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A imaturidade dos discípulos e o

conceito errado sobre o retorno de


Cristo
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Por Arquivo Preterista

Adaptado e alterado
por César Francisco Raymundo

"E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus


discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas [coisas], e que
sinal [haverá] da tua vinda e do fim do mundo?"
(Mateus 24:3)

Muitos ao estudarem esse texto encontram na internet e em muitos livros, a


informação de que esse texto é uma profecia sobre o retorno de Cristo. Eles
alegam que aqueles discípulos perguntaram sobre três eventos. Um evento teria
um cumprimento imediato e os outros dois seria em um futuro distante.

A primeira pergunta foi: "quando acontecerão essas coisas?", sendo esta uma
referencia ao "não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada", dita
anteriormente por Jesus. Isto, segundo eles, teria se cumprido no ano 70 d.C.,
quando Vespasiano e Tito cercaram Jerusalém e assolaram a cidade e o templo.

Já para as duas últimas perguntas: "que sinal haverá da sua vinda e do fim do
mundo?", aqui, dizem eles, os discípulos estavam perguntando ao Mestre
quando Ele iria retornar, e quando seria o fim do mundo.

Minha proposta é analisar a mente daqueles discípulos: Será que eles


realmente perguntaram a Jesus sobre o dia que Ele retornaria?

A Incompreensão e temor dos Discípulos


Segundo o Evangelho de Marcos capítulo 9, Jesus aproveita a passagem
sigilosa pela Galiléia (v.30) para voltar a ensinar sobre o sofrimento da cruz e a
ressurreição. Ele dizia:

Verso 31 "O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão;
mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará". O Evangelho diz que (verso
32) "Eles, contudo, não compreendiam isto e temiam interrogá-lo".

Mateus registra o mesmo evento e acrescenta um detalhe:


Mateus 17:22-23: "Ora, achando-se eles na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho
do homem será entregue nas mãos dos homens; E matá-lo-ão, e ao terceiro dia
ressuscitará. E eles se entristeceram muito".

Em outra ocasião Jesus abordou a questão de sua morte e ressurreição:

Lucas 9:43-45: "E todos pasmavam da majestade de Deus. E, maravilhando-se


todos de todas as [coisas] que Jesus fazia, disse aos seus discípulos: Ponde vós
estas palavras em vossos ouvidos, porque o Filho do homem será entregue nas
mãos dos homens. Mas eles não entendiam esta palavra, que lhes era
encoberta, para que a não compreendessem; e temiam interrogá-lo acerca desta
palavra.

Os discípulos não conseguiam conceber um Messias sofrendo. Para eles


Jesus era o rei político que iria vencer a opressão do Império Romano. Eles não
aceitavam a ideia do sofrimento e da morte de cruz. Estavam tão fixados no
sofrimento que não prestaram a atenção ao fato de que Jesus iria ressuscitar. A
própria palavra sobre a ressurreição de Cristo não foi compreendida
[...], pois Eles viviam o entusiasmo de andar com o Messias "político" e não tinha
em seus corações espaço para a aceitação da morte na cruz. Isso seria um
fracasso. Por isso tudo, não compreendiam as palavras de Jesus. Além de não
compreenderem, tinham medo de interrogá-lo. Da outra vez que Jesus falou
sobre o sofrimento, Pedro o reprovou e foi repreendido severamente (Marcos
8:31-33). Provavelmente por isso ficaram com medo de reprovar suas palavras
com relação ao sofrimento. Não entenderam as palavras sobre o sofrimento e
tiveram medo de interrogá-lo.

Após a morte de Cristo os evangelhos relatam que as mulheres foram ao


sepulcro, mas não o acharam, mas viram dois anjos:

Lucas 24:5-8: "E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o
chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está
aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia,
Dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens
pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das
suas palavras".

Podemos notar que aqueles discípulos estavam desesperados com a morte de


seu Messias, e estavam decepcionados, frustrados, pois não esperavam que
Jesus viesse mesmo a morrer.

Lucas registra a conversa entre dois discípulos no caminho de Emaús com o


próprio Jesus, mas eles não o reconheceram, e desabafaram sobre suas
frustrações.

