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Quando se faz referencia a educação infantil o que associamos a este espaço é o lúdico, a

infância permeada pela inocência, onde o conceito como diferenças étnico raciais, de gênero,
social entre outros não são considerados como parte deste universo idealizado como lugar se
entrelaçam conflitos provocado pelo preconceito.

Porem o que a realidade apresenta inclusive na própria história, são fatos que declaram uma
falta de reconhecimento da identidade da etnia negra, como colaboradora na formação cultural
brasileira.

A LDB 93947/96 aponta a educação como um direito de todos e no artigo 3º paragrafo I,


“com igualdade de condições para o acesso e permanência na escola,”, mas o que é realidade
como afirma Gonçalves (....)” [...] a gravidade da situação educacional dos negros é gritante.”
Passos (2012, p.105)citando Munanga (2000) E ROSEMBEG(1987) ressalta “[...] que a
exclusão dos negros do sistema educacional vem se desenvolvendo ao longo da história da
educação brasileira.

A educação infantil é parte importante o sistema educacional brasileiro e segundo a LDB


9394/96 em seu 29 artigo [...] tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até
os 6 anos de idade em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social.” Podemos
considerar assim que a educação infantil é a base, é o espaço onde a criança começa a ser
inserida no meio social em seu aspecto mais forma, saindo do universo familiar, passando a
criar relações e entrelaçar sua vida na convivência com outros indivíduos representados pelos
coleguinhas, professores, funcionários da escola entre outros. Sua trajetória nas varias etapas
da educação básica, considerando seu fracasso ou sucesso escolar pode estar profundamente
relacionado a esta base educacional.

Menos considerada que os anos iniciais do ensino fundamental, ainda se relacionam a


educação infantil com o cuidar estabelecendo rotinas que respeita horários fixos para cuidados
com a higiene, alimentação, tempo para brincar etc., ainda ressaltando um caráter
assistencialista em seu atendimento a este aluno, e a função educar sendo relegada, a segundo
plano, e sem um profissional preparado mesmo em escolas publicas, em mesmo no caso de
instituições particulares que funcionam clandestinamente com funcionários mal pagos e
despreparados.
É nestas instituições que a maioria das crianças negras são atendidas, já que fazem parte das
classes socioeconômicas mais baixas, vivendo em condições precárias, resultado de um
passado excludente, com um histórico de subjugação aos interesses econômicos da colônia.

Segundo Passos (2012, p.108) “[...] a oferta da educação infantil como responsabilidade do
estado tem sido deficitária, entretanto as crianças negras e pobres são mais vulneráveis.”
Ainda segundo a autora “os critérios estabelecidos para atendimento ocorre através de sorteio
de vagas priorizando famílias com menor renda per capita, mediante comprovante de
residência e de trabalho.” O que enfatiza a função assistencialista das creches e escolas de
educação infantil.

A educação é vista em muitos aspectos como solução libertadora e emancipadora,


principalmente quando se fala de oportunidades. A promoção da educação com um caminho
que promove oportunidades de melhoria sócio econômicas, por si só já é excludente, pois o
sujeito oriundo de classes socioeconômicas mais privilegiadas é automaticamente isentado de
conquistar um lugar ao sol.

O que se percebe é que a educação mesmo com um discurso de oportunidades iguais, ainda
tem que lidar com as diferenças se destacam e isso se faz evidente quando a diversidade não
esta sendo respeitada, como fator decisivo na promoção desta educação igualitária, mas que
não observa as diferentes necessidades de um conjunto heterogêneo.

DIFERENÇAS ETNICAS RACIAIS.

O Brasil é o país da diversidade. Nossa cultura é herança de três etnias, o índio, nativo da
terra, o branco europeu e o negro africano. Dessa mistura temos o brasileiro. Um povo que
não pode negar suas origens, embora a injustiça que sofre a raça negra, na historia, na
sociedade, no reconhecimento de sua importância para contribuição da cultura do povo
brasileiro.

A história da raça negra, é repleta de dor, de violência, de perda da sua identidade. Retirada da
sua cultura, tratado como mercadoria, homogeneizado pela cor, o negro já aportou nas terras
brasileiras como vitima de preconceitos, que justificavam a escravidão.

Comparados a animais, considerados seres brutos sem alma, o negro ainda assim conseguiu
através de sua criatividade manter traços de sua cultura, e embora marginalizado sua presença
é marcante na arte, na musica na culinária.
Mas ainda assim somente nos últimos tempos a história da cultura afro, sua contribuição para
a formação do povo brasileiro tem merecido atenção, e sendo resgatada do anonimato.

A sociedade brasileira deve ao negro o reconhecimento de sua identidade, de sua cultura,


nesse contexto a escola pode e deve contribuir para o resgate de sua história, situando-a no
lugar que merece, e a educação infantil tem um grande desafio, sendo também uma promotora
do fortalecimento da cultura negra, combatendo o preconceito através de projetos
pedagógicos, que promovam a diversidade cultural, legitimando todas as etnias.

Talvez aqui o grande desafio seja reconhecer as diferenças, compreendendo que cada sujeito
não importa a idade já chega na escola com uma bagagem, tão diversa quanto é o povo
brasileiro. Abramowicz, Cruz e Rodrigues (2012, p. 132), apontam que :

[...] escola de Educação Infantil trabalha com duas dimensões da questão racial: o
silenciamento e a racialização. Inicialmente, a ausência de fala sobre o impacto do
racismo entre as crianças foi compreendida como um desconhecimento das
profissionais da educação para com o trato com a dimensão racial.”
(ABRAMOWICZ, CRUZ E RODRIGUES, 2012, p.132).

Reconhecer que existe racismo, e que a educação infantil também tem um papel importante
para a inclusão étnico racial, é por si só já é um grande desafio. O silencio é omisso, é
excludente, o falta de aceitação das diferenças é o caminho mais fácil para promover uma
iniciação da criança no universo branco. Abramowicz, Cruz e Rodrigues (2012).

Apenas recentemente o racismo foi reconhecido no Brasil, pelo então presidente da republica
Fernando Henrique Cardoso, passando através dessa admissão a se posicionar na luta contra o
racismo e a discriminação racial a nível transnacional, Abramowicz, Cruz e Rodrigues (2012).

A aceitação dessa realidade discriminatória já aponta um caminho em que educação aceite


que a diversidade deve ser o ponto de partida para uma educação que contemple todas as
etnias, não se fixando no universo branco, mas respeitando a cultura, e resgatando a historia
de todo um povo.

O aluno da educação infantil, embora a sua pouca idade tornam se consciente das diferenças
e percebem quando, são tratadas de forma diferenciadas pelos adultos que estão a sua volta,
Passos(2012) apud Cavalleiros (2000). A primeira manifestação da discriminação em
qualquer situação é não reconhecer as diferenças, pois a escola como um ambiente
socializador e reflexo da sociedade em que está inserida, é também o espaço da diversidade,
dada as múltiplas facetas apresentadas através da cultura de cada família.

O trabalhar com a diversidade que comtemple as diferenças não só étnico racial, mas social,
cultural, e mesmo de gênero, pode ser o caminho para resgatar a uto estima de toda uma raça
que convive em todos os níveis da sociedade com o preconceito e a estigmatização.

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