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Administração

da Produção
Material Teórico
Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Giovana Gavioli Ribeiro da Silva

Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Controle de Qualidade e Novas
Abordagens Produtivas

• Qualidade
• Custos da Qualidade
• Indicadores de Qualidade
• Novas Abordagens Produtivas
• Tecnologia de Processo
• Robótica
• Melhoria Contínua
• Produção mais Limpa (P+L)
• Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS)

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar o conceito de Qualidade e como ela pode ser controlada no
processo produtivo, inclusive com a aplicação de novas abordagens
produtivas às tecnologias emergentes.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas

Qualidade
Desde o início do século XX, a preocupação com a qualidade tomou maior
importância nas Empresas à medida que a produção passou de uma forma artesanal
para industrial. Desde Ford, passando pelo sistema Toyota de produção, Crosby e
Deming (1990), Juran (1992) e Ishikawa (1993), a qualidade é tratada como fator
essencial para a eficiência da Empresa e possui diversas interpretações do que é
efetivamente definido como Qualidade.

Johansson et al. (1995) caracterizam a Qualidade como parte integrante das


“medidas de valor”, ou seja, itens que compõem o que o consumidor final irá
entender como o benefício proporcionado pela Empresa em relação às demais
Empresas do mesmo Mercado.

Nesse caso, a Qualidade é definida como a habilidade da Empresa em:


1. Satisfazer as necessidades do cliente;
2. Adequar o produto ao uso;
3. Garantir a integridade do processo;
4. Proporcionar variações mínimas;
5. Eliminar os desperdícios;
6. Garantir a melhoria contínua.
A qualidade é ligada à modificação dos processos internos da Empresa,
na qual as Empresas mudam seus processos implantando técnicas e
princípios que melhoram a sua eficiência. Dessa forma, o trabalho flui
de forma mais suave, com um fluxo de produção constante e reduzindo,
assim, os estoques de produtos acabados e seus custos (JOHANSSON et
al., 1995, p.47).

Para outros autores como Slack; Chambers; Johnston (2002), um processo


pode ser considerado como possuidor de qualidade quando sua manufatura, seja
de produtos, seja de serviços, acontece sem erros, acelerando todo o processo.
Pelo contrário, erros produtivos, ou seja, processos sem qualidade, impactarão na
velocidade, tornando o fluxo não confiável.
“A confiabilidade no fornecimento entre os estágios do processo ficará
comprometida” (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002, p. 31).

O conceito de qualidade pode ser dividido em:


• Intrínseco: a qualidade existe objetiva e concretamente e pode ser avaliada e
mensurada mediante padrões e especificações;
• Extrínseco: qualidade que a pessoa subjetivamente percebe ou imagina.
Variável para cada pessoa.

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Você Sabia? Importante!

A subjetividade é definida pelo dicionário Aurélio como aquilo que é subjetivo, ou seja,
relativo ao sujeito ou nele existente.

A qualidade é complexa pois é considerada como algo interno ao consumidor,


seja de produtos, seja de serviços, por conta de sua subjetividade. O que eu considero
como qualidade é diferente do que aquilo que você considera como qualidade. Isso
acontece porque temos famílias e amigos diferentes ou estudamos em diferentes
escolas. Mesmo entre indivíduos da mesma família, existem definições diferentes
de qualidade, isto é, cada modo de vida afeta a percepção do consumidor.

Vamos exercer a subjetividade da qualidade? Pense em algum produto ou serviço que você
Explor

considera como de altíssima qualidade. Agora pense em alguém que você conheça ou
procure na Internet uma crítica ou reclamação referente a esse mesmo produto ou serviço.
Certamente, você encontrará consumidores insatisfeitos ou que possam sugerir alterações
àquilo que você considera bom ou ótimo.

Por conta da subjetividade, é muito importante que, antes de montar qualquer


estratégia produtiva, seja para produtos ou para serviços, a Empresa considere as
diferentes dimensões da qualidade.

