Anda di halaman 1dari 19

Métricas na poesia

É denominada métrica a medida do verso de uma


poesia. Ao estudo da medida de cada verso é dado o
nome de metrificação, e, à prática das contagem
das sílabas poéticas é chamada de escansão, que
ocorre de forma auditiva, diferente do sistema
praticado na escrita gráfica, onde impera a contagem
simples das sílabas.

A contagem das sílabas poéticas é um processo que


torna as palavras ligadas mais intimamente umas às
outras, dando ao texto o ritmo desejado e a melodia
pretendida pelo poeta.

Na língua portuguesa existem doze espécies de


versos, que podem conter desde uma a doze silabas
métricas. Esta contagem deve ser feita da seguinte
forma:

1. A contagem sempre termina na sílaba tônica da


última palavra de cada verso. A contagem das demais
sílabas dessa mesma última palavra são
dispensadas, se houver;
2. A cada verso é iniciada uma nova contagem,
sendo dispensadas as sílabas que sobraram da
última palavra do verso anterior;
3. Na contagem, todas as pontuações são sempre
ignoradas;
4. As sílabas em cada um dos versos são contadas
até a última sílaba tônica;
5. Quando uma palavra termina com uma vogal
átona e a palavra seguinte começa por vogal também
átona, as sílabas que contêm essas vogais serão
combinadas em uma só sílaba métrica. Tal figura
poética recebe o nome de hiato;
6. Os hiatos podem dar origem a ditongos e estes,
embora com menos frequencia, em hiatos;
7. Quando a palavra termina em "m" e a seguinte
começa com vogal, pode acontecer o
desaparecimento da consoante, numa figura poética
que recebe o nome de ectlipse;

Os recursos e figuras poéticas inerentes à métrica


poética são vários:

1. Sinalefa – Contração que ocorre quando a última


vogal da palavra, transforma-se em semivogal,
formando um ditongo com a vogal que inicia a palavra
seguinte;
2. Elisão – Contração existente quando a última
vogal de uma palavra, é completamente assimilada
pela vogal que inicia a palavra seguinte,
desaparecendo assim;
3. Crase – Contração que se dá quando a última
vogal da palavra é igual à vogal que inicia a palavra
seguinte, fundindo-se numa só;
4. Ectlipse – Contração da última vogal de uma
palavra nasal, perdendo a sua nasalidade para formar
um ditongo com a vogal que inicia a palavra seguinte;
5. Hiato – Figura poética surgida de uma palavra
que terminar por vogal átona e cuja palavra seguinte
começar por vogal, também átona; as sílabas que
contêm essas vogais constituirão uma só sílaba
métrica
6. Diérese - Separação de duas vogais seguidas
dentro da mesma palavra, de modo que constituam
duas sílabas diferentes;
7. Sinérese - União de duas vogais, no interior da
mesma palavra, que não formavam ditongo, de modo
que formem uma única sílaba;
Sílabas Poéticas ou Métricas

Chamamos de sílabas métricas ou sílabas


poéticas cada uma das sílabas que compõem os
versos de um poema. As sílabas de um poema não
são contadas da mesma maneira que contamos as
sílabas gramaticais. A contagem delas ocorre
auditivamente. Quando fazemos isso, dizemos que
estamos escandindo os versos. A partir dessa
escansão é que podemos classificá-los.

Para contarmos corretamente as sílabas poéticas,


devemos seguir os seguintes preceitos:

1. Não contamos as sílabas poéticas que estão após


a última sílaba tônica do verso.
2. Ditongos têm valor de uma só sílaba poética.
3. Duas ou mais vogais, átonas ou até mesmo
tônicas, podem fundir-se entre uma palavra e outra,
formando uma só sílaba poética.

Observe a escansão dos versos de um trecho do


poema “A língua do nhem”, de Cecília Meireles.

