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INTEGRALIZAÇÃO

DE CRÉDITOS EM
TEOLOGIA

FILOSOFIA DA
RELIGIÃO

Profª. Rosângela Adell


adellreis@ig.com.br
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1 INTRODUÇÃO

Filosofia da Religião é uma das divisões da filosofia. Durante séculos a religião era tema na
filosofia como qualquer outro. Até que surgem esforços apologéticos para justificar a religião no mundo
moderno. Surgem os grupos que estudam as religiões do ponto de vista histórico, psicológico, sociológico
e da análise da linguagem, mediante pesquisas empíricas. Os representantes de cada corrente geralmente
interpretam o mundo atual como resultado do processo de secularização, contentando-se com afirmações
meramente formais sobre o fenômeno da religião.
Desde Tales de Mileto, século VI a.C., até hoje, os filósofos refletem, de modo radical, sobre o
fenômeno religioso. Da mesma maneira que o ato filosófico não fundamenta a existência humana, mas
tenta esclarecê-la, assim também a filosofia da religião não fundamenta, nem inventa a religião, mas tenta
esclarecê-la, servindo-se das exigências propriamente filosóficas.
A Filosofia da Religião tem por objetivo o estudo da dimensão espiritual do homem a partir de
uma perspectiva filosófica (metafísica, antropológica e ética), indagando e pesquisando sobre a essência
do fenômeno religioso: “O que é afinal, a Religião?”.
Desta forma, a filosofia da religião, tematiza a abertura do homem para o mistério que o envolve
de maneira positiva, aceitando-o, ou de maneira negativa, rejeitando-o, tematiza, também, a relação do
homem com o “santo ou numinoso” no horizonte da autocompreensão humana.
Para o estudo da filosofia da religião são usados os métodos histórico-crítico comparativo, o
filosófico e o antropológico. O primeiro deles compara as várias religiões no tempo e no espaço, em
busca de seus aspectos mais comuns e suas diferenças, para verificar o que constitui a essência do
fenômeno religioso. O segundo faz o estudo comparativo das línguas, visando encontrar as palavras
utilizadas para descrever e expressar o sagrado e suas raízes comuns. O terceiro método procura
reconstruir o passado religioso tendo por base a etnologia (estudo dos povos primitivos e atuais, suas
instituições, crenças, rituais e tradições). A Filosofia da Religião deve fazer uma adequada conjugação
desses métodos para obter a melhor soma de elementos para chegar à conclusão mais correta sobre a
essência da religião e suas características universais.

“O primeiro requisito para a felicidade dos povos é a abolição da religião” (Karl Marx)
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2 FILOSOFIA
A filosofia pode ser entendida como o conjunto de concepções, práticas ou teóricas, acerca do ser,
dos seres, do homem e de seu papel no universo. Atitude reflexiva, crítica ou especulativa, de elaboração
de tais concepções. Conjunto de toda ciência, conhecimento ou saber racional. Reflexão crítica sobre os
fundamentos do conhecimento (valores cognitivos), da lógica, da ética e da estética (valores normativos).
A filosofia tem uma história de mais de dois mil e quinhentos anos. Foi na Grécia Antiga que esta
ciência surgiu e tomou as primeiras proporções com os primeiros filósofos, chamados pré-socráticos. Mas
a filosofia não é compreendida hoje apenas como um saber específico, mas também como uma atitude em
relação ao conhecimento, o que faz com que seus temas, seus conceitos e suas descobertas sejam
constantemente retomados.
Embora vivessem em cidades-nações distintas e rivais entre si, os gregos conseguiram
desenvolver uma comunidade única de língua, religião e cultura, que foi responsável pelo grande avanço
da ciência na Idade Antiga. A genialidade grega foi responsável pelo avanço de diversas áreas do
conhecimento, como artes, literatura, música e filosofia.

Os períodos da História da Filosofia


1º. Filosofia Antiga - A filosofia surge na Antiga Grécia, aproximadamente no século IV a.C. até o
século VI d. C., quando o pensamento mítico-religioso é substituído pelo filosófico-científico. A principal
característica dessa nova forma de pensamento é a atitude crítica, representada pela oposição entre
explicações baseadas em mitos e baseadas na razão. Há dentro deste período três tendências de
pensamento que abragem as fases da Grécia Antiga que são: a da Arcaica – Período pré-socrático ou
cosmológico, a da Clássica – Período socrático ou antropológico, e Helenística –Período pós-socrático ou
ético, sendo a) Período sistemático (aristotélico); b) Período helenístico (greco-romano).
Destes períodos podem-se destacar os filósofos mais influentes:
Sócrates (470 - 399 a.C.) - Fundou a Filosofia Humanista. Criou a maiêutica (parto das ideias),
método de reflexão que consiste em multiplicar as perguntas para obter, a partir da indução de casos
particulares, um conceito geral do objetivo. Para Sócrates, a virtude era uma ciência que se podia
aprender. Uma voz interior, daimon, indicaria o caminho do bem. Irônico, hábil em confundir o
interlocutor, cercado de discípulos extravagantes, como Alcebíades, atraiu muitos inimigos.
O julgamento de Sócrates (469-399 a.C.) foi um dos fatos históricos mais importantes da Grécia
Antiga e até hoje inspira escritores, artistas e filósofos. Em 399 a.C., Atenas estava se recompondo após a
derrota para Esparta na Guerra do Peloponeso, tentando consolidar o ainda frágil regime democrático. O
posicionamento crítico de Sócrates pareceu uma afronta aos costumes da cidade e ele foi incriminado,
julgado e condenado à morte por envenenamento sob as acusações de não cultuar os deuses da cidade,
tentar introduzir novas divindades e corromper a juventude com suas ideias. As acusações não
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intimidaram o pensador, que decidiu conduzir a própria defesa, dando origem aos textos Êutifron,
‘Apologia de Sócrates’ e Críton. São obras que partem da discussão filosófica, mas assumem
ramificações religiosas, políticas e éticas, mostrando por que Sócrates passou para a História como
fundador da tradição filosófica ocidental.
Platão (427 - 347 a.C.) - Principal discípulo de Sócrates, nascido em Atenas, foi profundo
admirador de seu mestre Sócrates. Seu verdadeiro nome era Aristoclés, em uma homenagem ao seu avô.
Depois da morte por envenenamento de Sócrates, desiludiu-se de vez com a democracia ateniense e partiu
em peregrinação pelo mundo. Peregrinou durante doze anos, quando retornou a Atenas com quarenta
anos.
Para Platão o conhecimento humano vêm de três fontes principais: o desejo, a emoção, e o
conhecimento, que fluem do baixo ventre, coração e cabeça, respectivamente. Essas fontes seriam forças
presentes em diferentes graus de distribuição nos indivíduos.
Platão acredita que a cidade justa é aquela onde o filosofo governa, o militar defende e a
econômica proveem da sociedade. A razão que governa. Para Platão a democracia, tem como essência a
injustiça.
Platão divide a realidade em dois setores: o mundo sensível e o inteligível. O mundo sensível é o
mundo em que vivemos e que conhecemos através dos sentidos. Tudo o que faz parte da natureza, como
também tudo o que é fabricado pelo homem, faz parte do mundo sensível: os animais, as plantas, os
utensílios, os homens. Mas, além do mundo sensível (imperfeito e finito), há também o mundo
inteligível, onde estão as ideias (essências eternas e perfeitas) ou formas tanto das coisas corpóreas como
também das incorpóreas, que nós podemos conhecer através do intelecto.
Aristóteles (384 - 322 a. C.) - Considerado por muitos como o maior filósofo de todos os tempos.
Abarcou todos os conhecimentos de seu tempo - Lógica, Física, Metafísica, Moral, Política, Retórica e
Poética. Sua Metafísica estuda o “ser enquanto ser” e investiga os “primeiros princípios” e as “causas
primeiras do ser”. Na metafísica, Aristóteles admite a necessidade de um motor que esteja em ato. Todo
movimento supondo um motor faz a física desemborcar numa teologia: de causa em causa, é preciso parar
numa primeira causa, num primeiro motor. Em sua Teologia, Aristóteles procura demonstrar
racionalmente a existência de Deus, o “primeiro motor móvel”, o “não-vir-a-ser”, o “ato puro”.
O dualismo platônico – o mundo da inteligência separado do mundo das coisas sensíveis – visava
antes de tudo salvar a ciência, estabelecendo a coerência necessária entre o conceito e seu objeto. O
realismo de Aristóteles procura restabelecer essa coerência sem abandonar o mundo sensível: explora a
experiência, e nela mesma insere o dualismo entre o inteligível e o sensível.
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2º. Filosofia Medieval - A filosofia medieval corresponde aproximadamente ao período


