EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: A. C. D.
01. Sobre a capacidade para o exercício da empresa, indique a sentença correta:
A. A incapacidade superveniente não produz, por si, a cessação da atividade empresarial.
B. As ações da pessoa legalmente impedida não têm validade e por isso não geram obrigações.
C. A pessoa impedida não pode atuar, direta ou indiretamente, como representante de empresário incapaz.
D. O empresário casado em comunhão universal de bens não pode alienar os imóveis do estabelecimento.
02. Quanto aos impedimentos para o exercício da empresa, julgue os itens abaixo e responda...
- O empresário que teve a falência requerida está impedido de realizar qualquer atividade empresarial.
- O estrangeiro domiciliado fora do país não pode participar de sociedade e empresa nacional.
- O militar sempre estará impedido de participar de empresa como administrador ou gerente.
- O sujeito condenado penalmente pode sofrer empecilho para atuar como empresário.
(SRF. FaCJSA – 2013.1) 03. No tocante aos impedimentos por incompatibilidades é possível afirmar que:
A. O empresário casado no regime da comunhão universal depende de outorga especial para negociar imóveis da empresa.
B. O estrangeiro com visto de turista está impedido de participar de sociedade comercial estabelecida no país.
C. O empresário falido perderá a titularidade para explorar sua empresa, mas poderá figurar como sócio noutra sociedade.
D. Apesar da carência de proibição constitucional os chefes de Estado não poderão explorar pessoalmente qualquer empresa.
E. O militar da ativa, como o servidor público, não pode administrar empresa, mas não está impedido de comercializar.
TAREFA EXTRACLASSE:
01. Pesquisar na bibliografia básica, detalhadamente, a situação legal do estrangeiro para atuar como
empresário ou participar de sociedade empresária.
1
Veja também o parágrafo 1º.
2
Pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço
público.
3
Veja também o artigo 29, IX, da CRFB/1988.
PROPOSTA DE DEBATE:
01. Analisando a seguinte notícia 4, argumente sobre a justificativa que correlaciona a resistência ao interesse
internacional pela Amazônia e um impedimento, por exceção, contra o estrangeiro.
Discurso ameaçador
São muitos os exemplos, ao longo das décadas, de movimentos e declarações feitas por alguns dos mais importantes líderes
mundiais acerca do “interesse internacional” pela Amazônia. O professor Marcos Coimbra, ex-docente de Economia na
Universidade Cândido Mendes e na UERJ e membro da Academia Brasileira de Defesa, pesquisou os antecedentes da cobiça
internacional sobre a região e vem, há anos, alertando para a ameaça. “Em 1850, os EUA já pregavam a ocupação internacional
da região”, garante. “Em 1992, a chamada Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, avançou o processo”, descreveu o professor, em
artigo sobre a questão.
Em geral, adverte o estudioso, a carta indígena ou ambiental é lançada sobre a mesa para reivindicar controle “supranacional”
sobre uma região que equivale a um quarto do território nacional. O Conselho Mundial de Igrejas, com sede em Genebra, em seu
documento Diretrizes para a Amazônia (1981), prescreve a internacionalização da área.
“A Amazônia total, cuja maior área fica no Brasil, mas que compreende também parte dos territórios venezuelano, colombiano
e peruano, é considerada por nós como patrimônio da Humanidade. A posse dessa imensa área pelos países mencionados é
meramente circunstancial”, apregoa o documento.
Coimbra coleciona frases que servem para amplificar o temor dos que identificam uma conspiração internacional em curso. De
Madeleine Albright, primeira mulher a ocupar o cargo de secretária de Estado dos EUA (1997–2001): “Quando o meio ambiente
está em perigo, não existem fronteiras”. Do ex-presidente francês François Mitterrand: “Alguns países deveriam abrir mão de
sua soberania em favor dos interesses globais”. Ou do ex-presidente russo Mikhail Gorbachev: “O Brasil deve delegar parte de
seus direitos sobre a Amazônia aos organismos internacionais”. Ou, por fim, do ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, Prêmio
Nobel da Paz: “Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é só deles, mas de todos nós”.
Ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, o almirante reformado Mario César Flores escreveu que, com o aumento das
preocupações ambientais e climáticas, “o insólito droit d’ingérence citado pelo presidente Mitterrand, sem mencionar de forma
clara a hipótese militar, pode de fato vir a crescer como ameaça virtual, no correr do século 21”.
4
Disponível em <http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/defesa-nacional/razoes-para-a-implementaao-da-estrategia-nacional-de-defesa/brasil-
enfrenta-pressoes-internacionais-por-causa-da-amazonia.aspx>.
Estratégias definidas
Não é só paranoia de nacionalistas extremados, ou jogo de cena dos que querem lucrar com uma escalada armamentista no país.
Pesquisa da revista Veja em parceria com a CNT/Sensus, divulgada em 2008, mostrou que 82,6% dos militares acreditavam que a
Amazônia corre o risco de sofrer ocupação estrangeira.
Governador gaúcho, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro já declarou: “Há visões da comunidade internacional que defendem a
Amazônia como se ela fosse território da Humanidade e não território brasileiro. Isso aí esconde interesses econômicos sobre a
Amazônia como reserva planetária para grandes multinacionais e para controles territoriais de outros países sobre o Brasil”.
Defender a Amazônia é assunto prioritário na Estratégia Nacional de Defesa, que prevê a ampliação e o reposicionamento de
tropas nas áreas de fronteira, além de melhorias no monitoramento por satélite da região, feito pelo Sistema de Vigilância da
Amazônia (Sivam).
O brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior lembrou, em resposta à senadora Ana Amélia (PP-RS), que o Brasil é um dos
cinco países com melhor sistema de controle de tráfego. “Nós implantamos os radares na área da Amazônia Legal, na década de
90, que era a infraestrutura do Projeto Sivam, e com aquilo nós temos cobertura e controle efetivo por radar em todo o
território”.
O então chefe do Estado-Maior da Armada, almirante de esquadra Luiz Umberto de Mendonça, explicou na CRE que a Amazônia
é um teatro de guerra terrestre e a Força Aérea “terá lá sua força”, mas lembrou que, para chegar à região, o combustível terá
que ir pelo mar.
“A força naval terá como tarefa principal a manutenção da integridade da calha principal e dos afluentes navegáveis na Bacia
Amazônica. Teremos que ter capacidade de executar controle de área marítima móvel, que são os chamados comboios, para
proteger navios que se deslocam pela superfície para suportar a guerra na Amazônia”.
Para o general Aderico Mattioli, diretor do Departamento de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, é crucial para o país a
implantação dos 28 pelotões de fronteira previstos na END e a concretização do Sistema de Monitoramento Integrado das
Fronteiras Terrestres (Sisfron), que pretende dar apoio muito forte nessa área.
“Atualmente, não vemos as fronteiras como riscos; vemos as fronteiras muito mais como possibilidades de integração, como
fatores de integração e de cooperação [com os vizinhos]. O nosso relacionamento está excelente”, ressaltou o general Mattioli.