Qualidade em Produtos
Segundo Martins e Laugeni (2015), a qualidade em produtos pode ser dividida
em oito dimensões:
1. Desempenho – Resultado esperado para o desempenho de um produto a
partir das suas características operacionais. Por exemplo, um relógio deve
marcar a hora; um aparelho de televisão deve possuir definições mínimas
de som e imagem;
2. Características secundárias – Itens complementares de personalização,
sem os quais a função de desempenho continua acontecendo, mas que
podem trazer maior satisfação ao usuário, facilitando seu uso, proporcionando
maior comodidade ou economia de tempo. Um timer facilita o uso do forno
e o controle remoto auxilia o uso da televisão; contudo, ambos funcionam
sem essas funções ou aparelhos auxiliares;
3. Confiabilidade – Probabilidade de um produto não apresentar uma
disfunção ou uma falha em determinado período de tempo. Geralmente, é
definida pelo fabricante e pode ser um diferencial competitivo;

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UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas

4. Conformidade – Grau de adequação aos padrões estabelecidos, conforme


a subjetividade dos consumidores finais. Costuma ser medida pela
quantidade de peças defeituosas ou fora de especificação que um processo
produtivo apresenta;
5. Durabilidade – Bastante associada à confiabilidade, a durabilidade pode ser
considerada a medida de tempo de vida de um produto, que pode ser medida
pela dimensão técnica (tempo de utilização de um produto até sua deterioração)
ou pela dimensão econômica (até que ponto custa menos manter um produto
em funcionamento do que substituí-lo por um produto novo);
6. Serviços agregados – Rapidez na qual um serviço é oferecido a um cliente
com competência, cortesia e pronto atendimento. Alguns exemplos são:
suporte de treinamento para uso do produto; informações completas sobre
as diversas características de desempenho e secundárias do produto; rapidez
e profissionalismo no conserto de eventuais defeitos, como a garantia e a
assistência técnica;
7. Estética – Conceitos subjetivos como design, aparência, som, gosto,
aroma etc.;
8. Qualidade percebida – Associação de determinado produto ao seu nome,
marca ou reputação da Empresa fabricante.

Qualidade em Serviços
Assim como nas dimensões de qualidade de produtos, existem também
dimensões da qualidade em serviços; contudo, a subjetividade é percebida muito
mais rapidamente em serviços, vez que o feedback do consumidor é imediato à
prestação. Da mesma forma, a subjetividade em serviços toma grandes proporções
e afeta de forma profunda a percepção, tanto do lado do tomador, quanto do lado
do prestador.

A ferramenta mais comum para se medir e controlar a qualidade em serviços é


o modelo dos 5 Gaps.

Você Sabia? Importante!

A palavra em inglês Gap significa lacuna, vão ou brecha. É utilizada em serviços para
indicar possíveis divergências existentes dentro da Empresa e entre Empresa e cliente, e
que possam resultar na má qualidade do serviço.

Os gaps são divididos em 4 grupos, todos levando ao gap 5.

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Acesse o link e saiba mais sobre os 5 Gaps, inclusive com um diagrama ilustrando como cada
Explor

um contribui para a divergência do Gap 5: https://goo.gl/PAzmXo.

Verificamos que a qualidade, tanto em produtos, quanto em serviços, é muito


importante, pois impacta diretamente na percepção do consumidor quanto ao que
a Empresa está oferecendo. Certamente, você não recomendaria um produto ou
um serviço que, para você, possuiu má qualidade.

Em serviços, sempre foi muito comum buscar recomendações e pessoas que já


tivessem realizado projetos com pedreiros, pintores, dentistas, advogados etc.

Com a evolução dos Sistemas de Informação e da disseminação pela Internet,


com uso de websites específicos e redes sociais, essa recomendação é praticamente
compartilhada em tempo real. É fácil consultar clientes satisfeitos ou insatisfeitos
antes de tomar a decisão de compra.

