As células alfa são responsáveis pela secreção da hormona Glucagon, que é responsável por
ativar a enzima fosforilase, que fraciona as moléculas de glicogênio do fígado em moléculas de
glicose, que passam para o sangue, elevando a glicemia (taxa de glicose sanguínea). A diabetes
é um distúrbio metabólico, que pode ser desencadeado por fatores imunológicos, ambientais
ou determinado geneticamente, e está associado à deficiência absoluta ou relativa de insulina.
Valores de referência Comparação de valores de glicemia
Hipoglicemia
A hipoglicemia geralmente ocorre em diabéticos que utilizam fármacos para controlar a doença,
sejam eles insulina ou antidiabéticos orais. Esta condição pode acontecer essencialmente por
três motivos (isolados ou em conjunto): toma excessiva/incorreta da medicação, jejum
prolongado e exercício físico inadequado. Os níveis de açúcar no sangue não devem estar abaixo
dos 70mg/dl. Se toma medicamentos para controlar a Diabetes é necessário ter muita atenção
com a alimentação para que os níveis de açúcar não desçam demasiado.
Causas
Dose excessiva de insulina;
Comer poucos hidratos de carbono;
Exercício muito intenso sem devidas precauções;
Alimentar-se menos do que é habitual;
Esquecimento de refeições secundárias;
Injetar a insulina de ação rápida quando devia ser intermédia ou lenta.
Hiperglicemia
Causas:
Diagnóstico de diabetes
Urina
Análises sanguíneas
Prova de tolerância à glicose
O diagnóstico é feito através dos sintomas que a pessoa manifesta e é confirmado com análises
de sangue. Outras vezes podem não existir sintomas e o diagnóstico ser feito em exames
realizados por outra causa. Os sintomas relacionados com o excesso de açúcar no sangue
aparecem, na diabetes tipo 2, de forma gradual e quase sempre lentamente. Por isso, o início
da diabetes tipo 2 é muitas vezes difícil de precisar. Muitas vezes o doente não apresenta estes
sintomas (ou dá-lhes pouca importância) e o diagnóstico é feito por análises de rotina. Nas
análises encontramos uma quantidade de açúcar no sangue aumentada (hiperglicemia) e
aparece açúcar na urina (glicosúria).
Hematócrito
Colesterol
O colesterol pertence ao grupo dos lípidos (gorduras). O colesterol não é todo igual, existem
dois tipos: o HDL que significa, em inglês, High density lipoprotein e o LDL que significa Low
density lipoprotein.
O primeiro tipo, HDL, é o preferível, já que transporta o colesterol para o fígado, diminuindo
assim a quantidade de colesterol no sangue. Este tipo de colesterol deve estar acima dos
50mg/dl para que seja protetor contra doenças cardiovasculares. O segundo tipo, o LDL, é
chamado de “colesterol mau” por que estas lipoproteínas transportam o colesterol do fígado e
do intestino para as células do organismo. Quando aumentado é um forte fator de risco
cardiovascular.
Triglicerídeos
Hemoglobina Glicada
Também pode ser chamada de hemoglobina glicosilada (HbA1c). É uma forma de hemoglobina
resultante de reações entre a hemoglobina e a glicose. Esta é extremamente útil na avaliação
da glicemia por períodos prolongados (2 a 3 meses).
A hemoglobina glicada serve para monitorizar o controlo da Diabetes de uma forma mais
contínua. Assim a pessoa com Diabetes deve fazer esta análise trimestralmente, pois esta vai
permitir analisar a glicemia num período de 60 a 90 dias.
O valor da hemoglobina glicada deve estar abaixo dos 6,5%, no entanto este valor não deve ser
conseguido à custa de hipoglicemias. É importante referir que, dependendo de cada caso os
objetivos no valor da hemoglobina glicada podem ser superiores a 6,5%, por isso deve sempre
conversar com o seu médico sobre esta questão.
Formula de Conversão de
glicemia média estimada: GME
= 28,7% x HbA1c (%) – 46,7
É mais rara (a sua forma juvenil não chega a 10% do total) e atinge na maioria das vezes crianças
ou jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos. Na Diabetes do Tipo 1, as
células ß do pâncreas deixam de produzir insulina pois existe uma destruição maciça destas
células produtoras de insulina. Sem esta, a glucose permanece no sangue, aumentando a
glicemia e dando origem a hiperglicemias. Desde que a doença é diagnosticada torna-se
indispensável o tratamento com insulina, pelo que também é conhecida como diabetes insulino-
tratada (insulinodependente).
As causas da diabetes tipo 1 não são, ainda, plenamente conhecidas. Contudo, sabe-se que é o
próprio sistema de defesa do organismo (sistema imunitário) da pessoa com Diabetes, que ataca
e destrói as suas células ß do pâncreas. Não está diretamente relacionada com estilos de vida
pouco corretos.
