da Produção
Material Teórico
Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Controle de Qualidade e Novas
Abordagens Produtivas
• Qualidade
• Custos da Qualidade
• Indicadores de Qualidade
• Novas Abordagens Produtivas
• Tecnologia de Processo
• Robótica
• Melhoria Contínua
• Produção mais Limpa (P+L)
• Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS)
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar o conceito de Qualidade e como ela pode ser controlada no
processo produtivo, inclusive com a aplicação de novas abordagens
produtivas às tecnologias emergentes.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas
Qualidade
Desde o início do século XX, a preocupação com a qualidade tomou maior
importância nas Empresas à medida que a produção passou de uma forma artesanal
para industrial. Desde Ford, passando pelo sistema Toyota de produção, Crosby e
Deming (1990), Juran (1992) e Ishikawa (1993), a qualidade é tratada como fator
essencial para a eficiência da Empresa e possui diversas interpretações do que é
efetivamente definido como Qualidade.
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Você Sabia? Importante!
A subjetividade é definida pelo dicionário Aurélio como aquilo que é subjetivo, ou seja,
relativo ao sujeito ou nele existente.
Vamos exercer a subjetividade da qualidade? Pense em algum produto ou serviço que você
Explor
considera como de altíssima qualidade. Agora pense em alguém que você conheça ou
procure na Internet uma crítica ou reclamação referente a esse mesmo produto ou serviço.
Certamente, você encontrará consumidores insatisfeitos ou que possam sugerir alterações
àquilo que você considera bom ou ótimo.
Qualidade em Produtos
Segundo Martins e Laugeni (2015), a qualidade em produtos pode ser dividida
em oito dimensões:
1. Desempenho – Resultado esperado para o desempenho de um produto a
partir das suas características operacionais. Por exemplo, um relógio deve
marcar a hora; um aparelho de televisão deve possuir definições mínimas
de som e imagem;
2. Características secundárias – Itens complementares de personalização,
sem os quais a função de desempenho continua acontecendo, mas que
podem trazer maior satisfação ao usuário, facilitando seu uso, proporcionando
maior comodidade ou economia de tempo. Um timer facilita o uso do forno
e o controle remoto auxilia o uso da televisão; contudo, ambos funcionam
sem essas funções ou aparelhos auxiliares;
3. Confiabilidade – Probabilidade de um produto não apresentar uma
disfunção ou uma falha em determinado período de tempo. Geralmente, é
definida pelo fabricante e pode ser um diferencial competitivo;
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Qualidade em Serviços
Assim como nas dimensões de qualidade de produtos, existem também
dimensões da qualidade em serviços; contudo, a subjetividade é percebida muito
mais rapidamente em serviços, vez que o feedback do consumidor é imediato à
prestação. Da mesma forma, a subjetividade em serviços toma grandes proporções
e afeta de forma profunda a percepção, tanto do lado do tomador, quanto do lado
do prestador.
A palavra em inglês Gap significa lacuna, vão ou brecha. É utilizada em serviços para
indicar possíveis divergências existentes dentro da Empresa e entre Empresa e cliente, e
que possam resultar na má qualidade do serviço.
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Acesse o link e saiba mais sobre os 5 Gaps, inclusive com um diagrama ilustrando como cada
Explor
Você conhece o website Reclame Aqui? Ele foi criado em 2001, com o intuito de reunir
Explor
Custos da Qualidade
Podemos entender, portanto, que manter e controlar a qualidade é muito
importante para a Empresa e, consequentemente, para seu faturamento. Contudo,
para manter a sua qualidade, a Empresa deve estar preparada para lidar com seus
custos, que são classificados em quatro grupos:
1. Custos de Prevenção: quaisquer gastos provenientes de ações preventivas
que visem a manter em níveis mínimos os custos de falhas e avaliação. Podem
estar relacionados a novos produtos, processos produtivos, manutenções,
treinamento, avaliação de fornecedor e quaisquer processos que sejam
feitos antes que defeitos sejam encontrados na operação;
2. Custos de Avaliação: relacionados a atividades para avaliar a qualidade ao
longo do processo, realizando medições, inspeções, avaliação e auditorias
de forma a garantir o atendimento dos requisitos especificados;
3. Custos de Falhas Internas: custos resultantes de falhas, defeitos ou falta
de conformidade com especificações, antes da entrega do produto ou
serviço ao consumidor final. Podem envolver refugos, reparos, perda de
rendimento e retrabalhos;
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CUSTO TOTAL
DA QUALIDADE
Custo de falha
Custo de prevenção
+ avaliação
Qualidade
Ruim Ótima
Indicadores de Qualidade
Existem inúmeras formas de controlar a qualidade na Empresa. Programas
como CEP (Controle Estatístico de Processo), TQM – Total Quality Management
(Gerenciamento da Qualidade Total), Just in Time (JIT) e as normas ISO representam
os principais programas relacionados à qualidade e utilizados pelas Empresas
atualmente. Veja os materiais complementares indicados para leitura que abordam
de forma clara cada um deles.
