sensoriais e o pensamento analógico, os autores atingira quase o ponto da transmutação, que algo
procuraram criar um filme fragmentário imerso na estava iminente nesta tensão, tal como uma tem-
expandindo as possibilidades performativas, Mais, os seus métodos são suscetíveis de serem RUI TOSCANO sonoras; Veículo é uma reorquestração reorques-
tração transparente de um octeto para trio, reves-
do Baixo Côa.
—
aplicados à arte do presente.
NEBULOSAS tida de múltiplas singularidades onde o espaço e
António Martinho Baptista, licenciado em História
poéticas e políticas do encontro enquanto momento —
Eglantina Monteiro, antropóloga, curadora, ativista, o tempo, silêncio e timbre são combinados em
pela Faculdade de Letras da Universidade de Lis-
boa, arqueólogo e pré-historiador de arte, antigo
Investigação em torno do universo da exploração composição. Nesta apresentação terá a seu lado,
único de partilha, de escuta e de reflexão. vive e trabalha em Castro Marim onde dirige a
Companhia das Culturas. Entre 1984 e 2000, foi espacial, com um particular foco nos mecanismos como habitualmente, Fala Mariam no trombone
bolseiro na República Federal da Alemanha, foi
professor convidado de arte pré e proto-históri-
professora de antropologia da arte na Faculdade da percepção no domínio da cosmologia, numa de varas e, uma voz nova nas formações, com João
ca da Universidade do Minho, antigo diretor do
de Belas-Artes do Porto. Tem atividade na área da perspetiva histórica, científica e ficcional, está na Silva, na percussão.
Centro Nacional de Arte Rupestre e do Parque
Os Encontros para além da História programação em áreas de fronteira e antropologia da arte com trabalho de campo na base do corpo de trabalho que tem desenvolvido em —
Arqueológico do Vale do Côa e do Museu do
tomam e prolongam o nome da exposição em temas sensíveis, potencialmente Amazónia brasileira, Bijagós, Guiné Bissau e Serra anos recentes, tal como foi mostrado na exposição Sei Miguel nasceu em Paris. Viveu no Brasil e em
Côa. Foi durante anos responsável pelo estudo da
do Caldeirão, Algarve. Civilizações de Tipo I, II e III (MNAC – Museu de França até radicar-se em Portugal nos anos 80.
inaugural do CIAJG, que mais do que fraturantes. A partir do momento em Arte do Vale do Côa. Realizou inúmeros estudos
Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, 2015; e Ao longo de quatro décadas – enquanto diretor e
um título era o mote concetual que que pomos em causa a integridade arranjador – foi aperfeiçoando um sistema musical
sobre a arte pré-histórica da Península Ibérica.
CIAJG – Centro Internacional das Artes José de
deu origem ao Centro. São encontros de territórios disciplinares, princípios próprio, que lhe permite levar peças detalhadas a
Guimarães, Guimarães, 2016).
de caráter anual que criámos no seio históricos ou em que lidamos com objetos
MARIANA CALÓ & — um estado de rigor assinalável. Discografia mais
do programa concetual e curatorial carregados de significados que vão bem Rui Toscano (Lisboa, 1970) estudou Pintura e Escul- recente em colaboração com Editora Clean Feed:
SÁB 13 JAN, HALL CIAJG, 15H
do CIAJG como forma de expandir e
de mapear as forças, a potência, mas
para lá da dimensão estética, como é
por exemplo o caso da coleção de arte
FRANCISCO QUEIMADELA tura na Faculdade de Belas Artes da Universidade
de Lisboa e no AR.CO (Centro de Arte e Comu-
Esfíngico/suite for a jazz combo (2010), Salvation
Modes (2014), [Five] Stories Untold (2016)
também os limites, as transgressões e as tribal africana, que convoca obviamente a A TRAMA E O CÍRCULO nicação Visual) em Lisboa. A sua prática artística
comporta uma multiplicidade de linguagens que vão
fragilidades da nossa ação, em suma, uma questão da memória do colonialismo e de
instância onde promovemos o debate tantas problemáticas a ela associadas, é Realização, Fotografia, Montagem, Produção: do desenho à pintura, ao vídeo, escultura ou insta- LANÇAMENTO DE NOVAS
crítico em torno de questões operantes judicioso inscrever na nossa atividade os lação multimédia. O seu trabalho está representado FRANCISCO JANES
Mariana Caló, Francisco Queimadela
nas coleções do Museu de Arte Contemporânea de EDIÇÕES DO CIAJG
do CIAJG. É decisivo inscrevermos na mecanismos críticos e auto-críticos que a Som: Jonathan Saldanha
Serralves, Centro de Arte Moderna da Fundação AVISTAMENTO
nossa programação um espaço de retorno
crítico sobre a nossa própria atividade,
possam balizar e sustentar.
Nuno Faria (curador)
Sentados a uma mesa, no fundo da gruta de Lascaux, sob a iluminação de projetores
Coprodução: Lo Schermo dell'Arte Film Festival (IT)
Calouste Gulbenkian, Caixa Geral de Depósitos, INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO,
fotográficos, Albert Skira (à esquerda) e Georges Bataille (à direita), acompanhados das Fundação EDP, Fundação Luso-Americana para o
sobretudo porque baseamos a nossa respetivas mulheres, trabalham na elaboração da obra "O Nascimento da Arte".
Ao longo de vários meses, Mariana Caló e Francisco
Queimadela recolheram testemunhos de diversas Desenvolvimento, entre outras.
Se eu caminhar ao longo da costa em direção a um
naufrágio, e a chaminé ou os mastros do navio se SONO, DE RUI HORTA PEREIRA
práticas relacionadas com o lavor, o ludismo e outras
atividades quotidianas assentes no conhecimento
fundirem com a floresta que rodeia a duna, haverá
um momento em que estes pormenores subitamen-
GABINETE DE DESENHO, PISO 1,
empírico. Estabelecendo relações intuitivas en-
tre gestos concretos e substâncias, experiências
te se tornam parte do navio, indissoluvelmente
fundidos. Quando me aproximei, não discerni
COLEÇÃO PERMANENTE
Centro Internacional das Artes Tel + 351 253 424 715
parecenças ou proximidades que finalmente se
José de Guimarães N 41.443249, W 8.297915 uniram para formar o desenho contínuo do topo
Av. Conde Margaride, 175 da embarcação. Senti apenas que a visão do objeto
4810-535 Guimarães, Portugal WWW.CIAJG.PT