Você conhece o website Reclame Aqui? Ele foi criado em 2001, com o intuito de reunir
Explor

diversas reclamações de consumidores de quaisquer produtos ou serviços. Além dos


consumidores, as Empresas monitoram as reclamações recebidas e as respondem, por meio
do próprio website. Acesse e consulte: www.reclameaqui.com.br.

Custos da Qualidade
Podemos entender, portanto, que manter e controlar a qualidade é muito
importante para a Empresa e, consequentemente, para seu faturamento. Contudo,
para manter a sua qualidade, a Empresa deve estar preparada para lidar com seus
custos, que são classificados em quatro grupos:
1. Custos de Prevenção: quaisquer gastos provenientes de ações preventivas
que visem a manter em níveis mínimos os custos de falhas e avaliação. Podem
estar relacionados a novos produtos, processos produtivos, manutenções,
treinamento, avaliação de fornecedor e quaisquer processos que sejam
feitos antes que defeitos sejam encontrados na operação;
2. Custos de Avaliação: relacionados a atividades para avaliar a qualidade ao
longo do processo, realizando medições, inspeções, avaliação e auditorias
de forma a garantir o atendimento dos requisitos especificados;
3. Custos de Falhas Internas: custos resultantes de falhas, defeitos ou falta
de conformidade com especificações, antes da entrega do produto ou
serviço ao consumidor final. Podem envolver refugos, reparos, perda de
rendimento e retrabalhos;

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UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas

4. Custos de Falhas Externas: resultantes de falhas, defeitos ou falta de


conformidade com as especificações, após a entrega ao consumidor final.
Esse tipo de custo causa maior impacto pois, além de resultar em garantias,
devoluções, assistência técnica, descontos e substituições, pode ocasionar
processos de responsabilidade civil, recall e multas, impactando de forma
significativa a reputação da Empresa.

É importante ressaltar que os custos se relacionam de forma inversamente


proporcional, conforme a Figura 1.

Os custos de falhas internas, somadas às externas, somente diminuem quando


as atividades de prevenção e avaliação aumentam, assim como seus custos.

Região de Região de Operação Região de


Custos
melhoria perfeição

CUSTO TOTAL
DA QUALIDADE

Custo de falha

Custo de prevenção
+ avaliação
Qualidade
Ruim Ótima

Figura 1 – Custos da qualidade


Fonte: Martins; Laugeni, 2015

Indicadores de Qualidade
Existem inúmeras formas de controlar a qualidade na Empresa. Programas
como CEP (Controle Estatístico de Processo), TQM – Total Quality Management
(Gerenciamento da Qualidade Total), Just in Time (JIT) e as normas ISO representam
os principais programas relacionados à qualidade e utilizados pelas Empresas
atualmente. Veja os materiais complementares indicados para leitura que abordam
de forma clara cada um deles.

Fora esses programas específicos, outras ferramentas, criadas pelos principais


teóricos sobre o tema, podem ser utilizadas e facilitam o gerenciamento da qualidade
no dia a dia da Empresa.

Alguns exemplos são:


• Ciclo PDCA: criado por Deming, consiste em 4 etapas que buscam a solução
de um determinado problema, sendo elas: P – Plan (Planejar), D – Do (Fazer),
C – Check (Checar) e A – Act (Agir);

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• Folha de verificação ou Checklist: permite listar os problemas ocorridos e
quantificá-los. É a base para o Histograma, o Diagrama de Pareto e o Diagrama
de Ishikawa;
• Histograma: demonstra a porcentagem ou o número de ocorrências de
cada situação;
• Diagrama de Pareto: criado por Vilfredo Pareto, visa a identificar o número
de ocorrências de cada situação, colocando-as em ordem decrescente por
frequência ou valor;
• Diagrama de Ishikawa: também denominado de diagrama de causa-efeito ou
espinha de peixe, identifica como os fatores material, mão de obra, máquinas,
métodos de trabalho, medidas e outros influenciam a ocorrência de um
determinado problema.

