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Anotações sobre o livro ‘’Intervencionismo e Direito’’, de Neomésio José de Souza

INGENIUM LIBERALE (Terencio) para indicar um caráter livre, do homem independente e livre

VIR LIBERALIS

MOVIMENTOS POLÍTICO-SOCIAIS PÓS-NAPOLEÔNICOS NO SÉCULO XIX

Ao que tudo indica o uso do adjetivo liberal, com escpos políticos, começou na Espanha nas
famosas Cortes de Cádiz em oposição aos partidários da monarquia absolutista, qualificados
com evidente desprezo, de servis. Teria a seguir se espalhado por toda a Europa, então
sumetida aos percalços da revolução liberal. (PABLO LUCAS VERDÚ – CURSO DE DERECHO
POLÍTICO, VOL I, MADRID, 1976, P. 221

É possível vislumbrar, como resultado de um processo natural de amadurecimento, um novo


estilo de vida invadindo no Renascimento o mundo civilizado. O homem toma consciência, de
uma forma bem diversas e vigorosa, do valor da personalidade e da liberdade individual. Em
torno dessa ideia é que começam a se forjar os homens e as instituições renascentistas.

A verdade é que já a partir do século XVI as ideias individualistas e capitalistas começam a abrir
caminho na Europa e a transformar a estrutura social, econômica e jurídica do mundo
ocidental. A Escola do Direito Natural Profano ou Clássica, como expressão do liberalismo e
capitalismo ascendentes, serviu para transmitir a influência daquelas ideias ao direito.

O individualismo entende que o homem é possuidor por si mesmo de certos direito subjetivos,
os quais por isto se denominam direitos naturais. Nasce livre, com o direito de desenvolver-se
em todos os seus aspectos e de se fazer dono do resultado de sua atividade produtiva. Para
assegurar-se o respeito aos direitos de cada indivíduo se faz necessária uma limitação dos
direitos dos demais.

O Estado, assinala Eduardo Novoa Monreal, não tem outro fim se não proteger e sancionar os
direitos individuais de cada um; para o propósito lhe basta formular o Direito, assegurar a
administração da justiça, organizar uma política eficiente que conservasse a ordem nas vias
públicas e responder às boas relações internacionais e a segurança externa do Estado. Não lhe
é permitido ter ingerência na livre iniciativa dos homens, salvo se estas venham a causar dano
a outro ou atentem contra a segurança pública. [EDUARDO NOVOA MONREAL – EL DERECHO
COMO OBSTÁCULO AL CAMBIO SOCIAL. MEXIMO, 1977, pp. 110-111]

O individualismo liberal dos séculos XVIII e XIX, para Recaséns Siches, é uma concepção e um
sistema personalista, que além de ter em comum com a ideia liberal em geral a afirmação das
franquias fundamentais do indivíduo, considera que a melhor maneira de servir ao fim
humanista consiste em deixar em plena espontaneidade e livre jogo as liberdades dos homens
em todas as ordens, e restringir a função do Direito e do Estadod à arantia destas liberdades,
mediante a administração de justiça que vele por elas e a defesa material interior e exterior,
sem intervir para nada na realização dos fins humanos concretos de bem-estar. [LUIs
RECASÉNS SICHES – TRATADO GENERAL DE FILOSOSFIA DEL DERECHO. MÉXIMO, 1975, p. 513.]

Assim, acredita o individualismo liberal que o Estado servirá tanto melhor à personalidade
humana quanto seja o volume de livre atividade que a permita, restringindo-se a assegurar a
liberdade individual através de uma eficiente proteção. E imagina que o espontâneo jogo das
atividades privadas seja a melhor fonte de solidariedade social.
Em termos históricos, o Estado Liberal vem a ser o marco do Estado de Direito, com ‘’império
da lei’’.

A institucionalização do Estado de Direito de modo coerente, pela primeira vez e com um certo
caráter geral, ocorreu depois da Revolução Francesa, nos Estados liberais do século passado,
fundados precisamente na doutrina do ‘’império da lei’’.

O liberalismo encontra a tipificação de sua ideologia em raízes individualistas. Não seria de


estranhar, portanto, que as concepções de cunho individualista, que já se apoderavam da
consciência do povo britânico, como produto do processo industrial que se iniciava, na
primeira metade do século XVIII, viessem a se expandir por toda a Inglaterra, traduzindo-se
depois no pensamento de Locke em torno dos direitos fundamentais e inatos do homem,
tendo como fontes as leis naturais.

A concepção lockeana sustenta que caberia ao Estado as funções de oferecer tutela a esses
direitos, nos quais encontraria, por sua vez, o limite de sua ingestão na vida social. Os direitos
individuais, reconhecidos constitucionalmente, como manifestação do Direito Natural, fariam
emergir, no concerto jurídico, a superioridade dos indivíduos sobre o Estado, tendo como
corolários os direitos à vida, à liverdade e à propriedade.

