolvimento da Educação
Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, - FDE
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, CTP, Impressão e acabamento
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte. Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Log  Print GráÅca e Logística S. A.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
EDITORIAL 2014-2017 CONTEÚDOS ORIGINAIS Martins e Renê José Trentin Silveira.

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu


FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e
CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS Sérgio Adas.
Presidente da Diretoria Executiva CADERNOS DOS ALUNOS
Antonio Rafael Namur Muscat Ghisleine Trigo Silveira História: Paulo Miceli, Diego López Silva,
Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e
CONCEPÇÃO
Vice-presidente da Diretoria Executiva Raquel dos Santos Funari.
Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo,
Alberto Wunderler Ramos Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza
coordenadora! e Ruy Berger em memória!.
Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,
GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS
Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina
À EDUCAÇÃO AUTORES
Schrijnemaekers.

Direção da Área Linguagens


Coordenador de área: Alice Vieira. Ciências da Natureza
Guilherme Ary Plonski
Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes.
Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo
Coordenação Executiva do Projeto
Makino e Sayonara Pereira. Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta
Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana,
Gestão Editorial
Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso
Denise Blanes
Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.
Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.
Equipe de Produção
Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite,
LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,
Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos
Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida
Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina
Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria
Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina Fidalgo. Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo
H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão,
Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,
Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel
Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,
Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues
Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.
Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia
Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb González.
Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol,
Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo
Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet
Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti,
Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,
Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell
José Luís Marques López Landeira e João
Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e
Henrique Nogueira Mateos.
Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Yassuko Hosoume.
Tiago Jonas de Almeida. Matemática
Coordenador de área: Nílson José Machado. Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse
Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Matemática: Nílson José Machado, Carlos Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe
Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa
Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda
Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.
Vanessa Leite Rios. Walter Spinelli.
Caderno do Gestor
Edição e Produção editorial: Jairo Souza Design Ciências Humanas Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de
GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!. Coordenador de área: Paulo Miceli. Felice Murrie.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são S239m São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.
indicados sites para o aprofundamento de conhecimen-
tos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; língua portuguesa,
e como referências bibliográficas. Todos esses endereços ensino fundamental – anos finais, 7a série/8o ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria
eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é Inês Fini; equipe, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, João Henrique Nogueira
um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da
Mateos, José Luís Marques López Landeira. - São Paulo : SE, 2014. v. 1, 104 p.
Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites
indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.
Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino
* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.
terceiros e mantêm as características dos originais, no que
diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos ISBN 978-85-7849-553-4
elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).
1. Ensino fundamental anos finais 2. Língua portuguesa 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês.
* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no II. Angelo, Débora Mallet Pezarim de. III. Aguiar, Eliane Aparecida de. IV. Mateos, João Henrique Nogueira.
Caderno do Professor para apoiar na identificação das V. Landeira, José Luís Marques Lópes. VI. Título.
atividades. CDU: 371.3:806.90
Validade: 2014 – 2017

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