compreendido entre o séc. IV (queda do Império Romano) e os sécs. XV-XVI (Renascimento,
descobrimento da América, Revolução Científica) e consiste tanto na sua origem quanto na obra de seus
principais autores, em uma síntese da filosofia grega com o pensamento cristão. O problema principal da
filosofia na Idade Média era a tentativa de conciliar a razão e a fé, sendo que, quando tal conciliação não
era possível, a fé tinha a última palavra. A filosofia medieval é muitas vezes denominada filosofia cristã.
Na Idade Média não existia uma Filosofia, mas correntes de opiniões, doutrinas e teorias,
denominadas de Escolástica. Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho são seus principais
representantes. O método utilizado é o da disputa: baseando-se no silogismo aristotélico, partiam de uma
intuição primária e, através da controvérsia, caminhavam até às últimas consequências do tema proposto.
A finalidade era o desenvolvimento do raciocínio lógico.
3º. Filosofia moderna - A filosofia moderna surge no contexto das grandes transformações
sofridas pelo mundo europeu nos sécs. XV-XVI. Dentre essas transformações, merece destaque a
Revolução Científica, que alterou profundamente o modo de conceber o mundo ao substituir o modelo
geocêntrico pelo heliocêntrico.
Pode-se afirmar que a filosofia moderna nasce na esteira da ciência moderna e se caracteriza
principalmente pela centralidade e importância do papel atribuído à razão humana e por um acentuado
otimismo nas realizações da ciência.
A idade moderna é caracterizada pelo desenvolvimento do método científico. Até então, o
conhecimento era dogmático. A partir do século XVI, transforma-se em conhecimento teórico-
experimental, ou seja, toda a teoria deve passar pela experiência, no sentido de se aceitar ou rejeitar a
hipótese levantada. Por exemplo, o metal, seu conhecimento pode ser: Conhecimento dogmático: o calor
dilata o metal; conhecimento teórico-experimental: colocando-se o metal no fogo, ele se dilatará, contudo,
somente com a experiência (observando o aumento de calor) é que poderemos dizer até que grau de
temperatura ele se dilata ou se derrete.
4º. Filosofia contemporânea - A filosofia contemporânea confunde-se com a chamada crise da
razão (a razão humana possuía uma posição privilegiada, no centro do questionamento filosófico). A
mesma razão que fundamentava o otimismo moderno nas realizações da ciência construiu as armas que
dizimaram milhões de pessoas nas duas grandes guerras, inventou a bomba atômica e promoveu o
holocausto.
O traço central do pensamento contemporâneo é o questionamento da razão humana como ponto
de partida para uma fundamentação do conhecimento e da ética. A sua origem encontra-se, sobretudo nas
obras de Marx, Freud e Darwin, que datam da segunda metade do séc. XIX. A obra de Nietzsche, com sua
crítica radical aos valores da sociedade europeia do fim do séc. XIX pode ser considerada como um
prenúncio do que estava por vir. Seus principais ensinamentos levaram ao: Positivismo – Comte, ao
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Materialismo dialético e histórico – Marx, ao Existencialismo - Heidegger, Kierkegaard, Sartre e outros, e


a Fenomenologia - Hegel, Kant, Husserl.

2.1 A FILOSOFIA E A RELIGIÃO


A Filosofia da Religião surgiu na antiga Grécia, da constante curiosidade do homem em perguntar
pela vida na totalidade e então formular a questão de Deus, ser supremo e Divino. O homem moderno
questiona o acesso imediato do real e passa a falar da realidade através da mediação da subjetividade,
desenvolvendo novo método de investigação e conhecimento, apoiando-se unicamente na razão e na
experimentação científica.
Atualmente, a Filosofia da religião trata da indagação filosófica que usa métodos filosóficos com
objetivos filosóficos, ou seja, cabe investigar se o fenômeno religioso é originário e irredutível e se leva
por natureza a um termo supremo chamado Deus. Não podemos esquecer que as críticas da filosofia nos
levam a perguntas importantes sobre a Religião, mesmo nos dias atuais como: Qual a origem de várias
religiões?; Aonde a religião vai se situar deste tempo em diante?

2.2 FÉ E RAZÃO
Sabemos que Teologia e Filosofia são ciências distintas, quer pelo método quer pelo objeto.
Enquanto a Filosofia procede por raciocínios lógicos, a partir dos primeiros princípios da razão pura e tem
como objeto primeiro o mundo e o homem, tais como se apresentam ao estudioso pela experiência, a
Teologia, por sua vez, procede a partir do ato de fé na revelação divina, procurando certo entendimento
dessa fé, e o seu objeto primeiro é o próprio Deus tal como se dá a conhecer em sua autorrevelação.
Assim, a Teologia pode ser dita ciência da fé, enquanto a Filosofia é a ciência da razão.
Tal distinção, contudo, não leva necessariamente a uma separação entre as duas ciências. Aliás, ao longo
da história da Igreja, pode- se verificar que Teologia e Filosofia muitas vezes se mostraram em íntima
relação.
O fenômeno religioso se depara com a atitude que declara a religião como falsa ou simples
ideologia para, como tal, poder negá-la. Essa atitude encontra-se em Feuerbach, em alguns marxistas,
Nietzsche e Freud. De forma cética, esperam que, no futuro, com o fim da ilusão religiosa, a humanidade
esteja em condições de, com a ajuda da ciência e da razão crítica, construir a harmonia total. Esta
tendência conduz à liquidação da religião em nome da razão, que pretende ser a única possuidora da
verdade, considerando a religião como uma ilusão.
Para Feuerbach, por exemplo, a religião é apenas uma projeção humana. E os representantes desse
pensamento crítico esperam, com recurso à natureza e à ciência e com o desmascaramento da alienação
religiosa, obter a transformação da consciência humana. Veem a causa dessa alienação na falta de
conhecimento científico e na falta de domínio do inconsciente. E, desta forma, esperam a superação ou o
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fim da religião em base no domínio tecnológico sobre as forças da natureza. Os pais da moderna crítica da
religião tinham confiança exagerada na razão, na ciência e no progresso.
Karl Marx é outro que declara o fim da religião e sua tese é bem aceita pela necessidade de uma
sociedade mais justa e humanizada, só que isto tem um fim, pois esta posição é quase utópica e dá vazão
à Filosofia Transcendental, existencial e na personalista. Vários grupos se formam para estudar a Religião
sob vários pontos de vista.

