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ENGENHARIA CIVIL

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1 Construção civil. 1.1 Planialtimetria. 1.2 Infraestrutura territorial. 1.3 Sistemas, métodos e processos de construção
civil. 1.4 Edificações. 1.5 Terraplenagem. 1.6 Estradas. 1.7 Tecnologia dos materiais de construção civil. 1.8
Resistência dos materiais de construção civil. 1.9 Patologia das construções. 1.10 Recuperação das construções.
1.11 Equipamentos, dispositivos e componentes (hidrossanitários, de gás, de prevenção e combate a incêndio). 1.12
Instalações.

1- Construção Civil

Na engenharia e na arquitetura, a construção é a execução do projeto previamente elaborado, seja de uma


edificação ou de uma obra de arte, que são obras de maior porte destinadas a infraestrutura
como pontes, viadutos ou túneis. É a execução de todas as etapas do projeto da fundação ao acabamento,
consistindo em construir o que consta em projeto, respeitando as técnicas construtivas e as normas técnicas
vigentes.

No Brasil, o termo reforma é o mais utilizado quando se trata de fazer alguma ampliação, inovação, ou restauração,
ou apenas uma pintura, ou a troca de um piso cerâmico de um imóvel, seja comercial, industrial ou residencial. Os
termos construção e obra também são utilizados.

Construção civil é o termo que engloba a confecção de obras como casas, edifícios, pontes, barragens, fundações
de máquinas, estradas, aeroportos e outras infraestruturas, onde participam engenheiros civis e arquitetura em
colaboração com técnicos de outras disciplinas.

Um prédio com andaimes na fachada.

Edifício em construção na cidade de São Paulo.

Os termos construção civil e engenharia civil são originados de uma época em que só existiam apenas duas
classificações para a engenharia sendo elas civil e militar, cujo conhecimento, por exemplo de engenharia militar, era
destinada apenas aos militares e a engenharia civil destinada aos demais cidadãos. Com o tempo, a engenharia civil,
que englobava todas as áreas, foi se dividindo e hoje conhecemos vários divisões, como por exemplo a engenharia
elétrica, mecânica, química, naval, etc. Exemplos como engenharia naval, dão origem à construção naval, mas
ambas eram agrupadas apenas na grande área da civil.

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No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamenta as normas e o Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia (CREA) fiscaliza o exercício da profissão e a responsabilidade civil. Toda a obra de
construção civil deve ser previamente aprovada pelos órgãos municipais competentes, e sua execução
acompanhada por engenheiros ou arquitetos registrados no CREA.

Obras de ampliação da Estrada de Ferro Carajás. Brasil.

Em Portugal os técnicos responsáveis pelos projectos de construção civil (excetuando o caso dos projectos de
edifícios de pequena dimensão, os quais podem ter como responsáveis técnicos habilitados com o antigo curso de
Construtor Civil e Mestrado, agora designados por Agentes Técnicos de Arquitectura e Engenharia) têm que ser
titulares de um curso superior, bacharelato ou licenciatura e têm que estar, respectivamente, inscritos na Ordem dos
Engenheiros Técnicos (OET) ou na Ordem dos Engenheiros (OE). Para projectos de grande responsabilidade, o
bacharelato não é considerado formação suficiente, e a legislação portuguesa exige que o responsável técnico seja
titular de uma licenciatura em Engenharia Civil.

Dentre as matérias necessárias para a graduação em Engenharia Civil estão:

 Resistência de materiais

 Tecnologia dos materiais de construção

 Mecânica Newtoniana

 Mecânica dos Sólidos

 Mecânica dos Solos

 Geotecnia

 Cálculos I, II e III,

 Técnicas de construção

entre outras.

Em termos práticos a Engenharia Civil divide-se em dois grandes ramos principais:

Obras de construção civil

 Que engloba basicamente as edificações de moradia, comerciais e de serviços públicos.

Obras de construção pesada

 Que engloba as obras de construção de portos, pontes, aeroportos, estradas, hidroelétricas, túneis, etc …, obras
que em geral só são contratadas por empresas e órgãos públicos.

Em alguns casos, as edificações tem tal vulto e complexidade que são classificadas como obras pesadas, estando
tipicamente enquadradas neste caso as edificações industriais.

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Essa classificação em dois ramos, embora não exista nenhuma diferenciação na formação dos engenheiros nas
universidades, é em geral aceita e bem compreendida por todos os engenheiros no Brasil.

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1.1 Planialtimetria

É a junção da palavra plani + altimetria


Plani- Mapa que representa toda superfície terrestre em um plano retangular.
Altimetria - é a operação que mede as altitudes de pontos em um terreno.

A Planialtimetria representa as informações planimétricas e altimétricas em uma única planta, carta ou mapa.

A planta planialtimétrica é fornece o maior número possível de informações da superfície representada para efeitos
de estudo, planejamento e viabilização de projetos.

A planimetria permite representar os acidentes geográficos (naturais ou artificiais) do terreno em função de suas
coordenadas planas (x, y).

A altimetria, por sua vez, fornece um elemento a mais, que é a coordenada (z) de pontos isolados do terreno (pontos
cotados) ou de planos horizontais de interseção com o terreno (curvas de nível).

O levantamento planialtimétrico é um documento que descreve o terreno com exatidão e nele são anotadas as
medidas planas, ângulos e diferenças de nível (inclinação).
Levantamento Planialtimétrico O levantamento planialtimétrico de uma determinada área visa obter com precisão,
usando-se métodos e instrumentos adequados, os elementos que permitam a elaboração das plantas topográficas
com um número suficiente de coordenadas de pontos da superfície do terreno.

Sempre partindo de uma origem pré-definida e algumas vezes com auxílio de equipamentos como o GNSS (Global
Navigation Satellite Systems), os levantamentosplanialtimétricos são executados com equipamento topográfico de
extrema precisão como a Estação Total.
Os Levantamentos Planialtimétricos são realizados de acordo às especificações do contratante que conforme sua
necessidade definirá a escala final do produto.

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1.2 Infraestrutura territorial

Propõe-se aqui o desenvolvimento de uma engenharia que teria por objeto a concepção, a implantação, a operação
e a avaliação, em um determinado território (território programático), de programas compostos de uma forma
conseqüente de subprojetos, públicos e privados de infra-estruturas, plantas produtivas e projetos integrativos, com
o objetivo de produzir uma determinada meta de desenvolvimento econômico. Basicamente, o programa conteria
planos e projetos com respeito a:

– configuração geral do território,

– acessibilidade e mobilidade nesse território,

– outras infra-estruturas (notadamente, energia, água, saneamento, comunicações, defesa civil, entre outras),

– uma série de negócios comerciais ligados à implantação e à exploração das infra- estruturas (terminais,
estações, serviços diversos, etc.) e aos seus benefícios diretos (indústrias fornecedoras ou imediatamente
usuárias das obras e dos serviços de infra- estrutura) e

– uma série de políticas integrativas que catalisem o processo de crescimento, versando sobre políticas de
incentivo ao empreendedorismo, à educação e capacitação, saúde, habitação, cultura, esporte e lazer,
segurança, promoção social e gestão ambiental

O que se objetiva, por meio da integração de todas essas ações, é um resultado sinergético em termos de
crescimento da renda que seja suficiente para financiar o conjunto em médio prazo. A construção e a avaliação do
projeto conjugado, denominado de programa territorial, exige um procedimento complexo rigoroso, e para tal fim foi
lançado mão da metodologia de Engenharia (daí o nome de Engenharia Territorial selecionado para essa estratégia).
A elaboração desse projeto se complementa com a efetivação das seguintes atividades:

a) A Engenharia Financeira, que possui os braços de análise de bancabilidade, análise de sustentabilidade


fiscal (para os investimentos públicos) e o modelo de mobilização econômica-financeira, como se irá discutir
adiante (Seção 4); a

b) Gestão do Projeto, que assegure efetivamente a condução eficiente do complexo de projetos; a


c) Gestão Política, que assegure a construção do consenso mínimo para a concepção e execução dos projetos
acordados; a

d) Gestão Jurídica, que consagra o consenso e as obrigações e direitos das partes sobretudo a partir de uma
rede de contratos eficazmente concebidos, gerenciados e arbitrados; e, por fim, a

e) Gestão de Conhecimento, que desenvolve, reúne e distribui de forma sistemática e eficiente as informações
e os conhecimentos necessários para a concepção e execução dos elementos anteriormente listados.

Cabe estabelecer relações entre o termo de “Engenharia Territorial” e os de “planejamento” ou ordenamento


territorial, que são bem vizinhos, na medida em que estes visam igualmente definir diretrizes e ações em um
território com vistas a alcance de objetivos, entre os quais também o crescimento econômico. Por princípio, a
Engenharia Territorial se submete à visão, aos objetivos, às metas e às diretrizes do Planejamento e do
Ordenamento Territorial. Entretanto, a Engenharia Territorial foca mais especificamente o crescimento econômico,
utilizando-o como alavanca para o financiamento das intervenções definidas em um projeto. Ela se propõe, na
verdade, como um instrumento que visa melhorar o desempenho econômico do planejamento territorial e de seus
projetos componentes, otimizando os efeitos de crescimento econômico e seu processo de financiamento. Portanto,
essa Engenharia visa embutir no Planejamento/Ordenamento Territorial um “motor de crescimento”.

Por último, há de se qualificar o termo crescimento econômico. Como estabelecido, o projeto de Engenharia
Territorial se compromete a produzir um resultado necessário nesse sentido. De início há de se reportar à
diferenciação entre os termos crescimento e desenvolvimento econômicos. Enquanto que o primeiro pode se dar
apenas quantitativamente, o segundo está geralmente relacionado a mudanças estruturais no processo econômico
(Furtado 1977). Contudo, um processo intenso e prolongado de crescimento dificilmente pode se dar sem essas
mudanças, pelo que ele implica quase que forçosamente em algum tipo de desenvolvimento, independente de sua
avaliação política e moral (ibid.).

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Evidentemente, existem diversas estratégias de desenvolvimento, com traços históricos, sociais e políticos
diferenciados. Sabidamente, a história do Brasil é repleta de ondas de desenvolvimento que pouco têm contribuído
para transformá-lo em uma sociedade mais justa (ibid.). Algumas dessas ondas têm sido também instáveis e
precárias, a fase de crescimento redundando pouco depois de sua decolagem em uma recessão (p. ex, o ciclo
amazônico da borracha). Por isso, a estratégia que se vislumbra com a aplicação de Engenharia Territorial haverá
de apresentar uma qualidade desejada por seus promotores e politicamente consensuada entre os agentes
relevantes, especialmente no que diz respeito à sua estabilidade e às suas metas sociais e de preservação
ambiental.

A natureza de engenharia do projeto de Engenharia Territorial é o objeto da presente seção. Esse tratamento direto
de Engenharia constitui, portanto, o cerne da inovação aqui pretendida. Como ato de Engenharia, a Engenharia
Territorial parte de um problema prático concreto a ser resolvido, que foi acima exposto e é novamente precisado
abaixo, para qual busca, desenvolve e implementa uma solução.

O problema: quando da introdução ao presente documento, alegou-se primeiramente a importância das infra-
estruturas para o crescimento e desenvolvimento econômico, mas se aportaram logo as limitações das abordagens
existentes para o seu financiamento (público e privado). Isso posto, propõe-se, além dessas abordagens tradicionais,
a estratégia da capitalização do crescimento econômico, onde a respectiva captura fiscal cobriria, em um fluxo de
caixa controlado, os empenhos fiscais.

Essa explanação produziu uma curiosa mudança no foco do problema: enquanto que na colocação inicial, o
crescimento é declarado como objetivo da infra-estrutura e o financiamento desta, como problema de partida, na
introdução da noção de capitalização do crescimento, a qual pressupõe que é o crescimento que irá financiar a infra-
estrutura, este é visto como estratégia de solução, e não apenas como objetivo final. Aparentemente, cria-se aqui
uma dicotomia do tipo ovo-galinha: a infra-estrutura é um instrumento para o crescimento, mas o crescimento é um
instrumento para o financiamento da primeira.

Tal dicotomia aponta, então, para a necessária ampliação do problema de Engenharia, que emerge da tríade de
questões infra-estrutura – financiamento – crescimento econômico. Em um primeiro momento, poderíamos afirmar
como síntese, que a Engenharia Territorial haveria por finalidade tornar mais eficiente o funcionamento conjugado
desses três elementos: ela partiria de um projeto contendo ações e objetos, particularmente de infra-estruturas; após
sua concepção trataria de implementá-lo, em especial financiá-lo; subsequentemente, produzir-se-ia o crescimento
econômico, que viabilizaria o financiamento; entretanto, a sua previsão também instruiria, retroativamente, o
desenho do projeto. Todavia, o crescimento econômico permanece como problema original, e é a esse que a
Engenharia Territorial tem de se reportar, e a forma como ela otimiza a articulação entre projeto, financiamento e o
crescimento há de se considerar como estratégia de solução para a questão primeira.

Enquanto disciplina, a Engenharia Territorial tem uma característica eminentemente multidisciplinar, dado que além
da especificação de projetos de infra-estrutura, ela vai versar sobre planejamento e ordenamento territorial,
planejamento dos transportes, políticas públicas diversas, desenvolvimento econômico, análise financeira,
processos políticos, gestão de projetos e análise jurídica, só para citar alguns dos campos envolvidos. Seu objeto é
a concepção e a gestão dos projetos territoriais acima definidos e sua avaliação quanto ao desempenho financeiro
e de contribuição para o crescimento econômico. Embora intimamente relacionado com o planejamento territorial e
com as estratégias de financiamento de infra- estruturas mediante captura de valor (nos moldes de, p.ex., Transit
Oriented Development), a Engenharia Territorial visa aprofundar o estudo do desenvolvimento do projeto e sua
relação mais específica com o crescimento e a análise financeira, elaborando para tal fim modelagens apropriadas.
Como instrumentos ela se serve de modelos matemáticos, técnicas de projeto, tecnologia das infra-estruturas,
técnicas de gestão de projeto, análise de atores e advocacy, análises jurídicas e desenho contratual, entre outras
ferramentas.

