GUIA DO ALFABETIZADOR
1º Bimestre
GUIA DO ALFABETIZADOR
1º BIMESTRE
Belo Horizonte
2008
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Aécio Neves da Cunha
Há cinco anos, inauguramos em Minas Gerais um novo tempo na construção de uma escola
pública de qualidade e comprometida com a cidadania, por meio de ações que, somando o
esforço de todos os educadores, nos permitiram avançar significativamente no
cumprimento de nossas metas. Dentre essas, avançamos muito em nossa prioridade
maior: garantir que toda criança esteja lendo e escrevendo com fluidez até os oito anos de
idade.
Os resultados da avaliação do Proalfa de 2006/2007 deixaram claro para nós, mais uma
vez, que você pode fazer a diferença na sala de aula, desde que tenha a seu lado uma
direção e supervisão eficazes, um plano de intervenção pedagógica coerente, uma
comunidade atuante e uma organização educacional que apóie e garanta as condições
didático-pedagógicas indispensáveis ao seu trabalho. E é exatamente isso que temos
procurado fazer.
Ao entregar a você este Guia do Alfabetizador, buscamos renovar o diálogo que mantemos
desde o início de nossa gestão e que se repetirá, ao longo deste ano, a cada bimestre.
O Guia contém sugestões práticas para o seu trabalho diário com os alunos, necessárias ao
desenvolvimento das capacidades próprias da alfabetização. Essas sugestões,
naturalmente, deverão ser enriquecidas por você, pela sua experiência e criatividade, pois
o material não esgota as possibilidades e necessidades de cada alfabetizador em sua sala
de aula, mas apenas oferece alguns passos a serem dados no processo de alfabetização e
que precisam ser seguidos por outros tantos passos indispensáveis ao ofício de ensinar a
ler e a escrever.
Esperamos que o Guia seja instrumento eficaz para ajudá-lo a alfabetizar com sucesso as
nossas crianças e temos certeza de que você sabe de que esta tarefa passa, também, pelo
esforço do estudo contínuo e pelo cuidar do afago, do afeto, do carinho, da compreensão,
da ternura e do acolhimento a cada criança que, dia após dia, entra pela porta de nossa
escola.
Bom trabalho!
NOME COMPLETO:_______________________________________________________
DATA DE NASCIMENTO:___________________________________________________
ENDEREÇO DA RESIDÊNCIA
RUA:____________________________________________N°:_______COMP:________
BAIRRO:_________________________________CIDADE:________________________
ESTADO:__________________________________________CEP:__________________
TELEFONES:______________/_________________EMAIL:________________________
TRABALHO NA ESCOLA____________________________________________________
RUA:____________________________________________N°:________COMP:________
ESTADO:__________________________________________CEP:__________________
TELEFONES:______________/_________________EMAIL:________________________
SAÚDE
GRUPO SANGUÍNEO: ______________________ FATOR :________________
NOME:_______________________________________TEL:________________________
NOME:_______________________________________TEL:________________________
CONVÊNIO MÉDICO:______________________________________________________
MÉDICO: ________________________________________________________________
TEL:______________________________
ÍNDICE
Conhecendo o aluno
- dados dos alunos
- registro da apropriação da escrita
- auto-avaliação da leitura
- ficha de avaliação do ciclo da alfabetização
Roteiro de Planejamento
Capacidades Lingüísticas
Práticas Pedagógicas
Atividades
Indicações
Avaliação do GUIA
Referências
LISTA DE ÍCONES
Compreensão, produção e
valorização da cultura escrita Apropriação do sistema de escrita
Este GUIA é um material prático e deve ser utilizado de acordo com a necessidade do
alfabetizador, como uma diretriz que venha facilitar o processo de ensino e de
aprendizagem. Trata-se de um instrumento facilitador da prática pedagógica, um
organizador de idéias, um orientador no planejamento diário da alfabetização e
letramento. Ele deve ser usado como suporte, uma vez que apresenta sugestões de
atividades que não se esgotam e vão além da sala de aula. Na interação entre
alfabetizador e aluno no cotidiano da sala de aula surgirão novas contribuições para a
aplicação das orientações metodológicas que estão contidas neste Guia.
Este material tem como foco principal contribuir para a ressignificação da prática
pedagógica, com ênfase no processo de alfabetização e letramento. Ele foi elaborado
a partir das orientações contidas nos documentos da Secretaria de Estado de
Educação, da Coleção “Orientações para a Organização do Ciclo de Alfabetização”, de
1
discussões com professores alfabetizadores, o apoio e a interlocução dos analistas da
SEE/MG.
1 Material produzido pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais Subsecretaria de Desenvolvimento da
Educação Básica, Superintendência de Educação Infantil e Fundamental e Diretoria de Ensino Fundamental.
É fundamental que este material (fichário) seja utilizado como um todo e não de forma
fragmentada, visto que existem capacidades que devem ser introduzidas, outras
2
trabalhadas sistematicamente, outras retomadas e outras consolidadas nos três anos
de escolaridade de acordo com o desenvolvimento do aluno. As capacidades não se
associam apenas à dimensão temporal do Ciclo e sim à trajetória de aprendizagem da
3
criança, sendo importante que os alfabetizadores adotem a avaliação formativa para
que se assegure que, ao final do Ciclo, todas as capacidades estejam consolidadas.
2 Este assunto pode ser estudado no Caderno 2, Alfabetizando, da Coleção Orientações para a Organização do Ciclo
Inicial de Alfabetização.
3 Para saber mais, leia Acompanhando e Avaliando, Caderno 4, da Coleção Orientações para Organização do Ciclo
Inicial de Alfabetização.
Este GUIA foi estruturado em folhas avulsas a serem organizadas no fichário. Para sua
identificação anote seus DADOS PESSOAIS.
Apresentamos o CALENDÁRIO ESCOLAR DE D S
1 2
T
JANEIRO
Q
3
Q S
4 5
S D S T
1 2
CALENDÁRIO ESCOLAR 2008
FEVEREIRO- 15 dias letivos
Q Q S
MARÇO- 19 dias letivos
S D S T Q Q S S
1
D
ABRIL-21 dias letivos
S T
1 2 3 4 5
Q Q S S
6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9 2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 9 10 11 12 133 14 15 13 14 15 16 17 18 19
MAIO- 18 dias letivos JUNHO- 21 dias letivos JULHO- 12 dias letivos AGOSTO- 20 dias letivos
4 5 6 7 8
T
1
11 12 13 14 15
Q Q S S D
2 3 1 2 3 4 5 6 7
S T Q Q S
1 2 3 4 5
S D S
9 10 8 9 10 11 12 13 14 6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9
T Q
1 2
Q
16 17 15 16 17 18 19 20 21 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16
S S D S T Q Q S S
18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23
25 26 27 28 29 30 31 29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
30
Para que o trabalho a ser desenvolvido atenda a realidade de sua turma, indicamos
alguns instrumentos que o auxiliarão a CONHECER O ALUNO; são observações
importantes sobre as crianças e suas características. Estas fichas deverão ser
preenchidas no início do ano letivo e durante todo o processo de apropriação da escrita.
MESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
1º BIMESTRE
2º BIMESTRE
3º BIMESTRE
4º BIMESTRE
RESPONSÁVEL
NOME ANIVERSÁRIO
(nome e endereço de contato ou telefone)
04 2º BIMESTRE
3º BIMESTRE
05
4º BIMESTRE
mãos algumas dicas metodológicas para que a sua PRÁTICA PEDAGÓGICA contribua
para a alfabetização e letramento de seus alunos.
O GUIA não indica o método de alfabetização a ser aplicado. Ele busca organizar a sua
forma de trabalhar, apresenta algumas estratégias, cita alguns recursos didáticos e
detalha procedimentos de atuação e de AVALIAÇÃO formativa. A escolha do método e
dos processos de alfabetização será feita pelo alfabetizador ou a partir da organização
político pedagógica da escola.
Leia as orientações de como o GUIA poderá ser utilizado para auxiliá-lo em seu planejamento:
Criando condições para o planejamento. É preciso planejar. Mas como conseguir planejar?
O ideal é... Consulte o caderno 3 Preparando a Escola e a sala de Aula da Coleção
Orientações para a Organização do Ciclo de Alfabetização.
2
Após o levantamento do perfil da turma, sugerimos a leitura e estudo dos
quadros referentes às CAPACIDADES LINGÜÍSTICAS a serem
introduzidas, trabalhadas e consolidadas no Ciclo da Alfabetização de
acordo com a necessidade de seu aluno.
3
Selecione as capacidades a serem desenvolvidas por seus alunos, conforme a
análise das necessidades apresentadas pela turma por meio do diagnóstico.
4
Consulte no GUIA as sugestões de PRÁTICAS PEDAGÓGICAS e
ATIVIDADES, contextualize-as de acordo com a realidade de sua turma e
de seus alunos.
4 No GUIA você encontrará algumas sugestões. Para aprofundar o tema, leia o Caderno 5, Avaliação Diagnóstica:
Alfabetização no Ciclo Inicial da Coleção Orientações para a Organização do Ciclo Inicial de Alfabetização
7
Retome o item 2 abordando novas capacidades a serem trabalhadas a
partir da avaliação processual de sua turma. Por meio do uso destes
instrumentos você poderá avaliar os avanços dos alunos e planejar
continuamente para o alcance dos objetivos do Programa de Intervenção
Pedagógicas - Alfabetização No Tempo Certo.
Alfabetizador,
Propomos o preenchimento do quadro abaixo, ao iniciar o ano letivo, para que você possa lembrar-se da data de aniversários de seus alunos ( o
que é muito significativo para eles ) , o nome do responsável e a forma de contato em caso de emergência.
No seu diário de classe, registre as informações importantes para que você possa intervir e apoiar seu aluno adequadamente em suas interações
com as outras crianças e com toda a comunidade escolar. Exemplo: Se seu aluno tem alguma necessidade especial, se faz uso de algum
medicamento, se necessita de alguma orientação ou acompanhamento, entre outros.
