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Faculdade Pitágoras Divinópolis/MG

Letícia Lorena Bessa Ribeiro

Falhas na Prescrição e Dispensação de


Medicamentos: Um problema de Saúde Pública
Sistemas de Medicação. Erros de Medicação.
Enfermagem.
.

Divinópolis/MG
2017

Letícia Lorena Bessa Ribeiro


Falhas na Prescrição e Dispensação de
Medicamentos: Um problema de Saúde Pública

PROJETO DE PESQUISA
apresentado como requisito parcial da
disciplina Pedagogia sob a orientação
da Coordenador EAD: Wendell Bila

Divinópolis/MG
2017
Sumário
RESUMO:................................................................................................................................1
1. INTRODUÇÃO:............................................................................................................2
1.1 O Problema:..................................................................................................................4
2 OBJETIVOS:........................................................................................................................5
2.1 Objetivo Geral:..............................................................................................................5
2.2 Objetivos Específicos:..................................................................................................5
3 JUSTIFICATIVA:..................................................................................................................5
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:........................................................................................8
4.1 Histórico dos Antibióticos:...........................................................................................9
4.2 Novos Antibióticos:.....................................................................................................10
4.3 Erros e Resistência Bacteriana:...............................................................................10
5 METODOLOGIA:...............................................................................................................11
5.1 Resultado e Análise:..................................................................................................12
6 CRONOGRAMA DO DESENVOLVIMENTO:................................................................16
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS:............................................................................................16
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:...........................................................................17
1

RESUMO: Este estudo teve como objetivo analisar o sistema de medicação de um


hospital especializado em um determinado município de Divinópolis/MG. Trata-se de
um estudo de avaliação de natureza descritiva. Foram selecionados alguns dos
principais processos do sistema de medicação: prescrição, dispensação, preparo e
administração dos medicamentos. A fim de descrever o sistema de medicação foram
utilizadas para coleta de dados: entrevista, observação não participante e análise de
prontuários. Foi identificado um grande número de etapas e profissionais envolvidos,
assim como problemas relacionados à segurança e ao ambiente durante a
prescrição, dispensação, preparo e administração dos medicamentos. Sistemas
inseguros podem gerar várias consequências para os pacientes e as instituições de
saúde; neste sentido, é necessária a implementação de estratégias visando à
mudança na cultura de detecção das falhas, de forma a auxiliar os profissionais na
prevenção de erros através de medidas que garantam a qualidade dos processos
executados.

Palavras-chave: Sistemas de Medicação. Erros de Medicação. Enfermagem .

ABSTRAT: This study aimed to analyze the medication system of a


specialized hospital in a certain municipality of Divinópolis/MG. This is an evaluation
study of a descriptive nature. Some of the main processes of the medication system
were selected: prescription, dispensation, preparation and administration of
medications. In order to describe the medication system were used for data
collection: interview, non-participant observation and analysis of medical records. A
large number of stages and professionals involved were identified, as well as safety
and environmental issues during prescription, dispensing, preparation and
administration of medications. Unsafe systems can have many consequences for
patients and health institutions; In this sense, it is necessary to implement strategies
aimed at changing the culture of fault detection, in order to assist professionals in the
prevention of errors through measures that guarantee the quality of the executed
processes.

¹PÓS GRADUAÇÃO em Direito, especialização Direito do Trabalho e Fisiologia pelo Faculdade


Pitágoras, Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. E-mail do autor: angelica_lopes@hotmail.com,
Orientador: Wendell Bila.
2

Keywords: Medication Systems. Medication Errors. Nursing.


.
Falhas na Prescrição e Dispensação de Medicamentos: Um
problema de Saúde Pública
.

1. INTRODUÇÃO:

São apresentadas três definições para dispensação de medicamentos.


Entretanto, é preciso ressaltar que estas definições não abordam a possibilidade da
prescrição médica estar errada e o atendimento de uma prescrição incorreta é
também considerado erro de dispensação: Definido como a discrepância entre a
ordem escrita na prescrição médica e o atendimento dessa ordem; São erros
cometidos por funcionários da farmácia (farmacêuticos, inclusive) quando realizam a
dispensação de medicamentos para as unidades de internação; Erro de
dispensação é definido como o desvio de uma prescrição médica escrita ou oral,
incluindo modificações escritas feitas pelo farmacêutico após contato com o
prescritor ou cumprindo normas ou protocolos preestabelecidos.
E ainda considerado erro de dispensação qualquer desvio do que é
estabelecido pelos órgãos regulatórios ou normas que afetam a dispensação.
A atenção primária é uma estratégia para garantir, entre outros, o objetivo do
Sistema Único de Saúde (SUS) de reduzir as desigualdades de acesso. Constitui-se
a principal porta de entrada no sistema, apresentando a Unidade Básica de Saúde
(UBS) como a estrutura física fundamental de atendimento e a farmácia, onde é
realizada a dispensação de medicamentos, como um dos setores chave.
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001a; 2001b), a dispensação é o
ato profissional farmacêutico de fornecer medicamentos a um paciente, em resposta
à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Nesse ato,
o farmacêutico orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento, com
ênfase na dosagem, na influência dos alimentos, na interação com outros
medicamentos, nas reações adversas possíveis e nas condições de conservação
dos produtos.
No conjunto de atividades desenvolvidas no âmbito da assistência
farmacêutica, a dispensação de medicamentos assume um papel relevante, pois se
configura no elo final do atendimento, sendo a última oportunidade para esclarecer
os usuários quanto à utilização dos medicamentos (YOKAICHIYA et al., 2007).
3

