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Mestrado em Engenharia Civil

2011 / 2012

Reabilitação e Reforço de Estruturas


Aula 18: Melhoramento e reforço de solos.

Jorge Almeida e Sousa


Reabilitação e Reforço de Estruturas

Definição de Solo
 Conjunto natural de
partículas minerais,
podendo os espaços
entre elas (vazios)
estarem prenchidos
por água e ar,
separadamente ou
em conjunto

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Caracterização Laboratorial

 Índices físicos - grandezas que relacionam os


volumes e os pesos dos diferentes constituintes de
um solo e que permitem descrever o seu estado
físico.

 Composição granulométrica - distribuição


em percentagem ponderal das partículas de um solo
de acordo com as suas dimensões

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Índices Físicos
 Determinação experimental de três:
- peso volúmico (γ = P/V)
- teor em água (w = Pw/Ps)
- densidade das partículas (γs/γw)
 Os outros são determinados através de
expressões matemáticas:
- índice de vazios (e = Vv/Vs)
- porosidade (n = Vv/V)
- grau de saturação (S = Vw/Vv)
- peso volúmico seco (γd = Ps/V)

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Composição Granulométrica
100
% M aterial Passado 90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetro das Partículas (mm)

 Peneiração
 Sedimentação

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Areias – Solos Grossos

 Solos muito permeáveis  Índice de compacidade

emax − e
 Comportamento ID = ×100%
controlado pelas forças emax − emin
de gravidade, logo pelo
tamanho das partículas emax emin calculados
e pela forma como elas experimentalmente
se arrumam

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Areias –Solos Grossos


 Classificação de acordo com a compacidade

- muito solta (0 < ID < 15)


- solta (15 < ID < 35)
- medianamente compacta (35 < ID < 65)
- compacta (65 < ID < 85)
- muito compacta (ID > 85)
Qual a relação entre a compacidade de uma
areia e as suas características mecânicas?
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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Argilas – Solos Finos


 Solos muito pouco permeáveis
 Comportamento controlado pelas forças eléctricas
que se manifestam à superfície das partículas de
argila
 Camada de água adsorvida (responsável pelo
carácter plástico destes solos)
 Grande variação do índice de vazios (emax pode ser
bem maior que 1)
 Determinação dos limites de consistência
(wL= limite de liquidez e wP= limite de plasticidade)

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Argilas – Solos Finos


 Índice de consistência
wL − w
IC =
wL − wP
• Classificação de acordo com a consistência
- muito mole (0 < IC < 0,25)
- mole (0 < IC < 0,25)
- média (0 < IC < 0,75)
- dura, muito dura, rija (IC > 0,75)
Qual a relação entre a consistência de uma argila e as
suas características mecânicas ?
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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Caracterização no Campo

ENSAIOS de PENETRAÇÃO

- Dinâmica (SPT)

- Estática (CPT/CPTu)

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Caracterização no Campo
Ensaio SPT

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Caracterização no Campo
Ensaio SPT

 Colheita de amostras
remexidas

 O resultado do ensaio traduz-


se no número de pancadas
necessárias para que o
amostrador penetre 30 cm no
terreno (N)

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Caracterização no Campo

N Compacidade
 AREIAS

0-3 Muito solta

3-8 Solta
Medianamente
8-25
compacta
25-42 Compacta

>42 Muito compacta

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Caracterização no Campo
N Consistência
 ARGILAS
0-2 Muito mole

2-4 Mole

4-8 Média
8-15 Dura

15-30 Muito dura

30-60 Rija

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Solos a Tratar
 Areias soltas a muito soltas
- resistência baixa
- compressíveis
- alta permeabilidade
- potencial de liquefacção

 Argilas moles a muito moles


- resistência muito baixa
- muito compressíveis
- deformações diferidas no tempo

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Melhoramento e Reforço de Solos


 FACTORES QUE TÊM CONTRIBUÍDO PARA O USO
INTENSIVO DE TÉCNICAS QUE PERMITEM A MELHORIA
DAS CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS

- crescente utilização de solos “pobres” para fundar estruturas


cada vez mais “pesadas”
- cada vez maior utilização dos solos como material de
construção, dada a sua durabilidade, a sua abundância e o
facto de ser um material económico
- introdução de novos métodos e de novos materiais
- avanço do conhecimento teórico dos fenómenos envolvidos na
utilização de cada uma das técnicas