No que tange o desenho de programas territoriais, atual prioridade de pesquisa, a metodologia de Engenharia
desenvolvida com lastro em literatura selecionada (Krick 1978, Dym 1994, Ertas e Jones 1993, Pahl et al. 2005,
Mitcham 1994) prevê sua construção ao longo das seguintes fases (ver Fig.1):

a) definição e consolidação do problema a tratar pelo programa: A Engenharia Territorial foi inicialmente
desenvolvida para viabilizar projetos ambiciosos de infra-estrutura mediante a sua inserção em um programa
territorial mais amplo e que aportasse o crescimento da renda. Em recentes desenvolvimentos (a publicar
proximamente), concluiu-se que a Engenharia Territorial pode ter outros problemas de partida, como a agregação
de valor e dinamização de todo um complexo de negócios e de uma economia regional, na medida em que financia

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não apenas esses negócios mas também as infra-estruturas agregadoras de valor. Portanto, é em função dessa
definição que os projetos constituintes serão considerados e selecionados, e a construção do programa será
procedida. De qualquer forma, a construção do problema deriva-se de uma visão inicial sobre o desenvolvimento de
uma área geral, construção essa que deverá se lastrear em técnicas rigorosas de formulação de problemas.

b) delimitação do território do programa: Essa delimitação poderá já estar previamente definida em virtude de planos
e estudos preliminares e decisões institucionais, ou terá ainda ser estabelecida a partir de uma metodologia
apropriada, especialmente em virtude do problema definido. Em princípio, ela deverá obedecer a critérios de
regionalização funcional (Rivas et al. 2007) e ser construída a partir de pólos de crescimento (cidades) e de seu raios
de influência; ou de um mapeamento dos fluxos relevantes de interação (p.ex. de determinadas cargas ou de
passageiros); ou ainda levar em consideração os limites técnicos da análise espacial dos programas em função de
sua complexidade crescente na medida em que o território abranja áreas maiores. Critérios secundários para a
delimitação poderão ser características de homogeneidade econômica (tecido industrial, acessibilidade), ou natural
(biomas, topografia). Em alguns casos, um projeto estruturante já definido ou um conjunto de projetos e sua
respectiva área de influência poderão determinar os limites do território do projeto.

c) consolidação de uma lista de requisitos do programa: Esses se decompõem em requisitos externos (impostos
pelas diretrizes e metas do planejamento de ordem superior, pelos clientes, pela legislação, e por outros fatores
ambientais e sociais incontornáveis) e internos (que derivam na própria natureza e das partes constituintes do

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programa, tais como o crescimento econômico, os aspectos técnicos envolvidos das infra-estruturas e das atividades
produtivas e das políticas integrativas).

d) estruturação analítica da solução: Passa-se, então à construção de ferramentas analíticas para a compreensão
dos fluxos entre as atividades e respectivas relações e a elaboração e análise de soluções. De uma maneira geral,
um programa territorial se compreende como um grande momento e instrumento de articulação social e econômica,
pelo que uma forma direta de analisar a estrutura das ações é a sua descrição como uma rede de cadeias produtivas
entrelaçadas. Assim sendo, o conjunto de projetos de infra-estruturas, de plantas produtivas, de espaços de
urbanização e ações públicas integradoras deve ser compreendido e inserido no enorme grafo de fluxo de atividades,
que será a base das ferramentas analíticas a construir. Essa construção, complexa, exige a análise de cada elo das
diversas cadeias, determinando os seus insumos (recursos humanos, materiais, financeiros), suas orientações
(demandas, normas e orientações, em especial os indicadores desenvolvidos na fase do estabelecimento dos
requisitos) e os produtos resultantes.

e) construção e análise da solução: Uma vez montada e testada a ferramenta, trata-se de utilizá-la para alocar nas
cadeias e no espaço os elementos atualmente presentes na área de influência, ou seja, as infra-estruturas, os
espaços urbanizados, as plantas produtivas das cadeias selecionadas e as ações públicas relevantes para o
programa. Inicialmente, há de se partir da analise da estrutura espacial já existente no território, portanto do tecido
produtivo, das atividades dinâmicas, das aglomerações produtivas e de ações (clusters) e dos pólos e eixos de
desenvolvimento identificáveis, e da respectiva área funcional ou de influência. Há de se analisar, igualmente, como
estão estruturadas as cadeias produtivas, qual o respectivo grau de completude no território (ou seja, quais elos
estão presentes no território, quais insumos, produtos e serviços provêm ou se processam fora do território).

Subseqüentemente, analisam-se os processos logísticos, a eficiência no fornecimento dos insumos e na venda dos
produtos-chave, assim como os gargalos produtivos e logísticos resultantes que afetam as atividades inseridas nas
cadeias selecionadas, confrontando-se os resultados com os parâmetros de desempenho listado na fase da
elaboração dos requisitos. Ressalte-se que tal análise não se deve ater à situação presente: simulações de seu
desenvolvimento para diferentes horizontes têm de ser realizadas, nessa etapa. Aspectos ambientais, sociais,
econômicos e financeiros há de ser igualmente considerados. Um aspecto especial na análise dos processos
logísticos é o estudo dos seus efeitos na consolidação do tecido produtivo. Há de se verificar, nesse âmbito, em que
medida os elementos da rede de infra-estrutura afetam os custos e a rentabilidade das cadeias produtivas de forma
significativa Construído esse cenário de partida (portanto, sem elementos novos), repetem-se os procedimentos já
incluindo a) os projetos já estabelecidos nos procedimentos de planejamento e de decisão públicos e nas decisões
privadas, para as infra-estruturas, b) os decorrentes espaços de urbanização, c) as plantas produtivas e d) as ações
públicas.

Obtém-se assim um cenário futuro a partir dos projetos já estabelecidos. Para a etapa seguinte, a lista de projetos
seria complementada mediante técnicas de projeção e participativa, buscando-se projetos suplementares que
agreguem crescimento econômico e sobretudo se insiram em um projeto paisagístico-ambiental para a área de
influência. Esse quadro suplementar será submetido a uma análise semelhante à prevista para os cenários anteriores
(cenário de partida e o cenário com os projetos já estabelecidos externamente). Uma vez testados os cenários, há
de se detalhar, em um processo participativo, o cenário desejado final (minuta do Programa), e submetê-lo a uma
discussão ampla (instrumentos para tal fim poderiam ser a edição de livro branco ou verde, a realização de
audiências públicas, entre outros). Eventuais adaptações seriam submetidas aos processos de análise descritos
para os cenários anteriores.

Até esse ponto, obter-se-á, portanto, um programa territorial preliminar. Passada essa fase, trata-se de detalhar a
solução e seu processo de implementação, o que significa definir a Engenharia Financeira, o processo de gestão do
projeto, do encaminhamento político, o desenho de eventuais reformas legais, dos contratos e dos procedimentos
de arbitragem dos mesmos; assim como da gestão da informação e das respectivas ferramentas. Aspectos especiais
nesse contexto seriam o monitoramento e a gestão dos riscos, assim como a capacitação dos atores. Conforme
proposto em Aragão 2008, a construção da Engenharia Financeira se comporia em três fases: primeiramente, seriam
selecionados os projetos financeiramente auto-sustentáveis, cuja Engenharia Financeira adotaria a estrutura de um
project finance. Esses projetos poderão, para garantir a bancabilidade, se beneficiar de um aporte público. Em
seguida, há de se testar em que medida os aportes públicos, tanto para projetos bancáveis quanto para os projetos
puramente públicos (incluindo as políticas integrativas) são fiscalmente sustentáveis a partir dos retornos fiscais
imediatos ou previsíveis em função da agregação de valor. Em uma terceira etapa, caso a sustentabilidade ainda
não seja garantida, projetos adicionais deverão propelir adicionalmente o crescimento econômico, de forma que a
respectiva captura fiscal possa garantir a sustentabilidade fiscal. A Figura 1 apresenta o fluxograma genérico da
construção de um programa territorial, adicionando, ainda, a fase da Engenharia Financeira.

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1.3 Sistemas, métodos e processos de construção civil

A construção civil, assim como a maioria das indústrias, evoluiu bastante ao longo do tempo e hoje existem muitas
técnicas construtivas que utilizam tecnologia de ponta aliada a uma boa gestão de recursos. Porém, ainda nos dias
de hoje é possível encontrar muitas obras utilizando processos construtivos defasados, de produção altamente
artesanal e improvisada. (SANTIAGO,2008) Neste capítulo são descritos alguns dos principais processos
construtivos utilizados atualmente nas diferentes etapas de uma obra tradicional de edificação, bem como os
problemas inerentes a esses processos.

A locação da obra faz parte dos serviços preliminares de uma obra e é o primeiro processo executivo importante de
uma edificação. Seu objetivo é a correta transferência do projeto em papel para o terreno. As principais técnicas
utilizadas são a locação por gabarito ou cavalete, sendo esta última recomendada apenas para obras de menor porte
como: garagens, barracões, ampliações ou obras com poucos elementos a serem locados. Esses processos
costumam ter o auxílio de equipamentos topográficos como o teodolito ou estação total para assegurar a precisão na
locação dos elementos principais. Tais processos são extremamente artesanais, gerando diversos focos de erro. Em
uma etapa tão importante como esta, um erro na locação poderá resultar em problemas estruturais, diminuição de
dimensões internas e/ou externas entre outros problemas que fazem a obra ficar mais cara ou em casos extremos
causa a sua demolição. No processo de locação por gabarito, crava-se no solo cerca de 50cm, pontaletes de pinho
de (3"x3" ou 3"x4") ou varas de eucalipto a uma distância entre si de 1,50m e a 1,20m das paredes da futura
construção, que posteriormente poderão ser utilizadas para andaimes. Nos pontaletes serão pregadas tábuas na
volta toda da construção (geralmente de 15 ou 20cm), em nível e aproximadamente 1,00m do piso. Pregos fincados
nas tábuas com distâncias entre si iguais às interdistâncias entre os eixos da construção, todos identificados com
letras e algarismos respectivos pintados na face vertical interna das tábuas, determinam os alinhamentos. Conforme
ilustrado na figura 1, nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado ao
de mesmo nome da tábua oposta. Em cada linha ou arame está materializado um eixo da construção.

Após a materialização e garantia de esquadro do gabarito e dos eixos principais, é possível locar os elementos de
fundação através de trena, medindo as distâncias desses elementos para os eixos de acordo com o projeto de
locação das fundações. Posicionam-se pregos nas tábuas, após medida a distância para o eixo, indicando a
nomenclatura de cada elemento de fundação abaixo do prego na própria tábua. Por fim, da mesma forma que os
eixos principais foram materializados os eixos dos elementos de fundação serão criados através dos pregos
colocados, pendurando um prumo de centro no encontro das linhas para fincar a estaca referente ao eixo da
fundação.

A figura 2 exibe o esquema de locação das estacas através do gabarito.

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Existem diversos tipos de situações que podem gerar erros nesse processo, a começar por um mal planejamento ou
a ausência deste. É necessário estudar o projeto de fundação antes de iniciar a locação da mesma, antecipando
potenciais riscos de retrabalho. Deve-se levar em conta as diferenças de cota dos blocos de fundação na hora de
escolher o tipo de processo que será executado. Muitas vezes acaba-se por trocar para o processo de cavalete no
meio da locação por causa do maior alcance dos níveis dos blocos que este confere. Em alguns casos acabam
sendo usados equipamentos de topografia na locação de grande parte ou toda a fundação, quando o gabarito e o
cavalete não conseguem alcançar toda a área e todos os níveis a serem locados Além disso, muitas vezes há a
necessidade de um acesso para escavadeiras e equipamentos em geral durante a locação, o que acaba não sendo
previsto e ocorre o retrabalho para a criação deste acesso, que foi impedido pelo gabarito.

Deve-se ter em mente que os elementos de locação deverão permanecer na obra por um tempo razoável, até que se
possa transferir para a edificações pontos de referência definitivos. Este processo é praticamente todo manual, por
isso a produtividade e a qualidade final da locação acabam se tornando altamente dependente da capacidade de
interpretação de medidas por parte do ser humano, o que acaba gerando repetidos problemas como fundações
localizadas de forma imprecisa, gabarito fora de esquadro e nível, linhas de eixo não perpendiculares entre si, entre
outros. O treinamento da mão-de-obra quanto ao processo como um todo, bem como a interpretação das
ferramentas de medida é obrigatório e imprescindível, pois como já foi esclarecido, a locação errada de elementos
estruturais podem comprometer a viabilidade da obra.

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Fôrmas para concreto armado

As fôrmas são as estruturas provisórias, geralmente de madeira, destinadas a dar forma e suporte aos elementos de
concreto até a sua solidificação. Além da madeira, que pode ser reutilizada várias vezes, tem sido difundido,
ultimamente, o uso de fôrmas metálicas e mistas, combinando elementos de madeira com peças metálicas, plásticos,
papelão e pré-moldados (UEPG,2014). Em geral as fôrmas são classificadas de acordo com o material e pela
maneira com que são utilizadas, levando em conta o tipo de obra. Na tabela 1 são mostradas as possibilidades de
uso das fôrmas.

A execução das fôrmas começa basicamente com a transferência dos eixos principais e do nível para a correta
locação dos pilares. Os pilares são locados através da fixação dos gastalhos na laje e então os painéis de fôrmas
com tamanhos pré-definidos pelo projeto de fôrma serão encaixados formando o corpo do pilar. A armadura do pilar é
colocada juntamente com os espaçadores que irão garantir o cobrimento e a dimensão correta do pilar. O último
painel é fechado e as formas são então alinhadas, niveladas e travadas.

A figura 3 ilustra o esquema de forma de pilar de madeira:

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As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a concretagem dos pilares ou no conjunto de fôrmas pilares, vigas e
lajes para serem concretadas ao mesmo tempo. O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das cabeças dos pilares
com apoios intermediários em garfos ou escoras.

Em geral, os painéis de fundo de viga são colocados primeiro, apoiando-se sobre a cabeça do pilar ou sobre a borda
da fôrma do mesmo. Como já dito, os painéis de fundo de viga serão então apoiados sobre garfos ou escoras e
nivelados para a posterior fixação dos painéis laterais. Após essa etapa, a armadura das vigas é posicionada e a
forma é travada e alinhada.

A figura 4 mostra o esquema de forma de viga:

Os procedimentos para lançamento das fôrmas das lajes dependem do tipo de laje que vai ser executada e
geralmente fazem parte do conjunto de atividades da execução das fôrmas de vigas e pilares. A exceção de lajes
pré-moldadas que são lançadas a posteriori da concretagem das vigas é usual, nos demais casos, (pré-fabricadas,
moldadas in loco, celulares etc.) providenciar a execução dos moldes em conjunto com as vigas, para serem
solidarizadas na concretagem. Para a fôrma da laje deve-se posicionar primeiramente o escoramento e em seguida
lançar o assoalho, verificando o seu nivelamento e travando nas vigas e na periferia, locando e fixando em seguida
as caixas de passagem.

