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José Mário Rodrigues Nunes

ANSR- Autoridade Nacional Segurança Rodoviária


Parque de Ciências e Tecnologia de Oeiras
Avenida de Casal de Cabanas
Urbanização de Cabanas Golf, nº 1 Tagus Park
2734-505 Barcarena

Viseu, 15-03-2018

Assunto: Auto de Contraordenação n.º 995439907

Excelentíssimo Senhor Presidente;

José Mário Rodrigues Nunes, arguido, identificado no processo referenciado em


epígrafe, nos termos do artigo 50.º do DL nº 433/82, com a nova redação dada pelo
DL nº 244/95 e Lei nº 209/95, vem por este meio, expor e requerer a Vossa
Excelência o seguinte:
No dia 29 de Março de 2018, recebeu a notificação do auto de
contraordenação em referência elaborado pelo Destacamento de Trânsito de Leiria.
Foi notificado que no dia 26-10-2017, pelas 14:46 horas, na Avenida
Monsenhor Manuel Bastos Rodrigues de Sousa, em Peniche, concelho e comarca
de Leiria, conduzia o veículo ligeiro de mercadorias de matrícula 20-MP-01 e semi
rebique com matricula VI-9117, sendo controlado pelo radar, em excesso de
velocidade.
A notificação refere que o veículo circulava à velocidade de 61km/h e no local
a velocidade máxima admissível permitida pelo veículo que seria de 40km/h.
Ora, em boa verdade, o arguido conduzia um veiculo pesado com semi reboque,
perfeitamente conferido por v/exas através do registo de propriedade, com a matricula
VI-9117.
Assim, a velocidade permitida dentro de localidade será de 50km/h e não de
40Km/h conforme notificado.
Assim, vem o arguido requer a V/Excelência que se digne colocar termo ao
referido processo de contraordenação, uma vez que se encontra indevidamente

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enquadrado, ficando a aguardar o seu arquivamento, sem qualquer procedimento
sancionatório
Ainda que assim não se entenda,
O local onde estaria instalado o aparelho de controlo de velocidade – radar é
uma zona de reta com boa visibilidade, sem habitações a ladear a mesma, com o
pavimento em boas condições, pouquíssimo transito de veículos e não existindo
no local nenhuma placa identificativa, a informar os condutores que ali
circulavam, de que a velocidade estava a ser controlada por radar.


No território nacional português, são de entender como aplicáveis INSTRUMENTOS
JURÍDICOS INTERNACIONAIS, a saber:
a) A Convenção para a Proteção dos Direitos do Homem e das Liberdades
Fundamentais, segundo a qual a proteção da vida privada é assegurada pelo
artigo 8.º, em que aqueles dados se podem enquadrar.
b) E principalmente a Convenção n.º 108/1981, do Conselho da Europa para a
Proteção das Pessoas relativamente ao Tratamento Automatizado de Dados de
Carácter Pessoal, aprovada pelo Decreto do Presidente da República n.º 21/93, de
9/7, e aprovada para ratificação, pela Resolução da Assembleia da República n.º
23/93, da mesma data, publicados no D. R. de 20/8, desse ano, cujo âmbito se
aplica também as atividade de controlo, nos termos do seu artigo 3.º n.º 1.
c) Ora, as atividades de videovigilância que envolvam o tratamento de dados pessoais
entram no âmbito de aplicação desta, sendo que as imagens são consideradas
dados pessoais, se derem informações sobre um indivíduo tornando-o identificável,
ainda que indiretamente.
d) Assim, é certo que as operações de tratamento realizadas para os fins de controlo
de infrações podem estar sujeitas, a salvaguardas em conformidade com o artigo
9.º da Convenção n.º 108/1981.


Parece que, não resultando elementos que permitam concluir que a recolha de imagens
que serviu para a deteção de infrações estradais tivesse respeitado os requisitos fixados no
artigo 8.º da Convenção para a Proteção dos Direitos do Homem e das Liberdades
Fundamentais e principalmente no artigo 5.º da Convenção n.º 108/1981, do Conselho da
Europa para a Proteção das Pessoas relativamente ao Tratamento Automatizado de Dados

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de Carácter Pessoal, nomeadamente, por inexistir informação no local respeitante à
utilização dos meios de videovigilância utilizados, tal torna a prova assim obtida nula.


Pelo exposto, vem o arguido requer a Vossa Excelência se digne mandar pôr
termo ao referido processo de contra ordenação, uma vez que se encontra com
ilicitude, ficando a aguardar o seu arquivamento, sem qualquer procedimento
sancionatório.

Em anexo: Cópia do auto de contraordenação.

Pede Deferimento

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