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Melhoramento e Reforço de Solos


 MELHORAMENTO
Técnicas que por efeito físico, efeito químico ou
efeito mecânico alteram alguma ou algumas das
propriedades intrínsecas dos solos

 REFORÇO
Técnicas que introduzem determinados elementos
resistentes que tornam possível que o maciço
suporte determinadas solicitações às quais por si só
não está habilitado a resistir

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Técnicas de Melhoramento

 Aceleração da Consolidação

 Rebaixamento do Nível Freático

 Densificação

 Tratamentos Térmicos

 Tratamentos Químicos

 Injecções

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Técnicas de Melhoramento
 ALGUNS FACTORES A TER EM CONTA NA ESCOLHA DA
TÉCNICA

- tipo de solo e condições hidrológicas


- tipo e grau de melhoramento pretendido
- custos previstos e tempo disponível
- riscos de danificação ou de contaminação
- possibilidade de controlo
- experiência anterior de utilização
- equipamento e materiais disponíveis

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Aceleração da Consolidação

 Sobrecarga

 Drenos Verticais

 Electro-Osmose

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Sobrecarga

Técnica de acelerar
a consolidação de
um estrato pouco
permeável, baseada
no facto de o tempo
que a consolidação
demora a
processar-se ser
independente da
carga aplicada

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Sobrecarga
120

 A sobrecarga deverá

carga
estar aplicada o tempo
necessário para que o 0

assentamento atingido, 0 tempo 25

alcance o valor do 0 tempo 200

assentamento final por 0

assentamento
consolidação para a
carga final
160

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Drenos Verticais
 A instalação de drenos
verticais acelera a
consolidação por:
- passar a haver um escoamento
radial para os drenos
- o percurso que a água tem que
percorrer é encurtado
- a velocidade do escoamento
radial é maior por os solos
apresentarem, em geral, maior
permeabilidade na direcção
horizontal

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Drenos Verticais
Tipo de dreno

Instalação dos drenos

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Densificação

 Compactação de aterros
 Vibrocompactação
 Compactação dinâmica
 Compactação com explosivos

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Vibrocompactação
 O que é?
- densificação do terreno que se consegue à custa
da acção combinada da vibração do terreno e da sua
saturação
 Como se vibra o terreno?
- utilizando um vibrador, que é um corpo tubular de
aço suspenso de uma grua móvel e dotado de uma
ponta de tungsténio que transmite vibrações de
frequência regulável e está preparado para injectar
água pela ponteira

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Vibrocompactação

 Penetração conseguida à custa do próprio peso e da injecção da


água sob pressão
 Compactação que é realizada por estágios sucessivos desde a
profundidade definida até à superfície
 Adição de material por solo seleccionado (A) ou por solo local
(B) de forma a fechar a depressão cónica que se vai formando à
volta do vibrador
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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Vibrocompactação

Por que é baixa a eficiência do tratamento em solos com finos?

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Injecções
 Injecções de permeabilidade

 Injecções de compactação

 Injecções de compensação

 Jet-gouting

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Injecções de Compactação

 Uma calda muito viscosa é bombada em fases sucessivas formando


bolbos, os quais deslocam e densificam o solo envolvente
 A velocidade de injecção deve ser suficientemente baixa para
permitir a dissipação dos excessos de pressão neutra
 A tensão vertical no estrato a tratar deve ser suficiente para impedir o
levantamento incontrolado da superfície

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Injecções de Compensação

ESTAÇÃO BAIXA-CHIADO
METRO LISBOA

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Injecções de Compensação
 Os assentamentos máximos resultantes da
escavação da cavidade oriental ficaram próximos
das previsões com modelos numéricos.
 O mesmo não ocorreu com as distorções, muito
superiores ao esperado com modelos numéricos
(cerca de 1/300).
 Foi decidido implementar um processo de injecções
de compensação, que permitiu criar uma estrutura
semelhante a uma laje, compensando parcialmente
as deformações induzidas pela escavação da
cavidade ocidental.

