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Aluna: Mariana Maués Barreto

Data: 15/05/2018
Texto: FIGUEIREDO, F. J. Q.; PORTO, C. V. Algumas reflexões sobre o processo
avaliativo em línguas estrangeiras: das formas tradicionais às formas alternativas. In:
SIMÕES, D. M. P.; FIGUEIREDO, F. J. Q. (Orgs.) Contribuições da Linguística
Aplicada para o professor de línguas. Campinas: Pontes, 2015. p. 149-175.

No texto “Estágio supervisionado de língua inglesa: experiências significativas


para a construção de conhecimento sobre prática docente”, Ifa (2014) descreve e
interpreta as experiências de um aluno-professor por meio da análise de seu relatório final,
produzido na disciplina Estágio Supervisionado em Língua Inglesa (ESLI) 1.
O ESLI 1 é oferecido aos alunos do quinto período do curso de Licenciatura de
Letras-Ingês e tem carga horaria de 80 horas. O autor afirma que por meio da disciplina,
ele objetivava formar os alunos de forma crítica e reflexiva, conscientizando o futuro
professor sobre o seu papel político-profissional ao enfrentar situações diversas no
ambiente escolar, de modo a desenvolver a capacidade de inclusão de seus futuros alunos
na sociedade.
Um dos requisitos obrigatórios da disciplina é a elaboração do Relatório Final de
Estágio. No caso em questão, o professor deixou o número de páginas em aberto e sugeriu
que, se caso quisessem, os alunos criassem um relatório interessante, inovador e diferente.
O relatório não poderia ser apenas descritivo e deveria conter ligações entre as
experiências vividas e as teorias discutidas em sala de aula.
Para fazer uma interpretação profunda, Ifa (2014) optou por analisar apenas um
relatório final, o do aluno-professor Jack. Este aluno-professor faz uso de metáforas e
utiliza cores e sabores para falar sobre docência e sobre o estagio que realizou em uma
escola estadual. Jack relaciona o ato de estudar com o ato de cozinhar, e a sala de aula
com um restaurante.
Partindo então do uso de metáforas, Jack afirma que seu professor regente faz uso
de receitas tradicionais, e que os fregueses (alunos) aceitam o que é servido sem
contestações. Segundo o aluno-professor, se ele perguntasse aos fregueses qual o nome
da receita (no caso, do que presenciaram na aula), os estudantes daquele estabelecimento
escolar diriam que não lembravam, ou que se tratava de algum nome difícil, vindo dos
states. Esta afirmação de Jack relata a falta de engajamento dos alunos e o abismo
existente entre as aulas de inglês e a realidade na qual os discentes estão inseridos.
Consequentemente, o ensino em questão parece não levar em consideração o
conhecimento prévio que o aluno leva para a sala de aula.
Ao refletir sobre o processo de avaliação, Jack afirma que para provar que sua
comida era boa, o chefe fazia questão de se certificar de que os fregueses sabiam a receita
de cor, fazendo os clientes repetirem os ingredientes inúmeras vezes. Neste trecho, ele
afirma que a avaliação tradicional é pratica, economiza trabalho e impede a promoção de
novas ideias, visto que o professor espera uma simples reprodução daquilo que foi
previamente repetido inúmeras vezes dentro de sala de aula.
Jack firma também que os melhores professores valorizam o contexto do aluno,
da mesma forma que os melhores restaurantes valorizam os ingredientes já conhecidos
por seus clientes. Desta forma, o meio social no qual os alunos se encontram é
fundamental para o despertar de seu interesse na língua estrangeira. Deve-se dar voz ao
discente e deixar que ele relacione o que quer aprender com aquilo que já sabe. De acordo
com Jack, conhecer os alunos é fundamental para que eles sintam vontade de aprender e
de “degustar pratos novos”.
O aluno-professor afirma ter se questionado diversas vezes se algum dia foi
perguntado aos alunos se eles estavam satisfeitos com a forma como estavam aprendendo,
se algum dia houve dialogo em sala de aula. Como consequência, Jack afirma que ao dar
aula em um projeto de extensão, ele procura conhecer e prestar atenção em seus alunos.
De acordo com Jack, a escola produz robôs para o mercado de trabalho e os
professores, que deveriam levar seus alunos a refletir sobre as ideologias impostas, não o
fazem pois estão insatisfeitos com as condições atuais do sistema educacional brasileiro.
Consequentemente, o docente, ao invés de dominar o livro, passa a ser dominado por ele
e a reproduzi-lo de forma mecânica.
Por fim, Jack termina seu relatório afirmando que a formação é um
desenvolvimento continuo, no qual professor e aluno estão em constante interação e em
uma constante inversão de papeis.

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