Anda di halaman 1dari 13

1

GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL EM PEQUENAS


ORGANIZAÇÕES: A UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA PARA A
OBTENÇÃO DE BENEFÍCIOS ECONÔMICOS E ESTRATÉGICOS

Murilo Fortunato Dropa (UTFPR) mfdropa@hotmail.com


Ivanir Luiz de Oliveira (UTFPR) ivanir@pesquisador.cnpq.br
João Luiz Kovaleski (UTFPR) kovaleski@utfpr.edu.br
Luiz Alberto Pilatti (UTFPR) lapilatti@utfpr.edu.br

RESUMO
Embora seja comum nas organizações que as regulamentações e normas impostas
pelo governo proporcionem uma maior preocupação com o Meio Ambiente por parte
dos administradores, o fato é que a Gestão Ambiental Empresarial (GAE) se
estabeleceu como conceito fundamental diante às diversas atividades
organizacionais. O presente artigo possui como objetivo apresentar os benefícios
econômicos e estratégicos que podem ser proporcionados a empresas de pequeno
porte por meio de um processo eficaz de gestão ambiental. A metodologia utilizada
para o desenvolvimento da pesquisa tem caráter descritivo por realizar uma revisão
da literatura, buscando conceitos e informações sobre os benefícios gerados com a
gestão ambiental empresarial em consultas a livros, periódicos, trabalhos
acadêmicos e sites da Internet, buscando elucidar claramente o objetivo da
discussão sobre o tema proposto. A pesquisa aponta as principais vantagens
propiciados através da correta utilização da ferramenta da Gestão Ambiental em
pequenas empresas, além de ressaltar a importancia da liderança empresarial frente
a preocupação com o Desenvolvimento Sustentável.

Palavras-chave: Gestão Ambiental Empresarial, Meio Ambiente, Benefícios


econômicos e estratégicos

1. Introdução

Na crescente e constante procura de diferenciais competitivos as


organizações têm estabelecido sua preocupação pelo meio ambiente, através de
ações de responsabilidade social e ambiental. Seja pela conscientização dos
2

próprios administradores ou devido a regulamentações e normas impostas pelo


governo, o fato é que a Gestão Ambiental Empresarial (GAE) se estabeleceu como
conceito em pauta frente às diversas atividades organizacionais. Atualmente as
empresas são percebidas como agentes ou precursores sociais diante ao processo
de desenvolvimento sustentável. (BARBIERI, 2006)

Essa conscientização se estabelece como variável significativa no planejamento que


a empresa realiza frente às suas principais atividades. Conforme salienta Moura
(2002 p. 48) verifica-se que:

[...] a proteção ambiental passou a ser uma necessidade das pessoas e


clientes da empresa e que, para sobreviver, as organizações estão se
estruturando para atender melhor este aspecto, criando áreas específicas
para atuar interna e externamente em melhorias de desempenho ambiental.
Diante do cenário organizacional moderno, as empresas, sejam de pequeno ou
grande porte, tendem a atuar visando à preocupação com a proteção ao meio
ambiente. Dessa forma, programas e sistemas de GAE se estabelecem de maneira
necessária e significativa.

Assim, este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica como o objetivo de


evidenciar os benefícios que podem ser obtidos com a realização de uma gestão
ambiental empresarial. Além de apresentar os conceitos que envolvem a Gestão
Ambiental Empresarial e todas as suas caracterizações, apresenta uma abordagem
em um panorama geral da ferramenta em pequenas organizações e do papel
fundamental que é necessário a liderança exercer frente ao planejamento para a
execução dessas novas atividades de cunho sustentável.

2. Gestão Ambiental Empresarial

Moura (2002) estabelece que a GAE caracteriza-se pela administração das


atividades organizacionais e das práticas gerenciais de forma a utilizar de maneira
racional os recursos naturais, sendo entendida como a aplicação de planejamento e
controle na identificação, avaliação, redução e eliminação dos impactos ambientais.
Segundo Júnior e Demajorovic (2006) existem diversas classificações para avaliar a
gestão ambiental empregada pelas organizações, desde as reativas (reação pontual
a um problema específico), até as proativas (busca de uma forma de organizar a
GAE visando à redução de riscos, identificação de oportunidades e melhoria da
3

imagem organizacional). As empresas que adotam essas atitudes devem visar à


utilização de práticas que garantam a preservação da biodiversidade, a redução do
impacto das atividades humanas sobre os recursos naturais e a reciclagem ou
reutilização de possíveis matérias-primas.