Nome da Escola:____________________________________________________Ano:_________Ciclo:______________________________
Professor:_______________________________________________Turma:______________________________ Turno:________________
RESPONSÁVEL
NOME ANIVERSÁRIO
(nome e endereço de contato ou telefone)
01
02
03
04
05
06
RESPONSÁVEL
NOME ANIVERSÁRIO
(nome e endereço de contato ou telefone)
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
RESPONSÁVEL
NOME ANIVERSÁRIO
(nome e endereço de contato ou telefone)
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
RESPONSÁVEL
NOME ANIVERSÁRIO
(nome e endereço de contato ou telefone)
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
Aluno: ______________________________________________
Professor:___________________________________________
Escola:______________________________________________
MESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
1º BIMESTRE
2º BIMESTRE
3º BIMESTRE
4º BIMESTRE
1 Escreve utilizando grafismos e 5 Estabelece relação entre fala e 9 Produz escritas alfabéticas,
outros símbolos escrita (faz corresponder para cada mesmo não observando as
sílaba oral um grafismo)
convenções ortográficas da escrita
2 Utiliza as letras para escrever 6 Estabelece relação entre fala e
escrita, utiliza letras mas sem fazer 10 Produz escritas alfabéticas,
observando algumas convenções
3 Produz escritas diferenciadas uso do valor sonoro convencional
ortográficas da escrita
(exigência de quantidade mínima
de letras e variedade) 7 Estabelece relação entre fala e
escrita, fazendo uso do valor sonoro 11 Produz escritas alfabéticas,
sempre observando as convenções
4 Estabelece relação entre fala e convencional
ortográficas da escrita
escrita (faz corresponder para cada
sílaba oral uma marca) utilizando 8 Estabelece relação entre fala e OBS: Alfabetizador, marcando
grafismos e outros símbolos com um X o que seu aluno já
escrita, ora utilizando uma letra
consegue realizar, você poderá
para cada sílaba, ora utilizando
traçar o perfil da sua turma e
mais letras
planejar práticas de ensino e
atividades que os possibilitem
avançar ainda mais em suas
capacidades e competências para
AUTO-AVALIAÇÃO DA LEITURA
Aluno: ______________________________________________
Professor:___________________________________________
Escola:______________________________________________
1º BIMESTRE
2º BIMESTRE
3º BIMESTRE
4º BIMESTRE
Prezado aluno, marque com as devidas cores das legendas, o que você já
consegue realizar e reflita sobre o que você deve se empenhar mais para
melhorar a cada dia sua leitura.
Aluno________________________________________________________Idade_____________________
Escola_______________________________________________________ Alfabetizador_______________
Nível do Ciclo_________________________________________________Turno_____________________
Período de avaliação___________________________________________Data de registro_____________
Lê e escreve inter-relacionando
adequadamente o escrito e as ilustrações nos
livros e cadernos
[Outras]:
ROTEIRO DE PLANEJAMENTO
Para que haja coerência entre teoria e prática e você possa se organizar, sugerimos uma
síntese para o ROTEIRO DE PLANEJAMENTO. Anote nos quadros semanais as atividades
selecionadas para trabalhar as capacidades relativas ao desenvolvimento da oralidade,
leitura, apropriação do sistema de escrita e compreensão, produção e valorização da cultura
escrita (consulte as práticas indicadas no GUIA). Registre ainda nomes de livros, revistas,
sites ou softwares que serão utilizados.
INÍCIO
RECREIO
Alfabetizador,
Preencha o quadro de roteiro de planejamento com as atividades relativas às
capacidades de desenvolvimento da oralidade, leitura, apropriação do sistema
de escrita e compreensão, produção e valorização da cultura escrita que queira
desenvolver a cada dia.
INÍCIO
RECREIO
INÍCIO
RECREIO
INÍCIO
RECREIO
INÍCIO
RECREIO
INÍCIO
RECREIO
CAPACIDADES LINGÜÍSTICAS
Os quadros em que foram organizadas as capacidades lingüísticas destinam-se a
instrumentalizar o alfabetizador na seleção de práticas pedagógicas. Pretende-se com
isso que o alfabetizador alcance os objetivos do “Programa Alfabetização no Tempo
Certo” fazendo com que todos os alunos estejam lendo e escrevendo até os 8 anos.
DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE
O mundo torna-se cada vez mais exigente, e a capacidade de expressão oral pode
contribuir para a valorização da pessoa.
LEITURA
COMPREENSÃO, PRODUÇÃO E
VALORIZAÇÃO DA CULTURA ESCRITA
A criança ao entrar na escola já está, de algum modo, inserida no mundo das letras por
meio do contato com a televisão, reconhecendo rótulos, bulas, gibis, revistas,
panfletos, contas de água e luz, etc. Esse contato faz com que os alunos compreendam
os usos sociais da escrita, como funciona, e como utilizá-la em diferentes situações e,
conseqüentemente, proporciona aprendizagem significativa. Esse é um dos eixos a
serem trabalhados desde os primeiros momentos do percurso da alfabetização e
letramento.
Kaufman e Rodriguez
É importante que cada criança compreenda a utilidade da escrita e o seu poder, e que,
por meio dela é possível se expressar de forma a resolver conflitos, convocar e
convidar pessoas para diversos eventos, inventar histórias, fazer rir e chorar.
DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE
• Participar das interações cotidianas em • Criar situações em que as crianças Diária • Observar se a criança se expressa com
sala de aula: transmitam recados e informações aos seqüência lógica de idéias, coerência e
-escutando com atenção e compreensão; pais, funcionários da escola e colegas. atenção ao transmitir recados.
-respondendo às questões propostas pelo • Propiciar atividades de reconto de tre- Quinzenalmente • Observar, com atenção, como as crianças
se comportam numa situação que têm de
alfabetizador; chos de filmes e desenhos animados, ouvir e falar uma de cada vez.
-expondo opiniões nos debates com os contos de fadas e histórias (conhecidas • Identificar, por meio de observação,
colegas e com o alfabetizador. ou pessoais) e outros. quais alunos precisam ser convidados a
• Respeitar a diversidade das formas de • Fazer exposição oral, com a ajuda dos Semanal relatar, expor (desenvoltura), etc.
expressão oral manifestas por colegas, colegas, de objetos, materiais de pesqui- • Verificar em situações diversas as dife-
professores e funcionários da escola, sa e trabalhos em grupos. rentes formas de expressão dos alunos.
bem como por pessoas da comunidade • Criar situações que permitam às crian- Diária • Proporcionar momentos em que os alu-
extra-escolar. ças emitir opiniões sobre acontecimentos, nos participem de diversas situações ga-
fatos de sua rotina e curiosidades, etc. rantindo que todas sejam respeitadas em
Exemplo: conversa sobre os combinados relação às diferentes formas de expres-
para a boa convivência e formação de há- são.
bitos; apresentação oral das entrevistas
realizadas.
DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE
• Participar das interações cotidianas em • Desenvolver atividades que envolvam Semanal • Observar a participação de todos os alu--
sala de aula: declamar poemas, apresentar jograis, nos na apresentação do jogral.
-escutando com atenção e compreensão; cantar músicas, expressar oralmente • Identificar, por meio de observação,
-respondendo às questões propostas pelo histórias, ler bilhetes, mensagens, avisos quais alunos precisam ser convidados a
alfabetizador; e notícias para a turma, com entonação e comentar a atividade realizada.
-expondo opiniões nos debates com os ritmo adequados. • Observar com atenção como as crianças
colegas e com o alfabetizador. • Desenvolver atividades de interpretação se comportam numa situação em que têm
• Respeitar a diversidade das formas de (interlocução) a partir da fala/leitura do de ouvir e executar o que é proposto.
expressão oral manifestas por colegas, alfabetizador. Exemplo: seguir instruções
professores e funcionários da escola, do Jogo Trilha de Letras e Receita do
bem como por pessoas da comunidade Bonequinho Doce. Bimestral
extra-escolar. • Propor apresentação de jogral envolven-
do declamação das frases memorizadas. Diária
• Realizar atividades de livre expressão
(desenho, pintura, modelagem recorte,
colagem) e fazer comentários sobre os
trabalhos realizados.
DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE
• Participar das interações cotidianas em • Propor brincadeiras que possibilitem 2 vezes por semana
sala de aula: trabalhar com mensagem e recepção. O
-escutando com atenção e compreensão; alfabetizador (ou um aluno) fala e os ou-
-respondendo às questões propostas pelo tros alunos executam. Exemplo:
alfabetizador; - brincadeira do morto-vivo;
-expondo opiniões nos debates com os - imagem e ação;
colegas e com o alfabetizador. - telefone sem fio;
• Respeitar a diversidade das formas de - macaco disse;
expressão oral manifestas por colegas, - forca com interlocução e interatividade,
professores e funcionários da escola, - complete a história (por meio de ges-
bem como por pessoas da comunidade tos),
extra-escolar. - adivinhe o que é (mímica ou cantando
uma música).
LEITURA
• Desenvolver atitudes e disposições • Instituir a Hora da História, leitura de • Observar se o aluno acompanha
favoráveis a leitura. história que poderia ser uma “novela” Semanalmente
atentamente a Hora da História.
• Desenvolver capacidades relativas ao contada pelo alfabetizador seguida das • Promover a participação de todos no
código escrito especificamente necessário cenas para os próximos capítulos (ler para Sarau Lítero Musical, a cada mês um
à leitura: o aluno de forma criativa e com entonação grupo será responsável pela
- saber decodificar palavras e textos diversificada.) apresentação.
escritos; • Propor Sarau Lítero Musical: momento • Apresentar por meio de um relatório
- saber ler reconhecendo globalmente as de declamação de poesias, poemas, Mensal
individual ou coletivo (desenho, frase ou
palavras; contos e músicas. pequeno texto) sobre o local visitado.
- saber decodificar palavras e textos • Fazer excursões em espaços que • Verificar se as crianças concluem as
escritos; proporcionem acesso ao universo da Sempre que possível
atividades propostas.
- saber ler reconhecendo globalmente as cultura escrita: biblioteca da escola, • Observar se as crianças são capazes de
palavras. livrarias, laboratórios de informática, associar imagens às palavras
• Desenvolver capacidades necessárias à museus. trabalhadas no Dicionário de Invenções
leitura com fluência e compreensão: • Tr a b a l h a r t e x t o s l a c u n a d o s , ou Dicionário de Bichos.
- identificar as finalidades e funções da adivinhações, frases enigmáticas e outras Diária
leitura em função do reconhecimento do atividades sugeridas neste Guia.
suporte, do gênero e da contextualiza - • Propor a associação de palavras às
ção do texto. imagens sugeridas no Dicionário de
- antecipar conteúdos de textos a serem Invenções ou Dicionário de Bichos. Diária
lidos em função do reconhecimento de seu • Propor momentos de leitura de pequenos
suporte, seu gênero e sua contextualiza - textos informativos ou histórias curtas. Diária
ção.
LEITURA
• Levantar e confrmar hipóteses relati - • Propor análise do gênero textual (his- Sempre que necessário • Identificar quais gêneros textuais fa -
vas ao conteúdo do texto que está sendo tórias, poemas, listas, notícias, receitas, zem parte do cotidiano das crianças.
lido. instruções de jogos, etc.) a partir da ob- • Observar se o aluno acompanha atenta-
• Avaliar afetivamente o texto, fazer extra- servação dos suportes (livros de história, mente e participa da Hora da História.
polações. livros de poesia, quadros de avisos, folhe- • Observar com atenção como as crian-
tos que acompanham o jogo, jornais, em- ças se comportam numa situação em que
balagens de produtos, livros de receitas). têm de ler (pseudoleitura) e ouvir.
• Propor atividades de interpretação e an- • Observar atentamente se as crianças
tecipação dos acontecimentos do texto Sempre que necessário demonstram interesse em pesquisar so-
lido. Exemplo: análise do título do texto, bre os autores e temas sugeridos por
descrição das ilustrações, diálogo sobre elas.
o texto. • Observar com atenção como as crian-
• Propor comentários sobre os sentimen- ças se comportam numa situação em que
tos e as emoções expressas pelas crian- Sempre que necessário têm de refletir sobre os diferentes símbo-
ças após a leitura do texto. los utilizados na escrita.