No país, para responder às demandas originadas de todo o processo de


construção e reforma do SUS, vêm sendo desenvolvidas a Política Nacional de
Medicamentos (PNM) e a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF),
visando a integralidade das ações e o direcionamento de políticas setoriais (BRASIL,
2006b; 2007).
Embora no plano da política os atributos da dispensação estejam bem
definidos, os estudos evidenciam diversos fatores relacionados aos erros de
dispensação e à utilização inadequada dos medicamentos, tais como: a pequena
duração dos atendimentos; o número de prescrições atendidas por hora; a alta
frequência de prescrições ilegíveis; a baixa escolaridade da população; a falta de
treinamento dos trabalhadores e a insatisfação com as condições de trabalho.
Há discrepâncias entre os modelos de gestão ligados aos objetivos do
sistema de saúde e a organização do trabalho no cotidiano das UBS. Para Solinís e
Marcaida (2005), o modelo de organização burocrático de estilo gerencial ainda é
dominante no setor. As práticas inspiradas no referido modelo muitas vezes
automatizam e precarizam a profissão sanitária, criando obstáculos para novas
formas organizativas.
Será utilizado o arcabouço teórico-metodológico da ergonomia da atividade,
cujos estudos evidenciam os fatores determinantes da variação da produção e da
variação do estado interno e das capacidades dos trabalhadores. Ressalta-se a
tensão permanente entre dois polos: a) o modelo burocrático de gestão baseado no
princípio das tarefas fixas e operadores estáveis, b) as flutuações das demandas
atendidas quanto ao número e necessidades dos usuários.
O objetivo é analisar o trabalho de dispensação de medicamentos em uma
UBS de Divinópolis/MG, a fim de identificar as exigências da tarefa e as facilidades
ou obstáculos gerados pela organização do trabalho e do serviço para o
desenvolvimento das estratégias construídas pelos auxiliares de enfermagem.
O ciclo do medicamento nos hospitais é bastante complexo e composto de
vários processos. Ainda que o número e o tipo de processos variem de um hospital
para o outro, estima-se que de 20 a 60 etapas diferentes estejam envolvidas nos
processos de prescrição, dispensação e administração de medicamentos. O
envolvimento de muitos profissionais dá a esse ciclo a característica multidisciplinar
e gera múltiplas transferências de pedidos ou matérias, que podem favorecer a
ocorrência de erros. Quanto maior o número de elementos de um sistema, menor a
probabilidade de que cada elemento opere com sucesso.
4

Estudos realizados ao longo dos últimos anos têm evidenciado que as causas
de erros nos sistemas de medicação podem estar relacionadas a fatores individuais
como falta de atenção, lapsos de memória, deficiências da formação acadêmica e
inexperiência. Da mesma forma, podem estar envolvidas falhas sistêmicas tais como
problemas no ambiente, falta ou falha no treinamento, falta de profissionais, falhas
de comunicação, problemas nas políticas e procedimentos ou mesmo produtos
inadequados utilizados na medicação do paciente.
A abordagem do erro centrada no indivíduo é uma visão restrita da terapia
medicamentosa em que a responsabilidade do erro recai exclusivamente sobre os
envolvidos. Todavia, quando os erros são vistos como consequência, e não como
causa, sua origem deve ser atribuída a fatores sistêmicos,
Neste sentido, não cabe o olhar de culpa e punição aos indivíduos, pois
embora a condição a humana não possa ser mudada, é possível modificar as
condições de trabalho e, dessa forma, focar na prevenção de erros e implementação
de mecanismos de barreira, defesa e proteção do sistema organizacional.
A segurança do paciente é ponto fundamental para a garantia da qualidade da
assistência à saúde, e a ocorrência de erros relacionados à medicação tem como
consequência o aumento de danos e agravos, influenciando de forma negativa,
direta e/ou indiretamente, o cuidado prestado.