A ciência e a tecnologia já propiciam medidas e atitudes que possibilitam a


resolução de inúmeros problemas decorrentes dos impactos ambientais. Entretanto,
questões relacionadas a aspectos de cunho social, econômicos e políticos ainda
dificultam a utilização dessas soluções (BARBIERI, 2006). Assim, a GAE considera
todas essas questões, onde o papel dos administradores se efetiva em estabelecer
“diretrizes e atividades administrativas e operacionais, tais como planejamento,
direção, controle, alocação de recursos e outras realizadas com o objetivo de obter
efeitos positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou
problemas causados pelas ações humanas, quer evitando que os mesmos surjam”.
(BARBIERI, 2006, p. 20)

2.1 A Gestão Ambiental Empresarial e seus respectivos benefícios econômicos


e estratégicos

A correta utilização da GAE transforma-se em uma ferramenta que


proporciona benefícios para ambos os lados relacionados, ou seja, tanto no meio
ambiente quanto nas organizações. Dessa maneira, empresas orientadas para o
meio ambiente estabelecem essas ações como vantagem competitiva diante do
cenário empresarial contemporâneo.

Segundo Donaire (1999) a GAE proporciona benefícios de ordem econômica de


duas maneiras. A primeira vantagem é a economia de custos, isso é, proporcionar
diminuição das despesas reduzindo o consumo de água, energia e outros insumos;
implantando a ideia de reciclagem, revenda e aproveitamento de resíduos, e, por
fim, eliminando multas e penalidades por poluição. Assumpção (2006) salienta que
incidentes ambientais geralmente são caros e um sistema de gerenciamento
identifica os problemas, evitando assim perdas de materiais e custos.

A segunda forma da organização se beneficiar economicamente é através do


incremento de novas receitas. Nesse quesito os benefícios se estabelecem pela
ampliação no mercado devido a inovação de produtos e menor concorrência, pela
4

elevação da procura por produtos que cooperam com a diminuição da degradação


ao meio ambiente e pela criação de novas linhas de produtos a novos mercados
(DONAIRE, 1999).

Apesar dos benefícios econômicos, as empresas devem visar principalmente


desenvolver a GAE sobre uma abordagem estratégica. Dessa forma, a amenização
dos impactos ambientais é observada como situações estratégicas, envolvidas com
a procura da empresa pela sua vantagem competitiva. Barbieri (1999) evidencia que
além de prevenir possíveis ameaças de poluição, a organização pretende se
beneficiar de oportunidades de mercado, neutralizando ameaças que ocorrem a
partir de questões ambientais que existem ou poderão surgir no futuro.

A abordagem estratégica da GAE beneficia a empresa em fatores relacionados ao


ambiente interno e externo. Dessa forma, as influências desse benefício atingem a
imagem da empresa, funcionários, linhas de produtos, processos, funcionários,
fornecedores, parceiros, clientes, governo, etc.

Relacionada ao ambiente externo a principal vantagem obtida é a melhoria da


imagem institucional. Segundo Moura (2002) é importante que a empresa adquira
uma imagem positiva junto às autoridades públicas, consequentemente alcançando
maior publicidade junto à mídia. Assumpção (2006) complementa ao salientar que
essa melhoria na imagem resulta em um melhor relacionamento junto aos clientes,
fornececedores, vizinhos, fiscalização ambiental, comunidade, ONG’s, grupos
ambientalistas ativistas e demais detentores de interesses.

Além desse fator, as organizações se beneficiam pelo acesso e conquista de novos


mercados e melhoria na competitividade organizacional. Existem mercados que
exigem novas condições para que somente empresas com determinados pré-
requisitos ambientais possam neles atuar. Moura (2002) afirma que por ser um fator
de competitividade a preocupação ambiental facilita a expansão em novos
mercados, cativando diferentes clientes. Em uma visão mais ultrapassada, o fato de
investir em melhorias ambientais era visto como despesas inúteis, entretanto com as
novas necessidades dos clientes, os mesmos têm aceitado pagar um valor maior
aos produtos, desde que percebam um retorno como melhor qualidade de vida.