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A figura 5 apresenta um esquema de forma de laje :

Antigamente a montagem das formas ficava a cargo da experiência dos mestres e encarregados de obra, que
solicitavam o material e sabiam aonde fazer o escoramento e como fazer uma montagem segura das formas apenas
pelo tempo de prática.

Atualmente existe um projeto de forma e escoramento contendo todas as especificações de materiais a serem
utilizados bem como o modo de montagem das fôrmas, com o objetivo de organizar o espaço de trabalho e a
logística de entrega e armazenamento de material. Os projetos também têm a finalidade óbvia de otimizar a
produtividade da execução bem como a qualidade final da fôrma que receberá o concreto.

Na prática, assim como antigamente, ocorrem diversos problemas no processo construtivo das fôrmas. Peças com
dimensionamento errado devido a interpretação equivocada do projeto resultando em peças com fissuras, formas
desalinhadas devido a problemas de corte dos painéis de madeira, falta de peças de travamento causando abertura
das formas e consequente desperdício de concreto na hora do lançamento são alguns dos problemas intrínsecos a
execução de formas.

O fato de operários ainda hoje serrarem peças de madeira para conseguir “encaixalas” na estrutura da forma e
ocorrer abertura de fôrmas por falta de pregos ou travamento mostra o quão artesanal e improvisado ainda é o
processo construtivo que é utilizado em grande parte das obras de edificação no Brasil.

O Brasil tem um alto conhecimento a respeito das estruturas de concreto armado e faz uso constante deste tipo de
sistema construtivo em obras de edificações. Existem hoje edifícios construídos com peças de concreto armado pré-
fabricadas, onde existe um alto grau de industrialização no processo, conferindo maior produtividade e qualidade ao
produto final. O que chama atenção é a utilização ainda intensiva de estruturas de concreto armado moldadas in loco,
pois trata-se de um sistema que traz alto desperdício de forma, armação e concreto, baixa produtividade e grandes
problemas de logística de estocagem e transporte de material.

Na visão moderna da industrialização dos processos, esse tipo de sistema acaba se tornando ultrapassado e
estruturas como as metálicas ou as de concreto pré-fabricadas acabam ganhando força mundo afora. Esses tipos de
estrutura conferem maior agilidade a todo o processo de produção, com menores índices de desperdício e garantem
uma qualidade superior ao produto. O Brasil acaba esbarrando em uma barreira cultural, onde existe uma resistência
a mudanças e novas tecnologias, além de possuir pouca estrutura para formar profissionais qualificados e em
quantidade suficiente para suprir a demanda cada vez mais alta de processos industrializados.

Alvenaria de vedação

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Entende-se por “alvenaria” a associação de um conjunto de unidades (tijolos, blocos, pedras, etc.) e ligante (s) que
resulta num material que possui propriedades mecânicas intrínsecas capaz de constituir elementos estruturais. Nas
alvenarias antigas, as unidades de alvenaria eram, vulgarmente, a pedra ou o tijolo cerâmico, eventualmente
reforçadas com estrutura interna de madeira (VALLE,2008).

A alvenaria pode ter função estrutural ou apenas de vedação, sendo que a primeira não será tratada neste tópico
pois se restringe a projetos estruturais arquitetônicos específicos e quantidade limitada de andares, além de exibir
basicamente os mesmos problemas da alvenaria de vedação.

Tem um papel fundamental no isolamento térmico e acústico dos ambientes, além de conferir estanqueidade. A
alvenaria também deve apresentar boa resistência mecânica para absorver potenciais impactos e o peso de suportes
como estantes, armários, etc. O seu desempenho no cumprimento dessas funções está ligado diretamente ao
processo executivo, quantidade e qualidade do material e da mão-de-obra empregados.

O processo construtivo da alvenaria de vedação é simples, porém requer alguns cuidados para não serem
produzidas paredes desniveladas e desalinhadas, fora de esquadro ou sem resistência mecânica. A marcação da
primeira fiada, como é conhecida a primeira linha de blocos, deve ser feita com cuidado e profissional qualificado pois
irá determinar o esquadro e as dimensões corretas dos cômodos. Os blocos são alinhados e recebem a argamassa
para o assentamento, tendo como referência uma linha de nylon presa ao escantilhão, conforme ilustrado na figura 6.

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Os blocos das próximas fiadas são empilhados da mesma forma, recebendo argamassa para o assentamento. Para
ocorrer uma melhor fixação entre a alvenaria e a estrutura, são colocadas telas de aço a cada 2 ou 3 fiadas que são
presas nos blocos e nos pilares. Por fim, é deixada uma última camada de cerca de 3 centímetros que receberá
argamassa posteriormente (é necessário carregar 2 pavimentos acima primeiro para não ocorrem trincas na
alvenaria), etapa denominada de aperto da alvenaria. Onde haverá uma abertura para a fixação das esquadrias, são
colocadas as vergas e contravergas, blocos compridos de concreto que tem a finalidade de distribuir e absorver as
tensões criadas pela abertura, conforme ilustrado na figura 7.

O processo construtivo da alvenaria de vedação é um dos processos onde ocorre maior desperdício de recursos. A
produtividade e qualidade deste processo está intimamente ligada a logística de armazenamento e transporte de
materiais e a racionalização desse processo tem sido um dos focos de investimento do setor da construção civil nos
últimos anos.

Além disso, a capacitação de profissionais se tornou um diferencial para as empresas que prestam esse serviço, uma
vez que o processo construtivo em si é completamente manual. Outro ponto importante é o fato de que a alvenaria
depende de outros serviços como instalações elétricas e hidráulicas e a própria estrutura.

A logística do canteiro de obras deve ser muito bem estudada pois são diversos materiais que chegam e saem e
devem ser armazenados em locais de fácil acesso para o posterior transporte e execução do serviço. Seguindo na
mesma linha, a produção da alvenaria esbarra muitas vezes na falta de material para produção da argamassa ou até
mesmo blocos no local do serviço. Esse tipo de problema é causado por falha na logística, onde o material pode não
ter sido entregue, está em local de difícil acesso ou não pode ser transportado por falta de equipamentos no
momento.

O armazenamento e transportes incorreto pode causar a quebra de blocos, outro grande problema desse processo
construtivo. A busca por soluções econômicas faz com que muitas empresas comprem material de qualidade inferior,
o que também acaba causando desperdício como quebra de blocos e excesso de argamassa.

Contudo, existem outros motivos para o desperdício de material e mão-de-obra e isso passa diretamente pelo
controle da produção. Muitas empresas resolvem economizar na parte de gestão do processo e soluções como a
utilização de projetos de arquitetura ao invés de projetos próprios de alvenaria para realizar o serviço ainda são
encontradas no mercado. Informações importantes contidas em um projeto de alvenaria como a modulação dos
blocos, espessura da argamassa, quantidade de telas, espessura do aperto e blocos com entradas para instalações
acabam não sendo fornecidas, gerando improvisos com quebra de blocos para “encaixa-los” nas paredes de
alvenaria ou instalação de caixas de luz e espessuras excessivas de argamassa, além de quantidade excessiva de
telas.

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Junto a isso, existem muitas empresas que não tem encarregados qualificados para fazer uma boa gestão da equipe
e da quantidade de material utilizado, sem falar da falta de pedreiros e ajudantes de qualidade no mercado. O
resultado se reflete no já citado alto índice de desperdício de material e baixa produtividade e qualidade do serviço.
Outro problema com a falta de mão-de-obra qualificada é o retrabalho gerado pela péssima qualidade do serviço
executado em muitas obras. Esse desperdício é visto na figura 8, onde a alvenaria é quebrada para a fixação das
caixas e eletrodutos.

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Instalações hidráulicas

As instalações hidráulicas segundo MIGOTT et al (2014), dizem respeito as instalações de dutos condutores de
fluídos, o tipo de instalação varia dependendo do fluído e de sua finalidade. Os casos mais comuns e erroneamente
considerados como sendo os únicos tipos de instalações hidráulicas são: o abastecimento de água e o sistema de
esgoto, mas a variedade é muito maior, existem ainda o sistema de prevenção de incêndio, o recolhimento de águas
pluviais e a distribuição de gás.

Esse processo construtivo sofre uma grande interferência de outros subsistemas como a alvenaria, instalações
elétricas, ar-condicionado e até a própria estrutura. Além disso, existem problemas referentes ao uso incorreto pós-
ocupação e problemas inerentes ao material utilizado. As falhas de execução das instalações são o outro gerador de
problemas e podem causar sérios atrasos na obra, com um alto grau de retrabalho e mudanças no projeto já com a
execução em andamento.

O processo construtivo envolve muitos cuidados a respeito da conexão entre a tubulação, a fixação desta a estrutura
bem como a disposição em relação aos outros elementos como instalações elétricas, alvenaria e ar-condicionado. A
fixação provisória das prumadas é feita muitas vezes com o auxílio de arame, que quando não é retirado após a
fixação definitiva, sofre corrosão ao longo do tempo e danifica a tubulação. A fixação em alturas diferentes das
previstas em projeto também são uma grande fonte de retrabalho e influenciam na produtividade do processo. Outro
grande problema é a colagem incorreta ou incompleta das conexões causando vazamentos nos testes de pressão e
até mesmo após a ocupação do proprietário, gerando infiltrações e consequentemente grandes prejuízos materiais,
conforme ilustrado na figura 9.

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Instalações elétricas

Uma instalação elétrica é definida pelo conjunto de materiais e componentes elétricos essenciais ao funcionamento
de um circuito ou sistema elétrico. As instalações elétricas são projetadas de acordo com normas e regulamentações
definidas, principalmente, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT. A legislação pertinente visa a
observâncias de determinados aspectos, bem como, Segurança, Eficiência e Qualidade Energética, etc
(FERREIRA,2010).

A maior complexidade do projeto comparado a outros subsistemas, bem como os riscos inerentes a esse processo,
fazem com que as instalações elétricas exijam profissionais com boa qualificação técnica. Porém, a falta de mão-de-
obra especializada na construção civil faz com que muitas empresas disponham apenas da experiência prática de
seus funcionários na execução deste serviço.

O processo construtivo das instalações elétricas se faz presente em diferentes etapas da obra e a falta de
fiscalização ao longo do processo pode causar diversos transtornos para a construtora.

Na primeira etapa, onde são colocadas as tubulações secas antes da concretagem, deve-se ter cuidado para não
danificar o material antes da concretagem, o que pode acarretar na obstrução da tubulação. Na segunda etapa, a
passagem na alvenaria é um dos maiores focos de desperdício de material e retrabalho. O rasgo muitas vezes não é
feito de forma correta (talhadeira a cerca de 45º ou serra circular) e danifica uma região da alvenaria muito maior que
a prevista inicialmente. As caixas muitas vezes não são posicionadas no local correto, gerando retrabalho. Após o
revestimento e antes da pintura ocorre a enfiação dos cabos que devem ter o caminho através dos eletrodutos
desobstruído e devem ser lubrificados para a passagem correta, o que muitas vezes não ocorre ocasionando na
perda de produtividade desta etapa. Após a pintura, a fixação de tomadas, interruptores e espelhos deve ser feita de
forma a não danificar os cabos.

Esquadrias

As esquadrias são os elementos de fechamentos de vãos nas edificações, fornecendo segurança e permitindo a
circulação de pessoas, iluminação e ventilação (QUALHARINI,2014).

Os problemas no processo construtivo de esquadrias começam ainda na fase de produção do material, que deve ter
uma fiscalização adequada pois se as peças não forem suficientemente precisas podem acarretar problemas de
infiltração de água. O armazenamento na obra muitas vezes não é feito de forma correta, causando danos ao
material. É recomendável não empilhar o material, manter fora de contato com o chão e materiais como a madeira,
que ainda vão receber algum tipo de tratamento, devem ser estocados longe de qualquer agente agressor.

Em relação ao processo de execução, ocorrem muitos erros de alinhamento e nivelamento do contramarco por
fixação insuficiente antes do chumbamento e erros de leitura de nível e régua, o que acaba causando retrabalho e
perdas na produtividade. A consequência de uma execução incorreta desta etapa é uma fachada com janelas tortas
ou desalinhadas e espessura de revestimentos internos e externos não compatíveis com a da esquadria.

Uma das funções primordiais das esquadrias é a estanqueidade ao ar e a água. Problemas desta natureza
costumam ocorrer nas junções entre esquadria e contramarco, peitoril e contramarco ou esquadria e vidro. Nesses
locais, o material selante deve ser de qualidade e a aplicação feita em todas as regiões tradicionalmente
problemáticas. A falha nessa etapa do processo pode causar problemas sérios de infiltração ou ruídos devido ao
vento (LAVERDE,2007).

Existem esquadrias de materiais que não precisam de um tratamento contra agentes biológicos (como o PVC).
Entretanto, materiais como alumínio e a madeira devem receber algum tipo de tratamento e se este não for bem feito
causará a degradação prematura do material e consequente prejuízo ao proprietário.

A figura 10 apresenta uma comparação entre uma esquadria de madeira com tratamento e sem tratamento após 5
anos de utilização:

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Revestimentos

Revestimentos são todos os procedimentos utilizados na aplicação de materiais de proteção e de acabamento sobre
superfícies horizontais e verticais de uma edificação ou obra de engenharia, tais como: alvenarias e estruturas. Nas
edificações, consideraram-se três tipos de revestimentos: revestimento de paredes, revestimento de pisos e
revestimento de tetos ou forro (ZULIAN et al.,2002). Este tópico tratará sobre o revestimento de paredes. O
revestimento de paredes tem por finalidade nivelar e regularizar toda a superfície após o término da alvenaria. Além
disso exerce um papel importante na isolação térmica e acústica e na resistência mecânica da parede. Nos
revestimentos argamassados, a composição da argamassa deve ser precisa e sua preparação deve ser feita por um
profissional qualificado, pois diversos problemas como fissuras, descolamento do revestimento e manchas na
superfície da parede podem ser consequência de um preparo incorreto da argamassa. Na figura 11, é possível
enxergar fissuras em um revestimento argamassado, causadas por alta retração.

A execução de revestimento argamassado é um processo que apresenta muito desperdício de material e problemas
de fixação a superfície, que acabam por influenciar na produtividade deste serviço. Para evitar esse tipo de problema,
algumas práticas são importantes dentro do processo construtivo: deve-se molhar e limpar toda a superfície antes da
aplicação da argamassa para evitar descolamento, aplicar em camadas de espessuras não maiores que 1,5

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centímetros e esperar o total assentamento da argamassa de alvenaria antes do início da aplicação do revestimento
(ZULIAN et al.,2002).

