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Biomecânica
- Disciplina científica que aborda o estudo dos seres vivos de uma
perspetiva mecânica. É a Mecânica aplicada à Biologia.
Equação 1
Corpos em equilíbrio
Se a condição descrita pela equação 1 é necessária para que um corpo
esteja em equilíbrio, no entanto não é suficiente pois o ponto de aplicação
das forças é um aspeto importante a ter em conta quando se estuda o
equilíbrio dos corpos.
Se atendermos a que o peso de um corpo tem o seu ponto de aplicação no
seu centro de massa, sabemos da nossa experiência diária que este tem
que se encontrar alinhado com a base de sustentação do corpo, para que o
corpo se mantenha em equilíbrio.
A segunda condição depende não apenas das forças que estão aplicadas,
mas também do ponto de aplicação das mesmas.
Corpos em equilíbrio
O momento da força é também uma grandeza vetorial e o seu módulo é dado por:
Equação 2 .
sendo:
F é o valor da força (Newtons, N) F
d é a distância do ponto de aplicação da força ao ponto de rotação (metros, m)
α é o ângulo formado pela força e pelo vetor que liga o ponto de aplicação da mesma ao ponto de rotação (sem
unidades)
L ou torque tem unidades Nm
https://www.khanacademy.org/science/physics/torque-angular-momentum/torque-tutorial/v/introduction-to-torque
Momento da força (ou torque)
Nos diagramas é possível compreender de que forma é que os
momentos das forças que estão aplicadas ao corpo (o seu peso,
representado pela letra P e a reação do plano sobre o corpo,
representado pela letra R), tendem a impor-lhe um movimento de
rotação.
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Corpos em equilíbrio
Equação 3
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Equilíbrio do corpo humano
Em média, o centro de massa de um indivíduo encontra-se
localizado a uma altura de 56% da sua altura máxima contando a
partir das solas dos pés. Em pé o centro de massa encontra-se, pois,
sobre a base de sustentação.
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Equilíbrio do corpo humano
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Alavancas: o mecanismo das alavancas
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ALAVANCAS
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ALAVANCAS
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ALAVANCAS
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Alavancas
- Primeira classe
- Segunda classe
- Terceira classe
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O mecanismo das alavancas
Considerando a tarefa de içar um determinado peso, é possível dividir as alavancas em três
tipos:
Primeira classe - a força e resistência aplicadas situam-se em lados opostos do fulcro (eixo).
Segunda classe - a força e resistência aplicadas situam-se do mesmo lado do fulcro (eixo),
sendo que a resistência está mais próxima do fulcro.
Terceira classe - a força e resistência aplicadas situam-se do mesmo lado do fulcro (eixo), sendo
que a força aplicada está mais próxima do fulcro.
Representação das três classes de alavancas, classificadas segundo a localização relativa dos pontos de aplicação das
forças envolvidas.
F - força
R - peso ou resistência
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Vantagem mecânica de uma alavanca
A eficiência mecânica de uma alavanca para mover uma
resistência pode ser expressa quantitativamente como a sua
vantagem mecânica (Vm):
braço da força bF
Vm = =
braço da resistência bR
Exemplo: bF bR
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Vantagem mecânica de uma alavanca
A função de uma alavanca é conferir uma vantagem:
1. ou para exercer mais força contra um objeto resistente do que a força aplicada à alavanca
(exemplo: ao mover uma pedra pesada com um é de cabra)
2. ou para mover o objeto resistente mais distante ou mais rapidamente do que o braço do
esforço é movido (como lançar um bastão de baisebol – alavanca classe 3: Vm<1)
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Vantagem mecânica de uma alavanca
Se Vm = 1
A magnitude da força necessária para movimentar uma resistência é
exatamente igual à magnitude da resistência.
Se Vm > 1
A magnitude da força aplicada, necessária para mover uma
resistência, é menor do que a magnitude da própria resistência.
Neste caso a capacidade para mover uma resistência com uma força
menor do que ela é mecanicamente efetiva.
Se Vm < 1
A magnitude da força aplicada para movimentar a resistência deverá
ser maior do que a magnitude da resistência.
Embora este arranjo mostre menor vantagem, pois é necessária a
aplicação de mais força, um pequeno movimento da alavanca no
ponto de aplicação da força movimenta a resistência através de uma
extensão de maior movimento.