Junção das vogais Sílaba tônica


No verso tradicional a quantidade de sílabas (a
métrica) do poema é fixa: eles terão de uma a doze
sílabas. No verso moderno, porém, a métrica é livre,
ou seja, cada verso poderá conter o número de
sílabas que o poeta achar conveniente. Por essa
razão, o ritmo também é apresentado de maneira
livre, de acordo com o desejo do autor.
Métrica

Métrica é o estudo dos versos. Uma forma de classificar


os poemas é de acordo com o número de sílabas
poéticas. As classificações métricas mais comuns são:
1) Monossílabo: 1 sílaba poética
2) Dissílabo: 2 sílabas poéticas
3) Trissílabo: 3 sílabas poéticas
4) Tetrassílabo: 4 sílabas poéticas
5) Pentassílabo ou Redondilha Menor: 5 sílabas
poéticas
6) Hexassílabo ou Heróico Quebrado: 6 sílabas poéticas
7) Heptassílabo ou Redondilha Maior: 7 sílabas poéticas
8) Octossílabo: 8 sílabas poéticas
9) Eneassílabo: 9 sílabas poéticas
10) Decassílabo: 10 sílabas poéticas
11) Hendecassílabo: 11 sílabas poéticas
12) Dodecassílabo: 12 sílabas poéticas
13) Bárbaro: 13 ou mais sílabas poéticas

Poemas que utilizam métricas variadas, muitas vezes


sem utilizar rimas, são chamados versos livres.
Algumas formas de poemas utilizam métricas fixas. É o
caso do soneto. Soneto é um poema de forma fixa, com
catorze versos. Sua estrutura é dividida em duas
estrofes com quatro versos cada, seguidas de duas
estrofes com três versos cada. Um exemplo de Soneto
pode ser visto abaixo:

SONETO DA HIPOCRISIA
Senti o ódio e seu imenso véu,
Cobrindo o mundo, enganando a esperança
E enquanto era planejada a vingança
Vi nuvens negras cruzarem o céu

Escondido no lugar mais profundo,


Com medo eterno e sedento de vida,
Hesitante em relação à saída,
O amor confinado no fim do mundo

Almas sugadas pela insegurança


Nos humanos, dentro do coração,
Triste pavor nos transforma em crianças

Seres fadados à diminuição


Mas o fogo interno que não se cansa
Faz a vida virar doce ilusão
Observe que, neste caso, todos os versos
são decassílabos.
Dentre os grandes sonetistas da literatura portuguesa,
destacam-se Camões, Augusto dos Anjos, Cruz e
Sousa, Olavo Bilac e Vinícius de Moraes.
Outra forma de poesia que se utiliza da métrica é
o haicai. Haicai é uma forma de poética de origem
japonesa que consiste na objetividade, utilizando apenas
três versos. De modo geral, o primeiro e o terceiro verso
possuem cinco sílabas poéticas, enquanto que o
segundo possui sete sílabas poéticas. Além disso, o
tema mais comum do haicai é a natureza. Um exemplo
de haicai pode ser visto abaixo:
NOITE
O tempo passando
Noite de vento suave
Saudade em meu peito
Para entender como sílabas poéticas são divididas, veja
a escansão.
Escansão
Um dos fatores mais importantes ao analisar um poema é a contagem
de sílabas poéticas. A essa prática, dá-se o nome de escansão.
De forma geral, escansão é a contagem dos sons dos versos. Essa
contagem difere da simples separação de sílabas das palavras, pois
segue as seguintes regras:
1) Após a última sílaba tônica do verso, não contamos mais
nenhuma;
2) Podem-se fundir duas ou mais vogais de palavras diferentes,
formando apenas uma sílaba poética.

Você deve se recordar das regras de acentuação tônica das palavras.