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• Folha de verificação ou Checklist: permite listar os problemas ocorridos e
quantificá-los. É a base para o Histograma, o Diagrama de Pareto e o Diagrama
de Ishikawa;
• Histograma: demonstra a porcentagem ou o número de ocorrências de
cada situação;
• Diagrama de Pareto: criado por Vilfredo Pareto, visa a identificar o número
de ocorrências de cada situação, colocando-as em ordem decrescente por
frequência ou valor;
• Diagrama de Ishikawa: também denominado de diagrama de causa-efeito ou
espinha de peixe, identifica como os fatores material, mão de obra, máquinas,
métodos de trabalho, medidas e outros influenciam a ocorrência de um
determinado problema.
Tecnologia de Processo
No mundo moderno, a Tecnologia se faz necessária na busca da eficiência e no
atendimento dos níveis de serviço.
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UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas
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Máquinas-Ferramentas de Controle Numérico (CNC – Comando
Numérico Computadorizado)
Segundo Slack; Chambers; Johnston (2002), as máquinas-ferramentas de
controle numérico, também conhecidas como CNC, representam o conjunto de
instruções codificadas e os computadores ligados à máquina, que tomaram o lugar
do operador, que anteriormente controlava a máquina manualmente.
Robótica
Os robôs podem ser utilizados na produção de três formas, segundo Slack;
Chambers; Johnston (2002):
• Robôs de manuseio: utilizados para efetuar a carga e a descarga de centros
de trabalho;
• Robôs de processo: seguram a peça nos mais variados tipos de operações de
trabalho, para que a produção seja realizada pelo operador;
• Robôs de montagem: usados para a montagem de peças, componentes e
produtos completos. Podem trabalhar em conjunto com os robôs de processo.
Variações desse arranjo incluem AGVs que têm seus próprios computadores ou
sistemas de guia a bordo. Temos os transportadores e até os transelevadores como
exemplo da movimentação de produtos dentro da fábrica.
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Melhoria Contínua
Independentemente da Tecnologia utilizada, a Empresa deve manter o seu foco
em produzir seus produtos e serviços com qualidade total, que pode ser medida e
acompanhada por testes e análises. Vamos conhecer três ferramentas de melhoria
contínua usualmente aplicadas à produção:
• Desdobramento da função qualidade (QFD – Quality Function Deploy-
ment): a qualidade, aspecto importante no projeto na avaliação de melhoria, é
apoiada por algumas ferramentas da melhora contínua, denominadas Kaizen.
A melhora contínua deve ser controlada por indicadores de desempenho, me-
didas criadas para avaliar se a condução do projeto está diretamente ligada e
relacionada aos objetivos do projeto;
• Engenharia de Valor (VE – Value Engineering): a Engenharia de Valor tem
como princípio gerar valor ao cliente e consumidor, sendo esse valor os benefí-
cios que eles entendem e reconhecem como um benefício ou diferencial. Seus
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objetivos são tentar reduzir o número de componentes, usar materiais mais
baratos e simplificar os processos.
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UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas
Acesse: https://goo.gl/hnNIm e conheça mais detalhes sobre a Política Nacional dos Re-
Explor
síduos Sólidos
Importante! Importante!
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Importante!
• A evolução das Tecnologias de Informações e Comunicações levaram a novas
Tecnologias de Processo. As Tecnologias de Processo são formadas pelas máquinas,
equipamentos e dispositivos que auxiliam no processo de transformação;
• Como exemplos de Tecnologias de Processo temos as Máquinas CNC, o uso da robótica,
os veículos guiados automaticamente, os AGVs, os sistemas FMS e a manufatura
integrada por computador, ou CIM;
• A melhoria contínua deve fazer parte da estratégia produtiva, independentemente
da Tecnologia utilizada. A Empresa pode efetuá-la por meio do desdobramento da
função qualidade e do Kaizen, com a aplicação da Engenharia de Valor e também da
Engenharia Simultânea;
• As ações de melhoria contínua devem ser acompanhadas com foco na redução e no
reaproveitamento máximo dos materiais, resultando em menos resíduos e tornando
a produção mais limpa.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Sistemas de produção: conceitos e práticas para projetos e gestão da produção enxuta
ANTUNES, J. (org.) Sistemas de produção: conceitos e práticas para projetos e
gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008;
Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade
NETO, A. S.; CAMPOS, Letícia M. F., Introdução à Gestão da Qualidade e
Produtividade. Curitiba: Intersaberes, 2016
Vídeos
AGV - Veículo Guiado Automaticamente da Spark (Automated Guided Vehicle)
https://youtu.be/0Zk9MrQrWkQ
Leitura
Aplicação das Ferramentas Lean
https://goo.gl/svJzJt
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Referências
GIANETTI, Biagio F.; ALMEIDA, Cecília M. V. B. Ecologia Industrial: conceitos,
ferramentas e aplicações. São Paulo: Edgard Blucher, 2006.
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