Novas Abordagens Produtivas


A Era da Informação, também conhecida como a Terceira Revolução Industrial,
teve início na década de 1960, e se fortaleceu e consolidou em 1990, com a
crescente e expoente evolução dos computadores e dos Sistemas de Comunicação
e a Internet.

O conhecimento passa a ser o principal recurso produtivo e a velocidade torna as


mudanças mais profundas e imprevisíveis. A globalização traz novas possibilidades
de mercado, assim como de fornecimento, pautada na capacidade da Tecnologia
de Informação em unir e integrar o mundo.

Todos esses fatores levam as Empresas a buscar novas abordagens produtivas


e alterar a Tecnologia empregada nas atividades da produção. Vamos aprofundar
esses conceitos.

Tecnologia de Processo
No mundo moderno, a Tecnologia se faz necessária na busca da eficiência e no
atendimento dos níveis de serviço.

Segundo Slack; Chambers; Johnston (2002), as Tecnologias de Processos são


formadas pelas máquinas, equipamentos e dispositivos que ajudam a produção a
transformar materiais, informações e consumidores de forma a agregar valor e
atingir os objetivos estratégicos da produção.

Máquinas de fax, computadores, telefones móveis, ordenhadeiras mecânicas,


robôs, aparelhos de radiologia, colheitadeiras combinadas, aviões, retroprojetores,
scanners de reconhecimento de caracteres ópticos, máquinas-ferramentas e
máquinas de lavagem de carros são todos exemplos de tecnologia de processo.

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UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas

Todas as operações usam Tecnologias de Processos, mesmo as de trabalho mais


intensivo. Pode ser somente um telefone, mas ajuda a processar seus recursos
transformados e, fazendo isso, adiciona valor.

Tecnologia de Processo e de Produtos/Serviços


As diferenças entre Tecnologia de Processo e Tecnologia de Produtos/Serviços
estão relacionadas, porém são distintas. Enquanto a Tecnologia de Processo está
ligada à realização das atividades, isto é, tecnologias para produzir o bem, a Tecnologia
de Produtos e Serviços está relacionada ao avanço que a Tecnologia sofreu.

Segundo Slack; Chambers; Johnston (2002), mesmo que as Tecnologias de


Produtos/Serviços e de Processos possam ser sensivelmente separadas em uma
operação produtiva, elas nem sempre vão receber igual atenção.

Algumas vezes, desenvolver Tecnologia de Produtos/Serviços será visto como


mais importante do que desenvolver Tecnologia de Processo, e algumas vezes,
vice-versa. A evolução de Mercado é que indicará qual deles é mais importante.

Temos exemplo de Tecnologias de Produtos que sofreram alteração como a


vitrola ou o toca discos, que evoluiu para o walkman, posteriormente, para o
discman e, por fim, para o MP3.

Exemplos de Tecnologia de Processamento de Materiais


Desde os anos 1980, a maioria das operações produtivas tem visto um notável
aumento na taxa de inovação de suas Tecnologias de processamento.

Radicais mudanças em Tecnologias de Telecomunicações, como as “superave-


nidas de informação”, a “fábrica do futuro”, totalmente automatizada, os aviões
maiores e/ou mais rápidos, são somente algumas das Tecnologias de Processo que
possuem forte impacto sobre o gerenciamento de operações.

As Tecnologias fazem com que consigamos diminuir o custo de fabricação,


fazendo com que o produto possa ser utilizado por uma camada maior da população.

A Tecnologia de Processamento de materiais está ligada à capacidade tecnológica


que a Empresa tem de modificar o estado natural do produto. E a forma pela qual
metais, plásticos, tecidos e outros materiais são processados, geralmente, melhora
com o tempo.

Novas tecnologias conformadoras, formadoras, cortadoras, moldadoras e


ligadoras, usando ferramentas mais duras, eletroerosão e lasers impactaram muitas
indústrias. A busca por Tecnologia de Processamento de materiais pode gerar
minimização das perdas dos processos produtivos.

