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Resposta Técnica

Assunto
Meio ambiente, reciclagem, tratamento de resíduos

Palavras-chave
Reciclagem; embalagens longa vida; tetra pak; telhas onduladas

Identificação da demanda
Gostaria de obter informações sobre a tecnologia de reciclagem de embalagens tetra pak,
tecnologia esta que transforma as embalagens em telhas onduladas. Qual fábrica dispõe dos
equipamentos que transformam as embalagens em telhas onduladas?

Solução apresentada
1) Introdução
As embalagens Longa Vida foram inventadas por Ruben Rausing a partir da premissa de que
uma embalagem deve economizar mais do que custa. A sua comercialização iniciou-se em 1952,
na Suécia, e desde então tem aumentado por todo o mundo.

No Brasil, o uso de embalagens cartonadas iniciou-se em 1957, e com grande aceitação, pois
torna possível o transporte de produtos perecíveis a longas distâncias, comuns em um país com
vasta extensão territorial, sem necessidade de refrigeração, chegando intactos e perfeitos para o
consumo.

A embalagem Longa Vida (Tetra-pack, Tetra Brik Asséptica, dentre outras) é composta de várias
camadas de material; papel (75%), polietileno de baixa densidade (20%) e alumínio (5%).

A embalagem Tetra Brik Aseptic, popularmente conhecida como embalagem longa vida, é
constituída de seis camadas, sendo de dentro para fora: polietileno, polietileno, alumínio,
polietileno, papel e polietileno.
A composição da embalagem é: 75% de papel duplex (fibra longa), 20% de polietileno e 5% de
alumínio.
As embalagens Tetra Rex são constituídas de papel branqueado e polietileno, podendo ter em
sua composição a camada de alumínio. São utilizadas para produtos refrigerados como sucos
e leites pasteurizados.
As embalagens Tetra Top são constituídas por papel duplex e polietileno e são utilizadas para
envase de produtos pasteurizados.

É uma embalagem extremamente eficiente no seu papel de preservação dos alimentos e após o
consumo deve ser encaminhadas para os programas de Coleta Seletiva. Essas iniciativas estão
em crescimento constante e são os grandes responsáveis pela separação dos diversos tipos de
materiais recicláveis e encaminhamento dessas embalagens para reciclagem.

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As embalagens Longa Vida são separadas na coleta seletiva e encaminhadas para as indústrias
recicladoras adequadas; não há limitações para a sua reciclagem e ocorre o reaproveitamento de
todas as suas camadas.

O mercado de reciclagem de embalagens cartonadas é muito grande, pois envolve indústrias


papeleiras, de plástico e também fabricantes de placas e telhas, contribuindo para o crescimento
desse mercado. Outro ponto a destacar é a diversidade de oportunidades que surgem com o uso
de uma matéria-prima alternativa também para fabricação de móveis, peças de escritórios, dentre
outros produtos a serem desenvolvidos.

No Brasil, em 2003, 20% foi a taxa de reciclagem de embalagens longa vida, totalizando cerca
de 30 mil toneladas. Cada tonelada de embalagem cartonada reciclada gera, aproximadamente,
680 quilos de papel kraft.

No Brasil, é previsto um aumento constante da reciclagem dessas embalagens devido à expansão


das iniciativas de coleta seletiva com organização de municípios, cooperativas e comunidade e
ao desenvolvimento de novos processos tecnológicos; a taxa mundial de reciclagem de
embalagens longa vida pós-consumo é de 15%.

1.1. Características do material


A embalagem Longa Vida, também chamada de Cartonada ou Multicamadas, é composta
de várias camadas de papel , polietileno de baixa densidade e alumínio, mas é considerada
uma embalagem bastante leve. Esses materiais em camadas criam uma barreira que impede
a entrada de luz, ar, água, microorganismos e odores externos e, ao mesmo tempo, preserva
o aroma dos alimentos dentro da embalagem.
Além disso, a Embalagem Cartonada dispensa o uso de conservantes e não necessita de
refrigeração, economizando energia da geladeira e de caminhões frigoríficos. O não uso de
refrigeração também contribui para a diminuição do uso do gás CFC(ainda usado em
diversos sistemas de refrigeração), um dos responsáveis pela destruição da camada de
ozônio.