1.1 O Problema:

A problemática de pesquisa: Por que as prescrições médicas no Brasil não


seguem a legislação vigente? A problemática deste artigo diz respeito às
articulações entre o funcionamento da assistência farmacêutica e as práticas de
gestão do trabalho e do sistema vigentes na atenção primária.
Quanto ao tema: Falhas na Prescrição e Dispensação de Medicamentos: Um
problema de Saúde Pública, esse estudo tem como objetivo analisar o sistema de
medicação de um hospital especializado do Município de Divinópolis/MG.

2 OBJETIVOS:

2.1 Objetivo Geral:


5

Compilar informações sobre o uso racional de medicamentos, bem como


discutir sobre a importância da prescrição e da dispensação, e a atuação do
profissional farmacêutico neste contexto, determinando o perfil dos erros em
prescrições ambulatoriais atendidas em um hospital público;

2.2 Objetivos Específicos:

• garantir o cumprimento da prescrição por meio do fornecimento do


medicamento correto e em quantidade adequada;
• contribuir para adesão ao tratamento;
• minimizar erros de prescrição;
• proporcionar atenção farmacêutica de qualidade; • informar sobre o uso
correto do medicamento.

3 JUSTIFICATIVA:

Justifica-se que o sistema de saúde brasileiro, que engloba


estabelecimentos públicos e o setor privado de prestação de serviços, inclui
desde unidades de atenção básica até centros hospitalares de alta complexidade.
A importância e o volume dos serviços prestados pelo setor público de saúde no
Brasil – composto pelos serviços estatais e privados conveniados ou contratados
pelo SUS, podem ser verificados, por exemplo, no montante de atividades
desenvolvidas em 1996, do qual constam a realização de 2,8 milhões de partos,
318 milhões de consultas médicas, 12 milhões de internações hospitalares, 502
milhões de exames e a aplicação de 48 milhões de doses de vacinas.
É indiscutível, portanto, a importância dos serviços de saúde, os quais
constituem, ao lado de uma série de outros, fator de extrema importância para a
qualidade de vida da população. Esses serviços representam, hoje, preocupação de
todos os gestores do setor, seja pela natureza das práticas de assistência neles
desenvolvidas, seja pela totalidade dos recursos por eles absorvidos.
A despeito do volume de serviços prestados pelo sistema de saúde, ainda há
parcelas da população excluídas de algum tipo de atenção. Verifica-se, além disso,
constantes mudanças no perfil epidemiológico que, atualmente, compreende
6

doenças típicas de países em desenvolvimento e agravos característicos de países


desenvolvidos. Assim, ao mesmo tempo em que são prevalentes as doenças
crônico-degenerativas, aumenta a morbimortalidade decorrente da violência,
especialmente dos homicídios e dos acidentes de trânsito. Além disso, aparecem e
reaparecem outras doenças, tais como a cólera, a dengue, a malária, as doenças
sexualmente transmissíveis e a AIDS.
O envelhecimento populacional gera novas demandas, cujo atendimento
requer a constante adequação do sistema de saúde e, certamente, a transformação
do modelo de atenção prestada, de modo a conferir prioridade ao caráter preventivo
das ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Sob esse enfoque, a política de medicamentos é, indubitavelmente,
fundamental nessa transformação.
Deve-se considerar, ainda, que modificações qualitativas e quantitativas no
consumo de medicamentos são influenciadas pelos indicadores demográficos, os
quais têm demonstrado clara tendência de aumento na expectativa de vida ao
nascer.
Acarretando um maior consumo e gerando um maior custo social, tem-se
novamente o processo de envelhecimento populacional interferindo sobretudo na
demanda de medicamentos destinados ao tratamento das doenças crônico-
degenerativas, além de novos procedimentos terapêuticos com utilização de
medicamentos de alto custo. Igualmente, adquire especial relevância o aumento da
demanda daqueles de uso contínuo, como é o caso dos utilizados no tratamento das
doenças cardiovasculares, reumáticas e da diabetes. Frise-se o fato de que é
bastante comum, ainda, pacientes sofrerem de todas essas doenças
simultaneamente.
Este cenário é também influenciado pela desarticulação da assistência
farmacêutica no âmbito dos serviços de saúde. Em decorrência, observa-se, por
exemplo, a falta de prioridades na adoção, pelo profissional médico, de produtos
padronizados, constantes da Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais (RENAME). Some-se a isso a irregularidade no abastecimento de
medicamentos, no nível ambulatorial, o que diminui, em grande parte, a eficácia das
ações governamentais no setor saúde.
O processo indutor do uso irracional e desnecessário de medicamentos e o
estímulo à automedicação, presentes na sociedade brasileira, são fatores que
promovem um aumento na demanda por medicamentos, requerendo,
necessariamente, a promoção do seu uso racional mediante a reorientação destas
7