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Máquinas-Ferramentas de Controle Numérico (CNC – Comando
Numérico Computadorizado)
Segundo Slack; Chambers; Johnston (2002), as máquinas-ferramentas de
controle numérico, também conhecidas como CNC, representam o conjunto de
instruções codificadas e os computadores ligados à máquina, que tomaram o lugar
do operador, que anteriormente controlava a máquina manualmente.

Essa substituição dá mais acuidade, precisão e repetitividade ao processo. Pode


também dar mais produtividade, seja por meio da eliminação de possíveis erros de
operador, ou porque o controle por computador pode definir padrões ótimos de
corte, e até mesmo por causa da substituição de mão de obra habilidosa e cara.

A capacidade de geração de dados e relatórios faz com que esta tecnologia


contribua para a velocidade e para a eficiência nas tomadas de decisão operacional
e gerencial.

Robótica
Os robôs podem ser utilizados na produção de três formas, segundo Slack;
Chambers; Johnston (2002):
• Robôs de manuseio: utilizados para efetuar a carga e a descarga de centros
de trabalho;
• Robôs de processo: seguram a peça nos mais variados tipos de operações de
trabalho, para que a produção seja realizada pelo operador;
• Robôs de montagem: usados para a montagem de peças, componentes e
produtos completos. Podem trabalhar em conjunto com os robôs de processo.

A tecnologia robótica mais recente permite o feedback imediato do processo


produtivo utilizando controle de visão e de toque, ainda que limitados. Muitos
também são adaptados para o controle da qualidade nos processos produtivos,
comparando a produção com padrões ótimos previamente cadastrados.

Veículos Guiados automaticamente (AGVS – Automated Guided


Vehicles)
Segundo Slack; Chambers; Johnston (2002), os AGVs são pequenos veículos
autônomos que movem materiais de e para operações agregadoras de valor. São,
usualmente, guiados por cabos enterrados no chão da fábrica e recebem instruções
de um computador central.

Variações desse arranjo incluem AGVs que têm seus próprios computadores ou
sistemas de guia a bordo. Temos os transportadores e até os transelevadores como
exemplo da movimentação de produtos dentro da fábrica.

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UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas

Sistemas Flexíveis de Manufatura (FMS – Flexible


Manufacturing Systems)
Slack; Chambers; Johnston (2002, p. 246) definem o FMS como “uma configu-
ração controlada por computador de estações de trabalho semi-independentes, co-
nectadas por manuseio de materiais e carregamento de máquinas automatizados”.

O FMS permite que a integração das Tecnologias obtenha resultados melhores


que a soma das partes. O Sistema é capaz de fabricar componentes completos, do
começo ao fim, mantendo a flexibilidade do Sistema. É necessário destacar que o
FMS é mais adequado para produções de peças similares e de lotes pequenos.

Seus resultados, nas Empresas que o empregaram, são impressionantes. Slack;


Chambers; Johnston (2002) relatam Empresas que tiveram entre 60% e 70% na
redução do seu lead time ou melhoria de 50% a impressionantes 90% no seu
tempo de setup.

Manufatura Integrada por Computador (CIM – Computer


Integrated Manufacturing)
O CIM representa uma ampliação dos sistemas FMS a fim de incluir não
somente as atividades do processo de transformação, mas também atividades de
projeto e programação.

Slack; Chambers; Johnston (2002, p. 249) o definem como: “Monitoramento


baseado em computador e controle de todos os aspectos do processo de manufatura,
baseado num banco de dados comum e comunicado por meio de alguma forma de
rede de computadores”.