Além dos revestimentos argamassados existem os do tipo não-argamassados, que vem a ser a cerâmica, pastilha,
mármore, entre outros. A execução de assentamento ou fixação são específicos para cada tipo de material. Um dos
grandes problemas deste tipo de revestimento é o correto armazenamento e transporte do material, pois a cerâmica
e o mármore, por exemplo, têm um alto custo e não podem ser danificados ou furtados (como ocorre
frequentemente) durante o processo. Deve existir um controle rigoroso sobre esse tipo de material, que deve
permanecer em local seguro e somente transportado para o pavimento na hora da aplicação.

O projeto de paginação é sempre recomendado para a economia de material e otimização da produtividade. As


juntas entre as peças devem ser feitas com argamassa específica, com espessuras de acordo com o tipo e dimensão
do material empregado, para absorver as tensões entre as peças e compor de forma homogênea toda a superfície da
parede.

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Edificações

Verificar pasta Anexos contidas no material.

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Terraplanagem

Terraplenagem ou terraplanagem é uma técnica construtiva que visa aplainar e aterrar um terreno. "Terrapleno",
literalmente, significa "terra cheia, cheio de terra". Geralmente esta movimentação de solo tem o objetivo de atender
a um projeto topográfico, como barragens, edifíciosa.

O termo se aplica geralmente à construção de estradas e planagem de terrenos para edificação (ou construção de
algo plano, como um estacionamento, um campo de futebol ou um aeroporto). Não me ocorre tradução melhor,
porém observo que, em inglês, 'earthworks' é um termo mais abrangente, que inclui movimentação de terra para
construção de plataformas elevadas, diques, canais, fossos, estruturas defensivas etc. Não existiria, em engenharia
civil, um termo mais apropriado?

Segundo o dicionário Caldas Aulete, terraplenagem é tornar o local plano adicionando terra e terraplanagem é tornar
o local plano removendo terra. Tal afirmação é proveniente do termo "Terrapleno" demonstrado anteriormente.
Entretanto, na engenharia é comum o uso dos dois termos independentemente de se estar adicionando ou
removendo a terra.

Estradas

Anos de investimentos precários em infraestrutura de transporte associados à retomada de crescimento econômico


têm feito com que, nos últimos anos, não faltem oportunidades de trabalho para engenheiros de estradas. Desde
1994, quando foram abertas as primeiras concessões no País, esta atividade só cresce. A procura por profissionais
capacitados é tanta que muitas empresas têm recorrido à contratação de projetos no exterior, especialmente na
França e em Portugal.

Para atender a essa demanda e ajudar a suprir as deficiências ainda flagrantes na malha rodoviária brasileira, o
engenheiro que concebe estradas tende a ser cada vez mais valorizado. Porém, engana-se quem pensa que este
profissional tem vida fácil. As exigências sobre os projetos têm aumentado gradativamente, incorporando múltiplas
disciplinas e conceitos que até pouco tempo não eram prioridade, caso da integração com as comunidades
existentes, da preservação ambiental e da preocupação com o controle de ruídos.

As estradas deixaram de ser concebidas apenas com o intuito de ligar duas localidades e permitir o máximo fluxo de
tráfego possível entre elas. Hoje, o projetista tem, sob sua responsabilidade, o desenvolvimento de traçados e
estruturas que devem ser capazes de garantir a segurança e conforto dos motoristas, sempre com a melhor relação
custo-benefício e o menor impacto ambiental. A atenção à durabilidade e à necessidade de manutenções são outros
aspectos a serem incorporados neste trabalho, sobretudo porque interrupções para a realização de serviços sempre
geram algum impacto aos usuários.

Caminho certo

Fazer parte desse mercado requer do profissional flexibilidade, criatividade, disposição para viajar a lugares remotos,
além de liderança e habilidade para o trabalho em equipe. "Entre os conhecimentos técnicos necessários, fora os
fundamentos da engenharia obtidos na faculdade, é recomendável o domínio de disciplinas como Topografia,
Geotecnia, Hidrologia, Terraplenagem, Pavimentação e Obras-de-Arte", revela o engenheiro Piotr Slawinski,
projetista da Projconsult.

No contexto atual, torna-se igualmente importante desenvolver boa capacidade de visualização tridimensional, ter
raciocínio ágil e conseguir aproveitar bem os recursos oferecidos pelos softwares de desenho e de projetos que estão
em evolução a cada ano. "O projetista também precisa ter profundo conhecimento sobre as normas de projeto de
estradas, que variam em cada órgão público, e se interessar pela busca de aprimoramento constante", destaca o
engenheiro João Vicente H. G. K. Wanka, projetista da Engevix.

Wanka conta que, há dez anos, após iniciar sua carreira como estagiário em projetos de drenagem, decidiu
complementar sua formação estudando a fundo as normas e os softwares específicos para a concepção de estradas.
A iniciativa ocorreu em resposta à necessidade da empresa na qual trabalha.

Até com base em sua experiência pessoal, Wanka afirma ser fundamental ao engenheiro de projetos saber identificar
as oportunidades que aparecem. "Uma boa rede de relacionamentos é desejável, principalmente para os projetistas
autônomos", recomenda, ressaltando, ainda, a importância de estar sempre aberto à troca de experiências com
outros colegas para enriquecimento profissional.

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O engenheiro José Alberto Moita, gestor de obras da Engelog, braço de engenharia do Grupo CCR, concorda que o
sucesso nessa carreira passa, inevitavelmente, pela dedicação e pelo aprendizado constante, sobretudo com o apoio
de profissionais mais experientes. Mas acrescenta, entre os requisitos importantes aos projetistas de estradas, a
experiência em campo, complementar à formação acadêmica.

Isso porque um projeto de estradas completo não é algo que se faça apenas dentro do escritório. Além do
acompanhamento da execução, assim como ocorre com outros projetos de engenharia, a solução mais adequada na
concepção de estradas é aquela que leva em consideração uma ampla gama de informações sobre o local de
implantação. "Sem conhecer o local da obra, fica muito difícil para o projetista propor soluções factíveis, já que o
papel aceita tudo", afirma Moita, na posição de contratante de projetos de estradas. "Se o projeto prevê o uso de
pedras, é importante que o projetista confira se há pedreiras na região. Se propõe o uso de bate-estaca, tem que
ponderar os transtornos às edificações vizinhas", exemplifica o engenheiro da CCR.

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Tecnologia dos Materiais de Construção Civil

Agregados

Pode ser definido como um material granular, sem forma e volume definidos, de actividade química praticamente
nula (inerte) e propriedades adequadas para uso em obras de engenharia.

2.1 Britas

As britas provêm da desagregação das rochas em jazigos e que após passar em peneiras, são classificadas de
acordo com sua dimensão média, variável de 2,38 a 50,80 mm.

São classificadas em brita número zero, um, dois e três, e são normalmente utilizadas para a confecção de concretos,
podendo ser obtidas de pedras graníticas e ou calcárias. Britas calcárias apresentam menor dureza e normalmente
menor preço.

2.2 Classificação de acordo com a granulometria das britas

Pó de pedra tamanho menor que (areia) 2,38 mm

Pedra 0 2,38 a 9,50 mm

Pedra 1 4,76 a 19,10 mm

Pedra 2 9,5 a 38,10 mm

Pedra 3 19,1 a 50,80 mm

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2.3 Aplicação.

Para concreto armado a escolha da granulometria baseia-se no facto de que o tamanho da brita não deve exceder 1/3
da menor dimensão da peça a betonar. As mais utilizadas são as britas número 1 e 2.

Este material pode ser utilizado também solto sobre pátios de estacionamento e também como isolante térmico
em pequenos terraços.

Cascalho ou pedra-de-mão, são os agregados de maiores dimensões sendo retidos na peneira 76mm (pode
chegar até a 250mm). Utilizados normalmente na confecção de concreto ciclópico e calçamentos.

A aplicação desses materiais é variada podendo ser citado o uso em lastro de vias férreas, bases para
calçamento (lastro), adicionadas aos solos ou materiais betuminosos para construir os pavimentos, na confecção de
argamassas e concretos, etc.

Utilização da brita em vários casos como:

- Lastro de vias-férreas.

- Confecção do betume asfáltico.

- Regularização e pavimentação de vias.

3. Areia

Areia é um material de origem mineral finamente dividido em grânulos, conhecido também por inerte fino.

Forma-se à superfície da Terra pela fragmentação das rochas por erosão, por acção do vento ou da água. Através de
processos de sedimentação pode ser transformada em arenito.

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É utilizada nas obras de engenharia civil, em aterros, execução de argamassas, concretos e também na
fabricação de vidros. O tamanho de seus grãos tem importância nas características dos materiais que a utilizam como
componente.

Constituída por fragmentos de mineral ou de rocha, cujo tamanho é variável.

É empregue no fabrico de argamassa, fabrico de cimento.

As areias são formadas por grãos de um diâmetro inferior a 5 mm, resultantes do desagregamento de diversas
rochas. Empregam-se no fabrico de cimento e argamassas.

As areias de maneira geral, podem ser encontradas nos rios, no mar, nas minas, por meio da trituração de
rochas ou ser areia virgem.

3.1 Classificação quanto ao tamanho.

Para a sua utilização as areias classificam-se em:

Areia fina – aquela cujos grãos passam por um crivo com uma malha de 1 mm de diâmetro e ficam retidos por outro
de 0,25 mm.

Areia média – é aquela cujos grãos passam por um crivo de 2,5 mm de diâmetro e são retidos por outro de 1 mm.

Areia grossa – aquela cujos grãos passam por um crivo 5 mm e são retidos por outro de 2,5 mm.

3.2 Classificação quanto a origem.

Quanto a sua procedência as areias classificam-se em:

- areia do rio; areia do mar; areia do areeiro; areia virgem e areia artificial.

Areia (imagem ampliada por microscópio)

Areia com granulometria de1mm (imagem ampliada por microscópica)

3.3 Aplicação

A areia é muitas vezes misturada com tinta para criar um acabamento texturado para paredes e tectos ou uma

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superfície não escorregadia ao chão, na fabricação do betão, é usado nas fábricas de tijolo como aditivo à mistura de
argila para o fabrico de tijolos.

4. Aglomerantes

São produtos activos empregues para a confecção de argamassas e betão. Os principais são cimento cal e gesso.

Apresentam-se sob a forma de pó, e quando misturados com a água formam pasta que endurecem pela secagem
como consequência de reacções químicas. Com o processo de secagem os aglomerantes aderem nas superfícies com
as quais foram postas em contacto.

4.1 Gesso

É obtido da pedra natural do gesso, formada por sulfato de cálcio desidratado. Depois de arrancada a pedra
das pedreiras, tritura-se e submete-se a coação para lhe extrair, total ou parcialmente, a água de cristalização que
contém no estado natural, convertendo-a em sulfato de cálcio hemihidratado. Por fim o produto final é moído, e tem-se
uma substância geralmente branca, compacta, resistente mas não macia que se risca com uma unha. São
armazenados em silos ou depósitos elevados protegidos da humidade.

4.1.1 Aplicação

O gesso é um material que resiste mal a acção dos agentes atmosféricos, pelo que se emprega de preferência
em obras de interiores. Adere pouco às pedras e à madeira e oxida o ferro. Constitui um bom isolante acústico.

Em alvenaria : confecção de argamassas simples ou compostas, construção de muros, tabiques e pilares, pavimentos,
arcos e abóbadas, tectos lisos, rebocos, revestimento de estuques, estucagem.

Bloco de Gesso (parede divisória)

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Na fabricação de pedras artificiais e pré-fabricados: ladrilhos e blocos, mosaicos, placas entalhadas, para tectos
falsos, paredes, muros, painéis em ninho de abelha, etc.

Em decoração: artesanato: artesanato, frisos, tectos, florões, motivos decorativos, etc.

4.1.2 Tipos de Gesso

Considerados como gesso de uso corrente para a construção:

- Gesso branco ou de 1ª: é proveniente da rocha de gesso mais pura. A sua percentagem de sulfato de cálcio
hemidratado nunca é inferior a 66 %.

- Gesso negro ou de 2ª: é obtido da rocha de gesso menos pura. Contém como mínimo 50 % de sulfato de cálcio
hemihidratado.

4.2 Cal

É um produto obtido através da calcinação (aquecimento prolongado de um material a alta temperatura) ou


decomposição das rochas calcárias aquecidas a temperaturas superiores a 900ºC pelo qual obtém-se a chamada cal
viva, composta fundamentalmente por óxido de cálcio.

4.2.1 Tipos de Cal

A cal classifica-se segundo o seu emprego na construção de cal dolomítica, gorda e hidráulica.

Cal dolomítica – denomina-se também cal cinzenta ou cal magra. É uma cal aérea com uma percentagem de óxido
de magnésio superior a 5%. Ao apaga-la forma uma pasta cinzenta, pouco espessa, que não reúne condições
satisfatórias para ser na usada na construção.

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Cal dolomítica

Cal gorda – é uma cal aérea que contém como percentagem máxima 5% de óxido de magnésio. Depois de apagada
dá uma pasta, fina espessa, macia e untuosa.

Cal hidráulica – é um material aglomerante, pulverulento e parcialmente apagado, que além de endurecer e secar ao
ar não o faz debaixo de água.

Obtém-se calcinando rochas calcárias a uma temperatura elevada para que se forme o óxido de cálcio livre, necessário
para permitir que se apague e ao mesmo tempo deixa uma certa quantidade de silicatos de cálcio anidros que
proporcionam ao pó as suas propriedades hidráulicas.

4.3 Cimento

É um material que raras vezes se emprega só, amassado com água forma uma pasta pura. O seu uso mais indicado
é em combinação com outros materiais na confecção de aglomerados, especialmente argamassas e betões. Quando
amassado com água, o cimento seca e endurece tanto ao ar como debaixo de água.

A pega sofre influência de diversos factores, sendo retardada pelas baixas temperaturas, pelos sulfatos e cloretos de
cálcio. É acelerada pelas altas temperaturas e pelos silicatos e carbonatos.

A pega (endurecimento) é um fenómeno físico-químico através da qual a pasta de cimento se solidifica.

Terminada a pega o processo de endurecimento continua ainda durante longo período de tempo, aumentando
gradativamente a sua dureza e resistência.

O cimento comum é chamado PORTLAND, havendo diferentes tipos no mercado:

 Cimento de pega normal: encontrado comummente à venda;

 Cimento de pega rápida: só a pedido;

 Cimento branco: usado para efeito estético (azulejos, etc.).

4.3.1 Tipos de cimentos

 Cimento portland

 Cimento siderúrgico

 Cimento puzolâmico

 Cimento de adição

 Cimento aluminoso

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Cimento Portland

De todos os cimentos, são estes os que têm maior aplicação nas construções. Distinguem-se dois tipos de cimentos
portland:

 O corrente ou normal.