• Pesquisar outros textos produzidos pelo • Identificar e anotar quais são as hipóte-
autor. Exemplo: procurar outras poesias Sempre que necessário ses levantadas pelos alunos.
de José Paulo Paes ou Toquinho.
LEITURA
• Buscar outros textos sobre o mesmo Sempre que necessário • Identificar quais gêneros textuais fazem
tema do texto lido. Exemplo: trabalhar parte do cotidiano das crianças.
com outras poesias com o tema relacio- • Observar se o aluno acompanha atenta-
nado a nome e sobrenome (conforme a mente e participa da Hora da História.
poesia Gente Tem Nome e Sobrenome – • Observar com atenção como as crian-
Toquinho). ças se comportam numa situação em que
• Selecionar vários materiais de leitura e Diária têm de ler (pseudoleitura) e ouvir.
incentivar os alunos a folheá-los; assim • Observar atentamente se as crianças
que começarem a fazê-lo, propor pergun- demonstram interesse em pesquisar so-
tas sobre os diferentes sinais gráficos, bre os autores e temas sugeridos por
por meio de questões como: elas.
O que se pode ler na página? • Observar com atenção como as crian-
Onde está escrito com letras? ças se comportam numa situação em que
Quais as letras que você conhece? têm de refletir sobre os diferentes símbo-
Onde há desenhos e onde há “coisas” es los utilizados na escrita.
critas? - • Identificar e anotar quais são as hipóte-
Onde há números? ses levantadas pelos alunos.
E sinais?
• Compreender diferenças entre a escrita •Propor situações em que o aluno diferen-- Diária • Avaliar se o aluno é capaz de diferenciar
e outras formas gráficas (outros sistemas cie letras de desenhos, letras e rabiscos, letras dos demais símbolos nas atividades
de representação) letras e números, letras e símbolos gráfi- sugeridas.
• Dominar convenções gráficas: cos (como setas, asteriscos e sinais), por • Observar a postura e o jeito de ler e es-
- compreender a orientação e o alinha- meio da exploração em livros, revistas e crever (traçado) de cada aluno.
mento da escrita da língua portuguesa. outros impressos. • Registrar, através, das atividades o modo
• Compreender a função da segmentação • Brincar com os alunos, de ler poemas, de resolver a contagem e separação de
dos espaços em branco e da pontuação textos informativos, músicas e textos já sílabas.
de final de frase. conhecidos (Dicionário de Invenções ou
Dicionário de Bichos), passando o dedo Diária
pelas palavras, chamando a atenção para
o movimento e usando os termos esquerda
e direita, em cima e embaixo.
• Desenvolver atividades de leitura e
escrita de pequenos textos familiares
(histórias, adivinhas, poesias, quadrinhas)
contando o número de palavras, separan-
do-as com traços coloridos, identificando
e marcando palavras que se repetem.
Diária
• Compreender a natureza alfabética do • Trabalhar com palavras parecidas, cuja Duas vezes por semana • Apresentar uma palavra escrita e pedir
sistema de escrita. diferença se deve a um fonema repre- aos alunos que desenhem o que ela re-
• Compreender a categorização gráfica e sentado na escrita por uma letra. Exem- presenta. (Ditado e auto-ditado).
funcional das letras utilizando diferentes plo: vaca/faca, rato/gato, mala/mola. • Oferecer desenhos e a partir dos mes-
tipos de letras (de fôrma e cursiva). • Utilizar material manipulativo (conjunto Duas vezes por semana mos pedir aos alunos para nomeá-los,
• Dominar as relações entre grafemas e de letras móveis) para escrever sobre a oralmente e em forma de registros livres.
fonemas. carteira os nomes dos colegas, algumas • Fazer a comparação entre os registros
• Dominar regularidades ortográficas. listas temáticas, dias da semana, e ou- dos alunos sem indicar o nome do aluno
tros. que o fez, apenas apresentando e compa-
• Comparar os diferentes tipos de letras Duas vezes por semana rando coletivamente.
através de leitura e recorte de manchetes • Confrontar a escrita dos alunos e a es-
de jornais, panfletos, folder e outros. crita-padrão.
• Propor atividades de escritaem duplas Diária • Construir, coletiva e individualmente, lis-
(um aluno dita e outro escreve). tas e ditados variados ( de alunos presen-
• Apresentar a primeira ou a última síla- tes e ausentes, de livros de histórias, de
ba da palavra para que os alunos possam poesias, de ingredientes para receita, de
percebe-la e completá-la. nomes de animais, de invenções, e ou-
tros).
• Compreender e valorizar o uso da escri- • Ler em voz alta histórias, poesias, no- Diária • Observar a atenção dos alunos e a ma-
ta com diferentes funções, em diferentes tícias, avisos, cartas e circulares para os neira de retransmitirem os recados e as
gêneros. pais. notícias para os pais e outros colegas.
• Produzir textos escritos em gêneros, • Proporcionar momentos de leitura de Semanal • Proporcionar registros e exposições dos
adequados aos objetivos, ao destinatário diferentes gêneros e suportes (leitura de diversos gêneros produzidos em sala de
e ao contexto de circulação. bilhetes, poemas, histórias, noticias, pro- de aula. (Varal de poesias, jornal Mural,
• Conhecer os usos da escrita na cultura pagandas e outros) e explorar o material Jornal do Poste e outros).
escolar. com os alunos levantando questões sobre • Analisar os textos e as diferentes manei-
• Saber usar os objetos de escrita presen- como, quem, o que e o tipo de redação e ras do aluno interagir com a proposta
tes na cultura escolar. suporte relacionam-se ao gênero. de cada atividade.
• Fazer uso da escrita com diferentes fina- Diária • Observar a organização e a participação
lidades, desde a rotina no quadro de giz das crianças durante a rotina da turma.
até a marcação da pontuação dos jogos • Observar a organização e a participação
em sala de aula. das crianças nas tarefas propostas.
• Trabalhar com textos e atividades con- Diária • Verificar se todos escreveram e cumpri-
textualizados e que apresentem sentido ram o combinado (escrito).
para a turma na busca e resolução de
problemas e projetos de sala.
Alfabetizador,
Este é o segundo volume (primeiro bimestre) do Guia do Alfabetizador, para alunos do
2º ano do Ciclo da Alfabetização. Trata-se de um material de apoio com sugestões
de práticas pedagógicas, orientações metodológicas e propostas de atividades que
você poderá inserir em seu planejamento, para organizar a aula e avaliar o proces-
so de aprendizagem dos alunos. Algumas delas já foram abordadas no quadro, porém
as retomaremos para detalhamento didático de suas ações e reforço da importância
do uso diário e sistematizado. As práticas sugeridas possibilitarão a construção das
capacidades estabelecidas para o segundo ano do Ciclo da Alfabetização já apresen-
tadas no quadro das Capacidades.
dor.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS - CONTINUAÇÃO
• Instituir a “Hora da História”, dando um “caráter mágico” e lúdico à atividade. Usar uma
caixa de papelão colorida contendo o livro a ser lido pelo alfabetizador. Posicionar as
crianças assentadas em um tapete, fácil de ser transportado, aproveitando diferentes
espaços disponíveis na escola. No quadro de capacidades também indicamos a hora
do Sarau de Literatura, que é um momento reservado para que as crianças possam de-
clamar poesias conhecidas e memorizadas, apresentar um conto lido em sala, cantar
e falar em público.
• Organizar uma biblioteca de sala, o “Cantinho da Leitura”. Esse espaço poderá ser di-
ferenciado dos outros em sala, com cadeiras ou almofadas em roda. Esse cantinho
deve conter textos, livros, jornais, revistas, cartas, redações e desenhos dos alunos,
entre outros.
Atitudes como gostar de ler e interessar-se pela leitura e pelos livros são cons-
truídas, por algumas pessoas, no espaço familiar e em outras esferas de con-
vivência em que a escrita circula. Mas, para outros, é principalmente na esco-
la que este gosto pode ser incentivado. Por isso, é importante que a criança
perceba a leitura como ato prazeroso e que tenha os adultos como modelo.
Nessa perspectiva, não é necessário que a criança espere aprender a ler para
ter acesso ao prazer da leitura: pode ler através dos “olhos” do alfabetizador e
de outros mediadores culturais. Para adquirir uma atitude descontraída com os
textos, é importante também que o aluno manuseie livros e outros impressos,
que tente ler e adivinhar o que está escrito.
Orientações para a Organização do Ciclo Inicial de Alfabetização
http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt10/t104.pd
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS - CONTINUAÇÃO 2
Ao abordar o conhecimento das crianças por meio da exploração em livros, revistas e outros
impressos é importante que você observe e aponte as diferenças gráficas entre o texto escri-
to e o desenho, entre a escrita alfabética, os ícones e sinais usados atualmente, mas que
não representam a pauta sonora. Quanto às letras e aos números, é possível propor aos
alunos que procurem saber ou levantem hipóteses sobre a presença de símbolos que repre-
sentem os números em calendários, outros sinais presentes em listas telefônicas, folhetos
com preços de mercadorias, etc.
• Utilizar uma caixa de papelão grande ou uma carcaça de televisão ou rádio para criar
situações onde as crianças possam expressar-se oralmente, simulando um programa
de televisão ou rádio.
• Distribuir gravuras para que cada criança relate a cena e o alfabetizador lance o
desafio interrogando o que aconteceu antes? - o que irá acontecer depois? Elas podem
trazer notícias de jornais, revistas ou fatos assistidos pela televisão ou ouvidos pelo rádio.
• Criar o momento do Sarau Lítero Musical: estimular as crianças a cantar músicas, re-
citar poesias, contar piadas e adivinhas (o que é? o que é?). O Sarau deverá ser orga-
nizado com a ajuda das crianças e apresentado para outras salas, com a divisão de
tarefas e participação mediada e organizada pelo alfabetizador.
• Após a leitura de textos convencionais (artigos de jornal, reportagens, etc.) pedir que
relatem o que entenderam.
PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO PARA PRIMEIRA SEMANA
Na primeira semana de aula, concentre-se na acolhida aos alunos. Receba-os com alegria e
entusiasmo. No primeiro dia de aula, apresente-se e faça uma dinâmica de interação entre
as crianças. Cada aluno pode se apresentar dizendo o nome, o que mais gosta de fazer e
o que espera aprender no 2º ano. Peça que cada criança registre o que falou por meio de
desenho ou escrita. Cante com as crianças, brinque em roda, apresente as dependências da
escola, aproveite e converse sobre a manutenção da limpeza e conservação do mobiliário e
dos materiais escolares. Providencie os crachás dos alunos para facilitar o reconhecimento e
a identifcação da turma.
Além dos combinados é importante informar sobre os horários das aulas e como o al-
fabetizador trabalha ao escrever as rotinas no quadro, sobre o capricho dos cadernos,
algumas regras e comportamentos que deverão ser sempre indicados e resgatados.
No quinto dia apresente os temas, projetos e assuntos que serão tratados no bimestre.