3 ÉTICA E RELIGIÃO
A palavra ética é descrita no dicionário como: “parte da filosofia que estuda os deveres do homem
para com Deus e a sociedade; ciência da moral.” E o ético como: “relativo aos costumes, moral”. (...)
Alguns intelectuais fazem, então, uma distinção entre moral e ética. A moral seria esse conjunto de
regras estabelecidas numa sociedade, que diz à pessoa de que modo ela deve se comportar, agir. Já a ética
seria caracterizada pela reflexão que o humano faz dessas regras em relação à situação em que,
normalmente, essas regras deveriam ser empregadas. Seria resumidamente: A Ética é a ciência do
comportamento moral, referente ao que é bom ou ruim. E a Moral seria o objeto da ética substanciado em
regras fixadas de comportamento.
Por isso, a Ética nada mais é do que um padrão de normas que devem ser seguidas por todas as
pessoas que desejam conviver em sociedade. Muitas vezes essas normas adquirem caráter de lei por meio
de sua institucionalização, outras vezes é apenas respeitada por meio de um pacto mútuo não
institucionalizado entre as pessoas de uma mesma localidade, buscando assim uma melhor convivência
coletiva.
Em geral as religiões não fazem distinção entre o plano ético e o plano religioso. Muitas vezes os
costumes e as regras já usadas dentro da sociedade são incorporados dentro da religião que ali surgiu.
Sendo essas práticas tão religiosas quanto à própria oração e os sacrifícios. A religião surgiu quase que
como apoio a ética e a disciplina dentro das tradições das antigas civilizações e tribos. Sem um meio legal
punitivo, para repreender aqueles que de alguma forma prejudicavam algo ao alguém dentro dos grupos,
era necessário apelar a forças divinas que omnipresentes, omnipotentes e omniscientes poderiam castigar
o infrator.
Une-se assim ética e religião em praticamente todas as religiões, para poder desenvolver uma
sociedade melhor para se viver para todos os fieis, que fazendo o bem serão recompensados e fazendo o
mal serão castigados. Muitas vezes desenvolvem-se até modos como o fiel deve viver, se vestir e se portar
diante de outras pessoas.
Todas as religiões têm uma ética normativa que busca nos mostrar sobre o que é certo e o que é
errado para aquela determinada crença. Por exemplo; os Dez Mandamentos são uma ética normativa,
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onde segundo essa norma ética toda a sociedade a sua volta tem o dever de segui-la para um melhor
relacionamento mútuo entre os fieis.

4 PROBLEMA DO MAL
O mundo em que vivemos está repleto de coisas más. Dor, fome, pobreza, tristeza, guerras,
catástrofes e muitas outras coisas. Faz-nos pensar “Se eu fosse Deus, acabaria com tudo isso e faria um
mundo melhor!” Dizem que Deus é criador, bom, omnipresente, omnipotente e omnisciente. Se assim
fosse, o mal não existiria; um ser bom e com poderes ilimitados não criaria um mundo mau — criaria um
mundo perfeito. Alguns afirmam que “o olharmos para o mundo e para os seus habitantes somos levados
a concluir que o Deus descrito pelos crentes não existe”.
Este é o problema do mal. Como podemos compatibilizar um mundo repleto de sofrimento com a
existência de Deus? Dificilmente.
O problema do mal pode ser encarado de duas perspectivas distintas: por um lado temos os
crentes, para quem o problema do mal é mais um desafio à fé que professam, talvez um Mistério da Fé;
por outro, os não crentes, que encaram este problema como um argumento contra a existência de Deus.
Na filosofia da religião e teologia, o problema do mal é o problema de conciliar a existência do
mal ou sofrimento no mundo com a existência de Deus. O problema é mais frequentemente analisado no
contexto dos deuses pessoais das religiões abraâmicas, mas também é relevante para as tradições
politeístas que envolvem vários deuses.
O problema do mal é uma das mais poderosas objeções ao teísmo tradicional. O problema do mal
vai exatamente contra aquilo que o homem mais deseja: a felicidade. Afinal, se o homem, em sua
dimensão teleológica, busca a felicidade, por que o Deus todo poderoso e bondoso criaria e deixaria
existir o mal? A presença do mal parece implicar a ausência de Deus. Às vezes a desorientação causada
por esta revolta interior raia ao desatino e inspira as atitudes mais contraditórias. Por causa do mal se nega
a existência de Deus, mas muitas vezes, o que se quer realmente é responsabilizar a Deus pelo sofrimento
das suas criaturas: “Mas de onde vem o mal se Deus é bom e fez todas as criaturas boas?”
A primeira vista, a existência do mal parece ser contraditória a com a existência de um Deus
bondoso e poderoso, mas nao é. Alguns religiosos argumentam que para o homem ser feliz, ele necessita
executar ações, atos de caridade e de heroismo, por exemplo, que não seriam possíveis de serem
executadas se não existisse o mal. Entretanto, a maioria dos teístas responde que um Deus perfeito pode
ainda permitir um certo mal, insistindo que a concessão de um bem maior, como o livre arbítrio, não pode
ser alcançada sem alguns males.
Uma defesa contra o problema do mal é estabelecer que os atributos divinos são logicamente
consistentes com a existência do mal, mas que isso não significa que o mal derive deles, ou que deles se
possa retirar uma explicação quanto as razões pelas quais o mal existe ou ocorre.
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A teodicéia é uma tentativa de fornecer tais justificativas para a existência do mal. Entende-se por
teodiceia a parte da Filosofia que pretende demonstrar racionalmente a existência e os atributos de Deus.
Para isso, usa apenas a razão humana, sem utilizar nenhum registro sagrado. Prevê que existe um Deus
que nos dá livre-arbítrio, ou seja, opção de escolha. As escolhas, porém, não sendo feitas com
responsabilidade, conduzem o homem ao mal natural ou o mal moral.