2. O Ciclo da Reciclagem

Devido ao aumento de consumo das embalagens cartonadas, desenvolveu-se um


processo para reciclagem com separação das fibras de papel dos outros dois materiais. Este
processo foi denominado de “hidrapulper”, consistindo em se hidratar as fibras da embalagem
através de força mecânica em um pulper de alta consistência.

2.1. Descrição do Processo


a) Separação dos compostos
O esquema simplificado do processo de reciclagem pressupõe a necessidade de um pulper de
alta consistência, trabalhando a 15% em água e sem adição de qualquer composto
químico para acelerar a hidratação das fibras.

O tempo de agitação é de trinta e cinco minutos, período acima deste tempo pode prejudicar a
qualidade das fibras recuperadas.
Após hidratação, ocorre a separação do polietileno e alumínio do papel. Em seguida, as

SBRT – Formulário de Resposta Técnica Padrão 2


fibras de papel são lavadas e purificadas. O papel recuperado pode ser utilizado para produção de
papel toalha, caixas de papelão, embalagens de ovos, palmilha para sapatos etc. O resíduo
composto por polietileno/alumínio é utilizado como combustível em caldeiras especiais com
filtros para purificação dos gases de exaustão ou fornos de cal. Plástico/alumínio pode também
ser utilizado como matéria-prima na injeção de peças
plásticas após secagem e aglutinação.

b) Reciclagem das fibras de papel

Um pulper de alta consistência, trabalhando a 15% em água e sem adição de qualquer composto
químico para acelerar a hidratação das fibras. O tempo de agitação é de trinta e cinco minutos,
período acima deste tempo pode prejudicar a qualidade das fibras recuperadas.
Após hidratação, ocorre a separação do polietileno e alumínio do papel. Em seguida, as
fibras de papel são lavadas e purificadas. O papel recuperado pode ser utilizado para produção de
papel toalha, caixas de papelão, embalagens de ovos, palmilha para sapatos etc.

O processo de reciclagem das Embalagens Longa Vida inicia-se nas fábricas de papel, onde as
embalagens são alimentadas a um equipamento semelhante a um liquidificador gigante, o
"hidrapulper". As fibras são agitadas com água e sem produtos químicos, hidratando-se e
separando-se das camadas de plástico/ alumínio. Após a separação, estas fibras celulósicas
seguem para a máquina de papel. O produto final é o papel reciclado que pode ser usado para
confecção de caixas de papelão.

c) Reciclagem do plástico / alumínio


Após o reaproveitamento do papel, o polietileno e o alumínio seguem para outros processos
produtivos:

Produção de “Pellets”:
O composto de plástico com alumínio pode ser encaminhado para as indústrias de plástico, onde
são reciclados por meio de um processo de extrusão para produção de “pellets”. Esses “pellets”
são pequenos grãos de plástico/alumínio que podem ser utilizados como matéria-prima nos
processos de fabricação de peças por injeção, rotomoldagem ou sopro. Os produtos finais são
canetas, paletes, banquetas, vassouras, coletores, dentre outros produtos.

Fabricação de placas e telhas:


Quando ocorre a trituração das camadas de polietileno + alumínio, estas são depois prensadas a
altas temperaturas, produzindo chapas semelhantes à madeira, ideais para a produção de movei,
divisórias, e telhas dos mais diversos tipos.

A composição da embalagem Tetra Pak a torna bastante semelhante ao “durafoil”, a manta


isolante que é usada sob telhados, principalmente de telhas de cimento-amianto, para controlar o
calor, que pode chegar a 70 graus dentro das casas. Algumas empresas estão, então, reciclando as
embalagens para a produção de telhas baratas. Este material já está sendo vendido em alguns
pontos, a um custo 40% inferior ao das telhas de cimento-amianto.

Utilização em indústria química:


Outra possibilidade é a recuperação do alumínio metálico pelo uso da tecnologia de plasma, onde
o alumínio é recuperado e transformado em folhas de alumínio, que podem voltar para a
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fabricação de novas embalagens Longa Vida, e o polietileno, retorna na forma de parafina, e é
utilizado em indústrias químicas.

d) Equipamentos
- Pulper de alta consistência
- Purificador primário - onde é feita a purificação inicial das fibras;
- células de flotação para tratamento das águas residuárias;
- peneiras pressurizadas;
- baterias de cones purificadores;
É importante salientar que as unidades de recuperação de fibras devem ser colocadas ao
lado das empresas produtoras de papel, evitando-se, assim, o transporte das fibras com alto teor
de umidade. Toda água é recuperada e retorna para o processo de hidratação das fibras.