 O resistente a águas selinitosas.

Ambos se obtêm por meio da pulverização conjunta do material básico o clinker e uma pequena proporção de gesso
ou pedra natural de gesso para retardar a sua secagem.

Chama-se clinker ao produto resultante da calcinação, feita a uma temperatura próxima da de fusão, de misturas
íntimas de calcários e argilas em proporções exactas.

O cimento portland, resistentes as águas celinitosas, apresenta, em relação ao portland corrente, um baixo conteúdo
de aluminato tricálcico, sendo capaz de resistir à acção agressiva do sulfato de cálcio.

O cimento portland corrente designa-se por cimento P e o resistente às águas selinitosas como PAS.

Cimentos Siderúrgicos

 Portland siderúrgico designado cimento PS

 Portland de alto forno designado cimento PHA

 Siderúrgico – sobresulfatado designado cimento SF.

Estes cimentos obtêm-se a partir de escórias. Trata-se dos resíduos, sub-produtos ou desperdício da fabricação do
ferro.

O cimento PS (portland siderúrgico), obtém-se por uma mistura íntima da escória e clinker numa proporção de 70 %,
como mínimo de clinker.

O resto é escória granulada e sulfato de cálcio, e é válido para o cimento portland de alto forno.

O cimento SF (siderúrgico-sobresulfatado) obtém-se por uma mistura íntima de escória e sulfato de cálcio numa
proporção tal que o produto resultante contenha de 5 a 12 % de trióxido de enxofre e com uma adição de cal, clinker e
cimento portland em quantidade total superior a 5 %.

Cimento Puzolâmicos

São o produto resultante de uma mistura íntima de puzolana e clinker, com a adição eventual de gesso ou anidrita para
regular a secagem.

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Chama-se puzolana ao produto natural de origem vulcânica capaz de fixar a cal à temperatura ambiente e formar
materiais com propriedades hidráulicas.

Cimento de Adição

São cimentos preparados por misturas íntimas de clinker e outros materiais, cujas resistências mecânicas, regularidade
e homogeneidade podem ser inferiores aos cimentos tipo portland ou siderúrgicos.

Cimentos Aluminoso

São os cimentos obtidos por uma mistura de materiais aluminosos e calcários com uma percentagem total de óxido de
alumínio de 32 % como mínimo.

5. Argamassas

Uma Argamassa de Construção é um produto que resulta da mistura de um agente ligante com uma carga de
agregados. São conhecidas há mais de 8000 anos, sendo tradicionalmente utilizadas para montar paredes e muros e
para revestir paredes.

Devem ser resistentes para suportarem esforços, cargas e choques. Devem resistir também aos agentes atmosféricos
e ao desgaste.

Quando enterradas ou submersas devem resistir a ação da água. Em geral, a resistência das argamassas aumenta
com o passar do tempo. Argamassas de cimento e areia após um mês atingem 1/3 da resistência final e a metade
aproximadamente após 3 dias. O aumento a partir deste prazo é bem mais lento, desenvolvendo-se durante anos.

5.1 Tipos de Argamassa e sua aplicação

 Argamassas de Assentamento de Alvenaria:

São utilizadas para elevar muros e paredes, assentar tijolos e blocos, impermeabilizar superfícies, regularizar paredes,
pisos e tetos, dar acabamento às superfícies. Encontram-se disponíveis no mercado em Saco.

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Argamassa para Revestimento:

Usualmente são aplicadas três camadas de argamassa em uma parede a ser revestida:

 Chapisco: primeira camada fina e rugosa de argamassa aplicada sobre os blocos das paredes e nos tectos.
Sem o chapisco, que é a base do revestimento, as outras camadas podem descolar e até cair.

 Emboço: sobre o chapisco é aplicada uma camada de massa grossa ou emboço, para regularizar a
superfície.

 Reboco: é a massa fina que dá o acabamento final. Em alguns casos não é usado o reboco, por motivo de
economia. Geralmente tem em seu traço areias mais finas, pois servem para dar o acabamento ao
revestimento.

Em alguns casos, como em muros, o chapisco pode ser o único revestimento.

Por sobre as argamassas de revestimentos podem ser aplicados outros acabamentos como textura, massa corrida,
pintura, areias quartzo, estuque.

Argamassa para Assentamento de Revestimentos

Revestimentos como azulejos, ladrilhos e cerâmicas são aplicados sobre o emboço. Para esta aplicação, também são
utilizadas argamassas.

No piso, utiliza-se uma camada de contra piso (camada de argamassa de regularização ou de nivelamento) e pode-se
dar o acabamento a esta camada. Produto industrial, no estado seco, composto de cimento portland, agregados
minerais e produtos químicos, que, quando misturado com água, forma uma massa viscosa, plástica e aderente,
empregada no assentamento de placas cerâmicas para revestimento.

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Revestimento de piso (assentamento de ladrilho)

 Argamassas para juntas:

São utilizadas para preencher as juntas entre os elementos dos revestimentos. Podem ter funções estéticas
(apresentando uma cor semelhante ao elemento de cerâmica) ou funcionais (tendo propriedades impermeabilizantes).
Encontram-se disponíveis no mercado em Saco.

 Argamassas para Regularização de Pavimentos (Betonilhas):

São utilizadas na regularização de pavimentos, por exemplo de betão, e podem servir de revestimento para uma grande
variedade de tipos de pavimentos, como azulejo, pavimento flutuante, entre outros.

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Como se vê, 5000 anos foram necessários para transformar a mesma matéria prima, calcário que nos primórdios das
eras nasceu para a construção como ‫״‬cal ‫״‬, em cimento, que hoje tem uso indispensável em quaisquer um dos
modernos uso das argamassas de assentamento.

5.2 Propriedades das Argamassas

 Trabalhabilidade, ou seja a facilidade que se tem em poder manusear, preparar e aplicar em obra.

 Absorção da água, capacidade de absorver a água que se lhe adiciona.

 Resistência mecânica final, após a sua secagem adquire estabilidade volumétrica.

 Aderência a outros materiais antes da secagem.

 Estanqueidade.

 Retenção de água.

6. Betão

O betão é um material resultante da mistura de cimento, água, areia e cascalho, que ao secar e endurecer adquire uma
consistência similar à das melhores pedras naturais.

Quando armado com ferragens passivas recebe o nome de betão armado e quando for armado com ferragens activas
(pré-alongamento ou pré-esforçadas) toma o nome de betão protendido ou betão pré-esforçado.

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6.1 Propriedades:

Possui uma resistência que é comparada a das pedras naturais, quando os materiais empregues na sua
fabricação forem bem doseados (traço). O seu peso específico varia em função do traço, ou seja é directamente
proporcional ao traço (traço forte maior peso específico – traço fraco menor peso específico). Com aumento da
temperatura o betão dilata-se, acontece o contrário quando a temperatura baixa, e nesta ordem de ideia pode-se dizer
que o betão possui a capacidade de reagir elasticamente com a variação de temperatura, obviamente pode-se dizer
que o mesmo resiste bem quando exposto ao fogo.

6.2 Tipos de Betão:

 Betão ordinário – Este betão denomina-se simplesmente betão. À sua denominação junta-se o nome do
aglomerante quando é necessário distingui-lo. Isto acontece especialmente com os betões cujo aglomerante
não é um cimento portalnd, mas por exemplo cimento de escórias, dizendos-se então que é um betão de
cimento de escórias.

 Betão ciclópico – Chama-se assim ao betão que tem incorporadas na sua massa pedras de medidas não
inferiores a 25 cm, de forma que o conjunto não perca a sua resistência se aqueles não estiverem em contacto.

 Betão de cascalho – Este é o betão cujos inertes são total ou parcialmente restos de betão e ladrilhos
triturados.

 Betão roubado – Recebe este nome o betão em que inicialmente se colocam na obra os inertes maiores e se
deita ou se injecta posteriormente argamassa ou massa.

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 Betão blindado – É um material usado em pavimentos, composto de uma camada inferior de betão ordinário
e outra superior de pedras embutidas com uma face sensivelmente plana, que forma a superfície de pavimento,
isto é, sobre a qual se pisa.

 Betão celular – Chama-se assim ao betão com ar incorporado, numa pequena percentagem por volume,
uniformemente distribuído na massa em forma de bolhas cujo tamanho está calculado entre 0,1 e 0,25 mm.

 Betões leves – O betão ordinário tem um peso notavelmente elevado: é de cerca de 2200 kg/m³. A fim de
reduzir tão importante carga morta e para assegurar por sua vez o isolamento térmico e acústico, fabricam-se
betões leves pelo empregue de inertes porosos ou provocando artificialmente a sua porosidade.

Existe uma distinção entre os betões leves naturais e os betões leves artificiais.

O peso, a resistência e o isolamento dependem da porosidade do inerte e da quantidade do cimento.

O emprego de inertes muito porosos e de grão uniforme com uma escassa adição de areia, ou se possível do
mesmo material poroso, diminui o peso próprio e aumenta o poder isolante.

Betão leve (natural)

Betão de pedra pomes: A pedra pomes é de origem vulcânica, porosa e ligeira. Existem jazigos em que se
encontra no estado da areia, de zero a sete mm. A pedra-pomes, gerada após rápido resfriamento em contacto
com a água formando uma rocha cheia de poros ou buracos devido à saída de gases. Parece uma "espuma
endurecida".

O peso deste material é de cerca de 700 Kg/m³. Para camadas isolantes, a dosagem é de uma parte de cimento
portland para 8 a 10 de pomes.

Pedra de pomes Sintoporita ou pedra de pomes artificial

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Esta pedra absorve muita água, o que atrasa a secagem do betão. Assim, substitui-se às vezes por pedra pomes
artificial, a chamada sintoporite. Este material obtém-se pelo processo de fabricação do ácido fosfórico.

Betão de lava: Como inerte emprega-se a lava, material vulcânico parecido com a pedra pomes. É de cor castanha
ou avermelhada e desagrega-se previamente em trituradoras.

Tem o inconveniente de por vezes conter sais nocivos.

Ao confeccionar o betão é necessário muita água, que é absorvida pela lava. O betão resultante é um bom isolante
térmico.

Betão de escórias: As escórias ou resíduos da combustão de fornalhas industriais, altos fornos, fábricas de gás, etc.,
podem empregar-se, sobre tudo os mais duros, como inertes na fabricação de betões.

Betão de Escória Bloco em betão de Escória

Betão leve (artificiais)

Betão celular: fabrica-se misturando um betão de secagem rápida e em auto clave uma solução saponácea, para
formar uma abundante espuma viscosa, que deixa na massa endurecida uns vazios ou células independentes.

A consistência da espuma e a dose que desta se deve juntar podem ser muito variadas. Geralmente para a fabricação
de elementos isolantes aplica-se 1,5 % de espuma de sabão, sem areia, obtendo-se um peso de 300 quilos por metros
cúbico. Quanto ao volume dos vazios chega a ser 90 % do total.

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Embora o betão celular possa ser preparado junto da obra, a maior parte das vezes emprega-se em forma de blocos
ou placas, que chegam já endurecidos à obra.

Betão esponjoso: Este betão foi inventado por um sueco, Alex Erikson, com o nome de betão gás e fabrica-se
adicionando à massa de betão ainda fresco, pó de alumínio ou de carbonato de cálcio, ou ainda água oxigenada com
cloreto de cálcio. Estas substâncias libertam gases que produzem poros maiores e mais irregulares que os de betão
celular.

Deve-se amassar com água quente e o processo de esponjamento dura aproximadamente uma hora.

Betão de aparas: Fabrica-se empregando como inertes serradura e aparas de madeira, cortiça etc. Estes inertes
devem tornar-se obrigatoriamente impermeáveis e imputrescíveis, isto é, devem mineralizar-se. Para isso submergem-
se numa massa fina de cal, de cimento, argila ou betume. Amassa-se depois com cimento portland e areia.

Emprega-se de preferência na fabricação de painéis e blocos prensados, e são de notável poder isolante do calor.

7. Rochas

As rochas são classificadas segundo a sua origem e estão divididas nos seguintes grupos: rochas eruptivas,
sedimentares e metamórficas.

7.1 Tipos de rocha

 Rochas Eruptivas

São conhecidas por rochas ígneas, rochas magmáticas ou rochas eruptivas (derivado do latim ignis, que significa fogo)
são um dos três principais tipos de rocha onde falarei dos mais utilizadas na construção.

Dentro destas rochas encontramos uma subdivisão devido a sua formação que é feita no exterior (extrusiva) ou no
interior (intrusiva).

As rochas extrusivas:

Rochas plutónicas ou intrusivas – Granito e a Sienito

Rochas vulcânicas ou extrusivas – Periodito, Basalto, e o Tranquito

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Tabela 2:
Composição
química das
rochas
Ígneas mais
comuns

Fonte:
ZEFERINO,
Artur.
MARTINS,
João
Guerra.
Materiais de
Construção I
– Pedras
Naturais. 4ª
Edição.

As Rochas Ígneas possuem diversas aplicações, uma delas é a utilização do granito e do basalto na Construção Civil
- Grandes blocos para pedestal de monumentos, pedras para muros e meio-fios, paralelepípedos e pedras irregulares
para pavimentação, brita para concreto, placa polidas para revestimento de paredes, pias, lavabos, etc.

Formação característica dos maciços graníticos.

Fonte: Internet

 Rochas Sedimentares

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As rochas sedimentares têm origem na destruição das rochas eruptivas pela acção das chuvas, geadas,
ventos, terramotos, etc.

Desagregadas, foram-se depositando no seu próprio leito ou em lugares mais distantes, dando lugar a outra
classe de rochas de natureza distinta. Estas apresentam-se formando camadas ou estratos sobrepostos de forma mais
ou menos paralela. Cada estrato determina um período de sedimentação e separação entre eles significa uma
interrupção no processo ou mudança de material.

As rochas sedimentares são as seguintes:

Argilas, Arenitos, Calcários, e Dolomite.

Argilas – emprega-se na fabricação de pavimentos, de tijolo e materiais refractários.

Arenitos – constituída por grãos de areia, consolidados por águas de origem cementosa. Geralmente é uma rocha
boa para a construção mas não são indicadas para betão, nem resistente para estradas.

Calcários – Constituem uma excelente material para a construção empregando-a em argamassas, construções de
pedra e como matéria-prima para a fabricação de aglomerantes (cimento e cal).

Dolomite – Além de ser usado em construção, também se usa para escultura. Tem um bom comportamento em
exteriores, excepto em centros industrial de atmosfera ácida, que a atacam formando o sulfato de magnésio de
grande solubilidade.

