Centro de Tecnologia Mineral

Ministério da Ciência e Tecnologia

Coordenação de Análises Minerais – COAM

AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO POR

MERCÚRIO EM PEIXES DO RIO PARAÍBA DO
SUL, BARRA MANSA, R.J.
Felipe D. B. Silva
Maria Inês C.outo Monteiro
Zuleica Castilhos
Aline M. de Castro
Lílian I. D. da Silva
Manuel C. Carneiro

Rio de Janeiro
Dezembro/2005

CT2005-150-00 Trabalho apresentado no 1q Congresso Internacional

Ibero-Americano de Química Analítica e no 13q Encontro Nacional de
Química Analítica- ENQA.
 AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO EM PEIXES
DO RIO PARAÍBA DO SUL, BARRA MANSA, R.J.
Felipe B. D. Silva1(IC), Maria Inês C. Monteiro2(PQ), Zuleica Castilhos2(PQ), Aline M. de
Castro1(PG), Lílian I. D. da Silva2 (PQ), Manuel C. Carneiro2 (PQ).
mmonteiro@cetem.gov.br
1
Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, 2Centro de Tecnologia Mineral, CETEM.
A literatura tem registrado ao longo dos anos um aumento dos níveis de poluição nos sistemas
aquáticos e sua influência na biota. Os efeitos desses poluentes podem ser letais ou subletais para todos os
componentes da biota, tais como phytoplankton, zooplankton, benthos, peixes, pássaros e finalmente,
humanos. Neste trabalho, a concentração de mercúrio total foi determinada em 50 amostras de músculos de
peixes (Tilápias, Acarás e Cascudos), provenientes de um afluente do rio Paraíba do Sul que atravessa a
cidade de Barra Mansa no estado do Rio de Janeiro. Com os resultados obtidos, foi realizado um estudo de
avaliação de risco à saúde humana, utilizando o método proposto pela United States Environmental
Protection Agency (U.S. EPA, 1989a). Foi concluído que a ingestão de peixes pela população ribeirinha de
adultos e crianças apresenta um risco potencial à saúde humana (quociente de risco > 1), enquanto que para a
população urbana adulta e infantil não há risco à saúde humana. Estudos preliminares indicaram a presença
de arsênio, selênio e antimônio nesses peixes.

Referências Bibliográficas
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CNPq
AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO EM PEIXES DO RIO
PARAÍBA DO SUL, BARRA MANSA, R.J.
ério da Ciência e Tecnologia

Felipe B. D. Silva1(IC), Maria Inês C. Monteiro2(PQ), Zuleica Castilhos2(PQ), Aline M. de Castro1(PQ), Lílian I. D. da Silva2 (PQ),
Manuel C. Carneiro2 (PQ). mmonteiro@cetem.gov.br
1Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, 2Centro de Tecnologia Mineral, CETEM.

INTRODUÇÃO Determinação da concentração média de mercúrio total

tais tais como ferro, cobre, zinco e manganês são essenciais ao (Metodologia “Worst Case”) (mg kg-1)
bolismo biológico, enquanto que mercúrio, chumbo e cádmio não são
nciais, e portanto, são tóxicos, mesmo em níveis de traço. Os metais DP
nciais podem também produzir efeitos tóxicos quando em
CM WC CM  2 x
entrações elevadas.
n
efeitos de poluentes podem ser letais ou subletais para todos os Determinação da dose administrada para avaliação de risco
ponentes da biota, tais como phytoplankton, zooplankton, benthos, toxicológico à saúde humana (U.S. EPA) (mg kg-1dia-1)
es, pássaros e finalmente, humanos .
m exceção da exposição ocupacional, os peixes são as maiores fontes C x TC x DFE
ontaminação do homem com mercúrio. Análises dos músculos dos DA
es são utilizadas para investigar possível transferência de metais MC
dos para a população humana via consumo alimentar.
rwick e Maher (2003) relataram a existência de trabalhos sobre a RESULTADOS E DISCUSSÃO
agnificação em peixes dos metais-traço selênio, cromo, cobre,
ganês, ferro, chumbo, zinco e mercúrio. Tabela 1. Concentração média estimada de metilmercúrio (n = 50)
espectrometria de absorção atômica é uma técnica freqüentemente
ada para a determinação dos metais cádmio, chumbo, cobre, cromo, Hg total médio Desvio-padrão Hg total médio* MetilHg médio
, níquel, zinco e mercúrio. (mg kg-1) (mg kg-1) (mg kg-1) (mg kg-1)

metodologia de avaliação de risco é um instrumento para o 0,09 0,04 0,10 0,08

nciamento dos impactos ambientais em um determinado local * Metodologia “Worst Case”.
ráfico ou sobre a saúde da população humana. A U.S. EPA propôs uma
Foi considerado que 85% da concentração total de Hg é de metilHg.
dologia intitulada “Avaliação de Risco Toxicológico à Saúde Humana e
eio Ambiente”.
Tabela 2. “Quociente de Perigo” para as populações ribeirinha e urba
ana

OBJETIVO T ip o d e p o p u la ç ã o
tudar o risco potencial à saúde humana pela ingestão de peixes R ib e ir in h a U rb a n a
enientes da Região de Barra Mansa no estado do Rio de Janeiro, com A d u lto C r ia n ç a A d u lto C r ia n ç a
ão à sua contaminação por metais pesados, entre eles o mercúrio.
1 ,9 4 ,6 0 ,0 6 0 ,1 5

MATERIAIS E MÉTODOS CONCLUSÃO

Equipamentos A ingestão de peixes coletados num afluente do Rio Paraíba do Su

corta a cidade de Barra Mansa-RJ, oferece risco potencial à popu
ribeirinha de adultos e crianças, com relação à contaminação por mer
Estudos preliminares indicaram a presença de arsênio, selênio e anti
nesses peixes. O trabalho de quantificação desses metais est
andamento.

AGRADECIMENTOS
9 CNPq
Espectrômetro de AA portátil LUMEX modelo “Mercury Analyzer RA-915+” 9 CETEM
coplado a um acessório de pirólise para sólidos LUMEX modelo “RP-91C”
9Ana Paula de C. Rodrigues

Avaliação de risco toxicológico à saúde humana 9 Aline dos S. Ramos

9 Luis R. Pedroso
0,02g de amostra

Determinação de Hg total por pirólise (800ºC) e espectrometria de BIBLIOGRAFIA

absorção atômica ( O= 254 nm)
Cálculo da concentração média de Hg total (“Worst Case”)
Estimativa da concentração média de MetilHg (85% Hg Total)
Cálculo do “Quociente de Perigo” em relação à exposição oral ao MetilHg
9M.C. Bisinoti, W.F. Jardim; Química Nova, 27 (2004) 593-600.
9P.B. Cid, A. Boia, L. Pombo, E. Rebelo; Food Chem. 75 (2001) 93-100.
9Golder Associates; Human health risk assessment, environmental risk assessm
the area around Pedra Branca Station, Candeias, BA, 2003.
9M. Barwick, W Mahe; Marine Environmental Research, 56 (2003) 471-502.
9U.S.Environmental Protection Agency (U.S.EPA); Risk Assessment Guidance fo
Superfund (RAGS):
9Human Health Evaluation Manual: Part A. July, 1989.