As causas mais comuns das exacerbações da DPOC são as infecções traqueobrônquicas virais
ou bacterianas (50-70%) e a poluição ambiental. O paciente com DPOC pode ainda
apresentar piora clínica em função de outras doenças, pulmonares ou não, tais como: (ATÉ 1/3
SEM ETIOLOGIA!!!)
Pneumonia;
Pneumotórax;
Trombo embolia pulmonar o diag costuma ser + difícil no pcte com DPOC. Deve ser
lembrada nas exacerbações mais graves, nos pacientes que não respondem bem ao
tratamento da exacerbação da DPOC e quando há outros fatores de risco para o evento
embólico. NA INVESTIGACAO COMPLEMENTAR, OPTAR PELA ANGIOTOMOGRAFIA.
Depressão respiratória por fármacos;
Insuficiência cardíaca;
Síndromes coronarianas agudas;
Arritmias;
Colapso vertebral (osteoporose);
Miopatia;
Ansiedade e pânico
Haemophilus influenzae
20-30%
Streptococcus pneumoniae
10-15%
Moraxella catarrhalis
10-15%
Pseudomonas aeruginosa
5-10%
Chlamydophila pneumoniae
3-5%
Mycoplasma pneumoniae
1-2%
Rhinovirus 20-25%
Parainfluenza 5-10%
Influenza 5-10%
Sincicial respiratório 5-10%
Coronavirus 5-10%
Adenovirus 3-5%
-a caracterização da etiologia ainda é alvo de controvérsias, visto que muitos desses pacientes são
persistentemente colonizados A pesquisa microbiológica do escarro não deve ser feita
rotineiramente na exacerbação da DPOC. Por outro lado, o GOLD afirma que uma situação de
exceção seria um paciente com forte suspeita de infecção bacteriana, porém que não responde ao
esquema antimicrobiano inicial.
-a aquisição de uma nova cepa bacteriana, com virulência superior às defesas do hospedeiro,
intensifica o quadro inflamatório local e determina a intensificação dos sintomas.
a co-infecção de vírus e bactérias pode ser encontrada em até 25% das exacerbações
associa-se com maior comprometimento funcional pulmonar e maior tempo de hospitalização. Em
relação aos vírus, uma das características das exacerbações provocadas por eles é a presença de
eosinofilia no escarro (embora este exame não faça parte da avaliação habitual nessas situações).
-São considerados fatores de risco para exacerbação por Pseudomonas aeruginosa:
VEF1<50%;
Uso frequente de antimicrobiano (>4 cursos/ano);
Hospitalização recente (> 2dias nos últimos 90 dias);
Isolamento de P aeruginosa em exacerbação prévia;
Bronquiectasias.
1. Quadro Clinico
Caracteristicamente, o paciente com exacerbação da DPOC apresenta piora aguda dos seus
sintomas habituais. Ocorre aumento da dispneia ou sua instalação naqueles que habitualmente
não têm falta de ar, aumento da tosse e da expectoração. A purulência do escarro, na prática, é
usada como marcador de infecção bacteriana e de necessidade de antibiótico. Os sintomas
sistêmicos são discretos ou ausentes. Apesar da maioria das exacerbações
apresentarem etiologia infecciosa, a presença de febre não é comum.
2. CLASSIFICACAO
Utilizando-se dos sintomas mais frequentes dos pacientes com DPOC, as exacerbações são
classificadas em três tipos, numerados de 1 a 3
3. AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE
2 PONTOS PRINCIPAIS:
1. a intensidade do quadro atual;
Taquipneia
Uso da musculatura
Intensidade da dispneia, rapidez de sua acessória
instalação Movimentos paradoxais
Intensidade da limitação ao fluxo aéreo já da parede torácica
existente (VEF1 basal) Piora ou surgimento de
Número de episódios anteriores cianose central
(exacerbações/internações) Aparecimento de edema
Tratamento atual periférico
Presença de hipoxemia e/ou retenção de Instabilidade
gás carbônico crônicas hemodinâmica ou
Co-morbidades arritmias
Necessidade prévia de ventilação mecânica Sinais de falência
ventricular direita
Alteração da consciência
*EXAMES COMPLEMENTARES:
Oximetria de pulso: deve ser realizada em todos os pacientes, sendo hoje praticamente
considerada um sinal vital;
Gasometria arterial: indicada para pacientes com critérios clínicos de gravidade (pergunta
anterior) ou quando a oximetria mostra dessaturação. Nos pacientes sabidamente
hipoxêmicos crônicos, a gasometria será realizada se a dessaturação à oximetria for maior
do que a habitualmente presente;
Radiografia de tórax: indicada nas exacerbações graves ou quando há dúvidas
diagnósticas, para diagnóstico diferencial com outras doenças pulmonares ou cardíacas;
Eletrocardiograma: para diagnóstico diferencial de doenças cardíacas ou quando estas se
apresentam como co-morbidades;
Hemograma e bioquímica: nas formas graves.
4. TRATAMENTO
OBJETIVOS
*COMPONENTES:
Oxigenoterapia, quando necessário mantendo a SpO2 entre 88% e 92%. Pelo risco
potencial de hipercapnia e acidose respiratória, uma gasometria arterial deve ser colhida
após 20-30 minutos do início da oxigenoterapia
Tratamento medicamentoso:
o Broncodilatadores PRINCIPAIS: BAAC E BROMETO DE IPRATÓPRIO – VIA
In. De um modo geral a associação dos dois é a opção preferida
o Corticoide sistêmico Eles diminuem o tempo de recuperação, melhoram a
função pulmonar (VEF1) e a hipoxemia (PaO2) mais rapidamente e podem reduzir
o risco de recaída precoce, falha no tratamento e duração de internação.
o Antibióticos, quando necessário O aspecto que melhor se correlaciona com a
necessidade É O ESCARRO PURULENTO. Frente a essa observação, o GOLD
recomenda que os antimicrobianos devam ser utilizados nas exacerbações com as
seguintes características: Aumento da dispneia, do volume do escarro e
purulência do escarro (evidência B); Aumento da purulência do escarro,
acompanhado de aumento da dispneia ou do volume do escarro (evidência C);
Exacerbação grave com necessidade de ventilação mecânica invasiva ou não-
invasiva (evidência B)
O papel das metilxantinas no tratamento das exacerbações da DPOC continua controverso, não
havendo evidências científicas capazes de recomendar o uso rotineiro das mesmas, EMBORA
AINDA SEJA UMA PRATICA FREQ! Da mesma forma, não há estudos clínicos que tenham
avaliado o uso de broncodilatador inalado de longa-duração (beta-2 agonistas ou
******O GOLD aborda
anticolinérgicos), comdaouseguinte forma a utilização
sem corticoides das xantinas
inalados, durante na exacerbação
a exacerbação da DPOC:
de DPOC.
"metilxantinas (teofilina ou aminofilina) são atualmente consideradas terapia intravenosa de
segunda linha, usadas quando a resposta a broncodilatadores de curta-duração é insuficiente. Os
efeitos adversos das metilxantinas são significativos e os benefícios em termos de função
pulmonar e desfechos clínicos são modestos e inconsistentes".
OBS: NÃO se faz NBZ com ABD, irrita vias aéreas podendo causar broncoespasmo
OBS 2: 1mg Prednisona equivale a 5mg de Hidrocortisona Se mantiver corticoide por mais
de14dias, necessário fazer desmame
O2 X DPOC