práticas e o desenvolvimento de um processo educativo, tanto para a equipe de


saúde quanto para o usuário.
A produção e a venda de medicamentos devem enquadrar-se em um conjunto
de leis, regulamentos e outros instrumentos legais direcionados para garantir a
eficácia, a segurança e a qualidade dos produtos, além dos aspectos atinentes a
custos e preços de venda, em defesa do consumidor e dos programas de subsídios
institucionais, tais como de compras de medicamentos, reembolsos especiais e
planos de saúde.
Essa necessidade torna-se ainda mais significativa na medida em que o
mercado farmacêutico brasileiro é um dos cinco maiores do mundo, com vendas que
atingem 9,6 bilhões de dólares/ano. Em 1996, esse mercado gerou 47.100
empregos diretos e investimentos globais da ordem de 200 milhões de dólares. O
setor é constituído por cerca de 480 empresas, entre produtores de medicamentos,
indústrias farmoquímicas e importadores.
Há, no País, cerca de 50 mil farmácias, incluindo as hospitalares e as
homeopáticas, que comercializam 5.200 produtos, com 9.200 apresentações.
No tocante ao perfil do consumidor brasileiro, este pode ser dividido em três
grupos: o primeiro, formado por aqueles com renda acima de 10 salários mínimos,
que corresponde a 15% da população, consome 48% do mercado total e tem uma
despesa média anual de 193,40 dólares per capita; o segundo, apresenta uma renda
entre quatro a 10 salários mínimos, que corresponde a 34% da população, consome
36% do mercado e gasta, anualmente, em média, 64,15 dólares per capita; o
terceiro, tem renda de zero a quatro salários mínimos, que representa 51% da
população, consome 16% do mercado e tem uma despesa média anual de 18,95
dólares per capita.
Nitidamente, a análise desse perfil do consumidor indica a necessidade de
que a Política de Medicamentos confira especial atenção aos aspectos relativos ao
uso racional, bem como à segurança, eficácia e qualidade dos produtos colocados à
disposição da população brasileira,
O processo de dispensação exige uma grande atenção por parte do
farmacêutico, pois é neste momento que podemos interferir definitivamente no
processo de adesão à terapêutica através da orientação farmacêutica e do
acompanhamento do uso dos medicamentos e seus efeitos.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
8

A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, estabelece que o processo de


dispensação de medicamentos na farmácia está sob a responsabilidade do
profissional farmacêutico (BRASIL, 1973). A dispensação é o ato profissional
farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente
como resposta a apresentação de uma prescrição elaborada por um profissional
autorizado. Neste ato o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso
adequado do medicamento. São elementos importantes da orientação, entre outros,
a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com
outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as
condições de conservação dos produtos (BRASIL, 1973).
A dispensação de medicamentos no Brasil é feita em farmácias hospitalares
ou comunitárias. O termo “farmácia comunitária” refere-se aos estabelecimentos
farmacêuticos não hospitalares que atendem a população de forma geral podendo
ser privada quando é de propriedade particular ou publica quando está ligada
diretamente às esferas públicas municipais, estaduais ou governo federal. A
farmácia comunitária é um termo amplo que engloba as drogarias, farmácias de
dispensação e manipulação. (CORRER; OTUKI, 2013).
Com o passar dos anos se verificou que, além da dispensação, surgiram
novas definições das atividades farmacêuticas, tais como, a Atenção Farmacêutica
que é descrita por vários autores, as quais têm influenciado cada vez mais estes
profissionais a assumir um papel ativo de promoção da saúde. Neste contexto,
verifica-se que a profissão farmacêutica está mudando da simples oferta de
medicamentos para uma função clínica de fornecimento de informações (HEPLER;
STRAND, 1990; PETTY, 2003; CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 1997;
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2001). Vários autores ressaltam que o
farmacêutico, como um profissional capaz de interagir com os prescritores e os
pacientes, deve possuir o quesito informação como alicerce desta relação (PEPE;
CASTRO, 2000). A informação repassada deve ser confiável e baseada em
evidências (CORRER et al, 2004).