Uma palavra é oxítona caso a sílaba tônica (sílaba mais acentuada, mais
“forte”) seja a última. Por exemplo: ca-fé, in-te-ri-or, trem etc.
Paroxítona é a palavra cuja sílaba tônica seja a penúltima: por-ta, co-
ma-dre, de-ter-gen-te etc. Por fim, proparoxítona é a palavra cuja sílaba
tônica ocorre na antepenúltima: mé-di-co, pró-te-se, an-tí-do-to etc.
De acordo com a primeira regra acima, paramos a contagem de sílabas
na última tônica do verso. Vejamos como isso funciona no poema
abaixo:

SENTIDO
nesses dias
escassos
ainda não sei
ao certo
por que me levantei
A separação das sílabas poéticas ocorre da seguinte forma:

1) Nes | ses | di (3)


2) es | ca (2)
3) a | in | da | não | sei (5)
4) ao | cer (2)
5) por | que | me | le | van | tei (6)

Os números entre parênteses indicam o número de sílabas poéticas do


verso. Repare que, nos versos 1, 2 e 4, a contagem de sílabas poéticas
difere da separação silábica. Isso ocorre, pois os versos terminam com
palavras paroxítonas (“dias”, “escassos” e “certo”). Ou seja, a sílaba
tônica é a penúltima e, portanto, a última sílaba do verso não é contada.

A segunda regra trata de um fenômeno chamado elisão. Elisão é o


processo fonético em que há supressão de letras em uma palavra ou
expressão. Por exemplo, “d’água” (de água).
A elisão também influencia a contagem de sílabas poéticas, como no
poema abaixo:

NOITE
O tempo passando
Noite de vento suave
Saudade em meu peito
Neste caso, a escansão é realizada da seguinte forma:

1) O | tem | po | pas | san (5)


2) Noi | te | de | ven | to | su | a (7)
3) Sau | da | de em | meu | pei (5)
Repare que, no terceiro verso, de + em é contado como apenas uma
sílaba poética. Quando pronunciamos o trecho em questão,
naturalmente suprimimos a vogal átona em “de” na junção com a vogal
que inicia a palavra seguinte “em”.
Como escansão é a contagem dos sons dos versos, uma boa dica é ler
em voz alta.
Veja também como os poemas são classificados de acordo com
sua métrica.
Estrutura externa de um
poema
A estrutura externa de um poema se refere a seus
aspectos formais. Numa análise formal, os poemas são
analisados quanto ao número de estrofes, número de
versos por estrofe, esquema rimático em cada estrofe,
métrica dominante e tipo de rima existente.

A poesia, por oposição à prosa, é escrita em verso. Cada


linha do poema é chamada de verso. Um conjunto de
versos, separado de outro conjunto de versos por uma
linha branca, é chamado de estrofe.

Versos e estrofes

Os poemas podem possuir desde um a vários versos,


bem como desde uma a diversas estrofes. Embora haja
poemas de estruturas fixas, a maioria dos poetas atuais
opta pela liberdade na criação da estrutura do poema.

Classificação de estrofes quanto ao número de


versos:

 Estrofe com um verso: monóstico;


 Estrofe com dois versos: dístico;
 Estrofe com três versos: terceto;
 Estrofe com quatro versos: quarteto ou quadra;
 Estrofe com cinco versos: quintilha;
 Estrofe com seis versos: sextilha;
 Estrofe com sete versos: septilha;
 Estrofe com oito versos: oitava;
 Estrofe com nove versos: nona;
 Estrofe com dez versos: décima;
 Estrofe com mais de dez versos: estrofe irregular.
Exemplo de uma quadra:
“Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!”
(Mário Quintana)

Exemplo de uma sextilha:


“Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!”
(Castro Alves)

Poemas com estrutura fixa:

 Soneto: Formado por duas quadras e dois


tercetos.
 Balada: Formada por três oitavas (ou décimas) e
uma quadra (ou quintilha).
 Sextina: Formada por seis sextilhas e um terceto.
 Rondó: Formado por uma quintilha, um terceto e
outra quintilha.
 Rondel: Formado por duas quadras e uma
quintilha.
 Haicai: Formado por um terceto.

Exemplo de um soneto:
“Eu faço versos como os saltimbancos
Desconjuntam os ossos doloridos
A entrada é livre para os conhecidos...
Sentai, Amadas, nos primeiros bancos!