Estabeleçam a rotina diária e semanal, conte sobre os livros que irão conhecer, histórias
que serão trabalhadas, o uso de um novo instrumento para pesquisa (dicionário,
computador, livros,etc.).
PRÁTICA PEDAGÓGICA: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
No primeiro dia da segunda semana de aula, depois que você já recebeu seus alunos
e a turma já está organizada, é o momento de realizar a primeira avaliação diagnós-
tica. Essa avaliação é fundamental, pois possibilita que você conheça seu aluno e,
a partir daí, planeje seu trabalho, considerando as capacidades que ele já domina e
quais precisam ser desenvolvidas por meio de suas propostas de trabalho e estraté-
gias de ensino.
A avaliação diagnóstica é um precioso instrumento para o seu trabalho, pois lhe pos-
sibilita avaliar e acompanhar os avanços da turma e que o aluno reflita sobre o que já
é capaz de ler, escrever, compreender e opinar.
Para que você tenha um resultado geral das aprendizagens da turma, recorra a outros
instrumentos, como a observação diária dos alunos, como se dão as interações entre
eles, se têm dificuldades de atenção e concentração, como reagem diante de situa-
ções de conflitos, entre outros. (Ver quadro de CAPACIDADES – AVALIAÇÃO)
Uma proposta de trabalho pedagógico voltado para formar cidadãos que participem ativa-
mente da sociedade deve preocupar-se em estimular a criança a se manifestar em situações
coletivas. Portanto, o alfabetizador deverá criar situações interativas em sala de aula, em que
todos aprendem a ouvir com atenção e compreensão, emitindo opiniões e sugestões, respei-
tando o modo de falar dos colegas e do alfabetizador. Rodas de conversas é um recurso pe-
dagógicos muito rico que o alfabetizador não pode deixar de explorar. Algumas destas práticas
de roda serão listadas e deverão ser desenvolvidas em sala de aula:
• Organize uma roda onde se discutirá sobre a criação da biblioteca de sala, combinados
da turma e outros temas de interesse geral.
• Entregue às crianças uma cesta ou uma caixa de sapato para que elas repassem ao
colega do lado. Logo após, o alfabetizador lançará o desafio: “Lá vai a cestinha carre-
gadinha de... (frutas, brinquedos, animais, etc). O que ... (dizer o nome da criança) leva
aqui?”.
• Outra dinâmica interessante: Vou viajar de foguete para a Lua o que eu devo levar?
Normalmente o código secreto para esta viagem à lua é levar um objeto que comece
com a mesma sílaba do nome da criança. Exemplo: a aluna chama-se MARIA ela
poderá chegar a lua levando MALA, MAMADEIRA, MACACO e outras palavras que
iniciam com MA, Lucas vai para a lua levando LUVA ou LUPA.
• Proponha a apresentação de jogral, por exemplo, sobre a Dengue ou outro tema qual-
quer.
• Estimule o aluno a participar de Sarau para recitar poesias, cantar músicas, contar
piadas, etc.
Pesquisar – buscar com diligência; adquirir, perquirir, investigar, informar-se, todos esses sig -
nificados remetem a uma ação que pressupõe um objetivo. Eis a essência da pesquisa. A
pesquisa nunca esteve tão presente na linguagem e na vida, quanto na atualidade. Pesqui-
samos para tudo... Seja para saber qual é o preço mais baixo, o melhor produto, os maiores
benefícios, etc.
É desejável que o alfabetizador incentive o aluno a pesquisar e o oriente nesta tarefa de como
utilizar os procedimentos da metodologia científica. A pesquisa escolar deve ter como objetivo
a formação de práticas pensantes e criativas. A intenção da pesquisa escolar não é fazer com
que os alunos façam cópias de trechos de livros ou na Internet, tão pouco apresentem muitas
páginas somente para dar volume e visibilidade, mas consigam ressignificar o conhecimento
proposto, entendê-lo e ser capaz de relacioná-lo nos diversos contextos sociais e culturais.
A informação deve ser criticada e apreendida não somente visualizada e transcrita para o
papel.
Outra maneira de pesquisar até mesmo a origem dos sinais seria por meio da exploração de
calendários, lista telefônica, folhetos com preços de mercadorias, etc. É possível propor aos
alunos que identifiquem, questionem e levantem hipóteses sobre a presença de símbolos que
representem os números ou outros sinais. Explorando livros, revistas e outros impressos as
crianças têm oportunidade de perceber as diferenças gráficas entre o texto escrito e o dese-
nho, entre a escrita alfabética, os ícones e sinais. Esta seria uma interessante pesquisa para
o início do ano. O que você acha, professor alfabetizador?
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ATRAVÉS DE JOGOS DE TABULEIROS
O ser humano desde os tempos mais antigos é fascinado pelo jogo. O jogo é uma atividade
que reúne diversão, estratégia e aprendizado. Para vencer é preciso raciocínio lógico e às
vezes sorte.
Existem inúmeras histórias que narram o surgimento dos primeiros tabuleiros. Algumas nar-
ram que os homens primitivos brincavam de adivinhar o pensamento dos deuses e como
estes transmitiam os acontecimentos a um escolhido, estes seriam as peças do tabuleiro.
Outros dizem que o desenho de algumas cidades medievais, como Cambridgeshire na Ingla-
terra, que teria sua planta quadriculada são as origens dos tabuleiros. Algumas histórias nar-
ram que os tabuleiros derivam das plantas de templos sagrados e cidades santas que teriam
o formato de um tabuleiro com 64 quadros.
Como vimos, há muitas histórias sobre a origem do tabuleiro e é difícil precisar qual é a
correta, entretanto mais do que ter ciência sobre esse fato histórico importa-nos perceber a
importância do jogo para o desenvolvimento humano.
Os jogos de tabuleiro são todos aqueles disputados, por uma ou mais pessoas, em uma
base, o tabuleiro. Este pode ser de madeira, metal, pedra, plástico, papelão, ou simplesmen-
te desenhado no chão com giz. Nele as peças são movimentadas, colocadas ou retiradas,
obedecendo a regras pré-estabelecidas. Alguns exemplos de jogos de tabuleiro são: xadrez,
damas, gamão e mancala.
Com os jogos de tabuleiro os alunos aprendem a construir estratégias, elaborar planos e es-
tabelecer metas. Aprendem a seguir regras, a criá-las ou adaptá-las para um novo jogo. Enfim
aprendem a administrar melhor o maior jogo que é sua própria vida.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ATRAVÉS DE JOGOS DE TABULEIROS -
CONTINUAÇÃO
O Guia apresenta um jogo de tabuleiro (jogo de trilha), embora seja bem provável que os alu-
nos já o tenham jogado. É fundamental que o alfabetizador apresente as regras do jogo, leia
cada tópico e observe o comportamento dos grupos no processo do jogo.
Outra dica é o trabalho com diversos jogos que as crianças podem trazer de casa ou até mes-
mo criar em sala de aula, seja para a leitura de regras, de símbolos ou mesmo com foco na
relação entre colegas, limites e respeito entre eles. Alguns jogos indicados e de fácil acesso
são os de damas, ludo, imagem e ação júnior ou o xadrez.
2
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHO COM NOME E SOBRENOME
• Faça a chamada individual apresentando a ficha com o primeiro nome para que cada
aluno reconheça o seu.
• Elabore atividades para exercitar a memorização dos nomes dos colegas: ex: concurso
para verificar quem sabe identificar nomes dos colegas, por meio das fichas.
• Esconda as letras do nome da ficha, deixando apenas a letra inicial, para que os alunos
tentem adivinhar de quem é a ficha.
• Entregue a ficha e letras móveis para cada grupo. Os alunos devem formar os nomes
observando o modelo (a ficha).
2 - PETRY Rose Mary, QUEVEDO Zélia. A Magia dos Jogos na Alfabetização. Editora Karup. São Paulo. 1989
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHO COM NOME E SOBRENOME -
CONTINUAÇÃO
• Distribua uma folha com os nomes de todos os alunos da turma dividida em grupos
para que observem e realizem várias atividades, tais como:
• Distribua uma folha com os nomes dos colegas do grupo, mas em cada nome faltando
uma letra. A criança deverá descobrir a letra que falta em cada nome.
• Distribua para cada grupo uma folha com os nomes de seus integrantes, mas faltando
o nome de um dos colegas para que as identifiquem.
• Faça ditado com as iniciais dos nomes dos alunos, ditando o nome de alguns ou de
todos os colegas. Os alunos deverão escrever apenas a letra inicial de cada nome. Se
a tarefa for ainda difícil para a classe, mostre a ficha.
• Distribua folha onde se encontra um texto trabalhado em sala de aula. Os alunos deve-
rão descobrir letras de seu nome no mesmo. Cada criança circula com lápis de cor a
letra inicial ou todas as letras que aparecem no texto e que constam no seu nome.
• A • L • M
• Faça a atividade de caça-nomes. Em uma folha escreva o nome dos alunos e algumas
letras aleatoriamente. Os alunos deverão procurar e circular os nomes encontrados.
Exemplo: AMANDA – ANA – CLARA - IOLANDA
A M A N D A Z X B Q A N A K P H T R S N
R P I O L A N D A W E S X G C L A R A M
• Distribua fichas com os nomes dos alunos com as letras embaralhadas. Os alunos
tentarão organizar as letras e descobrir qual é o nome. Exemplo: AAICML – SUCAL
CAMILA – LUCAS.
• Organize jogo da memória de nomes. Distribua duas fichas com o nome de cada crian-
ça. As fichas deverão ser dispostas de cabeça para baixo e cada jogador tem o direito
a levantar duas cartelas de cada vez, permitindo que todos os jogadores visualizem
a localização das fichas. Quando a criança descobrir um par de fichas com o mesmo
nome, ela terá o direito de jogar novamente. Ganha quem encontrar o maior número
de nomes.
• Realize cruzadinha com os nomes dos alunos. Distribua folha de papel contendo qua-
drados em que os alunos preencherão com letras formando o nome dos colegas. Algu-
mas pistas são deixadas para facilitar a tarefa:
A
N
A
• Apresente fichas com nome dos alunos. Solicite que todos fechem os olhos enquanto retira
um dos nomes. A turma deverá descobrir o nome que está faltando.
Ficha de Mesa
Alfabetizador você deverá fazer a ficha com o nome de cada aluno, usando
letra maiúscula de imprensa para ser usado na mesa da criança. Assim a turma
vai se familiarizando com os nomes dos colegas. Depois das fichas prontas,
colocá-las nas mesas.
• Realize bingo com a ficha de nome dos alunos, cada um receberá sua ficha e marca-
dores na quantidade de letras de seu primeiro nome (tampinhas, retalhos de E.V.A.,
pedrinhas, etc.) O alfabetizador mostra uma das letras do alfabeto e diz: “quem possui
em seu nome a letra apresentada, marque na cartela”. Será considerado vencedor
aquele que marcar todas as letras em primeiro lugar.
• Realize BINGO DE LETRAS - cada criança recebe uma cartela com 9 sílabas e pega 9
marcadores (tampinhas de garrafa, feijões, milho, retalhos em EVA, ou outro objeto).