Lucas 24:15-28: "E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo
perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. (16) Mas
os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.
E ele lhes disse: Que palavras [são] essas que, caminhando, trocais entre vós,
e por que estais tristes? E, respondendo um, cujo nome [era] Cléopas, disse-lhe:
És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as [coisas] que nela têm sucedido
nestes dias?
E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a
Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante
de Deus e de todo o povo; E como os principais dos sacerdotes e os nossos
príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram. E nós
esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é
já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.
É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as
quais de madrugada foram ao sepulcro; E, não achando o seu corpo, voltaram,
dizendo que também tinham visto [uma] visão de anjos, que dizem que ele vive.
E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam [ser] assim
como as mulheres haviam dito; porém, a ele não [o] viram.
E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os
profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas
[coisas] e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os
profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. E
chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe".

Temos no verso 21 uma declaração de expectativa frustrada, e percebemos


também a incredulidade daqueles discípulos em relação ao testemunho
daquelas mulheres. João registra que Pedro e outros discípulos desapontados
com a morte do seu Messias, resolvem voltar a pescar, novamente mais uma
demostração de expectativa frustrada.

Jo 21:2-3 diz: "Estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e


Natanael, que era de Caná da Galiléia, os [filhos] de Zebedeu, e outros dois dos
seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Dizem-lhe eles: Também
nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada
apanharam".

Os evangelhos relatam que somente após a ressurreição é que os discípulos


puderam compreender as Escrituras.

João 2:19-22: "Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três


dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi
edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo
do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos
lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que
Jesus tinha dito".

João 12:14-16: "E achou Jesus um jumentinho, e assentou-se sobre ele, como
está escrito: Não temas, ó filha de Sião; eis que o teu Rei vem assentado sobre
o filho de uma jumenta. Os seus discípulos, porém, não entenderam isto no
princípio; mas, quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto
estava escrito dele, e [que] isto lhe fizeram".

João 20:9: "Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que
ressuscitasse dentre os mortos".
O Equívoco com relação ao Seu ministério e ao Reino
Em Cafarnaum Jesus interroga seus discípulos: "De que é que discorríeis pelo
caminho?" Eles não tiveram coragem em responder porque (verso 34) "pelo
caminho, haviam discutido entre si sobre quem era o maior". Uma vez que
pensavam que Jesus fosse implantar um Reino político em Jerusalém, já lutavam
entre si por cargos. Havia uma grande discussão sobre quem era o maior na
plataforma política. Eles foram chamados para ser mártires do Evangelho.

Todos os apóstolos foram mortos (segundo a tradição apenas João teve morte
natural). Mas ainda não sabiam qual seria seus ministérios. Pensavam que
seriam grandes políticos e ministros no reino terrestre de Jesus em Jerusalém.
Mas esse não era um equívoco somente daqueles discípulos, na verdade
aqueles discípulos refletiam o pensamento escatológico de seu tempo.
Esperavam um Messias político, religioso, com atributos tais como os de Moisés,
Josué, que reinaria em Jerusalém como Davi. Essa era a expectativa judaica
daquele tempo, os líderes religiosos daquele tempo também esperavam tais
coisas, e quando tiveram oportunidade, perguntaram ao Mestre:

Lucas 17:20-21: "E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino
de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência
exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está
entre vós".

[Diante do que vimos, de fato, e de verdade, os discípulos não perguntaram a


Jesus em Mateus 24:3 sobre Seu retorno (ou Segunda Vinda) como muitos
sugerem, mas sobre Sua vinda como Messias político que iria os libertar do
poder de Roma e trazer a era messiânica. Tal entendimento errado foi corrigido
por Jesus. É lamentável - que assim como aqueles discípulos - muitos estudiosos
de nosso tempo também têm um entendimento errado sobre Mateus 24:3. Tal
entendimento errado, muitas vezes, não é por falta de ensinamento seja através
de livros ou mídia, mas sim por causa da dureza dos corações.]

* Fonte: Arquivo Preterista


www.arquivopreterista.blogspot.com.br

Acessado Domingo, 14 de Maio de 2017

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