Os ensaios físicos mostraram excelente qualidade de fibras, podendo ser utilizadas em


diversos processos de fabricação de papéis. O alumínio e o polietileno rejeitados no processo de
desagregação podem ser reciclados de três formas: a incineração com recuperação de energia, a
recuperação do alumínio (na forma metálica) por pirólise, ou a fabricação de peças plásticas por
processos de termo-injeção.
Figura 3 - Hidrapulper em alta consistência antes da desagregação

Figura 4 - Hidrapulper em alta consistência após a sagregação

2.2. Trabalhos de pesquisa


O pesquisador Mario Henrique de Cerqueira, Engenheiro de Desenvolvimento Ambiental da
Tetra Pak , no trabalho intitulado “ PLACAS E TELHAS PRODUZIDAS A PARTIR DA
RECICLAGEM DO POLIETILENO / ALUMÍNIO PRESENTES NAS EMBALAGENS
TETRA PAK” aborda as etapas do processo, depois da etapa primária, que é realizada na
indústria papeleira, conforme já destacado anteriormente.
Citando trabalhos desenvolvidos por ZUBEN e NEVES (1999), ele afirma que uma alternativa
para a etapa secundária da reciclagem das embalagens longa vida é a extrusão das camadas de
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polietileno / alumínio, o que possibilita a produção de diversos materiais como brindes, coletores
de lixo, base de vassouras, entre outros, e ainda a produção de placas e telhas.
A placas têm sido empregadas como matéria prima alternativa para a indústria moveleira e para a
de construção civil. As telhas são opção para as de fibrocimento, principalmente em prédios,
áreas cobertas e propriedades rurais.
São quatro as empresas fabricantes de placas e telhas no estado de São Paulo:
Entre os distribuidores dessa nova telha estão a Ibaplac, (0--16) 243-1747; a Reciplac, (0--19) 3404-
6151; a Ecofuturo, (0--19) 3227-4044, a Ecoplac, (0--19) 3495-3419 e ainda a Ecoform (Piracicaba/SP),
Ecoways em Itupeva, e estudos ainda vêm sendo realizados na Unicamp, (0--19) 3788-5108, e na
Tetra Pak, (0--11) 5501-3200.
O princípio do processo de fabricação das placas e telhas consiste na fusão do material sob
pressão e posterior resfriamento.
O polietileno contendo alumínio é triturado em pequenos fragmentos usando-se moinhos de faca.
A redução do tamanho do material facilita sua fusão e dá ao produto acabado maior
homogeneidade.
Após trituração, o material é disposto em formas, para formatação das chapas. Essas formas
repletas de polietileno / alumínio são introduzidas em prensas utilizadas para a produção de
placas de compensado. Neste processo as prensas são modificadas diminuindo-se de 8 para 4
bandejas, visando permitir a entrada do material, já que possui densidade aparente menor que a
madeira.
o
Essas prensas normalmente são projetadas para trabalhar com temperaturas menores que 160 C.
No processo de fabricação das placas e telhas com plástico / alumínio das embalagens longa
o
vida, a temperatura de trabalho é de aproximadamente 180 C, fazendo-se necessário que o
o
sistema de aquecimento seja alterado, para que atinja temperaturas entre 160 e 200 C.