Em meia folha de papel ofício faça 3 colunas com 3 linhas. Dentro de cada quadrado
escreva as letras seguindo a ordem alfabética. Continue a próxima cartela sucessiva-
mente.
BINGO DE LETRAS
A B C
D E F
G H I
J K L
M N O
P Q R
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHO COM NOME E
SOBRENOME - CONTINUAÇÃO 6
S T U
V W X
Y Z A
SUGESTÃO: pode-se jogar o Bingo de sílabas a partir de palavras e temas combinados
(DICIONÁRIO DE INVENÇÕES). Em meia folha de papel ofício faça 9 retângulos, ou seja, 3
colunas com 3 linhas. Dentro de cada retângulo escreva as 9 sílabas, aleatoriamente e con-
soantes. Você poderá trabalhar com cartelas com consoantes diversas e uma vogal diversifi-
cando-as.
MA BA PA
DA CA FA
GA PE RA
JA GO LU
ME NA A
PE TA RU
Conhecer os nomes das letras é fundamental para os alunos que estão se alfabetizando, pois
em alguns casos eles fornecem pistas sobre um dos sons que elas podem representar na es-
crita. Além disso, os alunos têm de conhecer a forma gráfica das letras e a ordem alfabética.
Essa aprendizagem, porém, pode ocorrer de forma lúdica e divertida por meio de jogos, par-
lendas, adivinhações ou organização de palavras e conceitos em formato de um dicionário.
• Escreva os nomes dos bichos que serão estudados ou das invenções em ordem alfa-
bética.
• Utilize a ordem alfabética como por exemplo, sortear os ajudantes do dia, os alunos
que irão iniciar uma brincadeira etc.
• Afixe as letras do alfabeto junto com os alunos, transformando esse momento de orga-
nização do espaço da sala de aula também em um momento de aprendizagem. Apro-
veite e afixe os nomes das invenções ou dos animais que serão estudados.
• Faça uma ficha com o alfabeto completo em letra bastão para que os alunos a colem
em seu caderno.
• Faça uma lista, em ordem alfabética, com os nomes das invenções a serem estuda-
das.
• Faça um marcador de livro ou ficha avulsa com o alfabeto completo para que possam
consultá-lo sempre que precisar.
• Produza com os alunos o “Cartaz de Aniversários” com o nome das crianças organiza-
dos em ordem alfabética.
Alguns a chamam de letra bastão, outros de caixa alta, ainda imprensa ou maiúscula. Todas
essas nomenclaturas identificam o mesmo tipo de letra que é o tipo sugerido, pela equipe
elaboradora deste Guia para a alfabetização dos alunos de sete anos. A letra bastão é ideal
para iniciar o processo de alfabetização, pois requer menos coordenação motora, é fácil de
ser copiada e é assimilada rapidamente pelos alunos, pois eles conseguem reproduzir as
palavras que o alfabetizador escreve no quadro de giz e a identificam nos mais diversos con-
textos, como: televisão, jornais, revistas, outdoors, livros, placas de transito, sinalizações de
hospitais, ambulâncias, rótulos de embalagens, letreiros, teclas de computadores, etc.
A escrita inicial dos alunos não é uma simples reprodução mecânica da língua, mas um pro-
cesso de assimilação e percepção dos objetos, pessoas, lugares, fatos, enfim, tudo na vida
tem um nome. Esse nome pode ser representado de forma escrita e quando escrito pode ser
entendido por todos, pois a língua possui padrões construídos pelo homem para que o enten-
dimento das palavras seja mantido ao longo da história. Portanto, quando a criança ainda está
sendo alfabetizada não é aconselhável utilizar vários tipos de letras, pois essa diversidade só
complicará e dificultará o processo de assimilação e entendimento da língua. A apresentação
dos diversos tipos de letras deve ser feito após assimilação do código da escrita, aproveitando
palavras significativas utilizadas pelas crianças da turma. A alfabetização deve ser natural e
refletir os contextos sociais para que ocorra de forma eficaz e os alunos colham dela o gosto
pela leitura e pela prática da língua nos mais diversos contextos sociais e culturais.
Utilize o alfabeto móvel com letra bastão ou o Varal do Alfabeto que também pode ser encon -
trado em algumas editoras para produzir as palavras do dicionário de invenções, de bichos ou
outro tema proposto pela turma.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: ALFABETO MÓVEL
A A A B B C C D
D E E E F F G G
H H I I I J J K
K L L M M N N O
O O P P Q Q R R
R S S T T U U U
V V W W X X Y Y
Z Z A A E I O U
PRÁTICA PEDAGÓGICA: HORA DA HISTÓRIA, DA PIADA OU
DA NOVELA CONTADA (TELENOVELA OU RADIONOVELA)
A prática de contar histórias, piadas ou poemas deve fazer parte do cotidiano da escola. O
alfabetizador poderá usá-la como recurso para formação de leitores atentos e interessados
pela língua escrita. Uma boa história contribui para estimular a imaginação, despertar a curio-
sidade e ser fonte de alegria. O interesse do aluno pela história poderá levar o alfabetizador
a atingir outros objetivos tais como: introdução de um novo tema, solução de alguns conflitos
surgidos em sala de aula, compreensão de problemas que ocorrem com os alunos em sua
vida pessoal, favorecendo a aceitação de situações desagradáveis.
A escolha da história precisa ser criteriosa, pois ela deve ser adequada à faixa etária, aten-
der aos interesses dos alunos e aos objetivos do alfabetizador. Não é necessário um talento
especial para contar histórias, o alfabetizador poderá aprimorar-se, levando em consideração
algumas características que um bom contador de histórias deve ter.
A história deve despertar a sensibilidade de quem a conta, sem emoção, não terá su-
cesso.
O contador tem que estar seguro sobre o que vai contar, do contrário é melhor não contar.
Sempre buscar maneiras de fazer com que os ouvintes permaneçam concentrados na histó-
ria.
3 TAHAN, Malba. A arte de ler e de contar histórias. Rio de Janeiro: Conquista, 1957.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: HORA DA HISTÓRIA, DA PIADA OU
DA NOVELA CONTADA (TELENOVELA OU RADIONOVELA) -
CONTINUAÇÃO
Não convém falar em falsete ou impostando a voz, a não ser que seja em momentos es-
pecíficos para caracterizar um personagem.
Se exagerar em gestos sem objetivos, quando fizer um que seja necessário para melhor
fazer entender a história, não será notado.
Contar as histórias com suas próprias palavras – contar o que está velho de forma nova.
Se a história for de livro deve ser adaptada, pois a linguagem escrita é diferente da oral.
Não é necessário decorar, mas sim testar diversas possibilidades de exploração oral para
contar com espontaneidade.
PRÁTICA PEDAGÓGICA NA BIBLIOTECA DE SALA
A organização desta ciranda poderá acontecer por meio do rodízio de uma sacola (um recurso
para proteção e cuidado com o livro) para empréstimo semanal, tornando-se parte da rotina da
turma. No interior do livro deverá haver uma ficha para o registro do empréstimo com o nome
do aluno e a data de devolução. Além desses cuidados fundamentais para a organização da
CIRANDA, poderá se elaborar um cartaz sobre os títulos mais lidos e os menos lidos ou
sobre os mais indicados e a razão de sua indicação. É fundamental para a formação de hábi-
tos do leitor que o aluno compreenda a necessidade de se preservar o acervo tanto de livros,
quanto de discos, cds, gibis etc., num ambiente de cooperação e solidariedade e que enten-
da a leitura com forma de aprendizagem e entretenimento.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHO COM POESIA,
ADIVINHAÇÕES, RIMAS E CANTIGAS
São atividades coletivas que devem ser orientadas pelo alfabetizador de várias maneiras4:
• Antes de iniciar a atividade, recite a poesia, adivinhação, rima, música com os alunos
várias vezes, de modo a garantir que todos as saibam de cor.
• Em seguida, faça uma leitura utilizando um cartaz onde elas deverão estar escritas,
apontando onde você está lendo.
• Distribua as cópias dos textos e solicite que acompanhem a sua leitura, cada um olhan-
do para o próprio texto.
• Leia uma vez e certifique-se de que todos estão acompanhando a leitura, recitando
junto com você.
• Leia uma segunda vez, mas peça-lhes agora que tentem acompanhar a leitura, pas-
sando o dedo por cima do texto e tentando ajustar o que lêem com ao que falam.
• Leia palavra por palavra, mostrando para os alunos que cada frase é uma linha, pois
assim fica mais fácil acompanharem.
• Repita a leitura mais uma vez, para que tenham mais uma chance de ajustar o que
falam com o texto impresso.
• Deixe-os levar o texto para casa para leitura e trazendo-o de volta para colar no cader-
no.
4 Projeto Toda Força ao 1º Ano: guia para o planejamento do professor alfabetizador – orientações para o planejamento e avaliação
do trabalho com o 1º anos do Ensino Fundamental / Secretaria de Educação. – São Paulo: SME / DOT, 2006
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHANDO COM POESIA,
ADIVINHAÇÕES, RIMAS E CANTIGAS - CONTINUAÇÃO
• Depois de ter lido algumas poesias, adivinhas ou músicas, solicite que procurem-
uma determinada palavra, e se música, coloque o CD e faça uma parada em um
determinado momento, para que encontrem a última palavra cantada. Aqueles que
a encontrarem primeiro, não podem dizer onde a palavra está, mas dar pistas (a
primeira letra da palavra, como ela termina, em que verso ela se encontra) para que os
outros colegas a encontrem.
As atividades de leitura e escrita com esses textos que pertencem à tradição oral (e que eles
sabem de cor) podem possibilitar avanços em suas hipóteses a respeito da língua escrita.
Com o texto na mão, o aluno tem o desafio de ajustar aquilo que fala com o que está escrito,
e, nessa tentativa, vai analisando o texto e buscando relações entre as letras e os sons.
Cada aluno solucionará esse problema na medida de suas possibilidades, uns chegam ao fim
do texto antes de terminar de ler, posteriormente tentam apontar com o dedo mais devagar.
Outros, ao chegar ao final das frases, procuram analisar as pistas qualitativas, ou seja, che-
car se o som corresponde à letra do fim da frase. Enfim, é uma atividade que cria desafios
para diferentes níveis de conhecimento, o que promoverá a aprendizagem de todos os
alunos.
Esses textos, além de propiciar ótimas situações de reflexão sobre o sistema de registro, são
adequados a essa faixa etária, pois são divertidos, próprios das brincadeiras de infância e têm
forte componente lúdico.
SUGESTÔES DE ADIVINHAÇÕES
Por que quando o moço vai ao cinema assistir a um filme de comédia, ele se senta na
última cadeira?
R: Porque quem ri por último ri melhor.
Quem é filho do meu pai e da minha mãe, mas não é meu irmão?
R: Eu.
O que é que tem capa mas não é super-homem, tem folha mas não é árvore, tem orelha
mas não é gente?
R: O livro.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHO COM POESIA,
ADIVINHAÇÕES, RIMAS E CANTIGAS - CONTINUAÇÃO 4
O que é que tem escamas, mas não é peixe, tem coroa, mas não é rei?