4.1 Histórico dos Antibióticos:

No início do século XX, a mais importante descoberta científica, na área


médica que veio contribuir para o controle das infecções bacterianas, entre elas as
hospitalares, foi a da penicilina, antibiótico introduzido durante a segunda guerra
9

mundial (SANTOS, 2004). Essa descoberta realizada por Alexander Fleming, em


1928 foi determinante na cura de milhares de pessoas. Entretanto, só se sabia que
de alguma forma havia melhora no quadro clínico do paciente.
Os reais efeitos da Penicilina e de outros antimicrobianos que vieram
posteriormente foram descobertos mais tarde (como mecanismos de ação, e sobre o
que eles agiam), pois os microrganismos eram ainda desconhecidos (LAPORT et
al,1989 apud HOLFEL; LAUTERT, 2006).
Entre os anos de 1940-1960 vários antibióticos foram descobertos através de
triagens de produtos naturais microbianos, sendo a maioria deles eficazes para o
tratamento de bactérias Gram positivo. Neste período apenas três derivados
sintéticos foram introduzidos no mercado: isoniazida, trimetropim e metronidazol
(GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).
Entre os anos 1980-2000 as principais ferramentas utilizadas para a busca de
novos antibióticos foram a genômica e as triagens de coleções de compostos, em
detrimento às triagens de produtos naturais microbianos. Porém, houve uma
redução dramática na identificação de novos protótipos antibióticos, ao mesmo
tempo em que ocorreu um aumento na incidência de resistência bacteriana. Este
período é marcado pela modificação do mercado de antibióticos pela introdução da
classe das fluoroquinolonas sintéticas na metade dos anos 1980, desenvolvidas a
partir do ácido nalidíxico (GUIMARÃES; MOMESSO; PUPO, 2010).
A partir de meados de 1990, as sucessivas implementações da terapia
antiinfectica têm se tornado cada vez mais difícil por causa da disseminação da
resistência bacteriana, da emergência de novos patógenos e a decorrência de
infecções em pacientes imunodeprimidos, nos quais as drogas antimicrobianas
tornam-se menos efetivas (SANTOS, 2004). Em pleno século XXI, com todo avanço
tecnológico, a infecção hospitalar continua ainda sendo causa de altas taxas de
morbidade e mortalidade em todo o mundo (SANTOS, 2004).

4.2 Novos Antibióticos:

Um artigo de um grupo de pesquisa americano do ano de 2008 reportou


alguns dos patógenos nos Estados Unidos que necessitam de novos fármacos
urgentemente, como Enterococcus faecium, Staphylococcus áureos, Acinetobacter
baumanii, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e espécies de
Enterobacter. A realidade brasileira não está tão diferente dessa.
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Entretanto somente duas novas classes de antibióticos foram introduzidas na


medicina desde 1963, quando o ácido nalidíxico foi aprovado: a oxazolidinoma
linezolida, em 2000, e o lipopeptídeo cíclico daptomicina, em 2003. Ou seja, cerca
de 30 anos depois (BRITO; CORDEIRO, 2012). Um pequeno número de antibióticos
com potencial atividade contra bactérias resistentes a fármacos antigos foi lançado
nos últimos anos. Os quatro únicos antibióticos classificados como novas entidades
químicas pela agência reguladora de alimentos e medicamentos americana Food
and Drug Administration – FDA a serem aprovados nos últimos cinco anos foram
tigeciclina, tetraciclina de última geração aprovada em 2005; retapamulina,
pleuromotilíneo aprovado em 2008; telavancina, glicopeptídeo aprovado em 2009; e
ceftarolina, cefalosporina aprovado em 2010 (BRITO; CORDEIRO, 2012).
Atualmente, muitas das infecções causadas por bactérias patogênicas
conhecidas como staphylococcus áureos, enterococcus, e infecções causadas por
alguns patógenos reemergentes não podem ser curadas prontamente com as
drogas antimicrobianas existentes (SANTOS, 2004).

4.3 Erros e Resistência Bacteriana:

A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA adotou do National


Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention – NCCMERP o
conceito de erro de medicação definido como: “qualquer evento evitável que pode
causar ou induzir ao uso inapropriado de medicamento ou prejudicar o paciente
enquanto o medicamento está sob o controle do profissional de saúde, paciente ou
consumidor”. Tais eventos podem estar relacionados à prática profissional em
relação à dispensação; distribuição; administração; educação; monitoramento e uso
do medicamento (CAMERINI; SILVA; 2011).
Estudos epidemiológicos divulgados pelo Institute of Medicine, estimam que
cada paciente internado em hospitais norte-americanos esteja sujeito a um erro de
medicação por dia, e que, anualmente, ocorrem nesses serviços de saúde,
aproximadamente, 400.000 eventos adversos evitáveis relacionados a
medicamentos (BATES, 2007 apud CASSIANI et al., 2008).
Considerando que mais da metade de todos os erros de medicação ocorrem
no estágio de prescrição do medicamento, a adoção de mecanismos como a
implantação da prescrição eletrônica, associada à revisão das mesmas por
farmacêuticos clínicos, além da utilização de protocolos bem fundamentados e a
dispensação dos medicamentos por dose unitária, podem ter impacto positivo na
11