4.1 LIBERDADE E DETERMINISMO


A liberdade e o determinismo são dois conceitos que se opõem mutuamente. O determinismo é
uma corrente filosófica segundo a qual a liberdade não tem qualquer sentido, dado a ação humana ser
determinada por antecedentes próximos ou remotos, podendo ser explicada pelo mecanismo do esquema
causa – efeito. A teoria filosófica do determinismo diz que todo acontecimento (inclusive o mental) é
explicado pela determinação, ou seja, por relações de causalidade. E defende que o homem não é
totalmente livre de agir pois há limites à sua liberdade. A verdade do determinismo é que não podemos
fazer aquilo que nos dá prazer ou que queremos. Ou seja, o destino quer encarado como força abstrata
quer como desígnio divino, seria o agente condutor dos fios que tecem a trama da vida, pelo que as
escolhas que o homem faz seriam apenas aparentes.
Há vários tipos de determinismo, cada um definido pelo modo como determinação e c ausalidade
são conceitualizados: Determinismo Físico - Defende que todas as coisas se regem pela regularidade de leis,
o que possibilita a previsão e o controlo de todos os fenômenos, inclusive os que dizem respeito ao
homem. O determinismo é, neste sentido, o princípio que sustenta a possibilidade de elaborar leis
científicas. Determinismo Biológico - Sustenta que o homem está submetido, como as demais espécies
vivas, a códigos biológicos que lhe determinam a conduta. Prisioneiro da herança genética e da sua
constituição biofisiológica, o homem não teria qualquer responsabilidade nas ações que pratica. Determinismo
Psicológico - Proclama a existência de uma relação intrínseca entre a constituição psicológica de cada
homem e os motivos que o impelem à ação. Quando o homem se decide a agir de determinada maneira,
não pode deixar de querer aquilo que quer, em virtude da sua personalidade,
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das
suas representações mentais, das suas crenças, medos ou desejos. Determinismo Sociológico - Advoga que os atos
individuais são da inteira responsabilidade da sociedade a que o individuo pertence. O homem é um produto
determinado pela cultura em que se desenvolve, pelo que aquilo que se pensa, sente ou faz resulta dos
padrões e regras sociais que lhe são exteriormente impostos. Determinismo Religioso - Afirma que Deus, como
criador do homem e do mundo, continua a governá-los de acordo com a sua sabedoria infinita e de poder
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absoluto. Sendo assim, o querer humano é determinado pela vontade divina, o que o liberta da
responsabilidade da ação.
Os críticos do determinismo reivindicam a não-causalidade (que a alma, a vontade, o desejo e a
escolha existem num universo à parte, separado do universo causal) para justificar o livre-arbítrio e a livre
escolha, geralmente atribuindo aos deterministas um mecanicismo ou fatalismo. Para os críticos do
determinismo, só essa posição dominante e exterior da alma pode explicar a liberdade.
Filósofos tais como Nicolai Hartmann, Deleuze, Espinoza e Nietzsche não veem contradição
alguma entre determinismo radical e liberdade. Para Deleuze, liberdade não é livre escolha nem livre-
arbítrio, mas sim criação. Somos livres porque somos imanentes ao mundo determinista, mundo onde não
existe nada que seja singularmente determinado que não seja ao mesmo tempo singularmente
determinante.
A noção liberdade simboliza autonomia, independência, responsabilidade, mostrando assim que
agimos em consciência. No entanto, é inevitável a rápida percepção de que não somos absolutamente
livres. Isto acontece porque deparamo-nos com condicionantes (limites físicos, biológicos, culturais,
psicológicos e religiosos) que influenciam as nossas ações. Embora existam estas condicionantes o
homem é livre de optar. Existe o livre-arbítrio, que dentro de determinados limites, permite ao homem ter
capacidade de decidir e de escolher que caminho deve seguir. Basta escolher qual é o mais correto...
O homem teria os distintos modelos de liberdade: Liberdade Física - Possibilidade de dar livre
curso à atividade corporal sem a presença de obstáculos. Caminhar, nadar, passear implicam liberdade de
movimentos a realizar pelo corpo. O prisioneiro, o acorrentado conhecem obstáculos externos que os
privam da autonomia física de movimentos. Liberdade Biológica - A este nível, a liberdade identifica-se
com a saúde e o bom funcionamento orgânico. A pessoa doente não é livre, é biologicamente limitada
pela presença de obstáculos ligados ao equilíbrio interno do corpo que a impedem de fazer aquilo que
deseja. Liberdade Psicológica - No nível da consciência, a liberdade é algo de pessoal e de interior,
identificando-se com a capacidade de escolher uma de entre as várias alternativas que se oferecem.
Implicada nas decisões tomadas individualmente, esta forma de liberdade faz com que os atos praticados
assumam a condição de verdadeiros atos voluntários. Liberdade Sociológica - permite a realização das
liberdades básicas individuais. De modo diferente da psicológica, esta forma de liberdade é outorgada do
exterior, dado que ela não depende do indivíduo, mas do modo como os grupos sociais se organizam.
Liberdade Moral - Significa determinação da ação que é norteada por princípios e se executa contra os
desejos e inclinações sensíveis. Neste sentido, a liberdade não consiste propriamente no que se faz, mas
no modo como se faz. A ação livre não é a que resulta de inclinações ou tendências, mas de boa vontade
ou intenção.
Livre Escolha ou alternativa consiste num processo mental de pensamento envolvendo o
julgamento dos méritos de múltiplas opiniões e a seleção de uma delas para ação. Alguns exemplos
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simples incluem decidir-se levantar pela manhã ou voltar à dormir, ou escolher um determinado trajeto
para uma viagem. Exemplos mais complexos (freqüentemente decisões que afetam crenças pessoais)
incluem a escolha de um estilo de vida, filiação religiosa ou posição política. A responsabilidade de
escolha é um dos aspectos que melhor caractetiza o comportamento específico do homem. Ao
agir, o homem não dispõe das formas de reagir próprias do animal. Enquanto o animal, desde o seu
nascimento, possui instintos que lhe conferem um esquema de respostas comuns a todos os elementos da
sua espécie que lhe garante uma estabilidade comportamental para sobreviver e se adaptar ao meio, o
homem possui uma “natureza adquirida”.
Livre-arbítrio é basicamente a expressão usada para significar a vontade livre de escolha, as
decisões livres. O livre arbítrio, que quer dizer, o juízo livre, é a capacidade de escolha pela vontade
humana entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos. Ele é uma crença
religiosa ou uma proposta filosófica que defende que a pessoa tem o poder de decidir suas ações e
pensamentos segundo seu próprio desejo e crença.
A existência do livre-arbítrio tem sido uma questão central na história da filosofia e religião, e
mais recentemente na história da ciência. O conceito de livre-arbítrio tem implicações religiosas, morais,
psicológicas, filosóficas e científicas.