R: O abacaxi.
O que é o que é: quando estamos em pé ele está deitado, e quando estamos deitados
ele está em pé?
R: O pé!
Rafaela tinha quatro irmãs: Lalá, Lelé, Lili, Loló e... qual é o nome da quinta irmã?
R: Rafaela!
Dois caminhões estavam voando de repente, um caminhão parou e disse: - Ora, cami -
nhão não voa.
E desceu.
Mas o outro continuou voando.
- Por quê?
R: Ele era um caminhão pipa.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHANDO COM POESIA,
ADIVINHAÇÕES, RIMAS E CANTIGAS - CONTINUAÇÃO 6
Por que você vai para a cama quando está com sono?
R: Porque a cama não pode ir até você!
Tenho apenas um fósforo e preciso acender um cigarro, uma vela e uma lareira. O que
acendo primeiro?
R: Fósforo.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHANDO COM RIMAS
Ah aha aha
Oh oh oh
Ela tem é uma só
Ah aha aha
Oh oh oh
Ela tem é casca dura
Ah aha aha’
Oh oh oh
Ela tem é de capim
versão do site www.carnaxe.com. br
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHANDO COM RIMAS -
CONTINUAÇÃO
TÍTULO: A BARATINHA
A barata diz que tem
Sete saias de filó
É mentira da barata
Ela tem é uma só
Ah aha aha
Oh oh oh
Ela tem é uma só
Ah aha aha
Oh oh oh
Ela tem é caminhão
Ah aha aha
Oh oh oh
Ela come é macarrão
Versão do livro “Quem canta seus males espanta, volume 1, publicado pela Editora Cara-
melo.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: O TRABALHO COM ARTES
Todo indivíduo se serve de formas diversas para expressar suas experiências pessoais. Como
essas experiências acompanham o crescimento do indivíduo, a sua auto-identifcação envolve as
mudanças sociais, intelectuais, emocionais e psicológicas que se operam no íntimo do ser. Para
assegurar o equilíbrio psíquico, tanto da criança como do adulto, é importante o ato de se exprimir,
seja qual for o conteúdo ou a forma dessa expressão.
Um desenho criado livremente por uma criança pode constituir-se em um indicador de seu
desenvolvimento emocional e intelectual e de sua capacidade criadora. As atividades criativas em
grupo proporcionam oportunidades às crianças, para observar e assimilar a experiência dos
outros, integrar-se ao grupo, sentir seu trabalho valorizado pelos colegas, compartilhar o material.
A criança exprime de várias maneiras, mas é através das artes plásticas, visuais, musicais e
cênicas que pode criar sua própria obra. A maior contribuição que o alfabetizador pode dar a favor
da evolução artística de seus alunos é:
• Oferecer à criança um ambiente que lhe permita experimentar, ensaiar, procurar e encontrar suas
próprias soluções.
Pintura, desenho, recorte e colagem, trabalhos com sucata, modelagem, entre outros, todos
enfatizados igualmente, contribuem para o pleno desenvolvimento infantil. Todas as produ -
ções dos alunos devem ser aproveitadas para embelezar a sala de aula. É importante que se
organize álbuns e livrinhos visando prestigiar sua obra criadora.
É preciso estabelecer vínculos entre o desenho e as demais atividades de artes visuais, plás-
ticas, musicais e cênicas para que sejam incentivos à alfabetização, evitando o risco de que
possam ser refúgio para alunos hábeis nesse campo e que nele se alienem para fugir de pos-
síveis dificuldades de assimilação do sistema de escrita.
• Pintura “livre”.
• Colagem “livre”.
• Desenho “livre”.
• Texturas diversas - folha de ofício e giz de cera deitado - propor às crianças que pro-
procurem texturas diversas (formas com lixa, paredes da escola, folhas secas, azule-
jos, toalhas de renda, etc).
• Pintura com guache aguado e barbante (molhar o barbante no guache e deixa-lo cair
sobre a folha branca; usar cores diferentes em tons fortes e claros dão um efeito muito
bonito!).
5 RIBEIRO, Loudes Eustáquio Pinto, Para casa ou para sala? Volume 1, página 69, São Paulo,
Editora Didática Paulista, 1999
PRÁTICA PEDAGÓGICA: O TRABALHO COM ARTES -
CONTINUAÇÃO 2
Pintura surpresa com guache (não colocar água). Dobre a folha de papel ofício ao
?
meio e deixe a criança escolher quais as cores que vai usar colocando o guache em
pequena quantidade, com uma colher, na dobra da folha. Dobrar o papel novamente
e pedir à criança que passe a mão suavemente por sobre o papel dobrado. Desdobre
o papel cuidadosamente. Usando a criatividade, cada um procura dar um significado
para a forma que apareceu.
Pintura das mãos e dos pés com guache. Com a mão, é possível fazer um galinho:
?
onde o polegar é a cabeça e os outros dedos o rabo.
Desenho no papel camurça preto usando giz de cera branco. Colorir o desenho
?
usando cores claras.
Desenho no papel ofício sobre o estêncil reaproveitado. Depois de algum tempo, vire
?
a folha e pinte usando giz de cera.
Quebra-cabeça usando gravuras de revistas. Pinte a folha branca com guache ou giz
?
de cera deitado, peça à criança que recorte a figuras na marca das dobras que o
alfabetizador fez (inicialmente 2 ou 3 partes e vá graduando a dificuldade conforme o
número de dobras). Monte o quebra-cabeça com as partes ligeiramente longe uma
das outras.
Entrega pelo alfabetizador de folha com alguma figura geométrica traçada e a criança
?
completa o desenho conforme sua criatividade.
Com tiras de papel colorido enrolado no lápis é possível montar caracóis para um
?
jardim ou o cabelo de personagens de fantoche de vara.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: A BRINCADEIRA E A CORPOREIDADE
O lúdico pode estar presente nas práticas de alfabetização em sala de aula? Ou aprendizado e
diversão não se relacionam? A atividade de brincar é muito importante para a criança e ao
contrário do que alguns pensam, envolve complexos processos de articulação entre experiência
e memória. As crianças processam com mais naturalidade as informações através das
brincadeiras. Na brincadeira, a inteligência criativa das crianças é aguçada e o imaginário torna-
se real. Dessa forma, percebe-se que brincar é muito importante para o desenvolvimento
infantil.
Aos sete anos, o brincar não só é desejável, mas necessário, pois as crianças estão
acostumadas a aprender dessa forma na sociedade. O rompimento desse interessante método
pode levar, a escola ao estereótipo de lugar enfadonho, de passar o tempo para adquirir uma
certificação e a rua e a casa serem os espaços da diversão e do aprendizado para a vida.
O brincar, o lúdico, o simbólico no cotidiano das crianças são elementos essenciais para o seu
desenvolvimento, pois através das brincadeiras elas interpretam o mundo.
As listas compõem um tipo de texto muito presente no dia-a-dia das pessoas. Listar significa
relacionar nomes de pessoas ou coisas para a organização de uma ação. Exemplo: lista de
convidados para uma festa, lista dos produtos para comprar, lista dos compromissos do dia,
lista das atividades que serão realizadas na sala de aula, etc.
Por ter uma estrutura simples, a lista é um texto privilegiado para o trabalho com alunos que
não sabem ler e escrever convencionalmente, mas é importante que o alfabetizador proponha
a escrita de listas que tenham alguma função de uso na comunidade ou na sala de aula.
A escrita de listas de palavras que começam com a mesma letra ou outras similares é inade-
quada, pois descaracteriza a função social deste texto. Por isso, ao planejar atividades com
esse tipo de texto, é importante considerar:
• atividades de reflexão sobre a escrita: sempre que for possível favorecer a refexão
pelos alunos sobre a escrita, proponha comparações entre palavras que começam
ou terminam da mesma forma (letras, partes da palavra). A prática envolvendo listas
são ótimos textos para a realização dessas atividades. Como é um texto que favorece
a reflexão sobre o sistema de escrita, sua utilização deve ser mais intensa enquanto
houver alunos que não lêem e escrevem convencionalmente.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: TRABALHO COM RECEITAS
A receita é um gênero textual muito adequado para incluir na rotina das turmas que estão na
fase inicial de alfabetização. É um gênero de circulação social bastante corrente, presente em
todas as classes sociais (mesmo nas cozinhas mais precárias se podem encontrar receitas
que estão impressas nas embalagens de produtos como óleo ou o arroz). Sua estrutura – uma
pequena ficha (tempo de preparo, rendimento e grau de dificuldade, em alguns casos), uma
lista e depois um parágrafo, geralmente com os verbos no imperativo ou infinitivo – facilita as
antecipações e permite que se coloque em prática uma série de comportamentos de leitores
relacionados a ler para fazer alguma coisa, um dos importantes propósitos sociais de leitura
que nossos alunos precisam aprender.
• Coloque diferentes portadores de texto no centro da roda como calendários, listas te-
lefônicas etc.,
• Peça às crianças que encontrem portadores de receitas entre aquelas publicações que
ali estão.
• Solicite que, em primeiro lugar, descartem aqueles portadores que não contêm recei-
tas e explicitem o porquê.
• Depois que tiverem sido eliminados os calendários, listas telefônicas, os livros de histó-
ria e outros portadores, peça que algum aluno escolha, entre os materiais que ali estão,
um que possa conter receita. Ele deve justificar sua escolha.
• Quando alguém escolher um livro ou revista de receitas, pergunte como podem tentar
descobrir se ele tem a receita que procura sem ter de folhear todas as páginas.
Ingredientes
Modo de preparo:
Coloque numa vasilha grande o açúcar e o leite em pó, misture colocando leite
de coco aos poucos até a massa ficar homogênea atingindo o ponto de soltar
das mãos. Separe a massa e misture os colorantes conforme desejar.
A aquisição dessa habilidade específca ultrapassa os limites de mera destreza motora quan -
do é associada ao conhecimento da cultura escrita. Uma das mais importantes funções da es-
crita é possibilitar a comunicação entre pessoas distantes ou em situações em que não é possível
falar. O que se escreve é para ser lido pelos outros e por nós mesmos, algum tempo depois.
Se os alunos compreenderem isso, fará sentido para eles esforçarem-se para conseguir uma
escrita legível e com boa apresentação estética. Nesse sentido, também irão empenhar-se
na organização adequada da escrita nos cadernos, nos cartazes, nos murais, enfim, nos di-
versos textos que produzirem (etiquetas, agendas, listas, histórias, poemas, cartas, etc).
No primeiro semestre, deve-se trabalhar com a letra bastão (ver justificativa no título Letra
Bastão) e apresentar a letra de fôrma minúscula. No segundo semestre, fazer a transição da
letra de fôrma para cursiva, conforme o perfil da turma. Não existe o momento certo para a
transição dos tipos de letras, fundamentais são leitura e diagnóstico do alfabetizador sobre a
maturidade e a realidade de sua turma. Uma dica seria escrever no quadro, utilizando os dois
formatos, para que a criança escolha o tipo de letra que apresenta mais facilidade e seguran-
ça para ela.