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Injecções de Compensação
[mm]
20

0 Tempo

23 Ago
26 Mar
17 Dez

15 Mai

01 Dez
05 Feb

12 Out
04 Jul
-20

-40 Assentamento com


compensação
55 Assentamento esperado
50 -60 sem tratamento
45

40
-80
35

30

25 -100
20

15
-120
10

-5

-10

0 10 20 30 40 50 60 70 80

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Jet-grouting
 O que é?
- técnica de melhoria dos solos realizada directamente
no interior dos terrenos, utilizando para tal um ou mais
jactos horizontais de grande velocidade (cerca de 250
m/s) que aplicam a sua elevada energia cinética na
desagregação do terreno natural e na mistura da calda
de cimento com as partículas de solo desagregado,
dando origem a um material de melhores características
mecânicas e praticamente impermeável.

 A que tipo de solos se aplica?


- contrariamente ao que acontece com as injecções
tradicionais, esta técnica é aplicável a todos os tipos de
solos

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Jet-grouting
 ETAPAS DO PROCESSO FÍSICO
- Corte: a estrutura inicial do solo é destruída e as partículas ou
fragmentos do solo são dispersos pela acção de um ou mais
jactos horizontais
- Mistura e substituição parcial: uma parte das partículas ou
fragmentos do solo é substituída e a outra parte é misturada
com a calda injectada
- Cimentação: as partículas ou fragmentos do solo são
aglutinadas entre si pela acção auto-endurecedora da calda,
formando um corpo consolidado

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Jet-grouting

 Introduz-se a vara no terreno através de um movimento rotacional e


com a ajuda de um jacto de água vertical
 Imprime-se à vara um movimento rotacional e inicia-se a
bombagem de calda no seu interior, ao mesmo tempo que a vara é
elevada através do furo com uma velocidade constante
 Concluída a execução da coluna, retira-se a vara do furo,
preenchendo este de calda por gravidade até ao seu topo

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Jet-grouting

 Jet 1 – um ou mais jactos de calda de cimento (apenas utilizado


nos solos mais soltos ou mais moles)
 Jet 2 – ar comprimido envolve o jacto de calda, fazendo aumentar o
seu alcance (utilizadas 2 varas coaxiais)
 Jet 3 – jacto de ar comprimido envolvendo um jacto de água,
utilizado para destruir a estrutura do terreno, e jacto de calda
injectado num 2º bico posicionado abaixo do bico injector de ar e
água (utilizadas 3 varas coaxiais)

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Jet-grouting

 Factores que afectam o diâmetro e as


propriedades mecânicas das colunas
- tipo de solo
- pressão e caudal do fluído aglutinante
- número e diâmetro dos bicos de injecção
- relação água/cimento do fluído aglutinante
- velocidade de subida e de rotação da vara
- pressão e caudal do ar comprimido
- pressão e caudal da água

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Jet-grouting
ALGUMAS APLICAÇÕES

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Jet-grouting
Aplicação na Estação do Terreiro do Paço

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Jet-grouting A
SECÇÃO LONGITUDINAL

Aplicação em Túneis perfil teórico


da escavação
betão frente
projectado da escavação

CORTE A-A

colunas
sub-horizontais

colunas
sub-verticais

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Técnicas de Reforço
REFORÇO Aplicações mais comuns
ESTACAS Estabilização de taludes naturais e
encostas
MICROESTACAS Reforço de fundações de estruturas e
estabilização de taludes naturais
COLUNAS DE BRITA Reforço de fundações de estruturas e de
aterros
TERRA ARMADA Estruturas de suporte de terras e encontros
de pontes
PREGAGENS Contenção de escavações e estabilização
de taludes naturais
GRELHAS PLÁSTICAS Estruturas de suporte de terras. Reforço de
fundações de estruturas e de aterros.
MANTAS GEOTEXTEIS Reforço de aterros

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Colunas de Brita

- penetração do vibrador - que tem na sua extremidade superior um


crivo e uma tremonha para a alimentação da brita - é feita de forma
idêntica à vibrocompactação
- subida ligeira do vibrador ficando a brita colocada no espaço livre,
seguida da sua descida para expandir a brita contra o solo,
compactando-os
- a coluna é assim feita por troços sucessivos
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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Colunas de Brita

 A utilização das colunas de brita


- reduz o assentamento da fundação
- aumenta a sua capacidade de carga
- reduz o risco de liquefacção
- acelera a consolidação
 Qual o mecanismo de interacção solo-
reforço?

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Reabilitação e Reforço de Estruturas

Geossintéticos
Aplicação como reforço de fundações

Qual o mecanismo de interacção solo-reforço?

3 With geosynthetic
Compacted
granular fill
D

Without geosynthetic
2

B
H
1

H/B
Weak subgrade

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