Sintomas:
Poliúria
Polidipsia
Polifagia
Emagrecimento muito rápido
Sensação de fadiga, dores musculares
Dores de cabeça, náuseas e vómitos
Tratamento
Com o tratamento pretende-se que o organismo consiga utilizar a glicose que se encontra no
sangue e, desta forma, repor os níveis normais de açúcar no sangue.
Os 3 elementos fundamentais na diabetes tipo 1 são a insulina, alimentação equilibrada e
exercício físico regular, complementados pela autovigilância das glicemias que permite gerir
estes aspetos.
O tratamento da insulina é feito através de injeções na gordura por baixo da pele. Ainda não há
forma oral pois a insulina iria ser destruída no estomago.
A alimentação e o exercício contribuem para melhorar a compensação da diabetes e o bem-
estar.
O conhecimento sobre a doença e sobre si mesmo são igualmente relevantes no tratamento.
Não menos importante é o grau de motivação.
Estas pessoas com Diabetes necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida porque o
pâncreas deixa de a poder fabricar. A causa desta Diabetes do tipo I é, pois, a falta de insulina e
não está diretamente relacionada com hábitos de vida ou de alimentação errados, ao contrário
do que acontece na diabetes Tipo II. É, sem dúvida, o tipo mais comum de Diabetes. É causada
por um desequilíbrio no metabolismo da insulina. A Diabetes tipo II tem como principais fatores
de risco a obesidade, o sedentarismo e a predisposição genética.
Na Diabetes tipo II existe um défice de insulina e resistência à insulina, significa isto que, é
necessária uma maior quantidade de insulina para a mesma quantidade de glicose no sangue.
Por isso as pessoas com maior resistência à insulina podem, numa fase inicial, apresentar valores
mais elevados de insulina e valores de glicose normais. À medida que o tempo passa, o
organismo vai tendo maior dificuldade em compensar este desequilíbrio e os níveis de
glicose sobem. Embora tenha uma forte componente hereditária, este tipo de Diabetes pode
ser prevenido controlando os fatores de risco modificáveis.
Colesterol e diabetes - Quem tem colesterol alto corre um risco maior de apresentar vários
problemas de saúde, como enfarte, derrame e doença arterial coronariana. Isso porque, o
colesterol alto pode causar o estreitamento das artérias e vasos sanguíneos. Pacientes com
diabetes devem redobrar a atenção quando o assunto é colesterol alto, pois o risco de
apresentar aumento dos níveis de gordura no sangue é maior em diabéticos. Idealmente
devemos ter um colesterol total baixo (geralmente inferior a 200 mg/dL) e de preferência
devemos estar protegidos dos efeitos do LDL-colesterol com um HDL-colesterol mais
alto (idealmente acima de 60 mg/dL).
Excesso de peso e diabetes – Existe uma relação clara entre a obesidade e os diabetes. Para que
a glicose se transforme em energia é preciso que a insulina se ligue a recetores presentes nas
membranas das células. Possibilitando assim que a glicose entre nelas. Quando existe
uma acumulação de gordura, especialmente na zona abdominal, dá-se uma deficiência na
quantidade dos recetores anteriormente mencionados. E é assim que é originada a resistência
à insulina e aumentando a glicose, originando assim os diabetes tipo II. A insulina atua no
hipotálamo, regulando assim a sensação de saciedade. Quando este componente fica em falta
no cérebro, as pessoas têm tendência a comer sem limites, uma vez que nunca estão saciadas.
Acabando assim por engordar bastante. Assim sendo, quando falta insulina no cérebro esta
provoca obesidade. Quando falta insulina nos outros órgãos, causa diabetes tipo II.
O excesso de gordura faz com que as células do corpo fiquem resistentes à ação da insulina,
dificultando a entrada de glicose para o interior das células, fazendo com que ela se acumule no
sangue. Para compensar a resistência das células à ação da insulina, o pâncreas passa a produzir
mais insulina. A insulina em excesso acumula-se no sangue e consequentemente a pessoa
apresenta um quadro que chamamos de hiperglicemia. Esta insulina em excesso estimula o
sistema nervoso simpático, levando ao aumento da pressão arterial.
Síndrome de ovários poliquísticos - as mulheres com ovário poliquístico apresentam maior risco
de diabetes tipo 2 justamente por apresentarem maior resistência insulínica. O resultado é que
o corpo irá produzir mais insulina porque as células ficam menos sensíveis à ação dela. Em
condições normais, as células respondem à ação da insulina absorvendo glicose para gerar
energia ou para armazenamento. Quando a resistência acontece, é como se para absorver a
mesma quantidade de glicose a célula precisasse de mais insulina. O problema disso é que, no
ovário, essa resistência à insulina determina o erro no desenvolvimento dos folículos e excesso
de produção de hormonas masculinos.