5 IMORTALIDADE DA ALMA
Dentro de seu significado mais comum, alma é o ser imaterial e individual que “reside” em nós.
Seria assim o princípio espiritual do homem. A Bíblia no cap. 2 versículo 7 do gênesis (Bereshit), r elata
que Deus formou o homem (adam ) da gleba, da argila do solo, do barro (heb raico adamah, grego antropos); e
insuflou-lhe nas narinas um hálito de vida, e o homem tornou-se ser vivente. A expressão “Ser vivente”
traduz o hebraico nefesh, que designa o ser animado pelo sopro ou princípio vital. Algumas traduções
falam em alma vivente. Portanto, dentro desta conceituação alma não é uma parte do ser, é o próprio ser.
Somos uma alma que provisoriamente tem um corpo e não um corpo que tem uma alma. Quanto à
imortalidade – disse Pascal – importa-nos de tal forma, e tão profundamente nos toca, que é preciso ter
perdido todo o senso para ficar indiferente ao seu conhecimento.
A necessidade de saber sobre a sorte da alma tem levado várias gerações a emitir seus
pensamentos sobre o assunto. Todavia se a filosofia tem apresentado propostas várias, a ciência, que tem
alcançado sucesso em melhorar nossa vida material, tem deixado uma lacuna quanto a estas questões tão
necessárias para a felicidade da humanidade de um modo geral. O homem tem um componente psíquico,
é um ser pensante. Estas qualidades são de tal forma desenvolvidas nele, que faz dele o único ser ético no
mundo.
Desde a antiguidade os povos situados na Ásia e na Grécia já tinham como certa a imortalidade
da alma. Na Índia – que tem sido provavelmente o centro mais importante de influência religiosa na Ásia
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– com a chegada dos arianos por volta de 1500 aC nasceu o Hinduísmo. Este desde o princípio adotou a
crença de que a alma diferia do corpo e de que esta sobreviveria à morte. Os hindus praticavam o culto
dos antepassados e ofereciam alimentos à alma dos mortos. Mais tarde, provavelmente entre VII/VII
séculos aC, quando da invasão da sociedade nômade eurásica à Índia, estas tribos eurásicas trouxeram
consigo a ideia da transmigração da alma. Combinando a transmigração com o que é conhecido como lei
do carma ou lei de causa e efeito, alguns sábios hindus desenvolveram a teoria da reencarnação
encontrando assim a solução para os problemas do mal e do sofrimento entre os homens. O bem e o mal
praticados em uma vida seriam recompensados em outra. E o verdadeiro objetivo da vida seria ficar livre
do ciclo das transmigrações, a fim de unir-se à Suprema Realidade. Alcançar a imortalidade não é
prerrogativa de uns poucos escolhidos, mas o direito inato de todos, é a convicção de todo bom hindu.
Os gregos, mesmo os anteriores a Sócrates e Platão, criam que a alma sobrevivia à morte.
Pitágoras, famoso matemático que viveu no séc. VI aC , já divulgava que a alma era imortal e que estava
sujeita ao ciclo dos renascimentos. Ele tinha duas doutrinas, uma reservada aos iniciados e outra destinada
ao povo. Para os primeiros a ascensão era gradual e progressiva, sem regressão às formas inferiores;
enquanto que para o povo ensinava que as almas más deveriam renascer em corpos de animais.
Antes, porém, de Pitágoras, Tales de Mileto achava que a alma imortal não existia apenas em
homens animais e plantas, mas também em objetos como o imã já que este tem o poder de mover o ferro.
Foi com Platão que a ideia da palingenesia (grego pálin de novo; grego génesis, eµs ‘fonte, origem,
início’, de sentido original nascer) ganhou maior destaque. Segundo ele no Fédon, havia duas razões para
defender esta ideia. A primeira é que na natureza, a morte sucede à vida, portanto, será lógico que a vida
sucedesse à morte, pois nada pode nascer do nada; e se os seres que morrem não voltassem mais à Terra,
tudo acabaria por se absorver na morte. A segunda razão baseia-se nas lembranças. Para o Platão,
aprender é recordar; ora, se nossa alma se lembra de já haver vivido, antes de descer ao corpo, por que
não acreditar que em o deixando, poderá ela animar sucessivamente muitos outros? Como os hindus
Platão também pensava que com os renascimentos a alma se livrava de suas imperfeições, e que quando
se tornasse santa não viria mais à Terra.
Na antiga Pérsia (hoje Irã), no século VII aC, surgia Zoroastro. Zoroastro também falava da
imortalidade através de uma forma de adoração que ficou conhecida como zoroastrismo. As escrituras
zoroastrianas afirmam que, na imortalidade, a alma do justo estará sempre em alegria, mas a alma do
mentiroso estará certamente em tormento. Todavia a ideia da alma imortal já fazia parte da religião persa
mesmo antes de Zoroastro, pois as antigas tribos do atual Irã cuidavam de oferecer comida e roupa para as
almas dos falecidos, a fim de auxilia-los no mundo do além.
Também para os egípcios era fundamental a crença na imortalidade. Segundo estes a alma após a
morte seria julgada por Osíris, o deus principal do mundo do Além. Um papiro egípcio supostamente do
Séc. XIV aC, mostra Anúbis, deus dos mortos, levando a alma do escriba Hunefer até Osíris. Numa
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balança, o coração do escriba, que representava sua consciência, era pesado tendo como referência a pena
que Tot, a deusa da verdade e da justiça usava na cabeça. Como o coração de Hunefer pesava menos que a
pena, devido este não ter culpa, ele poderia deste modo, entrar no domínio de Osíris. Caso assim não
acontecesse, ou seja, se houvesse culpa, o escriba ou qualquer outro falecido seria devorado por um
monstro feminino que ficava parado ao lado da balança de verificação. Outro costume egípcio que denota
sua crença na imortalidade era o hábito de mumificar os mortos preservando assim, os corpos dos faraós;
pois acreditavam que a sobrevivência da alma dependia da preservação do corpo.
Outra religião que tem por berço a Índia é o budismo. Sua fundação se deu por volta do ano 500
aC, e seus ensinos são de certa forma similares aos do hinduísmo. Para os budistas a vida é um ciclo
contínuo de renascimentos e mortes. A vida atual é consequência da anterior, e o objetivo maior do ser é
atingir um estado superior de consciência – nirvana – cessando assim a necessidade do ciclo de
renascimentos. Antes da chegada do budismo ao Japão este povo praticava uma religião, porém sem
nome. Com a chegada do budismo surgiu a necessidade de diferenciar a religião do Japão da estrangeira,
assim designaram a antiga crença de xintoísmo, de “xintó” (caminho dos deuses). Segundo o xintoísmo
a alma que partiu conserva a sua personalidade. Quando os que aqui ficaram realizam ritos em memória
do falecido, a alma é purificada a ponto de vencer a maldade. Assim ela assume um caráter pacífico e
benevolente, alcançando com o tempo a posição de deidade ou guardião celestial.
Outra religião importante originária da Ásia é o taoísmo, fundado por Lao Tzu (Lao Tsé), na
china, provavelmente no século VI aC. Para o taoísmo o objetivo da vida é a harmonização por parte do
ser com o Tao (o caminho da natureza). O Tao é o princípio governante do Universo, não teve princípio
nem terá fim. Por se viver segundo o Tao, a pessoa participa nele e se torna eterna. Diziam eles, que
talvez, por se viver em harmonia com Tao, adquiriam deste modo, os segredos da natureza e se tornavam
imunes a danos físicos, doenças, e até mesmo à morte.
Outra religião de grande importância, e uma das que mais influenciou a humanidade atual, é o
Judaísmo. A imortalidade da alma e a vida após a morte é também no judaísmo um de seus princípios
fundamentais. Dizem os judeus que se acreditamos na Justiça Divina, consequentemente acreditamos
também na imortalidade da alma. Segundo os judeus após a morte física há um julgamento da alma,
uma avaliação espiritual que ocorre numa esfera onde, para poder receber o galardão eterno a alma é
branqueada e purificada em fogo espiritual. Somente as almas dos justos, têm condições de ascender
rapidamente pela dimensão espiritual e atingir níveis espirituais elevados. Algumas autoridades religiosas
do judaísmo afirmam que aquilo que os sábios chamam de mundo vindouro, refere-se à dimensão
espiritual à qual a alma ascende após deixar o corpo.
O islamismo foi influenciado pelo judaísmo, isso porque, o Alcorão, que é o livro sagrado dos
muçulmanos, cita de forma positiva tanto as escrituras hebraicas como o próprio Evangelho. O Alcorão
ensina que o homem tem uma alma e que esta continua viva após a morte. Seu destino futuro depende do
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que fez enquanto habitou no corpo físico. Os mulçumanos aceitam a ideia da ressurreição dos mortos, de
um dia de juízo e destino final da alma. Sustentam ainda que a alma de uma pessoa falecida vai para o
Barzakh, que é o lugar ou estado em que as pessoas estarão após a morte e antes do julgamento. A alma
fica consciente durante este período de “punição do túmulo”. Se tiver sido má, sofre; senão, desfruta da
felicidade. Mesmo os fiéis sofrem algum tormento por causa dos poucos pecados que tiverem cometidos.
Este estado intermediário só termina no dia do juízo, quando cada um é avaliado e adquire seu destino
eterno.
Os cristãos de um modo geral todos têm a alma como uma entidade imaterial, espiritual, imortal,
que não está sujeita a decomposição. A alma ou espírito (como preferem alguns) é que é responsável pelas
ações do indivíduo, é ela que está sujeita às penas e gozos futuros de acordo com a sua conduta quando
unida ao corpo físico. É o apóstolo Paulo dá opinião sobre a ressurreição na 1ª Epístola aos Coríntios no
capítulo 15. Segundo alguns analistas os primeiros cristãos eram reencarnacionistas. Segundo estes, Jesus,
havia autorizado o ensinamento da reencarnação quando afirmara que João Batista era Elias reencarnado
(Mt 17. 10 a 13). Dizem ainda que a reencarnação só deixou de ser uma crença cristã no Concílio de
Constantinopla no ano 553 dC. O fato se deu deste modo segundo alguns historiadores: O imperador da
época era Justiniano.
Sua esposa Teodora tinha muita influência nos assuntos do governo do marido e até mesmo no que
se referia a teologia. Ela havia sido anteriormente, prostituta, e suas ex-colegas se sentiam orgulhosas,
pois a atual rainha havia também sido uma delas. Teodora não gostava disso, o que achava uma desonra.
Por essa causa mandou matar todas as prostitutas que assim diziam. Os cristãos da época protestaram
chamando-a de assassina e afirmando que em existências futuras ela seria assassinada várias vezes, fruto
da lei de causa e efeito. A partir daí Teodora tomou pavor da doutrina da reencarnação, e como era muito
influente politicamente e junto ao papa da época, desencadeou enorme perseguição aos defensores da
ideia reencarnacionista, até que no referido concílio conseguiu extinguir a doutrina da reencarnação dos
princípios cristãos oficiais. Deste modo o Concílio decretou: Todo aquele que defender a doutrina mística
da preexistência da alma e a consequente assombrosa opinião de que ela retorna, seja anátema. A partir
daí ficou extinto dos dogmas da igreja a doutrina da reencarnação.
Atualmente os cristãos sejam seguidores da igreja de Roma ou os filiados à escola protestante têm
como crença a eternidade das penas e dos gozos futuros. Segundo católicos há o Céu para os que viveram
em plena harmonia com os preceitos da igreja, o inferno para os que praticaram o mal de modo extremo, e
o purgatório para os que não fizeram tanto mal, mas têm ainda algo a expiar; no dia do juízo estes serão
salvos. Os seguidores da reforma por sua vez não adotam a ideia do purgatório, mas creem no céu para os
justos e o inferno para os injustos.