redução do número total de eventos adversos associados aos medicamentos e nos


gastos com o serviço de saúde, uma vez que estes eventos adversos, além de
representarem um sério risco à saúde do paciente, também estão diretamente
associados ao aumento de custos no serviço de saúde. (FREITAS et al., 2006).
As bactérias têm um curto tempo de geração, minutos ou horas elas podem
responder rapidamente as mudanças do ambiente. Assim, quando os antibióticos
são introduzidos no ambiente, as bactérias respondem tornando-se resistentes
àquelas drogas. A resistência aos antibióticos se desenvolve como uma natural
consequência da habilidade da população bacteriana de se adaptar. O uso
indiscriminado de antibióticos aumenta a pressão seletiva e, também, a
oportunidade de a bactéria ser exposta aos mesmos. Aquela oportunidade facilita a
aquisição de mecanismos de resistência (SANTOS, 2004).
Ainda que a tecnologia farmacêutica venha combatendo esse problema com o
desenvolvimento de novos agentes, cada vez mais potentes, os principais fatores
que contribuem para o surgimento de cepas resistentes são a prescrição
inapropriada de antibióticos para infecções virais e o uso de antibióticos com baixa
atividade ou sem o conhecimento do microrganismo infectante (LOPES et al., 2008).

5 METODOLOGIA:

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, usando-se os seguintes descritores:


erros em antibioticoterapia, erros de medicações, controle antimicrobiano,
resistência bacteriana e infecção hospitalar através da utilização de artigos
científicos publicados em revistas indexadas nas bases de dados Mediline, Bireme,
Lilacs e Scielo. Uma vez decidido pela revisão literária foi realizada a leitura de 30
artigos científicos distintos, publicados no período de 2002 a 2013, onde destes
foram selecionados 17 artigos que apresentaram correlação entre esses termos, que
subsidiaram no desenvolvimento do trabalho.

5.1 Resultado e Análise:

Os medicamentos contribuem de forma significativa para melhorar a


qualidade de vida das pessoas trazendo-lhes benefícios sociais e econômicos, mas
seu uso não é isento de risco. Incidentes com medicamentos têm recebido atenção
dos profissionais, das instituições e das autoridades sanitárias no mundo todo, pois
12

contribuem para o aumento da morbidade, da estadia hospitalar, impõem custos ao


sistema de saúde e afetam a qualidade da assistência prestada ao paciente
(RISSATO; LIEBER; LIEBER, 2008).
O Instituto de Medicina Americano indicou que 44.000 a 98.000 americanos
morrem a cada ano por erros na medicação. Entre 1983 e 1993, as mortes
relacionadas à medicação cresceram na ordem de 257%. Estima-se que em cada
dez clientes admitidos no hospital, um está em risco para erro potencial ou efetivo na
medicação (CASSIANI et al., 2005).
O estudo realizado em 36 instituições hospitalares americanas verificou que
19% das doses administradas estavam erradas, sendo que as categorias mais
frequentes de erros relacionavam-se ao horário errado 43%, omissão das doses
30%, dose errada 17% e medicamento não prescrito 4% (CASSIANI et al., 2005). No
estudo de Oliveira; Camargo; Cassiani (2005) que se refere à prescrição de
medicamentos, estudos mostram que esta se encontra relacionada à maioria das
situações de erro de medicação. Na análise de 4.031 prontuários em dois hospitais
de ensino dos EUA, 49% dos erros foram encontrados na fase de prescrição, 11%
na transcrição, 14% na dispensação e 26% na administração dos medicamentos.
Com relação à prescrição, os tipos de erros mais frequentes foram: dose
errada, frequência errada, escolha terapêutica errada e desconhecimento da alergia
do paciente. Por outro lado, as causas dos erros contidos nas prescrições que foram
identificadas estiveram relacionadas à sobrecarga de trabalho, desvio de atenção,
falta de conhecimento sobre erros na medicação, entre outros.
No estudo de Camarini, Silva (2011) realizado no Brasil, incluindo os erros de
prescrição, dispensação e administração, já têm avançado. Estudo de
monitoramento intensivo do uso de antimicrobianos em hospital do Paraná
identificou a ocorrência de 91 eventos adversos, sendo 3,3% reação adversa a
medicamento e 7,7% erros de medicação. Já em um hospital universitário em
Ribeirão Preto foram analisadas 925 prescrições, sendo identificado que em 21,1%
delas havia rasuras e 28,2% apresentavam informações que deixavam dúvidas aos
profissionais. Em outra pesquisa, conduzida em hospital público de referência em
Minas Gerais, realizou-se a análise de 4026 prescrições com itens contendo
medicamentos potencialmente perigosos, encontrando-se 89,1% de problemas de
quatro tipos: ausência de concentração e forma farmacêutica, pouca legibilidade e
concentração duvidosa. No estudo de Oliveira; Camargo; Cassiani (2005).
13