Por ser refractário, isto é resistente ao fogo, emprega-se na construção de fornos.

 Rochas metamórficas

Esta classe de rochas apareceu pela transformação de rochas eruptivas e sedimentares. Essa transformação teve
lugar principalmente devido a altas temperaturas e elevadas pressões que produziram no interior da terra.

São rochas metamórficas os Gneisses, as ardósias, e os mármores.

Gneisses – rochas de cor acinzentada e emprega-se muito na pavimentação por ser dura mas geralmente má para a
construção.

Gneisses – Tem uma coloração muito variada (cinzenta, avermelhada, preta), dependendo da mica que se encontra
envolvendo os seus grãos de quartzo. Tem pouca dureza e pode-se separar em lâminas com facilidade e é
empregue para pavimentação, para telhados e como material refractário.

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Mármore – É uma rocha de origem sedimentar, provém da transformação de pedras calcárias e dolomíticas. Os
mármores são particularmente compactos e muito pouco porosos, o que lhes dá uma grande resistência ao frio.

Pelas suas notáveis qualidades decorativas, este material é empregue em revestimentos de fachadas e paredes
interiores, chão, escadas. Do ponto vista prático para a sua utilização, a primeira qualidade que se distingue é a cor,
que é uma das principais características para a sua valorização comercial. Atendendo a essa característica os
mármores classificam-se em:

- Mármores brancos,

- Mármores de cor (amarelos, vermelhos, negros, verdes, etc.).

Bancada em mármore Mármore azul-labrador

8. Materiais metálicos

Os metais diferenciam-se dos não metálicos por uma série de características que lhe são próprias e que os permite
reconhecer entre os outros materiais. As suas características mais conhecidas são:

- Condutibilidade Térmica

- Condutibilidade Eléctrica

- Brilho

8.1 Propriedades

As propriedades que interessam para a construção, são: aparência, densidade, resistência à esforços mecânicos,

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dureza, dilatação térmica, condutibilidade elétrica, resistência ao choque e à fadiga e oxidação.

Aparência: todos os metais comuns são sólidos à temperatura ordinária, a porosidade não é aparente e possuem brilho
característico.

Densidade: nos metais comuns variam entre 2,56 e 11,45 (platina=21,30).

8.2 Tipos de Metal e Sua Aplicação

8.2.1 Alumínio

- O alumínio é um metal leve: densidade relativa entre 2,56 e 2,67 kgf/dm³;

- Tem ruptura à tracção entre 8 e 14 kgf/mm², e quando temperado pode atingir 50 kgf/mm²;

- É de difícil soldagem, e quando soldado perde 50% de suas propriedades mecânicas;

- Se funde a 650-660 ºC e tem excelente condutibilidade térmica e elétrica;

- Há várias ligas com o alumínio, destacando-se o duralumínio (com cobre e magnésio) de grande resistência e leveza;

- Metal de cor cinza-claro, destaca-se como um dos metais de maior emprego na construção civil (só perdendo em
importância para o ferro e suas ligas), sobressaindo-se a qualidades de leveza, estabilidade, beleza e condutibilidade.

8.2.2 Aplicação do Alumínio

- Na construção o alumínio é empregado em transmissão de energia elétrica, coberturas, revestimentos, esquadrias,


guarnições, elementos de ligação, etc.;

- O alumínio não deve ficar em contanto com outro metal; os elementos de

conexão podem ser de alumínio ou de outro metal com protecçãoisolante;

- Em coberturas é empregado na forma de chapas onduladas ou trapezoidais;

- É muito empregado em esquadrias, onde os fabricantes já têm perfis padronizados, com os quais compõem a forma
desejada pelo projectista;

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- É usado em fachadas (revestimento), em arremates de construção (cantoneiras, tiras, barras), fios e cabos de
transmissão de energia e pode ser disperso em veículo oleoso dando tintas de alumínio.

Aplicação do alumínio na arquitectura. Fonte Internet

8.2.3 Cobre

- Metal de cor avermelhado, muito dúctil e maleável, embora duro, pode ser reduzido a lâminas e fios extremamente
finos;

- Ponto de fusão entre 1.050 e 1.200 ºC, densidade relativa entre 8,6 e 8,96, rompimento à tracção entre 20 e 40 kgf/mm²;

- Apresenta grande condutibilidade térmica e elétrica.

8.2.4 Aplicação

- É utilizado principalmente em instalações eléctricas, como condutor;

- É empregado também em instalações de água, esgoto, gás, coberturas e revestimento;

- É recomendável a utilização de tubulações de cobre para gás liquefeito, porque resistem melhor quimicamente e são
mais fáceis de soldar que as de ferro galvanizado.

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Revestimento em cobre

Tubulação em cobre

8.2.5 Zinco

- Metal cinza-azulado, ponto de fusão 400-420 ºC, densidade relativa entre 7 e 7,2, resistência à tracção 16 kgf/mm²,
possui baixa resistência eléctrica;

- Em pouco tempo de exposição cobre-se de uma camada de óxido, que o protege, mas é muito atacável pelos ácidos
(quando usado em calhas ou telhas deve apresentar caimento uniforme, para não permitir acumulo de águas que
possam trazer acidez).

8.2.6 Aplicação

- É utilizado principalmente sob a forma de chapas lisas ou onduladas, para coberturas ou revestimentos, em calhas e
condutores de fluidos;

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Chapa de zinco

- É empregado também como composto em tintas e em ligas.

8.2.7 Latão

- Liga de cobre e zinco de grande uso e importância na construção;

- A proporção da liga é variável => pode ir de 95% de cobre e 5% de zinco, até 60% de cobre por 40% de zinco;

- Tem cor amarela, é muito dúctil e maleável, tem densidade relativa entre 8,2 a 8,9, carga de ruptura à tracção entre
20 e 80 kgf/mm²;

- É muito empregado em ferragens: torneiras, tubos, fechaduras, etc.

As ferragens representam dois grandes grupos de artefactos utilizados na construção predial: ferragens de
esquadrias (fechos, fechaduras, dobradiças e puxadores) e metais sanitários (válvulas, registros e torneiras).

Todos esses artigos devem ter qualidades em comum, como: resistência mecânica elevada, resistência à
oxidação, facilidade de fabricação, resistência ao desgaste, relativa leveza e facilidade de manuseio. Esse conjunto de

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qualidades se encontra melhor no latão, por isso a preferência de seu emprego.

8.2.8 O ferro e o Aço

O ferro e o aço têm grande utilização como material estrutural, devido a seu elevado módulo de resistência
(permite vencer grandes vãos com peças relativamente delgadas e leves). Seu emprego pode ser em estruturas ou
componentes, como por exemplo: peças estruturais em geral (vigas, perfis, colunas), trilhos, esquadrias, coberturas e
fechamentos laterais, painéis (fachadas e divisórias), grades e peças de serralharia, reforço de outros materiais (concreto
armado), hangares, galpões, silos e armazéns.

A adição de carbono no processo de fabricação aumenta a resistência do aço, porém o torna mais duro e frágil.

8.2.9 Vantagens

Maior confiabilidade; menor tempo de execução; maior limpeza da obra; maior facilidade de transporte e
manuseio; maior facilidade de ampliação; maior facilidade de montagem; facilidade de desmontagem e
reaproveitamento; menores dimensões das peças; facilidade de vencer grandes vãos; precisão das dimensões dos
componentes estruturais; maior facilidade de reforço e redução de carga nas fundações.

8.2.10 Aço

O aço é obtido pela transformação do minério de ferro, de maneira que ele possa ser usado comercialmente.
Este processo tem o nome de Redução. Primeiramente, o minério cuja origem básica é o óxido de ferro (FeO), é
aquecido em fornos especiais (alto fornos), em presença de carbono (sob a forma de coque ou carvão vegetal) e de
fundentes (que são adicionados para auxiliar a produzir a escória, que, por sua vez, é formada de materiais indesejáveis
ao processo de fabricação). O objectivo desta primeira etapa é reduzir ao máximo o teor de oxigénio da composição
FeO. A partir disso, obtém-se o denominado ferro-gusa, que contem de 3,5 a 4,0% de carbono em sua estrutura. Como
resultado de uma segunda fusão, tem-se o ferro fundido, com teores de carbono entre 2 e 6,7%. O aço, por fim, será
o resultado da descarbonatação do ferro gusa, ou seja, é produzido a partir deste, controlando-se o teor de carbono
para no máximo 2%.

8.2.10.1 Tipos de aço

Aços Carbono (mais usual em Construção Metálica)

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Segundo a NBR 6215, aço carbono é aquele não contém elementos de liga isto é, apenas teores
residuais de Cr = 0,20%, Ni = 0,25% etc e no qual os teores de Si e Mn não ultrapassem limites máximos de
0,60% e 1,65% respectivamente.

São classificados em função do teor de carbono

8.2.10.2 Aço com baixo teor de Carbono:

A seu teor de carbono é igual a 30%

Limite de resistência: 440 N/mm²

Aplica-se em: Pontes, edifícios, navios, vagões, caldeiras, tubos gerais, estruturas mecânicas, etc.

São classificados em função do teor de carbono.

8.2.10.3 Aço de médio Carbono:

A sua persentagem de carbono é maior que 30%

Limite de resistência: 440 a 590 N/mm²

8.2.10.4 Aço de Alto Carbono:

Limite de resistência: 590 a 780 N/mm²

Aplica-se em: Peças metálicas, parafusos especiais, implementos agrícolas, trilhos e rodas ferroviárias, etc.

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Tubos de Aço carbono Corrimão em aço carbono (pintado)

8.2.10.5 Aço de Alta Resistência a Corrosão Atmosférica (Aços Patináveis ou Aclimáveis)

Os aços patináveis, possuem em sua composição cobre, cromo e níquel (Cu, Ni, Cr), é conhecido como aço
de BAIXA LIGA, que expostos ao ambiente atmosférico formam uma camada de óxidos aderentes a superfície. Essa
camada protetora retarda os efeitos da oxidação, comuns em aços carbonos, dispensando os tratamentos superficiais.
Sua resistência a corrosão está relacionada com a atmosfera em que o material é aplicado, assim sendo, em atmosfera
marinha severa e atmosferas industriais agressivas é obrigatória a aplicação de revestimento, em obras sem
revestimento, atenção especial do projectista deve ser dada a pontos de estagnação evitando retenção de água ou
resíduos sólidos, que favorecem desenvolvimento da corrosão.
Apesar de dispensar tratamentos superficiais, a pintura eletrostática a pó é um, que expostos ao ambiente
atmosférico formam uma camada de óxidos aderentes a superfície. Essa camada protetora retarda os efeitos da
oxidação, comuns em aços carbonos, dispensando os tratamentos superficiais.

a boa opção de acabamento, proporcionando uma interação da estrutura espacial com o projeto da edificação.

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Estrutura em aço patinavel Elemento decorativo em aço patinavel

8.2.10.6 Aços para usos Estruturais segundo NBR (8800/86)

Projeto e execução de Estrutura de Aço

NBR.7007 – Aços para perfis laminados para uso estrutural.

NBR.6648 – Chapas finas de aço carbono para uso estrutural a frio.

NBR.5000 – Chapas grossas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica.

NBR.5008 – Chapas grossas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica resistentes a corrosão atmosférica para
usos estruturais/

NBR.5920/5921 – Chapas finas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica, resistente a corrosão atmosférica,
para usos estruturais a frio e a quente.

NBR.8261 – Perfil tubular de Aço Carbono, formado a frio, com e sem costura de secção circular, quadrado ou
rectangular.

8.2.10.7 Aço inoxidável

É um aço de grande resistência à corrosão. Pode ser obtido por:

- Liga de aço e cromo (18%) para maior dureza se acrescenta níquel (8%) ou aço inox de qualidade superior = 9%
níquel, 18% de cromo e menos de 0,15% de carbono.

O aço inoxidável é um dos materiais usados na construção que menos afetam o meio ambiente. Ele contribui
para gerar e economizar energia, fornecer ar limpo, preservar a água, evitar as substâncias químicas perigosas e limitar

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a contaminação metálica no meio ambiente e nos aterros sanitários. Se o aço inoxidável e o seu acabamento são
escolhidos corretamente e se a manutenção é feita de forma adequada, eles permanecem atraentes durante toda a
vida útil da construção, mesmo se esta tiver centenas de anos. Mesmo depois de muitos anos de utilização, o aço
inoxidável pode recuperar sua aparência original ou ser re-utilizado em outras aplicações. Muitas das características
que determinam se um material é “verde”, ou seja, ecologicamente correcto, estão relacionadas direta ou indiretamente
à sua resistência à corrosão. O alto valor da sucata de aço inoxidável, assim como a

sua reduzida taxa de corrosão, garantem índices elevados de reciclagem após uma vida útil longa. Os revestimentos
que emitem gases ou afetam de forma adversa a reciclagem do metal ou da liga metálica tornam-se desnecessários.
A longa vida útil do aço inoxidável maximiza a vida útil de outros materiais, evitando falhas prematuras de sistemas
projectados com pedras, alvenaria ou madeira.

8.2.10.8 Aplicação

O aço inoxidável é ideal para aplicações internas, pois não há necessidade de revestimento e não há emissão.
Com a devida selecção, tubulações de aço inoxidável não serão perfuradas pela corrosão e podem ser totalmente
desinfectadas. Painéis reflectivos em aço inoxidável podem ser utilizados para promover luz natural nos edifícios.
Especificar uma barreira contra pestes em aço inoxidável, durável e eficaz, pode eliminar os tratamentos com pesticidas
e reduzir o custo do seguro. A limpeza do aço inoxidável não exige o uso de substâncias químicas prejudiciais aos
trabalhadores e ao meio ambiente. Além disso, o aço inoxidável é parte importante dos sistemas de redução de emissão
industrial e automotiva.

Corrimão em aço Inox / Puxador em Inox

8.2.11 Ferro fundido

Entre produtos de ferro fundido são importantes os tubos para a construção de rede de água e esgotos, no
entanto de elevado preço. Servem também como colunas para suporte de carga.

São tubos rectos com bolsa para encaixe, com diâmetro à partir de 3”, além de conexões tais como curvas, tês,
cruzetas e forquetas.

Arames

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Podem ser pretos ou galvanizados, fornecidos em rolos e designados pelo calibre da fieira.

Por exemplo: calibre 18, 20, etc. Arames galvanizados para cercas são de calibre 6 a 12.

Cordoalhas

Em aço, diversos fios trançados formando bitola ¼” ou 3/8”, utilizados para cercas de currais para bovinos, hoje mais
económicas que divisórias de madeira.