5 NATUREZA DOS MILAGRES


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Um milagre (do latim miraculum, do verbo mirare, "maravilhar-se") é um acontecimento dito


extraordinário que, à luz dos sentidos e conhecimentos até então disponíveis, não possuindo explicação
científica ainda conhecida, dá-se de forma a sugerir uma violação das leis naturais que regem os
fenômenos ordinários.
Para grande parte dos teístas, sua realização é atribuída à omnipotência divina, sendo considerado
como um ato de intervenção direta de Deus (ou de deuses) no curso normal dos acontecimentos.
Geralmente os milagres têm, segundo esses, propósitos definidos, sendo o mais comum o de
beneficiar, por mérito moral e ou de fé, adeptos de determinada crença em detrimento dos não adeptos,
que permanecem sujeitos às leis regulares.
Durante os 3 anos de seu ministério (algures entre 27 e 30 d.C), Jesus praticou vários milagres.
Alguns desses milagres não eram nada fora do comum naqueles tempos, exceto os relatados em relação às
ressurreições, como a ressurreição de Lázaro. Milagreiros e curandeiros perambulavam pelo país. No
entanto, alguns ficaram impressionados pela forma como Jesus curava. Os milagres feitos por Jesus são
mencionados em duas seções do Corão (suras 3.49 e 5.110) em traços gerais com poucos detalhes ou
comentários
À luz da ciência moderna, embora haja certamente muitas perguntas ainda sem resposta, situação
plenamente coerente com o método científico e com o dinamismo e o ceticismo da ciência em sua
definição moderna, não há milagres verificados. A busca científica por explicações para os fenômenos
suportados por fatos verificáveis (fatos científicos) tem historicamente conduzido a teorias científicas e
explicações naturais para todos os fenômenos até então conhecidos. À luz da ciência, a natureza funciona
conforme ela é, e não da forma como alguma deidade ou o homem quer.
Sob concepção científica o universo é regido por regras naturais e não vontades sobrenaturais, e a
crença exarcebada na não veracidade dessa afirmação pode implicar riscos significativos, incluso o risco
de morte, não apenas para os demais seres vivos como também, sobretudo, para a pessoa humana.
No meio cristão, o milagre tem um papel central e é considerado a prova da origem divina de
qualquer uma das “verdades de fé”. Tem como finalidade conduzir os seres humanos a Deus de modo
extraordinário. Na maior parte das religiões cristas não é pedido que se acredite em nenhum outro milagre
que não sejam os narrados na Sagrada Escritura. Estes são considerados como fazendo parte da
Revelação pública Divina. Os demais são considerados como fazendo parte de Revelação Privada ou
particular e não há a obrigatoriedade de se acreditar neles.
Segundo a maior parte das denominações cristãs, durante seu ministério, Jesus operou vários
milagres, mostrando assim seu poder sobre a doença, a natureza e até mesmo sobre a morte.
Jesus não teria usado seus poderes para benefício próprio, nem mesmo ao ficar quarenta dias em
jejum, quando foi levado ao deserto para ser tentado por Satanás (Mt 4.1-11). Para os crentes, milagres
sempre são feitos por Jesus Cristo através do Espírito Santo. Os crentes evangélicos crêem também que o
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milagre é a manifestação da vontade divina sobre determinada situação, e serve tão somente para que o
nome de Deus seja glorificado, tal como os operados pelo seu Filho.
Segundo a Doutrina Espírita, não existem milagres na concepção comumente empregada a este
termo. Para o Espiritismo, todos os acontecimentos ocorrem dentro das Leis Naturais. Sendo essas Leis
criadas e mantidas por Deus, e sendo Deus perfeito, não haveria motivo para derrogá-las ou contradizê-las
uma vez que elas próprias derivam da perfeição, segundo a lógica Espírita.
Para o Espiritismo, tudo aquilo que não encontra presentemente explicação nas leis da natureza
será explicado com base na ciência, no futuro, tendo em vista que o conhecimento humano atual ainda
não é capaz de explicar todos os eventos no Universo. Afirmam categoricamente que não fazem milagres.
E que se fosse possível colocar duas pessoas muito distantes uma da outra conversando por meio de
aparelhos eletrônicos pareceria um milagre para um indivíduo do século I.