Apneia do sono e diabetes - A apneia obstrutiva afeta a respiração durante o sono, que é
frequentemente interrompido pelo relaxamento da língua e da laringe. Esta combinação
também torna a garganta mais relaxada, criando um bloco que impede a inalação de oxigênio.
Uma vez que o oxigênio é cortado por um determinado período, o cérebro aciona o corpo para
que ele volte a inalar. Na tentativa de retomar o oxigênio pela respiração, o organismo liberta
hormonas de stresse que podem elevar os níveis de glicose no sangue. E depois de uma noite
mal dormida, é natural que o corpo fique mais cansado, não suportando a prática de exercícios.
É comum também que, para se manter acordado, alguém que sofre de apneia precise se
alimentar com mais frequência para não ficar sonolento durante o dia. Esta combinação de
maior ingestão de alimentos e menos atividade física também contribui para o descontrole da
diabetes. Tratar a apneia do sono reduz a resistência à insulina, melhora a atenção e a motivação
e leva a níveis de glicose no sangue mais estáveis. Por isso, a correção do distúrbio é utilizada
como uma ferramenta no controlo da diabetes.
DIABETES GESTACIONAL
A Diabetes Gestacional é a que ocorre durante a gravidez. Esta forma de diabetes surge em
grávidas que não tinham Diabetes antes da gravidez e, habitualmente, desaparece quando esta
termina. Contudo, quase metade destas grávidas com Diabetes virão a ser, mais tarde, pessoas
com Diabetes do tipo II se não forem tomadas medidas de prevenção. Ocorre em cerca de 1/20
grávidas e, se não for detetada através de análises e a hiperglicemia corrigida com dieta e, por
vezes com insulina, a gravidez pode complicar-se para a mãe e para a criança. São vulgares os
bebés com mais de 4 Kg à nascença e a necessidade de cesariana na altura do parto.
Diagnóstico
Se grávida vigiada apenas após as 28 semanas → pedir glicemia em jejum → se <92 mg/dl, pedir
de seguida PTOG com 75 g de glicose.
Intervenção:
Referenciar sempre à consulta de Obstetrícia;
Tratamento:
o Não farmacológico: plano alimentar personalizado, de acordo com o estado
nutricional da grávida, elaborado por um nutricionista; exercício regular,
preferencialmente a marcha e no período pós-prandial;
o Insulina: a iniciar quando os objetivos terapêuticos (jejum/pré prandial 60- 90
mg/dL; 1 hora após o início da refeição 100-120 mg/dL) não são atingidos em 1-
2 semanas após instituição de medidas não farmacológicas; o tipo de insulina e
nº de administrações são determinados consoante as necessidades individuais;
Autovigilância glicémica: fundamental; se só alterações do estilo de vida, pesquisas ≥
4x/dia (em jejum e 1 hora após o início das refeições).
Vigilância pós-parto:
Promover adoção de estilos de vida saudáveis, incentivar amamentação e informar
sobre métodos contracetivos mais adequados. A depressão pós-parto é mais frequente
nas mulheres com diabetes gestacional.
Se diabetes gestacional → reclassificar às 6-8 semanas pós-parto com PTOG de
reclassificação, com 75g de glicose, de acordo com os critérios da OMS (ver quadro).
Numa gravidez subsequente, a mulher com antecedentes de diabetes gestacional deve
realizar uma avaliação da glicemia pré-concecional.
CONSEQUÊNCIAS DA DIABETES
Microvasculares Macrovasculares
Retinopatia
EAM
diabética
Dx vascular Neuropatia
periférico diabética
Nefropatia diabética
A Nefropatia Diabética é a doença renal que resulta das lesões provocadas pela Diabetes
Mellitus. Trata-se atualmente da principal causa de doença renal crónica em estádio 5, a
necessitar de tratamento de substituição da função renal (diálise ou transplante renal),
correspondendo a cerca de um terço de todos os doentes que iniciam diálise regular.
Caracteriza-se por albuminúria (presença de albumina na urina) persistente, evoluindo para
proteinúria e síndrome nefrótico (é, de todas, a mais frequente causa de síndrome nefrótico) e
insuficiência renal crónica.
Sinais e Sintomas
Microalbuminúria
Se existir um resultado positivo para a tira-teste da microalbuminúria, deve ser repetida por
outra tira-teste 3 a 4 meses depois.