Pregos

Apresenta-se no comércio em dimensões diversas, caracterizados por 2 números; o primeiro refere-se ao calibre
correspondente ao diâmetro e o segundo relacionado ao comprimento em “linha portuguesa” (1 linha = 2,3mm).

Exemplo: prego 18 x 30; n 18 - diâmetro 3,4mm; n 30 - altura 30 x 2,3 mm = 69 mm.

Canos galvanizados:

Para canalização de água, vapor, gás e ar comprimido. De acordo com a pressão de serviço podem ser
fornecidos com ou sem costura. As bitolas internas vão ½ ” a 3” com comprimento de 6 m. Uma grande variedade de
conexões é colocada à disposição dos usuários, evitando forçar curvaturas nos canos, o que danificaria a camada
protectora galvanizada, expondo o tubo à

corrosão. Para condução de água usa-se o tubo com costura (cano) nas bitolas de ½ a 2”.

9. Materiais cerâmicos

Chamamos materiais cerâmicos aos que se obtêm pela cozedura de argilas naturais depois de se terem
colocado em moldes. As argilas utilizadas para fabricação de produtos cerâmicos pertencem a dois grandes grupos:

- Argilas micáceas, muito abundantes e empregadas geralmente na fabricação de tijolos.

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- Argilas caulinas, que são as mais puras e se reservam para a fabricação de louças.

9.1 Tijolos

Constitui um dos principais materiais de construção. Emprega-se na formação de todos os tipos de paredes,
pilares, arcos etc. tem a forma de um octaedro, isto é de um paralelepípedo de bases rectangulares e com arestas
laterais perpendiculares às bases.

As operações que a fabricação de tijolos compreende podem resumir-se como se segue:

- Extracção e trituração da argila.

- Preparação e amassar da pasta

- Moldagem

- Dissecação

- Cozedura

9.1.1 Tipos de Tijolo:

- Tijolo maciço ou burro

- Tijolo furado

- Tijolo oco

- Tijolo especial

- Tijoleiras

- Tijoleiras de emalhetar

9.2 Azulejos

Os azulejos são peças de argila cozida coberta de uma superfície vidrada de cores variadas. Emprega-se para
revestir paredes afectadas por humidade interior: cozinha, casa de banho, etc. ou com fins decorativos. Podem definir-
se como peças constituída por um corpo espesso de estrutura porosa, feito com uma massa de argila, que cobre uma
das faces da peça. Esta camada é formada por um esmalte especial que lhe proporciona as suas qualidades de
impermeabilidade, resistência e aspecto agradável.

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Revestimento em áreas húmidas (facilidade de limpeza)

A cerâmica vermelha (telhas, tijolos e manilhas) e a cerâmica branca (azulejos, sanitários e porcelanas) são
constituídas principalmente de silicatos hidratados de alumínio, tais como caulinita, haloisita, pirofilita e montmorilonita.
O óxido de ferro é que confere a cor avermelhada de muitos produtos cerâmicos.

A argila é usualmente plástica após ser suficientemente pulverizada e humedecida e é nesta condição
conformada. Após a secagem, ela se torna rígida e adquire alta dureza após a queima em temperaturas elevadas. As
cerâmicas tradicionais à base de sílica, alumina ou magnésio são também muito utilizadas como refractários em fornos
e dispositivos utilizados na fusão e tratamentos térmicos dos metais e ligas.

9.3 Vidro

Os vidros estão massivamente presentes em nosso cotidiano, sejam por meio de embalagens, nas esquadrias
e fechamentos de nossas casas, na arte.

No nosso campo de actuação, ou seja, na construção civil, inúmeras são as suas aplicações: podem garantir mais
luminosidade, transparência, segurança, acabamento e decoração.

São encontrados no mercado em diversos formatos, composições, tipos e sob as mais variadas formas de produtos,
contudo, sua escolha deve ser criteriosa. Na escolha deve-se observar e relacionar os mais diversos pontos como, por
exemplo, tipo, funcionamento, dimensões, especificações do fabricante e aplicação a qual se destina.

9.3.1 Definição

Os vidros pertencem ao grupo de materiais cerâmicos amorfoe são amplamente usados em indústrias de diversos
sectores como de: recipientes, janelas, lentes, prisma, fibra de vidro, fibra óptica etc.

O vidro é um dos materiais mais importantes servindo a humanidade. Por ter como propriedades a transparência, bem
como a resistência e a durabilidade, tornam-se preferencialmente adequados a um ramo vasto de produtos que
requerem transmissão de luz como maior função.

9.3.2 Composição

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9.4 Cor do vidro

Os vidros são incolores e para dar cores a eles são acrescido óxidos ou elementos metálicos a sua composição para
ficarem dissolvidos na massa, interferindo com a luz e produzindo cores. Corantes mais comuns cobalto (azul), selénio
(rosa), manganês (vinho), ferro (verde) vidro plano automóvel e cromo (verde) vidro garrafa de vinho.

9.4.1 Tipos de vidro

Embora utilizem a mesma matéria-prima, as diferentes nomenclaturas são utilizadas para diferenciar os processos de
fabricação e produtos finais distintos.

9.4.1.1 Vidro Float

É produzido em placas planas com ambas as faces planas e paralelas, obtido através do processo de
fabricação float.

Os vidros float coloridos são fabricados, segundo o processo float, da mesma maneira que os vidros incolores.
Distinguem-se dos incolores pelo facto de aditivos minerais serem incorporados em suas composições, conferindo-
lhes, de um lado, coloração e, de outro, proporcionando-lhes o poder de barrar uma parte da irradiação solar. Assim,
possuem inúmeras vantagens: redução da entrada de calor, melhorando o bem-estar e diminuindo o custo do ar-
condicionado; sua transmissão luminosa permite, segundo a cor e a espessura aplicada, manter, no interior, um alto
nível de claridade natural ou proporcionar um ambiente suave e repousante isento de ofuscamento.

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9.4.1.2 Vidro Impresso: Caracteriza-se por uma grande variedade de gravações no vidro (texturas diferenciadas) e
translucidez com excelente comportamento de difusão luminosa e de forma uniforme. São obtidos através de gravação
em rolos cilíndricos laminadores, impressos em uma ou ambas as faces das chapas. O grau de difusão da luz, varia
de acordo com o padrão escolhido.

Vidro impresso (o padrão pode ser variado segundo o gosto)

9.4.1.3 Vidro Reflectido: também podem ser chamados de vidros metalizados, são vidros que recebem um tratamento,
onde recebem óxidos metálicos, com a finalidade de reflectir os raios solares, reduzindo a entrada de calor,
proporcionando ambientes mais confortáveis e a economia de energia com aparelhos de ar condicionado.

A privacidade dos vidros reflectidos está directamente ligada à quantidade de luz do ambiente. Estando em um
ambiente menos iluminado, é possível ver através do vidro. Estando em um ambiente mais iluminado, é possível ver a
reflexão da imagem, como se fosse um espelho.

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Vidro reflectivo (fonte: internet)

9.4.1.4 Vidro Temperado: São vidros que são submetidos a um processo de aquecimento e resfriamento rápido
tornando-o bem mais resistente à quebra por impacto. Apresenta uma resistência cerca de 5 vezes maior que o vidro
comum.

Facilita a integração do ambiente interno com o externo. Fonte Internet

9.4.1.5 Vidro Laminado: É um vidro constituído por duas chapas de vidro intercaladas por um plástico chamado
Polivinil Butiral (PVB), a principal característica desse vidro, é que em caso de quebra, os cacos ficam presos ao
PVB, reduzindo o risco de ferimento às pessoas e também o atravessamento de objectos.

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Uma das características do vidro quando aplicado na construção, é a


leveza que proporciona, no conjunto edificado como também na
percepção visual.

9.4.1.6 Vidro Aramado: É composto por uma tela metálica que oferece maior resistência a perfuração e protecção
pois, em caso de quebra, os cacos ficam presos na tela diminuindo o risco de ferimentos. O vidro aramado é translúcido,
proporcionando privacidade e estética ao seu projecto, ampliando o conceito de iluminação com segurança e requinte.
Disponível nas cores azul, cinza e incolor, torna-se um aliado para os projectos criativos e recomenda-se para múltiplo
uso em coberturas, guarda-corpos, portas, sacadas, pergolados e outros.

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Vidro aramado

9.4.1.7 Vidro Duplo ou Vidro Termo-acústico: São chamados de vidros termo-acústico, pois dependendo da sua
composição, podem oferecer isolamento térmico e isolamento acústico.

O isolamento térmico se dá, pois a câmara-de-ar, serve como isolante para a passagem de calor do vidro externo
para o interior do ambiente. Para melhorar a performance térmica, pode-se utilizar um vidro reflectivo.

Com relação ao isolamento acústico, o desempenho pode ser melhorado utilizando um dos vidros laminados ou
vidros de diferentes massas.

Vidro duplo termo acústico, garante protecção acústica e térmica.

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9.4.1.8 Vidro Duplo com Cristais Líquidos: É um vidro laminado, composto por duas chapas de vidro, incolor ou
colorido, entre os quais é colocado um filme de cristais líquidos em um campo eléctrico. Quando este campo é activado,
os cristais líquidos se alinham, tornando o SGG PRIVA- LITE um vidro transparente. Quando o campo magnético é
desactivado, o vidro passa a ser translúcido, podendo ser repetida a operação quantas vezes for desejado.

V-----------------------------------------------------------------

9.4.1.9 Vidro blindado: Os vidros blindados são compostos por lâminas de cristal transparente, interligadas entre si
através de um material plástico extremamente resistente e flexível (PVB – polivinilbutiral) sob pressão e calor aplicados
por uma autoclave (forno).

Vidros blindados /Janela de correr blindada (Anti-invasão)

10. Materiais poliméricos (Plásticos)

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O primeiro contacto do homem com materiais resinosos e graxas extraídas e/ou refinadas se deu na
antiguidade, com os egípcios e os romanos, que os usaram para carimbar, colar documentos e vedar vasilhames. No
século XVI, espanhóis e portugueses tiveram o primeiro contacto com o produto extraído da borracheira. Esse extracto,
produto da coagulação e secagem do látex, apresentava características de alta elasticidade e flexibilidade
desconhecidas até então que recebeu o nome de borracha pela sua capacidade de apagar marcas de lápis.

Os materiais poliméricos, nos últimos anos, vêem ganhando espaço nas construções civis. Incalculáveis são
as possibilidades de seu uso como material de construção. Os primeiros polímeros sintéticos resultaram da procura de
substâncias que reproduzissem as propriedades encontradas nos polímeros naturais. Assim, a falta de borracha
natural, no período da Segunda Guerra Mundial, motivou a pesquisa para obtenção de borracha Sintética. Na tentativa
de substituir a seda, descobriu-se a fibra de nylon. Posteriormente, surgiram vários tipos de polímeros, que permitiram
uma modificação muito grande nos costumes do mundo actual.

A palavra polímero é utilizada para classificar moléculas orgânicas formadas por um grande número de
unidades moleculares repetidas, denominadas meros. Mero significa partes e poli, muitos. Então o significado oriundo
da palavra polímero é muitas partes.

Quando começaram a ser usados na construção civil, os materiais poliméricos apresentaram inúmeros casos
de insucessos devido a deficiências de resistência às intempéries, estabilidade e durabilidade. No entanto essas
dificuldades estão sendo rapidamente superadas.

Os polímeros podem ser aplicados nos seguintes casos como veremos a seguir:

Instalações Hidráulicas Prediais

Instalações Eléctricas

Fechamento de Fachadas – Esquadrias

Fechamentos de Coberturas – Telhas

Pisos, Revestimentos e Forros

Revestimentos

Selantes

Tintas e Vernizes

10.1 Características, Propriedades e aplicação.

A construção civil tem se constituído, nos últimos anos, como o mais importante mercado dentre todos, os
atendidos pela indústria de polímeros. Esse aumento da demanda é decorrente de algumas de suas características,
tais como baixa densidade, ductilidade e elevada resistência à corrosão.

Os materiais poliméricos são geralmente leves, isolantes eléctricos e térmicos, flexíveis e apresentam boa
resistência à corrosão e baixa resistência ao calor.

Estes podem ser divididos em: termoplásticos, termorrígidos (termofixos) e elastómeros (borrachas).

10.2 Uso como materiais na construção.

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Os materiais poliméricos ocupam, actualmente, lugar de destaque entre os materiais de construção civil. A seguir,
estão listadas as principais aplicações desses materiais. Dependendo de suas propriedades, um determinado polímero
pode ser usado em uma ou mais dessas categorias de aplicações.

10.2.1 Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes

Frequentemente, são aplicadas pinturas às superfícies dos materiais no intuito de proteger o material, melhorar a
aparência, proporcionar isolamento eléctrico.

10.2.2 Impermeabilização

É a protecção das construções contra a infiltração de água na forma líquida ou na de vapor, e são utilizados em betão
e argamassas, membranas acrílicas e poliméricas e mantas poliméricas.

Impermeabilização com tela plástica (fonte: Internet)

10.2.3 Adesivos

É uma substância utilizada para colar superfícies de dois materiais sólidos com o objectivo de produzir uma
junta com elevada resistência ao cisalhamento.

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Adesivo ou cola de silicone (fonte: Internet)

10.2.4 Películas

Muito espessas e tem sido muito empregadas na protecção a embalagens de produtos da construção civil,
em forma de “lona plástica”.

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Protecção com lona plástica de cor preta (fonte: Internet)

Lona plástica de várias cores (Fonte: Internet)

10.2.5 Isolamento Térmico

Conhecido como isopor, trata-se de um isolante térmico por possuir grande quantidade de bolhas de ar em seu interior.

O Poliestireno Expandido (isopor) é um produto 100% reciclável. Tem como característica a leveza, capacidade de
isolamento térmico e um baixo custo, estes itens com certeza são o que tem fortalecido sua presença no mercado.
É utilizado em 5 áreas: consumo, embalagens, construção civil, refrigeração e isolamento térmico.

Forro em isopor Placas em isopor

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10.2.6 Fios e Fibras Poliméricas

Atribuem aos compósitos maior resistência à tracção.

10.2.7 Aditivos Químicos

São utilizados nos concretos e argamassas para modificar certas propriedades dos materiais frescos ou endurecidos.

10.2.8 Electrodutos e Materiais eléctrico

Utilizados na fabricação de electrodutos e materiais elétricos devido a sua alta resistência eléctrica, que os torna
isolantes térmicos.

10.2.9 Tubulações e Conexões Hidrosanitarias

O polímero mais utilizado é o PVC (Policloreto de Vinila), possui vantagens como o baixo preço, facilidade de
manutenção, imunidade a ferrugem e a economia de mão-de-obra.