Vão começar as convulsões e arrancos


Sobre os velhos tapetes estendidos...
Olhai o coração que, entre gemidos,
Giro na ponta dos meus dedos brancos.
“Meu Deus! Mas tu não mudas o programa!”
- Protesta a clara voz das Bem-Amadas –
“Que tédio!” – o coro dos Amigos clama.

“Mas que vos dar de novo e de imprevisto?”


- Digo... e retorço as pobres mãos cansadas:
“Eu sei chorar... Eu sei sofrer... Só isto!”
(Mário Quintana)

Exemplo de um haicai:
“Tudo dito,
Nada feito,
Fito e deito.”
(Paulo Leminski)

Escansão e sílaba métrica

Escansão é a divisão de um verso em sílabas métricas.


Estas se referem às sílabas existentes num determinado
verso e diferem das sílabas gramaticais. O verso é
considerado na sua totalidade, como se fosse apenas
uma palavra. A contagem das sílabas existentes num
verso é feita apenas até à sílaba tônica da última palavra
do verso e, além disso, duas ou mais vogais no fim de
uma palavra e no início de outra pertencerão à mesma
sílaba.

Classificação de versos quanto ao número de


sílabas:

 verso com uma sílaba: monossílabo;


 verso com duas sílabas: dissílabo;
 verso com três sílabas: trissílabo;
 verso com quatro sílabas: tetrassílabo;
 verso com cinco sílabas: pentassílabo ou
redondilha menor;
 verso com seis sílabas: hexassílabo ou heroico
quebrado;
 verso com sete sílabas: heptassílabo ou
redondilha maior;
 verso com oito sílabas: octossílabo;
 verso com nove sílabas: eneassílabo;
 verso com dez sílabas: decassílabo
 verso com onze sílabas: hendecassílabo;
 verso com doze sílabas: dodecassílabo ou
alexandrino;
 verso com mais de doze sílabas: verso bárbaro;
 verso livre: usado atualmente pelos poetas
modernistas, não possuem número exato de
sílabas.

Exemplo de heptassílabo ou redondilha maior:


“Da aurora da minha vida” (Casimiro de Abreu)
(Da au / ro / ra / da / mi / nha / vi da)

Exemplo de decassílabo:
“E, se mais mundo houvera, lá chegara.” (Luís de
Camões)
(E / se / mais / mun / do hou / ve / ra / lá / che / ga ra)

Rima e esquema rimático

Na poesia, as rimas se caracterizam pela repetição de


sons no final de dois ou mais versos, conferindo
musicalidade ao poema. A classificação de rimaspoderá
ser feita quanto à fonética, quanto ao valor, quanto à
acentuação e quanto à posição no verso e na estrofe. O
esquema rimático é obtido através da posição das rimas
nos versos e nas estrofes.

Classificação de rimas:

 Quanto à fonética: rima perfeita ou consoante,


rima imperfeita, rima toante ou assonante e rima
aliterante.
 Quanto ao valor: rima pobre, rima rica e rima rara
ou preciosa.
 Quanto à acentuação: rima aguda ou masculina,
rima grave ou feminina e rima esdrúxula.
 Quanto à posição no verso: rima externa e rima
interna ou coroada.
 Quanto à posição na estrofe: rimas alternadas ou
cruzadas, rimas emparelhadas ou paralelas,
rimas interpoladas ou intercaladas, rimas
encadeadas, rimas mistas ou misturadas e versos
brancos ou soltos.

Exemplos:
“E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.”
(Olavo Bilac)

Esquema rimático: ABAB – rimas alternadas ou


cruzadas.
Enquanto/pranto: rimas externas, graves, consoantes e
ricas.
Aberto/deserto: rimas externas, graves, consoantes e
pobres.

Fique sabendo mais!