Não se deve efetuar o doseamento se existir ou tiver existido exercício moderado ou intenso
nas 24 horas prévias, infeção urinária, febre, insuficiência cardíaca congestiva,
descompensação dos valores da glicemia ou hipertensão arterial não controlada. Nestas
situações a albuminúria pode estar elevada sem corresponder a nefropatia diabética (falso
positivo). Para avaliação anual da microalbuminúria através de tira-teste, o procedimento
clínico para as pessoas sem nefropatia conhecida é o seguinte:
Se positiva, repete 3-4 meses depois (próxima consulta, por regra). Neste caso:
o Se negativa, repete ao fazer um ano sobre data da avaliação da 1ª tira-teste;
Nefropatia Incipiente
Nefropatia Clínica
Considera-se a existência de nefropatia clínica quando a taxa de excreção urinária for > 200 mg/
min ou > 300 mg / 24 h. Em caso de nefropatia clínica deve proceder-se do seguinte modo:
Manter rigoroso controlo da pressão arterial, utilizando, se necessário, associação de
fármacos.
Manter aporte proteico máximo: 0,6 - 0,8 gr / Kg (peso de referência / dia).
Manter bom controlo metabólico (HbA 1c < 7,5).
Corrigir a dislipidemia.
Vigiar e atuar rapidamente em presença de infeção urinária.
Monitorizar parâmetros bioquímicos.
Vigiar intensivamente complicações micro e macrovasculares.
Retinopatia diabética
A retinopatia diabética é uma das complicações da diabetes e uma das principais causas de
cegueira nos adultos, devida às alterações estruturais que ocorrem nos vasos sanguíneos da
retina. Com o evoluir da doença, estes vasos tornam-se incontinentes e libertam sangue ou
fluido sanguíneo para o espaço retiniano ou para o vítreo causando problemas na visão. A
retinopatia diabética pode causar perda de visão de duas formas:
2. O fluido sanguíneo pode exsudar para a região macular (parte da retina que
corresponde à visão central), provocando edema e consequentemente perda de visão.
Pode ocorrer em qualquer estadio da retinopatia diabética, embora seja mais provável
que ocorra em fases avançadas da doença.
Esta doença tanto pode surgir nos diabéticos tratados com antidiabéticos orais (diabetes tipo 2)
como nos medicados com insulina (diabetes tipo 1). A retinopatia diabética surge, geralmente,
ao fim de alguns anos, manifestando-se mais cedo no caso da diabetes tipo 1 do que na diabetes
tipo 2. A retinopatia diabética não está só dependente dos valores da glicemia, mas também de
outros fatores como a hipertensão arterial, colesterolemia, hábitos tabágicos e um outro
extremamente importante que é o fator genético, nomeadamente, o hereditário.
Todas as pessoas com diabetes tipo 1 são avaliadas anualmente com o objetivo de ser
identificada a retinopatia diabética, cinco anos após o diagnóstico.
Todas as pessoas com diabetes tipo 2 são avaliadas anualmente com o objetivo de ser
identificada a retinopatia diabética, após o diagnóstico.
É exceção ao ponto anterior a mulher com diabetes que engravida, cuja avaliação da
retinopatia diabética deve ter uma periodicidade trimestral, durante a gravidez.
Tratamento
Retinopatia diabética
A neuropatia diabética é uma das complicações tardias da diabetes e é composta por diversas
disfunções na área da chamada somática do sistema nervoso periférico e / ou do sistema
nervoso autónomo. Fatores indutores são depósitos do álcool de glicose (polióis) ao longo das
membranas do sistema nervoso, alterações circulatórias no nervo causadas pelo mau
funcionamento de pequenos vasos (microangiopatia) são mudanças de fatores de crescimento
de nervos.
Exames de diagnóstico precisos devem distinguir outros tipos de neuropatia (consumo excessivo
de álcool, falta de vitaminas, infeções por vírus, efeito da quimioterapia, exposição a metais
pesados, outras doenças metabólicas). Cerca de 30% das pessoas com diabetes do tipo 1 e tipo
2 desenvolvem uma neuropatia diabética. O risco é influenciado pelo controlo metabólico,
duração da diabetes, idade do paciente, hipertensão, distúrbios metabólicos de gordura ou mais
complicações tardias da diabetes (retinopatia, nefropatia).
Pé diabético
O Pé Diabético é uma das complicações mais graves da Diabetes Mellitus, sendo o principal
motivo de ocupação de camas hospitalares pelos diabéticos e o responsável por 40 a 60% de
todas as amputações efetuadas por causas não traumáticas.
Estima-se que cerca de 15% da população diabética tenha condições favoráveis ao
aparecimento de lesões nos pés, nomeadamente pela presença de neuropatia sensitivo-motora
e de doença vascular aterosclerótica.
Todos os diabéticos serão avaliados anualmente com o objetivo de serem identificados fatores
de risco condicionantes de lesões dos pés, nomeadamente em relação a:
É um método simples, fácil e de boa reprodutividade. Este teste permite avaliar a sensibilidade
protetor plantar através de um dispositivo eficiente e barato para identificar o paciente em
risco de ulceração do pé.
A sensação protetora está presente se o paciente responder corretamente a duas das três
aplicações em cada local.