6 O MITO, O SAGRADO E O PROFANO


Todos os povos antigos Assírios, babilônicos, persas, egípcios, hindus, chineses, e gregos tem seus
mitos. Na religião grega, que tem a mais bela expressão em Homero (Ilíada e Odisséia), tudo que
acontece é obra dos deuses, todos os fenômenos naturais, os trovões e os raios são arremessados do alto
por Zeus, as ondas do mar, os ventos são impelidos por Éolo. O que a divindade exige do homem não é
mudança íntima de seu modo de pensar, nem luta contra suas tendências naturais e seus impulsos, mas
seu cumprimento do dever religioso que é honrar a divindade.
Na mitologia os gregos acreditavam que todas as coisas aparentemente inexplicáveis eram fruto
das ações divinas de seres que ninguém era capaz de ver, ou então obra de heróis do passado. A religião,
para o homem da Grécia antiga, consistia em cultos aos deuses do Olimpo, realizados em templos comuns
ou em altares e, também, culto aos heróis históricos, realizados em suas respectivas tumbas. Além de a
religião ter sido praticada através de festivais, nela se acreditava que os deuses interferiam diretamente
nos assuntos humanos e que era necessário acalmá-los por meio de sacrifícios.
O mito, “em sua acepção geral e em sua fonte psicológica, acaba sendo a animação dos fenômenos
da natureza e da vida, animação devida a alguma forma primordial e intuitiva do conhecimento humano,
onde o homem projeta a si mesmo nas coisas, personifica-se, figura e comportamentos sugeridos pela sua
imaginação; o mito é, em suma, uma representação fantástica da realidade; o mito é uma representação
fantasiosa, mecanizada e metal do homem, para dar explicação à natureza e da vida”. O mito grego
explica as origens do mundo e os pormenores das vidas.
O mito conta uma história sagrada, quer dizer, um acontecimento primordial que teve lugar no
começo do Tempo. Mas contar uma história sagrada equivale a revelar um mistério, pois as personagens
do mito não são seres humanos: são deuses ou Heróis civilizadores. Por esta razão seus gestos constituem
mistérios: o homem não poderia conhecê-los se não lhe fossem revelados.
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O sagrado está relacionado com o divino: um objeto sagrado não é um objeto divino, mas um
objeto que permite a ligação com o divino. Estando associado à divindade, reflete os sentimentos que a
própria divindade evoca. A divindade a que o sagrado permite uma ligação é uma força e um poder que
não se pode definir. Esta força sobrenatural e incontrolável é poderosa para além da imaginação. É esse
desconhecido que atrai e repulsa, que fascina e aterroriza: porque o seu poder é tão desejado como
temido, os seus favores tão ambicionados como a sua fúria é indesejada. O profano seria tudo aquilo que
não está ligado à religião e nem ao divino.
O homem toma conhecimento do sagrado porque este se manifesta, se mostra como algo
absolutamente diferente do profano. O ato da manifestação do sagrado é o termo hierofania
(manifestação do sagrado). Há manifestações do sagrado a partir da mais elementar hierofania (a
manifestação do sagrado num objeto qualquer, urna pedra ou uma árvore) até a hierofania suprema (para
um cristão, a encarnação de Deus em Jesus Cristo). Todo espaço sagrado implica uma hierofania, uma
irrupção do sagrado que tem como resultado destacar um território do meio cósmico que o envolve e o
torna qualitativamente diferente.
Quando, em Haran, Jacó viu em sonhos a escada que tocava os céus e pela qual os anjos subiam e
desciam, e ouviu o Senhor, que dizia, no cimo: “Eu sou o Eterno, o Deus de Abraão!”, acordou tomado de
temor e gritou: “Quão terrível é este lugar! Em verdade é aqui a casa de Deus: é aqui a Porta dos Céus!”
Agarrou a pedra de que fizera cabeceira, erigiu a em monumento e verteu azeite sobre ela. A este lugar
chamou Betel, que quer dizer “Casa de Deus” (Gn 28. 12-19). O simbolismo implícito na expressão
“Porta dos Céus” é rico e complexo: a teofania (manifestação da divindade) consagra um lugar pelo
próprio fato de torná-lo “aberto” para o alto, ou seja, comunicante com o Céu, ponto paradoxal de
passagem de um modo de ser a outro.
Segundo as tradições dos achilpa, uma tribo Arunta, o Ser divino Numbakula “cosmizou”, nos
tempos míticos, o futuro território da tribo, criou seu Antepassado e fundou suas instituições. Do tronco
de uma árvore da goma, Numbakula moldou o poste sagrado (kauwa auwa) e, depois de tê-lo ungido com
sangue, subiu por ele e desapareceu no Céu. Esse poste representa um eixo cósmico, pois foi à volta dele
que o território se tornou habitável, transformou-se num “mundo”. Daí a importância do papel ritual do
poste sagrado: durante suas peregrinações, os achilpa transportam no sempre consigo e escolhem a
direção que devem seguir conforme a inclinação do poste. Isto permite que os achilpa, embora se
desloquem continuamente, estejam sempre no “seu mundo” e, ao mesmo tempo, em comunicação com o
Céu, onde Numbakula desapareceu. Se o poste se quebra, é a catástrofe; é de certa maneira o “fim do
Mundo”, a regressão ao Caos. Contam Spencer e Gillen que, tendo se quebrado uma vez o poste sagrado,
toda a tribo foi tomada de angústia; seus membros vaguearam durante algum tempo e finalmente
sentaram-se no chão e deixaram-se morrer.
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7 A VALIDADE DOS LIVROS SAGRADOS - BÍBLIA E A CIÊNCIA


Dizem que a Bíblia perdeu a batalha para a ciência. Há um amontoado de livros escritos sobre esta
polêmica. Porém, não há contradição alguma entre a Bíblia e a verdadeira ciência. O que existe é uma
tensão entre a Bíblia e o cientismo (teoria positivista que defende ser a ciência o melhor método para o
conhecimento de todas as coisas). As teorias ou hipóteses científicas, não podem se comparadas a fatos
bíblicos ou procurar apoio na Palavra de Deus.
Caso os defensores da teoria da evolução, a tratassem apenas como uma das teorias sobre a origem
da vida, não haveria tanta relutância entre a fé cristã e a evolução. O problema é que as conclusões a favor
da evolução, não são alcançadas cientificamente, mas com o apoio da filosofia do cientismo nada pode
ser comprovado.
A Bíblia neste caso é atacada, não só pelo conceito da criação especial, mas também por diversos
outros pontos, inclusive a afirmação de que a Bíblia é um livro humano e falível. A reflexão do século XX
levou a evidência de que a ciência é o conhecimento e não a sabedoria. A ciência trabalha com fatos e
conhecimentos científicos que foram demonstrados e provados após uma clara e justa aplicação do
método cientifico. Um fato científico ou uma lei científica é indiscutível. Geralmente apta para
conclusões fidedignas, portanto podem ser demonstradas como verdades admitidas por todos. Neste caso
não entra em choque com a Bíblia, Louis Pasteur, notável médico e cientista francês, reconheceu que
Bíblia tinha razão.
A verdadeira ciência pode servir a Deus, pois a Bíblia produz o verdadeiro conhecimento. A Bíblia
não é um compêndio científico, muitas descobertas científicas soam reais e não estão na Bíblia. Muitos
casos a Bíblia antecipou e tem antecipado a ciência. Por exemplo: reconheceram que a terra está suspensa
no espaço (Jó 26.7). Tenha sempre em mente a Bíblia é a Palavra de Deus é perfeita, enquanto que a
ciência é imperfeita e em muitos casos cabem recursos e mudanças, é permissível.