Melhoria Contínua
Independentemente da Tecnologia utilizada, a Empresa deve manter o seu foco
em produzir seus produtos e serviços com qualidade total, que pode ser medida e
acompanhada por testes e análises. Vamos conhecer três ferramentas de melhoria
contínua usualmente aplicadas à produção:
• Desdobramento da função qualidade (QFD – Quality Function Deploy-
ment): a qualidade, aspecto importante no projeto na avaliação de melhoria, é
apoiada por algumas ferramentas da melhora contínua, denominadas Kaizen.
A melhora contínua deve ser controlada por indicadores de desempenho, me-
didas criadas para avaliar se a condução do projeto está diretamente ligada e
relacionada aos objetivos do projeto;
• Engenharia de Valor (VE – Value Engineering): a Engenharia de Valor tem
como princípio gerar valor ao cliente e consumidor, sendo esse valor os benefí-
cios que eles entendem e reconhecem como um benefício ou diferencial. Seus

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objetivos são tentar reduzir o número de componentes, usar materiais mais
baratos e simplificar os processos.

A redução do número de componentes facilita o processo de montagem,


armazenagem e movimentação. O uso de materiais mais baratos propicia a redução
de preço, custo e, consequentemente, funciona como estratégia para o aumento
da margem de contribuição (lucro). A simplificação dos processos ajuda na redução
dos tempos de execução e movimentação;
• Engenharia Simultânea: a resposta rápida ou imediata é a função princi-
pal da Engenharia Simultânea e significa que as pessoas, as quais projetam
ou fabricam produtos, trabalham com os mesmos objetivos/senso de valores
para atacar problemas desde as primeiras fases. Os objetivos são: redução do
tempo de desenvolvimento, projeto para a manufatura, desenvolvimento de
produto e desenvolvimento de novas Tecnologias de Produção.

Produção mais Limpa (P+L)


A partir da explosão do consumo com formas diversas de produção e das questões
ambientais, legais, econômicas e de imagem, as Empresas buscam produzir de
forma a minimizar os impactos gerados pela poluição.
Segundo Giannetti (2006), o principal ponto desse conceito é a necessidade de
desenvolver mais e mais os processos de produção, passo a passo, com a análise
contínua do processo, melhorando e otimizando o processo antigo e implantando
total ou parcialmente os novos processos.
A produção mais limpa busca minimizar a geração de resíduos e poluentes,
utilizando Técnicas e Tecnologias disponíveis para reduzir os impactos ambientais,
bem como o custo, eliminando as perdas desnecessárias.
Diversos grupos de pesquisas são mantidos por Órgãos Governamentais e
iniciativa privada na busca de redução dos impactos ambientais e no aumento da
eficiência produtiva.
Uma das abordagens mais tradicionais da produção mais limpa é chamada de
Final de Tubo ou End of Pipe. Nela, os resíduos são tratados após a geração. Após
a produção e geração do efluente e resíduo, é iniciado o processo de tratamento
para que se possa dar o descarte adequado.
A crescente busca por uma produção mais verde e a conscientização do consumidor
por Empresas que contribuam com o meio ambiente faz com que, cada vez mais,
novas formas de aproveitamento dos materiais e dos recursos produtivos ocorram.
Muitas Empresas continuam a trabalhar com o tratamento de resíduos como final
de tubo, mas começaram a procurar formas de reduzir a geração do resíduo, tornando-
se mais socialmente responsável e também economizando recursos e custos.
Um dos incentivos do Governo brasileiro para a busca por melhorias contínuas
e que diminuam os resíduos é a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS).

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UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas

Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS)


Instituída pela Lei n. 12.305, de 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos
trata dos problemas ambientais, sociais e econômicos, decorrentes do manejo ina-
dequado dos resíduos sólidos.

Visando a criar um gerenciamento integrado no manuseio dos resíduos, um dos


principais aspectos da PNRS é a responsabilidade compartilhada dos geradores
de resíduos, ou seja, de toda a cadeia, envolvendo fabricantes, importadores,
distribuidores, comerciantes, o próprio cidadão, que representa o consumidor
final, como os responsáveis pelo manejo dos resíduos, inclusive das embalagens
de pós-consumo.