Para afirmação do individualidsmo liberal, muito contribuíram as ideias de grandes


pensadores, como Kant, que excluía das finalidades do Estado a procura pelo bem-estar dos
homens: limitava sua missão a de ser a garantia do Direito, a custódia da ordem jurídica. O
Estado, segundo ele, não devia interferir desnecessariamente nas atividades dos indivíduos,
devendo preocupar-se apenas em garantir-lhe o gozo de seus direitos. Por seu turno, [Herbert]
Spencer considerava o Estado ‘’um mal-necessário’’, mas que devia limitar sua ação ao
indispensável. A história, ao seu entender, consistia na progressiva emancipação do indivíduo
frente ao Estado. (pg. 28)

O livre jogo das atividades dos indivíduos permitirá o surgimento de uma sociedade mais
adiantada, mais própspera em seus componentes e, portanto, em seu conjunto. Como
elementos decisivos para o progresso humano, consagrou-se a liberdade de contratar e a
autonomia da vontade. (pg. 29)

No domínio econômico as concepções individualistas procuram consagrar para o homem a


permissibilidade de escolher os seus próprios objetivos econômicos e apoderar-se dos
resultados, ensejando-lhes o mais amplo exercício do direito de propriedade e do direito de
contratar.

Nesse sentido é a análide de Kelsen, para quem o Estado é um ‘’mal necessário’’, mas sendo
imprescindível, o seu âmbito de ação deve ser reduzido ao mínimo: defesa da segurança
exterior, proteção à vida e à propriedade dos membros do Estado, no interior; porém nada de
fomentar o bem-estar dos cidadãos e, especialmente, nada de intervenção estatal na vida
econômica e na cultura espiritual, pois uma e outra não florescem senão com o livre jogo das
forças sociais. [HANS KELSEN, Teoria General del Estado, México, 1979, p. 41]

‘’LAISSEZ FEIRE, LAISSEZ PASSER ET LE MONDE VA DE LUI-MÊME’’ FUNÇÃO ‘’GENDARME’’

‘’(...) o advento do regime liberal vai imprlicar o rompimento com uma ordem socoail
proveniente da Idade Média, uma ordem econômica que já se revelava inadequada.’’ (pg. 31)
As consequências, como era de esperar, impuseram transformações radicais no contexto
sócio-econômico. A utilidade substitui como medida dos valores a tradição, a igualdade se
opõe a uma ordem social complexa, a liberdade será a responsável pela quebra do equilíbrio
de um mundo econômico sustentado por vínculos e privilégios particulares. (pg. 31)

O Estado, frente às liberdades de indústria e comeércio, e frente às demais, assume uma


função puramente negativa, de vez que esta atitude é considerada a mais conveniente para
alcançar o progresso individual.

Para Adam Smith, a liberdade na procura da riqueza é a condição de todo o progresso

DAR UMA OLHADA EWM ‘’COMENTÁRIO A CONSTITUIÇÃO DE 1946. Vol. IV, Rio de Janiero,
1947, p. 11’’ PONTES DE MIRANDA.

CÓDIGO CIVIL DE 1916

ARTIGO DO MISES

Pra que servem os direitos sociais?

Apesar da não realização do sonho constitucional em terras brasileiras, a fé no poder


transformador da Carta permaneceu intacto. Mais ainda: difundiu-se a visão de que a
frustração dos avanços sociais desejados era exclusiva culpa dos administradores
públicos, pouco interessados que seriam na aplicação dos recursos necessários à
manutenção dos serviços impostos pela Constituição.
As premissas do constitucionalismo original, baseadas na desconfiança em relação aos
exercentes do poder político, foram substituídas pelo seu exato oposto: uma inabalável
confiança na capacidade de governantes atuarem como planejadores centrais,
controlando a ordem econômica e a geração de riquezas na sociedade para atingir
finalidades preestabelecidas, desde que estejam vinculados a esses propósitos por
ordem constitucional.

O constitucionalismo liberal introduziu e popularizou institutos essenciais para o


progresso social, como o respeito aos contratos e à propriedade, a previsibilidade das
ações do governo limitado e a liberdade para trabalhar, criar e empreender, tudo isso
sob a garantia de cumprimento forçado das regras em caso de desvios. A correlação
entre esse ambiente institucional e o desenvolvimento econômico e social é ressaltada
por renomados estudiosos, incluindo Douglass North, Daron Acemoglu e Robert
Cooter. Em suas obras, encontram-se diversos exemplos históricos de que o respeito a
essas condições básicas é essencial para a produtividade da economia, sendo este o
fator determinante na eliminação da miséria e na melhoria da qualidade de vida da
população.

Detém detêm
O liberalismo, surgido com roupagem política pela primeira vez

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