A análise de 1.585 prontuários no setor de emergência permitiu que fossem


identificadas as principais falhas na prescrição de medicamentos na instituição do
estudo. As prescrições eram redigidas na forma manual com cópia carbonada para
dispensação pela farmácia. A prescrição manual traz algumas dificuldades devido à
incompreensão da letra dos médicos. Acredita-se que a prescrição manual favorece
a ocorrência de erros na medicação que podem ocorrer tanto na dispensação como
no preparo e administração dos medicamentos. As principais recomendações
apresentadas pela American Society of Hospital Pharmacists – ASHP para evitar
erros na medicação são: prescrição eletrônica, utilização de código de barras para
medicamentos e identificação do paciente, dispensação por dose unitária,
preparação de medicação intravenosa pela farmácia, notificação de eventos
adversos, interação multidisciplinar (farmácia, médicos e enfermeiros) e revisão da
prescrição por farmacêuticos. (FRANCO et al., 2010).
A simples integração do farmacêutico como membro pleno da equipe de
saúde nas visitas ao paciente demonstrou redução de 66% na ocorrência de eventos
adversos relacionados aos medicamentos decorrentes da prescrição médica
(LEAPE et al., 1999 apud FREITAS et al., 2006).
Infelizmente, as dificuldades para os relatos dos erros prejudicam a avaliação
dos tipos e do número de erros registrados e, consequentemente, não é
documentado o número real de erros ocorridos. O número de erros relatados nas
instituições hospitalares representa apenas 25 %, já que somente são informados
quando há algum dano ao paciente (CARVALHO; CASSIANI, 2002).
Em um estudo realizado por Carvalho e Cassiani (2002) relata que as
medidas administrativas tomadas com a maioria dos profissionais envolvidos em
erros de medicações, segundo seus próprios relatos, foram: advertência verbal,
notificação da ocorrência, orientação, advertência escrita e demissão. O relatório
não foi visto como forma de registro do erro, mas, sim, como uma penalidade a que
os profissionais são expostos por terem cometido o erro. Tornando evidente que as
medidas tomadas pela chefia são, na maioria, relatos de caráter punitivo. Levando a
subnotificações e diminuição dos relatos voluntários dos erros de medicação.
Segundo Rosa et al., (2009).
Muitos paradigmas são confrontados na discussão de erros em instituições de
saúde. Os profissionais de saúde normalmente associam falhas nas suas atividades
à vergonha, perda de prestígio e medo de punições. De modo geral, o ambiente nas
instituições de saúde não é propício para uma discussão franca sobre o assunto,
14

visando à melhoria do sistema como um todo. Essa tendência à negação com


consequente subnotificação dos erros na área da saúde muitas vezes dificulta a
avaliação dos eventos, prejudicando o conhecimento sobre eles. Os erros nem
sempre são por falha humana, ocorrem também por falhas no sistema, mas ainda
persiste a cultura de atribuir a culpa da falha ao profissional da enfermagem. Deste
modo, os erros nem sempre são relatados devido ao medo das medidas
administrativas, punições verbais, escritas, demissões, processos civis, legais e
éticos que podem ser aplicadas ao profissional envolvido (FRANCO et al., 2010).
Os erros e eventos adversos relacionados à assistência são cada vez mais
conhecidos, discutidos e julgados em tribunais. Os erros de medicação envolvem
vários aspectos éticos, morais, jurídicos, sociais, profissionais e assistenciais,
merecendo uma reflexão abrangente sobre o assunto (SCHUMACHER et al., 2013).
Os tipos de erros de medicação e suas causas, assim como as classes
farmacológicas envolvidas, são relevantes para evidenciar os problemas existentes
no processo de medicação. Investigações realizadas para analisar erros de
medicação segundo a classe terapêutica identificaram que a frequência desse
evento com antimicrobianos varia de 4,9% a 39% (RISSATO, 2005 apud MARQUES
et al., 2008).
Esses resultados são preocupantes, pois os antimicrobianos representam
uma das classes mais prescritas em hospitais, sendo responsáveis por uma parcela
elevada das despesas com medicamentos. É também crescente a preocupação com
o uso inadequado, considerando-se que esse constitui o principal fator associado ao
aparecimento de resistência microbiana (MARQUES et al., 2008). O estudo de
Santos (2004) realizado em um grande hospital universitário, demonstrou que as
infecções atribuídas a bacteriemia adquiridas naquele hospital aumentaram o tempo
da permanência do paciente na UTI por um período de oito dias e, o tempo de
hospitalização por catorze dias, sendo que as bacteriemias foram responsáveis por
uma taxa de mortalidade de ordem de 35%. Outro trabalho preconiza que as
infecções de feridas cirúrgicas, adquiridas nos hospitais, aumentam a permanência
do paciente na instituição hospitalar em média 7,4 dias e é também causa de morte.
Os resultados obtidos por Marques et al., (2008) permitiu, identificar e analisar os
erros de medicação com antimicrobianos durante o processo da administração de
medicamentos. Foram realizadas 4958 observações da administração dos
medicamentos, nas quais foram identificados 1500 (30,24%) erros de medicação.
15