Os sistemas de aquecimento das prensas existentes no mercado basicamente são três: através de
resistências elétricas, vapor e óleo térmico. As prensas elétricas são recomendadas para fábricas
com pequena produção, devido a maior flexibilidade proporcionada. Já as prensas à vapor e com
óleo térmico são recomendadas para produção em larga escala., visando otimização de energia
no processo.
Após fusão do polietileno, as placas passam por processo de resfriamento, para cura e
endurecimento das camadas plásticas. As espessuras das placas podem variar de 4 a 50mm,
dependendo-se da quantidade de material alimentado e da pressão aplicada. Espessuras maiores
podem ser obtidas fazendo-se a reprensagem de diversas placas pré-formadas, colocando-as
umas sobre as outras.
A produção de telhas segue o mesmo processo da fabricação de telhas, no entanto, as placas,
ainda quentes, são introduzidas em um processo de prensagem a frio com formas onduladas, em
que o material adquire a geometria de telhas ao resfriar. O tempo de resfriamento é da ordem de
5 a 10 minutos, dependendo-se da espessura do insumo produzido.
Os testes realizados foram baseados nas normas NBR 5642 (Telha de Fibrocimento –
Verificação da Impermeabilidade), e os ensaios obedeceram os princípios das normas:
- ASTM D 698/98, “Tensile Properties of Plastics”;
SBRT – Formulário de Resposta Técnica Padrão 5
- ASTM D 790 / 98, “Flexural Properties of Unreinforced and Reinforced Plastics and Eletrical
Insulating Materials”;
- ASTM 570 / 98, “Water Absorption of Plastics”;
- NBR 9442/1986, “Materiais de Construção – Determinação do Índice de Propagação
Superficial de Chama pelo Método do Painel Radiante”.

Conclusão e recomendações
Sugerimos que seja realizado contato direto para ampliação de conhecimentos e obtenção de
informações adicionais nos seguintes endereços:
- CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem
Rua Bento de Andrade, 126 - Jd. Paulista - CEP: 04503-000 - São Paulo - SP
Tel: (0xx11) 3889-7806 / Fax: (0xx11) 3889-8721
E-mail: cempre@cempre.org.br
- Engenheiro civil Luis Otto Faber Schmutzier, pesquisador da Faculdade de Engenharia
Mecânica da UNICAMP – Universidade de Campinas (www. unicamp.br)
- http://www.tetrapak.com.br/index2.asp?home=negocios
- http://www.engeplasonline.com.br/telhas.html
- http://www.unilivre.org.br/banco_de_dados/experiencias/experiencias/453.html
- http://www.idhea.com.br/ecoprodutos/telhas_recicladas.htm
- Engeplas - R. Des. Hugo Simas, 1757 - Lj 11 - Jardim Schaffer
Fone: (41) 338-7790 / Fax: (41) 338-7756 CEP: 80520-250 Curitiba – Paraná

- Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica: www.idhea.com.br

Referências

- NEVES, F. L.; “Reciclagem de embalagens cartonadas Tetra Pak”. Revista ‘O Papel’ no 2, pág.
38-45, 1999
- ZUBEN, F. von; NEVES, F. L; “Reciclagem do alumínio e do polietileno presentes nas
Embalagens Cartonadas Tetra Pak”. In: Seminário Internacional de Reciclagem do Alumínio,
São Paulo, 1999. anais. São Paulo: ABAL, 1999, pág. 96 – 109.
- FERREIRA, O. P.; Universidade de São Paulo – Escola de Engenharia de São Carlos –
Departamento de Arquitetura e Urbanismo, laudo datado de 13/12/2001.
- VECCHIA, F.; Universidade de São Paulo – Escola de Engenharia de São Carlos
– Departamento de Hidráulica e Saneamento, laudo datado de 24/09/2002.
- Relatório de Ensaio do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) – Laboratório de Plásticos e
Borrachas/APO/DQ no 890.824, datado de 05/06/2002.
- Relatório de Ensaio do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) – Laboratório de
Segurança ao Fogo/AISF/DEC no 890.868, datado de 06/06/2002.

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- CERQUEIRA, Mário Henrique de. PLACAS E TELHAS PRODUZIDAS A PARTIR DA
RECICLAGEM DO POLIETILENO / ALUMÍNIO PRESENTES NAS EMBALAGENS
TETRA PAK. Tetra Pak
- Embalagem longa-vida em telhados (O Estado de São Paulo - Agrícola - 18/2/2004)
- ZUBEN, F.V. (1996). “Reciclagem de Embalagens Longa-vida Tetra Pak”. III Seminário
Internacional de reciclagem do Alumínio”. Coletânea de Trabalhos. São Paulo.

Nome do técnico responsável


Vanda Luci Gomes Paiva
Bolsista do SBRT

Nome da Instituição respondente

Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais / CETEC

Data de finalização

25/04/2005

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