A primeira informação que a criança precisa ter logo ao iniciar a alfabetização é o que repre-
sentam aqueles “risquinhos” pretos em uma página branca. Esse conhecimento não é tão
simples quanto parece a quem já o incorporou há muitos anos ao seu saber. Observe que,
para entender que os risquinhos pretos no papel representam os sons da fala, é necessário
compreender o que é um símbolo.
“A idéia de símbolo é bastante complicada. Uma coisa é o símbolo de outra sem que nenhuma
característica sua seja semelhante a qualquer característica da coisa simbolizada..”
6
LEMLE, Miriam. Guia Teórico do Alfabetizador. São Paulo:Ática, 1988.
PRÁTICA PEDAGÓGICA: REFLEXÕES E PROCEDIMENTOS -
CONTINUAÇÃO
Trazer para escola exemplos de símbolos: escudos de times de futebol, bandeiras de clubes
e de países, sinais de trânsito, apitos convencionais de guardas de trânsito, gestos conven-
cionais, gestos da língua de sinais (LIBRA – Linguagem Brasileira de Sinais) manuais dos
surdos-mudos, símbolos religiosos, emblemas, amuletos e outros.
Uma criança que não consegue compreender o que seja uma relação simbólica entre dois
objetos não conseguirá aprender a ler.
Para quem não foi alfabetizado as letras são “risquinhos” pretos em uma
página branca, o aluno precisa ser capaz de entender que cada um daqueles
“risquinhos” vale como símbolo de um som da fala. Assim sendo, o aluno deve
poder discriminar as formas das letras. As letras do nosso alfabeto têm formas
bastante semelhantes, e por isso a capacidade de distingui-las exige refina-
mento na percepção. B D / P B/ P Q/ M N/ V A..
• Exercícios com desenho de pequenas formas: círculos, traços, cruzes, quadrados, ân-
gulos, curvas, espirais, composições com várias unidades de formas diferentes.
É preciso cultivar a boa técnica da escrita com o trabalho de registro apresentando a forma
de redigir para criança. No caso da redação (produção escrita) e do desenho das letras, um
recurso indicado é a prática de cartas, bilhetes e cartazes para que outras pessoas possam e
consigam ler a mensagem do aluno.
• Criar listas de palavras que começam com o mesmo som, de palavras que rimam (ri-
mas perfeitas, rimas imperfeitas).
• Trabalho com canções que apresentem repetições de sílabas. Tomar uma mesma me -
lodia e cantá-la trocando sílabas. Exemplo: “O sapo não lava o pé, não lava porque não
quer, ele mora na lagoa, não lava o pé porque não quer”. “A sapa nãa lava a pá, naa
lava parca naa cá, ala mara na lagaa naa lava a pá parca naa cá.... e... i...o.... u.....”
• Imitar sotaques.
• Dizer nomes dos objetos que estão à vista. Aprender palavras novas: partes do corpo,
termos de parentesco, acidentes geográficos, profissões, nomes de bichos, plantas,
frutas, sentimentos, atividades, comidas, instrumentos, invenções e outras.
• Contar palavras:
Outro saber que precisa ser estabelecido logo no início do trabalho de alfabetização é a com-
preensão da organização espacial da página em nosso sistema de escrita. A ordem significati -
va das letras é da esquerda para a direita na linha, e a ordem significativa das linhas é de cima
para baixo, na página. Isso precisa ser ensinado, pois desta compreensão decorre uma ma-
neira muito particular de efetuar os movimentos dos olhos na leitura. A maneira de olhar uma
página de texto escrito é muito diferente da maneira de olhar uma figura ou uma fotografia.
• Brincar de ler.
Outros tipos de leitura virão enriquecer esta prática: leitura de revistas em quadrinhos com-
parando-as aos mangás (revistas em quadrinhos japonesa), livros de histórias, enciclopédias,
leitura de tela utilizando a barra de rolagem entre outros. É fundamental ressaltar as formas di-
ferenciadas, pois por meio da comparação é possível entender os mecanismos de leitura
e as várias formas de ler.
PRÁTICA PEDAGÓGICA E O USO DO QUADRO DE GIZ
O quadro de giz pode ser um bom suporte para a organização da rotina e ao mesmo tempo
aquisição do sistema de escrita (leitura e escrita). A organização da rotina diária pode ser
redigida no quadro tanto pela professora quanto por algum aluno, o modo de redação dessa
rotina precisa ser objetivo e fazer sentido para o aluno, por isto é fundamental que as crianças
saibam sobre a proposta e não precisam copiá-las, e sim acompanhá-la (marcando com um
x ou estrela o que já foi concluído).
O contato com este tipo de redação (lista com os nomes das atividades ou disciplinas) e seu
conceito possibilitará a construção de uma referência e organização do material e ritmo de
trabalho dos alunos e maior autonomia a turma.
O alfabetizador deverá escrever no quadro tudo que considerar importante para a apropriação
da leitura e da escrita de seus alunos, desde a rotina com as listas das atividades do dia até
a lista de ajudantes e de aniversariantes do dia, a data (dia da semana e mês) e outros textos
e atividades diárias. O capricho e organização indicados aos alunos devem ser demonstrados
no uso do quadro, fazendo traços e por que não, até mesmo colorindo ou desenhando algo
significativo nos registros e atividades do quadro.
A atitude de redação da rotina requer discussão com a turma, disciplina para cumprimento da
proposta indicada e ao mesmo tempo a seqüência contínua e gradativa para o alcance dos
objetivos estabelecidos pelo alfabetizador e turma.
Nesse primeiro bimestre, o Guia do 2º ano apresenta uma proposta de DICIONÁRIO DE IN-
VENÇÕES que trabalha com todas as letras do alfabeto. É importante o trabalho com dicio-
nários infantis ou tradicionais. As crianças devem manipular esses suportes, compará-los e
principalmente aprender a consultá-los.
A consulta exige uma técnica simples mas, que ao mesmo tempo, as crianças saibam a organi-
zação das letras do alfabeto e a ordenação das letras nas palavras consultadas ( quer seja a
primeira, a segunda, a terceira ou até mesmo a quarta letra que se apresenta na palavra). Os
procedimentos de consulta devem ser informados e trabalhados de forma sistematizada.
Além do trabalho com os dicionários disponíveis na escola e na sala de aula, o Guia propõe
que a turma organize um dicionário com palavras que possam ampliar o vocabulário e ordene
as palavras indicadas. O dicionário poderá ser temático e organizar o projeto de pesquisa da
turma (os temas já foram indicados, mas podem ser modificados de acordo com a interlocução
e o interesse das crianças).
Propõe-se que se desenvolva essa atividade com a letra selecionada durante uma semana. O
Dicionário de Invenções encontra-se na seção ATIVIDADES. Acesse esse material, modifique-
o, personalize-o de acordo com a realidade da sua turma. Apresentamos nomes de animais
de A até Z como dicas para o trabalho com o alfabeto e a produção de um livro com as carac -
terísticas dos animais e organização alfabética dos mesmos.
PROGRAMA DE I NTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
A BOLA É NORMALMENTE
O AVIÃO É O MEIO DE
ESFÉRICA, MAS PODE TER
TRANSPORTE MAIS RÁPIDO
OUTRAS FORMAS. PODE SER
DO MUNDO. ELE VOA
OCA, CHEIA DE AR, COMO A
GRANDES DISTÂNCIAS
BOLA DE FUTEBOL, OU
LEVANDO PESSOAS E
SÓLIDA COMO A BOLA DE
CARGAS DE UM LUGAR PARA
BILHAR E OU DE BOLICHE.
O OUTRO.
EXISTEM VÁRIOS
ALBERTO SANTOS
ESPORTES OU JOGOS QUE
DUMONT, O INVENTOR DO
USAM BOLAS. A BOLA PODE
AVIÃO 14 BIS, FICOU
SER ARREMESSADA,
CONHECIDO NA MAIOR
CHUTADA OU LANÇADA
PARTE DO MUNDO COMO
COM O AUXÍLIO DE
PAI DA AVIAÇÃO
INSTRUMENTOS.
ORIGEM NO LATIM
DVD SIGNIFICA “DISCO
“COMPUTARE”, QUE
DIGITAL VERSÁTIL”.
SIGNIFICA CONTAR OU
O FOGUETE É UMA
ATRAVÉS DA EXPLOSÃO DO
A GARRAFA É UM
RECIPIENTE COM O
“VOLTE AQUI”.
É CONSTITUÍDO DE DOIS
Jornal
DISCOS, UNIDOS NO CENTRO
Ioiô JORNAL É UM MEIO DE
POR UM PEQUENO CILINDRO COMUNICAÇÃO IMPRESSA
NO QUAL PRENDE-SE UM QUE SERVE PARA:
CORDÃO. NOTIFICAR, INFORMAR,
PUBLICAR E DIVULGAR
DEIXANDO-SE CAIR O IOIÔ,
ACONTECIMENTOS E
DE CERTO MODO ELE SOBE
FATOS RELACIONADOS À
COM O IMPULSO, E DEVERÁ
SOCIEDADE.
OUTRA VEZ CAIR E SUBIR,
TERMINE O IMPULSO
INICIAL.
ALFA BETIZAÇÃO NO TEMPO CERTO
PROGRAMA DE I NTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
O T R A N S P O R T E
COLETIVO. É UTILIZADO
Neon ELEMENTO QUÍMICO, GÁS
ÔNIBUS NO BRASIL
ATENDER AS MASSAS.
PARA
A N Ú N C I O S SÉCULO XIX.
QUALQUER JEITO, A UM
CAMINHO.
ALFA BETIZAÇÃO NO TEMPO CERTO
PROGRAMA DE I NTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
EQUILIBRAR.
Pneu Quadrado
O QUADRADO NÃO É
DESENHAR.
VAMOS LÁ?
INVENTADO NO INÍCIO DO
PERMITE ESTENDER A
V X Y Z ...
CAPACIDADE DOS OLHOS
HUMANOS DE OBJETOS
VOTE EM UMA LETRA.
L O N G Í N Q U O S .
E S C R E V A U M A
I N I C I A L M E N T E
INVENÇÃO.
DESENVOLVIDO PARA A
ESTRELAS NO ESPAÇO.
Chegamos ao final do primeiro bimestre e agora você já tem o mapa de sua sala, conhece um
pouco mais seus alunos, já traçou um perfil inicial da turma e estabeleceu paulatinamente o seu
jeito de trabalhar. Sugerimos uma reflexão sobre a relação entre as atividades e práticas e a
correção das atividades tanto nos cadernos, nas folhas avulsas ou livros didáticos.
Gostaríamos que você fizesse uma viagem no tempo e recordasse do seu tempo de
escolarização. Como eram feitas as correções das atividades? Eu não estava presente nesse
momento, mas tenho certeza que algumas delas lhes trazem boas lembranças e outras, não. São
esses sentimentos que quero que você resgate para nossa discussão nesse momento.
Quais comportamentos pedagógicos seus professores tiveram que tanto lhe agradaram e que
ficaram para sempre em sua memória? Talvez uma expressão diferente no olhar ou um jeito
carinhoso e educado de dizer que sua atividade não havia sido realizada do modo correto, mas
que não precisa se preocupar, pois com esforço, você conseguiria superar mais esse obstáculo.