Desse total, 277 (18,5%) erros envolveram medicamentos antimicrobianos e


essa incidência é compatível com outros estudos publicados na literatura
internacional. Segundo Santos (2004).
Vários autores em seus artigos científicos publicados em todo o mundo e no
Brasil alertam para o grave problema das bactérias-antibióticos-resistentes e o uso
indiscriminado destes agentes nos hospitais, quer como profilático ou para controle
das infecções. A situação da infecção hospitalar é mais séria agora, pelo aumento do
número de amostras bacterianas resistentes a antibióticos.
Santos (2004) ainda afirma que o fenômeno da resistência bacteriana não é
um problema individual, mas coletivo e mundial. O impacto da resistência bacteriana
aos antibióticos representa uma ameaça para a continuidade da vida humana no
planeta terra. O cuidar da vida presente e futura da humanidade, é uma obrigação
de todos, mas, particularmente, dos profissionais de saúde (médicos e enfermeiros)
que têm a vida de seus pacientes em suas próprias mãos, por isso é tão importante
se fazer o uso prudente de antibióticos.

6 CRONOGRAMA DO DESENVOLVIMENTO:

2017
ATIVIDADES 1º BI 2º BI 3º BI 4º BI
Revisão da literatura X
Finalização do projeto X
Entrega do projeto X
Apresentação do Projeto X
Levantamento de dados X
Elaboração do material didático X
Treinamento X
Avaliação da educação continuada X
Relatório para Gerentes e Coordenação X

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A adoção de práticas educativas para profissionais envolvidos no sistema de


medicação representa uma importante estratégia para minimizar a oportunidade de
falhas no sistema de medicação. Para tanto é necessário empregar princípios
destinados a reduzir em grande parte as chances de erros e interceptá-los ou
minimizar o impacto antes que atinja ao paciente causando danos.
16

Em vista disso, torna-se necessário conhecer o sistema de medicação


utilizado nas instituições hospitalares e verificar as atividades desenvolvidas pelos
profissionais para que sejam identificadas e analisadas possíveis fragilidades e
falhas nos processos e intervir reduzindo riscos aos pacientes. Para que práticas de
segurança sejam discutidas e implementadas pela instituição, é preciso desenvolver
uma cultura voltada para segurança do paciente através da formação de uma equipe
multidisciplinar com o objetivo de analisar e avaliar cada processo do sistema em
busca de melhorias.
O acesso aos medicamentos nos serviços de atenção básica à saúde ainda
apresenta problemas a serem resolvidos: muitos usuários não conseguem obter
todos os medicamentos prescritos; o emprego indevido de medicamentos é um
problema de saúde pública; e o acesso à informação e orientação acerca do uso
destes não está garantido. Este trabalho se propôs a apresentar modelo para
avaliação da eficácia do serviço de dispensação de medicamentos na atenção
básica à saúde, capaz de gerar informações que promovam tomadas de decisões
para a qualificação deste serviço no SUS. O modelo de avaliação elaborado para a
gestão do serviço de dispensação de medicamentos, no qual o critério de eficácia foi
adotado, permite verificar o alcance dos objetivos do serviço. Entendendo que um
serviço eficaz, ao atender seus objetivos e metas, terá maior probabilidade de
produzir os resultados esperados, a escolha desse critério permitiu focar o processo
de trabalho. Seu modo de classificação possibilitou julgamento da eficácia para cada
dimensão da dispensação (acolhimento; avaliação da prescrição; separação e
preparação do medicamento; orientação, e registro dos dados e informações
geradas), para cada serviço e para o município estudado, identificando os pontos
críticos que merecerão intervenção, seja na esfera da unidade de saúde/farmácia,
seja em âmbito municipal.
Com a aplicação do modelo de avaliação apresentado, para além de uma
proposição acabada, espera-se que os resultados possam auxiliar os gestores do
SUS a tomarem decisões políticas estruturantes que valorizem e qualifiquem a
dispensação na rede de atenção básica à saúde.

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
17

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