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Atualmente muito se debate a respeito do tema maioridade penal no Brasil.

Trabalhar essa temática


focando apenas nas consequências do problema não é a forma mais adequada para solucionar o
problema. É preciso trabalhar, acima de tudo, as causas dos fatos. Duvido muito que um indivíduo
de 16, 17 anos ao roubar e matar não saiba o que está fazendo. “...tem quem rouba porque quer,
pela adrenalina”. – Tiago (nome fictício de um menor apenado da Fundação Casa), 16 anos.
Adolescentes encarcerados com adultos se tornarão rapidamente profissionais do crime, e serão
arregimentados nas organizações que mandam na cadeia. A finalidade precípua da cadeia não é
´´reeducar´´, e sim, essa função é da escola. A função da cadeia é a de afastar o criminoso do
convívio social para preservar a segurança e a tranquilidade dos demais cidadãos. Não duvido que
a cadeia seja uma faculdade do crime, que forma o jovem, tornando-o Doutor em “Artes Marginais”,
mas não vejo aí razão suficiente para que se deixe de prender quem assalta ou mata.
A punição do ato delituoso é o recurso de que dispõe a sociedade para fazer justiça, porque, se ela
não pune quem transgride as normas sociais, está sendo injusta com quem as respeita. Mais do
que isso, estaria estimulando a transgressão daquelas normas, sem as quais a sociedade se torna
inviável.
A cadeia é um inferno. O criminoso que sai de lá e insiste em praticar crimes, sabendo que cedo
ou tarde voltará para a prisão, nos permite aduzir que sua insistência no crime é intrínseco à sua
personalidade, uma vez que espera-se, por lógica, que evitasse cometer qualquer ato delituoso
que o fizesse voltar ao sistema prisional.
Estudos do Comitê de Jurisprudência Criminal do Texas, estima que cada jovem reabilitado pode
economizar entre US$ 1,7 milhão e US$ 2,3 milhões em custos futuros com a Justiça Criminal.
Dizem ainda que, ao serem internados e terem mais atividade educativas, os jovens têm menos
chances de cometer crimes no futuro.
A maioria da população brasileira é a favor da redução da maioridade penal. Em 2013, pesquisa
realizada pelo instituto CNT/MDA indicou que 92,7% dos brasileiros são a favor da medida.
No mesmo ano, pesquisa do instituto Datafolha indicou que 93% dos paulistanos são a favor
da redução. A Datafolha concluiu, ainda, em pesquisa que 87% da população nacional querem a
redução da maioridade penal. A maior aprovação à proposta de reduzir a maioridade penal está
nas regiões Centro-Oeste (93%) e Norte (91%) do país. Pesquisa da CNT de 2013 revela que 92,7
% dos brasileiros são a favor da redução.
Os jovens de 16 anos já têm discernimento para entender o que é crime e estão sendo aliciados
por adultos dentro e fora das cadeias para praticar delitos, já que sofrem punições mais brandas.
Nossa legislação é baseada em critérios meramente e puramente biológicos (arbitrário). Um rapaz
que mata alguém aos 18 anos de idade é considerado um “homicida”. Se tiver 17 anos, 11 meses
e 29 dias, é apenas “um infrator”. O jovem é apto para escolher o Presidente da República, mas,
se resolver matar qualquer um deles, não vai para a cadeia porque o direito brasileiro entende que
ele não possui o desenvolvimento mental completo para compreender o ilícito dos seus atos.
Mais razoável seria adotar um princípio biopsicológico para a definição da punibilidade, segundo o
qual, a partir de uma idade mínima (16? 14 anos?), o jovem que cometesse um crime passaria por
uma avaliação jurídica/psicológica que indicaria se tem ou não compreensão plena da gravidade
das suas atitudes. A medida com certeza não resolveria o problema da violência, mas tornaria mais
dura a vida do crime organizado, que alicia o jovem contando justamente com o mecanismo da
inimputabilidade que o resguarda. Além disso, deve ser aumentada, agravada a punição para
adultos que usarem adolescentes em crimes. Hoje o homem maior de idade utiliza o menor para a
prática do crime, porque ele está protegido pelo ECA. Ele sabe que a pena é muito leve e daqui a
pouco está na rua, matando.
A sociedade terá de assumir o ônus de construção de presídios específicos se quer mesmo uma
punição mais rigorosa. Não basta reduzir a maioridade e não dar condições adequadas para
ressocializar os jovens. O modelo desses lugares é o que está no ECA, que precisa ser
implementado de fato, com educação, profissionalização, acesso à cultura, assistência psicológica.
Se o poder público não garantir isso, o juiz, com base na lei, irá mandar liberar o cidadão porque o
sistema penitenciário não forneceu condições de ele ter benefícios legais (trabalho, escolarização)
para a redução de pena. Somando-se com isso, é salutar o aumento da pena de três anos para
oito, cumpridas em presídios especiais, distantes da convivência com marginais perigosos.
No Brasil de hoje, o jovem a partir dos 16 anos tem conhecimento e cognição para entender o que
está praticando e suas consequências. Ele tem acesso a diversos meios de informação e à
tecnologia, mesmo o que mora em regiões ribeirinhas, em comunidades indígenas. Concretamente,
hoje ele não só participa de um crime como ele é o chefe, o mentor de ações criminosas. Se ele
tem capacidade de entender os atos, ele deve responder como criminoso.
Não tem nada a ver com pobreza. Irmãos criados da mesma maneira, pela mesma família, rica ou
pobre, têm comportamentos diferentes. Um se volta para o crime e o outro, não. A questão é a
índole da pessoa, o que o direito não irá resolver, ele irá punir. A impunidade gera mais violência.
Os jovens de hoje têm consciência de que não podem ser presos e punidos com adultos. Por isso
continuam a cometer crimes.
A redução da maioridade penal iria proteger os jovens do aliciamento feito pelo crime organizado,
que tem recrutado menores de 18 anos para atividades, sobretudo, relacionado ao tráfico de
drogas. O Brasil precisa alinhar a sua legislação à de países desenvolvidos como os EUA, onde,
na maioria dos Estados, adolescentes acima de 12 anos de idade podem ser submetidos a
processos judiciais da mesma forma que adultos.

Procuro não me deixar atingir pelas grosserias dos que se refugiam no anonimato da internet para
destilar o ódio de sua mediocridade existencial. O que me incomoda é atribuírem a mim ideias que
não tenho e frases que nunca pronunciei.

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