Além da estrutura formal, a análise de um texto poético


deverá englobar também a análise do conteúdo e da
estrutura interna do poema (subdivisões e forma de
organização das ideias), bem como dos aspectos
linguísticos utilizados, como o tipo de linguagem, o tipo
de discurso e as figuras de linguagem. Poderá ainda
contemplar uma opinião fundamentada sobre o poema,
referindo características do autor e do contexto social e
literário existente aquando da criação do texto poético.
Classificação de rimas
Na poesia, as rimas se caracterizam pela repetição de
sons no final de dois ou mais versos, conferindo
musicalidade ao poema. As rimas podem ser
classificadas quanto à fonética, quanto ao valor, quanto
à acentuação e quanto à posição no verso e na estrofe.

Classificação quanto à fonética

Rima perfeita ou consoante: Em que há


correspondência total de sons, havendo repetição tanto
dos sons vocálicos como dos sons consonantais.

 falado/cantado;
 presente/ausente;
 particularidade/dificuldade.

Rima imperfeita: Em que apenas há correspondência


parcial de sons. Pode ser toante ou aliterante.

Rima toante (ou assonante): Em que há apenas a


repetição dos sons vocálicos.

 boca/moça;
 pálida/lágrima;
 plátano/cálamo.

Rima aliterante: Em que há apenas a repetição dos


sons consonantais.

 fez/faz;
 lata/luto;
 medo/moda.
Classificação quanto ao valor

Rima pobre: Quando as palavras que rimam pertencem


à mesma classe gramatical.

 gato/pato;
 correr/fazer;
 amarelo/singelo.

Rima rica: Quando as palavras que rimam pertencem a


diferentes classes gramaticais.

 noz/veloz;
 altar/desenhar;
 pente/surpreendente.

Rima rara ou preciosa: Quando as palavras que rimam


possuem terminações incomuns, pouco utilizadas, como
combinações entre verbos e pronomes.

 estrelas/vê-las;
 mandala/dá-la;
 parabéns/vinténs;
 profícuo/conspícuo.

Classificação quanto à acentuação

Rima aguda (ou masculina): Que ocorre entre palavras


oxítonas.

 céu/chapéu;
 cantor/pintor;
 coração/animação.

Rima grave (ou feminina): Que ocorre entre palavras


paroxítonas.
 cedo/medo;
 agora/embora;
 metade/amizade.

Rima esdrúxula: Que ocorre entre palavras


proparoxítonas.

 célula/cédula;
 armário/salário;
 propósito/leucócito.

Classificação quanto à posição no verso

Rima externa: Que ocorre no fim do verso.

“E em louvor hei de espalhar meu canto


E rir meu riso e derramar meu pranto”
(Vinícius de Moraes)

Rima interna ou coroada: Que ocorre no interior do


verso.

“A bela bola do Raul


Bola amarela”
(Cecília Meireles)

Classificação quanto à posição na estrofe

Rimas alternadas (ou cruzadas): Combinam-se


alternadamente, seguindo o esquema ABAB.

“O meu amor não tem


importância nenhuma.
Não tem o peso nem
de uma rosa de espuma!”
(Cecília Meireles)
Rimas emparelhadas (ou paralelas): Combinam-se de
duas em duas, seguindo o esquema AABB.

“Vagueio campos noturnos


Muros soturnos
Paredes de solidão
Sufocam minha canção.”
(Ferreira Gullar)

Rimas interpoladas (ou intercaladas): Combinam-se


numa ordem oposta, seguindo o esquema ABBA.

“De tudo, ao meu amor serei atento


Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meupensamento.”
(Vinícius de Moraes)

Rimas encadeadas: Quando as palavras que rimam se


situam no fim de um verso e no início ou meio do outro.

“Salve Bandeira do Brasil querida


Toda tecida de esperança e luz
Pálio sagrado sobre o qual palpita
A alma bendita do país da Cruz”
(Francisco de Aquino Correia)

Rimas mistas (ou misturadas): Quando apresentam


outras combinações e posições na estrofe, sem
esquemas fixos.

“Vou-me embora pra Pasárgada


Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive.”
(Manuel Bandeira)

Versos brancos (ou soltos): São versos que não


rimam com nenhum outro verso.

“Uma palavra caída


das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes…”
(Cecília Meireles)

Anda mungkin juga menyukai