Ainda relacionado ao fator mercado, a empresa que desenvolve novos produtos e


que aplica as ferramentas e sistemas de GAE assegura a permanência desses
5

produtos no mercado por um tempo maior. Esse fator é ocasionado por não
ocorrerem reações negativas dos consumidores, ou seja, um “problema ambiental
identificado posteriormente ao lançamento de um novo produto pode levar à
necessidade de retirá-lo, prematuramente, do mercado, perdendo-se grandes
investimentos no seu desenvolvimento, publicidade, etc” (MOURA, 2002, p.51).

Outro fator relacionado ao ambiente externo se reflete na facilidade de obtenção de


financiamentos e da própria certificação ambiental. Barbieri (2006) comenta que
para implantar instrumentos de gestão ambiental e, consequentes melhorias nos
processos produtivos existem linhas de financiamentos especiais, a juros menores,
ofertados por orgãos e bancos nacionais e internacionais dispostos a estimular as
ações de proteção ambiental. Além disso, empresas com um estruturado
desempenho ambiental, através da adoção de procedimentos e técnicas de gestão
ambiental, estão bastante próximas de obter uma certificação ambiental, a qual
assegura que ela cumpre as normas ambientais, como por exemplo, a ISO 14001.

Em relação ao ambiente interno organizacional o primeiro benefício estabelecido é a


melhoria no relacionamento com os funcionários, assim como o comprometimento
dos mesmos e melhores relações de trabalho. Assumpção (2006) afirma que a
imagem institucional da empresa como ambientalmente correta contribui para o
orgulho e motivação dos funcionários, que se sentem associados a esse resultado
positivo. Dessa maneira um corpo de colaboradores motivados e de qualidade pode
representar inúmeros benefícios para a empresa.

Ocorre também a melhoria do desempenho da empresa em relação a sua


produtividade e a desempenho ambiental. Segundo Moura (2002, p.50), essa
melhoria transparece pela “aplicação de um processo estruturado de ações
gerenciais e também por meio de uma sistematização do gerenciamento ambiental,
integrando-o ao sistema de gestão normal e utilizando ferramentas de qualidade
total”.

A redução dos riscos e responsabilidade ambientais engloba outro benefício de


influência ao ambiente interno das organizações. Assumpção (2006, p.30) ressalta
que:

“[...] no caso existir na unidade riscos de acidentes ambientais ainda não


identificados ou não controlados, os elementos do projeto ambiental em
desenvolvimento têm como objetivo fazer com que os profissionais
6

participantes do programa, sem maiores dificuldades, identifiquem esses


riscos e determinem ações para controle e eliminação dos mesmos”.
Dessa forma, se a empresa investe nas ações preventivas a problemas ambientais,
consequentemente ela reduz riscos e sua responsabilidade frente a esses
problemas (Assumpção, 2006).

E, por fim, a GAE contribui para evitar maiores desperdícios, que podem ser
facilmente identificados no planejamento e elaboração do plano de ações, ao serem
estabelecidas as metas e objetivos do programa. Nesse momento, esses
desperdícios podem ser reduzidos ou até automaticamente eliminados.

Diversas outras vantagens adquiridas pela utilização de atividades de GAE poderiam


ser citadas e caracterizadas. Entre essas estão a facilidade na identificação de
problemas e seus solucionamentos; acesso a capital de baixo custo, menores
impostos e a seguros mais baratos; abertura a novos desafios, etc. O importante é
ressaltar que, cada um desses benefícios, quando desenvolvidos de maneira
eficiente podem se estabelecer como uma vantagem competitiva frente ao cenário
organizacional.

O quadro 1 resume os fatores de como a empresa pode se beneficiar, sejam nos


aspectos econômicos ou estratégicos:
7

Benefícios Econômicos
Economia de custos Incremento de receitas
- Economia devido à redução de águas, energia e - Aumento da contribuição marginal de produtos verdes
outros insumos. que podem ser vendidos a preços mais altos.
- Economia devido à reciclagem, venda e - Aumento da participação no mercado devido à inovação
aproveitamento de resíduos e diminuição de de produtos e menos concorrência.
efluentes. - Linhas de novos produtos para novos mercados.
- Redução de multas ou penalidades por poluição. - Aumento da demanda para produtos que contribuam
para a diminuição da poluição.