Acesse: https://goo.gl/hnNIm e conheça mais detalhes sobre a Política Nacional dos Re-
Explor

síduos Sólidos

Importante! Importante!

• A preocupação com a qualidade tomou maior importância nas Empresas à medida


que a produção passou de uma forma artesanal para industrial;
• A qualidade é parte integrante dos itens que compõem o que o consumidor final
irá entender como o benefício proporcionado pela Empresa em relação às demais
Empresas do mesmo Mercado;
• Um processo pode ser considerado como possuidor de qualidade quando sua manufatura,
seja de produtos ou de serviços, acontece sem erros, acelerando todo o processo;
• O conceito de qualidade pode ser intrínseco, quando a qualidade existe objetiva e
concretamente e pode ser avaliada e mensurada mediante padrões e especificações,
ou extrínseco, quando a qualidade que a pessoa subjetivamente percebe ou imagina
e pode variar para cada pessoa;
• Os custos da qualidade podem ser divididos em custos de prevenção, custos de avaliação,
custos de falhas internas e custos de falhas externas. Os custos se relacionam de forma
inversamente proporcional, os custos de falhas internas e externas somente diminuem
quando as atividades de prevenção e avaliação aumentam, assim como seus custos.
• Existem inúmeras formas de controlar a qualidade na Empresa. Programas como CEP
(Controle Estatístico de Processo), TQM – Total Quality Management (Gerenciamento
da Qualidade Total) e as normas ISO;
• Outros exemplos são o Ciclo PDF, a folha de verificação ou Checklist, o Histograma, o
Diagrama de Pareto e o Diagrama de Ishikawa;

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Importante!
• A evolução das Tecnologias de Informações e Comunicações levaram a novas
Tecnologias de Processo. As Tecnologias de Processo são formadas pelas máquinas,
equipamentos e dispositivos que auxiliam no processo de transformação;
• Como exemplos de Tecnologias de Processo temos as Máquinas CNC, o uso da robótica,
os veículos guiados automaticamente, os AGVs, os sistemas FMS e a manufatura
integrada por computador, ou CIM;
• A melhoria contínua deve fazer parte da estratégia produtiva, independentemente
da Tecnologia utilizada. A Empresa pode efetuá-la por meio do desdobramento da
função qualidade e do Kaizen, com a aplicação da Engenharia de Valor e também da
Engenharia Simultânea;
• As ações de melhoria contínua devem ser acompanhadas com foco na redução e no
reaproveitamento máximo dos materiais, resultando em menos resíduos e tornando
a produção mais limpa.

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UNIDADE Controle de Qualidade e Novas Abordagens Produtivas

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Sistemas de produção: conceitos e práticas para projetos e gestão da produção enxuta
ANTUNES, J. (org.) Sistemas de produção: conceitos e práticas para projetos e
gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008;
Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade
NETO, A. S.; CAMPOS, Letícia M. F., Introdução à Gestão da Qualidade e
Produtividade. Curitiba: Intersaberes, 2016

 Vídeos
AGV - Veículo Guiado Automaticamente da Spark (Automated Guided Vehicle)
https://youtu.be/0Zk9MrQrWkQ

 Leitura
Aplicação das Ferramentas Lean
https://goo.gl/svJzJt

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Referências
GIANETTI, Biagio F.; ALMEIDA, Cecília M. V. B. Ecologia Industrial: conceitos,
ferramentas e aplicações. São Paulo: Edgard Blucher, 2006.

JOHANSSON, J. H. et al. Processos de Negócios. São Paulo: Pioneira, 1995.

MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção.


São Paulo: Saraiva, 2015.

MINISTÉRIO do Meio Ambiente, Política Nacional dos Resíduos Sólidos.


Disponível em: <http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/
politica-nacional-de-residuos-solidos/contextos-e-principais-aspecto>. Acesso em:
jul. 2017.

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da


Produção. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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