8 A NATUREZA E EXISTÊNCIA DE DEUS


Segundo Battista Mondin “...o estudo racional de Deus, ou seja, é o estudo da existência, natureza,
atributos, operações de Deus, tais como podem ser captados pela inteligência humana ao refletir sobre os
fenômenos que podemos experimentar neste mundo”.
Os grandes pensadores do passado sempre ousaram enfrentar o tema de Deus, pois incumbe à
natureza racional do homem de tentar conhecer a Deus. Entretanto, a religião não se fundamenta no
conhecimento racional de Deus. É inútil tentar demonstrar a existência e a natureza de Deus.
No passado, a existência de Deus era reconhecida socialmente, nos tempos modernos, o problema de
Deus tornou-se, o de sua existência.
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Existe como a ciência provar a existência de Deus? Cientistas tentam repetir as situações
climáticas da terra a bilhões de anos, quando surgiu a vida, e vêm tendo sucesso. Cientistas já criaram em
laboratório uma bactéria unicelular capaz de se reproduzir.
A filosofia grega esboçou argumentos como: a inteligência criadora, à suprema ideia do bem
infinito, o primeiro movimento universal e a unidade primeira para achar a Deus. O grego é o homem que
procura a Deus e o judeu é o homem que foi encontrado por Deus.
A filosofia ocidental pensou Deus usando os conceitos gregos como: ser, causa, essência,
contingente, necessária, fim, etc. Os filósofos gregos não puderam harmonizar sua filosofia com sua
religião. Na Física fala de um primeiro motor imóvel, na Metafísica explica o movimento não só por uma
causa, mas também por um último fim.
Agostinho escreve: “O entendimento é dom da fé. Não queiras entender para crer, mas crer para
entender”. Mas a partir dos tempos modernos, a Filosofia rompe com a Teologia. O homem constituiu o
ponto de partida para a reflexão filosófica do problema de Deus. O filósofo quer obter uma explicação do
mundo sem recurso ao divino. Os filósofos esforçaram-se por experimentar a Deus intelectualmente.
Alguns afirmam que o homem só pode crer em Deus, se antes o tiver conhecido pela razão.
Diz Anselmo: “crer para compreender. Efetivamente creio, porque, se não cresse, não conseguiria
compreender”. Não parte de uma experiência externa, mas do próprio conceito de Deus. E procura
exclusivamente através da razão, provar que o dado de fé compreende a verdade. Anselmo examina o
problema do ser do qual não é possível pensar nada maior. Se Deus apenas existisse no pensamento,
também podemos pensar que existe na realidade. O argumento ontológico de Anselmo excluindo o
caminho da experiência pessoal e do mundo.
Não há sentido em falar-se do conhecimento de Deus, se não se admite que Deus exista. Há forte
prova da presença universal da ideia de Deus na mente humana, mesmo entre as tribos não civilizadas e
que não tem recebido o impacto da revelação especial.
No transcurso do tempo foram elaborados alguns argumentos em favor da existência de Deus.
Acharam ponto de apoio na teologia, alguns deles já tinham sido sugeridos, em essência, por Platão e
Aristóteles, e outros foram acrescentados modernamente por estudiosos da filosofia da religião. Dentre
os argumentos racionais destacam-se:
1. O ARGUMENTO ONTOLÓGICO. Este argumento foi apresentado em várias formas por
Anselmo, Descartes, Samuel Clark, e outros. Foi apresentado em sua mais perfeita forma por Anselmo.
Este argumenta que o homem tem a ideia de um ser absolutamente perfeito; que a existência é atributo de
perfeição; e que, portanto, um ser absolutamente perfeito tem que existir. “Tenho ideia de Deus: portanto,
tenho experiência de Deus”.
2. O ARGUMENTO COSMOLÓGICO. Este argumento tem aparecido em diversas formas. Cada
coisa existente no mundo tem que ter uma causa adequada; sendo assim, o universo também tem que ter
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uma causa adequada, isto é, uma causa indefinidamente grande. O universo material aparece como
sistema interativo e, portanto, como uma unidade que consiste de várias partes. Daí deve haver um Agente
Integrante que veicule a interação das várias partes ou constitua a base dinâmica da existência delas
3. O ARGUMENTO TELEOLÓGICO. Em toda parte o mundo revela inteligência, ordem,
harmonia e propósito, e assim implica a existência de um ser inteligente e com propósito, apropriado para
a produção de um mundo como este. Este argumento não prova a existência de Deus, nem de um criador,
mas somente a de um grande arquiteto que modelou o mundo.
4. O ARGUMENTO MORAL. Este argumento diz que há a existência de alguém que, como
legislador e juiz, tem absoluto direito de dominar o homem. É o argumento em que se apoia
principalmente, em sua tentativa de provar a existência de Deus. Alguns argumentam baseados na
desigualdade muitas vezes observada entre a conduta moral dos homens e a prosperidade que eles gozam
na vida presente, e acham que isso requer um ajustamento no futuro que, por sua vez, exige um árbitro
justo.
5. O ARGUMENTO HISTÓRICO OU ETNOLÓGICO. Em geral este argumento toma a seguinte
forma: Entre todos os povos e tribos da terra há um sentimento religioso que se revela em cultos
exteriores. Visto que o fenômeno é universal, deve pertencer à própria natureza do homem. E se a
natureza do homem naturalmente leva ao culto religioso, isto só pode achar sua explicação num ser
superior que constituiu o homem um ser religioso.
Ao avaliar estes argumentos racionais, deve-se assinalar antes de tudo que os crentes não precisam
deles. Sua convicção a respeito da existência de Deus não depende deles, mas, sim, da confiante aceitação
da autorrevelação de Deus na Escritura. Eles são importantes como interpretações da revelação geral de
Deus e como elementos que demonstram o caráter razoável da fé em um ser divino. Embora não provem
a existência de Deus além da possibilidade de dúvida e a ponto de obrigar o assentimento, podem ser
elaborados de maneira que estabeleçam uma forte probabilidade da existência de Deus.

REFERÊNCIAS
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Campinas: Luz Para o Caminho, 1990.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano . São Paulo: Martins, 1986.
LEWIS, C.s. O Problema do sofrimento. São Paulo: Vida Nova, 1987.
ZILLES, Urbano. O problema do conhecimento de Deus. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1989.

TRABALHO: Leia o texto abaixo e faça uma redação, em folha a parte, sobre o tema: A religião
atualmente liga o homem a Deus ou serve como status social do homem?

“A palavra Religião deriva do termo latino “Re-Ligare”, que significa “religação” com o divino.
Religião pode, assim, ser definida como o conjunto das atitudes e atos pelos quais o homem se prende, se
liga ao divino ou manifesta sua dependência em relação a seres invisíveis tidos como sobrenaturais. Essa
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definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas,
mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica
fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além do mundo físico... As religiões são então um
fenômeno inerente à cultura humana, assim como as artes e técnicas... A grande maioria da humanidade
professa alguma crença religiosa direta ou indiretamente... Grande parte de todos os movimentos
humanos significativos teve a religião como impulsor.”

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