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Alavancas de primeira classe
- O fulcro (ou eixo) encontra-se entre a força (F) e a
resistência (R)
bF bR
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Alavancas de primeira classe
Resistência R Força
bR bF
Fulcro
Resistência R Força
bR bF
Fulcro
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Alavancas de primeira classe
Ex. Pé de cabra
bR
bF
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Alavancas de segunda classe
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Alavancas de segunda classe
bF
Vm
bR
Elevada vantagem mecânica
Elevada potência
Baixa velocidade
Exemplo:
movimento da
mandíbula
(Vm > 1)
bR
bF
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Alavancas de terceira classe
- A força (F) é aplicada entre o eixo e a resistência (R).
bF
bR
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Alavancas de terceira classe
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Alavancas no corpo humano
A grande maioria das alavancas do corpo humano, por serem de terceira classe e
apresentarem as inserções dos músculos próximas das articulações, apresentam baixo
rendimento em termos de força (baixa potência).
bF
Vm
bR
Baixa vantagem mecânica
Baixa potência
Elevada velocidade Exemplo:
movimento do
antebraço
(Vm < 1)
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Alavancas no corpo humano: exemplos
Movimento do antebraço
Ao levantar o antebraço, há contração do bicípete e distensão do tricípete.
Para baixar o antebraço, há inversão, com contração do tricípete e distensão
do bicípete.
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Alavancas no corpo humano: exemplos
Movimento do antebraço
https://www.getbodysmart.com/ap/muscularsystem/back_muscles/iliocostalis_lumborum/tutorial.html
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Formas de movimento
Movimento linear
Movimento angular
Movimento geral
Inércia
- é a tendência de um corpo manter o seu estado atual de movimento, esteja ele parado
ou movendo-se a uma velocidade constante.
- embora a inércia não tenha unidades de medida, a quantidade de inércia que um corpo
possui é diretamente proporcional à sua massa, ou seja quanto mais massa um
objeto/corpo possuir, maior será a sua tendência em manter o seu estado de movimento
e mais difícil será alterar esse estado.
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Conceitos básicos de cinética
Fica
quieta !
F=m*a
sendo: F o símbolo convencional para a força
m o símbolo da massa
a o símbolo da aceleração
p=m*g
Se uma escala mostra que um indivíduo tem uma massa de 68 Kg, qual é o seu
peso?
Considere a aceleração da gravidade terrestre 9,81 m/s2.
Resposta:
Dados:
m= 68 Kg
Equação:
p=m*g
Cálculos:
p = (68 kg) * 9,81 m/s2 .
p = 667 N
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Exercício 2
Resposta:
Dados:
N= 1200 N
Equação:
p=m*g
Cálculos:
1200 N = (m) * 9,81 m/s2 .
m = (1200 N) / 9,81 m/s2
m = 122, 32 Kg
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Conceitos básicos de cinética
Pressão (P)
- é definida como a quantidade de força (F) que age sobre uma determinada área (A)
P=F/A
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Exercício 3
É melhor ser pisado por uma senhora que usa um sapato de salto fino ou um de sola lisa e salto baixo.
Se a senhora pesar 556 N, a área do salto fino for 4 cm2 e a área do salto baixo for 175 cm2, qual é a
pressão exercida por cada tipo de salto?
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Exercício 3
É melhor ser pisado por uma senhora que usa um sapato de salto fino ou um de sola lisa e salto baixo.
Se a senhora pesar 556 N, a área do salto fino for 4 cm2 e a área do salto baixo for 175 cm2, qual é a
pressão exercida por cada tipo de salto?
Resposta:
Dados:
peso= 556 N
Nota: o peso é uma força
A f = 4 cm 2
A b= 175 cm 2
Equação:
P=F/A
Cálculos
Para o salto fino (f):
P f = (556 N) / (4 cm 2 )
P f = 139 N /cm 2
Portanto, é exercida 43,71 vezes mais pressão pelo sapato de salto fino do que pelo sapato de salto
baixo.
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Conceitos básicos de cinética
Momento da força ou torque (T)
- O momento da força é o efeito rotatório criado por uma força excêntrica.
T = F * d * sen α
sendo:
F é o valor da força
d é a distância do ponto de aplicação da força ao ponto de
rotação
α é o ângulo formado pela força e pelo vetor que liga o ponto
de aplicação da mesma ao ponto de rotação.
Quanto maior a quantidade de torque sobre o eixo de rotação, maior a tendência para
que a rotação ocorra. 43
Exercício 4
Quanto torque é produzido no cotovelo pelo bicípete braquial inserido no rádio num
ângulo de 60 graus quando a tensão no músculo é de 400 N ? (Considere que a
inserção muscular no rádio está a 3 cm do centro de rotação do cotovelo. )
Dados:
F m= 400 N
Ângulo = 60º
d p= 0,03 m
d
Fulcro ou eixo
Resposta:
T = F * d * sen α