Benefícios estratégicos
Ambiente externo Ambiente Interno
- Melhoria da imagem institucional. - Renovação do portifolio de produtos.
- Melhores relações com autoridades - Produtividade aumentada.
públicas,comunidade, grupos ambientalistas - Maior comprometimento dos funcionários e melhores
ativistas, fiscalização ambiental e outros detentores relações de trabalho – motivação.
de interesses. - Criatividade e abertura para novos desafios.
- Acesso assegurado aos mercados externos. - Maior facilidade para cumprir os padrões ambientais.
- Acesso assegurado a novos mercados externos e - Melhoria na performance do desempenho ambiental da
melhoria na competitividade empresarial. organização e atendimento à legislações.
- Maior facilidade na obtenção de financiamentos e - Facilidade na identificação de causas de problemas e
da certificação ambiental. seus solucionamento.
- Maior permanência do produto ou serviço no - Redução de desperdícios.
mercado. - Maior facilidade na obtenção de financiamentos e da
certificação ambiental.
- Acesso a capital de baixo custo e a seguros mais
baratos.

Quadro 1 – Benefícios econômicos e estratégicos organizacionais da Gestão Ambiental Empresarial


Fonte – Adaptado Donaire (1999, p.59)

Cabe ressaltar que a empresa simplesmente ao atender a uma norma ou lei que o
governo estabelece não resulta em uma vantagem estratégica, pois mesmo
caracterizando-se como uma mudança nas atividades, as demais organizações
também são obrigadas a aderir às mesmas regulamentações
(JÚNIOR;DEMAJOROVIC, 2007). A partir desse contexto afirma-se que as
empresas com ideias inovadoras são as primeiras a alcançar a evolução nas
questões de gestão ambiental, sendo esse um fator preponderante na abordagem
ambiental estratégica que trata as questões ambientais visando proporcionar à
empresa a agregação de valores que a diferenciem das demais.

Barbieri (2004, p.20) ainda contribui afirmando que esses valores “auxiliam para
dotar a organização de vantagens competitivas sustentáveis, já que a empresa se
antecipa no atendimento de novas demandas por meio de ações legítimas e
verdadeiras, criando um importante diferencial estratégico”. Nesse contexto, as
empresas que enxergarem o meio ambiente como oportunidade competitiva
aumentará de maneira significativa a sua chance de sobrevivência no mercado.
8

3. A Gestão Ambiental nas pequenas empresas

As pequenas empresas contabilizam parcela significativa e de relevante


importância no cenário globalizado atual. Além disso, esse setor é bastante
considerado por sua capacidade de geração de empregos e eficientes melhorias da
cadeia produtiva. Dessa forma, é correto afirmar que a utilização de instrumentos de
gestão ambiental por esses modelos de organizações contribui para o bem-estar do
meio ambiente, e consequentemente, para o desenvolvimento sustentável da
sociedade (BARONI, 1992).

As iniciativas e conscientização dos administradores dessas pequenas e médias


organizações são a principal fonte do desenvolvimento da GAE. Seja pela
preocupação com os recursos naturais esgotáveis, ou pelo atendimento às
legislações do governo, ou ainda pela intenção de minimizar os riscos de seus
investimentos, os empreendedores de menor porte podem enxergar na implantação
de instrumentos de gestão ambiental possibilidades de vantagens estratégicas e,
também, a preservação do cenário ambiental.

Segundo Assumpção (2006), para as organizações de menor porte existe a


vantagem da maior possibilidade do sistema funcionar com sucesso. Isso é, se o
novo sistema for implantado de maneira eficiente e com o planejamento adequado,
os resultados podem surgir com maior rapidez e ampla qualidade. Isso se deve ao
fato das “pequenas e médias empresas, em geral, possuirem vantagens quanto à
elaboração e implantação de um sistema ambiental, já que nelas tudo é mais rápido,
pois as linhas de comunicação, geralmente, são mais curtas, e a estrutura
organizacional menos complexa, em comparação com grandes organizações.”
(Assumpção, 2006, p.28)