E como foram muitos os obstáculos. Mesmo assim, você não desistiu, seguiu em frente, se
formou ou graduou. Seus alunos talvez estejam precisando desse empurrãozinho, desse ânimo e
incentivo que tanto lhe auxiliaram nos estudos.
Todo o relato acima foi para mostrar, resgatar a importância e zelo que devemos ter na correção
das atividades e cadernos dos alunos. Todos gostam de receber um retorno sobre o que produz
(redação, pesquisa, apresentação oral ou leitura). Quando fazemos algo para alguém, ficamos
ansiosos para saber se atendemos ou não as suas expectativas. Na escola não é diferente. Os
alunos ficam ansiosos para saber como está seu aprendizado. Nesse momento, o professor tem
um papel crucial, pois a partir desses recados deixados no caderno e nas atividades, os alunos se
sentirão motivados ou desmotivados para realizar a próxima atividade.
É incomensurável a alegria que sentimos quando nosso professor escreve em nosso caderno
palavras gentis que explicitam nosso sucesso na atividade. Por outro lado, também são
importantes aquelas que não nos elogiam, mas nos dão força para persistir e seguir em frente ou
nos dão orientações de como melhorar. Nem sempre acertamos. E desde cedo aprendemos essa
lição e a levamos por toda a vida. Contudo, quando amadurecemos, às vezes, perdemos a
sensibilidade de ver as necessidades do outro para percebermos somente as nossas. E nesse
momento, não damos aos alunos a atenção que eles merecem.
ORIENTAÇÕES PARA CORREÇÃO DAS ATIVIDADES E CADERNOS
CONTINUAÇÃO
Informar aos alunos como procederam nas atividades realizadas é tão importante quanto a
atenção, o cuidado e o zelo dedicados na sua preparação. A análise das atividades possibilita
um acompanhamento da aprendizagem dos alunos. Ter ciência desse aprendizado é
fundamental para o planejamento das próximas aulas.
Sugerimos que você escreva sobre o fato e não sobre a pessoa, o incentivo não deve ser um
juízo de valor. Ele deve ser descritivo e apresentar o fato de forma a avançar ou refazer a ação
pedagógica.
Seguem algumas dicas, nos próximos balões, que podem ser copiadas e utilizadas nas
atividades, podem ser personalizadas ou até mesmo modificadas de acordo com a
necessidade da turma.
- Sei que você é capaz de caprichar mais. Onde está aquele colorido?
- Reveja a forma de escrever, sei que você poderá escrever de forma mais nítida.
- Sua leitura precisa ser mais ritmada.. ou sua leitura precisa ser mais pausada....
- Converse com os colegas sobre o seu comportamento. Ter amigos é muito bom.
ALFABETIZADOR,
Converse sobre:
- quem receberá o convite?
- qual será o evento?
- onde acontecerá o evento?
- quando? (data e horário)
- quem assinará o convite?
ATIVIDADE JOGRAL - CONTINUAÇÃO
FEBRE ALTA
DOR DE CABEÇA
DORES MUSCULARES
FRAQUEZA
FALTA DE APETITE
ENJÔOS
PEQUENOS SANGRAMENTOS
ATIVIDADE JOGRAL - CONTINUAÇÃO 2
AONDE O BATMAN FOI COM SEU BAT SAPATO SOCIAL E SEU BAT-
BLAZER?
R: FOI A UM BAT-ZADO!
R: A TOALHA.
R: O SONO.
HARRY POTTER
R: É O SIRIUS BLACK.
R: CHÁ “MARTE”.
R: O ACENTO AGUDO.
ATIVIDADE
RECORTE OS QUADRINHOS.
A _______
B _______
C _______
D _______
E _______
ALFABETIZADOR, CONTINUE ESTA ATIVIDADE ATÉ A ÚLTIMA LETRA DO
ALFABETO – ANIM AIS DE A a Z...
PAI/MÃE____________________________________________________________
AVÓ/AVÔ___________________________________________________________
TIO/TIA____________________________________________________________
ATIVIDADE
ALFABETO
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
______________________________________________________________
1- UM DADO
2- MARCADORES COLORIDOS
3- O TABULEIRO ANEXO
REGRAS
• SE VOCÊ NÃO TIVER NENHUM MARCADOR, PEGUE UMA CAIXA DE
FÓSFOROS VAZIA, COLE UM PAPEL BRANCO E ESCREVA O SEU NOME OU
FAÇA UM DESENHO. ESSE SERÁ SEU MARCADOR NOS DEMAIS JOGOS.
• CADA JOGADOR DEVERÁ JOGAR O DADO UMA VEZ. AQUELE QUE TIRAR O
NÚMERO MAIOR SERÁ O PRIMEIRO A JOGAR.
A L B E R T O S A N T O S D U M O N T,
O I N V E N T O R D O AV I Ã O 1 4 B I S ,
FICOU CONHECIDO NA MAIOR
P A R T E D O M UN D O C O M O
P A I D A A V I A ÇÃ O .
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
___________________________________ __________________________
ATIVIDADE
REGISTRE O NUMERAL.
O que é o que é?
O QUE É? ______________
1__________________2______________
3__________________4______________
5__________________6______________
7_________________ 8______________
9_________________10______________
11________________12______________
Atividade
NEON
PALAVRAS QUE COMECEM COM
A LETRA N
QUADRADO
PALAVRAS QUE COMECEM COM
A LETRA Q
DVD
PALAVRAS QUE COMECEM COM
D
XÍCARA
PALAVRAS QUE COMECEM COM
X
A- DE- DA- NHA!
LATA
TELESCÓPIO
ÔNIBUS
ZARABATANA
VELA
Atividade
SUBMARINO
WIKIPEDIA
Atividade
Letra Cursiva
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
TRAGA EMBALAGENS VAZIAS E LIMPAS.
TROCAR OU COMPRAR?
REGINA SHUDO
VAMOS COMBIN A R ?
As crianças, na atualidade, lidam com as novas tecnologias em vários contextos em seu dia
a dia, vídeo game, roleta de ônibus que utilizam cartão magnético, lan house com
computadores, jogos e Internet. O aumento no convívio e utilização dessas tecnologias exige
das crianças comportamentos e raciocínios específicos. Por isso, alguns estudiosos alertam
para o surgimento de um novo modelo de letramento, o Letramento Digital. Ser letrado digital
signifca estar preparado e ser capaz de se adaptar às mudanças nos modos de ler e escrever
os códigos verbais e não-verbais como sinais, desenhos e imagens; compreender o novo su-
porte que é a tela digital, a leitura de links e hipertextos. Segundo os pesquisadores, é muito
importante que nossos alunos desenvolvam e dominem informações e habilidades mentais
que os capacitem para viverem como verdadeiros cidadãos neste século cada vez mais in-
fluenciado por máquinas eletrônicas e digitais. Assim, a escola é a instituição privilegiada para
apresentar e trabalhar sistematicamente com as crianças o desenvolvimento dessas novas
habilidades.
Os sites indicados deverão ser acessados pelo alfabetizador ou pelos alunos com um
propósito pedagógico.
Os sites devem ser lidos anteriormente pelo alfabetizador e a indicação de trabalho precisa
ser mediada e indicada às crianças com o objetivo de desenvolver algum assunto específico
de sala de aula.
• www.recreioonlinde.com.br
Apresenta a Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Aborda ainda o ciclo da água, origem
da vida, fotossíntese, animais em extinção, efeito estufa, entre outros.
• www.canaldids.com.br
• www.turmadamonica.com.br
• www.cambito.com.br/jogos
Apresenta Cambito, o mascote do site. Ele acompanha o usuário por uma Vila,
apontando diversos portadores e suportes, tais como jornal do poste, adivinhações,
palavras secretas, e outros.
• SILVA , Maria Betty Coelho. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1986.
• ÁLVARES, Juan M. Avaliar para conhecer,examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed,
2002. (Coleção Inovação Pedagógica)
• ESTEBAN, Maria Teresa (Org). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos.
Rio de Janeiro: DP & A, 2000.
• SMOLA, Ana Luiza B. A criança na fase da escrita: a alfabetização como processo dis -
cursivo. 2 ed., São Paulo: Cortez/Campinas: Editora Unicamp, 1989.
• CHIAPPINI, Ligia (Org). Aprender e ensinar com textos. São Paulo: Córtex, 1997.
• MORAIS, Artur Gomes de. Ortografa: ensinar e aprender. São Paulo: Editora Ática,
1998.
O objetivo deste GUIA é constituir-se em apoio para o seu trabalho diário. Ele tem o pro -
pósito de ajudá-lo a sistematizar, organizar, ou seja, propor uma rotina de sala de aula para
que você obtenha êxito no processo de alfabetização e letramento de seus alunos. Queremos
que você nos ajude a melhorá-lo.
_________________________________________________________________________
Aponte,
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resumidamente,
_________________________________________________________________________
as difculdades
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encontradas.
_________________________________________________________________________
Apresente
_________________________________________________________________________
sugestões que
_________________________________________________________________________
possam contribuir
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para melhoria do
_________________________________________________________________________
Guia
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_________________________________________________________________________
Outros
_________________________________________________________________________
comentários
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS
• ALMEIDA, Theodora Maria Mendes de. Quem canta seus males espanta (VOL 1). São Paulo: Editora
Caramelo, 2000.
• BAJARD, Elie. Ler e Dizer – compreensão e comunicação do texto escrito. São Paulo: Cortez, 1994.
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letramento. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
• BUORO, Anamélia Bueno. Olhos que pintam – a leitura da imagem e o ensino da arte. São Paulo: EDUC
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• FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1994.
• FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não – Cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olhos D água,
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• KATO, Mary Aizawa(org.). A concepção da escrita pela criança. Campinas, São Paulo: Pontes, 1988.
• KAUFMAN, Ana Maria e RODRIGUES, Maria Elena. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1995.
• KLEIMAN, Ângela. Ofcina de leitura – teoria & prática. Campinas, São Paulo: Editora da Universidade
Estadual de Campinas, 1995.
• MORAIS, Artur Gomes de. A ortografa: ensinar e aprender. São Paulo. Editora Ática,
1998.
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• RAMAL, Andréa Cecília. Linguagem oral: usos e formas – uma abordagem a partir da
educação de jovens e adultos, p. 8 a 27. Brasília: Boletim do MEC/TVE, 1998.
• RIBEIRO, Lourdes Eustáquio Pinto. Para casa ou para a sala? (V.1) p. 53 e 69. São
Paulo: Editora Didática Paulista, 1999.
• SÃO PAULO. Secretaria de Educação. Projeto Toda Força ao 1º ano: Guia para o pla-
nejamento do professor alfabetizador – orientações para o planejamento e avaliação
do trabalho com o 1º ano do Ensino Fundamental. São Paulo: SME/DOT, 2006.
• SOUZA, Ari José. Estratégias de Leitura no Curso de Letras: Um estudo com Forman-
dos. Maringá: Paraná, 2003.
SITES CONSULTADOS: