7 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 56
8 ANEXOS ............................................................................................................... 58
8.1 Cronograma........................................................................................ 58
8.2 Ata de reuniões .................................................................................. 60
ÍNDICE DE FIGURAS
1.1 Introdução
P á g i n a |6
planejamento urbano e, especificamente, aos planos diretores, não se restringe apenas
ao campo político e intelectual envolvido diretamente com a questão urbana. A “falta
de planejamento” é um bordão da imprensa e dos noticiários, reproduzido no senso
comum e à qual se debita grande parte das mazelas urbanas. Mas, entre "iniciados", a
discussão fica complexa. Militantes da reforma urbana, por exemplo, discutem a
incorporação aos planos de princípios, diretrizes e instrumentos que promovam a justiça
social nas cidades, com garantia do direito à moradia e o acesso à terra urbanizada.
Ainda conformam o debate a autoaplicabilidade dos instrumentos do Estatuto da Cidade
e a democratização do planejamento, entre outros temas (VARGAS DE FARIA, 2012,
p.11-2).
Até figurar nas preocupações dos militantes da reforma urbana,
contudo, o plano diretor metamorfoseou. No início, todas as ressalvas e a desconfiança
na efetividade deste instrumento, decorrente das experiências “mal-sucedidas” do
período militar, lhe conferiam associações à ineficácia, ao tecnocratismo ou ao
idealismo puro. Contudo, há os que afirmam que o planejamento urbano recente
aparece como sendo de um novo tipo, voltado para atender aos objetivos da reforma
urbana (VARGAS DE FARIA, 2012, p.12). Orlando Alves dos Santos Jr. (1995) sintetiza
essa estratégia, indicando os meios adotados para superar os problemas da urbanização
brasileira e caracterizando a própria reforma urbana como “um novo modelo de
planejamento e gestão das cidades”.
Em recente avaliação, Santos Jr. e Montandon (2011) concluem que,
apesar das inúmeras inadequações, das dificuldades institucionais na gestão pública
municipal e do precário rebatimento territorial das diretrizes estabelecidas nos planos
diretores, é possível reconhecer uma nova cultura política no planejamento urbano
brasileiro e recomendam aos governos dos três níveis federativos e à sociedade a
continuidade do investimento na construção de novos paradigmas de planejamento
urbano. Para Raquel Rolnik (2001), este novo modo de planejamento deve incorporar
P á g i n a |7
os princípios básicos que norteiam a política urbana, que se situam em três campos: (1)
novos instrumentos de natureza urbanística, voltados para induzir as formas de uso e
ocupação do solo, (2) nova estratégia de gestão, que incorpora a ideia de participação
direta do cidadão em processos decisórios sobre o destino da cidade, e (3) a ampliação
das possibilidades de regularização de áreas urbanas, até hoje situadas na ambígua
fronteira entre o legal e o ilegal.
Estes três campos tratam da elaboração de políticas urbanas visando
a função social da propriedade urbana e o combate à especulação imobiliária, de
maneira a garantir o direito de acesso à moradia, à terra urbanizada, aos serviços e a
distribuição justa dos investimentos da cidade. Ao Plano Diretor caberia a função de
principal instrumento municipal destinado a orientar e fazer cumprir os princípios de
política urbana.
P á g i n a |8
Uma das constatações observadas pelos autores sobre a avaliação dos
Planos Diretores da Rede de Avaliação e Capacitação para a implementação dos Planos
Diretores Participativos (SANTOS JUNIOR e MONTANDON, 2011) foi que, diante da
Resolução nº 34/20051, os Planos Diretores editados previram, de forma precária, os
institutos para implementação do desenvolvimento urbano como zonas especiais de
interesse social, operações urbanas, outorga onerosa do direito de construir, IPTU
progressivo no tempo, entre outros. Ainda que sabidamente a metodologia de pesquisa
não tenha considerado a investigação sobre as causas, na avaliação destes autores, a
razão desta precariedade estaria relacionada à baixa capacidade técnica dos municípios
para implementação dos instrumentos. No entendimento dos autores, um dos avanços
que poderiam ajudar os municípios brasileiros seria a estruturação do Cadastro
Territorial Multifinalitário (CTM) cujas diretrizes foram fixadas pela Portaria n°
511/2009. O CTM seria uma ferramenta potente que ajudaria os municípios a reunir e
atualizar dados de seu território, integrando informações de outros cadastros, o que
contribuiria sobremaneira com a elaboração e implementação do Plano Diretor.
No tocante à questão habitacional, os autores constataram que a
maior parte dos Planos Diretores incorporou definições relativas à política de habitação,
faltando, contudo, a previsão quanto aos elementos necessários à efetividade dos
instrumentos que asseguram o direito de moradia. Em sua grande maioria, os Planos
Diretores remetem à regulamentação posterior a aplicabilidade deste direito. O mesmo
ocorre com as Zonas Especiais de Interesse Social. Mesmo sendo o instrumento mais
utilizado junto aos Planos Diretores, sua previsão não é autoaplicável, necessitando
detalhamentos e regulamentação posteriores.
1 A Resolução nº 34, de 01 de julho 2005 do Conselho das Cidades emitiu um conjunto de orientações e
recomendações relativas ao conteúdo mínimo do Plano Diretor, em especial exigindo critérios para caracterizar
imóveis que não cumprem sua função social entre outros detalhes relativos a instrumentos urbanísticos e processo
participativo.
P á g i n a |9
Com relação à política de saneamento ambiental nos Planos Diretores,
verificou-se que na grande maioria dos municípios há previsão deste tema, entretanto,
de maneira frágil. Existem contrassensos, pois há expresso reconhecimento das
necessidades de construção de cidades socialmente justas e ambientalmente
sustentáveis havendo, contudo, pouca previsão quanto à política de saneamento
ambiental como política de desenvolvimento municipal. Tal assertiva ganha sustentação
ao se verificar as dificuldades dos municípios para gerenciar tais serviços, os quais são
repassados, em geral, a concessionárias estaduais ou empresas privadas.
Outra questão analisada pelos autores é a mobilidade urbana. A rua é
a estrutura básica que possibilita a mobilidade e, portanto, a interação com a cidade,
deve ser espaço de vivência da sociedade. A hierarquia viária é um tema de grande
relevância uma vez que está relacionado com a qualidade dos deslocamentos no
município possibilitando desde grandes conexões até circulações mais pontuais ou
exclusivos para pedestres, por exemplo. São fundamentais para a orientação da
expansão do sistema viário e na formulação da política de ocupação do solo.
Restou constatado que os Planos Diretores preveem melhorar,
estimular e priorizar o transporte público. Por outro lado, não há previsão de
modalidades alternativas de deslocamento. A utilização de bicicletas, ao invés de ser
tratado como modalidade de transporte, acaba sendo vinculada à questão ambiental,
como alternativa não poluente de transporte.
O tema ambiental é tratado nos Planos Diretores de forma não
homogênea e sem mecanismos capazes de dar efetividade à política ambiental. Uma
questão que chamou a atenção dos avaliadores foi a quase inexistência da necessidade
de obtenção do licenciamento ambiental para empreendimentos causadores de
impactos urbanos e ambientais. O tema, ao invés de ser tratado de forma integral, é
apresentado de forma segmentada, não constituindo políticas ou diretrizes urbano-
ambientais.
P á g i n a | 10
Quanto à questão metropolitana, também analisada pelos autores,
verificou-se uma tendência à articulação vertical com os estados e a União. Contudo não
se verificam, nos planos diretores, elementos para a gestão compartilhada de sistemas
de saneamento ambiental, dos sistemas de transporte e da gestão das bacias
hidrográficas, por exemplo, habituais entre municípios integrantes de regiões
metropolitanas.
Em relação à expectativa de diversos setores de que o Estatuto da
Cidade implicaria na promoção do acesso à moradia como foco da intervenção pública
no processo de planejamento e desenvolvimento urbano, verificou-se que,
predominantemente, os novos Planos Diretores foram pouco objetivos e não
favoreceram mudanças nas formas de apropriação social da cidade.
O cumprimento da função social da propriedade pode aparecer
associado à ocupação dos vazios urbanos, ao combate à especulação imobiliária por
meio dos instrumentos do Estatuto, à promoção do acesso à moradia e à cidade, ao
atendimento em geral das exigências da coletividade, à utilização racional da
infraestrutura e dos equipamentos e serviços urbanos, à preservação da qualidade de
vida ou do meio ambiente, à segurança, à saúde, ao combate e à apropriação privada
de lucros fundiários gerados coletivamente, entre outras especificações.
Diversos Planos Diretores apontaram as referências à submissão da
função social da propriedade ao ordenamento territorial, definida no Plano Diretor
como orienta a Constituição Federal. Entretanto, muitas vezes foram orientações
indiretas relacionadas à priorização de usos específicos para determinadas áreas da
cidade (OLIVEIRA e BIASOTTO, 2011).
Quanto à diretriz de ordenação e controle do uso e ocupação do solo,
de modo a evitar a retenção especulativa de terrenos, alguns relatórios sobre os Planos
Diretores indicaram que a diretriz específica não esteve enfatizada ou explicitada nos
P á g i n a | 11
planos, bem como a instituição dos instrumentos de parcelamento, edificação,
utilização compulsória e IPTU progressivo no tempo (OLIVEIRA e BIASOTTO, 2011).
O tratamento das normas urbanísticas se mostrou insuficiente para
determinação do potencial construtivo atribuído às diferentes parcelas do território,
definidas no macrozoneamento ou no zoneamento urbano. As condições objetivas para
a regulação do solo urbano foram remetidas para a legislação específica de uso,
ocupação e parcelamento do solo (OLIVEIRA e BIASOTTO, 2011).
A grande maioria dos Planos Diretores prevê a instituição de Zonas
Especiais de Interesse Social (ZEIS) ou Área Especial de Interesse Social (AEIS), mas
apesar da referência, estas áreas nem sempre estão delimitadas ou regulamentadas, ou
mesmo indicam a sua regulamentação posterior. Entre aqueles que delimitam ZEIS ou
AEIS, a maioria o faz em áreas já ocupadas por assentamentos precários de população
de baixa renda, favelas, vilas, loteamentos irregulares e clandestinos, para regularização
fundiária e urbanística. ZEIS em áreas vazias ou subutilizadas para a implantação de
moradias voltadas às pessoas de baixa renda são claramente identificadas em apenas
alguns casos. A reserva de área para habitação popular em áreas cobiçadas para outros
usos, mais lucrativos, implica disputas e conflitos que na luta política e econômica não
foram sequer enfrentados no processo de elaboração dos Planos Diretores, daí a
raridade das ZEIS em áreas vazias ou subutilizadas no Brasil (OLIVEIRA e BIASOTTO,
2011).
P á g i n a | 12
relativos ao estabelecimento de uma sociedade livre, justa e solidária, a garantir o
desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução
das desigualdades sociais e regionais, promovendo o bem de todos sem qualquer forma
de preconceito e discriminação.
Em virtude disso, a Administração Municipal, na sua atuação cotidiana
está obrigada a planejar as suas ações de modo a garantir que as normas esboçadas
como "princípios fundamentais" sejam cumpridas e colocadas à prova durante o
processo de definição de meios e instrumentos que tenham por objeto a atuação do
Poder Público e de particulares. Busca-se, com a regulação do solo urbano, a
coincidência entre os objetivos do planejamento, considerado o conteúdo
constitucional já previamente estabelecido e as possibilidades de geração de seus
resultados, de modo que os instrumentos que coloquem em movimento efeitos
contrários aos dispostos na Constituição de 1988 devem imediatamente ser corrigidos
ou dispensados de uso, dadas as características de cada Município.
Também, o texto constitucional definiu a competência do Município
para regular e gerir questões respectivas ao seu território urbano, excetuando a
possibilidade de regulação sobre questões rurais, de competência da União, quando
evidentemente tais situações se apresentarem como de interesse local, conforme
dispõe o seu art. 30, inciso I.
Assim, o "adequado ordenamento territorial", destacando-se aí o
planejamento sobre o controle do solo e seus respectivos parcelamento e ocupação
urbanos, devem ser objeto de preocupação municipal, sendo que o meio mais adequado
para as determinações da política geral de planejamento e de seus respectivos
parâmetros e critérios é o Plano Diretor.
O Plano Diretor se constitui em instrumento com duplo significado. Em
primeiro lugar, busca conciliar os objetivos gerais estabelecidos na legislação federal e
aqueles implicados diretamente na realidade local e, em segundo lugar, aproveita o
P á g i n a | 13
instrumental jurídico-urbanístico estabelecido em outras esferas legislativas, bem como
produz meios específicos para fazer valer as intenções dispostas na legislação.
O instrumental disposto no Plano Diretor deve estar em consonância
com a realidade e possibilidade de efetivação no Município, inclusive considerada a
condição objetiva conformada na própria capacidade de gestão municipal. Assim, ainda
que se possa aproveitar ou explicitar de modo geral os vários mecanismos dispostos no
Estatuto da Cidade, Lei n. 10257 de 2001; na Lei de Parcelamento do Solo, Lei n.
6766/1979; no Código Civil, Lei n. 10406 de 2002; na Lei do Programa Minha Casa Minha
Vida, Lei n. 11977/2009; nas legislações concernentes às desapropriações; ou compra e
venda de imóveis, tal como a Lei de Licitações, Lei n. 8666 de 1993, dentre tantas outras,
o próprio Município, ao estabelecer os seus mecanismos de regulação e controle sobre
o aproveitamento do solo, com vistas ao cumprimento da função social da propriedade,
deve propor meios que sejam aptos a efetivar os seus objetivos, identificando aqueles
que se apresentem como medidas curativas de questões já existentes a serem
enfrentadas e meios de promoção de novas condições de expansão ou desenvolvimento
que expressem os rumos identificados e eleitos como importantes para a qualidade de
vida da sua população.
Nessa ordem de questões, o Plano Diretor deve ser proposto
considerando, como foi dito, aquilo que supera a decisão estritamente municipal, no
que diz respeito aos ditames constitucionais e às legislações infraconstitucionais que
regulam de modo geral aspectos do espaço urbano. Ainda, pressupõe a leitura relativa
à factibilidade quanto aos objetivos e realização dos instrumentos, consideradas as
características municipais gerais e a capacidade de seu corpo administrativo em gerir e
aplicar tais meios. Importa também fazer coincidir os princípios, objetivos e meios
estabelecidos na legislação, o que significa dizer que não são cabíveis quaisquer
instrumentos que de alguma forma maculem a proposta geral de benefícios possíveis
na realização do ordenamento territorial. Por fim, cabe lembrar que a ordem
P á g i n a | 14
constitucional, ainda que tenha salvaguardado o direito de propriedade, alterou seu
conteúdo, determinando que a sua tutela está garantida somente nos casos em que tal
aproveitamento dos bens não signifique prejuízos a terceiros. Isso significa dizer que o
cumprimento da função social da propriedade deve ser objetivamente definido no Plano
Diretor, ainda que possa não se esgotar nas suas determinações.
Para a identificação das propostas que devem conter os mecanismos
prioritários à utilização do instrumental que viabiliza o planejamento do espaço urbano,
é necessário primeiramente considerar o histórico de construção institucional e de
regulação e controle do território municipal e suas relações com o seu entorno regional.
Além disso, faz-se necessário avaliar as necessidades reais e o conjunto de possibilidades
de implementação dos instrumentos que podem estar mais diretamente relacionados à
regularização fundiária, à provisão habitacional, ao desenvolvimento socioeconômico,
às implicações ambientais, ao controle sobre a ocupação e os usos do solo, à expansão
da malha urbana, à arrecadação e fiscalização, dentre tantos outros possíveis aspectos.
Para a construção do Plano Diretor, voltada a compreender as
questões anteriormente expostas, será observada a realidade do Município, bem como
a exposição das pretensões gerais acerca da gestão efetiva do controle territorial. Com
vistas a tal leitura, são observáveis as alternativas jurídico-urbanísticas aptas a promover
o desenvolvimento territorial-municipal à ser definido participativamente entre os
poderes públicos e a população. O caminho para identificar as possibilidades de
coincidência entre os princípios, objetivos e a efetiva aplicação dos instrumentos de
controle e desenvolvimento territoriais passa pelas seguintes etapas: (i) resposta às
perguntas orientadoras à avaliação da realidade territorial do Município; (ii)
identificação das variáveis que possibilitam a medição, coincidência e aferição geral das
condições municipais de gestão do território e de aplicação de instrumentos; (iii)
verificação de indicadores capazes de medir a efetividade dos mecanismos existentes
nas várias esferas federal, estadual e municipal de ordenamento territorial.
P á g i n a | 15
Para a formulação da presente revisão do Plano Diretor, serão
observados as proposições contidas nos Planos anteriores, em especial naquele de 1995
que definiu as regiões urbanas que formam o município e o de 2006, bem como a Lei
Complementar n. 94, que instituiu a política de desenvolvimento e o Plano Diretor de
Campo Grande.
P á g i n a | 16
2 BREVE CARACTERIZAÇÃO DA INSERÇÃO URBANA DO
MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE
P á g i n a | 17
Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo, que tratava do parcelamento do solo urbano,
definindo padrões de loteamento, estabelecia o zoneamento, parâmetros urbanísticos
e diretrizes urbanísticas.
Em 1995 foi instituído o Plano Diretor de Campo Grande, definindo as
regiões urbanas que formam o município. Em 2006 após o processo de revisão do plano
vigente, foi aprovada a Lei Complementar n. 94, que instituiu a política de
desenvolvimento e o Plano Diretor de Campo Grande. Esta versão do plano foi adequada
ao Estatuto da Cidade e estabeleceu as macrozonas de planejamento.
O município de Campo Grande é classificado segundo REGIC (IBGE,
2008) como capital regional, e se configura, também de acordo com IBGE (2015) como
um município isolado, ou seja, com fraca integração à demais municípios do entorno.
Contudo, há que se observar a integração, mesmo que incipiente, com alguns
municípios do entorno, fato que merece atenção ao se formular diretrizes para médio e
longo prazos.
P á g i n a | 18
3 EQUIPE TÉCNICA – ESPECIFICAÇÃO E PLANILHA DE
PERMANÊNCIA
P á g i n a | 19
3.3 Engenheira Civil: Maria Cristina Graf
P á g i n a | 20
3.6 Arquiteta Urbanista: Débora Follador
P á g i n a | 21
monitor professor da Pós-graduação em Direito à Cidade e Gestão Urbana da
Universidade Positivo.
P á g i n a | 22
participação, associativismo e movimentos sociais, sociologia urbana, planejamento
urbano e análise de redes sociais.
P á g i n a | 23
Atua na consultoria da elaboração de diversos Planos Municipais e Regionais e
capacitação sobre o tema. Os principais temas de interesse são: Ecologia Política Urbana
e Planejamento Ambiental.
P á g i n a | 24
4 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS SERVIÇOS BÁSICOS A SEREM
EXECUTADOS
4.1 1ª Etapa
P á g i n a | 25
Tabela 2: Quadro - Uso e Ocupação do Território
Curvas de nível
Arruamento/estradas
Loteamentos
Zonas fiscais
Setores censitários
Áreas Verdes
Cemitérios
Centros esportivos
Escolas urbanas de ensino infantil, ensino fundamental, ensino médio, escolas rurais, centros
educacionais profissionalizantes e faculdades
Equipamentos de assistência social, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS);
Atendimentos pelo SUAS; estabelecimentos para idosos, entre outros,
Hospitais, postos de saúde, postos 24h, asilos, equipamentos para saúde mental;
P á g i n a | 26
Relação de loteamentos aprovados, com data de aprovação e implantação, área total do
loteamento, bem como número de lotes;
Mapa de loteamentos clandestinos e ocupações irregulares, com relação contendo data de
ocorrência, número de famílias e população aproximada.
Projetos de melhoria e/ou implantação de infraestrutura regional;
Mapa de declividade.
GESTÃO PÚBLICA
Lei Orgânica do Município e o Decreto de Organização Administrativa do atual Governo;
P á g i n a | 27
Plano Diretor/Uso e Ocupação/Parcelamento/Edificações ou Código da Obras;
Código de Posturas;
P á g i n a | 28
Escolas urbanas de ensino infantil, ensino
fundamental, ensino médio, escolas rurais,
faculdades, centros educacionais
profissionalizantes, faculdades
Relação (com nome e capacidade) de Hospitais, postos de saúde, postos 24h, asilos,
Equipamentos Sociais, a saber: equipamentos para saúde mental
Centros comunitários, centros de esportes e
lazer, instituições e espaços religiosos,
entidades assistenciais e beneficentes, centros
de pesquisas, Sesi, Senac e outros;
Dados demográficos. 1970.1980.1990.2000.2010.2015 (divididos em urbano, rural e distritos)
Dados de Produção Econômica (comercio, serviço, indústria, extração mineral, agropecuária e
da agroindústria, etc.)
Relação dos principais programas, planos e projetos de desenvolvimento, com seus
respectivos financiadores, relativos a todos os setores do poder executivo municipal;
Propostas de desenvolvimento regional, elaboradas pelo Município ou outras esferas de
governo (projeto de lei para criação da região metropolitana, se houver);
Balanço dos últimos 5 anos - completo;
Receita e Despesas médias mensais. Histórico
Orçamento/ Projetado para 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014,
2015;
Dívida Ativa;
Receita e despesas projetada 2006 a 2015;
Canais de comercialização da produção;
Mapas/leis de evolução do perímetro urbano
P á g i n a | 29
Nesta atividade serão levantadas as informações complementares
àquelas disponibilizadas pela Prefeitura Municipal através de pesquisa, entrevistas,
trabalho de campo e análise de documentos.
Etapa essencial no processo metodológico de elaboração do Plano
Diretor Participativo, o diagnóstico compreende a coleta e sistematização dos dados
pertinentes ao conjunto da realidade municipal. Por meio da coleta e sistematização dos
dados disponíveis sobre as múltiplas dimensões – socioeconômica, urbanística, jurídica,
ambiental, institucional – obtém-se a descrição da realidade existente. Este processo de
“leitura técnica da realidade”, com a utilização de séries históricas e análises
prospectivas, permite delinear tendências de desenvolvimento municipal e apontar
riscos, pontos críticos e oportunidades.
Com o objetivo de facilitar a compreensão da realidade do município
devem ser analisadas as dimensões de inserção no espaço urbano; dinâmica
socioeconômica; produção e apropriação do espaço; e, sistema de gestão do
planejamento. No entanto, para não se perder a coerência e a consistência das análises
e das propostas, alguns pontos devem ser observados: (i) esta categorização não pode
implicar em uma análise desvinculada das questões abordadas pelo plano, devendo
haver uma interação contínua entre as dimensões, especialmente na formulação de
conclusões; (ii) nas atividades críticas e nos momentos de decisão deve se promover
uma visão de inter-relação e interdependência entre os diversos temas; (iii) em nenhum
momento deve-se perder de vista a dinâmica da produção do espaço nas suas diversas
esferas (regional, urbana e rural).
É neste momento que a equipe de consultoria, a administração pública
municipal e os munícipes tomam conhecimento de informações acerca da realidade
atual do Município, homogeneizando e democratizando impressões e conhecimentos
até então dispersos e fragmentados.
P á g i n a | 30
As informações obtidas a partir da análise dos indicadores, fontes de
dados e informações utilizados serão sistematizadas e armazenadas em banco de dados
eletrônico que se articulará com o sistema de gestão do plano. Destaca-se a necessidade
de identificar e/ou formular indicadores e variáveis que possibilitem avaliar a realidade
e monitorar os resultados do processo de planejamento.
4.2 2ª Etapa
P á g i n a | 31
termos de moradia, escolaridade, saúde, ocupação, emprego e renda, migração, taxa de
crescimento; (iii) dados e informações sobre a estrutura produtiva e de serviços que
permitam a identificação dos processos de mudança no âmbito do desenvolvimento
econômico do município; (iv) análises e indicações de políticas públicas.
A dimensão regional contextualiza Campo Grande em sua região e esta
análise se desenvolve a partir da sistematização e cruzamento de informações obtidas
em órgãos municipais e estaduais destacando análises sobre a rede urbana brasileira,
contidas no REGIC – Região de Influência das Cidades (IBGE, 2008), além do recente
estudo publicado também pelo IBGE (2015) denominado “Arranjos Populacionais e
concentrações urbanas do Brasil”.. Informações de diagnósticos e propostas de planos
metropolitanos, caso haja, são especialmente importantes para a análise da inserção
regional do município destacando-se as consequências da industrialização e a forma de
ocupação do solo. Capitais regionais, como é o caso de Campo Grande, exigem que se
produzam informações em uma base cartográfica que abranja os municípios limítrofes,
espacializando informações socioeconômicas, ambientais e territoriais que
caracterizem os principais aspectos de relação regional.
Na dimensão socioespacial destaca-se a elaboração de bases
cartográficas nas escalas regional, municipal e intra-urbana, a partir de mapeamentos
sistemáticos disponíveis. As informações secundárias e as coletadas em campo e nos
eventos participativos, são representadas nas bases cartográficas de modo a permitir
fácil leitura dos dados. Para análise de uso e ocupação do solo, se espacializam as
informações do cadastro técnico municipal para áreas urbanas e do mapeamento
1:50.000 realizado pelo exército para as áreas rurais, atualizados a partir de imagens de
satélites obtidas pelo Google Earth. Os dados do IBGE espacializados fornecem
informações relativas à renda, demografia, educação, saneamento e produção agrícola
para todo o território. Informações sobre infraestrutura, equipamentos e serviços
públicos, saneamento, sistema e hierarquização viários e transporte são sistematizadas
P á g i n a | 32
a partir da interação com os setores da prefeitura e visitas de campo. As informações e
mapas temáticos são cruzados obtendo-se mapas sinópticos que facilitam as conclusões
da análise.
Finalmente, a dimensão institucional analisa as questões referentes:
(i) à estrutura administrativa, organização interna e relações de poder na Administração
Pública Municipal por meio de entrevistas semiestruturadas com os secretários e
questionários aplicados ao corpo de funcionários; (ii) às estruturas de gestão
democrática, verificando-se a configuração das instâncias colegiadas, composição,
atribuições, fonte orçamentária e recursos; (iii) às estruturas de gestão regionais por
meio da verificação de documentos relativos a convênios, consórcios, parcerias,
financiamentos etc.; (iv) às relações entre poder público e organizações privadas por
meio da verificação de documentos referentes a parcerias público-privadas, à
concessões relativas à prestação de serviços, à cessões de uso de imóveis públicos etc.;
(v) à estrutura jurídica municipal, sua aplicabilidade e efetividade por meio da
comparação e apreciação dos fundamentos formais e materiais da legislação municipal
e o levantamento sobre o controle municipal no cumprimento da função social da
propriedade; (vi) ao sistema de gestão da informação por meio da verificação dos
instrumentos utilizados para a atualização, organização e difusão das informações
produzidas sobre o Município; (vii) ao planejamento e gestão orçamentária por meio da
análise da legislação orçamentária do Município, capacidade de arrecadação, índice e
estabilidade da capacidade de endividamento, projeção das receitas municipais e
adequação à Lei de Responsabilidade Fiscal.
P á g i n a | 33
Realização de reuniões e oficinas temáticas a partir dos eixos de
trabalho de Revisão do Plano Diretor de Campo Grande, consolidando a importância,
metodologia e abrangência deste instrumento de planejamento por parte dos gestores
municipais.
P á g i n a | 34
4.3 3ª Etapa
P á g i n a | 35
Cabe destacar que o plano diretor analisa as questões ambientais,
urbanas e socioeconômicas pela ótica da produção do espaço, identificando os
princípios, os conflitos, os instrumentos e os agentes que transformam esta realidade.
Para o poder público local o plano diretor, enquanto principal instrumento de política
urbana municipal, é o instrumento articulador de planos e ações que visam o
desenvolvimento local. Neste caso, deve haver convergência entre as ações previstas
pelo plano diretor e outras advindas dos planos setoriais existentes, os planos regionais
nas diversas esferas de governo e demais programas e projetos em funcionamento no
município, o que nem sempre é tarefa fácil
Segundo BUARQUE (2003) é possível diferenciar dois grandes
conjuntos de cenários: os cenários exploratórios e o cenário desejado ou normativo. Os
cenários exploratórios, mais utilizados para estratégias empresariais, têm conteúdo
técnico e buscam “apreender para onde, provavelmente, estará evoluindo a realidade
estudada, para que os decisores possam escolher o que fazer e possam se posicionar
positivamente naquela situação”. Já o cenário desejado ou normativo, utilizado para o
planejamento governamental, “tem uma conotação política e deve ser, ao mesmo
tempo, tecnicamente plausível e politicamente sustentável. Tal cenário procura
administrar o destino com base no desejo, ajustando-o às probabilidades e às
circunstâncias. Dessa forma, pode exercer um papel importante na orientação da ação
dos atores para intervir e transformar o futuro provável no desejado, expressando o
espaço da construção da liberdade dentro das circunstâncias” (BUARQUE, 2003, p.23).
A projeção de cenários será realizada tendo em vista de um lado a
leitura da realidade e de outro o conjunto de valores expressos nos eixos estratégicos.
Devem-se identificar os processos latentes até definir uma combinação de hipóteses
plausíveis sobre o futuro das incertezas (BUARQUE, 2003).
Desta equação que envolve hipóteses de futuro e leitura da realidade,
serão construídos cenários alternativos, que constituem diferentes resultados a partir
P á g i n a | 36
da construção de diferentes comportamentos para os indicadores. Para a formulação
dos cenários serão definidos indicadores e metas, bem como as propostas para revisão
do Plano Diretor.
Além disso, neste momento serão trabalhados os instrumentos do
Plano Diretor, bem como o sistema de gestão e planejamento, de forma a amarrar a
construção dos cenários e suas propostas com o conteúdo do Plano e as possibilidades
futuras de revisão e atualização.
Como resultado, deve-se identificar, caracterizar e customizar
instrumentos urbanísticos e fiscais que tornarão possíveis as intenções expressas na
revisão do Plano Diretor, regulamentando-os de tal modo que se torne possível a sua
imediata aplicação.
P á g i n a | 37
positivo, configurado na ação pública e no poder de polícia do Município que permite a
fiscalização das atividades particulares e o controle sobre a própria condução das ações
de Estado, no sentido de garantir as disposições legais estabelecidas a partir desse
momento, como normas cogentes de aplicabilidade imediata.
Para que os conteúdos das fases anteriores sejam, então, garantidos,
quatro etapas de elaboração da legislação devem ser observadas:
(i) o texto dos cenários deve ganhar nova forma e linguagem, no
sentido de ser traduzido para o formato de texto legislativo;
(ii) princípios e cláusulas gerais do Direito que extrapolam a esfera
local das discussões devem estar presentes e ser incorporados aos
sentidos definidos na instância local;
(iii) instrumentos jurídicos definidos em outras esferas legislativas
(federal e estadual) que possam ser incorporados na legislação
municipal devem constar no rol de possibilidades de aplicação pelo
Município.
(iv) outras questões concernentes: às regras de transição de modelos
(considerando a legislação anterior); ao tempo da entrada em vigor da
nova legislação e aos procedimentos gerais de aplicação da lei, devem
constar nas suas disposições finais e transitórias.
P á g i n a | 38
se dê em benefício do reconhecimento de normas já existentes e da facilitação, do ponto
de vista local, do conhecimento e possível aplicação na realidade local.
Assim, desde as possibilidades de alienação e concessão de bens
públicos dispostos na lei de Licitações, passando pelas normas federais de parcelamento
do solo, bem como por toda a série de estatutos e demais legislações atinentes aos
temas de regulação do território, tanto do ponto de vista das formas de aquisição como
de aproveitamento da terra urbana, devem constar do texto da legislação municipal do
plano diretor.
2 Importante lembrar que a legislação é estática, enquanto a realidade está em movimento, de modo que diante da
impossibilidade concreta de se pretender uma legislação que estabeleça à minúcia a condução da realidade, por
meio das normas principiológicas e das cláusulas gerais se estabelece o raciocínio do intérprete da lei, diante da
casuística das situações cotidianas. Também nesse mesmo sentido, cabe lembrar que a pretensão moderna,
proposta como modelo pelo código napoleônico francês perdeu o vigor ao se deparar com uma realidade muito
mais complexa do que aquela permitida pela previsibilidade do legislador. A universalidade pretendida e o
esgotamento dos modelos de ação juridicizados deram lugar a outros modelos de previsão legislativa, possibilitadas
em alguma medida, inclusive, pela propositura dos microssistemas, caso do Estatuto da Cidade por exemplo, que
estabeleceu além de instrumentos aplicados, normas com fundamento interpretativo geral.
P á g i n a | 39
Vale lembrar que os princípios, além de outros atributos, são normas
que se prestam a:
P á g i n a | 40
Em evento público deverá ser apresentado o projeto de lei, sendo o
respectivo espaço aberto às considerações e esclarecimento de dúvidas pertinentes ao
trabalho.
P á g i n a | 41
Em outros casos, as publicações têm a função de consolidar a
produção desenvolvida durante a elaboração da revisão do Plano Diretor, servindo
como instrumento de consulta para técnicos, gestores e cidadãos, exigindo, portanto,
uma apresentação clara e sistematizada, em formato de fácil manipulação e resistente
ao uso contínuo, como cadernos em capa dura com brochura. Além disso, é necessário,
também, produzir publicações com o objetivo de disseminar os conteúdos centrais do
Plano, utilizando-se de modo geral da apresentação do resumo executivo e dos mapas
e projeto de lei que constituem os elementos principais, em formato sintético, com
qualidade gráfica e que permita a consulta objetiva orientada por parte de gestores
públicos, lideranças sociais e cidadãos que demandem um conhecimento geral do Plano
Diretor.
Finalmente, é necessário apresentar um relatório final contendo o
resultado de todas as etapas do processo de elaboração (diagnóstico, análise dos temas
tratados, cenários propostos e as estratégias, projetos de lei, etc.) para registro da
prefeitura e o encaminhamento às instâncias competentes para aprovação e
implementação do Plano Diretor.
P á g i n a | 42
Elaboração do Relatório Memória, sintetizador de todo o
processo ocorrido.
P á g i n a | 43
5 APONTAMENTOS GERAIS SOBRE A METODOLOGIA DE
ELABORAÇÃO DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CAMPO
GRANDE
Se não se sabe para qual porto se está navegando, nenhum vento é favorável.
Sêneca
P á g i n a | 44
Figura 2: Quadro ético da ação no planejamento
Fonte: Elaborado por Vargas de Faria (2006) a partir de DUSSEL (2002, p. 513)
P á g i n a | 45
elementos apresentados no contexto global, é possível que a comunidade que
planeja perceba a interdependência entre as questões imediatas da realidade local
e os fatores estruturais e conjunturais do contexto nacional e global. Isto implica
que as mudanças desejadas devem seguir uma orientação mais ampla, ou seja,
deve-se partir da perspectiva de que as ações locais não podem prescindir de uma
visão contextualizada.
P á g i n a | 46
de não estipularem prazos ou metas alcançáveis num determinado tempo. Serão
utilizadas em seguida para a elaboração do Diagnóstico.
P á g i n a | 47
Figura 3: Fluxograma metodológico
P á g i n a | 48
Figura 4: Quadro de conteúdo das ações ao longo das etapas
P á g i n a | 49
Tabela 3: Conteúdos e definição preliminar de eixos temáticos por área de conhecimento – Revisão do Plano Diretor de Campo Grande
EIXO TEMÁTICO ITENS DESCRIÇÃO PROFISSIONAL
Histórico da Ocupação Principais fatores e períodos da evolução territorial Arq.Urb.
P á g i n a | 50
EIXO TEMÁTICO ITENS DESCRIÇÃO PROFISSIONAL
Sistema de transporte coletivo, Estudo do sistema de transporte coletivo, seus itinerários, pontos de
Transporte e acessibilidade existência ou não de sistema parada, terminais de acesso e articulação, bem como sua integração Eng. Civil/ Arq.Urb.
intermodal; com o uso do solo e acessibilidade;
Valores de PIB, PIB per capita, VAB, comparativo e inserção regional e
estadual.
Caracterização econômica do município Econ.
Perfil e participação dos setores na economia/ geração de empregos
no município
Dinâmica populacional (crescimento, gênero, faixa etária), classes de
Aspectos populacionais rendimento e programas de redistribuição de renda, trabalho e Sociol.
Desenvolvimento
emprego, índices GINI e IDH-M.
Socioeconômico
Políticas e abrangência territorial dos equipamentos de Ação Social,
Políticas e equipamentos públicos Sociol.
Educação, Saúde, Esporte, Cultura e Segurança;
Receitas, despesas, concentração das despesas, cumprimento das
Orçamento e Finanças Públicas exigências legais de alocação percentual de recursos por natureza de Econ.
despesa, operações de crédito;
Paisagem, hidrografia, relevo, relação da ocupação e atividades com as
Bens socioambientais e Paisagem Biol./Geol.
principais características ambientais;
Áreas de risco natural em razão dos aspectos ambientais e áreas de
Patrimônio Natural e Cultural Fragilidades ambientais risco gerados pelo avanço da urbanização e de atividades específicas Biol.
sobre o ambiente;
P á g i n a | 51
EIXO TEMÁTICO ITENS DESCRIÇÃO PROFISSIONAL
Monumentos, áreas urbanas e rurais significativas e identidade da
Bens socioculturais e Paisagem Adv. / Arq.Urb.
paisagem, manifestações imateriais;
Unidades de interesse de conservação, bens calalogados como
Gestão Patrimonial patrimônio municipal, estadual ou nacional, política de preservação Adv. / Arq.Urb.
(se houver).
Unidades de conservação formalmente
Áreas verdes ou porções territoriais vinculadas ao SNUC Biol.
constituídas
P á g i n a | 52
6 PROPOSTAS PARA LOGOMARCAS
6.1 Opção 1
P á g i n a | 53
6.2 Opção 2
P á g i n a | 54
6.3 Opção 3
P á g i n a | 55
7 BIBLIOGRAFIA
P á g i n a | 56
OLIVEIRA, F. L. de; BIASOTTO, R. O Acesso à Terra Urbanizada nos Planos Diretores
Brasileiros. In: SANTOS JR, Orlando Alves e MONTANDON, Daniel Todtmann (org.). Os
Planos Diretores Municipais Pós-Estatuto da Cidade: balanço crítico e perspectivas. Rio
de Janeiro: Letra Capital: Observatório das Cidades: IPPUR/UFRJ, 2011.
P á g i n a | 57
8 ANEXOS
8.1 Cronograma
P á g i n a | 58
Tabela 4: Cronograma estabelecido para revisão do Plano Diretor de Campo Grande – MS
P á g i n a | 59
8.2 Ata de reuniões
INFORMAÇÕES GERAIS
Evento Reunião de Apresentação do Plano de trabalho com o GT
Município Campo Grande MS
Local e bairro “Casa do Prefeito”
Data 04/05/2016
Período 08h às 12h
Duração da Oficina/Evento 4 horas
PARTICIPAÇÃO
Número de participantes 17
Segmentos participantes 7
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO EVENTO
A localização da oficina é de fácil acesso? Sim
Comentários sobre a qualidade e conforto
do local da oficina. Excelente
Infraestrutura, sanitários, café, água,
estacionamento, notebook, pendrive,
Descrição dos recursos disponibilizados Datashow;
CONTEÚDO DO EVENTO
- Apresentação do Plano de Trabalho;
Pauta - Apresentação do Cronograma;
P á g i n a | 60
- Definição da identidade visual do
projeto;
Assuntos acrescidos
DEBATE
- Fala do Diretor/presidente do PLANURB - Dirceu
- Breve apresentação do conteúdo da reunião;
- Apresentação dos participantes da reunião; - PLANURB, GETRAN, Central de projetos,
SEMADUR, IAB, SINDUSCON, SECOVI, CEINTRA* (confirmar), CEDESP* (confirmar);
- Desenvolvimento da apresentação: conteúdo do TR, fluxograma de atividades,
diagrama/tabela de conteúdos;
1. Drenagem: muitos pontos de alagamento, expansão urbana sem controle, papel dos
vazios urbanos no sistema de drenagem;
2. Instrumentos urbanísticos devem ser voltados ao desenvolvimento urbano, indo
além da simples inibição dos efeitos da especulação imobiliária, por exemplo; devem
ser pensados instrumentos para induzir os “bons” aspectos do desenvolvimento
urbano;
3. Aspecto cultural local: fazer poupança com o solo (ex.: quando nasce uma criança,
os pais compram um terreno como forma de garantir uma caderneta de poupança
para ela);
4. Entraves culturais existentes que podem prejudicar a implantação de políticas mais
inclusivas para o desenvolvimento urbano; ex.: o IPTU progressivo no tempo, caso que
já foi discutido em Campo Grande;
P á g i n a | 61
5. A opinião dos presentes da área jurídica é de que haja menos flexibilização na
legislação. Tentar resguardar a lei através da regulamentação, ao máximo, no próprio
plano diretor. Lembrança de que as regulamentações posteriores podem demorar
muito para acontecer;
6. Considerações sobre os aspectos positivos, até o momento, em relação ao processo
de planejamento em Campo Grande;
7. Novas considerações sobre o fato de que o Poder Legislativo tem a prerrogativa de
propor alterações no projeto e que é necessário atentar para este fato, principalmente
levando em conta que os vereadores não têm conhecimento técnico suficiente para
analisar o assunto com a profundidade que ele merece;
8. Ressaltou-se a importância da atuação do GT para que o processo de
elaboração/implementação do plano ocorra, considerando que o processo é lento e
deve ser constante;
9. Importância de levar em consideração a área rural no plano diretor (os planos
anteriores não incluíram a área rural);
10. Existe um projeto em andamento – zoneamento ecológico-econômico – que deve
ser observado;
11. Importância de chamar para o debate os segmentos ligados à área rural, chamar
especialistas ligados ao desenvolvimento rural, sindicatos, etc.;
12. Projetos especiais – a maior parte dos projetos especiais estão inseridos na área
urbana, com exceção dos de infraestrutura (pontes, etc.;)
13. A área rural recebe assistência técnica para a produção, mas não há corpo técnico
para fazer a avaliação de impacto ou de política de desenvolvimento territorial;
14. Não há política de desenvolvimento territorial sistematizada para a área rural,
embora exista a consciência clara dessa necessidade; ressaltou-se a importância do
plano diretor no sentido de garantir o início desse trabalho;
P á g i n a | 62
15. Como não há uma política de zoneamento/uso do solo para a área rural, as
indústrias se instalam fora do perímetro urbano para utilizar esta brecha em seu favor,
conseguindo assim, autorizações para instalação;
16. Consideração sobre o papel “metropolitano” de Campo Grande;
17. Esclarecimento sobre um item específico do TR (parcelamento do solo rural);
emenda que reduziu a distância mínima para definição de loteamento fechado rural
(antes era 20km, agora são 3km), o que facilita a alteração sistemática do perímetro
urbano;
18. Reforço da necessidade de lembrar o papel da discussão política para o sucesso do
plano;
19. Sobre a área rural: no contexto local, pelo fato de que o rural não recebe a mesma
atenção que o urbano, o território fora do perímetro urbano é considerado “terra de
ninguém”, válvula de escape para aprovação/instalação de usos cuja restrição é grande
nas áreas que recebem legislação;
20. Necessidade de rever os conteúdos que regulam o processo de instalação das
indústrias/empresas em Campo Grande, no sentido de fazer valer a contrapartida do
empreendedor – analisar os casos em que há equilíbrio entre as exigências da
legislação e as necessidades econômicas do município;
21. Um dos participantes (SECOVI) sugere que há mais facilidade e flexibilidade na
legislação para os empresários/capital de fora; segundo ele, o empresariado local tem
mais consciência da legislação e das regras;
22. Necessidade de unificar o processo de planejamento, para evitar a fragmentação
e a proliferação de iniciativas e procedimentos diferentes para cada secretaria/órgão;
23. Sobre os assentamentos irregulares, tanto na área urbana quanto na rural: não há
informações qualificadas sobre essas ocorrências na área rural;
P á g i n a | 63
24. Relato de caso recente, ocorrido em Campo Grande, de autorização de uso (por
um grupo de empresários) de áreas públicas destinadas à habitação para instalação de
um posto de gasolina, no âmbito do Conselho de Desenvolvimento que, segundo o
depoente, é dominado pelos interesses dos empresários;
25. Problema do abandono do centro e consequente subutilização da infraestrutura
instalada;
26. IPTU progressivo: existe a lei, mas não foi regulamentada; discutir quais áreas têm
potencial para aplicação desta lei;
27. Segundo os participantes, Campo Grande é a segunda maior arrecadação do Brasil
(considerando o IPTU); há também a regulamentação da “contribuição de melhoria”,
uma prática que deixou de ser aplicada (a lei passou a não ser mais cobrada) – na época
em que ocorria, Campo Grande era a cidade que mais arrecadava no Brasil através
dessa ferramenta (desde 2014 não é aplicada a legislação);
28. Necessidade de garantir a aplicação (e a percepção) da legislação em sua totalidade
– recolher o recurso e reverter em melhorias de infraestrutura para a população;
29. Casos em que os proprietários de terrenos aproveitam brechas na legislação – IPTU
territorial (3%) – IPTU predial (1%); proprietários possuem terrenos centrais e
constroem uma edificação qualquer para mudar a incidência da alíquota;
30. Desrespeito à legislação urbanística – taxa de ocupação, índices, etc. Aprovação do
projeto e alteração posterior pelo proprietário;
31. Necessidade de fiscalização para a implementação do planejamento;
32. Necessidade de garantir a divulgação do processo de elaboração do plano, para
que a sociedade possa se apropriar do planejamento;
33. “Ecopontos” – uma solução local que tem uma grande demanda e que deve ser
observada, analisada pelo plano;
P á g i n a | 64
34. Discussão do cronograma – necessidade de reajuste em função da discrepância
entre as datas de assinatura e emissão do contrato, além do fato de que haverá
mudança de gestão – a sugestão é encurtar o prazo geral em dois meses (de 270 para
210 dias), sendo a data final para entrega do produto 5 o dia 09 de dezembro de 2016;
35. Sugestão para incluir representante do Legislativo no acompanhamento do
processo de elaboração do plano;
36. Importância da carta geotécnica do município para embasamento do trabalho;
37. A carta geotécnica utilizada atualmente não abrangia o perímetro urbano em sua
totalidade na época de sua elaboração; além disso, a escala poderia ser mais apurada;
38. Encaminhamento das questões para aprovação: plano de trabalho, cronograma e
logomarcas;
39. Aprovada, pelo GT, a redução do cronograma (início em 15 de março e finalização
na metade de dezembro em 2016)
40. Edu apresentou sobre a importância da iconografia das três propostas do símbolo
para registrar a “marca” do plano como identificação visual. Explanando sobre o
significado de cada uma.
41. Votação para logomarcas – revisão ou não das marcas – encaminhar votação;
42. 3 votos (proposta 1) 8 votos (proposta 2) 6 votos (proposta 3);
43. Foi aprovada a proposta 2 – serão feitas as revisões sugeridas para a logomarca:
redesenho dos ícones, exemplificar aplicações;
44. Processo de aprovação do plano de trabalho – Apresentação sucinta da
metodologia;
45. Plano de Trabalho aprovado com as ressalvas levantadas em reunião específica
com PLANURB; Ele deve ser apresentado já com a aplicação da nova logomarca.
P á g i n a | 65
46. Proposta de ampliação do GT contemplando representantes do Legislativo
(Câmara Municipal), do meio rural (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural), do
Ministério Público e do meio ambiente (Conselho Municipal do Meio Ambiente).
Deliberações
OBSERVAÇÕES GERAIS
INFORMAÇÕES GERAIS
Evento Reunião de Trabalho do Plano Diretor com o GT
Município Campo Grande MS
Local e bairro “Casa do Prefeito”, Subprefeitura,
P á g i n a | 66
Data 04/05/2016
Período 14h30 às 17h00
Duração da Oficina/Evento 4 horas
PARTICIPAÇÃO
Número de participantes 14
Segmentos participantes
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO EVENTO
A localização da oficina é de fácil acesso? Sim
Comentários sobre a qualidade e conforto
do local da oficina. Excelente
Infraestrutura, sanitários, café, água,
estacionamento, notebook, pendrive,
Descrição dos recursos disponibilizados Datashow;
CONTEÚDO DO EVENTO
- Discussão do cronograma e definição
Pauta de datas para reuniões de trabalho;
Assuntos acrescidos
DEBATE
1. Apresentação do cronograma e adaptação das datas;
2. Reunião com universidades incluindo o GT no dia 23/05;
3. Conferência Municipal nos dias 23/06 e 24/06
4. SIG Campo Grande – 23/11 a 25/11
5. Adequação da última reunião técnica para os dias 28/11 e 29/11;
6. Cronograma aprovado pelos participantes da reunião;
7. Disponibilizar material para análise prévia do Grupo de Trabalho;
P á g i n a | 67
8. Discussões sobre a área central (interesse de preservação – Lei 161), de 2010, níveis
de preservação, estudos realizados pela Sec. De Cultura, não há inventário
arquitetônico e há divergências sobre os critérios de preservação;
9. Há previsão de recursos para revitalização de alguns espaços considerados de
interesse de preservação;
10. A área analisada foi dividida em 4 partes, sendo a análise feita progressivamente,
por parte, baseada nos critérios definidos pela regulamentação;
11. Proprietários reclamam que não houve a contrapartida da Prefeitura, em especial
na 14 de Julho, embora tenham sido feitas intervenções na linha férrea, e no mercado
municipal, por exemplo;
12. Há um resultado visível hoje em dia, principalmente no que se refere à publicidade;
13. A percepção da população é no sentido de que a Prefeitura não fez a parte dela;
14. A lei 161 não define com clareza as responsabilidades de custo, como no caso das
instalações de infraestrutura (fiação aérea, etc.), e há um conflito. A lei 161 determina
que as instalações de cabeamento devem ser subterrâneas.
15. O espaço aéreo da paisagem é um espaço público e o empreendedor deve ser
responsabilizado de alguma forma pelo seu uso. Falta fiscalização e falta atribuições
de responsabilidade;
16. Formas de contornar o problema seriam a aplicação de multas, e a definição mais
clara das responsabilidades pela lei;
17. Os loteamentos aprovados recentemente não cumprem a lei relacionada à
obrigatoriedade de instalação de iluminação pública, por exemplo;
18. Empresas fazem utilização dos postes (infraestrutura pública) para locar espaço de
passagem de cabeamento para teles, e outras empresas;
P á g i n a | 68
19. Segundo um participante, a infraestrutura enterrada custa cerca de 22% a mais,
mas, mesmo com o ônus absorvido pelo poder público, o empreendedor não aceita
sua utilização;
20. Política Municipal de Habitação iniciou na década de 1980, através dos
“loteamentos de interesse social”; um novo loteamento deve destinar 15% de seus
lotes para o banco do município;
21. Há uma ocupação irregular na borda do perímetro urbano e algumas outras no
território; segundo os participantes há poucos casos de ocupações irregulares; as zeis
consideram as ocupações como “passíveis de regularização”, sem estabelecer de
forma definitiva quais assentamentos serão regularizados;
22. Há miséria em Campo Grande também, e é necessário atentar para isto, segundo
um dos participantes; ao contrário do que o senso comum indica, existem vários
problemas que, em certa medida, estão um pouco escondidos, segundo o mesmo
participante;
23. Importância do transporte coletivo vai aos poucos diminuindo. Uma das
justificativas é o alcance cada vez maior das pessoas ao meio motorizado de locomoção
individual;
24. O plano original de transporte público não foi implementado e as alterações do
sistema viário sofrem pressão constante de diversos segmentos da sociedade, que
pressionam seus vereadores e provocam alterações nas normas sem observar critérios
técnicos;
25. Agência do trânsito perdeu recursos ao longo do tempo, o que impossibilita a
manutenção e investimentos em infraestrutura;
26. Não há estudos e pesquisas para fundamentar as políticas e propostas de
mobilidade, como as pesquisas de origem e destino e de satisfação dos usuários.
P á g i n a | 69
Deliberações
OBSERVAÇÕES GERAIS
P á g i n a | 70