Outro fator de importância da questão da GAE em menores organizações é a


possibilidade da geração de novas idéias e métodos criativos no cenário das ações
ambientalmente sustentáveis. Conforme mencionado, a inovação se estabelece
como fator primordial e de diferencial significativo nas ações de proteção ao meio
ambiente. Existe, dessa forma, a grande possibilidade dessas diferentes ferramentas
adquirirem melhorias de maneira a, futuramente, serem aplicadas em empresas de
grande porte.
9

A GAE se estabelece pela abordagem da dimensão ambiental da empresa a partir


do prisma do aumento da rentabilidade/ lucratividade que poderá ser obtido com a
diminuição ou até mesmo a eliminação dos desperdícios de insumos e recursos,
levando os micro e pequenos empresários a adotarem práticas ambientalmente mais
adequadas e, ao mesmo tempo, proporcionando o reposicionamento dos seus
negócios para um contexto de mercado mais moderno e competitivo (SEBRAE,
2008).

O SEBRAE (2008) ainda ressalta que grandes parcelas dos pequenos


empreendedores ainda acreditam no mito de que para atuar como uma empresa
ambientalmente correta são necessários altos investimentos. Entretanto, contribuir
para a proteção ao meio ambiente pode gerar a redução de alguns custos, e,
consequentemente, um acréscimo na lucratividade. Dessa forma, faz-se relevante a
idéia de tornar as micro e pequenas empresas mais competitivas, aumentar as
possibilidades de ampliar a rentabilidade de seus negócios e contribuir para a
redução dos eventuais impactos negativos que possam causar danos ao meio
ambiente.

Segundo Barbieri (2006), nas micro e pequenas empresas as atividades ambientais


podem ser conduzidas em conjunto com outras questões empresariais,
principalmente em áreas relacionadas, como saúde ocupacional ou segurança.
Assim, em empresas desse porte não é necessária a criação de departamentos ou
divisões dedicadas à gestão ambiental, economizando tempo com treinamentos e
qualificações.

Mais do que o tamanho das organizações, ainda segundo Barbieri (2006), é a


natureza de suas atividades que deve ser considerada na implantação de algum
instrumento de GAE. Empresas com atividades potencialmente geradoras de
impactos ambientais, mesmos que sejam estes de pequeno porte, devem conduzir
suas preocupações ambientais de forma a permear todas as atividades e funções
desenvolvidas pela empresa.

É importante ressaltar que nas pequenas empresas os problemas que afetam o


Meio Ambiente são observados mais claramente, e dessa forma, solucionados de
maneira mais rápida. Também é necessário ter a visão de que as ações de
sustentabilidade nas pequenas empresas não se representam por altos
10

investimentos ou grandes tecnologias e equipamentos, mas sim por um


reposicionamento e uma mudança no comportamento do pequeno empreendedor,
que deve visar uma análise de seu processo produtivo, buscando assim medidas de
prevenção à possíveis impactos ambientais.

4. Líderes Sustentáveis

Em um cenário mais complexo, além dessas habilidades técnicas de


planejamento e gestão, o momento atual no mundo dos negócios exige líderes que
demonstrem interesse pelo gênero humano, sendo focado o desenvolvimento das
pessoas e da sociedade. Através da preocupação com o meio amibiente surge o
conceito de “líderes sustentáveis”, que possuem como base de perfil quatro
componentes:

1. Ter foco no resultado economicamente viável, justo e que promova a


perenidade do negócio;
2. Promover ações socialmente responsáveis com foco no crescimento
das pessoas;
3. Promover ações culturamente aceitas, praticando e zelando pelos
valores da empresa;
4. Atuar em todo o ambiente de forma ecologicamente adequada.
(Fonte: Mussak,2009)

Os mercados só irão incorporar a cultura de RSE por força da atuação desses


líderes socialmente responsáveis. Essa liderança deve “visar a ética e
responsabilidade, a capacidade de conciliar resultados econômicos, sociais e
ambientais, a coragem para influenciar atitudes e comportamentos, romper
paradigmas e mudar modelos de negócio e ainda consciência para compreender o
propósito moral e filosófico da mudança que se deve operar no modo das empresas
fazerem negócios”. (GAZETA MERCANTIL, 2007, p.2)

O desafio maior é incorporar as habilidades técnicas à conscientização moral na


figura da liderança. Apenas dessa maneira a GAE se apresentará como ferramenta
de importância e com capacidade de estabelecer mudanças na perspectiva
ambiental no cenário organizacional.