10.3 Espumas

São estruturadas em vários perfis, usadas principalmente em substituição à madeira.

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10.3.1 Cobertura

São telhas onduladas de poliéster, são chapas de poliéster reforçadas por fibra de vidro. Com excelente transmissão
da luz, resistência à degradação ambiental, propriedades mecânicas regular, as chapas acrílicas são estabilizadas
contra raios UV e permitem a entrada de luz natural, é ideal para locais como pátios, salas, clarabóias, spas, solários,
estufas de plantas, piscinas, guarda-corpos, divisórias de ambientes etc.

10.3.2 Acrílicos (polimetacrilato de metilo)

Guarda Corpo em Acrílico Parque Olímpico de Munique (cobertura em acrílico)

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Barreira Acústica em Acrílico Cobertura em Acrílico

10.3.3 Fluorocarbono (PTFE ou TFE)

Características: Quimicamente inertes à maioria dos ambientes, excelentes propriedades eléctricas, baixo
coeficiente de fricção, podem ser utilizados até 260°C, nula ou desprezível fluência a temperatura ambiente.

Aplicações: Isolamentos anticorrosivos, tubulações e válvulas


quimicamente resistentes, recobrimentos antiaderentes,
componentes elétricos expostos a altas temperaturas.

Tubos para Rede Eléctrica de fluorocarbono (PTFE ou TFE)

10.3.4 Nylon

Características: Boa resistência mecânica e à abrasão, boa tenacidade, baixo coeficiente de fricção, absorventes de
água e outros líquidos.

Aplicações: Engrenagens, recobrimento de cabos.

10.3.5 Vinil

Características: Materiais para aplicações gerais e económicas, ordinariamente rígidos, embora com plastificantes
voltem a ser flexíveis e susceptíveis à distorção térmica.

Aplicações: Recobrimentos de solos, tubulações, recobrimentos isolantes de fios eléctricos.

10.3.6 Poliéster

Características: Excelente resistência à fadiga, à torção, à humidade, aos ácidos, aos óleos e aos solventes.

Aplicações: Cintas magnetofónicas, tecidos.

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Exemplos: polietileno (PE), polipropileno (PP), poli (tereftalato de etileno) (PET),

policarbonato (PC), poliestireno (PS), poli(cloreto de vinila) (PVC), poli(metilmetacrilato) (PMMA)...

Etileno tetrafluoretileno, ou simplesmente conhecido por ETFE

Estufa de Eden Project – Cornwell, Inglaterra

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Fragmento de Poliestireno expandido Ductos; Junções; Curvas e Ralo em Plástico (Poli cloreto de
Vinila)

Tubos de Polietileno

11. Madeira

A madeira é um dos mais antigos materiais de construção utilizado pelo homem. É um material de grande beleza
e de larga utilização nas construções.

Actualmente com a industrialização surgiram novos produtos de madeira ampliando o seu uso na construção civil e em
outras indústrias.

Na construção civil, a madeira é utilizada de diversas formas em usos temporários, como: formas para concreto,
andaimes e escoramentos. De forma definitiva, é utilizada nas estruturas de cobertura, nas esquadrias (portas e
janelas), nos forros e pisos.

Origem

A madeira é uma matéria sólida e dura, derivada das árvores, conhecida e utilizada desde a pré-história. Grandes
extensões de terra cobertas de árvores constituem as florestas, que fornecem a madeira necessárias à indústria. É
um excelente material de construção.

As árvores que fornecem a madeira dividem-se em dois grandes grupos:

 Resinosas ou coníferas - possuem resina e os frutos são em forma de cone ou pinha e geralmente a sua
folhagem é persistente.

 Folhosas ou de folha caduca – perdem a folhagem periodicamente.

11.1 Tipos de madeira

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 Pinho – tem cor amarelo-clara, é moderadamente dura e pesada, é fácil de trabalhar e aplica-se na fabricação
de mobiliário, construção civil, fabrico de aglomerados e carpintaria.

 Carvalho – tem cor acastanhada, é dura e moderadamente pesada, é fácil de trabalhar e muito durável. É
utilizada na marcenaria, tanoaria e fabrico de tacos.

Árvore de carvalho Madeira de carvalho (Teto falso e cómoda)

 Eucalipto – de cor clara ou castanho rosado, é dura e pesada, fácil de trabalhar mas empena e fende
facilmente. É utilizada no fabrico da pasta de papel, marcenaria e construção civil.

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Madeira de eucalipto

Escada e mesa em madeira de eucalipto

 Castanho – de cor castanho-clara, é dura e leve, muito durável e fácil de trabalhar. Utiliza-se na marcenaria,
carpintaria, tanoaria e construção civil.

 Plátano – de cor clara, é moderadamente dura e pesada, é fácil de trabalhar, apresenta boa apresentação
no âmbito da decoração, mas empena quando não está bem seca. É utilizada na marcenaria.

Madeira plátano Tronco de árvore (madeira plátano)

 Faia – Em muitas regiões é uma espécie comercial importante. A sua dureza, a torna ideal para cabos de
ferramentas, equipamento desportivo, marcenaria, decoração de interiores, tábuas para soalho e parquet,
além de instrumentos musicais, em especial pianos e órgãos. É também uma excelente lenha.

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Árvore de Faia (nome científico -A Fagus sylvatica)

 Sobreiro – Tem como nome científico Quercus suber, é de cor avermelhada, é muito dura e pesada, tem
tendência para fender e aplica-se na marcenaria, carpintaria e construção civil.

11.2 Esquema estrutural da madeira

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0. Medula; 1. Anéis anuais; 2. Feixes vasculares; 3. Raios primários; 4. Raios secundários; 5. Câmbio vascular; 6.
Floema;

7. Súber; 8. Casca; 9. Ritidoma

11.3 Propriedades da madeira

As propriedades da madeira dividem-se em físicas, mecânicas e químicas.

11.3.1 Propriedades físicas:

 Cor – as madeiras apresentam as mais variadas cores. Ex: pinho – amarelo claro

 Cheiro – as madeiras podem apresentar um cheiro ou perfume característico. Ex: pau-rosa.

 Grau de humidade – a madeira contém uma percentagem de água que se chama grau ou teor de humidade.
Conforme diminui o teor de humidade, também diminuem as suas dimensões.

 Densidade – As madeiras classificam-se de acordo com a sua densidade, em:

- pesadas (pau-ferro e ébano)

- leves (acácia)

- muito leves (choupo e tília).

 Peso específico – chama-se peso específico de uma substância ao peso da unidade de volume dessa
substância.

 Durabilidade – resistência que as madeiras apresentam à acção dos organismos destruidores (fungos,
bolores, insectos). A durabilidade das madeiras depende do tratamento a que forem sujeitas, do grau de
humidade e da aplicação adequada. Ex: o castanho e o carvalho são madeiras muito duráveis.

11.3.2 Propriedades mecânicas:

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 Dureza – é a resistência que a madeira oferece à penetração de um prego ou outros materiais. Ex: - muito
duras: ébano e buxo.

- duras: carvalho e freixo

- macias: pinho e choupo

- muito macias: tília e balsa.

 Resistência à tracção – quando uma peça de madeira sofre forças opostas que tendem a aumentar-lhe o
comprimento. Exemplos de boa resistência: carvalho e azinho.

 Resistência à compressão – quando uma peça de madeira está submetida a um esforço de compreensão,
quando sobre ela actuam forças que tendem a diminui-lhe o comprimento. Pouca resistência – tília e balsa.

 Resistência à flexão – quando sobre uma peça de madeira actuam forças que tendem a encurvá-la. A
madeira é muito usada em trabalhos de flexão.

 Resistência ao choque – capacidade das madeiras resistirem aos choques sem apresentarem roturas.
Madeiras com resistência ao choque: freixo, carvalho e faia.

 Resistência ao corte – uma peça de madeira está sujeita ao corte quando sobre ela actuam duas forças em
sentido contrário, que tendem a separar a peça em duas partes. A madeira resiste muito melhor a um esforço
de corte perpendicular às fibras, do que paralelo a estas.

11.3.3 Propriedades químicas:

As paredes das células lenhosas são constituídas essencialmente por celulose e lenhina. A celulose é quimicamente
mais estável que a lenhina. Estes dois componentes da madeira formam o esqueleto resistente do tecido lenhoso,
cabendo à lenhina o papel de um cimento envolvente das cadeias da celulose, aptas para resistirem a esforços
mecânicos, mas extremamente sensíveis a flutuações de humidade.

Perfis ou formas comerciais

A madeira pode apresentar vários perfis ou formas comerciais, tais como:

 Pilares e vigas

 Perfil quadrado

 Esquadro

 Tubo redondo

 Barra

 Tubo quadrado

 Perfil em L (cantoneira)

 Perfil redondo

 Perfil em T

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11.4 Derivados da Madeira

A madeira é utilizada como combustível (lenhas) e como matéria prima para as indústrias de celulose e papel, que
têm aumentado extraordinariamente de ano para ano.

Existem vários produtos derivados da madeira:

- Os folheados consistem, basicamente, em folhas de madeira natural, muito finas. Estas folhas são obtidas de
toros de madeira de várias espécies, através de máquinas próprias.

Estes materiais destinam-se ao fabrico e revestimento de mobiliário e à indústria de contraplacados.

- Contraplacados são o produto obtido pela colagem de folhas finas de madeira umas sobre as outras.

O número de folhas é ímpar e estas são sobrepostas com a fibra cruzada, sendo em seguida coladas e depois
prensadas.

Estas placas são mais baratas que a madeira maciça, aplicam-se na fabricação de mobiliário, portas e ainda
para forrar tectos e paredes.

Placa de contra-Placado

- Os aglomerados de madeira são constituídos por fibras ou partículas de madeira, prensadas juntamente com
resina sintética a uma temperatura de cerca de 200º C.

As placas de aglomerado podem ser revestidas na sua superfície com folha de madeira. O aglomerado é muito
utilizado em móveis, revestimentos de tectos, paredes e divisórias.

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Aglomerado de madeira

- O cartão prensado (tipo plátex) tem normalmente cor castanha e com espessuras que variam entre 2mm e
4mm.

Este material resulta da ligação das fibras celulósicas com resinas sintéticas. É utilizado em revestimentos e tem
pouca durabilidade.

A madeira também é utilizada na indústria de marcenaria para fabricação de móveis, na carpintaria para
construção de diversas estruturas, incluindo navios. A madeira é um dos materiais mais utilizados em arquitectura
e engenharia civil.

11.5 Vantagens e desvantagens

11.5.1 Vantagens da madeira como material de construção

 Apresenta boa resistência mecânica, com a vantagem de peso próprio reduzido.

 Pode ser trabalhada com ferramentas simples, tendo peças que podem ser desdobradas em outras conforme a
necessidade, permitindo a reutilização.

 Permite o uso em dimenções reduzidas.

 Tem boas condições naturais de isolamento térmico e absorção acústica.

 Não sofre ataques de gases e produtos químicos.

 Em seu estado natural, apresenta uma infinidade de padrões estéticos e decorativos.

11.5.2 Desvantagens da madeira como material de construção

 É combustível;

 Sensibilidade às variações de temperatura;

 Facilidade de deterioração por agentes biológicos;

 Facilmente se deforma;

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 Formas alongadas e de secção transversal reduzida

12. Materiais Compósitos

Com o avanço tecnológico os requisitos exigidos aos materiais comuns também sofreram alterações e
consequentemente o aparecimento de materiais compósitos, capazes de corresponder as novas exigências.

Os materiais compósitos aliam a leveza, rigidez e resistência, aos preços de produção relativamente baixos.
Um material compósito é um material de construção civil que associa na mesma massa as propriedades de materiais
de natureza diferente, de tal modo que se obtenha uma melhoria das performances de cada material considerado
individualmente, quer sob o ponto de vista de propriedades físicas, químicas ou de resistência mecânica.

Basicamente, um material compósito resulta da ligação íntima de pelo menos dois materiais distintos, dando origem a
um material heterogéneo e multifacetado, mas de propriedades melhoradas relativamente a cada um individualmente.
A título de curiosidade já antigas civilizações utilizavam compósitos (palha+barro) na produção de tijolos.

Os materiais que podem compor um material compósito podem ser classificados em dois tipos: matriz e reforço.

 O material matriz é o que confere estrutura ao material compósito, preenchendo os espaços vazios que ficam
entre os materiais reforços e mantendo-os em suas posições relativas.

 Os materiais reforços são os que realçam propriedades mecânicas, electromagnéticas ou químicas do


material compósito como um todo.

Pode ainda surgir uma sinergia entre material matriz e materiais reforços que resulte, no material compósito final, em
propriedades não existentes nos materiais originais.

12.1 Descrição dos Materiais Compósitos

12.1.1 Material de Reforço

 Fibras Orgânicas (nylon, poliéster)

 Fibra de vidro

 Fibra de carbono

 Fibra de titânio

 Fibra de Boro

 Fibras Cerâmicas

 Fibras de Carbeto de Silício

 Fibras de Alumina

 Fibras de Quartzo

 Fibras Metálicas

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 Fibra de Aramida

 Madeira (serradura)

 Grafite

 Fibra de Basalto

12.1.2 Matriz

 Matriz Polimérica

 Matriz Metálica

 Matriz Cerâmica

12.1.3 Classificação dos compósitos

Quanto a
Matriz

Matriz Matriz Matriz


Polimérica Metálica Cerâmica

12.1.3.1 Compósito de matriz polimérica – A sua estrutura é composta por um material polimérico e tem um outro
material como reforço.

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12.1.3.2 Compósito de matriz metálica – Tem como estrutura um material metálico e um outro tipo de material como
reforço.

Os materiais compósitos, com matriz metálica, apresentam propriedades de interesse para a indústria mecânica e
aeroespacial, quando se alia o baixo peso com alta resistência mecânica. Compósitos com uma matriz de alumínio
reforçadas com nanopartículas são objectos de estudo nos dias atuais.

12.1.3.3 Compósito de matriz cerâmica – Tem como estrutura um material cerâmico e outro material como reforço.

Compósitos de matriz cerâmica (CMC´s) tendo como base de reforço fibras de carbono.

Os materiais cerâmicos sãos dos mais antigos utilizados pelo ser humano, mesmo assim o desenvolvimento dos
compósitos de matriz cerâmica tem ficado aquém dos outros tipo de matrizes, principalmente por sua dificuldade de
fabricação, que envolve altas temperaturas em suas etapas, sendo assim, necessárias a utilização de reforços que
suportem altas temperaturas. Outro motivo é o aparecimento de tensões térmicas, devido à diferença de coeficientes
de expansão térmica entre matriz.

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