5. Metodologia
11

A presente pesquisa tem o intuito de buscar conceitos e informações sobre os


benefícios que podem ser obtidos com a realização de uma gestão ambiental
empresarial. Esta por sua vez, tem caráter qualitativo por realizar uma revisão
teórica sobre o tema proposto, baseando-se em consulta a livros, periódicos, anais
de congressos e trabalhos acadêmico, buscando bibliografia para elucidar e definir
claramente o objetivo desta pesquisa. Para Gil (1999) a vantagem realização de
uma pesquisa bibliográfica consiste na abordagem de uma vasta gama de
fenômenos do que poderia ser pesquisada diretamente.

Segundo Lakatos e Marconi (2001, p.183), a pesquisa bibliográfica:

“[...]abrange abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao


tema estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc., até meios de
comunicação orais: rádios, gravações em fita magnética e audiovisual:
filmes e televisão.”
Do ponto de vista de seu objetivo, esta é classificada como uma pesquisa descritiva
e exploratória, que segundo Gil (2002) são normalmente realizadas por
pesquisadores sociais que se preocupam com a aplicação prática dos
conhecimentos.

6. Conclusão

A Gestão Ambiental Empresarial representa uma contribuição significativa,


por parte das empresas, para o Desenvolvimento Sustentável da sociedade. É
possível identificar que quando utilizada de maneira eficiente, essa ferramenta
resulta em benefícios não somente para o Meio Ambiente, como para as próprias
organizações. Além disso, conforme ressaltado no decorrer da pesquisa, os
benefícios se representam de ordem econômica e estratégica.

É possível perceber o quanto é importante as práticas de Gestão Ambiental


Empresarial estarem inseridas no contexto organizacional das micro e pequenas
organizações, pois as mesmas representam uma parcela significativa no percentual
de empresas existentes no país. Consequentemente, é importante que as lideranças
desses tipos de organizações tenham ciência dessa grande parcela de
responsabilidade que possuem diante do Desenvolvimento Sustentável da
sociedade.
12

Finalmente, é possível concluir, que a conscientização das organizações contribui de


forma direta para a diminuição dos impactos ambientais. Dessa forma, se todas as
empresas, independente de seu porte, inserirem à sua práticas de gestão atitudes
socialmente responsáveis, surgirá uma possibilidade elevada do atendimento das
necessidades básicas do homem e do Meio Ambiente e consequentemente
contribuindo para a minimização dos impactos negativos de uso inadequado desses
recursos.

Referências

ASSUMPÇÃO, L.F.J. Sistemas de Gestão Ambiental: Manual prático para


implementação de SGA e Certificação ISO 14001. 1. Ed. Curitiba: Juruá, 2006.

BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos, Modelos e


Instrumentos. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

BARONI, M. Ambiguidades e deficiências do conceito de desenvolvimento


sustentável. Revista de Administração de empresas. V.32. São Paulo: 1992

DEMAKOROVIC, J.; JUNIOR, A.C. Modelos e ferramentas de Gestão Ambiental:


Desafios e perspectivas para as organizações. 1 ed. São Paulo: SENAC São
Paulo, 2006.

DONAIRE, D. Gestão Ambiental na Empresa. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GAZETA MERCANTIL: O DESAFIO DE FORMAR LÍDERES SUSTENTÁVEIS.


Disponível em: < www.fidessocial.com.br/Artigo-lideres-sustentaveis>. Acesso em:
15 mai.2009

GIL, A.C. Como elaborar Projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999.

LAKATOS, E. M. MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia científica. 4. ed.


São Paulo: Atlas, 2001.

MOURA, L. A. A. Qualidade e Gestão Ambiental: Sugestão para implantação


das normas ISSO 14.000 nas empresas. 3. ed. São Paulo: Juarez de Oliveira,
2002.

MUSSAK, E. Revista Você S/A - Líderes Sustentáveis. Edição Abril. São Paulo:
Abril, 2009.
13

ÁREA TEMÁTICA
Gestão: Socio-Ambiental

Anda mungkin juga menyukai